quinta-feira, 30 de julho de 2015

Coluna Claquete – 30 de julho de 2015


 

Newton Ramalho

 

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O que está em cartaz

O mês de julho se despede ao sabor das chuvas, mas não o suficiente para lavar os escândalos e mazelas, que prometem permanecer por muito tempo. E, neste final de semana temos as estreias do terror “Sobrenatural: A Origem”, do drama “Magic Mike XXL” e do policial “Jogada de Mestre”. Nesta semana teremos a reexibição do clássico “Clube dos Cinco”, e da animação “A Bela e a Fera”. Continuam em cartaz a animação “Pixels”, o terror “A Forca”, a ficção-científica “Homem-Formiga”, o infantil “Carrossel – O Filme”, “Cidades de Papel”, “Meu Passado Me Condena 2”, e a animação “Minions”. Nas programações exclusivas, o Moviecom mantém “O Exterminador do Futuro: Gênesis”, enquanto o Natal Shopping exibe a animação “Divertida Mente”. Na seção Filme da Semana vejam a resenha de “Os Olhos Amarelos dos Crocodilos”.

Estreia 1: “Sobrenatural: A Origem”


Em eventos anteriores aos apresentados em “Sobrenatural”, Sean Brenner (Dermot Mulroney) e a filha, Quinn (Stefanie Scott), são aterrorizados por entidades misteriosas. A especialista em fenômenos paranormais Elise Rainier (Lin Shaye) se envolve no caso e busca uma forma de livrar a família do demônio. Este é o terceiro filme sobre a mesma entidade demoníaca. A direção é de Leigh Whannell. “Sobrenatural: A Origem” está em exibição na Sala 1 do Moviecom, Sala 4 do Cinemark, Sala 6 do Natal Shopping, e Sala 3 do Partage Norte Shopping. Classificação indicativa 14 anos. Cópias dubladas e legendadas. (T. O.: “Insidious: Chapter 3”)

Estreia 2: “Magic Mike XXL”


Três anos após Mike (Channing Tatum) ter deixado a vida de stripper durante o auge de sua carreira, reencontra os demais Reis de Tampa também prontos para jogar a toalha. Porém, eles querem fazer do jeito deles: incendiando a casa com uma última performance em Myrtle Beach e com a presença do lendário líder Magic Mike compartilhando os holofotes com eles. No caminho para o seu show final, com uma parada estratégica em Jacksonville e Savannah para rever os velhos conhecidos e fazer novas amizades, Mike e os Reis de Tampa aprendem alguns novos movimentos e sacodem o passado de maneira surpreendente. A direção é de Gregory Jacobs. “Magic Mike XXL”  está em exibição na Sala 4 do Moviecom, Sala 6 do Cinemark, e Salas 3 e 5 do Natal Shopping. Classificação indicativa 16 anos. Cópias dubladas e legendadas. (T. O.: “Magic Mike XXL”)

Estreia 3: “Jogada de Mestre”


Amsterdã, 1982. Cor (Jim Sturgess), Willem (Sam Worthington), Cat (Ryan Kwanten), Spikes (Mark van Eeuwen) e Brakes (Thomas Cocquerel) são amigos que tentam, de alguma forma, se dar bem na vida. Após fracassarem na tentativa de obter um empréstimo bancário, eles elaboram um plano para sequestrar o milionário Freddy Heineken (Anthony Hopkins) e receber um resgate de US$ 35 milhões. Para tanto o grupo realiza um assalto, de forma a ter a quantia necessária para organizar o cativeiro e todos os detalhes do golpe. Entretanto, após a realização do sequestro, a inevitável tensão decorrente da investigação da polícia faz com que a amizade do grupo, e o próprio golpe, fique por um fio. A direção é de Daniel Alfredson. “Jogada de Mestre”  está em exibição na Sala 5 do Natal Shopping. Classificação indicativa 12 anos. (T. O.: “Kidnapping Mr. Heineken”)


Clássicos Cinemark: “Clube dos Cinco”


Em virtude de terem cometido pequenos delitos, cinco adolescentes são confinados no colégio em um sábado, com a tarefa de escrever uma redação de mil palavras sobre o que pensam de si mesmos. Apesar de serem pessoas completamente diferentes, enquanto o dia transcorre eles passam a aceitar uns aos outros, fazem várias confissões e tornam-se amigos. No elenco estão Emílio Estevez, Anthony Michael Hall, Paul Gleason, Molly Ringwald, Judd Nelson e Ally Sheedy. A direção é de John Hughes. “Clube dos Cinco” será exibido no Cinemark no sábado às 23h30 (Sala 5), e na quarta-feira às 19h20 (Sala 1). Classificação indicativa 14 anos. (T. O.: “The Breakfast Club”)


