quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Coluna Claquete – 13 de setembro de 2013




Newton Ramalho

 

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O que está em cartaz

Sexta-feira, 13, mas, sem nada de azar, e com muitas estreias. São elas a animação da Disney “Aviões”, o terror “Invocação do Mal”, o drama “Rush: No Limite da Emoção”, o policial “Dose Dupla”, e o nacional “Boa Sorte, Meu Amor”, na Sessão Cine Cult. Continuam em cartaz a cinebiografia “Jobs” (vejam na seção Filme da Semana), com Ashton Kutcher, o thriller “O Ataque”, com Channing Tatum, a comédia nacional “Casa da Mãe Joana 2”, e a interessante produção cearensês “Cine Holliúdy”. Nas programações exclusivas, o Cinemark exibe a aventura “Os Instrumentos Mortais – Cidade dos Ossos”, a comédia “Os Estagiários”, e o documentário “One Direction: This is Us”, enquanto o Moviecom mantém “Percy Jackson e o Mar de Monstros”, e o infantil “Os Smurfs 2”.

 

Estreia 1: “Aviões


Dusty (Dane Cook) é um avião que trabalha pulverizando plantações. Seu grande sonho é participar de corridas internacionais, ao lado de alguns dos mais famosos competidores, mas seu medo de altura e a própria composição da carroceria impedem que esta vontade se torne realidade. Sabendo do sonho do amigo, Chug (Brad Garrett) busca a ajuda de Skipper (Stacy Keach), um reservado avião que, devido a um acidente no passado, não consegue mais voar. Após muita insistência, Skipper aceita ser o mentor de Dusty nesta empreitada. A direção é de Klay Hall. “Aviões” estreia nesta sexta-feira, na Sala 6 do Cinemark, e nas Salas 1 e 6 do Moviecom. Classificação indicativa livre. Cópias dubladas, exibição em 3D. (T. O.: “Planes”)

 

Estreia 2: “Invocação do Mal


Harrisville, Estados Unidos. Com sua família cada mais apavorada devido a fenômenos sobrenaturais que a atormentam, Roger Perron (Ron Livinston) resolve chamar dois demonologistas mundialmente conhecidos, Ed (Patrick Wilson) e Lorraine (Vera Farmiga). O que eles não imaginavam era ter que enfrentar uma entidade demoníaca poderosa, que demonstra ser a maior ameaça às suas carreiras. A direção é de James Wan. “Invocação do Mal” estreia nesta sexta-feira, na Sala 2 do Cinemark, e na Sala 7 do Moviecom. Classificação indicativa 14 anos. (T. O.: “The Conjuring”)

 

Estreia 3: “Rush: No Limite da Emoção


Anos 1970. O mundo sexy e glamoroso da Fórmula 1 é mobilizado principalmente pela rivalidade existente entre os pilotos Niki Lauda (Daniel Brühl) e James Hunt (Chris Hemsworth). Eles possuíam características bem distintas: enquanto Lauda era metódico e brilhante, Hunt adotava um estilo mais despojado, típico de um playboy. A disputa entre os dois chegou ao seu auge em 1976, quando ambos correram vários riscos dentro do cockpit para que pudesse se sagrar campeão mundial de Fórmula 1. “Rush: No Limite da Emoção” estreia nesta sexta-feira, na Sala 7 do Cinemark, e na Sala 4 do Moviecom. Classificação indicativa 12 anos. (T. O.: “Rush”)

Estreia 4: “Dose Dupla


Bobby (Denzel Washington) e Stig (Mark Wahlberg), um agente especial e um perito em inteligência militar, são contratados para roubar um banco. Logo, eles descobrem que sua verdadeira tarefa é outra: eles devem investigar um ao outro. Para piorar a situação, o mandante da tarefa é o mesmo banco que eles pretendiam roubar. A direção é de Baltasar Kormákur. “Dose Dupla” estreia nesta sexta-feira, na Sala 5 do Cinemark, e na Sala 2 do Moviecom. Classificação indicativa 12 anos. Cópia dublada. (T. O.: “2 Guns”)

Estreia 5: “Boa Sorte, Meu Amor – Sessão Cine Cult


Recife, Pernambuco. Dirceu (Vinícius Zinn) tem 30 anos e vem de uma família aristocrata do sertão nordestino. Ele trabalha em uma empresa de demolição, ajudando nas diversas transformações que a cidade tem passado nos últimos anos. Ao encontrar Maria (Christiana Ubach), uma estudante de música com alma de artista, ele passa a sentir a urgência por mudanças em sua própria vida. A direção é de Daniel Aragão. “Boa Sorte, Meu Amor” será exibido na terça-feira (17/9) e quinta-feira (19/9), na Sala 4 do Cinemark, na sessão de 19h. Classificação indicativa 16 anos. (T. O.: “Boa Sorte Meu Amor”)


 

Filme da Semana: “Jobs”

