quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Coluna Claquete – 01 de fevereiro de 2013

Newton Ramalho

 

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O que está em cartaz

Meu silêncio indignado pelas vítimas do incêndio de Santa Maria. As estreias do final de semana são o musical “Os Miseráveis”, o drama “O Lado Bom da Vida”, a comédia “Inatividade Paranormal”, o policial “Caça aos Gângsteres”, e o drama argentino “Elefante Branco”, na Sessão Cine Cult do Cinemark. Continuam em cartaz o épico “Lincoln” (vejam na Sessão Filme da Semana), de Steven Spielberg, a aventura “João e Maria: Caçadores de Bruxas”, o western de Tarantino, “Django Livre”, a animação da Disney “Detona Ralph”, e a comédia nacional “De Pernas Pro Ar 2”, com Ingrid Guimarães. Nas programações exclusivas, o Cinemark mantém a comédia “Uma Família em Apuros”, com Billy Cristal e Bette Midler.

 

Estreia 1: “Os Miseráveis

Adaptação de musical da Broadway, que por sua vez foi inspirado na clássica obra do escritor Victor Hugo. A história se passa em plena Revolução Francesa do século XIX. Jean Valjean (Hugh Jackman) rouba um pão para alimentar a irmã mais nova e acaba sendo preso por isso. Solto tempos depois, ele tentará recomeçar sua vida e se redimir. Ao mesmo tempo em que tenta fugir da perseguição do inspetor Javert (Russell Crowe). Completam o elenco Anne Hattaway, Amanda Seyfried, Helena Bohan-Carter e Sacha Baron Cohen. A direção é de Tom Hooper. “Os Miseráveis” estreia nesta sexta-feira, na Sala 4 do Moviecom. Classificação indicativa 12 anos. (T. O.: “A Haunted House”)

 

Estreia 2: “O Lado Bom da Vida


Pat Solitano Jr. (Bradley Cooper) perdeu absolutamente tudo na vida: sua casa, o emprego e a esposa. Deprimido, ele vai parar em um sanatório, onde fica internado por oito meses. Ao sair, Pat passa a morar com os pais e está decidido a reconstruir sua vida, o que inclui retomar o casamento, passando por cima de todos os problemas que teve. Entretanto, seu novo plano muda por completo quando ele conhece Tiffany (Jennifer Lawrence), uma garota misteriosa que também tem seus problemas. “O Lado Bom da Vida” estreia nesta sexta-feira, na Sala 5 do Cinemark. Classificação indicativa 12 anos. (T. O.: “Silver Linings Playbook”)

Estreia 3: “Inatividade Paranormal

Esta comédia pretende parodiar os filmes de terror em estilo "found-footage", ou seja, aqueles que usam imagens supostamente reais, com estilo amador, para criar impressão de realidade. A saga Atividade Paranormal é o principal filme parodiado, mas Filha do Mal, O Último Exorcismo e outros também são citados. Mesma linha da série de comédias "Todo Mundo em Pânico", dos irmãos Wayan. A direção é de Michael Tides. “Inatividade Paranormal” estreia nesta sexta-feira, na Sala 4 do Cinemark, e na Sala 1 do Moviecom. Classificação indicativa 12 anos. (T. O.: “A Haunted House”)

Estreia 4: “Caça aos Gângsteres


Los Angeles, final da década de 1940. Mickey Cohen (Sean Penn) é um dos líderes da Máfia do Brooklyn. Quando ele decide expandir suas atividades para o oeste dos Estados Unidos, um grupo especial da polícia de Los Angeles, o Gangster Squad, é encarregado de capturá-lo. O filme conta com Sean Penn, Ryan Gosling, Josh Brolin, Emma Stone, Nick Nolte, e Giovanni Ribisi nos papéis principais. A direção é de Ruben Fleischer. “Caça aos Gângsteres” estreia nesta sexta-feira, na Sala 7 do Moviecom. Classificação indicativa 16 anos. (T. O.: “Gangster Squad”)


Estreia 5: “Elefante Branco (Sessão Cine Cult)


O padre Julián (Ricardo Darín) e o padre Nicolás (Jérémie Renier) trabalham ajudando os menos favorecidos na favela de Villa Virgen, periferia de Buenos Aires. O local é um antro de violência e miséria. A polícia corrupta e a própria Igreja nada fazem para mudar essa realidade e os dois clérigos terão de por suas próprias vidas em risco para continuar do lado dos mais pobres. A direção é de Pablo Trapero. “Elefante Branco” será exibido nas próximas Terça-feira (05/02) e Quinta-feira (07/02), na Sala 1 do Cinemark, na sessão de 20h50. Classificação indicativa 16 anos. (T. O.: “Elefante Blanco”)


Filme da Semana: “Lincoln”

