sexta-feira, 25 de maio de 2007

Claquete – 25 de maio de 2007


Newton Ramalho - colunaclaquete@gmail.com

O que está em cartaz

Os cinemas de Natal continuam cheios de aranhas, e lá vem uma nova invasão, desta vez, de piratas! Para se ter idéia, das 14 salas de cinema de Natal, 12 estarão divididas entre “Homem-Aranha 3” e “Piratas do Caribe 3 – No Fim do Mundo”, única estréia da semana. Nas continuações, além do aracnídeo, tem a comédia “Escola de Idiotas”, e, nas programações exclusivas, o Cinemark oferece “Maria Antonieta”, de Sofia Coppola, com Kirsten Dunst no papel-título, o suspense “Número 23”, com Jim Carrey, e a comédia romântica “Minha Mãe Quer Que Eu Case”. No Moviecom, continuam em cartaz os dramas “Pecados Íntimos”, com Kate Winslet e Jennifer Connely, e o nacional “O Cheiro do Ralo”. Não deixe de conferir a matéria sobre os trinta anos da série “Star Wars”.

Estréia 1: “Piratas do Caribe 3 – No Fim do Mundo”

O lorde Cuttler Beckett (Tom Hollander), da Companhia das Índias Orientais, detém o comando do navio-fantasma Holandês Voador. O navio, agora sob o comando do almirante James Norrington (Jack Davenport), tem por missão vagar pelos sete mares em busca de piratas e matá-los sem piedade. Na intenção de deter Beckett, Will Turner (Orlando Bloom), Elizabeth Swann (Keira Knightley) e o capitão Barbossa (Geoffrey Rush) precisam reunir os Nove Lordes da Corte da Irmandade. Porém, falta um dos Lordes, o capitão Jack Sparrow (Johnny Depp). O trio parte para Cingapura, na intenção de conseguir o mapa que os conduzirá ao fim do mundo, o que possibilitará que Jack seja resgatado. Porém, para conseguir o mapa, eles precisarão enfrentar um pirata chinês, o malévolo capitão Sao Feng (Chow Yun-Fat). Assim poderão resgatar Jack, o Pérola Negra e lutar enfim contra o temido Holandês Voador e seus algozes. Terceira seqüência da grife “Piratas do Caribe”, baseado em um brinquedo da Disneyworld. A direção é de Gore Verbinski. “Piratas do Caribe 3 – No Fim do Mundo” estréia nesta sexta-feira, nas Salas 1 (dublado), 2 e 6 (legendado) do Cinemark. Para maiores de 12 anos.



Novidades

“A Rainha”, em DVD

Quando a notícia da morte da Princesa Diana chega ao público britânico, a rainha Elizabeth II está de férias no seu castelo de verão, sem compreender o sentimento do público frente aquela tragédia. Tony Blair, o Primeiro-Ministro recém-eleito, percebeu, de imediato, que o choque pela morte da princesa poderia se converter em rejeição à realeza, frente à frieza da família real. Conforme a manifestação pública cresce, ele precisa encontrar uma forma de reaproximar a rainha de seus súditos. Nas locadoras no início de junho.

“O Homem Duplo”, em DVD
Num futuro próximo, a guerra do governo norte-americano contras as drogas se juntou à guerra ao terror. Numa sociedade cada vez mais policiada foi desenvolvido um novo sistema de disfarce, sob o qual trabalha o policial Bob Arctor (Keanu Reeves). Enquanto investiga seus amigos mais próximos, ele acaba recebendo ordens para investigar sua própria vida e embarca num estranho pesadelo, no qual identidade e lealdade não parecem mais ter um sentido claro. O diretor Richard Linklater utiliza a técnica da rotoscopia digital, em que as cenas são rodadas com atores e, posteriormente, recobertas por animação gráfica. O disco traz formato de tela widescreen e som Dolby Digital. Como extras, comentários do diretor e de Keanu Reeves e os documentário “Um Verão em Austin: A História de Filmagem de "O Homem Duplo"” e “O Peso do Traço: Contos de Animação”. “O Homem Duplo” é baseado em um livro de Philip K. Dick, o criador do personagem Blade Runner.

“Moby Dick”, no projeto Cinema & Literatura

O Cineclube Natal e a Livraria Bortolai exibirão “Moby Dick”, de John Huston, no Projeto “Cinema e Literatura”. O filme, de 1956, é baseado no romance homônimo do escritor Herman Melville, e retrata a insana obsessão de um velho capitão em matar uma lendária baleia branca, que, anos atrás, arrancou-lhe a perna. A sessão será neste sábado, 26, às 18h, no auditório da própria livraria, na Avenida Afonso Pena, 805, Tirol. Ao término da sessão haverá debate com a platéia. O acesso é gratuito. Para maiores de 12 anos.

Cineclube Natal exibe “Crepúsculo dos Deuses”

O Cineclube Natal, prosseguindo a programação especial do seu mês de aniversário, exibe neste domingo, dia 27, o clássico “Crepúsculo dos Deuses”, do diretor Billy Wilder. O longa de Wilder, ganhador de três Oscars e quatro Globos de Ouro, é uma das mais devastadoras sátiras sobre o lado sombrio do ser humano e da indústria de cinema americano. A exibição começa às 17h, no Teatro da Cultura Popular (TCP), ao lado da Fundação José Augusto. Após o término da sessão haverá debate com a platéia. A entrada custa R$ 2,00. Sócios do Cineclube e filiados à Adurn não pagam.

Centenário de John Wayne

No dia 26 de maio, John Wayne, um dos maiores nomes de Hollywood, completaria 100 anos de vida. Muito identificado com o gênero faroeste, Wayne participou de cerca de 250 filmes, tendo sido o protagonista em 142 deles. Nascido em 1907, com o nome de Marion Robert Morrison, foi jogador de futebol americano, dublê e contra-regra, antes de conhecer o diretor John Ford, que o dirigiu em vários filmes no final dos anos 1920 e lhe deu o personagem de “No Tempo das Diligências”, de 1939. Wayne ganhou o Oscar por “Bravura Indômita”, em 1969, e morreu de câncer dez anos depois. Muito patriota, participou de vários filmes em que encarnou o herói americano, inclusive o polêmico “Os Boinas Verdes”, que defendia a guerra do Vietnã.

