quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Coluna Claquete – 27 de dezembro de 2013

Newton Ramalho

 

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O que está em cartaz

Chegamos ao fim de mais um ano, e é o momento daquela parada estratégica para pensar no que passou, e planejar os dias vindouros, que desejo que sejam prósperos e gratificantes para todos. Neste final de semana as estreias são a comédia nacional “Até Que a Sorte Nos Separe 2”, o drama “Álbum de Família”, a animação “Frozen – Uma Aventura Congelante”, e a pré-estreia de “Confissões de Adolescente”. Continuam em cartaz a ficção-científica “Ender’s Game: O Jogo do Exterminador”, com Harrison Ford, a comédia “A Vida Secreta de Walter Mitty”, com Ben Stiller, a fantasia “O Hobbit: A Desolação de Smaug”, e a comédia nacional “Crô – O Filme”. Nas programações exclusivas, o Cinemark exibe o drama “Frances Ha” na Sessão Cine Cult, enquanto o Moviecom mantém o suspense “Carrie: A Estranha”.

 

Estreia 1: “Até Que a Sorte Nos Separe 2

 


Três anos depois, Tino (Leandro Hassum) e Jane (Camila Morgado) estão mais uma vez em dificuldades financeiras. O saldo bancário do casal é salvo graças ao inesperado falecimento de tio Olavinho, que deixou uma herança de R$ 100 milhões a ser dividida igualmente entre Jane e sua mãe, Estela (Arlete Salles). Como o último desejo do tio foi que suas cinzas sejam jogadas no Grand Canyon, Tino aproveita para levar a esposa e dois de seus filhos para conhecer Las Vegas. Entretanto, ele se empolga com a jogatina de um cassino e perde todo o dinheiro ganho por Jane na mesa de pôquer. Para piorar a situação, ainda fica devendo US$ 10 milhões a um capanga da máfia mexicana (Charles Paraventi), que deseja receber o dinheiro a todo custo. A direção é de Roberto Santucci. “Até Que a Sorte Nos Separe 2” estreia nesta sexta-feira, nas Salas 1, 2 e 6 do Cinemark, e nas Salas 4 e 7 do Moviecom. Classificação indicativa dez anos. (T. O.: “Até Que a Sorte Nos Separe 2”)

 

Estreia 2: “Álbum de Família

 

Baseado no livro de mesmo nome, “Álbum de Família” conta a história de três irmãs que são obrigadas a voltar para casa e cuidar da mãe viciada em drogas (Meryl Streep), depois que o pai alcoólatra as abandona. O encontro provoca diversos conflitos e revela segredos do passado de cada um. No elenco estão, também, Julia Roberts, Ewan McGregor, Juliette Lewis e Chris Cooper. A direção é de John Wells. “Álbum de Família” estreia nesta sexta-feira, na Sala 5 do Cinemark. Classificação indicativa 12 anos. (T. O.: “August: Osage County”)

 

Estreia 3: “Frozen – Uma Aventura Congelante

 

“Frozen - Uma Aventura Congelante” é uma animação musical da Disney baseada no conto de fadas da Rainha da Neve, publicado por Hans Christian Andersen em 1845. Na história, a menina Gerda parte em uma jornada mágica em busca de seu melhor amigo, Kay, que foi levado pela Rainha da Neve. No filme, a garota Anna (voz de Kristen Bell) se une ao homem da montanha Kristoff numa jornada para encontrar Elsa, a Rainha da Neve (voz de Idina Menzel), e colocar um fim ao feitiço que colocou seu reino sob um inverno eterno. A direção é de Chris Buck e Jennifer Lee. “Frozen – Uma Aventura Congelante” estreia nesta sexta-feira, na Sala 2 do Cinemark, e na Sala 6 do Moviecom. Classificação indicativa livre. Cópias dubladas, exibição em 3D. (T. O.: “Frozen”)

 

Pré-estreia: “Confissões de Adolescente

 

