quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Coluna Claquete – 28 de fevereiro de 2014



Newton Ramalho

 

colunaclaquete@gmail.comwww.colunaclaquete.blogspot.com  - @colunaclaquete

 

O que está em cartaz

Início de Carnaval, premiação do Oscar, muita folia para uns, descanso para outros. Para quem prefere cinema, as estreias da semana são o thriller “Sem Escalas”, com Liam Neeson e Juliane Moore, a animação “As Aventuras de Peabody & Sherman”, e o drama belga “Alabama Monroe” na Sessão Cine Cult do Cinemark. Teremos também a pré-estreia de “300 – A Ascensão do Império” e “Tinker Bell: Fadas e Piratas”. Continuam em cartaz o premiado drama “12 Anos de Escravidão”, a ficção “Robocop”, de José Padilha, o épico “Pompéia”, a animação “Uma Aventura Lego”, e “A Menina Que Roubava Livros”. Nas programações exclusivas, o Cinemak mantém “Trapaça”, o Moviecom, “Caçadores de Obras-Primas”, e o Cinépolis Natal Shopping, “Philomena”,

Estreia 1: “Sem Escalas


Durante um voo transatlântico de Nova York a Londres, Bill Marks (Liam Neeson) recebe uma série de mensagens de texto criptografadas, demandando que ele instrua a companhia aérea a transferir US$150 milhões em uma conta fora do país. Até que ele garanta a transferência, um passageiro será assassinado a cada 20 minutos. Inicialmente Marks não dá atenção à ameaça, mas quando o primeiro passageiro aparece morto ele inicia uma investigação em pleno avião sobre quem possa ser o assassino. Cercado por poucas pessoas que ele inicialmente acredita serem confiáveis — incluindo sua vizinha de poltrona, Jen Summers (Juliane Moore) — o que se segue é um jogo de gato e rato com a vida de centenas de passageiros cujas vidas estão em perigo iminente.  A direção é de Jaume Collet-Serra. “Sem Escalas” estreia nesta sexta-feira, na Sala 4 do Moviecom, Sala 1 do Cinemark, Salas 5 e 6 do Natal Shopping, e Sala 5 do Norte Shopping. Classificação indicativa 12 anos. Cópias dubladas e legendadas. (T. O.: “Non-Stop”)

 

Estreia 2: “As Aventuras de Peabody & Sherman


Sr. Peabody (voz de Alexandre Borges) é um magnata de negócios, inventor, cientista, ganhador do prêmio Nobel, chef, duas vezes medalhista olímpico e gênio... Que também é um cachorro. Usando a sua engenhosa invenção, a máquina WABAC, o Sr. Peabody e seu filho adotivo, Sherman, viajam no tempo para vivenciar eventos que mudaram o mundo em primeira mão e interagir com as maiores personalidades da história. Mas, quando Sherman quebra as regras da viagem no tempo, nossos dois heróis entrarão em uma corrida para reparar a história e salvar o futuro. A direção é de Rob Minkoff. “As Aventuras de Peabody & Sherman” estreia nesta sexta-feira nas Salas 1 e 6 do Moviecom, Salas 6 e 7 do Cinemark, Salas 1 e 2 do Natal Shopping, e Salas 1 e 2 do Norte Shopping. Classificação indicativa livre. Cópias dubladas, exibição em 2D e 3D. (T. O.: “Mr. Peabody & Sherman”)

 

Estreia 3: “Alabama Monroe (Sessão Cine Cult)


Didier (Johan Heldenberg), um músico de bluegrass, um legítimo cowboy que mora num trailer e cuida de uma pequena propriedade rural, é ateu e completamente apaixonado pela música. Sua vida muda quando conhece Elise (Veerle Baetens), uma linda e jovem tatuadora, também apaixonada pelo que faz, mas com uma visão de mundo completamente diferente. Apesar das diferenças, o relacionamento dá certo e eles têm uma filha, Maybelle (Nell Cattrysse). Aos seis anos a menina fica gravemente doente e a família se desestabiliza. A direção é de Felix Van Groeningen. “Alabama Monroe” será exibido na quarta-feira (05/02) e quinta-feira (06/02), na Sala 7 do Cinemark, na sessão de 19h30. Classificação indicativa 14 anos. (T. O.: “The Broken Circle Breakdown”)