Quando foi anunciado que seria lançado um filme sobre Abraham Lincoln, o mais conhecido presidente americano, muitas pessoas imaginaram que seria um relato biográfico que por si só seria magnífico, face à impressionante história de vida deste homem, que comandou o país durante o episódio mais sangrento da história americana, a Guerra da Secessão.
O filme “Lincoln”, dirigido por Steven Spielberg, foca nos meses finais da vida de Abraham Lincoln, quando a guerra dava sinais de estar próxima do término, e que ele considerou que era vital a apresentação e aprovação da 13ª Emenda, que proibia a escravidão no território americano.
Enquanto a guerra dilapidava recursos do Sul e do Norte, diferentes facções políticas, tanto republicanas quanto democratas, defendiam suas próprias posições, o que dificultava conseguir os votos necessários para a aprovação da emenda constitucional.
Lincoln (Daniel Day-Lewis) precisa lidar com todas estas facções. Havia os que almejavam o fim rápido da guerra, enquanto outros exigiam o fim da escravidão acima de qualquer outro objetivo. Entre os democratas, que votavam contra qualquer coisa que viesse dos republicanos, é que restava a esperança de conseguir os votos que faltavam.
Para conseguir esses votos para o presidente mais honesto das Américas, seus colaboradores utilizaram a corrupção, prometendo cargos para os deputados democratas que não tinham sido reeleitos.
Enquanto administrava essas duas guerras, a de balas e canhões, e a de votos co Congresso, Lincoln ainda tinha problemas em casa, pois a mulher, Mary Todd (Sally Field) ainda sofre com a perda de um dos filhos em um acidente. Para aumentar o tormento, o filho mais velho, Robert (Joseph Gordon-Levitt), insiste em abandonar os estudos para participar da guerra, algo que os pais querem evitar a qualquer custo.
Embora seja algo muito forte na cultura americana, a divisão Norte-Sul, que tem raízes consolidadas até hoje, não é muito conhecida fora das fronteiras americanas. Muita gente não associa nem mesmo a guerra à abolição da escravatura.
As diferenças Norte e Sul tem suas origens ainda na época colonial, quando o território era dominado pela Inglaterra, França e Espanha. No Sul, os primeiros ocupantes da região encontraram um clima quente e um solo fértil, ideal para o cultivo de tabaco, e posteriormente, algodão e cana-de-açúcar, com a utilização de grande quantidade de mão-de-obra.
Enquanto isto, o clima frio e o solo rochoso dos Estados do Norte mostraram-se pouco adequados à prática da agricultura. Isto forçou os colonos desta região a procurarem outras fontes de renda como o comércio e a manufatura, favorecendo assim a criação de grandes cidades comerciais como Boston, Filadélfia e Nova York.
Ao longo das primeiras décadas do século dezenove, a imigração europeia em massa e intensa industrialização fizeram com que o poderio do Norte crescesse economicamente e ampliasse politicamente sua participação no governo. Grandes tensões políticas e sociais desenvolveram-se entre o Norte e o Sul. Em 1860, Abraham Lincoln, um republicano que baseou sua campanha na luta contra a escravidão, venceu as eleições presidenciais americanas.
Em 4 de março, antes que Lincoln assumisse o posto de presidente, 11 Estados escravagistas declararam secessão da União, e criaram um novo país, os Estados Confederados da América. A guerra começou quando forças confederadas atacaram o Fort Sumter, um posto militar americano na Carolina do Sul, em 12 de Abril de 1861, e terminaria somente em 28 de Junho de 1865, com a rendição das últimas tropas remanescentes da Confederação.
Não se sabe o número exato de soldados que lutaram na Guerra Civil Americana. O exército da União tinha pouco mais de 13.000 homens em atividade quando a guerra se iniciou em 12 de abril de 1861, chegando a cerca de 1,12 milhão de soldados no final da guerra. O exército da Confederação atingiu seu máximo em 1863, quando o número de soldados chegou a quase 500 mil, mas foi diminuindo gradativamente, e no final, tinha menos de 200 mil homens.
Oficialmente, um total de 558.052 soldados morreram durante a Guerra Civil Americana. Considerando os soldados desaparecidos, o total sobe para aproximadamente 620 mil. O número de feridos é chegou a 275 mil na União e de 137 mil na Confederação. Estes números fazem da Guerra Civil Americana a mais sangrenta de toda a história dos Estados Unidos. Três quintos de todas as mortes foram causados por doenças, um quinto por lesões e ferimentos, enquanto apenas um quinto morreu diretamente em combate.
O que o filme “Lincoln” insiste em mostrar era a obsessão do presidente com a manutenção do país como um todo, tratando os estados do sul como estados americanos dominados por forças rebeldes. Ele determinou a Grant, seu comandante-em-chefe, que aceitasse a rendição sem revanchismos, prisões ou execuções. Na sua visão, americanos demais já haviam morrido.
Os fãs de Spielberg, acostumados com os seus filmes de aventura, certamente estranharão o clima intimista de “Lincoln”, onde a maior parte das duas horas e meia de filme são dedicadas às confabulações políticas. A cena de batalha nos primeiros minutos do filme impressiona pelo realismo, embora fique distante do desembarque de “Resgate do Soldado Ryan”.
O ótimo elenco, bem dirigido por Spielberg, é quem sustenta este drama tenso. Sally Field, que iniciou a vida artística com a Noviça Voadora, no final dos anos 60, traz toda a energia amargurada de Mary Todd, sendo um dos pontos altos do filme. Nos papéis secundários, David Strathain, Tommy Lee Jones, Hal Holbrook, e mesmo um irreconhecível James Spader completam o elenco impecável.
Mas, o destaque mesmo é Daniel Day-Lewis, a alma do filme, que criou aquele Lincoln que vive na imaginação de todos, o homem simples, determinado, compreensivo e paciente, que ajudou a mudar a face de uma nação. Não foi por menos que ganhou o merecido Globo de Ouro como Melhor Ator, e está indicado para o Oscar da mesma categoria.
(Título original: “Lincoln”)


Lançamentos em DVD/Blu-Ray

“007 – Operação Skyfall”

Quando a mais recente missão de Bond (Daniel Craig) dá terrivelmente errado, agentes de todo o mundo ficam expostos e o MI6 é atacado, o que força M (Judy Dench) a mudar a agência de lugar. Esses acontecimentos afetam sua autoridade e seu cargo é desafiado por Mallory (Ralph Fiennes), o novo chefe do Comitê de Inteligência e Segurança. Com o MI6 comprometido tanto externa quanto internamente, M só tem um aliado em que pode confiar: Bond. 007 atua nas sombras, auxiliado pela agente de campo Eve (Naomie Harris) – tentando encontrar o misterioso Silva (Javier Bardem), cujos motivos letais e ocultos ainda permanecem desconhecidos.Disco com formato de tela widescreen e áudio DD 5.1. (T. O.: “Skyfall”)

“Ruby Sparks - A Namorada Perfeita”

O romancista Calvin (Paul Dano) sofre com perturbador bloqueio criativo que atrapalha o desenvolvimento de seu último livro. Com problemas também em sua vida pessoal, começa a criar uma personagem feminina poderia se apaixonar por ele. Daí nasce Ruby Sparks (Zoe Kazan), que inicialmente é uma personagem dentro de uma história, mas que pouco depois ganha vida e passa a conviver e se relacionar com Calvin pessoalmente. O disco traz o filme com formato de tela widescreen e áudio Dolby Digital 5.1, e, como extras, A História, O Elenco, Casais da Vida Real, Tenha cuidado com o que deseja, Los Angeles: A Outra Personagem, e Trailer.  (T.O.: “Ruby Sparks”).

“Plano de Fuga”

Durante a fuga de um roubo a banco, um criminoso americano (Mel Gibson) é preso pelas autoridades mexicanas e enviado para um presídio lotado de bandidos de alta periculosidade. Não bastasse essa experiência bizarra, ele acaba se envolvendo com uma família local e se metendo numa grande enrascada em terras estrangeiras porque a bandidagem agora quer a pele dele. Para sobreviver na prisão, ele terá que aceitar a ajuda de um garoto de apenas 9 anos (Kevin Hernandez), com quem irá planejar sua fuga.. O disco traz o filme com formato de tela widescreen e áudio em DD 5.1. (T.O.: “Get The Gringo”).