O Maravilhoso Mundo da Disney: “A Bela e a Fera”


Em uma pequena aldeia da França vive Belle, uma jovem inteligente que é considerada estranha pelo moradores da localidade, e seu pai, Maurice, um inventor que é visto como um louco. Ela é cortejada por Gaston, que quer casar com ela. Mas apesar de todas as jovens do lugarejo o acharem um homem bonito, Belle não o suporta, pois vê nele uma pessoa primitiva e convencida. Quando o pai de Belle vai para uma feira demonstrar sua nova invenção, ele acaba se perdendo na floresta e é atacado por lobos. Desesperado, Maurice procura abrigo em um castelo, mas acaba se tornando prisioneiro da Fera, o senhor do castelo, que na verdade é um príncipe que foi amaldiçoado por uma feiticeira quando negou abrigo a ela. Quando Belle sente que algo aconteceu ao seu pai vai à sua procura. Ela chega ao castelo e lá faz um acordo com a Fera: se seu pai fosse libertado ela ficaria no castelo para sempre. “A Bela e a Fera” será exibido no Cinemark no sábado e domingo às 12h00 na Sala 3. Classificação indicativa livre. Cópia dublada, exibição em 3D. (T. O.: “Beauty and the Beast”)

 

Filme da Semana: “Os Olhos Amarelos dos Crocodilos”

O cinema francês, desde longa data, é o mais prolífico da Europa, embora seus produtos cheguem com dificuldade ao Brasil devido a um sistema de distribuição dominado pelas produções de Hollywood. Contudo, algumas iniciativas como o tradicional Festival de Cinema Francês nos permite o acesso a algumas pérolas, entre as quais “Os Olhos Amarelos dos Crocodilos”, que foi exibido na edição de 2015.
O filme, dirigido por Cécile Telerman, trata do confuso relacionamento entre duas irmãs, Joséphine (Julie Depardieu, filha do controvertido ícone do cinema francês Gérard Depardieu), e Iris (Émmanuelle Beart). Joséphine guarda más lembranças da infância, pois a mãe, Henriette (Edith Scob), sempre preferiu e protegeu Iris, a ponto de deixá-la sozinha no mar enquanto se ocupava da outra filha.
Hoje, adultas, as duas vivem situações bem diferentes. Iris é fútil e frívola, mantendo uma imagem de beleza e elegância às custas do marido Philippe Dupin (Patrick Bruel), que faz vista grossa aos excessos da mulher para ficar junto do filho.
A vida de Joséphine é bem mais dura. Recém separada de Antoine (Samuel Le Bihan), que sumiu do mapa para depois informar que estava na África do Sul criando crocodilos, ela trabalha duro como pesquisadora da Idade Média enquanto tenta manter as filhas Hortense (Alice Isaaz) e Zoé (Apollonia Luisetti).
Um dia, por conta de uma conversa com um amigo do marido, Iris diz que está escrevendo um livro. O amigo é editor e fica entusiasmado com a ideia, o que deixa Iris comprometida. Para safar-se da mentira, ela propõe à irmã que escreva o livro. Assim, ela ficará como autora, e Joséphine terá o dinheiro que precisa para resolver seus problemas financeiros, entre os quais um empréstimo que o ex-marido levantou, falsificando sua assinatura.
Acontece que o livro torna-se um grande sucesso, e Iris saboreia a repentina fama, enquanto Joséphine, além de não poder usufruir o reconhecimento por sua obra, ainda observa filha adolescente culpá-la pela ausência do pai, e tomar a frívola tia como modelo.
Em todo canto do mundo as relações familiares são agitadas, pois os mesmos sentimentos e cumplicidade que permitem os favores entre os seus membros também causa desconforto quando os conflitos aparecem.
Joséphine é o elemento mais fraco neste jogo familiar, carregando nos ombros tanto o peso do abandono do marido, que a trocou por outra mais jovem, quanto o peso da injustiça por sempre ver a irmã prestigiada, mesmo que por falsas alegações. A solução virá de onde menos se espera, e afetará para sempre a vida das duas irmãs.
Como já tenho dito inúmeras vezes, o cinema francês tem uma maneira própria de abordar uma história, diferente do tradicional início-desenvolvimento-clímax de Hollywood. Como acontece neste filme, a trama é apresentada de forma matricial, lembrando que ninguém no mundo é unidimensional, e que aquilo que somos representa uma resultante de todas as influências que recebemos ao longo da vida.
“Os Olhos Amarelos dos Crocodilos” estreou nos cinemas brasileiros no início de julho, embora seja pouco provável que seja feita uma distribuição em larga escala. Contudo, será possível assistir em DVD ou nos sistemas de aluguel online nos próximos dias.
 