Pré-estreia 1: “300 - A Ascensão do Império


Após a morte do pai, Xerxes (Rodrigo Santoro) dá início a uma jornada de vingança e ruma em direção à Grécia, com seu exército sendo liderado por Artemisia (Eva Green). Enquanto os 300 espartanos liderados por Leonidas tentam combater o Deus-Rei, os exércitos do resto da Grécia se unem para uma batalha com as tropas de Artemisia no mar. Themistocles (Sullivan Stapleton) é o responsável por liderar os gregos. A direção é de Noam Murro. “300 – A Ascensão do Império” terá pré-estreia na próxima quinta-feira na Sala 6 do Moviecom (21h50), Sala 6 do Cinemark, Sala 2 do Natal Shopping (22h30), e Sala 2 do Norte Shopping (20h45). Classificação indicativa 18 anos. Exibição em 3D, cópias dubladas e legendadas. (T. O.: “300: Rise of an Empire”)

Pré-estreia 2: “Tinker Bell: Fadas e Piratas


Quando uma mal compreendida fada, guardiã do pozinho mágico, chamada Zarina, rouba o crucial pozinho mágico azul do Refúgio das Fadas e foge para se unir aos piratas da Skull Rock, Tinker Bell e suas amigas fadas precisam embarcar em uma aventura única para devolver o pozinho ao seu lugar de direito. Contudo, em meio à perseguição a Zarina, o mundo de Tink vira de cabeça para baixo. Ela e suas amigas descobrem que seus respectivos dons foram trocados e precisam correr contra o tempo para recuperar o pozinho azul e voltar para casa para salvar o Refúgio das Fadas. “Tinker Bell: Fadas e Piratas” terá pré-estreia de sábado a terça na Sala 6 do Natal Shopping (13h15), e Sala 6 do Norte Shopping (13h15). Classificação indicativa livre. Exibição em 3D, cópias dubladas. (T. O.: “The Pirate Fairy”)

 

Especial: Oscar 2014

Sempre que chega esta época do ano, os meus amigos cinéfilos me perguntam pelo Ocar, qual o melhor, quem vai ganhar, etc.. Já é tradição responder que crítico de cinema não é adivinho, se fosse ia tentar descobrir os números da Megasena. Mas, neste ano, em que o Oscar acontece em pleno domingo de carnaval, essa afirmação nunca foi tão verdadeira. A razão? Há um equilíbrio grande entre os concorrentes.
Algum leitor pode até estranhar, falar em equilíbrio entre um drama no espaço (“Gravidade”), escravidão (“12 Anos de Escravidão”), corrupção (“O Lobo de Wall Street”), pirataria (“Capitão Phillips”), homofobia (“Clube de Compras Dallas”), intolerância religiosa (“Philomena”), e por aí vai.
A questão é que, além de temas delicados, são produções profissionais, bem hollywoodianas, dirigidas por grandes nomes da indústria, como se pode aferir pela quantidade de indicações por filme: “Gravidade” (10 indicações), “12 Anos de Escravidão” (9) e “Trapaça” (8). A disputa acirrada deixou de fora atores de nomes bem consagrados, como Tom Hanks e Emma Thompson.
O problema é que, com o confuso sistema de votação da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas fica difícil fazer mais do que bons palpites. Para ajudar o leitor, e até encorajá-lo a ver alguma coisa antes da premiação, farei um breve resumo dos candidatos a melhor filme:

