quinta-feira, 31 de maio de 2012

Coluna Claquete – 01 de junho de 2012




Newton Ramalho

 

colunaclaquete@gmail.comwww.colunaclaquete.blogspot.com  - @colunaclaquete


 

O que está em cartaz

Os adultos terão que esperar, pois os cinemas estão repletos de programação infanto-juvenil – e chegando mais! Neste final de semana, a única estreia é a aventura “Branca de Neve e o Caçador”, com Kristen Stewart. Continuam em cartaz a ficção “Homens de Preto 3” (vejam na Sessão Filme da Semana), com Will Smith e Tommy Lee Jones, o suspense “O Corvo”, com John Cusack, a ação “Vingadores”, e o divertido infantil “Piratas Pirados”. Nas programações exclusivas, o Cinemark exibe a comédia francesa “Faça-me Feliz”, na Sessão Cine Cult, enquanto o Moviecom mantém o drama nacional “Paraísos Artificiais”, e a ficção-científica “Battleship – A Batalha dos Mares”, com Liam Neeson. Na próxima quinta, acontece a pré-estreia da animação “Madagascar 3 – Os Procurados”.

 

 

Estreia 1: “Branca de Neve e o Caçador


O caçador Eric (Chris Hemsworth) foi contratado pela Rainha Má (Charlize Theron) para encontrar a Branca de Neve (Kristen Stewart), que escapou do castelo. Contudo, quando ele descobre que o objetivo de sua patroa não é só recapturar, mas também assassinar a jovem, ele passa a ajudá-la em sua fuga, dando início a uma perigosa aventura. Dirigido por Rupert Sanders, o filme é uma versão diferente da clássica história da Branca de Neve, dos irmãos Grimm, fugindo da trama original. Aqui, o caçador não está apaixonado pela heroína, mas, sim, é um homem honrado que passará a defendê-la da malvada rainha. O elenco conta ainda com Ian McShane, Eddie Izzard, Bob Hoskins, Toby Jones, Eddie Marsan, Ray Winstone e Nick Frost, que dão vida aos conhecidos sete anões. “Branca de Neve e o Caçador” estreia nesta sexta-feira, nas Salas 1 e 5 do Cinemark, e na Sala 4 do Moviecom. Classificação indicativa 12 anos. Cópias dubladas e legendadas.
(T. O.: “Snow White and the Huntsman”).

 

Pré-Estreia: “Madagascar 3 – Os Procurados


Os amigos Alex (Ben Stiller), Marty (Chris Rock), Melman (David Schwimmer), Gloria (Jada Pinkett Smith), rei Julien (Sacha Baron Cohen) e os pinguins deixam o continente africano rumo à Europa. Eles vão parar em Mônaco, onde passam a ser perseguidos por uma obcecada agente de controle animal (Frances McDormand). Em plena fuga, o grupo encontra abrigo em um circo em crise. Logo eles passam a ajudá-lo, iniciando um processo de revitalização que poderá levá-los a uma turnê nos Estados Unidos e, consequentemente, de volta para casa. A direção é de Eric Darnell, Tom McGrath, e Conrad Vernon. “Madagascar 3 – Os Procurados” terá pré-estreia na próxima quinta-feira, nas Salas 3 e 5 do Moviecom. Classificação indicativa livre. Cópias dubladas.
(T.O.: “Madagascar 3: Europe's Most Wanted”)




Filme da Semana: “Homens de Preto 3”

A série “Homens de Preto” foi originada em 1997, com o primeiro filme, onde o policial James Edwards (Will Smith) é recrutado pelo sisudo Agente K (Tommy Lee Jones) para fazer parte de uma misteriosa organização que tinha como objetivo controlar o trânsito dos extraterrestres em nosso planeta, e, quando era o caso, controlar os excessos.
Mesclando as divertidas e inusitadas situações com os alienígenas – cachorros falantes, baratas gigantes, e até sugerindo que Michael Jackson e Sylvester Stalone seriam ETs – o filme fez um tremendo sucesso mundo afora, principalmente devido à química perfeita entre a fleugma do personagem de Tommy Lee Jones e a juventude e o arrojo do Agente J de Smith.
O filme mereceu inúmeros prêmios importantes, como o Oscar de Melhor Maquiagem, o Globo de Ouro de melhor filme - comédia/musical, o Grammy de melhor trilha sonora de filme, além do BAFTA de melhores efeitos especiais.
Em 2002 foi feita uma sequência, “Homens de Preto 2”, onde o Agente K é trazido de volta à ativa, após ter a memória apagada nos acontecimentos do primeiro filme, para ajudar o Agente J a combater uma perigosa alienígena.
Quinze anos após o primeiro filme e dez após o segundo, chega a terceira sequência, “Homens de Preto 3”, reunindo a mesma dupla de atores, Tommy Lee Jones e Will Smith.
Desta vez o vilão é Boris, o Animal (Jemaine Clement), um extraterrestre que Agente K (Tommy Lee Jones) havia capturado em 16 de julho de 1969, após decepar-lhe o braço que lançava dardos venenosos. K conseguira, também, configurar um dispositivo chamado escudo ArcNet, que protegia a Terra de uma invasão da espécie de Boris.
Mais de 40 anos depois, Boris foge da prisão Lunar Max na Lua e chega na Terra, com a intenção de vingar-se de K. Ao investigar um acidente de nave espacial, em Nova York, K deduz que Boris fugira da prisão, e se prepara para o confronto.
 Mas, a vingança do ET bandido é muito mais extensa. Ele não só quer vingar-se de K, como também alterar a História, evitando que K instale o ArcNet. Para isso, ele viaja ao passado, para destruir K.
No dia seguinte, o agente J (Will Smith) percebe que K não está mais em seu apartamento, e chegando à sede da MIB, descobre que K está morto há mais de 40 anos, a Terra está desprotegida, e uma invasão alienígena está prestes a acontecer. A agente O (Emma Thompson), a nova chefe da MIB, deduz que houve uma fratura no espaço-tempo continuum. J vai até Obadias Prince (Lanny Flaherty), um negociante do mercado negro que vendera o dispositivo de viagem no tempo para Boris, e adquire o seu próprio, para voltar no tempo até 15 de julho de 1969 - um dia antes do incidente envolvendo Boris e o Agente K.
Ao voltar no tempo, J encontra-se com o jovem K (Josh Brolin), que suspeita das suas intenções e tenta apagar sua memória. No último momento J consegue convencer K do que está para acontecer, e este decide ajudá-lo. Seguindo a pista de Boris, eles chegam a Griffin (Michael Stuhlbarg), o último sobrevivente de uma raça, que tem o poder de prever o futuro, e que está com o ArcNet.
Todas as pistas levam ao Cabo Canaveral, onde está para ser lançado o foguete Apollo 11, que levará os primeiros homens à Lua. Correndo contra o tempo, os agentes deverão localizar Boris, colocar o ArcNet no topo do foguete e ainda impedir qualquer ação do malévolo alienígena. Conseguirão os nossos herois fazer tudo isso?
Nesta edição de MIB foi mantida o equilíbrio perfeito entre a ação e o humor, embora Tommy Lee Jones, que é um dos melhores atores do cinema, tenha tido uma participação pequena no filme. Josh Brolin, por sua vez, embora não esteja no mesmo patamar, não comprometeu o filme, e conseguiu reproduzir alguns trejeitos do Agente K criado por Tommy Lee Jones, mantendo a fidelidade do personagem.
Will Smith mostra um notável amadurecimento, fugindo bastante do padrão “humorista-careteiro”, que abunda nas comédias americanas. Depois de papeis dramáticos como “À Procura da Felicidade” e “Sete Vidas”, Smith encontrou o ponto certo entre o drama e a comédia, passando muita credibilidade em sua atuação.
Como seria de se esperar, “Homens de Preto 3” é repleto de efeitos especiais, mas, sem exageros, tendo até diminuído em relação aos filmes anteriores. Por outro lado, as cenas de ação ficaram mais intensas, destacando-se o clímax na torre de lançamento de Cabo Canaveral.
“Homens de Preto 3” é um filme direcionado para toda a família, unindo a diversão de uma história de ETs com a graça do choque de culturas, e principalmente, valorizando a amizade como uma das qualidades mais nobres do ser humano, seja ele de qual galáxia for.
 (Título original: “MIB III”)