Paulo (Cássio Gabus Mendes) está passando por dificuldades financeiras para sustentar as quatro filhas, Tina (Sophia Abrahão), Bianca (Bella Camero), Alice (Malu Rodrigues) e Karina (Clara Tiezzi), depois que anunciaram um novo aumento no aluguel. Quando ele avisa que eles precisam se mudar do apartamento onde vivem, na Barra, elas se comprometem em ajudar de alguma forma, começando a cortar despesas bobas e ajudando nas tarefas domésticas. Mas, enquanto precisam lidar com essa novidade, o quarteto tem ainda outras experiências típicas, relacionadas à idade de cada uma delas. Apesar dos conflitos, a união entre elas permanece e as experiências, ao que tudo indica, irão contribuir ainda mais para manter a família unida. A direção é de Daniel Filho e Cris D’Amato. “Confissões de Adolescente” terá pré-estreia nesta semana, na Sala 3 do Moviecom, sessão de 14h35. Classificação indicativa 12 anos. (T. O.: “Confissões de Adolescente”)

 

Sessão Cine Cult: “Frances Ha

 

Frances (Greta Gerwig) divide um apartamento em Nova York com Sophie (Mickey Sumner), sua melhor amiga. Ela recusa o convite do namorado para que more com ele justamente para não deixar Sophie sozinha, mas a amiga não toma a mesma atitude quando surge a oportunidade de se mudar para um apartamento melhor. A partir de então tem início a peregrinação de Frances em busca de um novo lugar que se adeque às suas finanças, já que ela é apenas aluna em uma companhia de dança à espera de uma chance de integrar o grupo de bailarinos que encenará o espetáculo de Natal. Mesmo diante das dificuldades, Frances tenta manter o alto astral diante os problemas que a vida adulta traz. A direção é de Noah Baumbach. “Frances Ha” será exibido na segunda-feira (30/12) e quinta-feira (02/01), na Sala 3 do Cinemark, na sessão de 19h40. Classificação indicativa 16 anos. (T. O.: “Frances Ha”)

 

