sexta-feira, 29 de setembro de 2006

Claquete - 29/09/2006



Newton Ramalho - claquete@interjato.com.br

O que está em cartaz

“Grandes poderes exigem grandes responsabilidades”, diz a filosofia do Homem-Aranha. A dois dias das eleições, esse chavão nunca foi tão verdadeiro. E, enquanto a hora da urna não chega, vamos conferir as estréias. De novo, temos o romance “A Casa do Lago”, com Keanu Reeves e Sandra Bullock, o drama “As Torres Gêmeas”, com Nicolas Cage, o terror “Maldição” (os dois últimos apenas no Cinemark), e, a comédia “Minha Super Ex-Namorada”, com Uma Thurman (só no Moviecom). Nas continuações, "O Pequenino”, comédia, com os irmãos Wayans, os dramas “O Diabo Veste Prada”, com Meryl Streep e Anne Hathaway, e, “Obrigado Por Fumar” (só no Moviecom), o policial “Xeque-Mate”, com Bruce Willis, Morgan Freeman e Josh Hartnett, “O Maior Amor do Mundo”, drama, com José Wilker, as animações “Lucas, um Intruso no Formigueiro” e "A Casa-Monstro", e, as comédias “Seus Problemas Acabaram”, com a trupe do Casseta e Planeta, “Trair e Coçar, é só Começar”, com Adriana Esteves e grande elenco, e, “Click”, com Adam Sandler e Kate Beckinsale.

Estréia 1: “A Casa do Lago”

Kate Forster (Sandra Bullock) é uma médica solitária, que morava em uma casa à beira de um lago. Atualmente, esta casa é ocupada por Alex Wyler (Keanu Reeves), um arquiteto frustrado. À medida que Kate e Alex se correspondem, eles confirmam que, apesar de isso ser inacreditável, estão vivendo em anos diferentes. Unidos por este estranho fato, a cada semana se abrem mais um com o outro – dividem segredos, dúvidas e sonhos, e acabam se apaixonando. Determinados a superar a distância que os separa, e, finalmente, desvendar o mistério por trás dessa relação extraordinária, desafiam o destino, marcando um encontro. Mas, ao tentarem unir seus mundos distintos, podem correr o risco de se perderem para sempre. “A Casa do Lago” estréia, nesta sexta-feira, no Cine 4 do Moviecom, e, na Sala 7 do Cinemark. Censura livre.

Estréia 2: “As Torres Gêmeas”

Ainda traumatizados pelo ataque terrorista de 11 de setembro de 2001, os americanos são avessos a filmes sobre o tema. Por isso, o diretor Oliver Stone teve de amadurecer bastante o projeto de “As Torres Gêmeas”, que mostra o ataque sob a ótica de Will Jimeno (Michael Pena), e, do sargento John McLoughlin (Nicolas Cage), integrantes do Departamento da Polícia Portuária. Os dois ficaram soterrados entre os escombros do World Trade Center, durante doze horas, só sobrevivendo graças aos esforços das equipes de salvamento. “As Torres Gêmeas” estréia, nesta sexta-feira, na Sala 6 do Cinemark. Para maiores de 12 anos.

Estréia 3: “Maldição”

Red River, Tennessee. Entre os anos 1818 e 1820 a família Bell foi visitada regularmente por uma presença desconhecida. No início eram apenas pequenos barulhos pela fazenda em que viviam, e, a visão de um estranho lobo negro de olhos amarelos. Logo, este ser manteve contato físico com os integrantes da família, trazendo a eles sofrimento físico e psicológico. Aos poucos, os ataques foram ganhando cada vez mais intensidade, com uma predileção especial pela caçula da família. Com Donald Sutherland e Sissy Spacek “Maldição” estréia, nesta sexta-feira, na Sala 1 do Cinemark. Para maiores de 16 anos.

Estréia 4: “Minha Super Ex-namorada”

Jenny Johnson (Uma Thurman) é uma mulher aparentemente normal, mas, que possui superpoderes, usando o nome G-Girl. Ela começa a namorar com Matt Saunders (Luke Wilson), que, inicialmente, não sabe de sua dupla identidade. Após saber que Jenny é também a G-Girl, Matt acredita que é o homem mais sortudo do mundo, mas, as atividades da namorada como super-heroína sempre atrapalham seus encontros. Ele decide, então, acabar o namoro, mas, logo descobre que uma ex-namorada vingativa e com superpoderes pode ser bastante perigosa. “Minha Super Ex-namorada” estréia, nesta sexta-feira, no Cine 7 do Moviecom. Para maiores de 12 anos.

1ª Mostra de Curtas Digitais do Globo Online

Atenção, cineastas de plantão! O site O Globo Online, em comemoração aos dez anos de existência, está promovendo uma mostra de curtas digitais sobre o tema “DEZ”, com vídeos com até três minutos de duração. Qualquer gênero vale, ficção, documentário, videoarte, etc.. Para participar, o candidato deve baixar a ficha de inscrição do site oglobo.globo.com/cultura/mostra10, e, envia-la, preenchida, junto com o vídeo, em DVD ou mini-dv, para a redação de O Globo Online, até 18 de outubro. Regulamento e instruções no site.


“Testemunha de Acusação” no projeto Cinema e Literatura

O Cineclube Natal, em parceria com a Livraria Bortolai, apresenta neste sábado, dia 30, mais uma edição do Projeto “Cinema e Literatura”. Em cartaz, o clássico de suspense “Testemunha de Acusação”, do diretor Billy Wilder, adaptação da peça homônima de Agatha Christie. A trama começa quando um advogado (Charles Laughton) aceita, contra determinação médica, defender o jovem Leonard Vale (Tyrone Power) da acusação de assassinato de uma viúva rica. A programação começa às 19h, no auditório da livraria, na Avenida Afonso Pena, 805, Tirol. Ao término da sessão haverá debate com a platéia. O acesso é gratuito. Para maiores de 14 anos.