Home Theater sem fio

Depois do controle remoto e do telefone, a moda do sem fio chegou ao home theater. A D-Link, mais conhecida por suas soluções sem-fio na área de informática, entra na área de home theater lançando o Wireless HD media player DSM-520. O acessório permite receber arquivos de música, vídeos e fotos de um computador a partir de um roteador Wi-Fi de qualquer marca. Utilizando conexões HDMI, componente ou S-Video, o aparelho pode captar, ainda, páginas da internet e enviar todo o conteúdo para a tela do TV ou para o receiver, por meio de tomadas digitais de áudio óptica e coaxial.

Doclisboa 2007

Atenção, cineastas natalenses. Estão abertas, até 15 de junho, as inscrições para o doclisboa 2007 - 5º Festival Internacional de Cinema Documental de Lisboa, que acontece de 18 a 28 de Outubro. Podem concorrer filmes de longa, média e curta metragem, nos formatos 35mm, 16mm e vídeo. Para mais informações, regulamento e inscrições, consultar o site http://www.doclisboa.org/.




Especial: Trinta anos de “Star Wars”


Nos idos de 1977, quando eu passava em frente ao imponente Cine Municipal, em João Pessoa, sentia forte curiosidade sobre um filme que estava prestes a entrar em cartaz, com o pomposo título de “Guerra nas Estrelas”. Sendo de uma família fã de ficção-científica, não precisei muito convencimento para arrastar minha mãe e a noiva para conferir o novo filme. Nem é preciso dizer que saí empolgado com o que vi, mas, mesmo com as entrevistas do jovem diretor George Lucas, falando em três trilogias, não levei muito a sério essa história (acho que nem ele mesmo acreditava nisso).

No filme, o jovem Luke Skywalker (Mark Hammil) sonha em ser piloto de caça, mas, se vê envolvido em uma guerra intergalática quando seu tio compra dois robôs e com eles encontra uma mensagem da princesa Leia Organa (Carrie Fisher) para o jedi Obi-Wan Kenobi (Alec Guiness) sobre os planos da construção da Estrela da Morte. Luke, então, se junta aos cavaleiros jedi e ao mercenário Hans Solo (Harrison Ford), para tentar destruir esta terrível ameaça. Uma história simples, quase infantil, com muita referências aos samurais, faroeste e batalhas da Segunda Guerra Mundial.

A década de 70 foi a década dos grandes filmes catástrofe, com sucessos estrondosos, como “Aeroporto”, “Terremoto”, “Inferno na Torre”, “Tubarão”, além de filmes intensos, como “Poderoso Chefão”, “Um Dia de Cão”, “Operação França” e “Exorcista”, só para citar alguns.

Como poderia, então, se explicar o sucesso de um filme que não dava a mínima atenção para os princípios científicos tão respeitados em “2001: Uma Odisséia no Espaço”, do genial Stanley Kubrick? Afinal de contas, naves explodiam no espaço com muito barulho, espadas de luz pareciam ser sólidas e outras tantas coisas curiosas.

Mas, talvez tenha sido exatamente isso o que despertou a simpatia dos espectadores, principalmente o público infanto-juvenil, pouco interessado em cientificidades. A paixão pelo novo gênero, “space opera”, uma referência às novelas deles, chamadas de soap operas, trouxe, na esteira, uma procura por brinquedos e outros objetos com os personagens do filme. O estúdio não havia se interessado por isso – decisão da qual devem ter se arrependido amargamente – ficando tudo para Lucas.

O filme foi considerado barato, apenas dez milhões de dólares. Mesmo considerando-se a inflação em dólares, que elevaria essa soma cinco vezes, ainda é uma fração do que foi gasto nos últimos episódios da série. Calcula-se que a saga já rendeu cerca de 20 bilhões de dólares. Muita gente torceu o nariz, na época, principalmente os meus colegas críticos (eu não, pois ainda ralava nos bancos da engenharia), tanto que, apesar do sucesso de público, o filme ganhou seis Oscars considerados “técnicos”, Direção de Arte, Figurino, Efeitos Especiais, Montagem, Trilha Sonora e Melhor Som. Ganhou ainda um Oscar especial, dado a Ben Burtt, pelo seu trabalho junto aos efeitos sonoros do filme.

Mas, mais de duzentos milhões de dólares de bilheteria, só nos Estados Unidos são um argumento difícil de considerar. Assim, em 1980 foi lançada a continuação, “O Império Contra-Ataca”, e, em 1983, o capítulo final, “O Retorno do Jedi”. Com isso, o público em geral achava que a saga estava encerrada.

Mas, Lucas, agora um diretor famoso e cheio da grana, dono da mais importante empresa de efeitos especiais de Hollywood, a Industrial Light & Magic, mais conhecida como IL&M, não iria desistir assim tão fácil do seu sonho original. 22 anos depois do filme original, Star Wars retornava aos cinemas, agora com “Episódio 1 – A Ameaça Fantasma”, mostrando a origem de Anakin Skywalker, futuro pai de Luke, o herói do primeiro filme (que viraria o quarto, na seqüência histórica). A estes se seguiram “Episódio 2 – O Ataque dos Clones” e “Episódio 3 – A Vingança dos Sith”, este último apresentando, nos minutos finais, o nascimento do maior vilão do cinema, Darth Vader.

Muita coisa mudou, entre a primeira trilogia e a segunda. Mesmo com o fascínio de Hollywood com o sucesso do primeiro “Star Wars” (posteriormente rebatizado de “Episódio 4 – Uma Nova Esperança”), George Lucas dedicou-se à IM&L, deixando as duas seqüências com outros diretores, Irvin Kershner, para “O Império Contra-Ataca” (considerado, por muitos, o melhor da série) e Richard Marquand, para “O Retorno do Jedi”.

Já os episódios da segunda trilogia, ficaram todos sob a batuta de Lucas. Entre uma trilogia e outra, Lucas ficou milionário, não só com a IM&L, mas, também com os inúmeros relançamentos da primeira trilogia. Além do cinema, a série foi lançada em VHS, em laserdisc, novamente nos cinemas e VHS, com os efeitos especiais atualizados e, finalmente, em DVD. Já correm boatos sobre uma nova edição em 3-D, embora o que seja mais provável é uma edição especial com os seis episódios.

Houve uma sensível mudança, da primeira trilogia para a segunda. Enquanto que, na primeira, estava muito bem definido quem era vilão e quem era mocinho, na segunda, o público fica meio confuso com a transição do precoce Anakin para o malévolo Darth Vader, que só aparece nos minutos finais de “A Vingança dos Sith”.