Especial: “Cais do Sertão”

Oriundo que sou das plagas paraibanas, até o final dos anos 70 não conhecia nada de Natal, a não ser o título de “capital espacial do Brasil”, e, vejam só, a feira do Alecrim, comparável às suas congêneres de Caruaru e Campina Grande. Três décadas depois, radicado como papa-jerimum, tenho a honra de comentar o documentário “Cais do Sertão”, sobre o bairro do Alecrim, que considero o mais interessante da cidade.
O bairro do Alecrim sempre fez parte da minha vida, embora eu nunca tenha morado lá. Mas, foi lá que me hospedei, nos primeiros dias em que vim morar em definitivo, foi onde a filharada estudou, no tradicional Colégio da Neves, o primeiro – e o único – jogo de futebol que assisti no saudoso Machadão, foi América e Alecrim, e foi naquele emaranhado de ruas e avenidas que sempre busquei a solução de muitos problemas domésticos.
Acredito que, como eu, muitos natalenses pensam no Alecrim como o primeiro lugar para encontrar o que não existe ou é difícil em outros bairros da cidade. Peças de carro, oficinas, acessórios eletrônicos, tecidos, móveis, discos e livros usados, quinquilharias chinesas, calçados de todos os tipos, produtos e ferramentas agrícolas, camisas da seleção, etc., etc..
Mas, o que talvez mais expresse o amor pelo bairro seja o prazer de, simplesmente, passear erraticamente pelas ruas, largas ou estreitas, retas ou tortuosas, olhando produtos que nunca se vai usar, ou, fazer uma “feira” nas lojas de 1,99, comprando coisas que nunca funcionarão ou que mal resistem à primeira utilização.
Esse espírito, do amor ao bairro, foi magnificamente capturado pelo diretor e jornalista Paulo Laguardia em seu documentário “Cais do Sertão”, onde conseguiu, em 52 minutos primorosos, montar uma visão caleidoscópica do Alecrim, através de depoimentos de moradores, artistas, pesquisadores, comerciantes, e muitos outros.
Com uma edição dinâmica, o que poderia ser um desenrolar monótono de opiniões formou uma bela colcha de retalhos explorando as origens do bairro, sua opulência cultural com cinemas, teatros e bares boêmios tradicionais, os grupos carnavalescos, e a importância para o comércio da cidade e do estado.
Mas, o documentário não se furtou a discutir os problemas que persistem, como a progressiva eliminação das áreas verdes, o embate entre o comércio tradicional e os camelôs, o trânsito cada vez mais engarrafado e o reduzido espaço para circulação.
“Cais do Sertão” é um belo retrato daquele que é talvez o lugar mais representativo de Natal, fora dos estereótipos de praias e dunas, que apenas os verdadeiros natalenses – natos ou adotados – conseguem reconhecer.


Eventos

“Cais do Sertão” estreia nesta sexta-feira no Alecrim

Dirigido pelo jornalista e documentarista Paulo Laguardia, estreia hoje o aguardado documentário em vídeo “Cais do Sertão”, sobre um dos bairros mais antigos e importantes de Natal. Com 52 minutos de duração, o documentário aborda a história, crescimento, comércio popular, a antiga vida cultural e as figuras populares que fizeram história no local. A relevância econômica para a cidade e os problemas também não foram esquecidos, como o engarrafamento, o pouco espaço de circulação para as pessoas, a falta de verde, e outras polêmicas, como sua data de fundação e o conflito entre empresários e camelôs. A estreia do filme ocorre nesta sexta-feira, 1º de junho, no Mercado da 6, às 18h30.


“A Cidade e os Cachorros” no Ciclo America Latina no Cinema

Na próxima semana, o projeto América Latina no Cinema, realização da UFRN e UERN, promoverá mais uma exibição, desta vez com a produção peruana “A Cidade e os Cachorros”, dirigido por Francisco J. Lombardi. No Leoncio Prado, de Lima, colégio militar da capital do Peru, as condições de vida são tremendamente duras. O assassinato de um aluno, uma das vítimas, tanto dos alunos como do sistema militar, origina um conflito entre o honesto Tenente Gamboa e seus superiores, que pretendem evitar qualquer investigação que possa pôr em dúvida o bom funcionamento do colégio. A exibição será na Biblioteca Central Zila Mamede (UFRN), na terça-feira, dia 05/06, às 18.30 h. Depois do filme, como sempre, sorteio de brindes e debate.

Lançamentos em DVD/Blu-Ray

“Super 8”

Steven Spielberg e J.J. Abrams unem forças nesta extraordinária história de juventude, mistério e aventura. Super 8 conta a história de seis amigos que testemunham a destruição de um trem, enquanto fazem um filme em super 8, e acabam descobrindo que algo inimaginável escapou durante o acidente. Agora, a coisa mais misteriosa do que saber o que seria isso… é saber o que isso realmente quer. A direção é de J.J. Abrams. Disco com formato de tela widescreen anamórfico e áudio Dolby Digital 5.1, e, como Extras, Comentários de J.J. Abrams, Bryan Burk e Larry Fong, e os documentários “O Sonho por Trás de Super 8”, e “O Visitante Está Vivo”. (T.O.: “Super 8”).

“Sob o Domínio do Medo”

Um jovem casal (James Marsden e Kate Bosworth) mudam-se para uma peculiar cidade do sul. Logo, esse esconderijo perfeito transforma-se um inferno quando segredos obscuros e paixões letais se descontrolam. Presos por um bando de residentes depravados liderados por um cruel predador (Alexander Skarsgard), passam uma noite sangrenta em extrema agonia. A única esperança de sobrevivência deles agora é tornarem-se mais selvagens que seus torturadores cruéis. O disco traz o filme com formato de tela widescreen anamórfico e áudio em Dolby Digital 5.1, e, como Extras, Controvérsia: Um Clássico Refeito, A Dinâmica do Poder: A Montagem, Dentro do Sítio: O Último Espetáculo, Criando a Casa: Design de Produção, e Comentário com o Roteirista/Diretor Rod Lurie. (T.O.: “Straw Dogs”).

“Coco Antes de Chanel”
 
Em um retrato memorável realizado a partir de um esforço conjunto, a adorável Audrey Tautou se transforma no lendário ícone da moda mundial, Coco Chanel. Do seu começo humilde em um orfanato na França até as extravagâncias da alta sociedade parisiense, o espírito criativo indômito de Chanel foi expresso através da música, de sua rebeldia social e, principalmente, através da moda. Benoît Poelvoorde e Alessandro Nivola interpretam os elegantes e prósperos homens que se envolveram com a multifacetada Coco Chanel, cuja visão e estilo - inspirados pela moda e alimentados pela paixão - pavimentaram uma audaciosa nova passarela que exibia o visual, os vestidos e as vidas das mulheres modernas. O disco traz o filme com formato de tela widescreen e áudio Dolby Digital 5.1. (T.O.: “Coco Avant Chanel”).