“Ed Wood”
 
Um filme incomum e exótico sobre a história real de Ed Wood, o pior diretor da história de Hollywood. Johnny Depp vive o excêntrico diretor, que se recusa a aceitar que suas fracassadas cenas e horríveis críticas destruam suas esperanças de fazer sucesso. Com atores desajustados - a rainha do horror na TV, um corpulento lutador de boxe sueco e o legendário Bela Lugosi (Martin Landau) que está na pior - Ed leva a arte de fazer filmes ruins a novos recordes.  O disco traz o filme com formato de tela widescreen anamórfico e áudio DD  5.1, e, como extras, Cenas Inéditas, Videoclipe composto por Howard Shore, Vamos Gravar esta F#%@r!, O Teremim, Filmando Bela, Pratos Voadores sobre Hollywood, Trailer de Cinema (1994), e Comentários em Áudio. (T.O.: “Ed Wood”).

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Coluna Claquete – 25 de janeiro de 2013

Newton Ramalho

 

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O que está em cartaz

Janeiro se vai, ainda no embalo do veraneio. Para os que não podem sair da cidade, vale conferir as estreias do épico “Lincoln”, de Steven Spielberg, a aventura “João e Maria: Caçadores de Bruxas”, e o drama de Woody Allen “Para Roma com Amor”, na Sessão Cine Cult do Cinemark. Continuam em cartaz o western de Tarantino, “Django Livre” (vejam na Sessão Filmes da Semana), o policial “O Último Desafio”, com Arnold Schwarzenegger, “A Viagem”, com Tom Hanks e Halle Berry, o thriller “Jack Reacher: O Último Tiro”, com Tom Cruise, a comédia “Uma Família em Apuros”, com Billy Cristal e Bette Midler, a animação da Disney “Detona Ralph”, e a comédia nacional “De Pernas Pro Ar 2”, com Ingrid Guimarães.

 Estreia 1: “Lincoln

Steven Spielberg dirige Daniel Day-Lewis em "Lincoln", um drama revelador que incide sobre a vida de Abraham Lincoln, o 16º presidente dos Estados Unidos nos tumultuados meses finais de mandato. Em um país dividido pela Guerra da Secessão, e pelos fortes ventos da mudança, Lincoln segue um curso de ação destinado a acabar com a guerra, unir o país e abolir a escravidão, o que provou ser a batalha mais difícil de sua vida. Com a coragem moral e uma determinação feroz para obter sucesso, as escolhas durante este momento crítico vão mudar o destino das gerações vindouras. Baseado no livro “Team of Rivals: The Genius of Abraham Lincoln”, de Doris Kearns Goodwin, “Lincoln” estreia nesta sexta-feira, na Sala 3 do Cinemark, e na Sala 4 do Moviecom. Classificação indicativa 12 anos. (T. O.: “Lincoln”)

 Estreia 2: “João e Maria: Caçadores de Bruxas


Baseado no conto clássico Hänsel und Gretel, dos irmãos Grimm, aqui no Brasil conhecido como João e Maria, o filme “João e Maria: Caçadores de Bruxas” mostra os irmãos como justiceiros que caçam bruxas como aquela que tentou devorá-los quando crianças. No elenco, além de Jeremy Renner (“Guerra Contra o Terror”) e Gemma Arterton (“Fúria de Titãs”) estão Peter Stormare, Ingrid Bolso Berdal, Thomas Mann, Derek Mears e Famke Janssen, a Jean Grey da trilogia X-Men. O longa é dirigido pelo norueguês Tommy Wirkola, de Dead Snow, que também escreveu o roteiro com Dante Harper. “João e Maria: Caçadores de Bruxas” estreia nesta sexta-feira, nas Salas 2 e 5 do Cinemark, e nas Salas 6 e 7 do Moviecom, . Classificação indicativa 14 anos. Exibição em 2D e 3D, cópias dubladas e legendadas. (T. O.: “Hansel and Gretel: Witch Hunters”)

Estreia 3: “Para Roma Com Amor” (Sessão Cine Cult)


O filme nos coloca em contato com um reconhecido arquiteto americano revivendo sua juventude; um simples romano de classe média que de repente se transforma na maior celebridade de Roma; um jovem casal provincial cheio de encontros e desencontros românticos; e um americano diretor de ópera procurando colocar um agente funerário cantando no palco. A direção é de Woody Allen. “Para Roma com Amor” será exibido nas próximas terça-feira (29/01) e quinta-feira (31/01), na Sala 4 do Cinemark, na sessão de 21h00. Classificação indicativa 12 anos. (T. O.: “To Rome With Love”)



Filmes da Semana: “Django Livre” e “O Último Desafio”