Muitos fãs ainda tem esperança de que seja feita a prometida terceira trilogia, que narraria os acontecimentos após “O Retorno do Jedi”, mas, não há nada de concreto no ar. Mas, para quem precisou esperar vários anos para o “Episódio 1”, sempre há uma – velha – esperança de que o tio Lucas ponha as mãos na massa e cumpra o prometido.

Até lá, contamos com a magia do DVD para curtir os seis episódios da série, seja em que seqüência se queira, com histórias adicionais, com os desenhos das Guerras Clônicas, também criadas por Lucas. Aliás, já que não dá para participar das inúmeras festividades que comemorarão as três décadas do primeiro filme, que tal organizar uma super sessão, chamar os amigos e curtir a data? Não esqueçam de me convidar. Que a Força esteja com vocês!

sexta-feira, 18 de maio de 2007

Claquete – 18 de maio de 2007


Newton Ramalho - colunaclaquete@gmail.com

O que está em cartaz

Ainda sob o impacto do Homem-Aranha, e próximo da chegada de “Piratas do Caribe 3”, as estréias são poucas e tímidas. O mais famoso é “Maria Antonieta”, de Sofia Coppola, com Kirsten Dunst no papel-título, estreando apenas no Cinemark. Tem ainda a comédia “Escola de Idiotas”, o drama “Pecados Íntimos”, com Kate Winslet e Jennifer Connely, e o nacional “O Cheiro do Ralo”, drama, com Selton Mello, os dois últimos apenas no Moviecom. Nas continuações, “Número 23”, suspense, com Jim Carrey, “Homem-Aranha 3”, e a animação “A Família do Futuro”. Nas programações exclusivas, o Cinemark exibe a comédia romântica “Minha Mãe Quer Que Eu Case” e o Moviecom mantém em cartaz o drama “O Bom Pastor”, de Robert de Niro. O Cinemark promove uma sessão de estréia de “Piratas do Caribe 3”, no primeiro minuto do dia 25 de maio.

Estréia 1: “Maria Antonieta”

A princesa austríaca Maria Antonieta (Kirsten Dunst) é enviada, ainda adolescente, à França, para se casar com o príncipe Luis XVI (Jason Schwartzman), como parte de um acordo entre os dois países. Na corte de Versalhes, ela é envolvida em rígidas regras de etiqueta, ferrenhas disputas familiares e fofocas insuportáveis, mundo em que nunca se sentiu confortável. Praticamente exilada, ela decide criar um universo à parte, dentro daquela corte, no qual pode se divertir e aproveitar sua juventude. Só que, fora das paredes do palácio, a Revolução não pode mais esperar para explodir. Ganhador do Oscar de Melhor Figurino. A direção é de Sofia Coppola. “Maria Antonieta” estréia nesta sexta-feira, na Sala 3 do Cinemark. Para maiores de 14 anos.

Estréia 2: “Escola de Idiotas”

Roger (Jon Heder) é um jovem guarda de trânsito que sofre de ansiedade e baixa estima. Para superar estes problemas ele decide se matricular em um curso secreto, ministrado pelo estiloso Dr. P (Billy Bob Thornton), que promete tornar as pessoas mais confiantes. Só que o Dr. P é na verdade um picareta e, com a ajuda de seu assistente Lesher (Michael Clarke Duncan), usa métodos nada ortodoxos e até mesmo perigosos. A direção é de Todd Phillips. “Escola de Idiotas” estréia nesta sexta-feira, na Sala 1 do Cinemark, e no Cine 7 do Moviecom. Para maiores de dez anos.

Estréia 3: “Pecados Íntimos”


Em um bairro elegante do subúrbio, famílias de classe média alta criam os seus filhos para um futuro brilhante. Um mundo de filhos e pais perfeitos...pelo menos durante o dia, é claro. À noite, entre quatro paredes, tudo se transforma. Os papais e mamães perfeitos tentam escapar de suas rotinas nada excitantes recorrendo à pornografia na internet ou então a casos extraconjugais. E, enquanto estes casais tentam recuperar, em segredo, a intensidade de seus dias de adolescência, suas vidas começam a se cruzar de maneira surpreendente e muito perigosa. O filme, indicado para três Oscars, tem Kate Winslet e Jennifer Connely, no elenco. A direção é de Todd Field. “Pecados Íntimos” estréia nesta sexta-feira, no Cine 1 do Moviecom. Para maiores de 16 anos.

Estréia 4: “O Cheiro do Ralo”

Lourenço (Selton Mello) é o dono de uma loja que compra objetos usados. Aos poucos, ele desenvolve um jogo com seus clientes, trocando a frieza pelo prazer que sente ao explorá-los, já que sempre estão em sérias dificuldades financeiras. Ao mesmo tempo, Lourenço passa a ver as pessoas como se estivessem à venda, identificando-as através de uma característica ou um objeto que lhe é oferecido. Incomodado com o permanente e fedorento cheiro do ralo que existe em sua loja, Lourenço vê seu mundo ruir quando é obrigado a se relacionar com uma das pessoas que julgava controlar. “Cheiro do Ralo” estréia nesta sexta-feira, no Cine 3 do Moviecom. Para maiores de 16 anos.


Novidades

“Babel”, em DVD

Foi lançado, para locação, o filme “Babel”, ganhador do Oscar de Melhor trilha Sonora e o Globo de Ouro de Melhor Filme – Drama. O filme conta a história de pessoas comuns, em diferentes locais do mundo, com personagens que, em algum momento, se cruzam em situações aparentemente banais, mas que levam a desfechos inesperados, que afetarão a vida de todos. Dirigido por Alejandro González-Iñárritu (“Amores Brutos”) e com Brad Pitt, Cate Blanchett e Gael García Bernal no elenco. O disco traz formato de tela widescreen, áudio em inglês DD 5.1 e nenhum extra.

“Uma Verdade Inconveniente”, em DVD

O ex-vice-presidente americano Al Gore apresenta uma advertência e impressionante visão do futuro de nosso planeta de nossa civilização, no documentário mais importante do ano, merecedor do Oscar da categoria. Trata-se de um alerta que perpassa mitos e conceitos errados, para revelar a mensagem que o superaquecimento global é um perigo real e imediato. O disco traz formato de tela widescreen anamórfico e som Dolby Digital 5.1. Como extras, comentários do diretor Davis Guggenheim, dos produtores, o documentário “Uma conversa com o Ex-Vice-Presidente Al Gore”, Making Of, o Clipe de Melissa Etheridge “I Need to Wake Up”, ganhadora do Oscar de Melhor Canção Original, e um DVD do Greenpeace, com 64 min.