Filmes da Semana: “O Diabo Veste Prada” e “Obrigado Por Fumar”

Valores, escolhas, e, resultados

Nas últimas semanas, o natalense tem sido brindado com algumas estréias interessantes, seja pelo conteúdo cinematográfico, seja pelas discussões que suscitam. Os candidatos da semana são “O Diabo Veste Prada” e “Obrigado Por Fumar”. Meus leitores, certamente, hão de perguntar como consigo sempre achar conexão entre filmes tão díspares. Não há segredo, caros amigos, um filme é um universo tão rico, que não é difícil encontrar uma ótica adequada ao que se quer falar.

“O Diabo Veste Prada” consegue quebrar a máxima de que “o livro era melhor”. Embora siga, com certa fidelidade, o livro homônimo de Lauren Weisberger, foram tomadas algumas liberdades poéticas que não comprometem o curso da história, e, deixam o filme fluir num ritmo mais interessante. Baseada nas experiências da autora, o livro e o filme contam as aventuras e desventuras de Andrea Sachs (Anne Hathaway), uma jovem aspirante a jornalista, que consegue emprego na Runuway Magazine, a mais importante revista de moda de Nova York.

Sua vida, então, vira um verdadeiro calvário, sob os calcanhares impiedosos de Miranda Priestly (Meryl Streep, sempre roubando a cena), principal editora da revista. A personagem de Meryl Streep é inspirada na famosa editora da revista Vogue americana, Anna Wintour. Laura Weisberger, autora do livro "O Diabo Veste Prada", trabalhou como assistente de Anna, na revista. Quando soube que seria produzido um filme sobre o livro, Anna Wintour começou uma campanha para abafar a produção. De acordo com a revista americana Radar, ela pediu que nenhum estilista participasse do longa-metragem. A editora teria dado a entender que eles entrariam na "geladeira" de sua revista.

Além da chefe diabólica, Andrea também é motivo de piadas para o resto da equipe, cheio de pessoas glamurosas, mas, vazias (“mais uma diarréia, e, estarei no peso ideal”, diz Emily Blunt, na voz de sua personagem). A única ajuda vem de Nigel (Stanley Tucci), que, fazendo às vezes de fada-madrinha, consegue extrair o cisne do patinho feio, com a ajuda de vestidos e sapatos caríssimos, e, banhos de salão, é claro.

O curioso é que, o sucesso de Andrea, à medida que vai superando as barreiras, faz com que ela se afaste da família, dos amigos, e, até mesmo do seu namorado Nate (Adrian Garnier). O ápice da carreira de Andrea chega com a obrigação de comunicar à colega Emily que ela, Andrea, irá substitui-la na Semana da Moda em Paris, evento com o qual a outra sonhara a vida toda. É quando Andrea tem que decidir sobre qual é o seu verdadeiro objetivo na vida.

Enquanto “O Diabo Veste Prada” fala de uma carreira em ascensão, “Obrigado Por Fumar” traz o personagem principal no auge do sucesso. Nick Naylor (Aaron Eckhart) é o vice-presidente de uma organização financiada pela indústria de cigarros, e, conseqüentemente, o seu principal porta-voz. Extremamente habilidoso com a televisão, ele consegue reverter situações aparentemente desfavoráveis, principalmente na televisão, sempre desmontando os argumentos dos críticos da indústria do fumo.

O grande desafio, agora, é o de um senador oportunista Ortolan K. Finistirre (William H. Macy), que deseja colocar rótulos de veneno nas embalagens de cigarros. Nick embarca numa ofensiva de relações públicas, manipulando informações e diminuindo os riscos do uso do cigarro em programas de entrevistas de TV e buscando a ajuda de um superagente de Hollywood (Rob Lowe) para promover o fumo nos filmes. Dois fatores novos podem desestabilizar o que parecia ser uma carreira brilhante. A primeira é Heather Holloway (Katie Holmes), uma jornalista oportunista, que mantém um caso amoroso com Nick para obter informações privilegiadas. O outro é o seu próprio filho, Joey (Cameron Bright), que fica cada vez mais encantado com o trabalho do pai.

Num ritmo de sátira corrosiva, o filme expõe a manipulação das informações para a obtenção dos fins desejados, não importando qual seja o lado, ou, os interesses envolvidos. Os pontos altos do filme são as reuniões dos “mercadores da morte”, os porta-vozes das indústrias de cigarros, bebidas e armamentos, o ataque terrorista a Nick, e, obviamente, os embates verbais, seja com o senador Finistirre, seja com Lorne Lutch (Sam Elliot), o ex-garoto propaganda da Marlboro, hoje com câncer de pulmão.

E então, caro Newton, dirão os meus pacientes leitores, onde está o ponto em comum dos dois filmes? O ponto de interseção, meus caros, está na tomada de decisão dos personagens principais, sobre o que é o seu real objetivo de vida. Dúvidas? Vejamos.

A jovem Andrea sonhava com a prosaica carreira de jornalista (pobre garota), e, tem que enfrentar um mundo repleto de falsidades, aparências e ilusões, mas, onde rola muito, muito dinheiro. Ela foi à luta, na velha fábula da Gata Borralheira, vira uma bela princesa, com a possibilidade de fincar o pé no mundo da fama sem perder o sapatinho de cristal. Só quando ela percebe o quanto estava ficando parecida com aquela que mais criticava, é que toma consciência de que o caminho que estava seguindo era muito diverso do que pretendia, se não, pelo que fazia, mas, principalmente, por seguir uma ética e valores que nada tinham a ver com os seus.

Nick não tinha ilusões sobre o peixe que vendia. Ele tinha plena consciência de que defendia uma indústria que causava um mal imenso, e, apenas seguia fazendo o seu trabalho – ótimo, por sinal – para manter status, dinheiro e poder. Quando a sua carreira sofreu uma reviravolta, foi que percebeu que tinha que separar a suas habilidades pessoais dos produtos que vendia. Ele sabia o alcance da sua capacidade de comunicação, e, os benefícios e malefícios que isso podia trazer, mas, decidiu por continuar fazendo o que melhor sabia fazer.

