sexta-feira, 30 de maio de 2008



Claquete – 30 de maio de 2008

Newton Ramalho - colunaclaquete@gmail.com

O que está em cartaz

A semana começou com as notícias da morte do diretor Sydney Pollack, que pode ser visto no filme “O Melhor Amigo da Noiva”, e, do lançamento de um novo livro de James Bond, no centenário de nascimento do autor original, Ian Fleming. As únicas estréias do final de semana são “As Crônicas de Nárnia: Príncipe Caspian”, fantasia baseada na obra do escritor irlandês C. S. Lewis, com cópias dubladas e legendadas, e, na Sessão Cult, o drama “Angel”. Continuam em cartaz “Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal”, quarto filme com o famoso aventureiro, a comédia romântica "O Melhor Amigo da Noiva", "Speed Racer", ação baseada no famoso anime dos anos 60, e o ótimo "Homem de Ferro".

Estréia 1: “As Crônicas de Nárnia: Príncipe Caspian”

Peter, Edmund, Susan e Lucy estão de volta em uma nova aventura no mundo mágico de Nárnia. Um ano depois dos acontecimentos do primeiro filme, os quatro jovens são conduzidos de volta ao longínquo e maravilhoso reino de Nárnia, e descobrem que mais de 1.300 anos ali se passaram. Durante sua ausência, a Era de Ouro de Nárnia foi extinta, o reino foi conquistado pelos Telmarines e agora está sob o domínio do maligno rei Miraz, que o governa de forma impiedosa. As quatro crianças logo encontram um novo e intrigante personagem: o herdeiro legítimo do trono de Nárnia, o jovem Príncipe Caspian, que foi forçado a ficar escondido, enquanto seu tio Miraz planeja matá-lo para dar o trono a seu filho recém-nascido. Com a ajuda de um gentil duende, de um corajoso rato falante chamado Reepicheep, de um texugo chamado Trufflehunter e do Duende Negro, Nikabrik, os narnianos, Peter e Caspian, embarcam em uma fantástica jornada para encontrar Aslan, retirar Nárnia do domínio tirânico de Miraz e restaurar a magia e a glória da terra. A direção é de Andrew Adamson. “As Crônicas de Nárnia: Príncipe Caspian” estréia nesta sexta-feira, nos Cines 4 (legendado) e 6 (dublado) do Moviecom e nas Salas 6 (legendado) e 2 (dublado) do Cinemark. Classificação indicativa 12 anos.

Sessão Cult: “Angel”

“Angel” conta a história de Angelica Deverall (Romola Garai), uma adolescente mimada, com imaginação fértil e vocação para escrever romances açucarados. Ela sonha tornar-se uma escritora famosa para então poder freqüentar uma bela mansão de campo, por onde passa, mas onde não pode entrar. A precoce Angel, dotada de talento, passa todos os seus desejos românticos para uma prosa florida, que acaba por chamar a atenção de um conceituado editor de Londres. Em pouco tempo, ela se torna a autora mais famosa da Inglaterra, fica milionária e se casa com um atormentado pintor (Michael Fassbender). Mas, sua vida se transforma em tragédia quando seu casamento entra em crise e seus livros saem de moda. A direção é do francês François Ozon. A partir desta sexta-feira, na Sala 4 do Cinemark, na sessão de 15h05. Classificação indicativa 14 anos.



Lançamentos em DVD

“Desejo e Reparação”, em DVD

Em 1935, no dia mais quente do ano na Inglaterra, Briony Talles (Romola Garai) e sua família se reúnem num fim de semana na mansão familiar. Em meio ao calor opressivo, emergem antigos ressentimentos familiares. Cinco anos antes, Briony, então aos 13 anos, usa sua imaginação de escritora principiante para acusar Robbie Turner (James McAvoy), o filho do caseiro e amante da sua irmã mais velha Cecília (Keira Knightley), de um crime que ele não cometeu. A acusação, na época, destruiu o amor da irmã e alterou de forma dramática várias vidas. Ganhou o Oscar de Melhor Trilha Sonora. O disco traz o filme com formato de tela widescreen e áudio Dolby Digital 5.1, e, como extras, Comentários em áudio do diretor, Making Of e Cenas Deletadas.

“A Fúria”, em DVD

Bob Maconel (Christian Slater) é funcionário de um escritório cujo trabalho é insignificante. Ele senta em um cubículo e é ignorado pelo seus colegas, vivendo em um mundo onde se sente completamente isolado. Seu maior desejo é matar seus companheiros de trabalho de diversas maneiras. Um dia, entretanto, acontece um tiroteio no escritório e, Bob salva a vida da bela Vanessa (Elisha Cuthbert). Por seus atos heróicos, ele acaba ganhando a admiração de todos, inclusive do diretor da empresa, Gene Shelby (William H. Macy), que lhe dá o cargo de vice-presidente de criação. Será que Bob está pronto para enfrentar todas essas mudanças? O disco traz o filme com formato de tela widescreen e áudio Dolby Digital 5.1.

“O Tango de Rashevski”, em DVD

Matriarca de família de judeus novos da Bélgica falece e, com ela, morrem suas tradições. Perdidos dentro dos rituais judaicos, que desconhecem, os Rashevski se vêem em uma luta para definir sua religião e sua união. O surgimento de uma família não-judia no enterro complica as coisas, enquanto romances florescem e segredos do passado são desenterrados. Dirigido por Sam Garbarski, com Hippolyte Girardot, Ludmila Mikael e Michel Jonasz. O disco traz o filme com formato de tela letterbox e áudio Dolby Digital 2.0.

“Contos da Lua Vaga”, em DVD

Obra-prima do cinema fantástico, o filme é uma fábula passada no século 16, em um Japão feudal violento, durante a sangrenta guerra civil, e conta a história de um fazendeiro que quer ser samurai e de outro que quer enriquecer através do comércio. Realizado pelo mestre japonês Kenji Mizoguchi, cheio de atmosfera e força, é um dos mais importantes filmes da história do cinema, e um belo exemplo do cinema japonês clássico. Ganhou o Leão de Prata no Festival de Veneza de 1953. Como extras, traz a biografia e filmografia de Kenji Mizoguchi.

Eventos

“Crônica de uma Fuga”, no Ciclo de Cinema e Ditadura na América Latina

A Universidade Federal do Rio Grande do Norte, no ciclo de filmes e debates sobre as ditaduras na história recente, apresenta, na próxima quinta-feira, dia 05, o longa-metragem “Crônica de uma Fuga”, do argentino Adrián Caetano. Buenos Aires, 1977. Agentes secretos trabalhando para a ditadura militar seqüestram Claudio Tamburrini (Rodrigo de la Serna), goleiro de um time da 2ª divisão, e o levam para uma casa abandonada, onde funciona uma prisão clandestina conhecida como Mansion Seré. Ali, Claudio enfrenta o inferno de interrogatórios e torturas, sem saber exatamente porque foi detido. A exibição será no campus da UFRN, no Auditório B do CCHLA (Azulão), às 19 horas. Mais informações, através do e-mail gvitullo@hotmail.com.

Morre Sydney Pollock

O cineasta americano Sydney Pollack morreu no dia 26, na Califórnia, vítima de câncer. Tendo começado a filmar em 1965, ficou famoso graças à sua parceria com Robert Redford. Juntos, fizeram “Mais Forte que a Vingança” (1972), “Cavaleiro Elétrico”, (1978), “Entre Dois Amores”, (1985), e “Havana”, (1990). Com mais de 20 filmes no currículo, Sydney Pollack teve três indicações ao Oscar: em 1969 com “A Noite dos Desesperados”, em 1982 por “Tootsie”, e, em 1985, por “Entre Dois Amores”, filme que lhe rendeu a estatueta. O seu último trabalho como diretor foi em “A Intérprete”, de 2005, com Nicole Kidman e Sean Penn. Ele pode ser visto na comédia em cartaz, “O Melhor Amigo da Noiva”, onde interpreta o pai do protagonista.


Um novo livro de 007 no centenário de Ian Fleming

Os herdeiros do escritor Ian Fleming, nascido em 28 de maio de 1908, encarregaram o romancista britânico Sebastian Faulks de escrever, à maneira do original, o décimo-quinto episódio das aventuras de 007. O livro leva a uma volta às origens de James Bond, bastante alterado pelas adaptações cinematográficas. O novo romance, “Devil may care”, é ambientado em plena Guerra Fria, em 1967, e leva o agente secreto a Paris, Londres e ao Oriente Médio. Entre 1952 e 1964, ano de sua morte, Ian Fleming escreveu 14 histórias de James Bond. A última, “Octopussy”, foi publicada postumamente em 1966.