É curioso como alguns diretores são idolatrados como se fossem times de futebol, e as pessoas vão ao cinema sem nem olhar a sinopse do filme. É o caso de Quentin Tarantino, que amealhou milhões de fãs mundo à fora, com sua visão peculiar de fazer cinema. Sua última obra, “Django Livre”, é um filme bem... Tarantino.
Conhecendo toda a filmografia do cineasta, confesso não pertencer aos seus admiradores. Dos filmes dele, adorei “Jackie Brown” e “Kill Bill”, e detestei “Bastardos Inglórios”, “À Prova de Morte”, e – sacrilégio! – “Pulp Fiction – Tempo de Volência”.
Mesmo assim, fui assistir “Django Livre” com o espírito aberto, até por conta da visão como crítico, e posso dizer que este é um Tarantino um pouco diferente dos demais. Claro, a violência explícita e exagerada está presente do início ao fim do filme, bem como a sua visão fantasiosa da História. Mas, suas paixões como cinéfilo estão igualmente presentes.
“Django Livre” é vagamente inspirado no filme western spaghetti “Django”, um filme italiano de 1966, dirigido por Sergio Corbucci e estrelado por Franco Nero. No filme original, Django era um andarilho solitário, que aparecia arrastando um caixão onde escondia uma metralhadora. Seu objetivo era vingar a mulher, assassinada por bandidos.
No filme atual, Django (Jamie Foxx) é um escravo que é comprado por caçador de recompensas alemão Dr. King Schultz (Christoph Waltz, ganhador do Globo de Ouro de coadjuvante pelo papel). Schultz precisa de sua ajuda para identificar alguns bandidos, e em troca, dá a liberdade para seu novo amigo.
Django quer ir procurar sua mulher, que foi vendida para um rico fazendeiro, Calvin Candie (Leonardo DiCaprio), que coleciona e treina negros para lutas mortais em sua fazenda, Candyland. Schultz resolve ajudar Django, e os dois procuram Candie, disfarçados de mercadores de escravos.
Mas, as coisas ficam muito difíceis por conta de Stephen (Samuel L. Jackson), o escravo de confiança de Candie. Stephen desconfia das reais intenções dos forasteiros, e cria uma armadilha para desmascará-los. Tudo termina em um grande banho de sangue, com balas para todos os lados.
Obviamente não dá para pensar nos eventos do filme como verossímeis, mas, nenhum dos faroestes italianos também o fazia, e é evidente a intenção de Tarantino de homenagear os grandes mestres do gênero, seja na fotografia e ângulos de filmagem, no estilo da música, e, claro, nos infindáveis tiroteios. A mais bela homenagem, sem dúvida, é uma breve aparição do próprio Franco Nero, aos 71 anos, numa ponta como o proprietário de um lutador.
“Django Livre” é um produto voltado para os fãs do diretor, com todas as características comuns em seus filmes, em especial a violência exageradamente plástica. Por outro lado, os fãs dos faroestes italianos dos anos 60 e 70 poderão matar as saudades de um gênero que ressuscitou graças a pessoas como Sergio Leone, que em 1964 fez o antológico “Por um Punhado de Dólares”, estrelado pelo novato Clint Eastwood.
 E falando em ressuscitar, o filme policial “O Último Desafio” trouxe de volta às telas Arnold Schwarzenegger, após sua participação na vida política como governador da Califórnia.
No filme, Arnold vive Ray Owens, um experiente oficial da polícia de Los Angeles, que decide mudar para o interior, após uma fracassada operação onde fora o único sobrevivente. Ele aceita o cargo de xerife em uma pequena cidade da fronteira com o México, um lugarejo onde todos se conhecem, e o máximo que acontece é desordem de bêbados, como Frank Martinez (Rodrigo Santoro).
Longe dali, em meio a uma rigorosa operação, um chefão do tráfico de drogas mexicano, Burrell (Peter Stormare) está sendo transferido para a prisão. Numa ousada intervenção, Burrell consegue escapar, com a ajuda de vários cúmplices, e foge em direção à fronteira em um poderoso carro preparado para altas velocidades.
Enquanto a maioria das forças policiais se posicionam num local mais provável de cruzar a fronteira, Burrell segue em outra direção, onde sua quadrilha preparou uma ponte móvel para que ele possa cruzar um cânion em segurança.
Agora, entre ele e a fronteira existem apenas o xerife Owens e sua equipe mínima, formada por dois ajudantes oficiais, Sarah (Jaimie Alexander) e Mike (Luis Guzman), o ex-soldado vivido por Santoro, e Trooper (Arron Shiver), um colecionador de armas meio maluco, que tem mania de dar apelido a tudo.
Os defensores da cidade tem que enfrentar um grupo de bandidos profissionais altamente armados, contando apenas com sua própria vontade e a ajuda improvável de alguns moradores.
Embora o filme pareça bem clichê – e é mesmo – nem por isso deixa de ser divertido. Sim, divertido é a palavra de ordem, pois a maioria das piadas, inclusive dele mesmo, faz menção à idade de Arnold, que já está com 65 anos. Outra situação interessante é quando ele lembra a sua própria situação de imigrante...
Surpreendentemente, “O Último Desafio” é um filme de ação divertido, com muito tiroteio e perseguições, mas com uma dose de humor acima da média, principalmente por não se levar a sério. Ideal para os fãs do gênero, além de ver o truculento Arnold de volta à ação. Confiram.
(Títulos originais: “Django Unchained” e “The Last Stand”)


Lançamentos em DVD/Blu-Ray


“Abraham Lincoln - Caçador de Vampiros”


Nancy Lincoln (Robin McLeavy) é a mãe do futuro presidente Abraham Lincoln (Benjamin Walker) e foi assassinada por uma criatura sobrenatural. Inconformado com o fato, o menino declara uma guerra sem piedade contra os seres das trevas e começa a destruir todos os vampiros e os escravos que os ajudam. Dirigido por Timur Bekmambetov (“O Procurado”) e estrelado por Benjamin Walker, Dominic Cooper e Mary Elizabeth Winstead.Disco com formato de tela widescreen e áudio DD 5.1. (T. O.: “Abraham Lincoln: Vampire Hunter”)





“Conspiração Americana”

Na esteira do assassinato do presidente Abraham Lincoln, sete homens e uma mulher, Mary Surrat (Robin Wright) foram presos e acusados de conspiração para matar o presidente, o vice e o secretário de Estado. Surrat, de 42 anos, era proprietária do local onde John Wilkes Booth (Toby Kebbell) e outros se encontravam para planejar os ataques simultâneos. Herói da Guerra Civil e advogado recém-formado, Frederick Aiken (James McAvoy) decide defender a mulher diante do tribunal militar e ao decorrer do julgamento começa a perceber que sua cliente pode ser inocente das acusações, sendo usada somente para atrair o verdadeiro culpado, seu próprio filho. O disco traz o filme com formato de tela widescreen e áudio Dolby Digital 5.1.  (T.O.: “The Conspirator”).

“Amor e Dor”

O filme conta a história da conturbada relação entre Hua (Corinne Yam), uma estudante chinesa em Paris e Matthieu (Tahar Rahim), um francês que trabalha em uma construção civil nos subúrbios da capital francesa. Aos poucos o relacionamento toma um rumo instável, onde a violência física e verbal começa a fazer parte do cotidiano do casal. Com a desestabilização, a jovem decide voltar para China, mas acaba percebendo a importância do rapaz em sua vida. O disco traz o filme com formato de tela widescreen e áudio em DD 5.1. (T.O.: “Love and Bruises”).

“O Vale das Abelhas”
 
Depois de seu pai se casar com uma esposa adolescente, Ondroej é enviado para um internato religioso. Após alguns anos lá, ele começa a refletir sobre questões existenciais e suas crenças, resolve então fugir e voltar para casa. Explorando a natureza da fé e da dúvida o diretor tcheco František Vláčil constrói uma obra poética ambientada na Idade Média. Filmado em 1968, é uma raridade do cinema tcheco. O disco traz o filme com formato de tela widescreen anamórfico e áudio DD  5.1, e, como extras, Informações Técnicas, Galeria de Fotos do Filme, Trailer Original do Filme, e Outros Títulos da Coleção Cult Classic. (T.O.: “Údolí Vcel”).