“Senhoritas em Uniforme”

Clássico do cinema. Manuela von Meinhardis é órfã, criada pela tia, e enviada a um internato de moças. A grande fragilidade de seu coração a apegar-se a professora Fräulein von Bernburg, que mantém um laço estreito com as alunas, apesar do pulso firme da diretora, que a desaprova. Ousado para sua época, o filme narra a amizade - e eventual atração romântica - entre a personagem de Romy Schneider e sua professora, vivida por Lili Palmer (O Falso Traidor) em um internato feminino. Lançado originalmente em 1958, é uma refilmagem de clássico alemão de 1931. Disco com formato de tela letterbox, e som Dolby Digital. (T.O.: “Mädchen in Uniform”).

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Coluna Claquete – 25 de maio de 2012


Newton Ramalho

 

colunaclaquete@gmail.comwww.colunaclaquete.blogspot.com  - @colunaclaquete


 

O que está em cartaz

Help! As salas dos cinemas foram invadidas por ETs! Calma, é só a estreia de “Homens de Preto 3”, com Will Smith e Tommy Lee Jones. A outra estreia da semana é a ópera “Royal Opera House: Macbeth”. Continuam em cartaz o suspense “O Corvo” (vejam na Sessão Filme da Semana), com John Cusack, o policial “Plano de Fuga”, com Mel Gibson, a ação “Vingadores”, o drama nacional “Paraísos Artificiais”, a ficção-científica “Battleship – A Batalha dos Mares”, com Liam Neeson, e o divertido infantil “Piratas Pirados”. Nas programações exclusivas, o Cinemark exibe a comédia francesa “Faça-me Feliz”, na Sessão Cine Cult.

 

 

Estreia 1: “Homens de Preto 3


O malvado Boris (Jemaine Clement) deseja acabar com o mundo. Para isso, deverá viajar no tempo para assassinar o agente K (Tommy Lee Jones). Sabendo disso, o agente J (Will Smith) viaja até o ano de 1969 e encontra a versão mais jovem de K (Josh Brolin). Juntos, eles recebem a ajuda da agente Oh (Alice Eve) para combater o vilão, uma ameaça alienígena que coloca em risco a vida na Terra. Dirigido por Barry Sonnenfeld, o longa é o terceiro da franquia Homens de Preto, iniciada em 1997. A série passou dez anos longe das telonas, uma vez que MIB 2 é de 2002. Emma Thompson, Bill Hader e a cantora Lady Gaga completam o elenco. “Homens de Preto 3” estreia nesta sexta-feira, nas Salas 1, 2 e 6 do Cinemark, e nas Salas 4, 6 e 7 do Moviecom. Classificação indicativa dez anos. Cópias dubladas e legendadas, em 2D e 3D. (T. O.: “Men In Black III”).

 

Estreia 2: “Royal Opera House: Macbeth


A paixão de uma vida de Verdi pela obra de Shakespeare materializou-se inicialmente com Macbeth, em 1847. A produção de Phyllida Lloyd, apresentada anteriormente pelo The Royal Opera em 2006, utiliza a revisão que Verdi fez em 1865, a qual se destaca pela grande ária “La Luce Langue”, de Lady MacBeth, e pela magnífica abertura do coral no Ato IV. Simon Keenlyside e Liudmyla Monastryrska interpretam o aristocrata escocês e sua ambiciosa e malvada esposa, que incentiva o marido a cometer um assassinato para impulsionar sua carreira. O baixo-barítono americano Raymond Aceto assume o papel de Banquo, vítima de assassinato e símbolo da consciência. “Royal Opera House: Macbeth” terá sessões sábado, às 14h, domingo, às 18h, e Terça, às 19h, na Sala 7 do Cinemark. Classificação indicativa 14 anos.



Filme da Semana: “O Corvo”

A vida de Poe, por si só já seria uma odisseia trágica. O pai abandonou a família quando Edgar tinha um ano, e a mãe faleceria em seguida, após o nascimento da irmã mais nova. O jovem órfão foi criado por um comerciante de tabaco que nunca o adotou legalmente, embora tenha lhe dado o sobrenome.
Por seu comportamento boêmio e aventureiro, e uma total aversão à autoridade, Poe foi expulso da universidade da Virgínia e, mais tarde, da renomada academia militar de West Point. Após ser banido pelo pai, Poe mudou-se para Baltimore, para a casa de uma tia viúva, que vivia com uma filha, Virginia. Algum tempo depois os dois se casaram, ele com vinte e cinco anos, e ela com treze.

O casal morou entre Filadélfia e Nova York, onde Virginia viria a falecer de tuberculose, fato que aumentaria mais a instabilidade emocional de Poe e a sua dependência do álcool. Em 1849, Poe foi encontrado nas ruas de Baltimore, com roupas que não eram as suas, em estado de delirium tremens, vindo a morrer quatro dias depois, sem que se conseguisse estabelecer a causa de sua morte, ou mesmo a mensagem que ele tentava transmitir.
Estes aspectos trágicos da vida do escritor serviram de inspiração para a obra ficcional “O Corvo”, onde o ator John Cusack interpreta o desafortunado escritor.
Na Baltimore de 1849, Edgar Allan Poe vive aos trancos e barrancos, desentendendo-se com amigos e inimigos, devido ao seu comportamento excêntrico e irascível, além de uma penúria financeira absoluta, apesar de já ter diversos livros publicados.
Mas, mesmo enfrentando todas estas dificuldades, Poe ainda consegue sonhar, pois a bela Emily (Alice Eve) mantém um namoro escondido com o excêntrico escritor. O problema é que ela é filha de um dos homens mais poderosos de Baltimore, Hamilton (Brendan Gleeson), que, obviamente, detesta Poe e seus escritos.
 Enquanto o escritor sofre com suas agruras amorosas, a cidade é sacudida por um crime chocante. Três mulheres de uma mesma família, incluindo uma menina, são brutalmente assassinadas dentro de casa. Mas, não apenas ninguém é encontrado, como a casa estava totalmente fechada. Quando o inspetor Fields (Luke Evans), ele não apenas descobre o truque utilizado pelo assassino para fugir, como também a rigorosa semelhança do assassinato com o conto “Os Crimes da Rua Morgue”, de Poe.
Pressionado pela polícia, Poe não faz a menor ideia de por que alguém faria isso. Não há dúvida que é um maníaco que está por trás disso, e um novo crime acontece, desta vez com um homem cortado ao meio por uma lâmina acionada por um pêndulo, exatamente como no conto “O Pêndulo e o Poço”, também de Poe.