Cineclube Natal exibe “Café da Manhã em Plutão” no seu segundo aniversário

O Cineclube Natal, comemorando o seu segundo ano de atividades, exibe neste domingo, dia 20, “Café da Manhã em Plutão”, do diretor irlandês Neil Jordan. O filme, que continua inédito no circuito local, será apresentado em parceria com o Teatro de Cultura Popular (TCP). A exibição começa às 17h, no TCP, ao lado da Fundação José Augusto. Após o término da sessão haverá debate e sorteio de DVD´s e pôsteres. Excepcionalmente, não será cobrado ingresso. A censura é 16 anos. Claquete parabeniza a direção e os sócios do Cineclube, pela persistência e amor à Sétima Arte.

“He-Man” e “She-Ra”, em DVD

“Eu tenho a força!”. Este bordão, que ecoou em muitos lares nos anos 80, está de volta, graças à magia do DVD. A primeira temporada do herói de Etérnia, sempre às voltas com o Esqueleto, foi lançada em um box com seis discos, contendo 33 episódios. Para alegria dos saudosistas, a dublagem em português é a mesma da televisão, gravada pelos estúdios Herbert Richers. Foi lançado, também, uma lata com os cinco melhores episódios de She-Ra, o longa “O Segredo da Espada Mágica” e a primeira temporada de He-Man. Nas lojas e locadoras.

Concurso de fotografia

Estão abertas as inscrições para o Concurso Fotográfico “Um olhar sobre a cultura potiguar”, promovido por alunos do Curso de Comunicação da UFRN. As inscrições, que são gratuitas, podem ser feitas até o dia 1° de julho. O edital está disponível, através do site www.olharcultural.com. Os participantes podem inscrever até três fotografias, medindo 20x30cm, em papel fotográfico fosco, e enviar para o endereço: Concurso Fotográfico “Um olhar sobre a cultura potiguar” Caixa Postal 1653, CEP 59078-970 – Natal/RN. Serão selecionadas 20 fotografias, que serão exibidas na Mostra Fotográfica Itinerante, realizada nas agências do Banco do Nordeste. A premiação será de R$ 4.800,00, distribuídos entre os 20 primeiros classificados.

“A Classe Operária Vai ao Paraíso”, no Ciclo de Filmes e Debates

O Ciclo de Filmes e Debates “O Trabalho no Mundo Contemporâneo”, coordenado pelo professor Gabriel Vitullo, do Departamento de Ciências Sociais, exibirá, na próxima quarta-feira, dia 23, o filme “A Classe Operária Vai ao Paraíso”, do diretor Elio Petri. A programação segue até novembro deste ano, com duas exibições por mês, sempre às 19h, no auditório A, do Núcleo Avançado de Políticas Públicas, prédio do “Azulão”. Mais informações através dos emails gvitullo@hotmail.com e fas@digizap.com.br.


Filme da Semana: “Retratos da Vida”

O jacaré de Lelouch

Quem já foi na praia do Jacaré, em João Pessoa, deve ter se encantado ao assistir o sol se pondo ao som do Bolero de Ravel. Essa cena evoca uma outra, onde esse mesmo Bolero serve de abertura e encerramento do filme “Retratos da Vida”, do diretor francês Claude Lelouch, no antológico balé de Jorge Donn, em pleno Trocadero parisiense.

Lelouch, autor do maravilhoso “Um Homem, Uma Mulher”, que lhe rendeu o Oscar de Melhor Roteiro Original, pensou grande, em “Retratos da Vida”. Partindo da idéia de que, no mundo, há poucas histórias de vida, que se repetem ao sabor do destino, ele percorre quatro décadas de história, acompanhando a saga de algumas pessoas, nos Estados Unidos, França, Alemanha e Rússia. O que há de comum entre eles? O amor pela música.

Nos Estados Unidos, no final dos anos 30, o band leader Jack Glenn (James Caan) comemorava o nascimento da filha Sarah, ao lado da mulher, Suzan (Geraldine Chaplin) e do filho Jason. Do outro lado do mundo, a jovem bailarina Tatiana (Rita Poelvoorde), se não conseguiu uma vaga no concorrido corpo de balé Bolshoi, encontrou o amor de sua vida, Boris Itovitch (Jorge Donn). Na Alemanha, o jovem pianista Karl Kremer (Daniel Olbrychski) tinha a honra de ser cumprimentado pelo líder máximo do país, Adolf Hitler, que ficara encantado com a sua apresentação. Na França, a jovem violinista Anne Meyer (Nicole Garcia) conhece e se casa com o pianista Simon Meyer (Robert Hossein), enquanto que Evelyne (Evelyne Bouix), que viera de Dijon para casar-se, desencontra do noivo e passa a ganhar a vida como cantora nos night clubs de Paris.

A Segunda Guerra Mundial abala profundamente todas estas histórias. O russo Boris morre no front, obrigando sua mulher a criar, sozinha, o filho Sergei. Anne e Simon, ambos judeus, são enviados para um campo de extermínio. Pressentindo que não haveria futuro para eles, Simon aproveita uma parada do trem para deixar o filho bebê nos trilhos. O garoto é salvo por um camponês, que o deixa na casa de um padre. Simon morre na câmara de gás, enquanto Anne consegue sobreviver, mas, não tem notícia do paradeiro do filho.

Karl, promovido a oficial, comanda evoluções de uma banda militar na Paris ocupada, atraindo a atenção de Evelyne. Os dois têm um romance que irá ser interrompido com o fim da guerra. Karl é extraditado de volta para a Alemanha, onde descobre que o único filho morrera em um bombardeio, enquanto que Evelyne é castigada por populares, por relacionar-se com um alemão. A volta para a casa dos pais, com uma filha recém-nascida, é tão humilhante, que ela não consegue resistir à pressão, e se suicida.

Vinte anos depois, nos efervescentes anos 60, outras guerras estão acontecendo, no Vietnã e na Argélia. As crianças agora estão adultas, cada qual com os seus próprios problemas. Sarah (Geraldine Chaplin) enveredou pela profissão de cantora, ao lado do irmão Jason (James Caan), que tem dificuldades para lidar com a própria sexualidade. Na Rússia, Sergei firma-se como bailarino, mas decide fugir para o Ocidente, durante uma turnê pela Europa. Robert Prat (Robert Hussein), o jovem órfão criado pelo padre, inicia uma carreira como advogado, enquanto Edith (Evelyne Bouix) repete os passos da mãe, saindo de Dijon para Paris, sonhando com uma carreira artística.