Título original: "Les Yeux Jaunes des Crocodiles"

  

Livros de cinema:


130 Projetos Para Você Aprender a Filmar

Uma leitura imprescindível para qualquer um que aspire se tornar um cineasta. A obra mostra, passo a passo, o que é preciso fazer para produzir um filme, da criação do roteiro à divulgação do produto final. Hoje, mais do que nunca, qualquer um pode produzir um filme com ferramentas eletrônicas simples, como computadores portáteis, câmeras fotográficas e celulares. O livro “130 Projetos Para Você Aprender a Filmar”, de Elliot Grove, ensina leitores a trilharem todos os passos necessários para produzir um filme, a começar pela organização da ideias, passando pela escolha e uso da câmera, edição e divulgação do produto final. 128 p. Editora Europa.




Lançamentos em DVD/Blu-Ray:


“Cada um na Sua Casa”

O planeta Terra foi invadido por seres extraterrestres, os Boov, que estão em busca de um novo planeta para chamar de lar. Todos os humanos são recolhidos e colocados em colônias, onde todas suas necessidades são atendidas. Entretanto, um dia a jovem adolescente Tip (Rihanna), que fora separada da mãe durante a invasão, encontra o alien Oh (Jim Parsons), que foi banido pelos Boov devido às várias trapalhadas causadas por ele. Os dois logo embarcam em uma aventura onde aprendem bastante sobre as relações intergalácticas. O disco traz o filme com tela widescreen anamórfico e Áudio em Dolby Digital. (T. O.: “Home”)



“Mr Turner”

J.M.W Turner (Timothy Spall) é um pintor inglês impressionista. O artista é fascinado pelas luzes e pelo efeito da iluminação no mar, nas cidades, nas construções e nas paisagens. Turner é o pai solteiro de duas filhas. Em um período triste de sua vida, ele conhece uma mulher incrível, por quem se apaixona. O disco traz o filme com tela widescreen anamórfico e Áudio em Dolby Digital. (T. O.: “Mr Turner”)


“O Diário da Esperança”

No final da Segunda Guerra Mundial, a Hungria está praticamente destruída e derrotada. Dois garotos gêmeos de 12 anos de idade são enviados pelos pais para a casa da avó, que não demonstra o menor afeto por eles. Durante um ano os irmãos tentam lidar com a nova realidade do país e da nação. Este filme  foi o candidato oficial da Hungria na disputa pelo Oscar de melhor filme estrangeiro em 2014. Filme com formato de tela widescreen anamórfico e áudio em Dolby Digital. (T. O.: “A Nagy Füzet”)



“Um Homem Perfeito”

James (Liev Schreiber) e Nina (Jeanne Tripplehorn) estão casados, mas o relacionamento não anda nada bem. James tem vários casos extraconjugais, e sequer se esforça para escondê-los. Um dia, uma mulher sedutora chama sua atenção ao telefone. Ele começa a se interessar cada vez mais por ela, sem saber que a dona desta voz é sua própria esposa. Filme com formato de tela widescreen anamórfico e áudio em Dolby Digital. (T. O.: “A Perfect Man”)

quarta-feira, 22 de julho de 2015

Coluna Claquete – 23 de julho de 2015


Newton Ramalho

 

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O que está em cartaz

Em pleno período de férias escolares, os cinemas estão repletos de títulos voltados para o público infanto-juvenil. E, neste final de semana tem mais, com as estreias da animação “Pixels” e o terror “A Forca”. Nesta semana teremos a reexibição do clássico filme de Steven Spielberg, “E.T. – o Extraterrestre”, e a pré-estreia de “Magic Mike XXL”. Continuam em cartaz a ficção-científica “Homem-Formiga”, o infantil “Carrossel – O Filme”, o drama juvenil “Cidades de Papel”, “O Exterminador do Futuro: Gênesis”, “Meu Passado Me Condena 2”, as animações “Minions”, e “Divertida Mente”. Nas programações exclusivas, o Moviecom mantém “Jurassic World – O Mundo dos Dinossauros”, enquanto o Natal Shopping exibe a cinebiografia “Neruda”. Na seção Filme da Semana vejam a resenha de “O Exótico Hotel Marigold”.