Os meus queridos leitores certamente irão notar um toque saudosista nesta resenha, assim como ocorreu na da semana passada. Mas, ao invés das memórias da cidadezinha nordestina, o tema desta semana é a cinebiografia “Jobs”, que retrata uma das figuras mais controvertidas do mundo dos negócios, e que teve o seu nome perenemente associado à marca Apple, Steve Jobs.
É bem provável que, para a maioria das pessoas, o nome de Jobs esteja associado à presidência da Apple, o cara meio maluco que morreu de câncer, e que legou ao mundo, entre outras coisas, o iPod e o iPhone. Bem, essas afirmações não deixam de ser verdade, mas, o papel dele na indústria da informática e do entretenimento foi bem mais profundo, a começar das suas próprias origens.
É impossível um filme de hora e meia ser capaz de contar, não só a vida de uma das figuras mais controversas da História recente, como também de descrever, aos olhos do usuário de hoje, a revolução que foi a chegada do computador pessoal.
Os meus leitores me permitirão, mais uma vez, tentar fazer uma contextualização, pois tive a rara oportunidade de vivenciar essa revolução – com certo atraso, claro, porque o mundo dos anos 70 não era esse da comunicação instantânea que existe hoje.
Para que se tenha uma ideia, quando a Universidade Federal da Paraíba recebeu o seu primeiro computador, no final dos anos 60, isso foi motivo de matéria em uma revista de circulação nacional, com o sugestivo título “Paraíba entra na era da computação”.
Quando eu entrei naquela universidade, em 1975, a comunidade de informática estava exultante, pois haviam conseguido dobrar a memória RAM do computador, passando de 8k para 16k! Esse potente mainframe IBM 1130 ocupava uma grande sala, que abrigava uma enorme CPU, leitora de cartões perfurados, unidade de fita magnética, impressora de linha e até um disco rígido de 30 mega bytes.
Mas, enquanto estávamos fazendo programas em Fortran e Cobol na universidade, uma verdadeira revolução estava em andamento nos Estados Unidos. A fervilhante indústria eletrônica já ultrapassara as gerações da válvula e do transístor, oferecendo ao mundo o CI, ou circuito integrado. Isso empolgava o mundo dos lobistas, em sua maioria jovens aficionados, que montavam circuitos sugeridos em revistas ou lojas especializadas.
Dois desses jovens que entraram de cabeça neste mundo foram os Steves, o Jobs (Ashton Kutcher) e o Wozniak (Josh Gad), lançando o Apple-1, na verdade uma placa-mãe para que o usuário final acrescentasse periféricos como um teclado e uma tv para visualizar os comandos. Apesar de o gênio criativo ser Wozniak, foi Jobs quem percebeu que havia um mercado muito mais promissor do que os jovens lobistas. Eles deveriam oferecer um produto para as pessoas comuns, que não precisavam saber nada de eletrônica!
Foi daí que surgiu o mais bem sucedido projeto de um computador pessoal, o Apple-2, com o aspecto de uma máquina de datilografia portátil, na verdade um gabinete que abrigava fonte, placa-mãe e vários slots, para que o usuário configurasse a sua própria máquina.
O sucesso foi incrível, e fez a Apple virar uma mega empresa em pouquíssimo tempo, gerando um número imenso de imitações e assemelhados, inclusive aqui no Brasil, durante a época da Reserva de Mercado de Informática. Eu mesmo cheguei a possuir uma destas cópias “genéricas”, o modelo TK-2000.
Com o domínio do mercado de computadores pessoais, Jobs partiu para um projeto ambicioso, o Lisa, que consumiria muitos milhões e obrigaria a direção da empresa a retirar o projeto dele. Isso fez com que conhecesse o projeto do Macintosh, que se tornou sua nova obsessão. O Macintosh foi revolucionário por oferecer uma interface gráfica que nunca existira, com ícones e mouse, e que é a cara de todo computador atual.
Devido ao caráter obsessivo de Jobs, o Macintosh tornou-se um produto tão caro que precipitou sua saída da empresa, e quase a leva à falência. Para se ter uma ideia, uma unidade custava dez mil dólares, um valor absurdo para a época.
O retorno de Jobs à Apple teve um valor simbólico, para a empresa e para o mercado, e foi a oportunidade para que ele impusesse sua visão de produtos com design bonito, com boa qualidade, mas onde tudo, hardware e software, ficasse sob controle da empresa.
O filme “Jobs” é bem fiel a todo esse período da vida de Jobs e da Apple, embora tudo de forma bem sucinta. Ashton Kutcher se esforça para representar os maneirismos do verdadeiro Jobs, embora sejam mais importantes os traços de personalidade que foram retratados com razoável franqueza.
Egocêntrico e dominador, Jobs impunha sua vontade com mão de ferro, gritando com os subordinados sem a menor preocupação com regras de civilidade e boa convivência. Se fosse hoje, ele teria denúncias diárias por assédio moral, mas, as regras não se aplicavam para ele, que chegava descaradamente a estacionar na vaga de deficiente, fato que é mostrado no filme.
Outros lados obscuros dele também foram mostrados, como a rejeição à filha Lisa, o fato de apoderar-se sem a menor cerimônia das ideias dos outros, e a absoluta falta de lealdade com os primeiros colaboradores da Apple, que simplesmente foram abandonados sem nenhuma retribuição.
Mas, é inegável que sem o espírito visionário de Jobs, a Apple seria apenas mais uma empresa de fundo de quintal, ao invés da empresa mais valiosa do mundo em 2012. Ao apropriar-se de uma ideia alheia, ele conseguia transformá-la em um produto final, mesmo que, para isso precisasse usar o que chamava de “distorção de realidade”.
Embora apresente fatos importantes e aspectos pessoais dessa figura conflitante, o filme peca ao não mostrar a grande revolução que ele produziu ao lançar o iPod, não somente pelo aparelhinho bonito que reproduzia músicas digitais, mas, a implantação de toda uma infraestrutura de vendas, que uniu as gravadoras através da poderosa loja de venda iTunes.
Outro detalhe que foi deixado de lado, mas que foi critico para o mundo do entretenimento foi a Pixar. Originalmente uma divisão da Lucasfilm, de George Lucas, a empresa foi comprada por Jobs em 1986, que sabiamente deixou-a aos cuidados de Edwin E. Catmull, e que se tornou a mais importante produtora de filmes em computação gráfica, sendo comprada pela Disney em 2006.
Também foi deixado de lado a doença e morte de Jobs devido a um câncer pancreático, em 2011, talvez porque poderia trazer um tom dramático que não convergiria com os objetivos do filme. Seria difícil mostrar um egoísta carne-de-pescoço virando um mártir bonzinho.
Na verdade, com suas qualidades e defeitos próprios, Jobs foi uma pessoa que mudou o curso da história do consumo de eletrônicos, revolucionando o uso do computador pessoal e transformando aparelhos simples em objetos de desejo, capazes de se tornarem símbolos de status social para seus possuidores.