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Coluna Claquete – 18 de janeiro de 2013


  

Newton Ramalho

 

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O que está em cartaz

Neste final de semana, o tiroteio vai ser grande. Só podia ser, com o western de Tarantino, “Django Livre”, e com o retorno de Schwarzenegger às telas, no policial “O Último Desafio”. Continuam em cartaz o ótimo “A Viagem” (vejam na Sessão Filme da Semana), com Tom Hanks e Halle Berry, o thriller “Jack Reacher: O Último Tiro”, com Tom Cruise, a comédia “Uma Família em Apuros”, com Billy Cristal e Bette Midler, a divertida animação da Disney “Detona Ralph”, a comédia nacional “De Pernas Pro Ar 2”, com Ingrid Guimarães, e “As Aventuras de Pi”, de Ang Lee. Nas programações exclusivas, o Cinemark exibe o drama “Cosmópolis”, de Cronenberg, na Sessão Cine Cult. Neste sábado acontece, também, a pré-estreia de “João e Maria: Caçadores de Bruxas”.

 Estreia 1: “Django Livre

O filme se passa no sul dos Estados Unidos, dois anos antes da Guerra Civil. Django (Jamie Foxx), é um escravo cujo histórico brutal com seus ex-senhores o coloca cara a cara com o caçador de recompensas alemão, Dr. King Schultz (Christoph Waltz). Após ajudar Schultz em troca de sua liberdade, os dois passam a caçar criminosos pelo sul dos EUA, e vão ao resgate de Broomhilda (Kerry Washington), esposa de Django perdida para o tráfico de escravos. A busca acaba levando-os até Calvin Candie (Leonardo DiCaprio), o proprietário de “Candyland”, uma fazenda abominável onde os escravos são preparados pelo treinador Ace Woody para lutarem entre si por esporte. Inspirado no filme “Django”, estrelado por Franco Nero, que tem uma pequena participação no filme atual. A direção é de Quentin Tarantino. “Django Livre” estreia nesta sexta-feira, na Sala 2 do Cinemark, e na Sala 4 do Moviecom. Classificação indicativa 16 anos. (T. O.: “Django Unchained”)

Estreia 2: “O Último Desafio

Após cair em desgraça em Los Angeles devido a uma operação fracassada, o experiente policial Ray Owens (Arnold Schwarzenegger) decide partir para o interior e assume a posição de xerife em uma pequena cidade na fronteira dos Estados Unidos com o México. O que ele não esperava era que um poderoso chefão das drogas, que havia escapado recentemente da prisão, quisesse cruzar a fronteira exatamente na cidade onde ele trabalhava. Para enfrentá-lo Ray precisará reunir todo o pessoal disponível. A curiosidade para nós, brasileiros, é a participação de Rodrigo Santoro. A direção é do coreano Kim Jee-Woon. “O Último Desafio” estreia nesta sexta-feira, na Sala 5 do Cinemark, e na Sala 7 do Moviecom. Classificação indicativa 14 anos. (T. O.: “The Last Stand”)

 

Pré-Estreia: “João e Maria: Caçadores de Bruxas


Baseado no conto clássico Hänsel und Gretel, dos irmãos Grimm, aqui no Brasil conhecido como João e Maria, o filme “João e Maria: Caçadores de Bruxas” mostra os irmãos como justiceiros que caçam bruxas como aquela que tentou devorá-los quando crianças. No elenco, além de Jeremy Renner (“Guerra Contra o Terror”) e Gemma Arterton (“Fúria de Titãs”) estão Peter Stormare, Ingrid Bolso Berdal, Thomas Mann, Derek Mears e Famke Janssen, a Jean Grey da trilogia X-Men. O longa é dirigido pelo norueguês Tommy Wirkola, de Dead Snow, que também escreveu o roteiro com Dante Harper. “João e Maria: Caçadores de Bruxas” terá pré-estreia neste sábado, na Sala 6 do Moviecom, na sessão de 21h20. Classificação indicativa 14 anos. Exibição em 3D. (T. O.: “Hansel and Gretel: Witch Hunters”)
  

Estreia 3: “Cosmópolis” (Sessão Cine Cult)


A cidade de Nova Iorque está em tumulto e a era do capitalismo está chegando ao fim. Uma visita do presidente dos Estados Unidos paralisa Manhattan e Eric Packer (Robert Pattinson), o menino de ouro do mundo financeiro, tenta chegar ao outro lado da cidade para cortar o cabelo. Durante o dia, ele observa o caos e percebe, impotente, o colapso do seu império. Packer vive as 24 horas mais importantes da sua vida e está certo de que alguém está prestes a assassiná-lo. A direção é de David Cronenberg. “Cosmópolis” será exibido nas próximas terça-feira (22/01) e quinta-feira (24/01), na Sala 6 do Cinemark, na sessão de 20h00. Classificação indicativa 16 anos. (T. O.: “Cosmopolis”)

Filme da Semana: “A Viagem”