Treco-nologia

Blue-ray ou Playstation 3?

É estranho falar em Blue-ray no Brasil, onde a maioria das pessoas ainda usa um aparelho de DVD ligado direto em uma TV de tubo de 20 polegadas. Mas, sempre existem os “early-adopters”, aquelas pessoas taradas em tecnologia, ávidas por novidades, que são as que abrem e direcionam o mercado. Com o fracasso do HD-DVD, o outro concorrente a sucessor do DVD, o caminho ficou livre para o Blue-ray. Contudo, os preços ainda estão altos, com os leitores entre três e quatro mil reais. Uma opção interessante parece ser os consoles de Playstation 3, que, além da função de videogame, ainda possuem a capacidade de leitura de discos Blue-ray (e, conseqüentemente, DVD e CD). O melhor é que os preços variam de 1100 reais (Mercado Livre) a 1800 reais (lojas online), para o modelo de 40 giga. Mas, o consumidor deve ficar atento para a origem do produto: se for fabricado nos Estados Unidos, é compatível com os Blue-ray das Américas, mas, se vier da Ásia ou Europa, poderá ter problemas de bloqueio de área, como acontecia com o DVD.



Tema da Semana:

O que é um clássico do cinema?

Em uma das listas de discussão que participo, alguém lançou o seguinte tema: “Este clássico eu não assisti”. Do alto das minhas 52 primaveras, e cinéfilo desde os seis anos, quando ia às matinês do Cine Avenida, esperei que pingassem títulos como “E o Vento Levou”, “Casablanca”, “Dez Mandamentos”, já que tem adulto jovem na lista.

Para minha surpresa, tirando “Cidadão Kane”, que é onipresente em todas as listas de melhores filmes (embora poucos tenham realmente assistido), os nomes que saíam eram “Blade Runner”, “Caçadores da Arca Perdida”, “Tubarão”, e, até “A lista daquele cara”... Para que eu me sentisse realmente um vovô, alguém escreveu “Eu não assisti nenhum deste filmes velhos, como o Vento Levou, Casa Blanca, etc, etc”.

Com o desenrolar da discussão, embora um ou outro citasse Roberto Rosellini e Stanley Kubrick, a maioria citava superproduções de grande público, feitas da década de 80 para cá. Isso me fez pensar na pergunta que é título deste texto: O que é um clássico do cinema?

Do Aurélio, no verbete Clássico, temos “Da mais alta qualidade, modelar, exemplar”, o que seria uma boa pista, mas, tem, também, “Cujo valor foi posto à prova do tempo; tradicional; antigo”. Será isso um filme clássico, um filme antigo, muito bem feito?

Se formos por aí, como enquadrar os filmes do início do século 20, mudos, em preto e branco e com um ritmo “apressadinho”? Correríamos o risco de descartar “Intolerância” e “Nascimento de uma Nação”, de D.W. Griffith, “Nosferatu”, de Murnau, ou, “Metropolis”, de Fritz Lang. Dez entre dez estudiosos irão classificá-los como clássicos.

Alguém, certamente, irá lembrar que um clássico deve ter um filme com uma temática séria. Bem, e o que dizer dos incontáveis desenhos animados de Walt Disney e seus concorrentes? Devemos deixar de fora as maravilhosas comédias de Charles Chaplin e Buster Keaton?

Os meus colegas críticos de cinema certamente lembrarão dos filmes de Hitchcock (“Psicose”, “Janela Indiscreta”), de Eisenstein (“Encouraçado Potemkin”), de Rossellini (“Roma, Cidade Aberta”). A lista pode ir muito longe, com Ingmar Bergman, John Huston, Akira Kurosawa, etc..

A esta altura, algum leitor já deve estar questionando se o chato do Newton só cita os estrangeiros. E os cineastas brasileiros? Como não classificar como clássicos os filmes de Glauber Rocha, “O Cangaceiro”, de Lima Barreto, “Rio, 40 Graus”, de Nelson Pereira dos Santos, e “Macunaíma”, de Joaquim Pedro de Andrade? Bem, se me deixarem juntar “O Pagador de Promessas”, de Anselmo Duarte, à lista, tudo bem, embora os intelectuais ameacem me esfolar vivo por isso.

A verdade, meus queridos leitores, é que, assim como a língua falada, nem sempre as pessoas aceitam os conceitos que os eruditos determinam. Se nove entre dez pessoas falam “para mim fazer”, é bem possível que, um dia, as gramáticas se rendam a este vício de linguagem.

O conceito de filme clássico vai pelo mesmo caminho. Para a maioria das pessoas, um filme clássico é um filme de grande impacto, seja de produção, bilheteria, ou superexposição. Por isso, os colegas da lista que citavam o que consideravam clássico falavam em “Titanic”, “Senhor dos Anéis”, “A Cor Púrpura”, “ET”, e “Star Wars”.

Cada pessoa elegerá uma lista de filmes diferente, por que irá associar o tema aos títulos que ficaram preservados em seu imaginário. Longe de ser um problema, isso mostra a riqueza do cinema como Arte, que consegue imprimir sua marca indelével em cada indivíduo de forma única e perfeita.

Embora defenda esse conceito, que certamente provocará a ojeriza dos acadêmicos, aconselho os cinéfilos a ampliarem os seus horizontes, procurando filmes de diferentes épocas, autores e temas, disponíveis em DVD, graças a Deus.


início

sexta-feira, 23 de maio de 2008

Claquete – 23 de maio de 2008






Claquete – 23 de maio de 2008

Newton Ramalho - colunaclaquete@gmail.com

O que está em cartaz

Como sempre acontece nesta época do ano, a programação dos cinemas é dominada pelos blockbusters, produções de consumo, voltadas para o público infanto-juvenil. As únicas estréias são “Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal”, quarto filme com o famoso aventureiro, com cópias dubladas e legendadas, e, na Sessão Cult, a animação “Persépolis”. Continuam em cartaz a comédia romântica “O Melhor Amigo da Noiva”, “Speed Racer”, ação baseada no famoso anime dos anos 60, e o ótimo “Homem de Ferro”. Nas programações exclusivas, o Cinemark exibe a comédia “Super-Herói – O Filme”. No Moviecom, mantêm-se em cartaz a produção nacional “Polaróides Urbanas”.

Estréia 1: “Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal”

1957. Indiana Jones (Harrison Ford) e seu ajudante Mac (Ray Winstone) escapam por pouco de um encontro com agentes soviéticos, em um campo de pouso remoto. De volta à sua casa, na Universidade Marshall, Indiana descobre, através do amigo e reitor da escola, Dean Stanforth (Jim Broadbent), que suas ações recentes o tornaram alvo de suspeita e que o governo está pressionando para que o demita. Ao deixar a cidade, Indiana conhece o rebelde jovem Mutt Williams (Shia LaBeouf), que tem uma proposta: caso o ajude em uma missão, o veterano aventureiro pode encontrar a misteriosa Caveira de Cristal de Akator. Agentes soviéticos também estão em busca do artefato, entre eles, a fria e bela Irina Spalko (Cate Blanchett), cujo esquadrão de elite está cruzando o globo atrás do precioso artefato. Este é o quarto filme da série Indiana Jones, todos dirigidos por Steven Spielberg. “Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal” está em cartaz nos Cines 6 e 7 (legendado) e 4 (dublado) do Moviecom e nas Salas 2 (legendado) e 6 (dublado) do Cinemark. Classificação indicativa 12 anos.

Sessão Cult: “Persépolis”

Marjane Satrapi (voz de Gabrielle Lopes) é uma garota iraniana de oito anos, que sonha em se tornar uma profetisa, para poder salvar o mundo. Querida pelos pais e adorada pela avó, Marjane acompanha os acontecimentos que levam à queda do xá em seu país, juntamente com seu regime brutal. Tem início a nova República Islâmica, que controla como as pessoas devem se vestir e agir. Isto faz com que Marjane seja obrigada a usar véu, o que a incentiva a se tornar uma revolucionária. Ganhou o Prêmio do Júri, no Festival de Cannes e foi indicado ao Oscar de Melhor Animação e ao Globo de Ouro de Melhor Filme Estrangeiro. A direção é de Vincent Paronnaud e Marjane Satrapi. A partir desta sexta-feira, na Sala 5 do Cinemark, na sessão de 15h10. Classificação indicativa 12 anos.