Os dois filmes tratam de valores, pessoais, sociais e empresariais, e, da capacidade de decisão pessoal, para alcançá-los. É muito fácil se dizer “não posso fazer nada para mudar isso”, “se eu não fizer, outro vem e faz”, e, continuar agindo de uma forma antiética, danosa, ou, desonesta. O que diferencia um ser humano de valor de um outro vivente é, exatamente, a capacidade de decidir o que quer ser quando crescer, e, encarar os desafios e sacrifícios decorrentes da decisão.

Considerando que estamos a dois dias de uma eleição para os mais importantes cargos deste país, que tal começarmos a pensar nestes termos? Boas escolhas!

sexta-feira, 22 de setembro de 2006

Claquete - 22/09/2006


Newton Ramalho - claquete@interjato.com.br

O que está em cartaz

Dossiê para cá, milhões para lá, a única novidade é a eficiência da polícia, já que, algum tempo atrás, tudo isso nunca chegaria a público. Enquanto isso, nos cinemas de Natal, quatro novos títulos em cartaz: "O Pequenino”, comédia, com os irmãos Wayans, o esperado “O Diabo Veste Prada”, com Meryl Streep e Anne Hathaway, “Quase Virgem”, e, “Obrigado Por Fumar”, os dois últimos só no Moviecom. Nas continuações, o terror “Abismo do Medo” (só no Cinemark), o policial “Xeque-Mate”, com Bruce Willis, Morgan Freeman e Josh Hartnett, o premiado drama nacional “Anjos do Sol”, de Rudi Lagemann (só no Moviecom), o suspense “Serpentes a Bordo”, com Samuel L Jackson, “O Maior Amor do Mundo”, drama, com José Wilker, a animação “Lucas, um Intruso no Formigueiro”, a animação "A Casa-Monstro", a comédia “Seus Problemas Acabaram”, com a trupe do Casseta e Planeta, a comédia nacional “Trair e Coçar, é só Começar”, com Adriana Esteves e grande elenco, a comédia “Click”, com Adam Sandler e Kate Beckinsale, e, o drama “Zuzu Angel”, com Patrícia Pillar e Daniel de Oliveira.

Estréia 1: “O Pequenino”

Calvin Sims (Marlon Wayans) é anão, e, um perigoso ladrão de jóias. Recém-saído da prisão, ele decide roubar o famoso diamante Queen, pelo qual Calvin e seu parceiro Percy (Tracy Morgan) receberão cem mil dólares. Entretanto, o assalto dá errado, e Calvin esconde o diamante na bolsa de Vanessa Edwards (Kerry Washington). Calvin e Percy a seguem, e, presenciam uma discussão que Vanessa tem com seu marido, Darryl (Shawn Wayans). Ele deseja ser pai o quanto antes, mas, Vanessa acha que ter um filho agora pode atrapalhar sua carreira profissional. Os dois ladrões armam um esquema, e, fazendo-se passar por bebê, Calvin é deixado na porta dos Edwards. Encantados, eles o levam para dentro de casa, onde Calvin pode roubar o diamante. O plano dá certo, mas, Calvin não contava que sua nova vida de bebê seria bem mais complicada do que imaginava. “O Pequenino” estréia, nesta sexta-feira, no Cine 4 do Moviecom, e, na Sala 1 do Cinemark. Para maiores de 12 anos.

Estréia 2: “O Diabo Veste Prada”

Andrea Sachs (Anne Hathaway) é uma jovem que conseguiu um emprego na Runaway Magazine, a mais importante revista de moda de Nova York. Ela passa a trabalhar como assistente de Miranda Priestly (Meryl Streep), principal executiva da revista. Apesar da chance que muitos sonhariam em conseguir, logo Andrea nota que trabalhar com Miranda não é tão simples assim. Baseado no livro homônimo de Lauren Weisberger, por sua vez, inspirado nas experiências pessoais da autora, ao trabalhar na revista Vogue. “O Diabo Veste Prada” estréia, nesta sexta-feira, no Cine 6 do Moviecom, e, na Sala 2 do Cinemark. Para maiores de 12 anos.

Estréia 3: “Quase Virgem”

Cooper (Chris Klein) é o típico mulherengo, enquanto Ed (Brendan Fehr) é tímido, e, um verdadeiro workaholic. Eles não tem nada em comum, a não ser o fato de serem irmãos. Ed passa por um momento difícil, já que perdeu recentemente a namorada, e, corre o risco de perder, também, o emprego. Porém, estas preocupações não afligem Cooper, que quer, a todo custo, carregar o irmão para festas e mulheres. “Quase Virgem” estréia, nesta sexta-feira, no Cine 1 do Moviecom. Para maiores de 16 anos.

Estréia 4: “Obrigado Por Fumar”

Nick Naylor (Aaron Eckhart) é o principal porta-voz das grandes empresas de cigarros, ganhando a vida defendendo os direitos dos fumantes nos Estados Unidos. Desafiado pelos vigilantes da saúde e também por um senador oportunista, Ortolan K. Finistirre (William H. Macy), que deseja colocar rótulos de veneno nos maços de cigarros, Nick passa a manipular informações, de forma a diminuir os riscos do cigarro, em programas de TV. Além disto, Nick conta com a ajuda de Jeff Megall (Rob Lowe), um poderoso agente de Hollywood, para fazer com que o cigarro seja promovido nos filmes. Sua fama faz com que Nick atraia a atenção dos principais chefes da indústria do tabaco e também de Heather Holloway (Katie Holmes), a repórter de um jornal de Washington que deseja investigá-lo. Nick, repetidamente, diz que trabalha apenas para pagar as contas, mas, a atenção cada vez maior que seu filho Joey (Cameron Bright) dá ao seu trabalho começa a preocupá-lo. “Obrigado Por Fumar” estréia, nesta sexta-feira, no Cine 7 do Moviecom. Para maiores de 12 anos.