Quando ouvi falar que o filme “A Viagem” fora dirigido pelos irmãos Wachowski, fiquei um pouco desconfiado. Afinal, embora tenham revolucionado o mercado com o surpreendente “Matrix”, em 1999, fizeram duas sequencias confusas, que não me agradaram. Mas, como o terceiro participante da direção foi o alemão Tom Tykwer, do excepcional “Perfume – A História de um Assassino”, fiquei bastante interessado em conferir o filme atual.
“A Viagem” é um grande filme, não apenas por suas três horas de duração, como pelo roteiro complexo, com seis histórias acontecendo em tempos diferentes, com frequentes correlações, e com uma filosofia de base que certamente agradará os simpatizantes da doutrina espírita. Por favor, não confundam com candomblé, macumba ou coisas do gênero.
Os alicerces do filme são de que vivemos várias vidas, e o que fazemos em cada uma delas influenciará a próxima. O filme discorre sobre isso de uma forma dinâmica, levando o espectador a acompanhar histórias que se passam desde o século 19 até um futuro pós-apocalíptico, numa época não definida.
No século 19, Adam Ewing (Jim Sturgees), um jovem advogado, é enviado pela família para negociar a comprar de novos escravos. Na conturbada viagem de volta, afligido por uma doença de causa desconhecida, ele salva um escravo, Autua (David Gyasi), enquanto um ambicioso médico, Henry Goose (Tom Hanks), o acompanha. Suas agruras são registradas em um diário, que escreve para a mulher.
Em 1930, o jovem e talentoso compositor Robert Frobisher (Ben Whishaw), deserdado pela família por ser homossexual, ajuda o idoso músico Vyvyan Ars (Jim Broadbent). Enquanto busca a criação da música perfeita, Robert encontra o diário escrito por Ewing, em meio aos livros de Ars. Em meio aos conflitos com o patrão, Robert confia suas agruras nas cartas para o amante Rufus Sixmith (James d'Arcy).
Em 1970, a jornalista Luisa Rey (Halle Berry) conhece Rufus Sixmith (James d'Arcy) quando o elevador em que ambos estão quebra. Tempos depois, ele a procura para revelar que estão encobrindo uma série de falhas no projeto de construção de um reator nuclear. Quando ele é assassinado, ela recebe a ajuda inesperada de Isaac Sachs (Tom Cruise) e de Joe Napier (Keith David).
Nos dias atuais, Timothy Cavendish (Jim Broadbent) é dono de uma pequena editora, que lançou um livro que dificilmente dará retorno financeiro. Entretanto, a situação muda quando o autor do livro mata um de seus críticos, tornando-se uma celebridade instantânea. O problema é que Cavendish passa a ser perseguido por um bando de desordeiros e termina indo parar em um asilo de velhos, onde irá liderar uma divertida rebelião.
Em alguns séculos no futuro, na megalópole Nova Seul, Sonmi-451 (Donna Bae) é um clone que trabalha em um restaurante fast food. Ela foi programada para realizar todo dia as mesmas tarefas, sem manifestar qualquer reclamação, mas a situação muda quando ela é despertada para questionar sobre sua própria existência. Auxiliada na fuga pelo jovem rebelde Hae-Joo Chang (Jim Sturgess), ela encara a difícil decisão de tornar-se a líder espiritual da rebelião.
Em um futuro distante, após um evento conhecido como A Queda, as raras terras que sobreviveram à elevação dos mares são o palco para uma realidade pós-apocalíptica. Nesta época vive Zachry (Tom Hanks), de uma tribo que venera a deusa Sonmi, e teme a influência do demônio Old Georgie (Hugo Weaving), bem como os vizinhos canibais. Sua vida muda quando Meronym (Halle Berry), integrante de um grupo evoluído chamado Prescients, lhe pede para conduzi-lo até um lugar perigoso no coração da ilha.
O desenrolar do filme pode ser um pouco confuso para que estiver esperando uma história linear ou superficial, mas, para o espectador atento, é divertido acompanhar cada história, e, principalmente, tentar identificar qual ator está atuando, já que a maioria atua em quase todas sequencias. No final do filme, nos créditos, aparece uma breve imagem de cada personagem vivido por cada ator.
Embora não tenha profusão de efeitos especiais, à exceção da história em Nova Seul, as histórias são interessantes e prendem a atenção do espectador, a ponto de mal se notar as três horas de duração do filme.
As questões filosóficas não são muito exploradas, embora seja um filme que mereça ser revisto de vez em quando, tal a quantidade de personagens, situações e fatos apresentados. Claquete recomenda.


Lançamentos em DVD/Blu-Ray

“Intocáveis”

Philippe (François Cluzet) é um aristocrata rico que, após sofrer um grave acidente, fica tetraplégico. Precisando de um assistente, ele decide contratar Driss (Omar Sy), um jovem problemático que não tem a menor experiência em cuidar de pessoas no seu estado. Aos poucos ele aprende a função, apesar das diversas gafes que comete. Philippe, por sua vez, se afeiçoa cada vez mais a Driss por ele não tratá-lo como um pobre coitado. Aos poucos a amizade entre eles se estabelece, com cada um conhecendo melhor o mundo do outro. Disco com formato de tela widescreen e áudio DD 5.1. (T. O.: “Intouchables”)

“Memorial Day - Lembranças de uma Guerra”

Em 1993, no feriado de Memorial Day, no qual os EUA celebram os que morreram na Segunda Guerra Mundial, Kyle Vogel, de 13 anos, está brincando de esconde-esconde e, por acidente, encontra uma velha maleta que pertence a seu avô Bud (James Cromwell). Dentro dela, Kyle acha diversas recordações de quando Bud esteve no campo de batalha alemão. Ignorando os avisos de seus amigos, o menino decide procurar seu avô e mostrar o que achou. Bud nunca havia conversado com ninguém sobre suas experiências durante a Segunda Guerra e faz um acordo com seu neto: ele pode escolher três objetos da maleta e lhe será contada a história de cada um deles. O que Bud conta a Kyle fica marcado - anos mais tarde, Kyle (Jonathan Bennett) serviria ao exército no Iraque e suas lembranças daquela tarde de 1993 mudariam sua vida. O disco traz o filme com formato de tela widescreen e áudio Dolby Digital 5.1.  (T.O.: “Memorial Day”).

“A Arte da Conquista”

Acreditando na citação que nascemos sozinhos, morremos sozinhos e tudo o mais é uma ilusão, George (Freddie Highmore) não vê sentido na vida, na escola ou em sua família. Até que ele conhece Sally (Emma Roberts) e encontra nela uma razão para ir à escola e fazer amigos. Entretanto, apesar disso, ainda não está pronto para admitir que gosta dela. O diretor da escola e professor de arte apresenta-o a um ex-aluno e artista de sucesso, Dustin (Michael Angarano), que procura orientá-lo, mas outras distrações começam a vir à tona e ele pode não ser capaz de se formar. O disco traz o filme com formato de tela widescreen e áudio em DD 5.1. (T.O.: “The Art of Getting By”).