Especial: Retrospectiva 2013
Certamente os meus queridos leitores irão perdoar a pretensão do título desta matéria, pois não teria a condição de passar um pente fino em todos os acontecimentos cinematográficos do ano, o que não caberia neste espaço.
A intenção, na verdade, é compartilhar com os senhores filmes ou fatos que chamaram a atenção no ano, sabendo de antemão que a minha lista dos melhores certamente vai diferir muito de qualquer pessoa. Afinal de contas, embora o cinema tenha os seus parâmetros técnicos, a avaliação se um filme foi bom ou ruim depende muito da ótica do espectador, seus gostos pessoais, seu repertório, sua história de vida, e até mesmo do estado de espírito em que se encontrava ao assisti-lo.
Dito isto, comecemos não pelos filmes, mas, pelos meios de assisti-los. Para os natalenses, o ano terminou bem, com mais dois locais com cinema multiplex, um no Natal Shopping, o outro no Norte Shopping, ambos da rede Cinépolis, aumentando o número de salas digitais na cidade. Quem sabe agora, com quatro locais diferentes possamos ter uma programação diferenciada, com títulos mais diversificados, e não só os mesmos blockbusters, além de filmes com áudio original, pois nos últimos tempos há uma predominância de filmes dublados.
No ambiente doméstico, o plasma deu seus últimos suspiros, com o anúncio da Panasonic de que não produziria mais televisores nessa tecnologia. Nós, cinéfilos, lamentamos, pois era o que mais se assemelhava à imagem do cinema, mas, com a chegada de resoluções maiores que Full HD, é impossível para o plasma acompanhar essas resoluções a um custo competitivo.
A novidade que chegou ao mercado foi o televisor 4k, ou Ultra HD, que como o nome sugere, tem uma resolução de 3.840 x 2.160 (ou cerca de 8 milhões de pixels). Embora ainda não haja mídia capaz de explorar essa resolução, com os televisores cada vez maiores, com tamanhos acima de 60 polegadas, é só questão de tempo. E falando em custos, ter um “brinquedinho” desses em casa ainda está difícil, pois um modelo de 55 polegadas sai “por apenas” R$ 12.999,00...
E, no mundo do cinema, o ano de 2013 privilegiou a ficção-científica, com as inúmeras produções do gênero como “Jogos Vorazes: Em Chamas”, “Elysium”, “Guerra Mundial Z”, “Além da Escuridão – Star Trek”, “Gravidade”, “Oblivion”, “Depois da Terra”, além dos tradicionais super-heróis “Thor: O Mundo Sombrio”, “Wolverine: Imortal”, “O Homem de Aço” e “Homem de Ferro 3”.
Mesmo com toda essa carga, o mundo da fantasia fechou o ano com chave de ouro, com a espetacular sequência de Peter Jackson, “O Hobbit: A Desolação de Smaug”.
No gênero drama, apesar do grande número de produções, algumas se destacaram, como a deliciosa farra dos velhinhos Morgan Freeman, Michael Douglas, Robert de Niro e Kevin Kline em “Ultima Viagem a Vegas”, as produções francesas “Amor”, “Dentro da Casa” e “Azul é a Cor Mais Quente”, as cinebiografias “Lincoln”, “Lovelace” e “Jobs”, os intrigantes “Terapia de Risco” e “Os Suspeitos”.
Nos filmes infantis, os destaques foram menores, mas, igualmente adoráveis, como “Universidade Monstros”, “Os Croods”, “Fuga do Planeta Terra”, “Planeta 51” e “Meu Malvado Favorito 2”.
O cinema brasileiro, que tem mantido boas audiências, repete a tendência de fazer filmes que parecem mais programas televisivos, geralmente humorísticos, com personagens conhecidos. Uma interessante transição foi “Crô – O Filme”, cujo protagonista originalmente era personagem de uma novela.
Dois outros títulos me chamaram muito a atenção. O primeiro foi “Serra Pelada”, com um retrato fiel e uma reconstituição de época rigorosa, mostrando o estranho universo do maior garimpo de ouro a céu aberto do mundo. O outro, “Cine Holliúdy”, apesar de mostrar uma cidadezinha do nordeste, trouxe imensas recordações a todos os que conviveram com os cineminhas de bairro até os anos 1970.
E finalmente, ainda tratando do cinema nacional, foi uma agradável surpresa a reedição do FESTNATAL, um dos festivais de cinema mais tradicionais do Brasil, do qual já tive a oportunidade de participar em edições anteriores.
E para 2014, a tecnologia e a diversificação da banda larga de internet favorecerão a distribuição de filmes em “streaming”, por serviços como Netflix e Netmovies, por exemplo. Embora o 4k ainda seja uma realidade distante, a diversificação dos aparelhos LCD/LED barateou bastante os preços, o que deve facilitar a aquisição de novos televisores, principalmente em ano de Copa do Mundo.
Para finalizar, desejo a todos os meus leitores um 2014 repleto de realizações, onde o universo do cinema seja um dos agradáveis complementos do seu dia a dia.

Livros de cinema:

“Bastidores – Um Outro Lado do Cinema”

Sem censura e em sua versão completa, esta é uma coletânea de textos que a jornalista e autora Elaine Guerini escreveu num período de mais de dez anos, quando frequentou não apenas os maiores Festivais de cinema do mundo (Cannes, Berlim, Veneza), mas também os estúdios de Hollywood, durante diversas filmagens, ou em entrevistas de imprensa exclusivas para diversos veículos. Entre os entrevistados, nomes estelares como Meryl Streep, Brad Pitt, Mel Gibson, Javier Bardem, Woody Allen e Richard Gere. 384 p – Editora Imprensa Oficial.