007 em DVD

As aventuras do mais famoso espião do mundo estão sendo relançadas, numa coleção pra lá de especial. Vinte filmes de James Bond, com exceção de “Cassino Royale”, estrelado por David Niven, e, “Nunca Mais Outra Vez”, estarão sendo vendidos, em novas edições, cheias de extras. Os filmes poderão ser adquiridos individualmente, em boxes, com cinco filmes cada, ou, em uma prática maleta com todos os filmes. O precinho da maleta? Apenas módicos R$ 1390,00. Vai encarar?

Cineclube Natal exibe “Paradise Now”

O Cineclube Natal, em parceria com o Teatro de Cultura Popular (TCP), programou para o próximo domingo, dia 24, o filme “Paradise Now”, do diretor palestino Hany Abu-Assad. Dois amigos são recrutados para serem homens-bombas em um atentado. Entretanto, a operação não dá certo, e, eles se separam, sendo obrigados a lidar com o fato de terem bombas presas ao corpo. O filme recebeu uma indicação ao Oscar. Também será exibido o curta-metragem “Pedras”, de Chris Stenner, Arvid Uibel e Heidi Wittlinger. A sessão começa às 19h, no TCP, ao lado da Fundação José Augusto. Depois haverá debate com a platéia e sorteio de um DVD. Os ingressos custam R$ 2,00. Para maiores de 14 anos.


"Cinema, Aspirinas e Urubus" representará o Brasil no Oscar 2007

O representante do cinema brasileiro para concorrer ao próximo Oscar de Melhor Filme Estrangeiro já foi escolhido. Trata-se de “Cinema, Aspirinas e Urubus”, primeiro longa-metragem do diretor Marcelo Gomes, que desbancou outros doze concorrentes, foi selecionado pela comissão montada para a escolha do representante nacional. O filme conta a história de um alemão, fugido da 2ª Guerra Mundial, que vende um novo remédio, a aspirina, pelo sertão brasileiro. O anúncio dos cinco finalistas, que irão disputar o Oscar de melhor filme estrangeiro, ocorrerá em 23 de janeiro de 2007.


Abertas inscrições para o CINECIEN 2006

O Festival de Cine e Vídeo Científico do Mercosul (Cinecien 2006), promovido pela Rede Especializada de Ciência e Tecnologia - RECyT do Mercosul, já está com inscrições abertas. Este ano o evento está sendo organizado pelo Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) do Brasil. O Cinecien 2006 será realizado no Rio de Janeiro, de 4 a 7 de dezembro, com sessões gratuitas e abertas ao público. Poderão participar todos aqueles que produzem filmes ou vídeos científicos. Mais informações no site da RECYT (www.recyt.org) onde está colocado o regulamento do Festival, e, a ficha de inscrição.



Filmes da Semana: “Anjos do Sol” e “Xeque-Mate”

Vingança e não-vingança

No final de semana passado, duas estréias trouxeram, para as telas de cinema, o pior da Humanidade. Calma, não é preciso queimar o cinema, muito pelo contrário. As obras, por pior que sejam os temas, são atraentes, seja pelo entretenimento, seja pela denúncia social. Os filmes em questão são “Xeque-Mate” e “Anjos do Sol”.

“Xeque-Mate” é um produto típico do cinemão hollywoodiano, com atores de cachês milionários, produção requintada, e, final feliz. “Anjos do Sol”, do diretor Rudi Lagemann é simples, com poucos cenários, e, atores estreantes. Os dois filmes, são, por origem e temática, muito diferentes. Em comum, a agressão a crianças.

Em “Xeque-Mate”, tudo gira em torno de Slevin Kelevra (Josh Hartnet), que parece ser o sujeito mais azarado do mundo. Na mesma semana, ele perdeu o emprego, descobriu que sua casa estava condenada, por estar infestada de exóticos cupins sul-americanos (!), e, flagrou a namorada brincando de médico com outro. Para fugir dessa maré brava, resolve visitar um amigo em Nova York. Mal chega na cidade, é assaltado, tem o nariz quebrado, e, os documentos roubados. Como se não bastasse, é confundido com o amigo, que deve grandes somas de dinheiro a bandidos.

Além de espancado, Slevin é arrastado até o esconderijo do Chefe (Morgan Freeman), que exige do rapaz que ele mate o filho do seu principal adversário, o Rabino (Ben Kingsley), em vingança pela morte de seu próprio filho. Mal chega no apartamento, Slevin é arrastado de novo, pelos capangas do Rabino, pois este quer saber quem é o recém-chegado, e, cobra o dinheiro que lhe é devido. Para complicar as coisas, um policial, o detetive Brikowski (Stanley Tucci), inferniza a vida do rapaz.

Por trás de tudo isso está Goodkat (Bruce Willis), um assassino profissional, que deu ao Chefe a idéia de usar Slevin para matar o filho do Rabino. A única pessoa que tenta ajudar Slevin é Lindsey (Lucy Liu), a linda vizinha do apartamento.

O filme é um jogo de gato-e-rato interessantíssimo, com várias reviravoltas, muito bem feito, de modo que, a motivação da vingança só é revelada no final do filme. O curioso é que, todos os atores principais, que sempre são mocinhos nos outros filmes, neste, fazem papel de bandido. Aliás, aqui só tem bandido.

“Anjos do Sol” não tem nada do glamour de Hollywood. O filme já começa em algum recanto inóspito do litoral nordestino, onde um homem estranho, Tadeu (Chico Diaz), viaja apressado, procurando meninas de tenra idade para levar. Maria (Fernanda Carvalho), de doze anos, é entregue, pelos pais, ao estranho viajante, para que siga com ele. A menina, mal saída das brincadeiras de bonecas, é embarcada, como se fosse contrabando, no meio da carga de um caminhão, com várias outras meninas, rumo a um destino ignorado.

A primeira parada é na casa de Nazaré (Vera Holtz), que “compra” as meninas, preparando-as para serem oferecidas em leilão. Maria, junto com Inês (Bianca Comparato), são arrematadas por um rico fazendeiro, Lourenço (Otávio Augusto), que quer dar um presente para o filho de quinze anos, que nunca fizera sexo com uma mulher. Após um estupro violento, de pai e filho, Maria e sua companheira de infortúnio são levadas, de avião, para uma vila de garimpeiros, no interior da Amazônia, e, entregues a Saraiva (Antônio Calloni), o manda-chuva do local.