Estreia 1: “Pixels”


A humanidade sempre buscou vida fora da Terra e, em busca de algum contato, enviou imagens e sons variados sobre a cultura terrestre nos mais diversos satélites já lançados no universo. Um dia, um deles foi encontrado. Disposta a conquistar o planeta, a raça alienígena resolveu criar monstros digitais inspirados em videogames clássicos dos anos 1980. Para combatê-los, a única alternativa é chamar especialistas nos jogos: Sam Brenner (Adam Sandler), Eddie Plant (Peter Dinklage), Ludlow Lamonsoff (Josh Gad) e a tenente-coronel Violet Van Patten (Michelle Monaghan). “Pixels” desenvolve a história do premiado curta-metragem de mesmo nome, também dirigido por Patrick Jean, em 2010. A direção é de Chris Columbus. “Pixels” está em exibição nas Salas 4 e 6 do Moviecom, Salas 2 e 7 do Cinemark, Salas 1, 2 e 4 do Natal Shopping, e Salas 2 e 4 do Partage Norte Shopping. Classificação indicativa livre. Cópias dubladas e legendadas, exibição em 2D e 3D – confira a configuração no site dos cinemas. (T. O.: “Pixels”)

Estreia 2: “A Forca”


Uma cidade é marcada por um acidente, quando uma peça de teatro da escola leva a várias mortes. Vinte anos mais tarde, um grupo decide reencenar a peça, para homenagear os mortos. Logo, eles percebem que o desastre pode acontecer mais uma vez. Filme independente de horror baseado na técnica do found footage (filme encontrado), iniciado por “A Bruxa de Blair”. A direção é de Travis Cluff e Chris Lofing. “A Forca” está em exibição na Sala 3 do Moviecom, e Sala 5 do Partage Norte Shopping. Classificação indicativa 14 anos. Cópias dubladas. (T. O.: “The Gallows”)


Clássicos Cinemark: “E.T. – o Extraterrestre”


Um pequeno alienígena perdido há três milhões de anos-luz de casa. Um garoto solitário de dez anos deseja ajudá-lo a voltar para casa. Duas vidas para sempre marcadas por uma aventura atemporal e uma amizade que não conhece fronteiras. Steven Spielberg convida o espectador a celebrar um dos filmes mais adorados de todos os tempos. Premiado com quatro Oscars e dois Globos de Ouro, incluindo Melhor Filme! A direção é de Steven Spielberg. “E.T. – o Extraterrestre” será exibido no Cinemark no sábado às 23h00 (Sala 1), no domingo às 11h20 (Sala 5), e na quarta-feira às 19h20 (Sala 5). Classificação indicativa livre. (T. O.: “E.T. The Extra-Terrestrial”)

Pré-estreia: “Magic Mike XXL”


Três anos após Mike (Channing Tatum) ter deixado a vida de stripper durante o auge de sua carreira, reencontra os demais Reis de Tampa também prontos para jogar a toalha. Porém, eles querem fazer do jeito deles: incendiando a casa com uma última performance em Myrtle Beach e com a presença do lendário líder Magic Mike compartilhando os holofotes com eles. No caminho para o seu show final, com uma parada estratégica em Jacksonville e Savannah para rever os velhos conhecidos e fazer novas amizades, Mike e os Reis de Tampa aprendem alguns novos movimentos e sacodem o passado de maneira surpreendente. A direção é de Gregory Jacobs. “Magic Mike XXL” terá pré-estreia na quarta-feira na Sala 1 do Moviecom (21h30, dublado) e na Sala 6 do Natal Shopping (22h30, legendado). Classificação indicativa 16 anos. (T. O.: “Magic Mike XXL”)

 

 

Filme da Semana: “O Exótico Hotel Marigold”