A cada crime, o assassino propositalmente deixa pistas sobre o próximo ato. Desta vez, ele agirá na casa do pai de Emily, durante um baile de máscaras. A contragosto, Hamilton deixa a polícia vigiar a festa, mas, mesmo assim, o impensável acontece, e a jovem é sequestrada pelo bandido, em pleno baile.
A partir daí, começa um jogo de gato e rato entre o assassino e a polícia, com a ajuda de um desesperado Poe, que é obrigado a escrever e publicar um conto a cada dia, que servirá de modelo para o bandido.
Em meio a tantas banalidades repletas de explosões e efeitos especiais, é muito bom ver um suspense à moda antiga, sem as deturpações que transformam filmes de época em situações moderninhas.
Embora seja uma narrativa bem linear, o mistério permanece até o final. O filme tem uma edição ágil e bem feita, que mantém a atenção do espectador sempre presa, o que é ajudado pela excelente trilha sonora.
O elenco está muito bem, embora o grande mérito seja de Cusack, que nos traz toda a amargura e desespero de Poe. Embora nunca tenha sido um astro de primeira grandeza, sempre atuou com muito talento em todos os filmes que participou.
O filme foi rodado na Sérvia e na Hungria, onde existem cidades que mantém as características de séculos atrás. É notável a cena do cerco ao assassino na igreja, onde nos sentimos realmente como se fosse outro mundo.
Embora não seja um filme para todos os públicos, “O Corvo” nos dá a chance de redescobrir a obra de Edgar Allan Poe, um escritor à frente de seu tempo, e que deixou um legado memorável, sendo considerado um dos melhores escritores norte-americanos de todos os tempos.
E para os caçadores de erros em filmes, duas “pérolas”: a heroína toca uma peça no piano que Claude Debussy só viria compor muitos anos após os eventos do filme, que se passa em 1849 (ele nasceu em 1862). A outra é o termo serial killer, que é usado no filme, mas que só começou a ser utilizado pela imprensa nos anos 1960.
(Título original: “The Raven”)


Eventos

“A Que Distância” no Ciclo America Latina no Cinema

Na próxima semana, o projeto América Latina no Cinema, realização da UFRN e UERN, promoverá mais uma exibição, desta vez com a produção equatoriana “A Que Distância”, dirigida por Tania Hermida. Na história, a estudante equatoriana Tristeza (Celilia Vallejo) e a turista espanhola Esperanza (Tania Martinez) se encontram casualmente em um ônibus que se dirige à cidade de Cuenca. Devido a uma rebelião da população indígena, o transporte rodoviário é interrompido, e elas decidem pegar carona na estrada, mesmo sendo difícil, para chegar ao destino final. A exibição será no Auditório do NEPSA/CCSA da UFRN, na terça-feira, dia 29/5, às 18.30 h. Depois do filme, como sempre, sorteio de brindes e debate.


Lançamentos em DVD/Blu-Ray

“Sentidos do Amor”

Susan (Eva Green) é uma cientista em busca de respostas a perguntas importantes. Tão importantes que renunciou a outras cosas, incluindo o amor - até que conhece Michael (Ewan McGregor), um talentoso chefe de cozinha. De repente, tudo começa a mudar. Enquanto Susan e Michael estão experimentando o amor, em todo o mundo as pessoas estão começando a se sentirem estranhas – uma terrível e estranha epidemia está afetando os sentidos e as emoções das pessoas, e o mundo começa a desmoronar. Filme inédito nos cinemas brasileiros. Disco com formato de tela widescreen anamórfico e áudio Dolby Digital 5.1, e, como Extras, Ficha Técnica e Trailers. (T.O.: “Perfect Sense”).

“Conan o Bárbaro”
O maior e mais lendário bárbaro de todos os tempos está de volta. A busca feroz do guerreiro cimério começa como uma vingança pessoal, mas logo se transforma em uma batalha épica contra seus rivais hukking, monstros, e situações impossíveis, Conan é a única opção para salvar as grandes nações da Hyboria de uma invasão sobrenatural. Criado pelo escritor texano Robert E. Howard em 1932, o guerreiro imortalizado por Arnold Schwarzenegger nos anos 1980 volta às telas com novo diretor, mais nudez, violência explícita e um novo ator no lugar do ex-governador da Califórnia. O disco traz o filme com formato de tela widescreen e áudio em Dolby Digital 2.0, e, como Extras, Entrevistas, No Set de Conan, e Trailers. (T.O.: “Conan The Barbarian”).

“As Melhores Intenções”
 
Na Suécia do início do século, um pastor protestante se apaixona por uma moça de família rica. Apesar da oposição de seus pais, ela acaba desposando-o, e os dois enfrentarão alegrias e desentendimentos nos anos seguintes. Vencedor da Palma de Ouro e do prêmio de melhor atriz (Pernilla August) no Festival de Cannes em 1992, o filme de Bille August é baseado na história dos pais do mestre Ingmar Bergman, autor do roteiro. No elenco, destaque para a participação do também bergmaniano Max von Sydow. O disco traz o filme com formato de tela letterbox e áudio Dolby Digital 2.0. (T.O.: “Den goda viljan”).

“Trio Infernal”

Marselha, 1919. Georges Sarret é um advogado renomado e respeitado, recentemente homenageado pelos seus serviços na Primeira Guerra Mundial. Ele toma como sua amante Philomène Schmidt, uma jovem alemã, que acaba de perder seu trabalho e sua casa. Para habilitar Philomène a permanecer na França, Georges encontra seu marido - que morreu de causas naturais convenientemente um mês após o casamento. Com Michel Piccoli, Romy Schneider, e Mascha Gonska, e direção de Francis Girod. Disco com formato de tela widescreen, e som Dolby Digital, e, como Extras, Biografia, Filmografia e Trailers. (T.O.: “Le Trio Infernal”).



Film de la semaine: "L'ombre du mal"

L'écrivain américain Edgar Allan Poe est considéré, à-côté du français Jules Verne, l'un des pionniers de la littérature fantastique mondiale. Poe, écrivain et romancier, également occupait les activités de critique littéraire et éditeur de journal, et il a lancé aussi les fondements de la fiction policière avec des créations comme "Double Assassinat dans la Rue Morgue". Beaucoup de ses creations ont utilisés comme thèmes de films, et maintenant, la vie et les œuvres de l'écrivain sont l'inspiration pour "L'ombre du mal", en première dans nos théâtres.
La vie de Poe, par elle-même serait une odyssée tragique. Son père a abandonné la famille quand Edgar avait un an et sa mère est décédée, puis après la naissance de sa sœur cadette. Le jeune orphelin a été créé par un marchand de tabac qui n'ont jamais adopté légalement, mais, étant le donné le nom de famille.
Par leur comportement bohème et aventureuse, et une aversion totale à l'autorité, Poe a été renvoyé de l'Université de Virginie et, plus tard, de la renommée académie militaire de West Point. Après avoir été banni par son père, Poe déménagé à Baltimore, à la maison d'un tante veuf, qui vivait avec une jeune fille, Virginie. Quelque temps plus tard les deux se sont mariés, quand il avait vingt-cinq ans, et elle avait treize ans.
Le couple a vécu entre Philadelphie et New York, oú Virginie mourrait de la tuberculose, ce qui augmenterait en plus l'instabilité émotionnelle de Poe et sa dépendance à l'alcool. En 1849, Poe a été trouvé dans les rues de Baltimore, avec des vêtements qui n'étaient pas les sienes, dans un état de delirium tremens, et mourrait quatre jours plus tard, sans que personne pouvait établir la cause de sa mort, ou même le message qu'il tentait de transmettre.
Ces aspects tragiques de la vie de l'écrivain a servi d'inspiration pour le travail de fiction "L'ombre du mal", où l'acteur John Cusack joue le malheureux écrivain .
À Baltimore, 1849, Edgar Allan Poe vécut à pas de géant, en s'encrassent avec des amis et des ennemis à cause de son comportement excentrique et irascible, et une misère financière considerable, malgré plusieurs livres publiés.
Mais même face à toutes ces difficultés, Poe peut toujours rêver, parce que la belle Emily (Alice Eve) a une liaison amoureuse secrète avec l'excentrique écrivain. Le problème, c'est qu'elle est la fille de l'un des hommes les plus puissants à Baltimore, Hamilton (Brendan Gleeson), qui, évidemment, haïssait Poe et ses écrits.
Alors que l'écrivain souffre avec leurs difficultés amoureuses, la ville est secouée par un crime choquant. Trois femmes de la même famille, dont une petite fille, est sauvagement assassinée dans sa maison. Mais non seulement personne est trouvé, comme la maison a été complètement fermée. Lorsque le inspecteur Fields (Luke Evans) arrive, il ne découvre pas seulement l'astuce utilisée par le tuer pour s'échapper, mais aussi la similitude stricte avec le conte "Double Assassinat dans la Rue Morgue", de Poe.
Pressé par la police, Poe n'a pas la moindre idée de pourquoi quelqu'un ferait cela. Il est certainement un maniaque qui est derrière tout cela, et un nouveau crime se produit, cette fois avec un homme coupé en deux par une lame entraînée par un pendule, tout comme dans l'histoire "Le Puits et le Pendule, de Poe aussi.
À chaque crime, le tueur laisse volontairement des indices sur son prochain acte. Cette fois, il agira à la maison du père d'Emily, au cours d'une mascarade. À contrecœur, Hamilton laisse la police pour surveiller le parti, mais même alors, l'impensable se produit, et la jeune fille est kidnappée par le méchant, juste dans la balle.
A partir de là commence un jeu du chat et de souris entre le tueur et la police, avec l'aide du désespéré Poe, qui est obligé d'écrire et de publier une histoire tous les jours pour servir de modèle pour le méchant.
Au milieu de toutes ces platitudes remplies avec des explosions et des effets spéciaux, il est formidable de voir un thriller à l'ancienne, sans les distorsions qui transforment un filme d'époque en situations modernes.
Bien qu'il soit un récit très linéaire, le mystère demeure jusqu'à la fin. Le film a un montage souple et bien fait, qui maintient l'attention du spectateur toujours proie, ce que est aidé par l'excellente bande sonore .
Le casting est super, même si c'est le grand mérite de Cusack, qui nous apporte toute l'amertume et le désespoir de Poe. Bien qu'il n'ait jamais une étoile de première grandeur, il a toujours agi avec beaucoup de talent dans tous les films qui a participé.
Le film a été tourné en Serbie et en Hongrie, où il ya des villes qui maintient les caractéristiques anciennes. Il est remarquable de la scène du siège du tueur dans l'église, où nous avons vraiment l'impression d'un autre monde.
Bien que n'étant pas un film pour tous les publics, «L'ombre du mal» nous donne une chance de redécouvrir l'oeuvre d'Edgar Allan Poe, un écrivain en avance sur son temps et qui a laissé un héritage remarquable, étant l'un des meilleurs écrivains du Nord Américains de tous les temps.
Et pour les chasseurs d'erreurs dans les films, il y a deux «perles»: l'héroïne joue une musique au piano que Claude Debussy composerait seulement beaucoup d'années après les événements du film, qui a lieu en 1849 (il est né en 1862). L'autre est le expression "serial killer', qui est utilisé dans le film, mais que seulement commencé à être utilisé par la presse dans les années 1960.
(Titre original: "The Raven")