1.      “12 Anos de Escravidão” - Baseado em fatos reais, é a história de um escravo liberto que é sequestrado em 1841 e forçado a trabalhar em uma plantação até ser resgatado doze anos mais tarde. Além de melhor filme, também está indicado para diretor (Steve McQueen), ator (Chiwetel Ejiofor), e mais seis categorias. Ainda em cartaz nos cinemas.
2.      “Capitão Phillips” - Richard Phillips (Tom Hanks) é um comandante naval experiente, que é sequestrado por piratas da Somália. Começa uma longa e tensa negociação entre os sequestradores e os serviços especiais americanos, para tentar salvar o capitão antes que seja tarde. O filme teve mais cinco indicações. Já saiu dos cinemas.
3.  3.    “Clube de Compras Dallas” - Em 1986, o eletricista texano Ron Woodroof (Matthew McConaughey) é diagnosticado com AIDS e logo começa uma batalha contra a indústria farmacêutica. Procurando tratamentos alternativos, ele passa a contrabandear drogas ilegais do México... Concorre para Ator (McConaughey), Montagem, Roteiro original, e Maquiagem. Ainda não chegou nos nossos cinemas.
4.   4   “Ela” - Theodore (Joaquin Phoenix) é um escritor solitário, que acaba de comprar um novo sistema operacional para seu computador. Para a sua surpresa, ele acaba se apaixonando pela voz deste programa informático, dando início a uma relação amorosa entre ambos. Concorre também para Canção original (“The Moon Song”), Roteiro original,Trilha sonora e Design de produção. Ainda inédito nos nossos cinemas.
5.      “Gravidade” – Cientista que participa de sua primeira missão na órbita da Terra fica sozinha após a equipe que a acompanhava morrer em uma sucessão de desastres, e ela é obrigada a enfrentar uma série de obstáculos para sobreviver. Maior número de indicações, incluindo Diretor (Alfonso Cuarón), Atriz (Bullock), Fotografia, Montagem, Trilha Sonora, Design de Produção, Edição de Som, Mixagem de Som e Efeitos Visuais. Já saiu dos cinemas.
6.      “Nebraska” - Woody Grant (Bruce Dern) é um homem idoso que acredita ter ganho US$ 1 milhão após receber pelo correio uma propaganda. Woody conta a todos sobre a possibilidade de se tornar um milionário, despertando a cobiça não só da família como também de parte dos habitantes da cidade. Indicado também para Diretor (Alexander Payne), Ator (Dern), e mais três categorias. Ainda inédito em nossos cinemas.
7.      “O Lobo de Wall Street” – História de Jordan Belfort (Leonardo DiCaprio) um vigarista que ganhou milhões de dólares, principalmente com ações de empresas de fundo de quintal, praticando uma vida de fausto, regada a muito sexo, bebidas e drogas. Indicado para Diretor (Martin Scorsese), Ator (DiCaprio), Ator coadjuvante (Jonah Hill) e Roteiro adaptado. Já saiu dos cinemas.

8.      “Philomena” - Irlanda, 1952. Philomena Lee (Judi Dench) é uma jovem que tem um filho recém-nascido quando é mandada para um convento. Sem poder levar a criança, ela o dá para adoção. Após sair do convento, Philomena começa uma busca pelo seu filho, junto com a ajuda de um jornalista, Martin Sixsmith (Steve Coogan). Indicado também para Melhor atriz (Dench), Roteiro adaptado, e Trilha sonora. Ainda em cartaz nos cinemas.
9.      “Trapaça” - Irving Rosenfeld (Christian Bale) é um grande trapaceiro, que trabalha com a sócia e amante Sydney Prosser (Amy Adams). Os dois são forçados a colaborar com um agente do FBI (Bradley Cooper), penetrando no perigoso mundo da máfia. Os planos parecem dar certo, até a esposa de Irving, Rosalyn (Jennifer Lawrence), aparecer e mudar as regras do jogo. Indicado também para Diretor (David O. Russell), Atriz (Amy Adams), Ator (Christian Bale), Ator coadjuvante (Bradley Cooper), Atriz Coadjuvante (Jennifer Lawrence), Figurino, Montagem e Design de Produção.

Para não ficar sem dar algum “pitaco”, acredito que Alfonso Cuarón é o mais forte para Melhor Diretor de “Gravidade”, que também deve ganhar as categorias técnicas.  “Frozen – Uma Aventura Congelante” deve ganhar como Melhor longa de animação. Como Hollywood adora atores que se deformam, a disputa está acirrada entre Matthew McConaughey, que perdeu 20 quilos para “Clube de Compras Dallas”, e Christian Bale, que ganhou outros tantos para o detestável “Trapaça”. Quem parece inabalável para Melhor Atriz é Cate Blanchett, por sua ótima atuação no intragável “Blue Jasmine”, de Woody Allen.

Livros de cinema:

“Filme – Um Retrato de Hollywood”

Ao saber que o diretor John Huston preparava a adaptação para o cinema do romance clássico da literatura norte-americana, Lillian Ross, jornalista da revista The New Yorker, decidiu acompanhar todas as fases da realização do filme. Ross foi para Hollywood e, na tentativa de descobrir como realmente funcionava a indústria cinematográfica, seguiu, durante quase dois anos, os passos da equipe de “A glória de um covarde”, desde a confecção do roteiro até o lançamento em Nova York. O resultado deste extraordinário trabalho - a primeira reportagem escrita em forma de romance - está em Picture, título original do livro, que resume em uma única palavra múltiplos significados. 312 p – Editora Companhia das letras.