Um novo salto no tempo, nos anos 80, e já encontramos uma nova geração iniciando no mundo artístico. Os encontros e desencontros vão acontecendo, finalizando em um grande concerto promovido pela Unicef para levantar fundos, onde todos os personagens irão participar.

Não é errado classificar “Retratos da Vida” como um musical, pois a música e a dança perpassam todo o filme, fazendo parte da composição de cada personagem, graças à maravilhosa trilha de Francis Lai e Michel Legrand. Mas, este filme é muito mais do que um simples musical. Lelouch consegue mostrar a sua visão da história, nos tornando cúmplices em seu voyeurismo silencioso, sem tomar partidos ou fazer julgamentos de valor. O elenco estelar, que valoriza extremamente o filme, reúne grandes nomes do cinema europeu, como Robert Hussein, Fanny Ardant, como do americano, tipo Geraldine Chaplin e James Caan. É difícil não perceber uma ponta da estreante Sharon Stone, no final do filme.

Aliás, foi uma jogada de mestre o uso de um mesmo ator para fazer pais e filhos, já que, em uma história com tantos personagens, fica mais fácil acompanhar a trajetória de cada família através dos rostos conhecidos.

Este filme era ansiosamente aguardado pelos fãs, que demorou a ser lançado em DVD. A edição, da cearense Classicline, não traz nenhum extra, mas, ao menos o formato de tela está em widescreen e o som Dolby Digital 2.0. Embora seja difícil de encontrar este disco em uma loja física, é possível comprá-lo pela internet, inclusive com descontos promocionais. Isso é um incentivo a mais, para ter esta jóia em sua prateleira. Afinal, ao contrário do por do sol do Jacaré, teremos quase três horas de deleite para olhos e ouvidos. Experimente.

sexta-feira, 11 de maio de 2007

Claquete – 11 de maio de 2007


Newton Ramalho - colunaclaquete@gmail.com

O que está em cartaz

Os cinemas de Natal continuam infestados de aranhas, a ponto de “Homem-Aranha 3” continuar ocupando a maioria das salas disponíveis. Vou ficar devendo a resenha, pois, apesar da infestação, ainda não consegui ver o aracnídeo. Sobram aranhas, faltam estréias. De novo, só “Número 23”, com Jim Carrey tentando fazer um papel dramático. Continuam em cartaz “Homem-Aranha 3” e a animação “A Família do Futuro”. Nas programações exclusivas, o Cinemark exibe a comédia romântica “Minha Mãe Quer Que Eu Case” e “As Férias de Mr. Bean”. Já o Moviecom mantém em cartaz os dramas “Apocalypto”, de Mel Gibson, e “O Bom Pastor”, de Robert de Niro, o documentário “O Segredo”, o suspense “A Colheita do Mal”, com Hilary Swank, o épico “300”, e “As Tartarugas Ninja – O Retorno”. Já estão à venda os ingressos para a estréia de “Piratas do Caribe 3”, que acontece no dia 25 de maio.

Estréia 1: “Número 23”

Walter Sparrow (Jim Carrey) é um simplório pai de família, que ganhou um livro de presente de sua esposa, Agatha (Virginia Madsen). Chamado "O Número 23", o livro narra a obsessão de um homem com este número e como isto começa a modificar sua vida. Ao lê-lo Walter reconhece várias de suas passagens, como sendo situações que ele próprio viveu. Aos poucos ele nota a presença do número 23 em seu passado e também no presente, tornando-se cada vez mais paranóico. Como o livro termina com uma morte brutal, Walter passa a temer que ele esteja se tornando um assassino. A direção é de Joel Schumacher. “Número 23” estréia nesta sexta-feira, na Sala 4 do Cinemark, e no Cine 1 do Moviecom. Para maiores de 14 anos.


Novidades

“Turistas”, em DVD


Quer falar deste filme com propriedade? É só passar na locadora para conferir esta “pérola” da ignorância americana sobre o nosso país e nossa cultura. Um grupo de jovens turistas alienados, em visita ao Brasil, é seqüestrado e aprisionado por uma quadrilha que pratica tráfico de órgãos. O filme foi muito criticado, mesmo antes de estrear por aqui. Ao menos, o formato de tela é widescreen e o som Dolby Digital 5.1. Agora, a escolha fica por conta e risco do freguês. Nas locadoras.

“Flores do Amanhã”, em DVD

No ano de 1976, a morte de Mao Tse Tung encerrou o negro período da Revolução Cultural da China. O pintor Gengnian passou anos aprisionado em um campo de trabalhos forçados, onde teve suas mãos deformadas. Ele volta para casa, para os braços de sua amada esposa Xiuqing e para seu filho de nove anos. Mas, o garoto, Xiagyang, além de não reconhecê-lo, sente-se profundamente incomodado com esta nova presença na sua vida. Bela produção chinesa, mostrando um aspecto pouco conhecido da história recente da China. Nas locadoras.

Cineclube Natal exibe “8 1/2”

O Cineclube Natal, em parceria com o Teatro de Cultura Popular (TCP), exibe neste domingo, dia 16, um dos mais importantes filmes de Fellini, “8 1/1”. Também será apresentado o premiado curta-metragem “Simião Martiniano - O Camelô do Cinema”, de Clara Angélica e Hilton Lacerda. A exibição começa às 17h, no TCP, ao lado da Fundação José Augusto. Após a exibição, haverá debate com a platéia e sorteios de um DVD e pôsteres. Os ingressos custam R$ 2,00. Sócios do Cineclube e Adurn não pagam. Para maiores de 14 anos.

“O Mestre das Armas”, em DVD

A versão romanceada da história de Huo Yuanjia (1869-1910), célebre lutador chinês que montou uma escola de artes marciais em Xangai foi lançada em DVD. O filme mostra a trajetória de Huo, seu deslumbramento com a fama, a decadência, o retorno aos valores mais simples de sua cultura, e sua volta triunfal, em um desafio à crescente influência das potências colonizadoras que invadiam a china no início do século XX. O disco traz o formato de tela widescreen, áudio em Dolby Digital 5.1, e, como extras, Cenas Deletadas; “A Jornada Destemida”; Slide Show; Trailer de cinema e outros títulos. Nas locadoras.