“Best Seller – Revelações de Família”
 
Apesar de todos os problemas tradicionais de uma grande família, os Meyerwitz se reúnem mais uma vez para celebrar o aniversário do patriarca Henry (Ron Rifkin). Com seus quatro filhos – Jack (Michael C. Hall), Joel (Rainn Wilson), Cheri (Sarah Silverman) e o caçula Nathan (Ben Schwartz), Henry quer contar uma grande novidade durante o seu jantar de aniversário. Porém, nada mais parece ter importância quando o novo livro de Nathan, Peep World, acaba de ser publicado e é o assunto do momento na mídia do país. O detalhe é que a obra é baseada nos Meyerwitz e expõe ao público uma série de segredos de toda a família, causando o caos em pleno restaurante durante o evento. Se para os quatro irmãos as coisas já estavam ruins, tudo parece piorar, pois um grande estúdio de Hollywood adorou o livro e decide adaptá-lo para o cinema.O disco traz o filme com formato de tela widescreen anamórfico e áudio DD  5.1. (T.O.: “Peep World”).


quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Coluna Claquete – 11 de janeiro de 2013

Newton Ramalho

 

colunaclaquete@gmail.comwww.colunaclaquete.blogspot.com  - @colunaclaquete

 

 

O que está em cartaz

2013 chega preguiçoso, com trânsito tranquilo, e o cérebro “pegando” no empurrão. Neste final de semana, as estreias são “A Viagem”, com Tom Hanks e Halle Berry, o thriller “Jack Reacher: O Último Tiro”, com Tom Cruise, a comédia “Uma Família em Apuros”, com Billy Cristal e Bette Midler, e o premiado “O Artista”, na Sessão Cine Cult. Continuam em cartaz a divertida animação da Disney “Detona Ralph”, a comédia nacional “De Pernas Pro Ar 2”, com Ingrid Guimarães, e “As Aventuras de Pi”, de Ang Lee. Nas programações exclusivas, o Cinemark exibe a fantasia “O Hobbit: Uma Jornada Inesperada”, de Peter Jackson, e a comédia nacional “Os Penetras”, enquanto o Moviecom mantém o drama “O Impossível”, com Naomi Watts e Ewan McGregor.

 

 

Estreia 1: “A Viagem

“A Viagem” flui através de seis épocas distintas, de 1849, na época de escravatura, até muitos anos no futuro, em uma fantasia em um mundo pós-apocalíptico, 106 anos depois de um evento chamado A Queda. No ano de 1946, trata de um amor homossexual proibido, e a criação de uma obra-prima musical, em 1973 mostra uma investigação jornalística sobre usinas nucleares em São Francisco, em 2012 acompanha um divertido grupo de velhinhos que tenta fugir de uma casa de repouso, e, finalmente, em 2144, em Neo Seul, em uma ficção científica cyberpunk, uma garçonete-clone que trabalha em uma cadeia de restaurantes torna-se a líder de uma revolução. Retorno à direção dos irmãos Andy e Lana Wachowski (“Matrix”) e do alemão Tom Tykwer (“O Perfume”). No elenco estão Tom Hanks, Halle Berry, Hugo Weaving e muitos outros, alternando-se em vários personagens. “A Viagem” é uma adaptação do romance "Cloud Atlas – Além das Nuvens" de David Mitchell. “A Viagem” estreia nesta sexta-feira, na Sala 6 do Cinemark, e nas Salas 4 (leg) e 6 (dub) do Moviecom. Classificação indicativa 12 anos. (T. O.: “Cloud Atlas”)

 

Estreia 2: “Jack Reacher – O Último Tiro

Um crime brutal foi cometido contra cinco pessoas ao mesmo tempo e um atirador de elite, veterano de guerra, foi acusado pelos assassinatos, sem muita chance de defesa. Durante o interrogatório, ele cita apenas o nome de Jack Reacher (Tom Cruise), um ex-combatente com inúmeras condecorações, dado como desaparecido para o governo e autoridades. Reacher aparece do nada, e resolve investigar por conta própria o tal mistério. Sua teoria é que existe uma ligação entre as mortes, e que o verdadeiro responsável tem outros interesses, procurando desviar a atenção. Só que Jack não desiste da verdade e tem um jeito especial de fazer a sua justiça, doa a quem doer. A direção é de Christopher McQuarrie. “Jack Reacher – O Último Tiro” estreia nesta sexta-feira, na Sala 4 do Cinemark, e na Sala 7 do Moviecom. Classificação indicativa 14 anos. (T. O.: “Jack Reacher”)

 

Estreia 3: “Uma Família em Apuros

Quando a filha Alice (Marisa Tomei) sai para trabalhar, Artie (Billy Crystal) e Diane Decker (Bette Midler) passam a cuidar dos netos. O problema é que os métodos modernos de educação, que excluem punições e deixam de lado qualquer tipo de diversão, entram em conflito com tudo aquilo que Artie e Diane aprenderam com a vida. Logo eles decidem abandonar as recomendações da filha e adotar seu próprio método, usando algumas táticas inesperadas para conquistar os netos e ensiná-los a serem crianças de verdade. A direção é de Andy Fickman. “Jack Reacher – O Último Tiro” estreia nesta sexta-feira, na Sala 4 do Cinemark, e na Sala 2 do Moviecom. Classificação indicativa livre. Cópias dubladas. (T. O.: “Parental Guidance”)

Estreia 4: “O Artista” (Sessão Cine Cult)

Na Hollywood de 1927, o astro do cinema mudo George Valentin (Jean Dujardin) começa a temer se a chegada do cinema falado fará com que ele perca espaço e acabe caindo no esquecimento. Enquanto isso, a bela Peppy Miller (Bérénice Bejo), jovem dançarina por quem ele se sente atraído, é lançada no estrelato exatamente explorando o cinema sonoro. Será o fim da carreira de Valentin, e de uma paixão? A direção é de Michel Hazanavicius. Indicado para dez categorias do Oscar, venceu cinco, incluindo a de Melhor Filme, Diretor e Ator. “O Artista” será exibido na terça-feira (15/01) e quinta-feira (17/01), na Sala 3 do Cinemark, na sessão de 19h30. Classificação indicativa 12 anos. (T. O.: “The Artist”)
Imagem: Nada de novo no front