Lançamentos em DVD/Blu-Ray:

Thor - O Mundo Sombrio

Enquanto Thor (Chris Hemsworth) liderava as últimas batalhas para conquistar a paz entre os Nove Reinos, o maldito elfo negro Malekith (Christopher Eccleston) acordava de um longo sono, sedento de vingança e louco para levar todos para a escuridão eterna. Alertado do perigo por Odin (Anthony Hopkins), o herói precisa contar com a ajuda de seu irmão, o traiçoeiro Loki (Tom Hiddleston), para salvar o universo do grande mal. Mas os caminhos de Thor e da amada Jane Foster (Natalie Portman) se cruzam novamente e, dessa vez, a vida dela está realmente em perigo. O box traz o filme com tela widescreen anamórfico e Áudio em Dolby Digital 5.1, e, como extras, Curta Marvel: Saúdem o Rei!, Especiais: Uma Jornada de Irmãos – Thor & Loki; Um Olhar Exclusivo em Capitão América: O Soldado Invernal; Fazendo a Trilha Sonora com Brian Tyler, Cenas Inéditas e Estendidas, Erros de Gravação, e Comentários em Áudio (T. O.: “Thor: The Dark World”)

“Pretty Baby - Menina Bonita”

Em 1912, na cidade de New Orleans, a filha de uma prostituta é criada em um bordel, onde cuida do seu irmão e se prepara para seguir os passos da mãe. Com doze anos de idade, ela tem sua virgindade leiloada, a mãe se casa e a abandona, e a menina casa com um fotografo bem velho do que ela. Obra prima atemporal, e inédita. Filme polêmico do diretor Louis Malle, causou escândalo com a exposição da adolescente Brooke Shields. Filme com formato de tela widescreen anamórfico e áudio em Dolby Digital 5.1. (T. O.: “Pretty Baby”)

“Adeus, Meninos”

França, inverno de 1944. Julien Quentin (Gaspard Manesse) é um garoto de 12 anos que frequenta o colégio St. Jean-de-la-Croix, em grandes dificuldades por conta da 2ª Guerra Mundial. Ele ganha um inimigo com a chegada de Jean Bonnett (Raphael Fejto), um introvertido garoto. Mais tarde, Julien descobre que o menino é judeu e os dois se tornam melhores amigos, mas a tragédia chega à escola quando a Gestapo invade o local. Tela widescreen anamórfico e Áudio em Dolby Digital 5.1, e, como extras, “O Imigrante” (1917) de Charles Chaplin, Joseph o anti-herói de Adeus Meninos, Entrevista de Pierre Billard biógrafo de Malle, Depoimento da atriz Candice Bergen, Trailer e Teaser. (T. O.: “Au Revoir Les Enfants”)

“O Sopro do Coração”

Laurent, de 15 anos de idade, vive em Dijon no seio de uma família burguesa de tradições rígidas. Não se dá muito bem com seu pai, nem com seus irmãos. É apaixonado por sua mãe, Clara, mulher muito livre que está cansada do marido. Laurent está naquela idade quando tudo é revolta. É a transição da infância para a adolescência, são as primeiras experiências sexuais. depois de uma escarlatina, contrai um problema no coração, e vai se tratar em uma estação climática, acompanhado de sua mãe. Longe de casa, com todo o tempo do mundo só para eles, aprofundam essa relação de paixão que os une. Direção de Louis Malle,. Filme com tela widescreen anamórfico e Áudio em Dolby Digital 2.0. (T. O.: “Le souffle au coeur”)

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Coluna Claquete – 21 de fevereiro de 2014



Newton Ramalho

 

colunaclaquete@gmail.comwww.colunaclaquete.blogspot.com  - @colunaclaquete

 

O que está em cartaz

Enquanto a insanidade toma conta do Brasil e do mundo, a tolerância parece estar de férias em Plutão. Enquanto isso, nos cinemas, as estreias da semana são o premiado drama “12 Anos de Escravidão”, a esperado ficção “Robocop”, de José Padilha, o épico “Pompéia”, e o drama francês “Um Castelo na Itália”, na Sessão Cine Cult. Continuam em cartaz a aventura “Caçadores de Obras-Primas” (vejam na seção Filme da Semana), o drama “Philomena”, o épico “Hércules”, a animação “Uma Aventura Lego”, os dramas “Trapaça”, e “A Menina Que Roubava Livros”. Nas programações exclusivas, o Cinemak exibe “Muita Calma Nessa Hora 2”, e o Moviecom mantém o thriller “Operação Sombra – Jack Ryan”, e “Frozen – Uma Aventura Congelante”. Recomendo confirmar a programação de cada cinema em seu respectivo site antes de sair de casa.