Festival Brasileiro de Cinema Universitário abre inscrições


A 12ª edição do Festival Brasileiro de Cinema Universitário vai exibir na WEB e nos celulares obras com até cinco minutos de duração, realizadas por estudantes universitários em qualquer suporte e em qualquer época. O Festival, que acontecerá de 28 de maio a 10 de junho, aceita inscrições de trabalhos realizados por universitários de todo o Brasil, cursando qualquer faculdade, em todas as áreas de conhecimento. Inscreva seu curta no site http://www.fbcu.com.br/, ou solicite a ficha de inscrição através do e-mail competitiva@fbcu.com.br.

“A Família do Futuro”, em game

Pegando carona no sucesso do filme, foi lançado no mercado um game com os mesmos personagens. Diferente do filme, Wilbur Robinson é o protagonista, em vez do loirinho Lewis. Utilizando a máquina do tempo de seu pai, Wilbur passeia pela história, para aprender as ações básicas do jogo. Quando o ambiente é a mansão dos Robinsons Wilbur montará todo tipo de invenções malucas. A distribuição no Brasil é da Positivo Informática. Mais informações, no fone (0800) 41-4636 ou no site http://www.positivodireto.com.br/.

Concurso Nacional de Contos

Atenção, escritores potiguares. A Secretaria de Cultura do Rio Grande do Sul, a Fundação Universidade de Passo Fundo e a Prefeitura Municipal de Passo Fundo estão promovendo o 10º Concurso Nacional de Contos Josué Guimarães, destinado a contistas com obras publicadas ou não, que apresentem textos inéditos. Cada participante deverá apresentar três obras. As inscrições vão até 31 de maio, podendo ser feitas pessoalmente, ou, pelo correio. Não serão aceitas inscrições pela internet. Mais informações no site www.upf.br/concursodecontos.




Cabos e alimentação elétrica: o elo fraco do hometheater

Um chavão comum na área de segurança industrial é a de que a resistência de uma corrente é a resistência do seu elo mais fraco. Isso é verdadeiro para muita coisa, principalmente para equipamentos de home theater. Eu fico sempre impressionado como as pessoas gastam milhares de reais em tv de plasma, amplificadores e caixas de som, e ligam tudo com fios vagabundos, prejudicando o som e a imagem finais.

Já falei nesta coluna sobre como o uso de conectores tipo S-VHS ou Video Componente pode melhorar muito a imagem recebida de um DVD. Mas, não é só o conector que altera o resultado final, a qualidade do cabo também.

Quando compramos um DVD player ou um home theater, os cabos que acompanham os equipamentos são só isso: acompanhantes! Geralmente são fios muito finos, com péssimo isolamento, solda industrial e conectores baratos, que irão se oxidar em pouco tempo.

Quando se monta um home theater, com TV, DVD, receptor de satélite, videocassete, o receiver e as caixas acústicas, há uma enormidade de fios ligando os equipamentos, sem falar nos cabos de alimentação elétrica. Se os cabos que interligam os equipamentos não tiverem um isolamento adequado, ocorrerão interferências que resultarão em uma imagem ou som defeituosos.



Quando comprei a minha primeira TV com entrada Video Componente, aqueles conectores azul, verde e vermelho, fiz a ligação com um cabo que um colega comprou de um camelô em São Paulo. A imagem ficou pior do que com a ligação S-VHS – e um cabo decente. Quando eu comprei um cabo Video Componente de um fabricante mais sério, o ganho de imagem foi absurdo, o que me fez levar mais a sério a questão da qualidade dos cabos.

Os especialistas dizem que se deve reservar 10% do investimento do home theater para os cabos. Não serei tão radical assim, pois existem bons fabricantes, nacionais, inclusive, que fornecem produtos de boa qualidade, a um preço mais acessível. Para se ter idéia, o cabo triplo RCA (aquele amarelo, branco e vermelho), de um bom fornecedor nacional, custa cerca de 20 reais. O mesmo produto, importado, fabricado pela Acoustic Research, com terminais banhados a ouro, não sai por menos de 60 reais. O nacional atende tão bem quanto o importado, mas, nunca o cabinho comprado no camelô por quatro reais!

O mesmo ocorre com os fios que ligam as caixas de som. Existem fabricantes nacionais que fornecem fios de excelente qualidade, mas, a preços mais salgados. Para uma solução intermediária, nada que um passeio no Alecrim, naquela rua das lojas de eletrônicos não resolva.

O outro ponto que sempre fica a desejar na instalação de um home theater é a alimentação elétrica. Já ví equipamentos caríssimos ligados todos em um “tê” em uma única tomada, sujeitos a um curto-circuito que poderia causar danos irreversíveis.

Para começo de conversa, o ideal seria ter um circuito exclusivo para o home theater, assim como temos para a máquina de lavar roupas e ar condicionado. Se você acham exagerado a comparação, é só ir somando o consumo dos seus equipamentos. Uma TV de plasma pode chegar a 400W, um receiver, 300W, e um projetor, 250W...

E antes que eu me esqueça: NÃO use estabilizadores de informática. Equipamentos de informática têm necessidades e riscos diferentes dos de um home theater. Existem, no mercado, condicionadores de energia e estabilizadores próprios para equipamentos de áudio e vídeo. O preço é mais caro, mas, o custo benefício compensa.

Alguns dos modelos no mercado permitem manter alguns aparelhos energizados permanentemente, outros alimentados com tensões diferentes (110V ou 220V), alguns permitem até a ligação por etapas, em grupos de equipamentos.

Já existem, em Natal, algumas lojas que trabalham com os produtos mencionados nessa matéria. Caso ache os preços abusivos, apele para a santa Internet. Verifique in loco o equipamento que deseja e depois dê uma vasculhada na rede, pois existem lojas boas e confiáveis à disposição. Obviamente, não estou incluindo aí o Mercado Livre. Nesse, o risco fica por conta do freguês, pois picareta existe em todo lugar, inclusive na internet. Boas compras!

sexta-feira, 4 de maio de 2007

Claquete – 04 de maio de 2007


Newton Ramalho - colunaclaquete@gmail.com

O que está em cartaz

As aranhas invadem os cinemas do Brasil. Não, não precisam chamar a dedetizadora. É a esperada estréia de “Homem-Aranha 3”, com novas aventuras do simpático e confuso aracnídeo. Em Natal, sete das 14 salas disponíveis serão ocupadas por essa estréia. Continuam em cartaz “Apocalypto”, de Mel Gibson, “O Bom Pastor”, de Robert de Niro, (vejam em Filmes da Semana), o épico “300” e a animação “A Família do Futuro”. Nas programações exclusivas, o Cinemark exibe a comédia romântica “Minha Mãe Quer Que Eu Case” e “As Férias de Mr. Bean”. Já o Moviecom mantém em cartaz o documentário “O Segredo”, os suspenses “Hannibal – A Origem do Mal”, sobre a origem do famoso vilão, “A Colheita do Mal”, com Hilary Swank, o divertido road-movie “Motoqueiros Selvagens”, e “As Tartarugas Ninja – O Retorno”.