Movie of the Week: "The Raven"

The American writer Edgar Allan Poe is considered, alongside the frenchman Jules Verne, one of the pioneers of world fantastic literature. Poe, in addition of being a writer and novelist, also held the activities of literary critic and newspaper editor, and launched the foundations of detective fiction with creations like "The Murders in the Rue Morgue." Many of his works were movie themes, and now, the life and work of the writer were the inspiration for "The Raven", premier in our theaters.
The life of Poe, by itself would be a tragic odyssey. His father abandoned the family when Edgar was one year old and his mother passed away soon after the birth of his younger sister. The young orphan was created by a tobacco merchant who never legally adopted him, although had given his surname to the boy.
By his bohemian and adventurous behavior, and a total aversion to authority, Poe was expelled from the University of Virginia and, later, from the renowned military academy of West Point. After being banished by his father, Poe moved to Baltimore, to the house of a widowed aunt, who lived with her young daughter, Virginia. Some time later the two were married, he was twenty-five years old, and she was thirteen.

The couple lived between Philadelphia and New York, Virginia where he died of tuberculosis, a fact that would increase over the emotional instability of Poe and his dependence on alcohol. In 1849, Poe was found on the streets of Baltimore, with clothes that were not his, in a state of delirium tremens, and died four days later, and no one could establish the cause of his death, or even the message he was trying to transmit.
These tragic aspects of the writer's life served as inspiration for the fictional work "The Raven", where the actor John Cusack plays the hapless writer.
In Baltimore, 1849, Edgar Allan Poe lived by leaps and bounds, fighting with friends and enemies because of his eccentric and irascible behavior, besides an absolute financial hardship, despite having several books published.
But even facing all these difficulties, Poe can still dream, because the beautiful Emily (Alice Eve) maintain a hidden relationship with the eccentric writer. The problem is that she is the daughter of one of the most powerful men of Baltimore, Hamilton (Brendan Gleeson), who obviously hates Poe and his writings.
While the writer suffers from romantic troubles, the city is rocked by a shocking crime. Three women from the same family, including a girl, are brutally murdered in their house. But no person alive is found, as the house was fully closed. When the Inspector Fields (Luke Evans) arrives, he not only discovers the trick used by the murderer to escape, but also the strict similarity with the crime tale "The Murders in the Rue Morgue", written by Poe.
Pressed by police, Poe has not the faintest idea why someone would do this. It certainly is a maniac who is behind it, and a new crime happens, this time with a man cut in half by a blade driven by a pendulum, just like in the story "The Pit and the Pendulum", from Poe also.
On every crime, the killer purposely leaves clues about his next act. This time, he will act at the home of Emily's father, during a masked ball. Reluctantly, Hamilton leaves the police to monitor the party, but even then, the unthinkable happens, and the girl is kidnapped by the villain, right in the ball.
From there begins a game of cat and mouse between the killer and the police, with the help of a desperate Poe, who is obliged to write and publish a story every day to serve as a model for the villain.
Amidst all these platitudes filled with explosions and special effects, it is great to see an old-fashioned thriller, without the distortions like modern situations in a story that takes place in the last century, for example.
Although it is a very linear narrative, the mystery remains until the end. The film has an agile and well done edition, which keeps the viewer's attention all the time, what is helped by the excellent soundtrack.
The cast is good, although the great merit is for Cusack, who brings us all the bitterness and despair of Poe. Even never being a star of first magnitude, he has always acted with great talent in all the films that participated.
The film was shot in Serbia and Hungary, where there are cities that maintains the characteristics of centuries ago. It is remarkable the scene of the siege the killer in the church, where we really feel like another world.
Although not a film for all audiences, "The Raven" gives us a chance to rediscover the work of Edgar Allan Poe, a writer ahead of his time, who has left a remarkable legacy, being one of the best North Americans writers of all time.
And for the hunters of errors in films, two "pearls": the heroine plays a piece on the piano that Claude Debussy would compose many years after the events of the film, which takes place in 1849 (he was born in 1862). The other is the term serial killer, which is used in the film, but that only began to be used by the press in the 1960s.
(Original title: "The Raven")

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Coluna Claquete – 18 de maio de 2012

Newton Ramalho

 

colunaclaquete@gmail.comwww.colunaclaquete.blogspot.com  - @colunaclaquete


 

O que está em cartaz

Crise na Grécia, bolsas em baixa, Cachoeira na cabeça e os precatórios nos envergonhando Brasil a fora. Ou seja, nada de novo no front. Enquanto isso, nos cinemas, as estreias são o policial “Plano de Fuga”, com Mel Gibson, o suspense “O Corvo”, com John Cusack, e a comédia francesa “Faça-me Feliz”, na Sessão Cine Cult do Cinemark. Continuam em cartaz a ficção-científica “Battleship – A Batalha dos Mares” (vejam na Sessão Filmes da Semana), com Liam Neeson, e o divertido infantil “Piratas Pirados”. Nas programações exclusivas, o Cinemark exibe o drama nacional “Paraísos Artificiais”.