Estreia 1: “12 Anos de Escravidão


Esta história, baseada em fatos reais, apresenta Solomon Northup (Chiwetel Ejiofor), um escravo liberto que é sequestrado em 1841 e forçado por um proprietário de escravos (Michael Fassbender) a trabalhar em uma plantação na região de Louisiana, nos Estados Unidos. Ele é resgatado apenas doze anos mais tarde, por um advogado (Brad Pitt). Filme ganhador do BAFTA de Melhor Filme e Melhor Ator, e do Globo de Ouro de Melhor Filme, além de estar indicado para nove categorias de premiação no Oscar 2014, incluindo Melhor Filme, Ator e Diretor. A direção é de Steve McQueen. “12 Anos de Escravidão” estreia nesta sexta-feira, na Sala 7 do Moviecom, Sala 1 do Cinemark, e Sala 3 do Natal Shopping. Classificação indicativa 14 anos. (T. O.: “12 Years a Slave”)

 

Estreia 2: “Robocop


2028. Já há vários anos os drones têm sido usados para fins militares mundo afora e agora a empresa OmniCorp deseja que eles sejam usados também para o combate ao crime nas grandes cidades. Entretanto, esta iniciativa tem recebido forte resistência nos Estados Unidos. Na intenção de conquistar o povo americano, Raymond Sellars (Michael Keaton) tem a ideia de criar um robô que tenha consciência humana, de forma a aproximá-lo à população. A oportunidade surge quando o policial Alex Murphy (Joel Kinnaman) sofre um atentado, que o coloca entre a vida e a morte. A direção é do brasileiro José Padilha. “Robocop” estreia nesta sexta-feira nas Salas 1 e 4 do Moviecom, Salas 2 e 7 do Cinemark, Salas 1 e 5 do Natal Shopping, e Salas 3 e 6 do Norte Shopping. Classificação indicativa 14 anos. Cópias dubladas e legendadas. (T. O.: “Robocop”)

Estreia 3: “Pompéia


“Pompéia” conta a história épica de Milo (Kit Harington), um escravo que tornou-se um gladiador e se encontra em uma corrida contra o tempo. Ele precisa salvar seu verdadeiro amor Cassia (Emily Browning), a bela filha de um comerciante rico que foi prometida a um corrupto senador romano, em meio a destruição da cidade de Pompeia causada pela erupção do Monte Vesúvio. A direção é de Paul W. S. Anderson. “Pompéia” estreia nesta sexta-feira na Sala 6 do Moviecom, Sala 6 do Cinemark, Sala 2 do Natal Shopping, e Sala 4 do Norte Shopping. Classificação indicativa 12 anos. Exibição em 3D, cópias dubladas e legendadas. (T. O.: “Pompeii”)

 

Estreia 4: “Um Castelo na Itália (Sessão Cine Cult)


Louise (Valeria Bruni Tedeschi) vive uma situação inusitada: ao mesmo tempo em que espera seu primeiro filho, precisa cuidar do irmão Ludovic (Filippo Timi), que está à beira da morte no hospital. Paralelamente, ela ainda precisa lidar com a vida ao lado de seu amado Nathan (Louis Garrel) e com as negociações com o restante da família para a venda do castelo de seu pai, localizado na Itália. A direção é de Valeria Bruni Tedeschi. “Um Castelo na Itália” será exibido na terça-feira (25/02) e quinta-feira (27/02), na Sala 3 do Cinemark, na sessão de 20h10. Classificação indicativa dez anos. (T. O.: “Un Château en Italie”)

 

Filme da Semana: “Caçadores de Obras-primas”