Lançamentos em DVD/Blu-Ray

“Um Alguém Apaixonado”
 
Akiko (Rin Takanashi) é uma jovem universitária que vive em uma grande cidade no Japão. Um dia ela está ao lado de uma amiga em uma boate, quando um homem (Denden) se aproxima dela e lhe pede que vá visitar um colega. Ela reluta a princípio, dizendo que precisa encontrar sua avó que veio do interior, mas acaba aceitando. Colocada em um táxi, ela segue em viagem tendo apenas um endereço e um telefone, sem saber quem irá encontrar. É a primeira vez que o aclamado diretor Abbas Kiarostami, de nacionalidade iraniana, realiza um longa-metragem falado em japonês. O disco traz o filme com formato de tela widescreen anamórfico e áudio em DD 5.1. (T.O.: “Like Someone in Love”).

“Amor em Pedaços”

Barcelona, Espanha. Sun (Saras Gil) e Lucas (Marcel Borràs) estão em pleno intercâmbio estudantil, com data marcada para voltar aos seus países daqui a 13 meses. Eles se conhecem em agosto e, ao longo dos meses seguintes, vivem uma história de amor. Entretanto, à medida que o tempo passa a história deles está mais perto de chegar ao fim. Curiosidade: Treze alunos do Curso de Diretores de Cinema decidiram juntar forças para fazer algo sem precedentes: realizar um longa metragem entre eles. Cada um escreveu e dirigiu um dos 13 meses do amor de Sun e Lucas. Disco com formato de tela widescreen e áudio DD 5.1. (T. O.: “Puzzled Love”)

“Angie”

Angie (Camilla Belle) é uma jovem artista brasileira que vive com a mãe (Christiane Torloni), com quem tem um relacionamento desgastado. Um dia, ela resolve fazer uma viagem pela Califórnia. Ao longo do caminho ela conhece e faz amizade com Chuck (Andy Garcia), um andarilho que vive isolado, e o policial David (Colin Egglesfield). Logo passa a trabalhar na lanchonete da prima de David (Juliette Lewis), onde tenta resolver seus conflitos internos. Dirigido por Márcio Garcia, o roteiro é de autoria da brasileira Julia Camara, que também assinou o roteiro de “Área Q”. O disco traz o filme com formato de tela widescreen e áudio Dolby Digital 5.1. (T. O.: “Open Road”)

“A Lenda da Estátua Nua”