Lançamentos em DVD/Blu-Ray:

“James Bond 50 Anos”


O Box “James Bond 50 Anos” mostra ordenadamente meio século de filmes do maior espião do cinema, acondicionados em uma elegante coleção que caracteriza os seis atores ícones de James Bond. Com a alta qualidade de imagem e áudio propiciados pela mídia Blu-Ray, a coleção inclui todos os 22 filmes de James Bond desde “007 Contra o Satânico Dr. No” até “Quantum of Solace”, e mais de 130 horas de bônus incluindo conteúdos novos e exclusivos, como os documentários “O Mundo de Bond”, “Para Ser Bond”, e Vídeo Blogs. Disponível também na versão DVD. Tela widescreen anamórfico e Áudio em Dolby Digital 5.1. (T. O.: “Bond 50th Anniversary”)


“O Lado Negro”

Três amigos decidem fazer uma viagem e acamparem juntos. Quando chegam ao local, descobrem uma cabana misteriosa no alto da colina. Dentro do local vive um cientista, que faz experiências com clonagem. Antes que consigam escapar, os três integram os experimentos e são clonados. Mas a nova versão deles mesmos é ainda mais forte e perversa do que a original, e agora os clones estão dispostos a destruir os adolescentes para viver no lugar deles. Tela widescreen anamórfico e Áudio em Dolby Digital 5.1. (T. O.: “Cloned: The Recreator Chronicles”)

“Contos Imorais”

Considerado um marco do cinema Cult, o filme conta quatro histórias, que por muitos são consideradas imorais: "La Marée" - Rapaz induz a prima adolescente ao sexo, em uma praia deserta, durante a maré alta. "Thérèse Philosophe" - Em 1890, menina é trancada em um quarto de castigo, e tem alucinações sexuais com santos. "Erzébet Báthory" - Em 1610, uma condessa húngara usa suas jovens súditas para estranhos prazeres sensuais. "Lucrezia Borgia" - Em 1498, Lucrecia Bórgia visita seu pai, o Papa Alexandre VI, e seu irmão, o Cardeal Cesare e com eles mantém relações sexuais, enquanto o dominicano Savonarola é preso por denunciar a imoralidade dos religiosos. Tela widescreen anamórfico e Áudio em Dolby Digital 5.1. (T. O.: “Contes Immoraux”)

“A Família”


Após entrar para o programa de proteção à testemunha, uma família tradicional ítalo-americana ligada à máfia é transferida para a França. De início eles se adaptam à nova vida, mas aos poucos os velhos hábitos voltam à tona e eles passam a resolver os problemas que surgem a seu modo. Ao mesmo tempo, líderes da máfia nos Estados Unidos, procuram pelo grupo em busca de vingança. O agente do FBI Stansfield (Tommy Lee Jones) fará de tudo para protegê-los, mas nem sempre contará com a ajuda do pai da família, Fred Blake (Robert De Niro), e nem dos outros membros. Filme com tela widescreen anamórfico e Áudio em Dolby Digital 5.1. (T. O.: “The Family”)

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Coluna Claquete – 20 de dezembro de 2013



Newton Ramalho

 

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O que está em cartaz

Nestes dias tumultuados, entre compras, confraternizações e correrias, o que importa mesmo é retribuir o afeto dos que nos são caros, e a Coluna Claquete deseja um Felicissimo Natal a todos os seus leitores. Neste final de semana as estreias são a ficção-científica “Ender’s Game: O Jogo do Exterminador”, com Harrison Ford, a comédia “A Vida Secreta de Walter Mitty”, com Ben Stiller, e o drama “Frances Ha” na Sessão Cine Cult. Continuam em cartaz a fantasia “O Hobbit: A Desolação de Smaug” (vejam na seção Filme da Semana), o drama “Última Viagem a Vegas”, o suspense “Carrie: A Estranha”, a comédia nacional “Crô – O Filme”, e a ficção-científica “Jogos Vorazes: Em Chamas”. Nas programações exclusivas, o Cinemark exibe a animação “Um Time Show de Bola”.