 

 

Estreia 1: “Plano de Fuga


“Plano de Fuga” traz Mel Gibson no papel de um criminoso americano que ultrapassa a fronteira entre Estados Unidos e México durante a fuga de um roubo a banco. Ele acaba preso pelas autoridades mexicanas e enviado para um presídio lotado de bandidos de alta periculosidade. Não bastasse essa experiência bizarra, ele acaba se envolvendo com uma família local e se metendo numa grande enrascada em terras estrangeiras porque a bandidagem agora quer a pele dele. Para sobreviver na prisão, ele terá que aceitar a ajuda de um garoto de apenas nove anos (Kevin Hernandez), com quem irá planejar sua fuga. A direção é de Adrian Grunberg. “Plano de Fuga” estreia nesta sexta-feira, na Sala 4 do Cinemark, e na Sala 2 do Moviecom. Classificação indicativa 16 anos. (T. O.: “Get The Gringo”).

 

Estreia 2: “O Corvo


O escritor Edgar Alan Poe (John Cusack) está na caça de um assassino serial que imita os crimes de seus contos e ainda sequestrou sua noiva Emily (Alice Eve). Para ajudá-lo na investigação, o detetive Emmet (Luke Evans) assume o caso e pretende dar um fim aos terríveis assassinatos, que são seguidos de charadas criadas pelo criminoso que desafia a inteligência do autor num jogo de gato e rato. A direção é de James McTeique, que dirigiu o elogiado “V de Vingança”. “O Corvo” estreia nesta sexta-feira, na Sala 5 do Cinemark, e na Sala 3 do Moviecom. Classificação indicativa 14 anos. (T. O.: “The Raven”)


Estreia 3: “Faça-me Feliz (Sessão Cine Cult)


Jean-Jacques (Emmanuel Mouret) apenas quer curtir a manhã de sábado ao lado da namorada, Ariane (Frédérique Bel), mas a súbita ligação telefônica de Elizabeth (Judith Godrèche) altera seus planos por completo. A ligação faz com que Ariane desconfie de seus sentimentos por ela, mas, após refletir, acha que ele deve dormir com Elizabeth. Como já sabe o que acontecerá, não se sentirá traída. Surpreso com a conclusão, Jean-Jacques aceita a oferta e confirma um encontro à noite com Elizabeth, sem saber quem ela é nem o ambiente que costuma frequentar. A direção é de Emmanuel Mouret. “Faça-me Feliz” estreia nesta sexta-feira, na Sala 3 do Cinemark, na terça e quinta-feira, na sessão de 20h50. Classificação indicativa 16 anos. (T.O.: “Fais-moi Plaisir”)


Filme da Semana: “Battleship – A Batalha dos Mares

Nos anos 70, lá no Colégio Estadual de Santa Rita, entre uma aula e outra, alguns garotos jogavam Batalha Naval, na verdade dois eixos rabiscados no caderno, onde cada um posicionava a sua “frota”, e disparava os tiros, usando as coordenadas de cada ponto. Um erro era “água”, um acerto era um ponto a favor.
O jogo Batalha Naval começou a ser industrializado em 1931 por Milton Bradley, mas, a versão em lápis e papel vem da época da Primeira Guerra Mundial.
Esse singelo jogo, que só gastava algumas folhas do caderno, conseguiu inspirar uma superprodução de duzentos milhões de dólares, totalmente adaptada para o gosto do público atual, e que consegue até reproduzir um pouco do joguinho original.
Ao invés de um país inimigo, os oponentes agora vem de outro planeta. Um projeto de pesquisa do governo americano encontra um planeta em outro sistema em condições semelhantes à da Terra. Supondo que lá pudesse existir vida, são transmitidos sinais para este planeta. Não é muito explicada o tipo de transmissão, se são sinais de rádio, televisão, raios-X, raios-gama, ou o raio que o parta.
Seja como for, não apenas os nossos sinais são recebidos lá, mas, de imediato, chegam diversas naves deste planeta na Terra. O “imediato” é que, se o planeta estivesse a alguns anos-luz da Terra, esse seria o tempo para a transmissão chegar lá. E se as naves deles viajassem à velocidade da luz, precisariam desse mesmo tempo para chegar aqui. Mas, isso é um filme-pipoca, não uma aula de física...
Enquanto isso, na Terra, o certinho Stone Hopper (Alexander Skarsgård), um brilhante oficial da Marinha, tem problemas com seu irmão mais novo, o desorientado Alex Hopper (Taylor Kitsch), que parece ter vindo ao mundo a passeio.
Quando Alex conhece Sam (Brooklin Decker), envolve-se em uma confusão tão grande que termina preso, e a solução é engajá-lo na Marinha. Algum tempo depois, Alex e Sam estão namorando, e a moça insiste em que ele fale com o pai dela, ninguém menos que o almirante Shane (Liam Neeson), o comandante da frota americana do Havaí.
Sempre estabanado, Alex se desentende com um oficial japonês, Yugi Nagata (Tadanobu Asano), e já é quase certa a sua expulsão da Marinha, ao final das manobras conjuntas.
Nesse meio tempo, chegam as naves do espaço, caindo em uma região no mar próxima do arquipélago americano. Três navios são enviados para investigar o ocorrido, ao se aproximar, ficam presos dentro de um campo de força impenetrável, ficando a maior parte da frota do lado de fora.
Dos três que estão próximos, dois navios são rapidamente destruídos pelos alienígenas. Como o comandante do seu navio morre, Alex é obrigado a assumir o comando e terá que enfrentar os inimigos, mesmo estando em absoluta desvantagem de recursos.
Aos poucos, eles vão descobrindo algumas fraquezas do inimigo, como a impossibilidade de enxergar com a luz do nosso sol sem a ajuda de filtros especiais. Eles também descobrem que o mesmo campo de força que anula os seus radares também impedem que os terráqueos sejam percebidos pelos invasores.
Usando o sistema de prevenção de tsunamis, eles conseguem descobrir a movimentação das naves alienígenas, e é praticamente o mesmo joguinho que fazíamos lá no colégio. Mais adiante, outra relíquia do passado é colocada em combate, o encouraçado USS Missouri, uma legítima peça de museu, que só consegue sair do canto graças à participação dos simpáticos velhinhos veteranos da Segunda Guerra Mundial.
Se há algo que o espectador não pode reclamar é das cenas de ação. Do começo ao fim do filme, as cenas estão repletas de efeitos especiais impressionantes, tanto de imagem como de som, além de uma trilha sonora envolvente, repleta de rock pesado como "Thunderstruck", do AC/DC, ou "Fortunate Son", do Creedence Clearwater Revival.
O protagonista Taylor Kitsch vem de outro megafilme, “John Carter: Entre Dois Mundos”. O elenco é formado, em sua maior parte, por rostos pouco conhecidos, à exceção do veteraníssimo Liam Neeson, que rouba a cena nas pequenas aparições, e da cantora Rihanna, cujo boné não sai da cabeça nem quando ela é jogada no mar.
A participação da cantora, aliás, evidenciou um tremendo furo no roteiro, mostrando ela participando de um jogo de futebol junto com os outros marmanjos. Talvez algumas jogadoras de futebol feminino não passassem numa prova de hormônios, mas que se saiba não existe nenhuma competição da FIFA que permita times mistos...
Apesar dos exageros e liberdades poéticas, algumas coisas são verdadeiras no filme. Uma é o RIMPAC (Rim of the Pacific Exercise), evento que acontece todo ano ao largo do Havaí, e que reúne boa parte da Frota americana do Pacífico, e de todos os países que margeiam este oceano, implicando em dezenas de navios, submarinos, helicópteros, aviões, além de milhares de homens.