As duas meninas juntam-se a outras, que vivem, num regime de escravidão, no bordel dirigido por Saraiva. Após uma primeira noite de sofrimento, as duas decidem fugir, embrenhando-se na selva. Recapturadas, sofrem um violento castigo, para servir de exemplo.

Maria, porém, não perde a esperança de fugir. Quando tem êxito, tenta chegar no Rio de Janeiro, onde tem a indicação de alguém que pode ajuda-la. Logo, ela descobre que apenas mudara de dono. No garimpo, na grande cidade, na margem da estrada, parece que, para ela, o único destino que existe é ser explorada.

O filme de Lagemann, grande vencedor do Festival de Gramado, com seis Kikitos de Ouro (Melhor Filme, Melhor Ator (Antônio Calloni), Melhor Ator Coadjuvante (Otávio Augusto), Melhor Atriz Coadjuvante (Mary Sheila), Melhor Roteiro e Melhor Edição), baseia-se, infelizmente, na mais pura realidade. Partindo de reportagens sobre prostituição infantil, veiculadas na imprensa nacional, foi montado o roteiro do filme, com um raro equilíbrio entre o documental e o drama.

Em “Anjos do Sol”, tudo é visto sob a ótica de Maria, uma menina inocente, que vivia totalmente à margem da civilização, e, repentinamente, é arrastada para um universo de abuso doentio. Não há julgamento de valor, nem questionamentos do porque isto ou aquilo, apenas o testemunho sofrido de uma criança.

Merece um aplauso adicional a montagem do filme, que não cedeu ao apelo fácil das cenas explícitas de sexo, nudez e violência. Tudo isso está implícito, e, de certa forma, causa um impacto grande, pois imagina-se o que acontece, na cena não-vista.

Na saída do cinema, o meu amigo Costa brincou comigo: “O Lula deveria assistir este filme”. Não, sei, meu caro Costa, Lula e tanto outros antes dele, deve estar cansado de saber que isso acontece. Acho que nós, simples mortais, e, cidadãos deste Brasil, é que precisamos assistir o filme, e, nos dar conta da realidade, que acontece, não apenas no interior da Amazônia, mas, a poucos metros de nós, nessa mesma Natal. Assistam o filme, e, abram os olhos.

sexta-feira, 8 de setembro de 2006

Claquete - 08/09/2006

Newton Ramalho - claquete@interjato.com.br

O que está em cartaz

É uma casa portuguesa, com certeza! Pelo menos, durante uma semana, o natalense pode fugir da mesmice e conferir a Mostra Portuguesa na rede Moviecom. Além disso, estréiam, nesta semana, o suspense “Serpentes a Bordo”, com Samuel L Jackson, “O Maior Amor do Mundo”, com José Wilker, e, a animação “Lucas, um Intruso no Formigueiro”. Nas continuações, tem o suspense "A Dama na Água", de M. Night Shyamalan, a animação "A Casa-Monstro" (veja em Filme da Semana), a última participação de Bussunda no cinema, na comédia “Seus Problemas Acabaram”, com a trupe do Casseta e Planeta, “Miami Vice”, com Colin Farrel e Jamie Foxx, a comédia nacional “Trair e Coçar, é só Começar”, com Adriana Esteves e grande elenco, Johnny Depp e John Malkovich escandalizam em “O Libertino” (só no Moviecom), a comédia “Click”, com Adam Sandler e Kate Beckinsale, e, o drama “Zuzu Angel”, com Patrícia Pillar e Daniel de Oliveira.

Estréia 1: “Serpentes a Bordo”

Sean Jones (Nathan Phillips) é um adolescente que presenciou uma brutal execução ligada ao crime organizado, sendo a testemunha-chave para o que a mídia considera que será o julgamento do século. Ele é encaminhado ao tribunal pelo agente do FBI Nelville Flynn (Samuel L. Jackson), que o leva de avião até Los Angeles. Entretanto, o que eles não sabem é que a máfia contratou Yakama, um assassino profissional, para impedir que Sean chegue ao seu destino. Para atingir seu objetivo, ele coloca centenas de serpentes venenosas dentro do avião, o que logo faz com que tripulação e passageiros entrem em pânico. A direção é de David R. Ellis (“Premonição 2”). “Serpentes a Bordo” estréia, nesta sexta-feira, no Cine 4 do Moviecom, e, na Sala 6 do Cinemark. Para maiores de 14 anos.

Estréia 2: “O Maior Amor do Mundo”

Antônio (José Wilker) é um famoso astrofísico brasileiro, que ensina em uma universidade americana. Pouco antes de retornar ao Brasil, onde receberá uma homenagem do governo, Antônio recebe a notícia de que sofre de um tumor fatal no cérebro. Já no Rio de Janeiro, ele descobre a verdadeira identidade de seus pais biológicos, e, a surpreendente história de amor entre eles, o que faz com que entre em uma jornada pessoal pela cidade. Dirigido por Cacá Diegues ("Deus é Brasileiro" e "Orfeu"), o filme conta com um elenco repleto de personalidades famosas no Brasil, como José Wilker, Taís Araújo, Deborah Evelyn, Marco Ricca, Léa Garcia, Hugo Carvana, Stepan Nercessian, entre outros. “O Maior Amor do Mundo” estréia, nesta sexta-feira, no Cine 6 do Moviecom, e, na Sala 5 do Cinemark. Para maiores de 16 anos.

Estréia 3: “Lucas, um Intruso no Formigueiro”

"Lucas, um Intruso no Formigueiro" é dirigido por John Davis, que traz no currículo a direção de "Jimmy Neutron - O Menino Gênio". A história é baseada no livro homônimo, escrito e ilustrado por John Nickle, sobre um garoto do estilo valentão, que gosta de usar sua arma de água para destruir formigueiros. Um dia, ele é reduzido ao tamanho de uma formiga, e, obrigado a executar trabalhos forçados dentro da "comunidade". Ao lado de suas novas companheiras, ele vai descobrir o real valor da amizade, e, do trabalho em grupo, quando sua nova casa é atacada por vespas. Estréia, nesta sexta-feira, no Cine 3 do Moviecom, e, na Sala 1 do Cinemark. Censura livre. Atenção: cópia dublada.