Esta semana resolvi revisitar um filme que fez um sucesso relativo em sua estreia, não apenas pelo elenco de peso, formado por atores experientes e premiados, como também por uma história simples, engraçada e cativante. O filme é “O Exótico Hotel Marigold”.
Talvez se tivesse seguido os padrões hollywoodianos, teríamos uma comédia escrachada e cheia de exageros, como é frequente com os besteiróis que inundam os cinemas americanos. Ao contrário, “O Exótico Hotel Marigold” segue a tradição das comédias britânicas, com um humor mais contido e inteligente, atuações refinadas e muita sensibilidade.
No início do filme encontramos um grupo de idosos britânicos, cada um enfrentando os problemas típicos da fase em que vivem. Evelyn (Judi Dench) ficou viúva após um casamento de quarenta anos, onde o marido decidia absolutamente tudo. Graham Dashwood (Tom Wilkinson) despede-se da vida pública após uma longa e solitária carreira na Suprema Corte Britânica. Douglas Ainslie (Bill Nighy) e a mulher Jean (Penelope Wilton) estão com poucos recursos, após ter emprestado dinheiro para o negócio da filha. Muriel Donnely (Maggie Smith) precisa fazer uma delicada cirurgia no quadril, após uma vida inteira a serviço de uma família que a dispensou sem a menor cerimônia. Norman Cousins (Ronald Pickup) e Madge Hardcastle (Celia Inrie) ainda sonham encontrar um amor em suas vidas.
Essas figuras tão diferentes encontram-se a caminho da Índia após aceitar uma interessante proposta de um florescente hotel naquele exótico país. Ao chegar ao local descobrem que a beleza do folheto devia-se mais ao entusiasmo de Sonny (Dev Patel), um jovem idealista que deseja a todo custo concretizar o sonho do pai, e fazer do Hotel Marigold um empreendimento de sucesso.
Após o choque inicial, cada um dos recém-chegados encara a situação de uma maneira diferente. Graham, que já vivera ali quando jovem, procura desesperadamente um antigo amigo, que na verdade fora a sua primeira e única paixão. Evelyn, que nunca trabalhara na vida, torna-se consultora de uma empresa de telemarketing, tentando ensinar os operadores a serem mais humanos. Maggie faz sua cirurgia e aos poucos muda sua maneira de vencer os preconceitos, ao ver-se na figura de uma jovem faxineira.
O casal Bill e Jean afasta-se em função da falta de interesses mútuos. Enquanto ele mergulha na cultura do país, ela não sai do hotel nem do seu próprio mundo. Norman e Madge, por sua vez, esbarram-se na sua busca pelo amor tardio, e numa certa cumplicidade ajudam o outro como podem.
Além dos problemas pessoais, eles terminam se envolvendo na situação do hotel, já que o confuso Sonny tem problemas sentimentais com a amada Sunaina (Tina Desae) e com sua rigorosa mãe (Lillete Dubey).
Talvez o fato de só ter assistido o filme agora, após minha recente aposentadoria, tenha me levado a enxergá-lo de uma maneira diferente. Primeiro, por reconhecer os problemas ali mostrados, e depois, por imaginar a história como uma alegoria.
Não é novidade para ninguém que a idade traz uma série de limitações às quais nenhum de nós está habituado. Dificuldades de locomoção, memória, audição, visão e até de compreensão dos fatos são comuns em pessoas com idade avançada.
Acredito que a chegada da “melhor” idade além das dificuldades mencionadas, também traz à tona uma série de emoções e desejos diferentes. Entre estes, pode estar o desejo de aventuras, de fazer algo diferente e desafiador, que nunca se teve oportunidade, coragem ou dinheiro para fazer. É comum também a vontade de resolver os nós emocionais, perdoar ou pedir perdão pelos erros passados, buscar uma paz interior.
Agora, imagine-se fazer isso em uma idade onde passamos pelas dificuldades já mencionadas. É realmente como se estivéssemos adentrando em um país exótico, não totalmente desconhecido, mas, ainda assim estranho.
Independente desta percepção “exótica”, “O Exótico Hotel Marigold” é um filme delicioso de assistir, que mostra com muita sensibilidade que o que classificamos como velhos são pessoas que ainda tem sentimentos, desejos e emoções, tão válidos quanto os de qualquer outro ser humano.
Esta carga emocional deve muito ao elenco espetacular, que conta com duas ganhadoras de Oscar (Maggie Smith e Judi Dench), um indicado ao Oscar (Tom Wilkinson) e um ganhador do Globo de Ouro (Bill Nighy), além do promissor Dev Patel, que apareceu para o mundo com o surpreendente “Quem Quer Ser um Milionário”, ganhador de oito Oscars em 2009.
O filme teve uma sequência em 2015, “O Exótico Hotel Marigold 2”, onde encontramos a maior parte do elenco original às voltas com o casamento de Sonny e Sunaina, enquanto expandem o hotel.