Na Ilha de Hidra, Grécia, uma bela e humilde mulher, Phaedra (Sophia Loren), acha submersa a estátua de um garoto sobre um golfinho. Se contar a localização da estátua para Victor Parmalee (Clifton Webb), um rico americano que pretende tirá-la do país clandestinamente, pois segundo as leis a relíquia não pode sair de território grego, ela ganhará muito dinheiro. Mas existe um outro americano, James Calder (Alan Ladd), que quer a localização do achado, pois acredita que a estátua é de todos e ao povo pertence. Assim ela fica no dilema entre ser rica ou patriota.  O disco traz o filme com formato de tela widescreen e áudio Dolby Digital 2.0. (T. O.: “Boy on a Dolphin”)

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Coluna Claquete – 06 de setembro de 2013

Newton Ramalho

 

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O que está em cartaz

Setembro chegou, trazendo como estreias a cinebiografia “Jobs”, sobre o homem símbolo da Apple, o thriller “O Ataque”, com Channing Tatum, o documentário “One Direction: This is Us”, e a comédia nacional “Casa da Mãe Joana 2”. Continuam em cartaz a interessante produção cearensês “Cine Holliúdy” (vejam na seção Filme da Semana), o primeiro filme live-action brasileiro em 3D, “Se Puder... Dirija”, a comédia “Os Estagiários”, com Vince Vaughn e Owen Wilson, “Percy Jackson e o Mar de Monstros”, e o infantil “Os Smurfs 2”. Nas programações exclusivas, o Cinemark exibe a aventura “Os Instrumentos Mortais – Cidade dos Ossos”, e “Os Amantes Passageiros”, de Almodóvar, na Sessão Cine Cult, enquanto o Moviecom mantém a comédia “Gente Grande 2”.

 

Estreia 1: “Jobs


A história da ascensão de Steve Jobs (Ashton Kutcher), de rejeitado no colégio até se tornar um dos mais reverenciados empresários do universo da tecnologia no século 20. A trama passa pela jornada de autodescobrimento da juventude, pelos demônios pessoais que obscureceram sua visão e, finalmente, pelos triunfos que transformaram sua vida adulta. Ashton Kutcher não foi escolhido para o filme apenas por sua semelhança com Steve Jobs. Ele também é apaixonado por tecnologia e foi o primeiro a conseguir um milhão de seguidores no Twitter. A direção é de Joshua Michael Stern. “Jobs” estreia nesta sexta-feira, na Sala 5 do Cinemark, e na Sala 7 do Moviecom. Classificação indicativa 12 anos. (T. O.: “Jobs”)

 

Estreia 2: “O Ataque


O policial John Cale (Channing Tatum) tinha o grande sonho de entrar para a equipe do serviço secreto que protege o presidente dos Estados Unidos (Jamie Foxx), mas vê sua intenção ir por água abaixo quando não é aprovado na seleção. Sem saber como dar a notícia para sua filha, ele a leva para um passeio à Casa Branca. O que John não esperava era que neste mesmo dia o local fosse atacado por um grupo paramilitar fortemente armado. Com o governo tendo que enfrentar o caos na nação e o relógio correndo, cabe a John encontrar algum jeito de salvar o presidente do ataque. A direção é de Roland Emmerich. “O Ataque” estreia nesta sexta-feira, na Sala 1 do Cinemark, e na Sala 4 do Moviecom. Classificação indicativa 12 anos. (T. O.: “White House Down”)

 

Estreia 3: “One Direction: This is Us


Dirigido por Morgan Spurlock (“Supersize Me”), “One Direction: This Is Us” acompanha a rotina dos garotos britânicos que saíram do reality show The X-Factor para conquistar uma legião de fãs pelo mundo e faturar mais de 1 bilhão de dólares com vendas de discos, shows e publicidade. Filmado no formato 3D, o longa faz um retrato íntimo da rotina dos integrantes Harry, Niall, Zayn, Liam e Louis, que contam sobre a experiência de participar da boyband mais cobiçada do momento e as transformações que o sucesso fez em suas vidas. “One Direction: This is Us” estreia nesta sexta-feira, na Sala 2 do Cinemark. Classificação indicativa livre. Exibição em 3D. (T. O.: “One Direction: This is Us”)

Estreia 4: “Casa da Mãe Joana 2


Após lançar o livro "Casa da Mãe Joana", Montanha (Antonio Pedro) está levando uma vida tranquila como escritor de sucesso. Só que o reencontro com PR (Paulo Betti) e Juca (José Wilker) faz com que sua vida, mais uma vez, vire pelo avesso. O trio precisa escapar de duas irmãs (Leona Cavalli e Lucia Bronstein) que desejam receber a todo custo a herança deixada pela mãe (Carmem Verônica), além de lidar com um médium picareta (Anselmo Vasconcellos) e um fantasma francês (Caike Luna), que deseja morar na mansão de Montanha. A direção é de Hugo Carvana. “Casa da Mãe Joana 2” estreia nesta sexta-feira, na Sala 7 do Cinemark, e na Sala 3 do Moviecom. Classificação indicativa dez anos. (T. O.: “Casa da Mãe Joana 2”)

 