Lançamentos em DVD

“A Lenda do Tesouro Perdido - Livro dos Segredos”, em DVD
Uma página perdida do diário do bisavô do caçador de tesouros Ben Gates (Nicolas Cage) sugere que ele foi um dos envolvidos na morte de Abraham Lincoln. Determinado a provar a inocência do antepassado, Ben segue uma série de pistas pelo mundo, até revelações surpreendentes sobre um dos mais bem guardados segredos da História. O disco traz o filme com formato de tela widescreen e áudio Dolby Digital 5.1, e, como extras, Comentários em Áudio do Diretor Jon Turteltaub e do Ator Jon Voight.
“O Caçador de Pipas”, em DVD

Baseado no livro best-seller do afegão Khaled Hosseini, o filme conta uma história de amizade, dever e redenção. Na trama, que percorre desde a invasão soviética em 1979 até a recente dominação talibã nos anos 90, um afegão expatriado nos EUA retorna ao seu país para corrigir erros de sua infância. O disco traz o filme com formato de tela widescreen e áudio Dolby Digital 5.1.

“Na Natureza Selvagem”, em DVD

Dirigido por Sean Penn, o filme se baseia no livro homônimo escrito por Jon Krakauer. A trama se inspira em um evento real, a história de Christopher McCandless (Emile Hirsch), um jovem recém-formado no colegial que abandonou tudo no início dos anos 1990 para viver no Alasca, junto à natureza. Indicado aos Oscar de Melhor Ator Coadjuvante e Edição. Com Emile Hirsch, Marcia Gay Harden, William Hurt. O disco traz o filme com formato de tela cheia e áudio Dolby Digital 5.1.




“Agente 86 – 1ª Temporada”, em DVD

Aproveitando o próximo lançamento, em 20 de junho, do filme “Agente 86” no cinema, com Steve Carell e Anne Hathaway, chegou em DVD a primeira temporada da hilariante série criada por Mel Brooks, em 1965. São cinco discos, com 870 minutos dos episódios protagonizados por Don Adams, Barbara Feldon e Edward Platt. Como extras, o pacote traz Entrevista com Buck Henry, o documentário “A história secreta de Agente 86” e Spots da TV.

Eventos

“O Que é Isso, Companheiro?”, no Ciclo de Cinema e Ditadura na América Latina

A Universidade Federal do Rio Grande do Norte, no ciclo de filmes e debates sobre as ditaduras na história recente, apresenta, na próxima quinta-feira, dia 29, o longa-metragem “O Que é Isso, Companheiro?”, de Bruno Barreto. Em plena ditadura militar, um grupo de jovens realiza um ousado seqüestro do embaixador americano no Brasil, como forma de pressionar o governo a atender suas exigências. Com Fernanda Torres, Matheus Natchergaele, Pedro Cardoso, Cláudia Abreu, Luiz Fernando Guimarães e Alan Arkin no elenco. Recebeu uma indicação ao Oscar, na categoria de Melhor Filme Estrangeiro. A exibição será no campus da UFRN, no Auditório B do CCHLA (Azulão), às 19 horas. Mais informações, através do e-mail gvitullo@hotmail.com.

“A Viagem de Chihiro”, no Cine Curumim

O Cineclube Natal, em parceria com o SESC apresentará, na abertura do projeto Cine Curumim, a premiada animação japonesa “A Viagem de Chihiro”, do diretor Hayao Miyazaki, considerado o Walt Disney japonês. O Cine Curumim é um projeto do SESC que visa contribuir para a formação cultural de crianças e adolescentes. Perdidos em uma viagem de mudança, Chihiro e seus pais acabam descobrindo uma misteriosa passagem que os leva até um mundo mágico. É lá que a jovem Chihiro precisará enfrentar uma jornada heróica para salvar seus pais, que foram transformados em porcos pela malvada feiticeira Yubaba. O filme acabou sendo o vencedor do Oscar de Melhor Filme de Animação. A exibição do filme se dará no auditório do próprio SESC da Avenida Rio Branco, às nove horas da manhã do próximo sábado, dia 24 de maio. A entrada é franca. Mais informações no fone 3212-1655.

Lançamento do DOCTV IV

Na próxima terça-feira, a TV Universitária lança mais uma edição do DOCTV. O DOCTV é um concurso nacional do Ministério da Cultura que premia 35 projetos de documentários em 27 estados. Cada um dos documentários, de 55 minutos, é realizado por meio de contratos de co-produção no valor de R$ 110 mil. Cada estado tem direito a um projeto premiado. Depois, todos serão exibidos em todo Brasil via rede de emissoras públicas. O lançamento nacional do DOCTV IV no Rio Grande do Norte será no dia 27, às 19h30, no auditório do Teatro da Cultura Popular – TCP, da Fundação José Augusto

O seu roteiro vai virar filme!

Estão abertas as inscrições para o 1º Roteiro Cinema Festival – ACI - Globo Cine tem a finalidade de premiar roteiros de obras audiovisuais de curta metragem, de ficção ou documentais, com temática ambiental e temas livres, produzidos em qualquer parte do mundo. As inscrições estarão abertas no período de 05 de Maio até 15 de Junho de 2008, através de preenchimento de formulário próprio à disposição dos interessados nos sites
www.globocine.com.br, www.acinet.org.br ou http://festival-aci.vilabol.com.br.


Treco-nologia

Precisa desbloquear DVD?

Quando o DVD entrou no mercado, havia pouca oferta de títulos no Brasil, o que levava à importação de discos estrangeiros. Aí, havia necessidade de desbloquear o aparelho de DVD, para poder assistir filmes trazidos dos Estados Unidos (região 4) ou da Europa (região 2). Com a popularização da tecnologia, oferecendo aparelhos a menos de cem reais e DVD pirata em cada esquina, essa necessidade simplesmente desapareceu. Se alguém traz um disco de fora, a chance do seu aparelho já ser desbloqueado é grande, ou, com a ajuda da Internet é possível resolver a parada. O problema é se o disco for europeu, pois, os leitores de DVD no mercado brasileiro usam o padrão de cor NTSC, enquanto o Velho Mundo usa PAL. Além disso, a sua tv também tem que ser trinorma, ou seja, aceitar o nosso padrão (PAL/M), o americano (NTSC) e o europeu (PAL). A sorte de muita gente, que nem sabe que existem essas coisas, é a versatilidade da indústria nacional. Acredite, se quiser.


Filmes da Semana: “Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal”