Apesar da profusão de modelos de televisores disponíveis nas lojas, o ano de 2012 trouxe poucas novidades na área de home vídeo, principalmente na questão da imagem. Enquanto o mercado de plasma se retrai, o LCD-LED oferece modelos que vão do mais primitivo ao mais avançado degrau de evolução da tecnologia.
No ano que passou, não chegaram as esperadas novidades no mercado televisivo, em especial os da tecnologia OLED (Organic Light-Emitting Diode, ou Diodo orgânico emissor de luz). Essa tecnologia, criada pela Kodak em 1980, usa diodos orgânicos, compostos por moléculas de carbono que emitem luz ao receberem uma carga elétrica. Por essa característica, é possível criar telas mais finas, leves e baratas.
Por enquanto, só a LG anunciou um produto comercial, um TV OLED de 55 polegadas, com uma espessura de 4 mm. O preço? Dez mil dólares, lá na Coréia do Sul, o que implica em um precinho bem salgado para quem quiser importar um mimo destes.
Bem, e como fica o mundo dos pobres mortais brasileiros? Como disse anteriormente, os modelos de plasma, que foram os primeiros a abrir o mercado de televisores finos, hoje resumem-se ao nicho dos cinéfilos, já que trazem uma imagem mais parecida com a do cinema. A Panasonic, grande incentivadora da tecnologia, já anunciou o fim das pesquisas na área.
Reinando absoluta no mercado, a tecnologia LCD-LED oferece uma gama de produtos que confundem totalmente o consumidor, já que estão disponíveis modelos HD (resolução de DVD), Full-HD (resolução do Blu-Ray), LED edge-LED, LED full-LED, etc.. O pior é que se formos perguntar ao vendedor ele vai responder qualquer coisa, menos a informação correta. Quem vende televisor, geladeira e fogão não tem conhecimento técnico suficiente para entender esses detalhes.
O televisor LED usa vários diodos emissores de luz (LEDs) por trás de um painel LCD. Ao contrário das LCD convencionais que emitem o feixe de luz através de apenas uma grande lâmpada plana, essa tecnologia permite controlar a intensidade luz por região da tela, proporcionando tons de preto mais naturais (menos iluminados).
Obviamente, quanto melhor o produto, mais caro será. É por isso que os modelos mais baratos não tem a mesma qualidade de imagem de uma geração mais recente. Isso se reflete não apenas na resolução, como também na distribuição de cores, e, principalmente, no contraste, que é o preto puro (que nas LCD é um cinza escuro).
As últimas inovações tem se concentrado nas funções acessórias. A maioria dos modelos de TV recentes dispõe de acesso à internet, gravação em disco, e entrada USB, que permite assistir vídeos, fotos e músicas em arquivos digitais de diversos formatos.
Na verdade, a maior evolução de home vídeo tem sido na integração dos sistemas e equipamentos. Todos os leitores de Blu-Ray tem entrada USB, acesso à rede e saída HDMI, de modo que é possível fazer atualizações online, assistir vídeos diretamente da internet, além de reproduzir sons e imagens em alta resolução.
Na minha casa disponho de um minúsculo aparelho da Westen Digital, que reproduz todo tipo de arquivo digital a partir de um pen drive, de um HD externo, ou mesmo do meu desktop, já que está ligado em rede com o mesmo. E como a saída HDMI é direcionada para o receiver multicanal, é possível reproduzir um filme com resolução de Blu-Ray e nos padrões de som mais recentes, como DTS-HD e Dolby True HD.
O mais interessante, para quem tem pouco espaço na sala (e na carteira), são os modelos de home theater compactos, que já trazem o leitor de Blu-Ray junto com o amplificador, e que custam menos de mil reais.
Falando em dinheiro, a grande novidade é a redução do custo dos equipamentos, já que televisores de LED 3D, que custavam mais de cinco mil reais há dois anos, hoje podem ser adquiridos pela metade do preço. É bom lembrar que, para assistir um filme em 3D não basta a televisão, é necessário também o leitor de Blu-Ray 3D, e o disco com o conteúdo apropriado.
Lançamentos em DVD/Blu-Ray




“Resident Evil 5: Retribuição”
Fruto de uma das experiências das Umbrella Corporation, Alice (Milla Jovovich) acorda misteriosamente em outra realidade, como se nada tivesse acontecido no planeta Terra. Mas as sequelas do vírus T logo aparecem na forma de zumbis famintos por carne humana e ela descobre, novamente, fazer parte de um novo e viajante experimento. Dentro das instalações da terrível corporação, a guerreira descobre que um antigo inimigo pode estar por trás de um plano para salvar não só ela, mas também seus antigos companheiros de luta, como Ada (Binbing Li), entre outros. Agora reunidos, eles lutarão lado a lado num combate sangrento, que os levará a uma importante e inacreditável revelação. Disco com formato de tela widescreen e áudio DD 5.1. (T. O.: “Resident Evil: Retribution”)

“Battleship – A Batalha dos Mares”
Alex Hopper (Taylor Kitsch) é um oficial naval do navio USS John Paul Jones, comandado pelo almirante Shane (Liam Neeson). Alex é noivo de Sam (Brooklyn Decker), filha de Shane, apesar de não ser bem visto por ele. Já em alto mar, eles precisam unir forças com a tripulação do navio USS Samson, comandado pelo irmão mais velho de Alex, Stone (Alexander Skarsgaard), ao encontrar uma força alienígena desconhecida, que ameaça a existência da humanidade. Um grupo de cientistas, comandados por Cal Zapata (Hamish Linklater), e de especialistas em armas, como Cora Raikers (Rihanna), também compõem a equipe. Acompanhando tanto o lado dos humanos quanto o lado dos alienígenas, Battleship apresenta a intensa disputa pelo controle da Terra. O disco traz o filme com formato de tela widescreen e áudio Dolby Digital 5.1.  (T.O.: “Battleship”).

“Anjos da Lei”
Jenko (Channing Tatum) e Schmidt (Jonah Hill) estudaram juntos, mas jamais foram amigos. A situação muda quando se reencontram na academia de policiais, onde passam a ajudar um ao outro. Já formados, se envolvem em uma confusão ao tentar realizar a prisão de um traficante de drogas, que atuava no parque onde trabalhavam. Remanejados para uma divisão comandada pelo capitão Walters (Ice Cube), onde jovens policiais trabalham infiltrados, eles recebem a missão de desvendar quem é o fornecedor de uma nova e perigosa droga. De volta ao ambiente escolar e atuando sob nomes falsos, Jenko e Schmidt precisam se acostumar aos novos tempos sem perder o foco na tarefa que lhes foi incumbida. O disco traz o filme com formato de tela widescreen e áudio em DD 5.1. (T.O.: “21 Jump Street”).

“Solteiros Com Filhos”
 
Julie (Jennifer Westfeldt) e Jason (Adam Scott) são os melhores amigos um do outro, mas eles queriam muito ter um filho. Só que eles não curtem nem um pouco a confusão que as crianças trazem para os casais. Para isso, a solução encontrada pela dupla foi dar andamento a esta "produção", mantendo apenas a grande amizade existente entre os dois e recorrendo aos amigos para ajudar na empreitada. Será que isso vai dar certo? O disco traz o filme com formato de tela widescreen anamórfico e áudio DD  5.1. (T.O.: “Friends With Kids”).