Filme da Semana: “Cine Holliúdy”


Confesso que tenho sido bastante crítico com as recentes produções cinematográficas brasileiras, que parecem contentar-se em serem cópias de programas globais, repetindo um humor sem criatividade para garantir boas bilheterias. Mas, fui surpreendido por esta singela jóia, “Cine Holliúdy”, que irá agradar um público seleto, o que viveu em uma pequena cidade nordestina nos anos 70.
A maioria dos não-nordestinos que for assistir “Cine Holliúdy” vai achar que é apenas um programa exótico, eventos em uma pequena cidade, onde as pessoas falam muitas gírias regionais, sem nada especial. Na verdade, o “cearencês” que é marketing do filme, é a boa e velha linguagem do dia a dia em qualquer rincão nordestino.
Não tiro a razão desse público, até porque, conforme é mostrado no prólogo do filme, ele é baseado nas memórias do diretor. Mas, não são quaisquer memórias, mas, o fim de uma era de inocência, onde os germes da globalização começavam a ser plantados, com a iminente chegada da televisão no interior do Nordeste.
Permitam-me os meus queridos leitores uma intervenção mais pessoal deste cronista. A verdade é que, por ter vivido minha adolescência em uma pequena cidade paraibana, e ter vivenciado este momento crucial, sinto-me extremamente confortável para corroborar com as lembranças do diretor – que não são diferentes das minhas.
Até o final da década de 1960, quem vivia fora das capitais não tinha quase opção de televisão. Os aparelhos caríssimos, só existentes nas casas dos abastados, exibia um monte de chuviscos transmitidos por repetidoras terrestres sinais gerados a partir dos grandes centros, Rio, São Paulo, Recife, etc..
Em função disso, a vida corria mansa, com uma feliz ignorância dos acontecimentos globais, dos quais só se tinha conhecimento através dos semanários “O Cruzeiro” e “Manchete”. As noites eram divididas entre a missa na matriz, as conversas dos vizinhos nas calçadas, as brincadeiras e namoros na praça, e uma única sessão diária no cinema da cidade. O cinema, nessa época, merecia o slogan “Cinema é a melhor diversão”, e unia ricos e pobres em um templo democrático a preços muito baratos.
Esse ambiente começou a mudar em 1970, com as transmissões em rede nacional “via Embratel para todo o Brasil”, principalmente os gerados pela TV Tupy, a Globo da época. O cinema ainda continuava a ser a diversão nobre, mesmo que os títulos mais famosos demorassem meses – ou anos – para chegar nos rincões mais isolados.
A cidade em que eu morava, Santa Rita, apesar de próxima da capital, mantinha muitas características de uma cidade pequena, e desenvolvi minha paixão pelo cinema assistindo incontáveis filmes nos saudosos Cine Avenida e São João.
Mas, o avanço da televisão e a despreparo da rede distribuidora cinematográfica provocaram uma decadência constante e avassaladora das salas de cinema. Se antes a programação era variada e eclética, aos poucos foi sendo substituída por produções baratas de Hong Kong, criadas na esteira dos filmes estrelados pelo famoso Bruce Lee.
É essa virada crucial que é retratada pelo filme de Halder Gomes. Meio sem história, o filme é mostrado pelo ponto de vista de Francisgleydisson (Edmilson Filho), um homem sonhador, que encanta o filho com as histórias que inventa. Quem faz o equilíbrio do feijão e do sonho é Maria das Graças (Miriam Freeland), que dá suporte às fantasias do marido trazendo-o à realidade quando necessário.
A família se estabelece na cidade de Pacatuba, no interior do Ceará, mas que poderia ser em qualquer lugar do Nordeste, e Francisgleydisson investe todo o seu capital e energia para reativar um pequeno cinema, que será alimentado por velhas cópias de filme que lhe restam, a maioria de kung-fu.
No filme estão presentes todas as figuras icônicas da pequena cidade: o prefeito, o padre, o delegado, a moça namoradeira, o menino rico dono da bola, o bebum, o homossexual, e até o cego Isaías, vivido pelo cantor Falcão.
Através destes personagens é feita uma colcha de retalhos com “causos” e histórias populares do Nordeste, que vão desde a irascibilidade de seu Lunga (“Como foi que o senhor virou o carro nessa reta? Foi assim, ó!”) aos nomes exóticos adaptados como Francisgleydisson e Valdisney (originariamente Walt Disney).
A trilha sonora traz muitos sucessos da época, principalmente de Odair José, Fernando Mendes e Márcio Greyck (que faz uma ponta como o vigarista que compra a veraneio Wanderleia).
Mais do que uma história regular, o filme é uma declaração de amor a um Nordeste que não existe mais, enterrado pela televisão do Sul-Maravilha, pela violência irmã da urbanização, e pela extinção da cultura popular, onde até o forró pé-de-serra foi substituído por um barulho industrializado.
Resta sempre a esperança, como diz o protagonista do filme (o “artista”, como era dito na época), de que o cinema nunca morra, desde que haja uma história para contar, e alguém para assistir.
“Cine Holliúdy” é um filme diferente, com suas falhas e limitações, mas, merece ser assistido, principalmente pelos nordestinos, para matar as saudades, ou, pelo menos, ter ideia de uma era maravilhosa, que só deixou saudades e boas lembranças.