O herói do chicote contra a dama de gelo

Desde que surgiu a primeira notícia de que seria feita uma nova seqüência da série Indiana Jones, os fãs ficaram em polvorosa. Afinal, passaram-se 19 desde o lançamento do último filme, “Indiana Jones e a Última Cruzada”. Lançado, agora, nos cinemas, “Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal” desperta sentimentos contraditórios de quem assiste, principalmente por que, que olha através da ótica da paixão, sempre vê coisas distorcidas. Mas, o que precisa ficar na mente do espectador é que cinema é, antes de tudo, entretenimento, e neste aspecto, a nova aventura do veterano Indy é cinemão dos bons.
A ação, agora, passa-se em 1957. O mundo mudou radicalmente, após a Segunda Guerra Mundial. Os nazistas, vilões dos filmes anteriores, não existem mais. Em compensação, o mundo agora está dividido em dois blocos, separados pela simbólica Cortina de Ferro, estando de um lado os Estados Unidos e todos os seus aliados, e, do outro, a União Soviética e todos os outros países comunistas (bem, a China não era tão alinhada, mas, vivia os seus próprios problemas).
No início do filme, Indiana está em um depósito militar americano cercado de inimigos comandados por Irina Spalko (Cate Blanchett), uma agente soviética especializada em fenômenos paranormais. Com seus elementos característicos, o chapéu, a jaqueta surrada, o eterno chicote e o sorriso maroto, o herói mostra que os anos passaram, mas, o espírito permanece. E isto é apenas uma prévia do que está por vir.
De volta à sua casa, na Universidade Marshall, Indiana descobre, através do amigo e reitor da escola, Dean Stanforth (Jim Broadbent), que suas ações recentes o tornaram alvo de suspeita e que o governo está pressionando para que o demita. Embora o criador do macartismo tenha morrido exatamente neste ano, o mundo vivia sob a paranóia da ameaça comunista e de um ataque nuclear.
Ao mesmo tempo em que vive esta situação, Indy recebe o pedido de ajuda do jovem Mutt Williams (Shia LaBeouf), que está preocupado com o desaparecimento de um antigo colega, o professor Oxley (John Hurt). Motivado pela busca ao amigo e por uma misteriosa caveira de cristal, logo, o herói estará na selva amazônica peruana. O problema é que o objeto também é desejado pelos soviéticos, pois, além de um valor histórico, pode ter ligações com a enigmática Área 51, onde estaria uma nave alienígena que caiu em Roswell.
Além de Mutt, que mostrará ser muito mais próximo de Indiana do que parece, uma outra personagem surgirá do passado. Marion Ravenwood (Karen Allen), ex-namorada do herói, ressurgirá do passado, como o fez em “Os Caçadores da Arca Perdida”, trazendo de volta tanto as brigas como as cenas de romance do casal.
Aliás, muito do sucesso da série se deve aos toques de humor do herói, que se machucava, cometia erros e trazia um passado repleto de atos nem sempre muito corretos. Ou seja, era humano. Muito disso está presente no novo filme, embora as piadas sobre a idade do herói sejam recorrentes.
De mais a mais, embora Spielberg jure, de pés juntos, que não usou muita computação gráfica, a Industrial Light & Magic, de George Lucas, trabalhou pesado no filme. O que é perfeitamente compreensível, quando se assiste aos documentários dos primeiros filmes da série, quando todos os efeitos eram produzidos de forma quase artesanal.
Como disse no início, “Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal” é cinema de entretenimento, com muitas aventuras, cenas de ação e humor, tudo no mesmo espírito idealizado por Spielberg e Lucas no início da série. Deixe o cérebro “na banguela” e não esqueça a pipoca. Boa diversão!

sexta-feira, 16 de maio de 2008

Claquete - 16 de maio de 2008

Newton Ramalho - colunaclaquete@gmail.com

O que está em cartaz

Os adolescentes dos anos 80 estão frenéticos com a iminente pré-estréia de “Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal” na próxima quarta-feira. Enquanto não chega o dia, confira a resenha sobre o pacote com os três primeiros episódios em “Filmes da Semana”. A única estréia deste final de semana é “O Melhor Amigo da Noiva”, versão masculina de “O Casamento do Meu Melhor Amigo”. Continuam em cartaz “Speed Racer”, ação baseada no famoso anime dos anos 60, o ótimo “Homem de Ferro” e a comédia “Super-Herói – O Filme”. Nas programações exclusivas, o Cinemark exibe a fantasia “As Crônicas de Spiderwick”, e, na Sessão Cult, o drama francês “Ao Lado da Pianista”. No Moviecom, mantêm-se em cartaz os nacionais “Polaróides Urbanas” e “Acredite, um Espírito Baixou em Mim”.

Estréia 1: “O Melhor Amigo da Noiva”

Tom (Patrick Dempsey) é um homem bem sucedido que, sempre que pode, se encontra com Hannah (Michelle Monaghan), sua melhor amiga. Quando Hannah viaja a negócios para a Escócia, onde passa seis semanas, Tom descobre-se apaixonado por ela. Decidido a pedi-la em casamento assim que retorne da viagem, Tom é surpreendido ao saber que ela voltou noiva de um belo e rico escocês. Chamado para ser a "madrinha" do casamento, Tom reluta, mas, aceita o convite. Seu objetivo, agora, é impedir que o casamento de Hannah aconteça, para tentar conquistá-la de uma vez por todas. A direção é Paul Weiland. “O Melhor Amigo da Noiva” estréia nesta sexta-feira, no Cine 6 (legendado) do Moviecom e na Sala 2 (dublado) do Cinemark. Classificação indicativa 12 anos.

Pré-Estréia: “Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal”

1957. Indiana Jones (Harrison Ford) e seu ajudante Mac (Ray Winstone) escapam por pouco de um encontro com agentes soviéticos, em um campo de pouso remoto. De volta à sua casa, na Universidade Marshall, Indiana descobre, através do amigo e reitor da escola, Dean Stanforth (Jim Broadbent), que suas ações recentes o tornaram alvo de suspeita e que o governo está pressionando para que o demita. Ao deixar a cidade, Indiana conhece o rebelde jovem Mutt Williams (Shia LaBeouf), que tem uma proposta: caso o ajude em uma missão, o veterano aventureiro pode encontrar a misteriosa Caveira de Cristal de Akator. Agentes soviéticos também estão em busca do artefato, entre eles, a fria e bela Irina Spalko (Cate Blanchett), cujo esquadrão de elite está cruzando o globo atrás do precioso artefato. Este é o quarto filme da série Indiana Jones, todos dirigidos por Steven Spielberg. “Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal” terá pré-estréia na próxima quarta-feira, no Cine 3 (legendado) e 5 (dublado) do Moviecom e nas Salas 5 (legendado) e 7 (dublado) do Cinemark. Classificação indicativa 12 anos.

Sessão Cult: “Ao Lado da Pianista”
Quando tinha apenas dez anos, Mélanie Prouvost (Déborah François), uma talentosa pianista, teve uma grande decepção ao ser reprovada no mais requisitado conservatório musical da França. Uma década depois, ela tem uma nova chance, mas precisará superar o trauma da experiência anterior. Recebeu três indicações ao César, nas categorias de Melhor Atriz (Catherine Frot), Melhor Revelação Feminina (Déborah François) e Melhor Trilha Sonora. A direção é de Denis Dercourt. A partir desta sexta-feira, na Sala 5 do Cinemark, na sessão de 15h05. Classificação indicativa 14 anos.

Lançamentos em DVD

“Eu Sou a Lenda”, em DVD

Um poderoso vírus praticamente dizimou a população humana, transformando os sobreviventes em zumbis. Robert Neville (Will Smith), um cientista, é imune ao vírus, e é, também o último humano sobrevivente no que restou de Nova York e, talvez, do mundo. Após três longos tentando localizar possíveis sobreviventes e encontrar uma maneira de reverter a devastação, ele conhece Anna (Alicia Braga) e seu filho. O disco traz o filme com formato de tela widescreen e áudio Dolby Digital 5.1, e, como extras, “Conto de Aviso: A Ciência de Eu Sou a Lenda”, Entrevistas com Elenco, Making Of: Criando Eu Sou a Lenda, Efeitos Visuais, Treinamento Físico de Will Smith e Final alternativo.

“Southland Tales - O Fim do Mundo”, em DVD

Num futuro próximo, no feriado de 4 de julho de 2008, em Los Angeles, o mundo estará à beira do colapso social, econômico e ambiental. Dwayne Johnson (The Rock) vive Boxer Santaros, um astro de filmes de ação com amnésia, cuja vida esbarra nas de Krysta Now (Sarah Michelle Gellar), uma atriz pornô dona de seu próprio reality show, e David Clark (Seann William Scott), um policial que tem as chaves para uma vasta conspiração. O disco traz o filme com formato de tela widescreen e áudio Dolby Digital 5.1.

“P.S. Eu Te Amo”, em DVD

Holly Kennedy (Hilary Swank) é uma bela e esperta mulher casada com o amor de sua vida, o engraçado, apaixonado e impetuoso Gerry (Gerard Butler). Quando a vida dele é tomada por uma doença, Holly perde a energia que tinha. A única pessoa que pode lhe ajudar é justamente Gerry - e ele já tinha se preparado caso uma fatalidade como essa acontecesse... O disco traz o filme com formato de tela cheia e áudio Dolby Digital 5.1, e, como extras, Cenas de bastidores e Entrevistas.


“Um Beijo a Mais”, em DVD

Michael (Zach Braff) é um arquiteto prestes a casar que atravessa a crise dos 30 anos. O fato de não haver mais surpresas no seu horizonte o angustia. Sua noiva, Jenna (Jacinda Barrett), está grávida e quer comprar uma casa. Michael só encontra respiro quando conhece Kim (Rachel Bilson), mas trocar sua rotina por uma aventura pode não ser a melhor saída. O disco traz o filme com formato de tela widescreen e áudio Dolby Digital 5.1, e, como extras, Erros de Gravação, Cenas Deletadas, Bastidores, Com a Palavra o Diretor, Slide Show, Trailer e Novidades.