“Casanova e a Revolução”, em DVD

“Casanova e a Revolução” é um dos melhores filmes sobre a Revolução Francesa, do genial cineasta Ettore Scola (“Cinema Paradiso”). França, 1791. Nicolas Edmé Restif de la Bretonne (Jean-Louis Barrault), o controverso escritor e editor, vê a condessa Sophie de la Borde (Hanna Schygulla), a dama de companhia de Marie-Antoinette (Eléonore Hirt), deixar Paris secretamente. Ele conclui que o rei Luís XVI (Michel Piccoli) e sua família já tinham deixado a capital. Determinado em satisfazer sua curiosidade e testemunhar o maior evento histórico de sua vida, o escritor parte em perseguição à condessa, pois assim achará o rei. No caminho, conhece um idoso cortesão, ninguém menos que Casanova (Marcello Mastroianni), o mestre da sedução, que guarda seu encanto ainda, apesar de ter 66 anos. Por um acaso do destino, eles encontram Sophie e Thomas Paine (Harvey Keitel), um ativista político americano. Como o cocheiro faz seu trajeto através da cidade de Metz, os viajantes descobrem que eles estão seguindo a mesma rota de outro cocheiro, que leva à família real. O disco traz formato de tela widescreen anamórfico e som Dolby Digital 2.0. Nos extras, “Vida e Obra de Ettore Scola”, Galeria de Imagens e Final Alternativo.

Moviecom exibe Mostra Portuguesa

A rede Moviecom estará exibindo, de hoje até a próxima quinta-feira, Mostra Portuguesa de Cinema. A mostra abre com “Uma Vida Normal”, do diretor Joaquim Leitão; dia 09 é a vez de “Aqui D’El Rei!”; dia 10, “Jaime”; dia 11, “Os Imortais”; dia 12, “O Lugar do Morto”; dia 13, “Oxalá”, e, no dia 14, “Perdido Por Cem...”, todos de António Pedro Vasconcelos. Os filmes serão exibidos no Cine 1 do Moviecom, em sessões a partir de 16h, com preço promocional de R$ 3,00.


Cineclube Natal exibe “Metrópolis”

O Cineclube Natal, no próximo domingo, dia 10, exibirá o filme “Metrópolis”, do diretor alemão Fritz Lang. O filme, muito cultuado, é de 1926, mostrando uma sociedade do futuro, onde uma elite dominante escraviza uma grande massa de operários. “Metrópolis” é um filme referência. Seus conceitos visuais serviram de base para toda a produção de filmes de ficção científica que viria depois. Também será apresentado o curta-metragen “Onde São Paulo Acaba”, de Andréa Seligmann. A sessão começa às 19h, no Teatro de Cultura Popular (TCP), ao lado da Fundação José Augusto. Após os filmes, haverá debate com a platéia e sorteio de um DVD. Os ingressos custam R$ 2,00. Para maiores de 14 anos.



Filme da Semana: “A Casa-Monstro”

Um dia, a casa cai...

Uma animação para crianças, um caso de possessão de um objeto, uma história de amor. Não, não estou falando de três filmes diferentes, mas, de um só, o desenho animado “A Casa-Monstro”, dirigido pelo estreante Gil Kenan, e, produzido por Steven Spielberg e Robert Zemeckis.

A história começa com uma sensação de deja vu, pois vários filmes de adolescentes mostram garotos curiosos que ficam espiando os vizinhos, jurando que acontecem coisas estranhas, e, obviamente, ninguém acredita no que dizem.

Assim é a vida de DJ Walters, um garotinho de 12 anos, no limbo entre a infância e adolescência, que dedica suas horas de folga a xeretar a vida do senhor Nebbercracker, um estranho ancião extremamente ranzinza, que não deixa ninguém aproximar-se de sua casa.

Um dia, quando o melhor amigo de DJ, Chowder, vem mostrar a sua nova bola de basquete, eles tem que enfrentar o velho ranzinza, pois a bola cai no gramado. Quando tentam recupera-la, o velho sofre um enfarte, e, os garotos pensam que causaram a sua morte.

O pior é que os acontecimentos estranhos continuam, cada vez piores. Além da bola de Chowder, uma garotinha, Jenny, tem o seu carrinho de chocolates engolido pela casa, e, só com a ajuda de DJ ela consegue evitar de ser, também, devorada.

Com o auxílio de um maluco entregador de pizzas, fanático por videogame, eles chegam à conclusão de que precisam invadir a casa e apagar o coração – a lareira – para que a casa pare suas atividades estranhas. Dentro da casa, os perigos se sucedem a cada minuto, e, só com a esperteza de Jenny eles conseguem sair de lá.

Quando menos esperam, os garotos dão de cara com Nebbercraker, que, conta a verdadeira história da casa, e, do mistério que a assombra, há anos. Mas, a casa assume vida própria, e, literalmente, sai pelas ruas, perseguindo as crianças e o velho.

Um canteiro de obras será a arena final para o embate de DJ e a casa-monstro, sendo o prêmio a própria vida e de todas as crianças da cidade...

É curioso que um filme sem o preciosismo de “Carros”, ou, o humor dos bichinhos de “Os Sem-Floresta” tenha tido uma aceitação tão boa, pela crítica e pelo público. O que diferencia “A Casa-Monstro” dos demais filmes é a utilização de um roteiro bem amarrado, uma história interessante, que junta sobrenatural, romance e aventuras infantis sem assustar as crianças, e, sem encher o saco dos pais.

A técnica de animação deste filme foi a mesma utilizada em “Expresso Polar”, que usa os movimentos criados por atores reais. O resultado, contudo, ficou mais natural do que naquele filme.