Livros de cinema:

Cinema Brasileiro. Propostas Para Uma História

Publicado originalmente em 1979, Cinema brasileiro: propostas para uma história marcou época. Curto, ousado, original, o livro examina a presença do cinema no cenário cultural do país de fins do século XIX até os anos 1970. Há muito tempo esgotada, a obra agora recebe edição revista e ampliada, que inclui uma coletânea de artigos publicados pelo autor, Jean-Claude Bernardet, ao longo dos últimos trinta anos. Nessa história política do cinema brasileiro, o autor mostra como, durante boa parte do século XX, o Brasil foi um país sem produção cinematográfica industrial e com dificuldade de engendrar uma expressão cultural própria. No conforto de consumir cinema importado, o espectador brasileiro habituara-se a "ler" os filmes. A produção nacional surgiu do esforço de um grupo de pessoas com diferentes interesses na área do cinema e respondeu tanto ao apelo nacionalista como ao desejo de criar uma área de ação no país. 336 p. Editora Companhia de Bolso.




Lançamentos em DVD/Blu-Ray:

“Mar Negro”

Robinson (Jude Law) é um antigo capitão de submarinos, que dedicou toda a sua vida ao mar e à profissão, e os seus 30 anos de viagens tiveram como preço o amor da sua esposa Chrissy e o do seu filho. Quando a empresa de salvamento para a qual trabalha o dispensa sem aviso, este ex-marinheiro fica, literalmente, à deriva. Ao ouvir a história de um submarino alemão da Segunda Guerra Mundial que teria sido afundado nas profundezas do mar Negro enquanto transportava uma carga de ouro, Robison vê aqui uma oportunidade de voltar à ação e redimir o seu passado. Depois de encontrar uma oferta de financiamento, reúne uma equipa constituída por aventureiros, suficientemente loucos para enfrentarem a profundidade e resgatarem o tesouro afundado. À medida que descem cada vez mais na escuridão dos oceanos, fugindo à detecção da marinha russa, Robison e a sua tripulação antecipam com ansiedade a coleta de uma parte do ouro. Mas a ganância e o desespero tomam controle do ambiente do claustrofóbico do navio. O disco traz o filme com tela widescreen anamórfico e Áudio em Dolby Digital. (T. O.: “Black Sea”)

“Cymbeline”

Cymbeline (Ed Harris) é líder de um clube de motociclistas envolvido com tráfico de drogas. Perseguido por policiais corruptos, ele sofre tentativas de usurpação do poder por parte da própria esposa (Milla Jovovich) e ainda precisa lidar com as questões da problemática filha, Imogen (Dakota Johnson). O elenco traz ainda Ethan Hawke, John Leguizamo, e Bill Pullman. Baseado no livro homônimo de William Shakespeare. O disco traz o filme com tela widescreen anamórfico e Áudio em Dolby Digital. (T. O.: “Cymbeline”)

“No Auge da Fama”

Andre Allen (Chris Rock), um famoso comediante, é atacado pela crítica do New York Times. Ele precisa de um novo sucesso para reacender a carreira. A noiva dele (Gabrielle Union) tenta ajudá-lo a impulsionar seu Reality Show. Mas, na verdade, Andre quer fazer um filme sobre a Revolução Haitiana. O comediante autoriza o New York Times a fazer um perfil dele, para tentar mudar sua imagem. A jornalista (Rosario Dawson) escreve o texto. Eles se aproximam e começa uma disputa entre os dois. Filme com formato de tela widescreen anamórfico e áudio em Dolby Digital. (T. O.: “Top Five”)

“Antes de Dormir”