Eventos

IV Fest Aruanda do Audiovisual Universitário Brasileiro

Estão abertas as inscrições para o IV Fest Aruanda do Audiovisual Universitário Brasileiro, que será realizado de 8 a 13 de dezembro, na vizinha João Pessoa. O festival compreende mostra competitiva, mostra especial com filmes convidados e a mostra itinerante “Aruandando”. Mais informações no site
www.bc10.com.br/aruanda, no email festaruanda@gmail.com, nos fones (83) 3216-7144 / (83) 224-4136 ou diretamente no Núcleo de Estudos, Pesquisa e Produção Audiovisual (Neppau) da Universidade Federal da Paraíba.

MostraMundo – 3º Festival da Imagem em Movimento

Estão abertas as inscrições para o MostraMundo – 3º Festival da Imagem em Movimento, que será realizado em novembro, em Recife. O festival pretende oferecer ao público novas referencias e linguagens audiovisuais através da exibição de importantes obras do cinema nacional e internacional, tendo como principal característica a diversidade cultural. Mais informações no site www.mostramundo.com.br, no email mostramundo@aeso.br, no fone (81) 3426-9797 ou diretamente Faculdades Integradas Barros Melo, promotora do evento.

Filmes da Semana: Indiana Jones

O resgate da aventura

Na década de 70, a maioria dos adultos lembrava, com saudade, dos heróis que habitavam os cinemas em suas infâncias e adolescências. Essa lacuna viria a ser ocupada, primeiro, por George Lucas, que resgatou a memória de Flash Gordon e Buck Rogers com o seu inovador “Star Wars”, em 1977. Alguns anos depois, em 1981, seria a vez de Steven Spielberg criar um personagem aventureiro, no estilo Jim das Selvas, com o exótico nome de Indiana Jones. O filme, “Os Caçadores da Arca Perdida” seria um tremendo sucesso e levaria a mais três seqüências, estando a última, “Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal”, prestes a entrar em cartaz.

Ao lançar “Caçadores”, Spielberg estava numa ótima fase, pois vinha de dois tremendos sucessos de público, “Tubarão”, em 1975, e “Contatos Imediatos do Terceiro Grau”. O arqueólogo aventureiro foi criado pelo parceiro George Lucas e Philip Kaufman, cujo roteiro foi finalizado por Lawrence Kasdan.

O primeiro filme mostra o aventureiro em plena atividade, enfrentando índios selvagens e rivais inescrupulosos no meio da década de 30, quando o nazismo estava em plena ascensão. Ao tentar voltar para a sua pacata vida de professor universitário, ele é contratado para encontrar a mítica Arca da Aliança, que, segundo as Escrituras conteria as tábuas com os Dez Mandamentos, entregues a Moisés no Monte Sinai.

Essa busca leva Indiana Jones ao Nepal, onde reencontrará uma ex-namorada, ao Egito, onde estaria enterrado o objeto e a uma ilha deserta, sempre enfrentando soldados nazistas, assassinos implacáveis e muitas, muitas cobras, que é o único pavor do aventureiro.

O filme, repleto de cenas de ação e bons efeitos especiais, ganharia cinco Oscars, Melhores Efeitos Especiais, Melhores Efeitos Sonoros, Melhor Som, Melhor Edição e Melhor Direção de Arte. Foi ainda indicado em mais quatro categorias: Melhor Filme, Melhor Diretor, Melhor Trilha Sonora e Melhor Fotografia. De quebra, consolidaria a fama de Harrison Ford e criaria, com Karen Allen, o mito da maldição das “Indiana Girls”, já que nenhuma das atrizes que faz a namorada do herói conseguiria muito sucesso depois.

O filme seguinte foi “Indiana Jones e o Templo da Perdição”. Depois de sobreviver a um acidente aéreo no Himalaia, Indiana Jones, seu pequeno parceiro Short Round (Ke Huy Quan) e a cantora de boate Willie Scott (Kate Capshaw, atual mulher de Spielberg) vão parar na Índia. Lá, descobrem que uma aldeia está reduzida à miséria, pois, todas as crianças foram escravizadas e as pedras sagradas foram roubadas. Para resgatá-las, Indiana penetra nos domínios de um misterioso governante, enfrenta os poderes mágicos e o fanatismo de um culto que sacrifica seres humanos, caem numa desesperadora perseguição num trole em alta velocidade e, finalmente, fazem uma arrepiante escapada de uma horripilante mina de escravos.

O segundo filme da série ganhou o Oscar de Melhores Efeitos Especiais e foi indicado na categoria de Melhor Trilha Sonora. Os efeitos foram produzidos pela Industrial Light & Magic – ILM, de George Lucas, que também é o autor da história.

O terceiro episódio, “Indiana Jones e a Última Cruzada”, chegaria aos cinemas em 1989. Nele, numa breve introdução, onde o jovem Indiana é vivido por River Phoenix, são explicados algumas de suas marcas registradas, como a cicatriz no queixo, o chicote e o chapéu, e o pavor por cobras. Já adulto, Indiana (Harrison Ford) vai à Europa, sob plena efervescência nazista no limiar da Segunda Guerra Mundial, para procurar o pai, Henry Jones (Sean Connery), cuja missão de vida era encontrar o Santo Graal, o Cálice Sagrado usado na Última Ceia, e que teria recolhido o sangue de Cristo na cruz.

Como sempre, as peripécias levam Indiana a lugares estranhos, como os subterrâneos de Veneza, um encontro com Hitler em Berlim, até o lugar místico e repleto de armadilhas, local da relíquia sagrada, no meio do deserto da Jordânia. As cenas de ação desenfreada incluem uma corrida a cavalo contra um tanque de guerra, a invasão de um quartel-general nazista, a fuga em pleno ar de um dirigível e até um avião de caça alemão, que é derrubado com um simples guarda-chuva.

Um dos diferenciais deste filme foi a presença de Sean Connery, com a sua fleugma habitual, que consegue dar um tom irônico e bem-humorado ao filme, no seu papel de pai do aventureiro. A sua participação rendeu uma indicação ao Globo de Ouro de Melhor Ator Coadjuvante. O filme ganhou o Oscar de Melhores Efeitos Sonoros e foi indicado nas categorias de Melhor Som e Melhor Trilha Sonora.

No mais recente episódio da série, “Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal”, a ação já se passa em 1957, em plena Guerra Fria, onde os vilões da vez são os agentes soviéticos, comandados pela perigosa Irina Spalko (Cate Blanchett), cujo esquadrão de elite está cruzando o globo à procura de um misterioso artefato conhecido como Caveira de Cristal. Este, provavelmente, será o último episódio do personagem, pelo menos protagonizado por Harrison Ford. Mas, mantendo-se o sucesso em torno do herói, certamente surgirão outras fórmulas para manter a lenda viva.

Para os fãs da série, sugiro que procurem o pacote de DVDs que reúne os três filmes iniciais e um quarto disco, chamado “Extras da Trilogia”, com mais de três horas de documentários sobre os três episódios, sob a coordenação do francês Laurent Bouzereau, documentarista que acompanha Spielberg há mais de uma década.
Nestes extras encontram-se raridades, como um teste de cena de Tom Selleck e Sean Young, os dois escolhidos iniciais para interpretar o par romântico da primeira aventura. Desenhos de produção, storyboards e muitos minutos de cenas de bastidores, contendo diversas histórias engraçadas e detalhes saborosos sobre a produção dos três longas, estão no pacote.

Para cada filme há um documentário específico. Outros quatro pequenos featurettes enfocam o trabalho de coreografia das cenas de ação, a produção dos efeitos especiais (tudo à custa de muito suor, sem o uso de computação gráfica), os dublês, que comparecem com várias entrevistas e magnífica música-tema de John Williams. Que tal uma maratona de Indiana no final de semana?

sexta-feira, 9 de maio de 2008

Claquete - 09 de maio de 2008


Newton Ramalho - colunaclaquete@gmail.com

O que está em cartaz

Com a abertura da temporada de blockbusters, diminui a chance das produções menores chegarem aos cinemas (de Natal, pelo menos). Neste final de semana, a única estréia é “Speed Racer”, ação baseada no famoso anime dos anos 60, criado por Tatsuo Yoshida. Continuam em cartaz a ação “Homem de Ferro”, a aventura “Um Amor de Tesouro” e a comédia “Super-Herói – O Filme”. Nas programações exclusivas, o Cinemark exibe o policial “Um Plano Brilhante”, a fantasia “As Crônicas de Spiderwick”, e, na Sessão Cult, o drama francês “Ao Lado da Pianista”. No Moviecom, mantém-se em cartaz os nacionais “Polaróides Urbanas” e “Acredite, um Espírito Baixou em Mim”.