“A Casa-Monstro” é um programa interessante para unir pais e filhos, trazendo alguma profundidade nos temas infantis, que, em geral, mostram-se enfadonhos e repetitivos, dando mais ênfase para a perfeição dos desenhos. Confiram.

sábado, 2 de setembro de 2006

Claquete - 02/09/2006

Newton Ramalho - claquete@interjato.com.br

O que está em cartaz

Claquete, esta semana, sai diretamente do Sul-Maravilha. Setembro chegou, mas, as estréias são tímidas. De novo, tem o suspense "A Dama na Água", de M. Night Shyamalan, a animação "A Casa-Monstro", e, a última participação de Bussunda no cinema, na comédia “Seus Problemas Acabaram”, com a trupe do Casseta e Planeta. Nas continuações, a refilmagem da famosa série policial dos anos 70, “Miami Vice”, com Colin Farrel e Jamie Foxx, a comédia nacional “Trair e Coçar, é só Começar”, com Adriana Esteves e grande elenco, o suspense “Protegida por um Anjo”, com Demi Moore (só no Cinemark), Johnny Depp e John Malkovich escandalizam em “O Libertino” (só no Moviecom), a comédia “Click”, com Adam Sandler e Kate Beckinsale, a ação “Velozes e Furiosos – Desafio em Tóquio” (veja em Filme da Semana), o drama “Zuzu Angel”, com Patrícia Pillar e Daniel de Oliveira, e, a aventura “Piratas do Caribe – O Baú da Morte”, com Johnny Depp, Orlando Bloom e Keira Knightley.

Estréia 1: “A Dama na Água”

Cleveland Heep (Paul Giamatti) é um homem solitário. Uma certa noite, acontece algo que muda drasticamente sua vida. Ele encontra, em seu prédio, uma jovem misteriosa chamada Story (Bryce Dallas Howard), que mora entre as passagens sob a piscina. Surpreso, Cleveland descobre que Story é uma "narf", uma espécie de ninfa das histórias infantis, e, que ela é perseguida por criaturas malignas, que desejam impedir que ela retorne ao seu mundo de origem. Além disto Story possui poderes de percepção, que a permite ver qual será o destino dos moradores do prédio de Cleveland. Juntos, Cleveland e os moradores de seu prédio, se unem para encontrar um meio que permita Story retornar ao seu mundo. A direção é de M. Night Shyamalan, o mesmo de "Sexto Sentido" e "Sinais". “A Dama na Água” estréia, nesta sexta-feira, no Cine 7 do Moviecom, e, na Sala 1 do Cinemark. Para maiores de 10 anos.

Estréia 2: “Casseta e Planeta 2 - Seus Problemas Acabaram”

O idealista e destemido advogado Botelho Pinto (Murilo Benício), ao lado de sua assistente Dona Priscila (Maria Paula), resolve processar as Organizações Tabajara, por fabricar produtos prejudiciais à saúde. Sua principal testemunha é o simplório Lindauro das Dores (Bussunda), que, ao aceitar ser cobaia de um remédio que ajuda os feios a provocar a libido de parceiros sexuais em potencial, acaba sofrendo dos efeitos colaterais. Na medida em que o julgamento avança, o advogado se envolve de forma perigosa com os problemas que se tem ao processar uma empresa como a Tabajara. Última aparição no cinema do humorista Bussunda, que morreu do coração durante a Copa da Alemanha. “Casseta e Planeta 2 – Seus Problemas Acabaram” estréia, nesta sexta-feira, no Cine 4 do Moviecom, e, na Sala 3 do Cinemark. Para maiores de 14 anos.

Estréia 3: “A Casa-Monstro”

DJ Walters é um garoto de 12 anos que sente algo de estranho na casa do velho Nebbercracker, localizada do outro lado da rua. Tudo que passa perto da casa simplesmente desaparece, incluindo triciclos, brinquedos e animais de estimação. Na véspera do Dia das Bruxas, DJ e seu amigo Chowder deixam que a bola de basquete jogando caia no terreno de Nebbercracker, e, confirmam que sumiu. Logo em seguida, a casa tenta devorar Jenny, uma amiga de ambos, que é salva do ataque. Eles tentam avisar a todos do perigo que é a casa, mas ninguém acredita neles. O trio recorre a Skull, um preparador de pizza preguiçoso, que ganhou fama por ter jogado videogame quatro dias seguidos. Skull acredita que a casa tenha adquirido alma humana, e, que o único meio de eliminar o perigo que ela representa seja acertando-a direto em seu coração. É quando os amigos elaboram um plano que permita que entrem na própria casa. Estréia, nesta sexta-feira, no Cine 6 do Moviecom, e, na Sala 6 do Cinemark. Censura livre. Atenção: cópia dublada.

“X-Men 3: O Confronto Final”, em DVD

Seqüência "final" da trilogia X-Men (para quem acredita em Coelhinho da Páscoa). É descoberta uma cura para os mutantes, que agora podem optar por manter seus poderes ou se tornarem seres humanos normais. A descoberta põe em campos opostos Magneto, que acredita que esta cura se tornará uma arma contra os mutantes, e os X-Men, liderados pelo professor Charles Xavier. Dirigido por Brett Ratner (A Hora do Rush) e com Patrick Stewart, Ian McKellen, Hugh Jackman, Famke Janssen, James Marsden, Halle Berry, Anna Paquin, Olivia Williams e Rebecca Romijn no elenco. O disco traz formato de tela widescreen anamórfico e som Dolby Digital 5.1. Nas locadoras.