Eventos




Mostra Cinesexualidade
 
O Cineclube Natal, em parceria com o Teatro de Cultura Popular Chico Daniel, promoverá a mostra batizada de “Cinesexualidade”, que exibirá seis filmes cujas temáticas abordam a sexualidade humana nas suas mais diversas formas. Durante a mostra, serão exibidas as produções “O Outro Lado de Hollywood”, “Yossi & Jagger”, “Amigas de Colégio”, “Morrer Como Um Homem”, “Procura-se Amy” e “Bent”, que tratam dos mais diversos dilemas da sexualidade, tais como sexualidade na adolescência e identidades sexuais e de gênero. A primeira sessão da mostra acontecerá na terça-feira, 10 de setembro, e segue nos dias 11, 12, 13, 14 e 15 de setembro, sempre às 18:30 horas no Teatro de Cultura Popular Chico Daniel. As sessões cobram uma taxa de quatro reais somente para manutenção da mostra.

Lançamentos em DVD/Blu-Ray




“Reino Escondido”
 
O professor Bomba dedicou boa parte de sua vida às pesquisas por um povo de tamanho diminuto, que vive na floresta e cujos movimentos são rápidos demais para serem registrados pelo olho humano. Apesar de ter encontrado alguns indícios de que estes seres existem, como armas e selas de pássaros, o professor é alvo de piadas no meio científico. Além disto, a dedicação ao trabalho fez com que seu casamento fosse por água abaixo. Agora, após o falecimento de sua ex-esposa, sua filha Maria Catarina, ou M.K., como prefere ser chamada, vai morar com ele. A adolescente não gosta nem um pouco de morar perto da floresta e das loucuras do pai e, quando está prestes a ir embora, acaba acidentalmente sendo envolvida no confronto entre os Homens-Folha e os Boggans, os tais seres que seu pai tanto procura. Diminuída de tamanho pela rainha da floresta, ela agora precisa ajudar o valente Ronin a levar um valioso botão de flor para Nim Galuu. O disco traz o filme com formato de tela widescreen anamórfico e áudio em DD 5.1. (T.O.: “Epic”).

“Zambezia”

Se você fosse um pássaro, com certeza ia querer morar na Zambézia, cidade localizada a beira do lindo Victoria Falls, um lugar perfeito para todos os tipos de aves. Frustrado com os excessos de zelo de um pai ultracontrolador, um jovem e destemido falcão decide partir em direção à Zambézia, Moçambique, onde pretende viver a sua vida e correr os seus próprios riscos. Porém, depois de conhecer uma série de personagens diferentes de si, depressa descobre que viver em comunidade pode ser ainda mais complicado do que sobreviver aos perigos da selva. E é só quando a cidade está sob uma ameaça real que ele vai entender que a vida, seja nos melhores ou piores momentos, só vale a pena quando partilhada com os seres que amamos... Disco com formato de tela widescreen e áudio DD 5.1. (T. O.: “Zambezia”)

“Viagem Sem Volta”

Se Alicia (Juno Temple) pudesse apenas dormir, tudo estaria muito bem. Enquanto ela e sua prima Sarah (Emily Browning) passeiam através de um remoto Chile com o namorado, sua irmã e seu estranho amigo Brink (Michael Cera), a insônia de Alicia lentamente vai assumindo o controle sobre ela. A diferença do que acontece na realidade e o que está acontecendo apenas em sua mente se torna cada vez mais claro pra ela. Depois que ela leva uma facada em hipnose para tentar resolver o problema, as coisas só pioram. Como o seu pesadelo continua, será que seus amigos vão conseguir salvá-la? O disco traz o filme com formato de tela widescreen e áudio Dolby Digital 5.1. (T. O.: “Magic Magic”)

“Campos de Esperança”

O adolescente Seth McArdle (Samuel Davis) passa por uma situação complicada: além de ser constantemente maltratado pelos jogadores de futebol do colégio, ele trabalha em um emprego mal remunerado. O garoto tem dificuldades para sustentar sozinho suas duas irmãs pequenas, já que o pai abandonou a família e a mãe morreu. Cansado desta situação, ele revida contra um dos jovens da escola que o agride, e é punido pelo treinador. Seth é obrigado a cuidar do gramado do campo de futebol, junto do solitário funcionário Abel (Kevin Sorbo). Aos poucos, estes dois homens percebem várias semelhanças em suas vidas, e começam a ajudar um ao outro. O disco traz o filme com formato de tela widescreen e áudio Dolby Digital 5.1. (T. O.: “Abel’s Field”)