Estréia 1: “Speed Racer”

Speed Racer (Emile Hirsch) é um jovem agressivo, instintivo e destemido ao volante, nas pistas de corrida. O único oponente à sua altura é a lembrança de seu falecido irmão, o lendário Rex Racer, o qual idolatrava. Quando Speed dispensa uma lucrativa e tentadora oferta da empresa Royalton Industries isto deixa o dono da companhia, Royalton (Roger Allam), furioso. Logo, Speed descobre que os resultados de algumas das corridas mais importantes da temporada são pré-determinadas por um grupo de magnatas impiedoso, que manipula os principais corredores para aumentar seus lucros. Com isso, a única maneira de Speed salvar os negócios da família é derrotando Royalton em seu próprio jogo. Para tanto, ele recebe a ajuda de Trixie (Christina Ricci), sua fiel namorada, e se junta ao seu antigo rival, o Corredor X (Matthew Fox), para enfrentar o mesmo rally que tirou a vida de seu irmão tempos atrás. A direção é dos irmãos Andy e Larry Wachowski, os criadores de “Matrix”. “Speed Racer” estréia nesta sexta-feira, no Cine 4 (legendado) e 6 (dublado) do Moviecom e nas Salas 1 (legendado) e 2 (dublado) do Cinemark. Classificação indicativa livre.

Sessão Cult: “Ao Lado da Pianista”

Quando tinha apenas dez anos, Mélanie Prouvost (Déborah François), uma talentosa pianista, teve uma grande decepção ao ser reprovada no mais requisitado conservatório musical da França. Uma década depois, ela tem uma nova chance, mas precisará superar o trauma da experiência anterior. Recebeu três indicações ao César, nas categorias de Melhor Atriz (Catherine Frot), Melhor Revelação Feminina (Déborah François) e Melhor Trilha Sonora. A direção é de Denis Dercourt. A partir desta sexta-feira, na Sala 4 do Cinemark, na sessão de 15h05. Classificação indicativa 14 anos.

Lançamentos em DVD

“As Pontes de Madison - Ed. Especial”, em DVD

Após a morte de Francesca Johnson (Meryl Streep), uma proprietária rural do interior do Iowa, seus filhos descobrem, através de cartas que a mãe deixou, do forte envolvimento que ela teve com um fotógrafo (Clint Eastwood) da National Geographic, quando a família se ausentou de casa por quatro dias. Estas revelações chocam os filhos, e os faz questionar seus próprios relacionamentos. Dirigido pelo próprio Eastwood, mereceu uma indicação ao Oscar de Melhor Atriz para Meryl Streep. O disco traz o filme com formato de tela widescreen e áudio Dolby Digital 5.1, e, como extras, Comentários de Joel Cox e Jack N. Green, o documentário “Uma tradicional história de amor: A criação de As Pontes de Madison”, Video musical de Doe Eyes e Trailer de cinema. Claquete recomenda!

“A Bússola de Ouro”, em DVD

Em um universo paralelo, a jovem Lyra Belacqua (Dakota Blue Richards) vive numa Oxford onde existem animais falantes, bruxas, anjos, cientistas e religiosos envolvidos numa batalha de grandes proporções, no qual a maligna Senhora Coulter (Nicole Kidman) impõe a sua autoridade. O elenco conta, ainda, com Daniel Craig, Eva Green, Sam Elliott e Christopher Lee, além das vozes de Kathy Bates e Ian McKellen Adaptação da primeira parte da trilogia Fronteiras do Universo, de Philip Pullman. O disco traz o filme com formato de tela cheia e áudio Dolby Digital 5.1 e DTS.

“Ligados Pelo Crime”, em DVD

Um homem de negócios (Forest Whitaker) aposta todo o dinheiro que tem numa corrida de cavalos; um gângster (Brendan Fraser) descobre que pode ver o futuro; uma cantora pop (Sarah Michelle Gellar) é vítima de um chefe do crime organizado (Andy Garcia); um médico (Kevin Bacon) deve salvar a vida de seu grande amor. Suas histórias - hora chocantes, hora com suspense e doloridas - se cruzam dramaticamente. O disco traz o filme com formato de tela widescreen e áudio Dolby Digital 5.1, e, como extras, Comentários com Julie Taymor e Elliot Goldenthal, Galerias de Fotos, Músicas e Cenas deletadas.

Eventos na cidade

Cineclube Natal aniversaria em grande estilo

A Coluna Claquete parabeniza o Cineclube Natal pela passagem do terceiro aniversário. Entre os eventos que marcarão a data, estão a 2ª Mostra de Curtas (veja nota a seguir) e dois cursos sobre cinema ministrados pelo professor da FAAP Máximo Barro, que terão como tema “O Cinema Aprende a Falar”, que acontecerá no SESC da Avenida Rio Branco, e, “A análise do filme 'No tempo das diligências', quadro a quadro”, na UNP da Nascimento de Castro. Informações adicionais podem ser obtidas no blog www.cineclubenatal.blogspot.com, na comunidade do Cineclube no Orkut, pelo e-mail cineclubenatal@cineclubes.org.br ou nos fones 9144-7162, 8805-4666 ou 9406-8177.

2ª Mostra Cineclubistas de Curtas Potiguares

Lembra daquele curta-metragem que você fez na universidade e seus amigos não agüentam mais assistir de novo? A sua chance de mostrá-lo a um público maior será na 2ª Mostra Cineclubistas de Curtas Potiguares, que o Cineclube Natal realizará nos dias 17 e 18 de maio. As inscrições já estão abertas com os membros da diretoria do Cineclube Natal, que podem ser feitas através da comunidade Cineclube Natal no Orkut, pelo e-mail cineclubenatal@grupos.com.br, ou, nos telefones 8805-4666 ou 9128-0146.

“A Última Loucura de Mel Brooks”, no Cine Café

O Cineclube Natal, em parceria com o Nalva Melo Café Salão, apresenta nesta sexta-feira, dia 9, o longa-metragem “A Última Loucura de Mel Brooks”, do diretor Mel Brooks. O filme, de 1976, foge ao padrão tradicional da comédia, e conta a história de um diretor decadente, que pretende resgatar a carreira com um filme mudo, com a participação de estrelas famosas, como Paul Newman, Burt Reynolds e Liza Minneli. A exibição começa às 20h, no espaço do próprio café (Rua Duque de Caxias, 110, Ribeira). A entrada custa R$2,00. Classificação indicativa 12 anos.

“Batismo de Sangue”, no Ciclo de Cinema e Ditadura na América Latina

A Universidade Federal do Rio Grande do Norte, no ciclo de filmes e debates sobre as ditaduras na história recente, apresenta, na próxima quinta-feira, dia 15, o longa-metragem “Batismo de Sangue”, de Helvécio Ratton. Frades de um convento de São Paulo, entre eles, Frei Betto e Frei Tito, decidem ajudar o grupo guerrilheiro de Carlos Marighella, sofrendo terríveis conseqüências da ditadura militar nos anos 60. Com Caio Blat, Daniel de Oliveira, Ângelo Antônio, Marcélia Cartaxo e Cássio Gabus Mendes no elenco. No Auditório A – CCHLA (Azulão), às 19 horas. Mais informações, através do e-mail gvitullo@hotmail.com.



Filme da Semana: “2001: Uma Odisséia no Espaço”

Da pré à pós-história: a odisséia da humanidade

O que teriam em comum hominídeos africanos de três milhões de anos atrás, e a civilização do homem do ano 2001? Esse foi um dos questionamentos propostos pelo filme de Stanley Kubrick, “2001: Uma Odisséia no Espaço”, lançado no Brasil há exatos quarenta anos.