 

Estreia 1: “Ender’s Game: O Jogo do Exterminador


Em um futuro próximo, extraterrestres hostis atacaram a Terra. Com muita dificuldade, o combate foi vencido, graças ao heroísmo do comandante Mazer Rackham (Ben Kingsley). Desde então, o respeitado coronel Graff (Harrison Ford) e as forças militares terrestres treinam as crianças mais talentosas do planeta desde pequenas, no intuito de prepará-las para um próximo ataque. Ender Wiggin (Asa Butterfield), um garoto tímido e brilhante, é selecionado para fazer parte da elite. Na Escola da Guerra, ele aprende rapidamente a controlar as técnicas de combate, por causa de seu formidável senso de estratégia. Com isso, logo se torna a principal esperança das forças militares para encerrar de uma vez por todas com a ameaça alienígena. A direção é de Gavin Hood. “Ender’s Game: O Jogo do Exterminador” estreia nesta sexta-feira, na Sala 4 do Cinemark, e na Sala 1 do Moviecom. Classificação indicativa dez anos. Cópias dubladas e legendadas. (T. O.: “Ender’s Game”)

 

Estreia 2: “A Vida Secreta de Walter Mitty


Walter Mitty (Ben Stiller) é o gerente de uma loja de produtos fotográficos. Ele é um homem tímido, levando uma vida simples, perdido em seus sonhos. Quando um negativo desaparece, Walter é obrigado a embarcar em uma verdadeira aventura. Walter Mitty é um personagem fictício, criado pelo escritor americano James Thurber em seu conto "A Vida Secreta de Walter Mitty". Mitty é um personagem tímido e retraído, mas com uma imaginação muito fantasiosa. O personagem fez tanto sucesso que seu nome foi incluído em alguns dicionários da língua inglesa, como sinônimo de sonhador inofensivo. A direção é do próprio Ben Stiller. “A Vida Secreta de Walter Mitty” estreia nesta sexta-feira, na Sala 6 do Cinemark, e na Sala 7 do Moviecom. Classificação indicativa dez anos. Cópias dubladas e legendadas. (T. O.: “The Secret Life of Walter Mitty”)

 

Sessão Cine Cult: “Frances Ha


Frances (Greta Gerwig) divide um apartamento em Nova York com Sophie (Mickey Sumner), sua melhor amiga. Ela recusa o convite do namorado para que more com ele justamente para não deixar Sophie sozinha, mas a amiga não toma a mesma atitude quando surge a oportunidade de se mudar para um apartamento melhor. A partir de então tem início a peregrinação de Frances em busca de um novo lugar que se adeque às suas finanças, já que ela é apenas aluna em uma companhia de dança à espera de uma chance de integrar o grupo de bailarinos que encenará o espetáculo de Natal. Mesmo diante das dificuldades, Frances tenta manter o alto astral diante os problemas que a vida adulta traz. A direção é de Noah Baumbach. “Frances Ha” será exibido na segunda-feira (23/12) e quinta-feira (26/12), na Sala 5 do Cinemark, na sessão de 18h40. Classificação indicativa 16 anos. (T. O.: “Frances Ha”)

 

Filme da Semana: “O Hobbit: A Desolação de Smaug”