Nas centenas de filmes que tem como tema a Segunda Guerra Mundial, o enfoque é, quase sempre, algum ato heroico dos americanos, ou, o sofrimento dos judeus mortos nos campos de extermínio. O filme “Caçadores de Obras-primas”, entretanto, mostra uma faceta interessante da guerra, baseada em fatos reais, e que traz alguns questionamentos interessantes sobre o valor de uma obra de arte.
Não é incomum vermos notícias sobre leilões de objetos de arte cujas cifras alcançam milhões de dólares, geralmente peças de grandes mestres que resistiram ao tempo e às calamidades – muitas delas causadas pelo homem, principalmente por sua intolerância.
Durante séculos obras raríssimas foram destruídas simplesmente por serem consideradas heréticas. Isso aconteceu na Alexandria, na Florença de Savonarola, na América pelos missionários espanhóis, e também na Alemanha nazista, e nos países por ela invadidos, por ocasião da Segunda Guerra Mundial.
Entre suas várias loucuras, Adolf Hitler, que considerava-se um artista injustiçado, em sua ascensão ao poder, vislumbrou construir o maior museu de arte do mundo, o Führermuseum, em Linz, sua cidade natal. Esse seria o mausoléu que o eternizaria no Reich de Mil Anos. Para preenchê-lo, à medida que invadia os países vizinhos, seus agentes iam recolhendo importantes obras de arte de mestres clássicos, retirados de museus ou confiscados de coleções particulares.
As obras de arte feitas por judeus, ou artistas de escolas modernas, cubistas, etc., eram consideradas como “arte degenerada”, e o destino era a destruição imediata – e milhares de obras foram queimadas nos pátios dos museus e galerias, enquanto as outras eram contrabandeadas para locais secretos da Alemanha. Estima-se que cinco milhões de obras de arte foram confiscadas e enviadas para a Alemanha, e muitas delas jamais foram recuperadas.
Preocupados com o destino desse importante legado cultural, um grupo de homens e mulheres de 13 nações, quase todos apresentando-se como voluntários, serviram na seção Monuments, Fine Arts and Archives, ou MFAA, recebendo o apelido de “Monument Men”. A maioria não tinha experiência militar, já passava da meia idade, mas eram diretores ou curadores de museus, estudiosos, professores de artes, artistas, arquitetos e arquivistas. Seu objetivo era salvar o que fosse possível da cultura da Europa em meio à insanidade da guerra.
O grupo inicial, de cerca de sessenta pessoas, deparava-se com uma tarefa hercúlea e quase impossível, já que a Europa ainda vivia um ambiente infernal de combates e bombardeios, e enquanto a maioria dos homens preocupava-se em matar o maior número de inimigos, aqueles poucos abnegados insistiam em penetrar nos campos de batalha para salvar objetos de arte. Daí a grande pergunta, repetida incontáveis vezes: valia à pena arriscar a vida por uma obra de arte?
O filme “Caçadores de Obras-primas” é uma romantização destes eventos, baseada no livro “The Monuments Men: Allied Heroes, Nazi Thieves and the Greatest Treasure Hunt in History”, de Robert Morse Edsel, que trouxe à luz este aspecto da guerra desconhecido por muitos.
George Clooney dirigiu e protagonizou o filme, junto com uma simpática trupe de grandes atores, alguns deles já participantes da série “Onze Homens e um Segredo”: Matt Damon, Bill Murray, John Goodman, Bob Balaban, Hugh Bonneville, e o rosto francês do momento em Hollywood, Jean Dujardin, que ficou conhecido mundialmente com “O Artista”. O grande destaque feminino ficou com Cate Blanchett, que vive a francesa que trabalhou como voluntária e registrou meticulosamente todas as peças roubadas do museu Jeu de Paume, ajudando muito o esforço para recuperação destas obras.
O filme recebeu algumas críticas por fugir da precisão histórica, mas, se optasse por este caminho não seria cinema, e sim documentário jornalístico. A história segue um pequeno grupo de voluntários que embrenha-se pela Europa ainda fervilhante de homens em guerra, procurando pistas das obras de arte roubadas.
Embora seja bem hollywoodiana, mostrando rostos bonitos e uma guerra “limpa” e sem sangue, “Caçadores de Obras-primas” tem o grande mérito de chamar a atenção do mundo para mais um aspecto nocivo dos conflitos (existe algum que não seja nocivo?) que é o saque feito pelos invasores.
Como já havia observado antes, no filme é levantada a questão do valor de uma obra de arte. Não está se tratando apenas dos milhões da venda de uma obra-prima. Como disse o Monument Man George Stout, que inspirou o personagem vivido por Clooney, “Esses monumentos não são apenas coisas bonitas, meros sinais valiosos do poder criativo do homem. Eles são expressões de fé, e representam a luta do homem para se relacionar com seu passado e com seu Deus”.
As expressões artísticas de um povo, seja um quadro de Di Cavalcanti ou um boneco de barro de Caruaru, composições de Villa-Lobos ou de algum sertanejo, todo esse conjunto ajuda a compor a identidade artística, e consequentemente, parte significativa da cultura de uma nação. Destruir, apagar, esquecer, denegrir, ou ignorar essas formas de arte significa destruir todo um passado importantíssimo, por mais que tenhamos nossas preferências pessoais.
É importante assistir “Caçadores de Obras-primas” para lembrar os erros do passado, e evitar que sejam repetidos no futuro.