O personagem Mick, que ajuda a mocinha e enfrenta um alienígena na porrada é na verdade o coronel Gregory D. Gadson, um veterano da ocupação do Iraque, que perdeu as pernas devido a uma explosão em Bagdá, em 2007, e usa próteses de titânio. Por sinal, as cenas de ação que participa foram encenadas por ele mesmo, com próteses e tudo.
Furos e exageros à parte, “Battleship – A Batalha dos Mares” é um filme de ação, com uma boa dose de humor, especialmente produzido para o público juvenil de nossos dias. Como sempre digo, é só colocar o cérebro em ponto-morto e curtir a ação.
E como acontece com este tipo de filme, não saia da sala antes do término dos créditos, pois há uma cena adicional.
   (Título original: “Battleship”)


Eventos

“Estômago” no Ciclo America Latina no Cinema


Na próxima semana, o projeto América Latina no Cinema, realização da UFRN e UERN, promoverá mais uma exibição, desta vez com a produção ítalo-brasileira “Estômago”, dirigido por Marcos Jorge. Raimundo Nonato (João Miguel) foi para a cidade grande na esperança de ter uma vida melhor. Contratado como faxineiro em um bar, logo ele descobre que possui um talento nato para a cozinha. A história é inspirada no conto "Presos pelo Estômago", de Lusa Silvestre A exibição será no Auditório do NEPSA/CCSA da UFRN, na terça-feira, dia 22/5, às 18.30 h. Depois do filme, como sempre, sorteio de brindes e debate.


Lançamentos em DVD/Blu-Ray

“Força Policial”

Quando uma batida de rotina em um ponto de drogas dá errado, um escândalo de corrupção no coração da polícia acaba se tornando a principal manchete dos jornais e o investigador Ray (Edward Norton) percebe que o rastro do crime aponta direto para a sua própria família.Quando uma batida de rotina em um ponto de drogas dá errado, um escândalo de corrupção no coração da polícia acaba se tornando a principal manchete dos jornais e o investigador Ray (Edward Norton) percebe que o rastro do crime aponta direto para a sua própria família. Disco com formato de tela widescreen anamórfico e áudio Dolby Digital 5.1. (T.O.: “Pride & Glory”).

“Paris”
 
Pierre (Romain Duris) é um professor de dança, com problemas cardíacos. Enquanto aguarda por um transplante, ele observa o dia-a-dia da capital francesa da varanda de seu apartamento. E nem mesmo a chegada de sua irmã Élise (Juliette Binoche) e seus três sobrinhos parece abalar sua rotina. O diretor de “Albergue Espanhol”, Cédric Klapisch homenageia a capital francesa com um ambicioso e simpático mosaico de personagens, em uma história sensível. O disco traz o filme com formato de tela letterbox e áudio Dolby Digital 2.0, e como Extras, Making Of, e A Preparação dos Atores. (T.O.: “Paris”).

“Nathalie Granger”

Natalie Granger é um filme que nos fala em silêncio. Cercado de imagens de vazio da casa, às vezes refletidas por espelhos ou pela água a fim de intensificar essa falta de algo o filme conta uma suposta tarde de Isabelle, sua Amiga e suas duas filhas, Laurence e Nathalie que registra um caso de violência na escola. O tempo é dividido de maneira não linear, na verdade até mesmo a passagem de tempo entre as ações podem ter minutos ou meses. Com Jeanne Moreau e Gérard Depardieu, e direção de Marguerite Duras. Disco com formato de tela widescreen, e som Dolby Digital, e, como Extras, Biografia, Filmografia e Trailers. (T.O.: “Nathalie Granger”).

“Gerry”

Dois amigos (Matt Damon e Casey Affleck) que possuem o mesmo nome - Gerry, resolvem fazer uma caminhada em um local conhecido como "Trilha Selvagem". O detalhe é que se trata de uma região do deserto, sem nada por perto. Chegando ao local, eles observam que há vários esportistas e que a trilha parece segura. Eles começam a caminhada, mas após um tempo caminhando e conversando, eles resolvem voltar, mas percebem que perderam o caminho da trilha e agora eles tem que se lidar com o ambiente hostil do local. O disco traz o filme com formato de tela widescreen e áudio em Dolby Digital 2.0, e, como Extras, Trailer e Making Of. (T.O.: “Gerry”).

 Film de la semaine: «Battleship»


Ce week-end, je peux dire que j'ai fait un voyage au passé, grâce à un film qui m'a apporté la nostalgie de l'enfance et l'adolescence. Le film en question est «Battleship».
  Dans les anées 70, dans mon vieux Colégio Estadual de Santa Rita, entre une et autre classe, quelques gamins jouaient Cuirassé, en fait un jeu avec deux axes griffonné dans les cahiers, où chacun positionné sa «flotte», et tiré des coups de feu, en utilisant les coordonnées par chaque point.  Une erreur a été "l'eau", un hit est un point plus.
 Le jeu Cuirassé a commencé à être industrialisé en 1931 par Milton Bradley, mais la version au crayon et du papier provient de l'époque de la Première Guerre mondiale.

Ce jeu simple, qui n'a passé que quelques feuilles de bloc-notes a réussi à inspirer une surproduction de deux cents millions de dollars, parfaitement adaptés au goût du public actuel, et peut même reproduire un peu du jeu original.
 Au lieu d'un pays ennemi, les opposants vient maintenant d'une autre planète. Un projet de recherche du gouvernement américain trouve une planète dans un autre système dans des conditions similaires à la Terre. En supposant qu'il y aurait de vie là-bas, sont transmis signaux à cette planète. Pas grand-chose a été expliqué sur le type de transmission, si les signaux sont de radio, de télévision, de rayons X, rayons gama, ou des rayons que les partent.
 Quoi qu'il en soit, non seulement nos signaux sont reçus là-bas, mais tout de suite, plusieurs navires arrivent ​​de cette planète sur la Terre. Le «immédiate», c'est que si la planète était quelques-uns années-lumière de la Terre, ce serait le temps pour la transmission d'y arriver. Et si leurs navires se déplaçaient à la vitesse de la lumière, il aurait besoin du même temps pour arriver ici. Mais c'est un film d’amusement, pas une leçon de physique ...
Pendant ce temps, sur la Terre, Stone Hopper (Alexander Skarsgård), un brillant officier de marine, a des problèmes avec son frère cadet, le désorienté Alex Hopper (Taylor Kitsch), qui semble être arrivé au monde à promenade.
 Quand Alex rencontre Sam (Brooklyn Decker), il se lance dans un désordre si grand qui se termine en prison, et la solution est d'engager dans la Marine. Quelque temps plus tard, Alex et Sam sont copains, et elle insiste pour qu'il parle à son père, nul autre que l'amiral Shane (Liam Neeson), le commandant de la flotte américaine au Hawaï.
 Toujours maladroit, Alex a un différence avec un officier japonais, Yugi Nagata (Tadanobu Asano), et il est presque certain son expulsion de la Marine à la fin des manoeuvres conjointes du RIMPAC.
 Dans l'intervalle, les navires en provenance de l'espace tombent dans une région en mer proche du archipel american. Trois navires sont envoyés pour enquêter sur l'incident,et quand ils s’approchent, sont piégés à l'intérieur d'un champ de force impénétrable, isolés de la flotte.
 Parmi les trois qui sont proches, deux navires sont rapidement détruits par des extraterrestres. En tant que commandant de son navire est mort, Alex est contraint de prendre le commandement et faire face à l'ennemi, même si, dans désavantage absolu de ressources.
 Peu à peu, ils découvrent certaines faiblesses de l'ennemi, comme l’incapacité à voir avec la lumière de notre soleil, sans l'aide de filtres spéciaux. Ils constatent aussi que le même champ de force qui annule leurs radars également empêche que les Terriens soient perçues par les envahisseurs.
 En utilisant le système pour empêcher les tsunamis, ils peuvent découvrir le mouvement des navires étrangers, et est pratiquement le même jeu que nous faisions à l’école. Plus tard, une autre relique du passé est mis dans le combat, le cuirassé USS Missouri, une légitime pièce de musée, qui besoin de l’aide de une dizaine d'anciens combattants âgés de la Seconde Guerre Mondiale.
 S'il ya quelque chose que le spectateur ne peut pas se plaindre sont les scènes d'action. Du début à la fin du film, les scènes sont remplis avec des effets spéciaux impressionnants, à la fois l'image et du son, et une bande sonore prenante, pleins de hard rock comme "Thunderstruck" d'AC / DC, ou "Fortunate Son" de Creedence Clearwater Revival.

