Newton Ramalho
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O que está em cartaz
Neste final de semana, o
tiroteio vai ser grande. Só podia ser, com o western de Tarantino, “Django
Livre”, e com o retorno de Schwarzenegger às telas, no policial “O Último
Desafio”. Continuam em cartaz o ótimo “A Viagem” (vejam na Sessão Filme da Semana), com Tom Hanks e Halle Berry, o
thriller “Jack Reacher: O Último Tiro”, com Tom Cruise, a comédia “Uma Família
em Apuros”, com Billy Cristal e Bette Midler, a divertida animação da Disney
“Detona Ralph”, a comédia nacional “De Pernas Pro Ar 2” , com Ingrid Guimarães, e “As
Aventuras de Pi”, de Ang Lee. Nas programações exclusivas, o Cinemark exibe o
drama “Cosmópolis”, de Cronenberg, na Sessão Cine Cult. Neste sábado acontece,
também, a pré-estreia de “João e Maria: Caçadores de Bruxas”.
Estreia 1: “Django Livre”
O filme se passa no sul dos
Estados Unidos, dois anos antes da Guerra Civil. Django (Jamie Foxx), é um
escravo cujo histórico brutal com seus ex-senhores o coloca cara a cara com o
caçador de recompensas alemão, Dr. King Schultz (Christoph Waltz). Após ajudar
Schultz em troca de sua liberdade, os dois passam a caçar criminosos pelo sul
dos EUA, e vão ao resgate de Broomhilda (Kerry Washington), esposa de Django
perdida para o tráfico de escravos. A busca acaba levando-os até Calvin Candie
(Leonardo DiCaprio), o proprietário de “Candyland”, uma fazenda abominável onde
os escravos são preparados pelo treinador Ace Woody para lutarem entre si por
esporte. Inspirado no filme “Django”, estrelado por Franco Nero, que tem uma
pequena participação no filme atual. A direção é de Quentin Tarantino. “Django
Livre” estreia nesta sexta-feira, na Sala 2 do Cinemark, e na Sala 4 do
Moviecom. Classificação indicativa 16 anos.
(T. O.: “Django Unchained”)
Estreia 2: “O Último Desafio”
Após cair em desgraça em Los
Angeles devido a uma operação fracassada, o experiente policial Ray Owens
(Arnold Schwarzenegger) decide partir para o interior e assume a posição de
xerife em uma pequena cidade na fronteira dos Estados Unidos com o México. O
que ele não esperava era que um poderoso chefão das drogas, que havia escapado
recentemente da prisão, quisesse cruzar a fronteira exatamente na cidade onde
ele trabalhava. Para enfrentá-lo Ray precisará reunir todo o pessoal
disponível. A curiosidade para nós, brasileiros, é a participação de Rodrigo
Santoro. A direção é do coreano Kim Jee-Woon. “O Último Desafio” estreia nesta
sexta-feira, na Sala 5 do Cinemark, e na Sala 7 do Moviecom. Classificação
indicativa 14 anos. (T. O.: “The Last Stand”)
Pré-Estreia: “João e Maria: Caçadores de Bruxas”
Baseado no conto clássico Hänsel und Gretel,
dos irmãos Grimm, aqui no Brasil conhecido como João e Maria, o filme “João e
Maria: Caçadores de Bruxas” mostra os irmãos como justiceiros que caçam bruxas
como aquela que tentou devorá-los quando crianças. No elenco, além de Jeremy
Renner (“Guerra Contra o Terror”) e Gemma Arterton (“Fúria de Titãs”) estão
Peter Stormare, Ingrid Bolso Berdal, Thomas Mann, Derek Mears e Famke Janssen,
a Jean Grey da trilogia X-Men. O longa é dirigido pelo norueguês Tommy Wirkola,
de Dead Snow, que também escreveu o roteiro com Dante Harper. “João e Maria:
Caçadores de Bruxas” terá pré-estreia neste sábado, na Sala 6 do Moviecom, na
sessão de 21h20. Classificação indicativa 14 anos. Exibição em 3D. (T. O.:
“Hansel and Gretel: Witch Hunters”)
Estreia 3: “Cosmópolis” (Sessão Cine Cult)
A cidade de Nova Iorque está em tumulto e a era
do capitalismo está chegando ao fim. Uma visita do presidente dos Estados Unidos
paralisa Manhattan e Eric Packer (Robert Pattinson), o menino de ouro do mundo
financeiro, tenta chegar ao outro lado da cidade para cortar o cabelo. Durante
o dia, ele observa o caos e percebe, impotente, o colapso do seu império.