Estréia 1: “Homem Aranha 3”


Pela terceira vez, retorna às telas o Homem-Aranha, o mais humano dos super-heróis. Bem, o Batman é humano, mas é milionário, o que garante um bocado de poder. Peter Parker (Tobey Maguire) conseguiu encontrar um meio-termo entre seus deveres como o Homem-Aranha e seu relacionamento com Mary Jane (Kirsten Dunst). Porém, o sucesso como herói e a bajulação dos fãs, entre eles Gwen Stacy (Bryce Dallas Howard), filha do chefe da polícia, faz com que Peter se torne autoconfiante demais e passe a negligenciar as pessoas que se importam com ele. Porém, a situação muda quando ele precisa enfrentar Flint Marko (Thomas Haden Church), mais conhecido como o Homem-Areia, que possui ligações com a morte do seu tio Ben. Uma substância negra se funde com o uniforme de Peter, dando a ele novas habilidades. Entretanto, a situação fica ainda mais crítica quando Harry Osborne (James Franco), determinado a vingar-se de Peter pela morte de seu pai, se junta ao Homem-Areia para causar destruição, vestindo uma variação do uniforme do Duende Verde. No caos que se segue, vidas são perdidas - incluindo algumas próximas a Peter - enquanto a substância negra se desprende dele para formar uma nova entidade, se unindo a um distraído Eddie Brock, dando vida a um inimigo que ele talvez não seja capaz de parar: Venom. A direção é de Sam Raimi. “Homem Aranha 3” estréia nesta sexta-feira, nas Salas 1 e 2 (legendado) e 5 (dublado) do Cinemark, e nos Cines 4 e 5 (dublado) e 6 e 7 (legendado) do Moviecom. Para maiores de 12 anos.



Novidades

“A Grande Família”, em DVD

Depois de fazer um exame, Lineu (Marco Nanini) tem certeza de que irá morrer e de que a família Silva não sobreviverá. Ele experimenta, então, três chances de refazer suas relações com todos, de forma que eles não sintam a sua partida. Sem entender o porquê, a família é atingida em cheio por estas atitudes, ora cômicas, ora trágicas. Não há informações técnicas sobre o disco. Nas locadoras.

“Anjos do Sol”, em DVD

Maria, uma menina de 12 anos, é vendida pela família no interior do nordeste brasileiro, a um recrutador de prostitutas, que a envia para um prostíbulo em um garimpo na selva amazônica. Após meses sofrendo abusos, Maria consegue fugir e atravessa o Brasil na carona de caminhões. Mas, a prostituição coloca-se novamente no seu caminho. Fortíssimo filme de Rudi Lagemann, inspirado em histórias reais relatadas na imprensa, foi o grande vencedor do Festival de Gramado. Lamentavelmente, a edição em DVD vem em tela cheia e sem nenhum extra. Mas, o filme vale à pena ser assistido. Nas locadoras.

Museu virtual do som

Está no ar o primeiro museu virtual brasileiro sobre a história da gravação, o Odisséia do Som. Nele, é possível ter acesso a mais de 250 músicas em mp3 para download gratuito e cerca de 1300 para serem ouvidas em streaming, gravadas com as principais bandas, intérpretes e orquestras do início do século 20. O site oferece ainda, para download, quase 300 partituras e apresenta os primeiros registros sonoros da humanidade, inclusive dos experimentos de Thomas Alva Edison, o criador da indústria fonográfica. O endereço é www.odisseiadosom.com.br.

Cassino Royale: Argentina 1 x 0 Brasil

Pois é, pelo menos em edição decente do filme “007 – Cassino Royale”, os argentinos estão ganhando de nós. Enquanto a edição para locação no Brasil saiu só com o filme, sem nenhum extra, a versão argentina vem traz um segundo disco repleto de documentários, clipes e trailers. Agora, o irônico é que este disco dos hermanos foi produzido aqui no Brasil! Dá para acreditar?


Homem-Aranha pra todo lado

Bem, não serve para presente de dia das mães, mas, com a estréia de “Homem Aranha 3”, as lojas online e de tijolo estão vendendo tudo com a imagem do aracnídeo, desde os DVDs dos filmes anteriores, CDs de trilhas sonoras, roupas, brinquedos, material escolar, fantasias e até pantufas do Homem Aranha! Pelo jeito, nos próximos dias teremos overdose de aranhas na cidade...

Cinema na internet

Está procurando informações sobre algum filme em particular? Aqui vão algumas dicas. Um ótimo site, ali de Pernambuco, é o http://www.cinemacomrapadura.com.br/, aberto inclusive para participações dos espectadores. Tem também o http://www.adorocinema.com.br/, que tem uma seção exclusiva para filmes nacionais, o http://www.omelete.com.br/, onde é possível obter informações de futuros lançamentos e o http://www.falhanossa.com.br/, um divertido site que armazena as gafes e erros dos filmes. Para quem domina a língua-pai, tem o http://www.imdb.com/, o mais completo sobre a sétima arte.


Filmes da Semana: “O Bom Pastor”, “Apocalypto” e “O Segredo”

Para fugir do Homem-Aranha...

Neste final de semana, os cinemas foram invadidos pelo “Homem-Aranha 3”, que vai fazer a festa da galera adolescente. Mas, o público adulto tem algumas opções interessantes, que estrearam no final de semana passado. Os filmes são “O Bom Pastor”, de Robert de Niro, “Apocalypto”, de Mel Gibson, e o documentário “O Segredo”.

“O Bom Pastor” conta a tumultuada história da CIA, a famosa agência de contra-espionagem americana, através da ótica de Edward Bell Wilson (Matt Damon). Wilson, filho de um almirante que se suicidara no auge da carreira, é recrutado ainda na universidade, primeiro para uma aristocrática sociedade secreta chamada “Skull and Bones” (não confundam com a Maçonaria, por favor) que se propunha a formar os futuros líderes da nação. Logo, ele é enviado para a Europa, em plena Segunda Guerra Mundial, para aprender com os ingleses os meandros da contra-espionagem, e estruturar um órgão americano, inicialmente denominado OSS (Office of Strategic Services). Segundo o seu criador, o general Bill Sullivan (de Niro), seria uma organização composta por pessoas selecionadas, “sem nenhum judeu, negro e poucos católicos”.