O mundo fantástico criado pelo escritor britânico J. R. R. Tolkien ganha as telas novamente, no segundo filme baseado no livro “O Hobbit”, publicado pela primeira vez em 1937. O filme atual, “O Hobbit: A Desolação de Smaug” dá sequência às aventuras mostradas em “O Hobbit: Uma Viagem Inesperada”.
Não há dúvidas que o diretor neozelandês Peter Jackson é o melhor quando se trata de transformar as palavras de Tolkien em imagens e sons. Tanto a série “Senhor dos Anéis” quanto a atual compõem-se de filmes longos, repletos de cenas de ação e efeitos especiais sofisticados, que enchem os olhos dos espectadores.
Se há um problema a ser levantado, trata-se exatamente das pessoas que nunca leram os livros de Tolkien, ou estão vendo o filme atual sem ter visto o anterior. Não há um resumo dos fatos passados, e mesmo o flashback da cena inicial não traz nenhuma novidade ou esclarecimento, parecendo mais ser um aviso aos retardatários de que o filme já começou.
No filme anterior vimos que um poderoso reino dos anões que habitavam o interior de uma montanha foi atacado e seus habitantes expulsos por Smaug, um terrível dragão que se apossou do tesouro dos anões.
Anos mais tarde, um grupo de anões remanescentes, comandados por Thorin  (Richard Armitage), com o auxílio do mago Gandalf (Ian McKellen), recrutam o hobbit Bilbo Bolseiro (Martin Freeman) para a empreitada de penetrar na montanha dominada pelo dragão.
A jornada é longa e cheia de imprevistos, e o grupo tem que enfrentar os monstruosos orcs, inimigos mortais dos anões. Bilbo encontra o deformado Gollum (Andy Serkis), que enfrenta em um jogo mortal, e de quem rouba um anel dotado de poderes misteriosos.
O filme atual dá sequência às aventuras do grupo, logo que conseguem escapar do mundo subterrâneo dos orcs. Agora, além de seus monstruosos perseguidores, terão de enfrentar um ser mutante, aranhas gigantes, elfos desconfiados, e até políticos corruptos.
Quando, finalmente, conseguem chegar à montanha que é seu destino final, caberá a Bilbo procurar uma preciosa joia que pode restituir o poder de Thorin como rei dos anões. Na busca pela joia, Bilbo desperta o dragão, que mantém um interessante diálogo com ele sobre as ambições de homens e anões.
Embora os aparentes inimigos sejam os orcs e o dragão Smaug, aos poucos Gandalf descobre uma ameaça muito mais poderosa preparando-se para disseminar as trevas na Terra Média.
O final do filme acontece em um momento crucial, deixando o espectador aflito pela continuação... que só virá daqui a um ano. Mas, quem está acostumado com as produções de Jackson conhece bem isso.
Muitas pessoas estranharam que um livro fininho como “O Hobbit” tivesse sido transformado em três filmes. Mas, embora o primeiro filme tenha momentos em que parecia haver “enchimento de linguiça”, no filme atual os 241 minutos passam sem sentir, tal é o dinamismo do ritmo, e o desenvolvimento dos principais personagens. São notáveis a fuga em barris numa corredeira, e a perseguição do dragão na sala do tesouro.
Martin Freeman mostra-se totalmente à vontade na pele do hobbit Bilbo, numa mistura de inocência e malandragem, que mantém o espectador cativo. Curioso é que a voz do dragão é de Benedict Cumberbatch, seu amigo e parceiro na excelente série “Sherlock”, da BBC.
O fã de “Senhor dos Anéis” vai gostar de rever o ator Orlando Bloom na pele do elfo Legolas, que se divide entre exterminar orcs e dar em cima da elfa Tauriel (Evangeline Lilly), que também se interessa pelo anão Kili (Aidan Turner), embora este triângulo não saia do nível platônico, como convém a um filme com censura de doze anos.
Os efeitos especiais, associados às deslumbrantes paisagens da Nova Zelândia são de cair o queixo, ficando difícil saber o que é paisagem real, e o que é computação gráfica. O mesmo pode-se dizer da maquiagem, principalmente nos orcs, que muitas vezes aparecem em close-ups, numa perfeição impressionante.
“O Hobbit: A Desolação de Smaug” consegue traduzir para o espectador atual o mesmo encantamento que os livros de Tolkien conseguiram com os leitores das décadas de 1930. É um filme repleto de ação, com uma história linear, sem grandes complexidades, e personagens críveis e com os quais o espectador se identifica.
Para entrar na sala de cinema bem afinado, eu recomendo aos leitores revisitarem o primeiro filme, pois essa continuidade só aumentará o prazer de testemunhar uma obra apaixonante.