Packer vive as 24 horas mais importantes da sua vida e está certo de que alguém
está prestes a assassiná-lo. A direção é de David Cronenberg. “Cosmópolis” será
exibido nas próximas terça-feira (22/01) e quinta-feira (24/01), na Sala 6 do
Cinemark, na sessão de 20h00. Classificação indicativa 16 anos. (T. O.:
“Cosmopolis”)
Filme da Semana:
“A Viagem”
Quando ouvi falar que o filme “A
Viagem” fora dirigido pelos irmãos Wachowski, fiquei um pouco desconfiado.
Afinal, embora tenham revolucionado o mercado com o surpreendente “Matrix”, em
1999, fizeram duas sequencias confusas, que não me agradaram. Mas, como o
terceiro participante da direção foi o alemão Tom Tykwer, do excepcional
“Perfume – A História de um Assassino”, fiquei bastante interessado em conferir
o filme atual.
“A Viagem” é um grande filme, não
apenas por suas três horas de duração, como pelo roteiro complexo, com seis
histórias acontecendo em tempos diferentes, com frequentes correlações, e com
uma filosofia de base que certamente agradará os simpatizantes da doutrina
espírita. Por favor, não confundam com candomblé, macumba ou coisas do gênero.
Os alicerces do filme são de que
vivemos várias vidas, e o que fazemos em cada uma delas influenciará a próxima.
O filme discorre sobre isso de uma forma dinâmica, levando o espectador a
acompanhar histórias que se passam desde o século 19 até um futuro
pós-apocalíptico, numa época não definida.
No século 19, Adam Ewing (Jim
Sturgees), um jovem advogado, é enviado pela família para negociar a comprar de
novos escravos. Na conturbada viagem de volta, afligido por uma doença de causa
desconhecida, ele salva um escravo, Autua (David Gyasi), enquanto um ambicioso
médico, Henry Goose (Tom Hanks), o acompanha. Suas agruras são registradas em
um diário, que escreve para a mulher.
Em 1930, o jovem e talentoso
compositor Robert Frobisher (Ben Whishaw), deserdado pela família por ser
homossexual, ajuda o idoso músico Vyvyan Ars (Jim Broadbent). Enquanto busca a
criação da música perfeita, Robert encontra o diário escrito por Ewing, em meio
aos livros de Ars. Em meio aos conflitos com o patrão, Robert confia suas
agruras nas cartas para o amante Rufus Sixmith (James d'Arcy).
Em 1970, a jornalista Luisa Rey
(Halle Berry) conhece Rufus Sixmith (James d'Arcy) quando o elevador em que
ambos estão quebra. Tempos depois, ele a procura para revelar que estão
encobrindo uma série de falhas no projeto de construção de um reator nuclear. Quando
ele é assassinado, ela recebe a ajuda inesperada de Isaac Sachs (Tom Cruise) e
de Joe Napier (Keith David).
Nos dias atuais, Timothy Cavendish
(Jim Broadbent) é dono de uma pequena editora, que lançou um livro que
dificilmente dará retorno financeiro. Entretanto, a situação muda quando o
autor do livro mata um de seus críticos, tornando-se uma celebridade instantânea.
O problema é que Cavendish passa a ser perseguido por um bando de desordeiros e
termina indo parar em um asilo de velhos, onde irá liderar uma divertida
rebelião.
Em alguns séculos no futuro, na
megalópole Nova Seul, Sonmi-451 (Donna Bae) é um clone que trabalha em um
restaurante fast food. Ela foi programada para realizar todo dia as mesmas
tarefas, sem manifestar qualquer reclamação, mas a situação muda quando ela é
despertada para questionar sobre sua própria existência. Auxiliada na fuga pelo
jovem rebelde Hae-Joo Chang (Jim Sturgess), ela encara a difícil decisão de
tornar-se a líder espiritual da rebelião.
Em um futuro distante, após um
evento conhecido como A Queda, as raras terras que sobreviveram à elevação dos
mares são o palco para uma realidade pós-apocalíptica. Nesta época vive Zachry
(Tom Hanks), de uma tribo que venera a deusa Sonmi, e teme a influência do
demônio Old Georgie (Hugo Weaving), bem como os vizinhos canibais. Sua vida
muda quando Meronym (Halle Berry), integrante de um grupo evoluído chamado
Prescients, lhe pede para conduzi-lo até um lugar perigoso no coração da ilha.