Indo na contramão da indústria, o filme não foi baseado no romance homônimo, publicado no mesmo ano do filme. Na verdade, um conto do genial escritor inglês Arthur C. Clarke, publicado em 1951, intitulado “A sentinela”, é que foi a inspiração. No conto, a sentinela era um artefato enterrado na Lua por uma expedição alienígena milhões de anos antes de ser encontrado pelos homens. O resultado do trabalho conjunto de Clarke e Kubrick, na elaboração do roteiro, foi um filme revolucionário e um romance. O livro teria três seqüências: “2010: Odisséia Dois”, que também inspiraria um filme em 1984, “2061: Odisséia Três” e “3001: A Odisséia Final”.



“2001”, diferentemente de outros filmes e livros, traz mais perguntas que respostas. Partindo de uma era remota, em que os antepassados do homem estavam num nível pouco acima dos outros animais, mostra-se que os principais problemas que os afligiam, então, eram a fome e a disputa de território com outros bandos. Adicionalmente, a sobrevivência era ameaçada pelo ataque de felinos predadores. O surgimento de um estranho monólito negro provoca uma mudança de comportamento nos hominídeos. De herbívoros à beira da extinção, passam a carnívoros, ajudados pelo uso de um tacape - a princípio, o fêmur de um animal morto. Com esse armamento rudimentar, não só conseguem encher as barrigas, como defender dos felinos e ainda demarcar seu território, colocando os seus semelhantes para correr. Com algumas porretadas conseguiram a mudança do cardápio e fizeram a primeira guerra de conquista da humanidade.



O filme dá um salto de alguns milhões de anos, mostrando a viagem do diretor da agência espacial americana à Lua, onde um monólito negro fora encontrado. A humanidade atravessa um período intranqüilo, onde a Guerra Fria impera e a fome assola milhões de pessoas no mundo. As coisas não parecem estar muito diferentes da pré-história...






Quando o estranho objeto - sem dúvida alguma, um artefato alienígena – recebe, pela primeira vez, a luz do Sol, uma emissão violenta de rádio ocorre, sendo direcionada para algum lugar próximo a Júpiter.
Um novo corte no filme. Desta vez estamos na espaçonave Discovery, que viaja para Júpiter, com uma tripulação de cinco homens, três dos quais em hibernação artificial. O sexto membro da tripulação, o computador HAL-9000, é quem faz todo o trabalho braçal da nave, servindo ainda de companheiro de jogos de Dave Bowman (Keir Dullea) e Frank Poole (Gary Lockwood). HAL termina enlouquecendo, assassinando Poole e os três tripulantes adormecidos, que tem suas funções vitais desligadas.



Único sobrevivente, Dave Bowman, consegue voltar para a nave e desligar o computador central. Só aí toma conhecimento do verdadeiro objetivo da missão, que seria entrar em contato com uma inteligência alienígena nos arredores de Júpiter. O conhecimento desse objetivo e a ordem para ocultá-la de Bowman e Poole provocaram a pane de HAL, que não pôde suportar uma situação não-lógica. Sozinho, Bowman defronta-se com o desconhecido, numa viagem alucinante, que culmina na sua elevação como humano para um nível muito mais avançado.



O filme é propositadamente pouco explicativo, com lacunas de som e poucas explicações. As possibilidades são sugeridas para que o espectador forme suas próprias conclusões. Não é para menos que o filme já tenha rendido teses de doutorado e milhares de páginas na internet.



Numa época em que os filmes de ficção limitavam-se a mostrar perigosos monstros de borracha ou discos voadores pendurados por fios, a obra de Kubrick foi extremamente criteriosa nos aspectos científicos, sem deixar de instigar a sede pelo desconhecido. Reunindo uma fotografia primorosa e uma trilha sonora impecável, Kubrick promove um verdadeiro balé, onde estrelas, planetas, satélites, espaçonaves e estações espaciais fazem as vezes dos dançarinos. Isso, ao som de “Danúbio azul” de Johann Strauss, “Assim falou Zaratustra” de Richard Strauss e outras magníficas composições de Gyorgy Ligeti (entre elas, a conhecidíssima música da abertura).




“2001” é um filme da década de sessenta, o que implicou em previsões que não se concretizaram. A polarização entre União Soviética e Estados Unidos era fortíssima na época, e creio que nem mesmo os mais otimistas imaginariam que o mundo comunista ruiria antes do final do século. Contudo, a parte espacial foi extremamente acurada até para os padrões atuais, lembrando que, na época do lançamento do filme, o homem não tinha conseguido nem pousar na Lua. A parte do encontro com inteligências superiores foi referenciada em “Contato”, que fez uma bela homenagem ao filme de Kubrick, na viagem alucinante da personagem vivida por Jodie Foster.



O primeiro lançamento em DVD no Brasil foi em uma coleção dos principais filmes de Kubrick, sem nenhum extra específico. Recentemente foi lançada uma edição especial, com dois discos, onde, além do filme, com formato de tela widescreen e áudio Dolby Digital 5.1, são encontrados os extras: Comentários de Keir Dullea e Gary Lockwood, Trailer de cinema, “2001: o making of de um mito”, “A perspectiva de Kubrick: o legado de 2001”, “A visão de um futuro passado: a profecia de 2001”, “2001: Uma Odisséia no Espaço - Um olhar atrás do futuro”, “O que tem aí?”, “2001: FX e o início de uma arte conceitual”, “Olhe: Stanley Kubrick!” e Entrevista com Stanley Kubrick de 27/11/1966 (somente áudio).



Independente dos erros de futurologia contidos no filme (alguém se arrisque a imaginar o mundo daqui a quarenta anos!), “2001: Uma Odisséia no Espaço” é a obra-prima de Kubrick, e como tal deve figurar na estante de qualquer apreciador do gênero. Um marco na história do cinema, serve para mostrar que uma superprodução podia ser feita sem a frieza dos computadores, com os efeitos especiais “no braço”, merecedores de um Oscar. Como tudo o mais no mundo, com inteligência atinge-se a qualidade. Assistam e confiram.

sexta-feira, 2 de maio de 2008

Claquete - 02 de maio de 2008


Claquete – 02 de maio de 2008

Newton Ramalho - colunaclaquete@gmail.com

O que está em cartaz

À exceção de “Homem de Ferro”, as estréias estão fracas, mesmo com a folga do Dia do Trabalho (afinal, ninguém é de ferro, a não ser o herói do filme...). Neste final de semana, teremos as estréias dos nacionais “Polaróides Urbanas” e “Acredite, um Espírito Baixou em Mim”, ambos na rede Moviecom. Continuam em cartaz a ação “Homem de Ferro”, a aventura “Um Amor de Tesouro” e a comédia “Super-Herói – O Filme”. Nas programações exclusivas, o Cinemark exibe a comédia “Meu Nome é Taylor, Drillbit Taylor”, o terror “O Olho do Mal”, o policial “Um Plano Brilhante”, o infantil “Horton e o Mundo dos Quem”, a fantasia “As Crônicas de Spiderwick”, e, na Sessão Cult, o documentário “O Engenho de Zé Lins”. No Moviecom, mantém-se em cartaz o drama “Apenas Uma Vez” e o nacional “Podecrer!”.

Estréia 1: “Polaróides Urbanas”

Uma jovem em conflito com a mãe, uma terapeuta incapaz de resolver seus problemas, uma dona de casa de classe média que não consegue mais sonhar, uma atriz consagrada cuja carreira está em decadência e uma mulher que, sem querer, foi escolhida como mãe da filha de sua patroa. A vida destas mulheres, e seus respectivos maridos, namorados e amigos, se cruzam no Rio de Janeiro. Com Marília Pêra, Arlete Salles, Natália do Valle, Marcos Caruso e Otávio Augusto. O filme é baseado na peça “Como Encher um Biquini Selvagem”, que levou mais de um milhão de pessoas aos teatros. Estréia de Miguel Falabella como diretor e roteirista de cinema, este filme Ganhou três Lentes de Cristal no Festival de Cinema Brasileiro de Miami, nas categorias de Melhor Filme - Voto Popular, Melhor Atriz (Marília Pêra) e Melhor Roteiro. “Polaróides Urbanas” estréia nesta sexta-feira, no Cine 1 do Moviecom. Classificação indicativa 14 anos.