Livros de cinema:

“Uma Vida Muito Além Das Expectativas - Cartas Para A Minha Bisneta” – Sidney Poitier

A ideia deste livro surgiu quando a pequena Ayele chegou ao mundo para representar a sexta geração da família Poitier. Seu bisavô Sidney Poitier resolveu presenteá-la com um relato sobre a própria história. Resgatando lembranças e fatos marcantes - decepções, conquistas, descobertas, amores, desafios, carreira, família -, Poitier descreve o decorrer de sua vida e reflete sobre como os valores se transformam à medida que se amadurece. 304 p – Editora Larousse.

Lançamentos em DVD/Blu-Ray:

“Um Final de Semana em Hyde Park”

Em junho de 1939, o Rei George VI (Samuel West) e sua esposa, a Rainha Elizabeth (Olivia Colman), fizeram uma visita à propriedade do presidente Franklin D. Roosevelt (Bill Murray) no Hyde Park, Nova York. Enquanto isso, o chefe de estado norte-americano se apaixona cada vez mais de sua prima e amante eventual, Margaret Suckley (Laura Linney). Nenhum monarca britânico havia visitado os EUA antes e Roosevelt espera unir forças com o Reino Unido, às vésperas da Segunda Guerra Mundial. Tela widescreen anamórfico e Áudio em Dolby Digital 5.1. (T. O.: “Hyde Park on Hudson”)

“Mundos Opostos”

Adam (Jim Sturgess) e Eden (Kirsten Dunst) se apaixonam ainda na adolescência. Um amor impossível, separado pela gravidade. Eles vivem em planetas com forças gravitacionais opostas: ele no mundo inferior, pobre; ela no superior, explorador. São brutalmente afastados quando um patrulheiro interplanetário os flagra, provocando um acidente aparentemente fatal para Eden. Dez anos se passam e Adam é apenas mais um cara normal tentando levar a vida, ainda abalado pela perda da amada. Mas eis que Adam vê Eden na televisão e descobre que ela está trabalhando num prédio que conecta os dois planetas. Ele agora fará de tudo para, finalmente, reencontrar o amor de sua vida. Tela widescreen anamórfico e Áudio em Dolby Digital 5.1. (T. O.: “Upside Down”)

“Meu Passado me Condena – O Filme”

Quando Fábio (Fábio Porchat) e Miá (Miá Mello) se encontram, é amor à primeira vista. Eles se casam um mês depois de se conhecerem e decidem viajar à Europa em um cruzeiro em lua de mel. Só que, durante a viagem, eles encontram seus antigos namorados, Beto (Alejandro Claveaux) e Laura (Juliana Didone), que hoje estão juntos e também passam sua lua de mel. Adaptação da série de televisão de mesmo nome, escrita por Tati Bernardi. Direção de Julia Rezende.  Tela widescreen anamórfico e Áudio em Dolby Digital 5.1. (T. O.: “Meu Passado me Condena – O Filme”)


“As Irmãs Brontë”

Inglaterra, início do século XIX. Charlote Brontë relembra alguns episódios de sua vida com seu pai, o reverendo Brontë, suas duas irmãs, Emily e Anne, assim como seu irmão Branwell, um pintor. Enquanto as três irmãs escrevem seus romances e poemas, o irmão, apaixonado por uma mulher que se recusa a se casar com ele, entrega-se ao álcool e às drogas. Elas ficaram célebres por suas obras, Emily Brontë (“O morro dos ventos uivantes”), Charlotte Brontë (“Jane Eyre”) e Anne Brontë (“A moradora de Wildfell Hall”). Além do filme, o disco traz o documentário “Os Fantasmas de Haworth”, com 58 min, e o trailer de cinema. A direção é de André Téchine. Filme com tela widescreen anamórfico e Áudio em Dolby Digital 5.1. (T. O.: “Les Soeurs Brontë”)