O desenrolar do filme pode ser um
pouco confuso para que estiver esperando uma história linear ou superficial,
mas, para o espectador atento, é divertido acompanhar cada história, e,
principalmente, tentar identificar qual ator está atuando, já que a maioria
atua em quase todas sequencias. No final do filme, nos créditos, aparece uma
breve imagem de cada personagem vivido por cada ator.
Embora não tenha profusão de
efeitos especiais, à exceção da história em Nova Seul, as histórias são
interessantes e prendem a atenção do espectador, a ponto de mal se notar as
três horas de duração do filme.
As questões filosóficas não são
muito exploradas, embora seja um filme que mereça ser revisto de vez em quando,
tal a quantidade de personagens, situações e fatos apresentados. Claquete
recomenda.
Lançamentos em DVD/Blu-Ray
“Intocáveis”
Philippe (François Cluzet) é um
aristocrata rico que, após sofrer um grave acidente, fica tetraplégico.
Precisando de um assistente, ele decide contratar Driss (Omar Sy), um jovem
problemático que não tem a menor experiência em cuidar de pessoas no seu
estado. Aos poucos ele aprende a função, apesar das diversas gafes que comete.
Philippe, por sua vez, se afeiçoa cada vez mais a Driss por ele não tratá-lo
como um pobre coitado. Aos poucos a amizade entre eles se estabelece, com cada
um conhecendo melhor o mundo do outro. Disco com formato de tela widescreen e
áudio DD 5.1. (T. O.: “Intouchables”)
“Memorial Day - Lembranças de uma Guerra”
Em 1993, no feriado de Memorial
Day, no qual os EUA celebram os que morreram na Segunda Guerra Mundial, Kyle
Vogel, de 13 anos, está brincando de esconde-esconde e, por acidente, encontra
uma velha maleta que pertence a seu avô Bud (James Cromwell). Dentro dela, Kyle
acha diversas recordações de quando Bud esteve no campo de batalha alemão.
Ignorando os avisos de seus amigos, o menino decide procurar seu avô e mostrar
o que achou. Bud nunca havia conversado com ninguém sobre suas experiências
durante a Segunda Guerra e faz um acordo com seu neto: ele pode escolher três
objetos da maleta e lhe será contada a história de cada um deles. O que Bud
conta a Kyle fica marcado - anos mais tarde, Kyle (Jonathan Bennett) serviria
ao exército no Iraque e suas lembranças daquela tarde de 1993 mudariam sua
vida. O disco traz o filme com formato de tela widescreen e áudio Dolby Digital
5.1. (T.O.: “Memorial Day”).
“A Arte da Conquista”
Acreditando na citação que nascemos
sozinhos, morremos sozinhos e tudo o mais é uma ilusão, George (Freddie
Highmore) não vê sentido na vida, na escola ou em sua família. Até que ele
conhece Sally (Emma Roberts) e encontra nela uma razão para ir à escola e fazer
amigos. Entretanto, apesar disso, ainda não está pronto para admitir que gosta
dela. O diretor da escola e professor de arte apresenta-o a um ex-aluno e
artista de sucesso, Dustin (Michael Angarano), que procura orientá-lo, mas
outras distrações começam a vir à tona e ele pode não ser capaz de se formar. O
disco traz o filme com formato de tela widescreen e áudio em DD 5.1. (T.O.:
“The Art of Getting By”).
“Best Seller –
Revelações de Família”
Apesar de todos os problemas
tradicionais de uma grande família, os Meyerwitz se reúnem mais uma vez para
celebrar o aniversário do patriarca Henry (Ron Rifkin). Com seus quatro filhos
– Jack (Michael C. Hall), Joel (Rainn Wilson), Cheri (Sarah Silverman) e o
caçula Nathan (Ben Schwartz), Henry quer contar uma grande novidade durante o seu
jantar de aniversário. Porém, nada mais parece ter importância quando o novo
livro de Nathan, Peep World, acaba de ser publicado e é o assunto do momento na
mídia do país. O detalhe é que a obra é baseada nos Meyerwitz e expõe ao
público uma série de segredos de toda a família, causando o caos em pleno
restaurante durante o evento. Se para os quatro irmãos as coisas já estavam
ruins, tudo parece piorar, pois um grande estúdio de Hollywood adorou o livro e
decide adaptá-lo para o cinema.O disco traz o filme com formato de tela widescreen
anamórfico e áudio DD 5.1. (T.O.: “Peep
World”).
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