Dia após dia, Christine Lucas (Nicole Kidman) desperta sem se lembrar de absolutamente nada que aconteceu em sua vida nos últimos 20 anos. Isto acontece devido a um acidente sofrido uma década atrás, que fez com que seu cérebro não consiga reter as informações recebidas ao longo do dia. Com isso, cabe ao seu marido Ben (Colin Firth) a tarefa de relembrá-la de sua vida, através de um mural de fotos e detalhes do passado. Além disto, ela passa por uma terapia sigilosa com o dr. Nasch (Mark Strong), que procura incitá-la a ter lembranças sobre o que aconteceu. Só que, aos poucos, ela percebe que nem tudo é o que parece ser. Filme com formato de tela widescreen anamórfico e áudio em Dolby Digital. (T. O.: “Before I Go to Sleep”)



quarta-feira, 15 de julho de 2015

Coluna Claquete – 16 de julho de 2015

 

O que está em cartaz

Brasil ganha medalhas no PAN, novos planetas descobertos, Plutão visto bem de pertinho, porque só as más notícias tem destaque? Enquanto isso, nos cinemas, as estreias da semana são a ficção-científica “Homem-Formiga” e o infantil “Carrossel – O Filme”. Nesta semana teremos a reexibição do clássico suspense de Brian de Palma “Carrie, a Estranha”. Continuam em cartaz o drama juvenil “Cidades de Papel” (vejam na seção Filme da Semana), a ficção-científica “O Exterminador do Futuro: Gênesis”, a comédia nacional “Meu Passado Me Condena 2”, as animações “Minions”, e “Divertida Mente”, e a aventura  “Jurassic World – O Mundo dos Dinossauros”. Nas programações exclusivas, o Natal Shopping mantém a cinebiografia “Neruda”.

Estreia 1: “Homem-Formiga”


Ao receber uma chance de sair da prisão, e ajudar os homens da lei, o vigarista Scott Lang (Paul Rudd) precisa assumir o lado heroico, usando um traje com a incrível capacidade de diminuir em escala, mas crescer em força, e ajudar seu mentor, Dr. Hank Pym (Michael Douglas), a proteger os segredos por trás do espetacular traje do Homem-Formiga de uma nova geração de ameaças. Contra obstáculos aparentemente intransponíveis, Lang e Pym precisam planejar e realizar um assalto que salvará o planeta. A direção é de Peyton Reed. “Homem-Formiga” está em exibição nas Salas 4 e 6 do Moviecom, Salas 2 e 6 do Cinemark, Salas 1 e 5 do Natal Shopping, e Salas 1 e 2 do Partage Norte Shopping. Classificação indicativa 12 anos. Cópias dubladas e legendadas, exibição em 2D e 3D. (T. O.: “Ant-Man”)

Estreia 2: “Carrossel - Filme”


Em férias, os alunos da Escola Mundial viajam para o acampamento Panapaná, pertencente ao avô de Alícia. Lá eles participam de uma gincana organizada pelo senhor Campos, que faz o possível para que as crianças se divirtam a valer. Entretanto, a chegada de González agita o local, já que ele representa uma incorporadora que pretende comprar o terreno do acampamento para transformá-lo em uma fábrica poluidora. Para atingir seu objetivo, González e seu fiel parceiro Gonzalito usam de todos os artifícios possíveis, inclusive sabotar o acampamento e difamar Campos. A direção é de Alexandre Boury e Mauricio Eça. “Carrossel – O Filme” está em exibição na Sala 3 do Moviecom, Sala 3 do Cinemark, Sala 3 do Natal Shopping, e Sala 6 do Partage Norte Shopping. Classificação indicativa livre. Nacional. (T. O.: “Carrossel – O Filme”)


Clássicos Cinemark: “Carrie, a Estranha”


Carry White (Sissy Spacek) uma jovem que não faz amigos em virtude de morar em quase total isolamento com Margareth (Piper Laurie), sua mãe e uma pregadora religiosa que se torna cada vez mais ensandecida. Carrie foi menosprezada pelas colegas, pois ao tomar banho achava que estava morrendo, quando na verdade estava tendo sua primeira menstruação. Uma professora fica espantada pela sua falta de informação e Sue Snell (Amy Irving), uma das alunas que zombaram dela, fica arrependida e pede a Tommy Ross (William Katt), seu namorado e um aluno muito popular, para que convide Carrie para um baile no colégio. Mas Chris Hargenson (Nancy Allen), uma aluna que foi proibida de ir festa, prepara uma terrível armadilha que deixa Carrie ridicularizada em público. Mas ninguém imagina os poderes paranormais que a jovem possui e muito menos de sua capacidade vingança quando está repleta de ódio. A direção é de Brian De Palma. “Carrie, a Estranha” será exibido na Sala 7 do Cinemark no sábado às 0h20, e na quarta-feira às 21h30. Classificação indicativa 16 anos (T. O.: “Carrie”)