Film de la semaine: «Cine Holliúdy»


J'avoue que j'ai été assez critique sur les récents films brésiliens, qui semblent se contenter d'être des copies des programmes globales, en répétant une ambiance uncreative pour assurer une bonne box-office. Mais j'ai été surpris par ce simple bijou, «Cine Holliúdy» qui plaisira un public particulier, qui vivait dans une petite ville du nord-est dans les années 70.
La plupart des pas-nord-est qui regardent «Cine Holliúdy» trouveront que c'est juste un programme d'événements exotiques dans une petite ville, où l'on parle beaucoup argot régional, sans rien de spécial. En fait, les «cearencês» qui est le marketing du film, c'est la bonne vieille langue de tous les jours dans n'importe quel coin du nord-est brésilien.
Je ne suis pas en desaccord avec ce public, parce que, comme indiqué dans le prologue du film, il est basé sur les mémoires du realisateur. Mais c'est ne sont pas quelques souvenirs banales, mais la fin d'une époque d'innocence, où les germes de la mondialisation ont commencé à être plantés, avec l'arrivée imminente de la télévision dans le Nord-Est.
Permettez-moi, mes chers lecteurs, pour une intervention plus personnelle de ce chroniqueur. La vérité est que j'ai vécu mon adolescence dans une petite ville de Paraiba, et pour avoir vécu ce moment crucial, je me sens très à l'aise pour corroborer les souvenirs du directeur - ne sont pas si différentes de les miennes.
Jusqu'à la fin des années 1960, personnes qui vivaient en dehors des capitales n'avaient presque pas le choix de la télévision. Les appareils trop chers n'existaient que dans les maisons des riches, en montrent beaucoup de bruine transmis par répéteurs terrestres les signaux générés à partir des grands centres, Rio, Sao Paulo, Recife, etc ..
En conséquence, la vie était douce, avec une ignorance béate des événements mondiaux, dont seulement connus par les hebdomadaires «O Cruzeiro" et «Manchete". Les nuits ont été répartis entre la messe dans l'église, les conversations des voisins dans les trottoirs, des blagues et des rencontres à la place, et une seule séance quotidienne du cinéma de la ville . Le cinéma, à cette époque, méritait le slogan «Le cinéma est le meilleur divertissement», et unie riches et pauvres dans un temple démocratique à des prix très bon marchés.
Cet environnement a commencé à changer en 1970, avec les émissions nationales de TV «via Embratel pour tout le Brésil», générés par TV Tupy, le Globo de ce temps. Le film était encore la diversion noble, même si les titres les plus célèbres s'attardent mois - voire des années - pour atteindre les coins les plus isolés.
La ville dans laquelle je vivais, Santa Rita, même si près de la capitale, a conservé de nombreuses caractéristiques d'une petite ville, et j'ai développé ma passion pour le cinéma en regardant innombrables films dans les inoubliables Cine Avenida et São João.
Mais, avec l'avance de la télévision, et le manque de préparation du réseau de distribution de films a provoqué une décroissance constante et écrasante des cinémas. Traditionellement doué d'une programation varié et éclectique, il a été progressivement remplacé par des productions bon marché ventant de Hong Kong, créés dans le sillage des films du célèbre Bruce Lee
Il est ce moment crucial qui est dépeint par le film de Halder Gomes. Presque sans histoire, le film est montré à partir du point de vue de Francisgleydisson (Edmilson Filho), un homme rêveur, qui enchante les enfants avec des histoires qu'il invente. Qui prend l'équilibre entre la fève et le rêve est Maria das Graças (Miriam Freeland), qui soutient les fantasies de son mari le ramenant à la réalité lorsque cela est nécessaire.
La famille s'installe dans la ville de Pacatuba, en Ceará, mais cela pourrait être n'importe où dans le Nord-Est, et Francisgleydisson investit tout son capital et énergie pour réactiver un vieux cinéma qui sera alimenté par de vieilles copies de film, la majorité de kung-fu.
Présent dans le film sont tous des figures emblématiques d'une petite ville: le maire, le curé, le commissaire, la jeune fille coquine, le garçon riche propriétaire de la balle, l'ivrogne, l'homosexuel, et même l'aveugle Isaías, joué par le chanteur Falcão.
Grâce à ces personnages se fait une courtepointe avec «contes» et les histoires populaires dans le Nord-Est, allant de l'irascibilité de M. Lunga («Comment avez-vous tourné la voiture ce droit? Ainsi, vois-y! ») aux noms exotiques adaptés, comme Francisgleydisson et Valdisney (à l'origine Walt Disney).
La bande sonore apporte de nombreux succès de l'époque, en particulier Odair José, Fernando Mendes, et Márcio Greyck (qui a un caméo comme l'escroc qui achète la bagnole Wanderléia).
Plus qu'une histoire ordinaire, le film est une lettre d'amour à un Nord-est qui n'existe plus, enterré pour la Télévision du Sud-Merveille, pour la violence sœur de l'urbanisation, et pour l'extinction de la culture populaire, où même le forró traditionel a été remplacé pour un bruit industriel.
Il reste toujours l'espoir, comment dit le protagoniste du film (l'«artiste», comme on disait à l'époque), que le film ne meurent jamais tant qu'il y a une histoire à raconter, et quelqu'un à regarder.
«Cine Holliúdy» est un film différent, avec ses défauts et ses limites, mais mérite d'être vu, surtout par les fils du Nord-est, pour retour dans le temps, ou au moins, avoir une idée d'une époque merveilleuse, qui n'a laissé que bons souvenirs et de nostalgie.