Livros de cinema:

“1001 Noites no Cinema”, de Pauline Kael (Coletânea organizada por Sérgio Augusto)

Coletâneas de críticos de cinema são um gênero pouco popular, mas uma crítica conseguiu a proeza se tornar uma das principais atrações de uma das principais revistas do mundo: a nova-iorquina Pauline Kael, escrevendo para a New Yorker. Também, pudera: com sua abordagem anárquica, que evocava em primeiro lugar o prazer de um bom filme, a crítica popularizou o cinema no debate intelectual dos anos 1970 e 80, e foi central para a divulgação dos diretores da chamada “Nova Hollywood” – Coppola, Scorsese, Spielberg, etc. Toda a inteligência e charme de seus textos está nessa coletânea de Sérgio Augusto, verdadeiro banquete para os cinéfilos. 575 p – Editora Companhia das letras.

Lançamentos em DVD/Blu-Ray:

Coleção “Cinema Paradiso” (2 DVDs)

Giuseppe Tornatore trouxe para as telas a história do garoto Totó, que vive num vilarejo do interior da Itália, durante a Segunda Guerra. Sua principal diversão é passar o tempo no Cinema Paradiso, fazendo companhia ao projecionista Alfredo (Phillipe Noiret), que o ensina a amar a Sétima Arte, mudando a sua vida para sempre. A Coleção Cinema Paradiso traz as duas versões desse grande sucesso – a de cinema, exibida originalmente no Brasil, e a estendida, com mais de 50 minutos de cenas inéditas. O box traz os filmes com tela widescreen anamórfico e Áudio em Dolby Digital 5.1, e, como extras, Conferência de Imprensa no Festival de Cannes, Entrevistas, Depoimento de Rubens Ewald Filho, Cinema de Rua, Vida e Obra de Giuseppe Tornatore. (T. O.: “Nuovo Cinema Paradiso”)

“Temporada de Caça”

O americano Benjamin Ford (Robert De Niro) é um veterano da Guerra da Bósnia, que decide morar em uma cabana isolada na floresta para esquecer os traumas dos anos de combate. Mas as lembranças vêm persegui-lo na figura de Emil Kovac (John Travolta), um militar bósnio que pretende acertar contas com Ford. Logo começa um longo combate físico e psicológico entre os dois. A direção é de Mark Steven Johnson Tela widescreen anamórfico e Áudio em Dolby Digital 5.1. (T. O.: “Killing Season”)

“Mergulhando Fundo”

Austrália, 1970. Os irmãos Fisher, Andy (Sam Worthington) e Jimmy (Xavier Samuel), tem uma grande paixão: surfar ondas grandes. Quando crianças, sua mãe fugiu para uma cidade pacata do litoral onde havia algumas das ondas mais desafiadoras e perigosas do mundo. Lá, os meninos aperfeiçoaram suas habilidades de surf, sempre buscando a onda perfeita. Ao crescer e para fugir de uma vida de crimes e dividas, os irmãos apostam em uma grande invenção, um negócios artesanal de marca de surf. Tela widescreen anamórfico e Áudio em Dolby Digital 5.1. (T. O.: “Drift”)

“O Velho Fuzil”

“O Velho Fuzil”, de Robert Enrico, é um dos mais importantes filmes franceses das últimas décadas. França, 1944, nos estertores da ocupação alemã. O médico Julien Dandieu tenta proteger sua família, levando-a para o campo. Mas, um dia, sem que ele possa reagir, os nazistas matam sua esposa e sua filha, diante de seus olhos. Então, ele resolve se vingar, usando apenas um velho fuzil. “O Velho Fuzil” é uma história de amor sublime valorizada pelas excelentes atuações de Romy Schneider e Philippe Noiret. Filme com tela widescreen anamórfico e Áudio em Dolby Digital 2.0. (T. O.: “Le Vieux Fusil”)