“Irma Vap - O Retorno”, em DVD

Otávio Augusto (Marcos Caruso), um dos produtores da montagem original de "O Mistério de Irma Vap" no Brasil, deseja remontar o espetáculo. Porém, Otávio tem problemas. Tony Albuquerque (Marco Nanini), um dos atores da montagem original, está "temporariamente paralítico", sendo manipulado pela irmã Cleide (também Nanini), e, mantido confinado em casa. Impossibilitado de contar com o elenco original, Otávio e Leandro convidam Darci Lopes (Ney Latorraca), um ator decadente que faz shows em boates, para assumir a direção da nova versão da peça. A idéia é remontá-la com dois jovens comediantes, Leonardo Aguiar (Thiago Fragoso) e Henrique D'Ávila (Fernando Caruso), como protagonistas. Entretanto, para tirar o projeto do papel, Otávio e Leandro precisam lidar com Cleide, já que o irmão dela é o detentor dos direitos da peça. É quando enfim começam os ensaios para que "O Mistério de Irma Vap" retorne ao teatro. Dirigido por Carla Camurati, o filme é um show de interpretação múltipla de Nanini e Latorraca. Nas locadoras.


Abertas inscrições para o Jampa Vídeo Festival

Estão abertas, até 10 de setembro, as inscrições para o Jampa Vídeo Festival, promovido pelo Sesc Centro João Pessoa, que será realizado de 20 a 22 de setembro, durante a segunda edição da Mostra de Arte Eletrônica. Podem ser inscritas produções em vídeo ou qualquer outra mídia digital, nas categorias ficção e documentário, com duração entre um e vinte minutos, realizadas entre 2001 e 2006. No ato da inscrição, deve ser entregue, em um envelope, VHS ou DVD, contendo cópia do vídeo concorrente, material de divulgação e/ou publicidade, roteiro, ficha técnica e currículo do diretor. Serão premiadas as categorias de Melhor Vídeo Ficção (R$ 500), Melhor Vídeo Documentário (R$ 500), Melhor Diretor de Ficção (R$ 250), e, de Documentário (R$ 250), e, Melhor Roteiro de Ficção e Documentário (R$ 250). Mais informações, com a Assessoria de Comunicação do Sesc Paraíba, nos fones (83) 3208-3158 ou (83) 9999-4577.

Banco do Nordeste abre linhas de patrocínio

Já está disponível, no site do Banco do Nordeste (www.bnb.gov.br), o Programa BNB de Cultura 2007, que destinará R$ 2,5 milhões para apoiar projetos nas áreas de Literatura, Música, Artes Cênicas, Artes Visuais e Audiovisual (R$ 500 mil reais para cada uma), a serem realizados em 2007. No site, está disponível o edital contendo o regulamento do Programa e os respectivos formulários eletrônicos para inscrição de projetos, bem como as instruções para preenchimento e o modelo de relatório para prestação de contas. As inscrições vão até 29 de setembro.



Filme da Semana: “Miami Vice”

Utopia viciada

Os adolescentes dos anos 80 certamente lembram do seriado "Miami Vice", que levou ao estrelato o ator Don Johnnson, um dos heróis da série. Em meio à mesmice dos seriados policiais da época, "Miami Vice" inovou, ao dar um tratamento mais humano aos personagens, dotando-os de qualidades e defeitos inerentes às pessoas normais, fugindo dos estereótipos. Esse mesmo espírito foi mantido, no longa homônimo de Michael Mann, que estreou esta semana em nossos cinemas.

A história inicia com o assassinato de dois agentes do FBI, que se passavam por bandidos. James "Sonny" Crockett (Colin Farrell) e Ricardo Tubbs (Jamie Foxx), da polícia de Miami, descobrem, então, que havia uma grande operação antidrogas, em andamento, usando um informante deles, e, envolvendo várias agências do governo.

Nos Estados Unidos, como tudo o que fazem, o combate ao crime é especializado e burocratizado. O DEA combate tráfico de drogas e armas, o FBI investiga sequestros, assaltos a bancos e crimes federais, o Serviço Secreto protege o presidente e investiga falsificação de dinheiro, e, por aí vai. Na operação citada, cinco diferente agências estavam envolvidas, e, de uma delas vazara a informação que culminara no assassinato dos agentes.

Sonny e Tubbs decidem assumir o caso. O objetivo da missão era infiltrar-se na rota de tráfico que trazia a droga da Colômbia, e, que era distribuída a partir da Flórida, com a proteção de uma violenta rede neo-nazista.

A maneira que os dois policiais encontram é se passar por criminosos especialistas em transporte de contrabando. Para isso, precisam ir até a América Central, no coração do domínio da quadrilha, para serem postos à prova por Arcángel de Jesús Montoya (Luis Tosar), seu violento braço-direito José Yero (John Ortiz), e, a bela sino-cubana Isabella (Li Gong), a financista do grupo.

Enquanto troca farpas com Yero, Sonny envolve-se com Isabella, ao mesmo tempo em que vão executando as operações ilegais. Como se pode esperar, o filme cresce potencialmente para um confronto final, onde estarão em jogo não só as vidas dos dois policiais, mas, também, de Trudy (Naomi Harris), a namorada de Tubbs.

Este filme, para muitos só um entretenimento, levanta um aspecto interessante, que a maioria dos cidadãos de bem desconhece, ou, finge que não existe. Todos querem que os criminosos sejam presos, mas, como investigar e chegar até o topo das organizações criminosas?

O policiamento ostensivo alcança o pequeno criminoso, a ponta do iceberg, mas, o chefão, que usa paletó e gravata, tomando uísque no ar condicionado, está muito bem protegido. Como chegar até ele? Para isso, policiais assumem identidades criminosas, para infiltrar-se nas quadrilhas, e, para isso, precisam participar, e, até mesmo, cometer crimes, para ganhar a confiança dos novos parceiros. Essa situação dúbia ainda é agravada pelo medo de ter a identidade revelada por algum informante duplo, talvez da própria polícia, o que não é incomum.

O ponto em questão, que é abordado no filme, é, aonde começam, e, aonde terminam o policial e o bandido? O que é permissível fazer para cumprir a missão? Até que ponto os fins justificam os meios? As respostas, se existem, devem ser formuladas pelo leitor, dentro da sua própria consciência. O ideal seria não precisar fazer isso, o ideal seria não existir crime, nem polícia. Mas, o ideal fica na Utopia. Na vida real, homens maus cometem crimes, policiais os combatem, e, alguém tem que dizer isso para vocês. Pensem a respeito.