Terminada a guerra com os nazistas, começaria um jogo de gato e rato com os russos, que se estenderia nas próximas décadas. Dedicando-se de corpo e alma à nova agência, a CIA (Central Inteligence Agency), Wilson relega a família a um segundo plano, embora se ressinta disso. O pior é que é obrigado a conviver, 24 horas por dia, com um ambiente onde nunca se possa confiar em ninguém. O fundo do poço é alcançado com o desastrado ataque a Cuba, na Baía dos Porcos, em 1961. Wilson vê-se numa enrascada, onde até a sua família pode ser comprometida com este fracasso.

“O Bom Pastor” é um filme muito interessante, sobre a Guerra Fria e a CIA, mas, não é um filme fácil. Ao contrário dos filmes de 007, este é um filme com pouca ação, muitos diálogos cifrados e personagens confusos, onde o espectador fica tão perplexo quanto os envolvidos. Mas, se o espectador tiver interesse no assunto, certamente irá gostar da forma como os temas são tratados. Prepare-se, quem for assistir, para uma forte cena da execução de uma espiã, num momento absolutamente inesperado.

“Apocalypto”, do ator e diretor Mel Gibson, vendeu uma coisa e entregou outra. Quem foi assistir ao filme esperando ver muito sobre a civilização maia, certamente decepcionou-se. Contudo, a história conduzia muito mais ao personagem Mad Max, do início da carreira de Gibson, do que outra coisa. O que não quer dizer que o filme é ruim, muito pelo contrário.

O herói da história é Pata-de-Jaguar (Rudy Youngblood), um indígena do México pré-colonial. Ele vivia feliz da vida, com a sua tribo no meio da floresta, caçando e pescando, no estilo de vida de uma cultura da pedra polida. A paz da tribo é quebrada com a súbita aparição de guerreiros maias, de uma cultura bem mais avançada, que vinha em busca de escravos, para serem vendidos, ou, oferecidos em sacrifício aos seus deuses.

Aturdidos, eles são arrastados, ao longo da floresta, até uma metrópole construída pela nação maia, que sofria de escassez de colheitas devido a problemas climáticos. Lá, os homens são levados para uma pirâmide, onde seriam sacrificados, para aplacar a fúria dos deuses. Na hora em que iria ser morto, Pata-de-Jaguar é salvo pelo acaso (sempre o acaso, no cinema) devido a um eclipse do sol.

Embora ferido, ele consegue fugir, embrenhando-se na mata, pois precisa salvar a mulher e o filho, que ficaram escondidos em um poço. Ele é perseguido por um grupo de guerreiros sedentos de vingança, que não descansarão enquanto não o matarem. Mas, Pata-de-Jaguar, agora, está em seu próprio território, e irá enfrentar os seus caçadores de igual para igual.

Embora tenha uma boa seqüência de cenas em locações maravilhosas, que retrataria o brilho e a decadência da cultura maia, “Apocalypto” é um filme de ação, com perseguições espetaculares e ótimas cenas de lutas. Para isso, contribui o ótimo elenco, de atores desconhecidos e de origem índia, que dão mais credibilidade ao filme.

Não deixa de ser visível um certo olhar de colonizador, de Gibson, diretor e co-autor do roteiro. Afinal de contas, ele é um católico dos mais conservadores, e não deve ser difícil imaginar que queria mostrar a barbárie dos índios pagãos, antes da chegada dos colonizadores espanhóis. Na verdade, os sacrifícios, muitas vezes, era considerado uma honra, destinando-se, aos voluntários, muitos prazeres, antes da morte.

O filme é considerado violento, embora não chegue aos pés de “Paixão de Cristo”, do próprio Gibson. Contudo, qualquer coisa mostrada no filme é muito pouco se considerarmos o que os soldados e padres espanhóis fizeram a este povo, levando-os à escravidão, à tortura e muitas vezes, a serem queimados vivos simplesmente por não entenderem a confusa doutrina dos colonizadores.

“O Segredo” é totalmente diferente dos filmes comentados acima. Este documentário, de 90 minutos, O "segredo" mencionado no título está relacionado com uma certa "Lei da Atração", que afirma que tudo o que acontece conosco está diretamente ligado ao que pensamos e sentimos.

De acordo com o documentário, o Universo é uma espécie de gênio da lâmpada de Aladim, que favorece, em maior ou menor grau, o atendimento dos nossos desejos - bons ou ruins. Grosseiramente falando, quando nos concentramos em uma determinada coisa, o Universo interpreta que é aquilo que queremos, e isso pode ser um carro novo ou dívidas e dívidas. O grande lance, então, é modificar os nosso pensamentos e sentimentos, de maneira a conseguir só as coisas boas.

O desejo de alguma coisa não pode ser apoiado em pensamentos ou sentimentos ruins ou mesquinhos. O objeto de desejo deve ser imaginado (visualizado é o termo utilizado), como se já estivéssemos utilizando-o e curtindo. O processo passa por pedir, acreditar e receber.

O que todos os entrevistados reforçam é quanto à forma de desejar algo. Uma coisa é querer que aconteça algo. Outra bem diferente é desejar que não aconteça. É citada uma frase de Madre Teresa de Calcutá, que dizia que nunca iria participar de uma manifestação contra a guerra, mas que iria a todas que fossem a favor da paz. É uma diferença sutil, mas, sólida.

No fim do programa surge uma pergunta: e se todos conseguirem tudo o que estão desejando, não vai "faltar"? A resposta é que existe bem para todo mundo, principalmente porque cada um tem uma necessidade. O maior problema parece ser a escolha daquilo que queremos. Muitos confundem a necessidade de bens, dinheiro ou um parceiro, quando a necessidade básica é ser feliz, o que pode não implicar necessariamente nos itens citados. Antes de qualquer desejo, a pessoa deve buscar um autoconhecimento, para entender qual é a sua verdadeira necessidade. Se você está bem, todo o resto será mais fácil.

Apesar de haver algum interesse comercial por trás, seja em livros de auto-ajuda, palestra ou cursos, o que o programa fala é o óbvio ululante, citado por várias personalidades, filosofias e religiões, mas que ninguém presta atenção.

O documentário é bem-feito e dinâmico, mas, só deve ir quem se interesse pelo assunto, já que pode ser maçante para quem espera algo mais “secreto”.