Estréia 2: “Acredite, um Espírito Baixou em Mim”

Lolô (Ilvio Amaral) é um homossexual assumido que está inconformado com sua própria morte. Ele decide fugir do céu para viver novas experiências e acaba incorporando em Vicente (Maurício Canguçu), um machista radical. O filme é baseado na peça teatral homônima, de Ronaldo Ciambroni, que permaneceu oito anos em cartaz e teve mais de 800 mil espectadores. O elenco conta, ainda, com Marília Pêra, Arlette Salles e Suely Franco. A direção é de Jorge Moreno. “Acredite, um Espírito Baixou em Mim” estréia nesta sexta-feira, no Cine 5 do Moviecom. Classificação indicativa dez anos.

Sessão Cult: “O Engenho de Zé Lins”

A vida e obra do escritor José Lins do Rego, desde sua infância, no ambiente que imortalizaria em seus romances, até a maturidade e glória literária. Lançado no ano do cinqüentenário de falecimento do imortal paraibano, “O Engenho de Zé Lins” contém a gravação do único trecho original preservado da voz de José Lins do Rego. Ganhou o Prêmio Especial do Júri e o Candango de Melhor Edição, no Festival de Brasília. A direção é de Vladimir Carvalho. A partir desta sexta-feira, na Sala 1 do Cinemark, na sessão de 15h10. Classificação indicativa livre.

Lançamentos em DVD:

“O Expresso da Meia-Noite - Ed. 30º Aniversário”, em DVD

Baseado numa história real, “O Expresso da Meia-Noite” conta a dolorosa história de Billy Hayes, um jovem turista americano condenado à prisão na Turquia por uma tentativa tola de contrabandear haxixe para fora do país. Transformado em exemplo por um sistema legal corrupto e vítima de uma diplomacia ineficaz, Hayes é sentenciado a 30 anos e precisa sobreviver à brutalidade impiedosa e à própria loucura para fugir. Dirigido por Alan Parker, e com Brad Davis, John Hurt e Randy Quaid no elenco, ganhou os Oscars de Melhor Roteiro Adaptado e Melhor Trilha Sonora e recebeu outras quatro indicações, para Melhor Filme, Diretor, Ator (John Hurt) e Edição. O disco traz o filme com formato de tela cheia e widescreen e áudio Dolby Digital 5.1, e, como extras, Comentários do diretor, Os produtores, O filme finalizado, Galeria de fotos e Trailers.

“Margot e o Casamento”, em DVD

Margot (Nicole Kidman), uma brilhante escritora de contos, selvagem e de língua afiada, que cria o caos por onde passa, faz uma viagem de surpresa ao casamento de sua liberal irmã Pauline (Jennifer Jason Leigh). Margot, com seu filho Claude (Zane Pais) à tiracolo, chega com a força de um furacão. No momento em que conhece o noivo de Pauline - uma artista desempregado (Jack Black) - Margot começa a plantar sementes de dúvida sobre a união. O disco com esta edição especial traz o filme com formato de tela widescreen e áudio Dolby Digital 5.1, e, como extras, Uma conversa com Noah Baumbach e Jennifer Leigh, e Trailers de Cinema.

“Desaparecidos”, em DVD

Adriana (Paulina Gaitan) é uma garota de 13 anos da Cidade do México que é seqüestrada por traficantes russos. Sua única amiga é Veronica (Alicja Bachleda), uma jovem polonesa vítima do mesmo grupo. Na tentativa de resgatar sua irmã, o mexicano Jorge (Cesar Ramos) conhece Ray (Kevin Kline), um policial do Texas que imagina ter perdido uma filha para o tráfico de menores. O disco traz o filme com formato de tela cheia e áudio Dolby Digital 5.1, e, como extras, Sinopse, Ficha Técnica, Trailers dos próximos lançamentos, Trailer do filme, comentários em áudio, Making Of e cenas deletadas.

“Ping-Pong da Mongólia”, em DVD

O garoto Bilike e sua família vivem em uma região rural da China. Eles não têm energia elétrica nem água encanada, além de viverem a quilômetros da civilização. Apesar do isolamento, a vida no campo faz com que pequenos detalhes se transformem em grandes eventos para Bilike e seus amigos, Erguoton e Dawa. Ao encontrar uma bola de pingue-pongue, Bilike vai perguntar à sua avó do que se trata. Ela lhe diz que trata-se de uma bola incandescente que veio do céu, o que faz com os garotos aguardem toda noite que ela brilhe. O disco traz o filme com formato de tela widescreen e áudio Dolby Digital 2.0.

Eventos

“Pra Frente, Brasil”, no Ciclo de Cinema e Ditadura na América Latina

A Universidade Federal do Rio Grande do Norte, no ciclo de filmes e debates sobre as ditaduras na história recente, apresenta, na próxima quinta-feira, dia 8, o longa-metragem “Pra Frente, Brasil”, de Roberto Farias. Em meio à euforia do milagre econômico e da vitória da seleção na Copa de 70, um pacato cidadão da classe média é confundido com um ativista político, sendo, então, preso e torturado por agentes federais. Dirigido por Roberto Farias e com Antônio Fagundes, Reginaldo Faria e Flávio Miggliaccio. No Auditório A – CCHLA (Azulão), às 19 horas. Mais informações, através do email gvitullo@hotmail.com.


Filme da Semana: “Homem de Ferro”

Uma aposta de peso

As adaptações de heróis dos quadrinhos para os cinemas têm despertado muitas críticas, principalmente dos fãs de longa data, pela maneira que os cineastas fazem para levar as histórias para as telonas. Embora, certamente, uma ou outra voz irá clamar no deserto, “Homem de Ferro” tem sido aplaudido pelo público e pela crítica como uma das mais bem sucedidas adaptações de quadrinhos até os dias atuais.

Apesar da tríplice aposta feita neste filme, um diretor, Jon Favreau, sem experiência em grandes filmes de ação, o ator principal, Robert Downey Jr, que luta para reerguer a carreira após uma turbulenta convivência com drogas e um personagem dos quadrinhos, que apesar de uma fiel legião de fãs, não está entre os mais conhecidos. Mesmo com estes fatores de incerteza, a aposta deu certo.

O filme conta a história de Tony Stark (Downey Jr.), um brilhante inventor e playboy bilionário, que adora belas mulheres, carros velozes e projetos ousados. Em uma viagem ao Afeganistão, para apresentar sua mais nova invenção, um poderoso míssil apelidado de Jericó, ele acaba sendo seqüestrado por terroristas de uma organização conhecida como "Os 10 Anéis".

Mesmo ferido, ele é mantido vivo graças a Yinsen (Shaun Toub), outro cientista preso em cativeiro, e é obrigado a construir uma versão do míssil Jericó para seus captores. No entanto, ele monta uma poderosa armadura que o ajudará a escapar do cativeiro.

Ao retornar para a civilização, Stark tem de lidar com seu sócio, o ambíguo Obidiah Stane (Jeff Bridges), um empresário que visa sempre o lucro e que não gostou nada da iniciativa de Stark em levar a empresa para uma atitude mais pacifista. Além disso, o protagonista ainda tem ao seu lado sua fiel secretária Pepper Potts (Gwyneth Paltrow) e seu melhor amigo, o oficial do exército Jim Rhodes (Terrence Howard).

Depois de ter tomado um choque de como as suas invenções são utilizadas para o mal, Stark decide aperfeiçoar a sua armadura, dotando-a dos recursos mais avançados, com o objetivo de combater o crime, usando a identidade do Homem de Ferro.

Os efeitos especiais do filme são muito bons. As armaduras utilizadas pelo herói são um mistura do minucioso trabalho de Stan Winston, que construiu as armaduras reais e da computação gráfica da IL&M - Industrial Light and Magic, que deram os retoques digitais nas peças. As cenas de vôo do Homem de Ferro também são simplesmente perfeitas.

A trilha sonora, composta por Ramin Djawadi, irá agradar os roqueiros, pelo tipo de instrumentos mais utilizados, além de sons do AC/DC e Black Sabbath, com o clássico com “Iron Man”.

Contando com um elenco afiado, um roteiro bem amarrado e ótimos efeitos especiais, “Homem de Ferro” pode ser considerado um dos melhores filmes baseados em quadrinhos já feitos, ao lado de “Superman - O Filme”, “Batman Begins” e “X-Men 2”, o que já dá para imaginar que as seqüências logo virão por aí. Atenção, não saia da sala antes do fim dos créditos. Há uma cena surpresa, que será importante para os fãs.