Le héros Taylor Kitsch provient d'un autre blockbuster, "John Carter:. Entre Deux Mondes". Le casting est formé essentiellement des visages peu connus, sauf pour le vétéran Liam Neeson, qui vole la vedette dans de brèves apparitions, et Rihanna, dont le casquette n'est pas hors de sa tête même quand elle est jeté à la mer.
 La participation de la chanteuse, en effet, montré un trou énorme du scénario, en lui montrant à jouer un match de football avec les autres types. Peut-être que certaines joueurs de football de femmes peuvent avoir des problèmes dans un test hormonal, mais je sais qu'il n'ya pas de compétition de la FIFA qui permet aux équipes mixtes ...
 Malgré les exagérations et les libertés poétiques, certaines choses sont vraies dans le film. Le premier est le RIMPAC (Rim of the Pacific Exercise), un événement qui se produit chaque année au large du Hawaï, et rassemble une grande partie de la flotte américaine du Pacifique, et tous les pays qui bordent cette océan, résultant dans des dizaines de navires, sous-marins, hélicoptères, avions, et des milliers d'hommes.
 Le caractère Mick, qui aide la jeune fille et fait face à un extraterrestre “à la main”est en fait le colonel Gregory D. Gadson, un vétéran de l'occupation en Irak, qui a perdu ses jambes suite à une explosion à Bagdad en 2007, et utilise des prothèses de titane. Par ailleurs, les scènes d'action avec il, ont été mis en scène par lui-même, avec prothèses et tout.
 Les trous et les exagérations mises à part, «Battleship» est un film d'action avec une bonne dose d'humour, produite spécialement pour les jeunes d'aujourd'hui. Comme je dis toujours, il suffit de mettre votre cerveau au neutre et profiter de l'action.
 Et comme est courant avec ce type de film, ne quittez pas la salle à la fin, parce qu'il ya une scène supplémentaire.
  (Titre original: "Battleship")



Movie of the Week: "Battleship"


This weekend, I have made a trip to the past, thanks to a film that brought me nostalgia of childhood and adolescence. The film in question is "Battleship".
In 70's, in my old Colégio Estadual de Santa Rita, between classes, some kids played Battleship, aa game with just two axes scribbled in their notebooks, where each player positioned his "fleet", and fired the shots, using the coordinates for each point. An error was "water", a hit was a plus.
The game Battleship began to be industrialized in 1931 by Milton Bradley, but the version in pencil and paper comes from the age of World War I.
This simple game, which spent only a few sheets of notebook managed to inspire an superproduction of two hundred million dollars, fully adapted to the current public taste, and can even reproduce a bit of the original game.
Instead of an enemy country, the opponents now comes from another planet. A research project of the U.S. government finds a planet in another system under conditions similar to Earth. Assuming that there could be life in there, signals are transmitted to that planet. Not much is explained about the type of transmission, if the signals are of radio, television, x-ray, gama-ray or anything else.
Anyway, not only our signals are received there, but immediately, several ships arrive from this planet on Earth. The "immediate" is that if the planet were a few light-years from Earth, this would be the time for transmission to get there. And if their ships were traveling at the speed of light, that it would need this same time to get here. But this is a popcorn movie, not a lesson in physics ...
Meanwhile, on Earth, the allways correct Stone Hopper (Alexander Skarsgård), a brilliant naval officer, has problems with his younger brother, the disoriented Alex Hopper (Taylor Kitsch), who seems to have come to the world just for tour.
When Alex meets Sam (Brooklyn Decker), he creates a so big mess that he ends in jail, and the solution is to engage him in the Navy. Some time later, Alex and Sam are dating, and she insists for him to speak with her father, none other than Admiral Shane (Liam Neeson), the commander of the U.S. fleet in Hawaii.
Always clumsy, Alex has a disagreement with a Japanese officer, Yugi Nagata (Tadanobu Asano), and it is almost certain his expulsion from the Navy at the end of the joint maneuvers.
In the meantime, the ships arriving from space fall in a region at sea near the american archipelago. Three ships are sent to investigate the occurrence, and as they approach, get trapped inside an impenetrable force field, leaving most of the fleet outside.
Of the three that are close, two ships are rapidly destroyed by aliens. As the commander of his ship dies, Alex is forced to assume command and will have to face the enemy, even though in absolute disadvantage of resources.
Gradually, they will discover some weaknesses of the enemy, like the inability to see with the light of our sun without the aid of special filters. They also find that the same force field that cancels their radars also prevent Earthmen being perceived by the invaders.
Using the system to prevent tsunamis, the humans can discover the movement of alien ships, and it is virtually the same little game we play in school. Later, another relic of the past is put into combat, the battleship USS Missouri, a legitimate museum piece, which can only exit with the help of elderly veterans of World War II.
If there is something that the viewer can not complain about is the action scenes. From start to finish of the film, the scenes are filled with impressive special effects, both picture and sound, and an engaging soundtrack, full of hard rock like "Thunderstruck" by AC / DC, or "Fortunate Son" of Creedence Clearwater Revival.
The star Taylor Kitsch comes from another blockbuster, "John Carter". The cast is formed mostly by little-known faces, except for veteran Liam Neeson, who steals the show in every appearance, and the singer Rihanna, whose hat never gets out of her head, even when she is thrown into the sea.
The participation of the singer, in fact, showed a tremendous hole in the screenplay, showing her playing a soccer game a bunch men. Maybe some women's soccer players do no suceed in a proof of hormones, but everybody knows that there is no FIFA competition where mixed teams are allowed ...
Despite the exaggerations and poetic liberties, some things are true in the film. One is the RIMPAC (Rim of the Pacific Exercise), an event that happens every year off the coast of Hawaii, and brings together much of the U.S. Pacific Fleet, and navies from all countries bordering this ocean, resulting in dozens of ships, submarines , helicopters, airplanes, and thousands of men.
The character Mick, who helps the heronie and faces an alien with bare hands is actually Colonel Gregory D. Gadson, a veteran of the Iraq occupation, who lost his legs due to an explosion in Baghdad in 2007, and uses titanium prostheses. By the way, the action scenes involving his character were staged by himself, with prosthesis and all.
Holes and exaggerations aside, "Battleship" is an action movie with a good dose of humor, produced especially for the youngsters of today. As I always say, just put your brain in neutral and enjoy the action.
And as usual with this type of movie, do not leave the room before the end credits, because there is an additional scene.
   (Original title: "Battleship")