Movie of the Week: "Cine Holliúdy"


I confess that I have been quite critical about recent Brazilian films, that seems to be copies of global programs, repeating a mood uncreative to ensure good box office. But I was surprised by this simple jewel, "Cine Holliúdy" that will please a select audience, which lived in any small northeastern city in the 70s.
Most non-Northeasterners when watching "Cine Holliúdy" will find it is just an exotic program, events in a small town, where people speak many regional slang, with nothing special. In fact, the "cearencês" which is marketing to the film, is the good old everyday language in any northeastern corner.
I don't blame this public, because, as shown in the prologue of the film, it is based on the memoirs of the director. But these are not simple memories at all, but the end of an age of innocence, where germs of globalization began to be planted, with the imminent arrival of television in the Northeast.
Allow me, my dear readers, to add a more personal from this chronicler. The truth is that I have lived my teenage years in a small town of Paraiba, and having experienced this crucial moment, I feel extremely comfortable to corroborate the director's memories - not that different from mine.
Until the late 1960s, who lived outside capitals had almost no choice of television. Expensive devices, existing only in the homes of the wealthy, showed a lot of drizzle transmitted by terrestrial repeater, with signals generated from the major centers, Rio, São Paulo, Recife, etc..
As a result, the life was gentle, with a blissful ignorance of global events, about which we only knew through the weeklies magazines "O Cruzeiro", "Fatos e Fotos" and "Manchete". The nights were divided between the mess in the church, the conversations of neighbors in the sidewalks, games and dating in the square, and a single daily session in the theater. The cinema, at that time, deserved the slogan "Cinema is the best fun", and united rich and poor people in a democratic temple at very cheap prices.
This environment began to change in 1970, with the national network broadcasts "via Embratel for everywhere in Brazil", mainly generated by Tupy TV, the Globo of that time. The movie was still the best fun, even though the most famous titles lingered months - or years - to reach the most isolated corners of the country.
The city in which I lived, Santa Rita, although close to the capital, retained many characteristics of a small town, and I developed my passion for cinema watching countless films in wistful Cine Avenida and São João.
But the advance of television and the unreadiness of film distribution network caused a constant and overwhelming decay to the cinemas. Until that moment, the cinema program was varied and eclectic, gradually being replaced by cheap productions from Hong Kong, created in the wake of films starring the famous Bruce Lee
It is about this crucial moment taht is portrayed by film from Halder Gomes. Almost without story, the film is shown from the viewpoint of Francisgleydisson (Edmilson Filho), a dreamer, who enchanted the children with the stories he invented. Who makes the balance between bean and dream is Maria das Graças (Miriam Freeland), which supported the fantasies of her husband, bringing him to reality when it was needed.
The family settled in the city of Pacatuba, in Ceará, but that could be anywhere in the Northeast, and Francisgleydisson invested all his capital and energy to reactivate an old theater, that will be powered with old copies of kung fu films.
Present in the film are all iconic figures of a small town: the mayor, the priest, the sheriff, the dating girl, the rich boy owner of the ball, the drunkard, the homosexual, and even the blind Isaias, played by singer Falcão.
Through these characters is made a quilt with "tales" and popular stories from Northeast, ranging from the irascibility of Mr. Lunga ("How did you turned the car in this road so straight? Thus, O! ") to exotic adapted names like Francisgleydisson and Valdisney (originally Walt Disney).
The soundtrack brings many successes of that age, especially Odair José, Fernando Mendes, and Márcio Greyck (who has a cameo as the crook who buys the jalopy Wanderléia).
More than a regular history, the film is a love letter to a Northeast that no longer exists, buried by South-Wonder Television, the violence sister of urbanization, and the extinction of popular culture, where even the traditional forró was replaced by an industrial noise.
There always remains hope, as the protagonist of the film ("Artist", as was said at the time), that the cinema will never die as long as there is a story to tell, and someone to watch.
"Cine Holliúdy" is a different movie, with its flaws and limitations, but deserves to be seen, especially by the Northeasterners, to remember, or at least, have an idea about that wonderful age, that only left good memories and nostalgia.