 

Filme da Semana: “Cidades de Papel”

Desde o início de sua existência, o cinema tem se servido da literatura para compor muitos de seus melhores – e piores – produtos. Isso acontece muitas vezes à transposição malfeita de uma linguagem para outra, ou porque o que serviu de inspiração não é lá essas coisas todas. Um destes casos parece ser “Cidades de Papel”, baseado no livro homônimo de John Green.
O autor ficou famoso graças ao livro “A Culpa é das Estrelas”, que versava sobre a vida de adolescentes portadores de câncer terminal. Unindo humor, o romantismo da adolescência, e uma boa dose de criatividade, o livro tornou-se um Best-seller mundial. O filme chegou aos cinemas o ano passado, estrelado por Shailene Woodley e Ansel Elgort.
Após o sucesso do livro e do filme, o autor entrou na lista dos mais lidos entre o público adolescente, que reaprendeu a ler com os livros de Harry Potter, e sobreviveu aos vampiros e lobisomens de inúmeros outros autores.
O problema é que, enquanto em “A Culpa é das Estrelas” tocava-se em temas importantes e tabus como a morte na juventude, nos outros livros tudo parece resumir-se a retratar uma geração confusa e perdida – não que todo adolescente não seja um pouco assim, mas parece que é só isso que é visto pelo autor.
Os personagens principais conhecem-se desde a infância. Quentin e Margo são vizinhos de porta, tem a mesma idade, frequentam a mesma escola, e tem amigos comuns. Contudo, à véspera da conclusão do ensino médio, Quentin (Nat Wolff) está muito distante de sua antiga companheira de infância, Margo (Cara Delevingne), hoje a garota mais popular do colégio. Quentin pertence ao grupo dos alunos invisíveis, e tem como amigos fiéis Ben (Austin Abrams) e Radar (Justice Smith).
Uma noite, Margo aparece na janela do quarto de Quentin e convida-o para sair com ela para cumprir nove missões. Mesmo sem saber o que o esperava, ele aceita acompanhá-la, e fazem várias travessuras, que incluem fazer o ex-namorado de Margo sair pelado pelas ruas, quanto observar a paisagem de Orlando do edifício mais alto da cidade.
No outro dia, porém, Margo desaparece. Enquanto o dia da formatura se aproxima, Quentin inquieta-se pelo destino da garota. Ela já fugira antes, e sempre deixara pistas para onde estava seguindo.
Partindo de algumas destas pistas, Quentin e seus amigos conseguem descobrir o destino provável de Margo, e decidem empreender uma longa viagem da Flórida até Nova York para encontrá-la e trazê-la de volta a tempo de participar do baile de formatura – o maior evento da juventude americana, e para muitos a primeira chance de sexo na vida.
O filme traz algumas diferenças significativas em relação ao livro, principalmente pela enfadonha busca de Quentin sobre o destino de Margo, muito angustiado pela possibilidade de que ele estivesse morta.
O roteiro procurou aliviar o clima do filme, tornando-o mais leve e engraçado, mais palatável para o público adolescente. Se obteve sucesso? Bem, a questão parece ser um pouco mais profunda do que isso.
Talvez para o público americano seja interessante essa ideia da rebeldia, já que lá quem tem dinheiro não passa pela angústia de vestibular ou ENEM. Basta o pai ter o dinheiro para a universidade, e pronto. Aos 17 anos o filho sai de casa, e muitas vezes nunca mais retorna.
O que vemos durante uma hora e meia de filme é a visão perturbada de um jovem que nunca teve vida, pois estava preso a um pretenso amor da infância, e que sai à busca desesperada de uma jovem que nunca se interessou por ele, e que, na verdade, não se interessa por nada que não seja viver intensamente a vida.
O filme tem alguns poucos momentos divertidos, e um clímax morno, onde o protagonista parece arrumar uma desculpa de amarelo para justificar ter viajado metade do país sem necessidade alguma.
Minha percepção pode ser muito diferente do público e mesmo da crítica, mas além do tema frouxo, a própria transposição do livro para o filme teve alterações significativas, que tanto podem agradar quanto decepcionar os fãs mais apaixonados do texto original.


Livros de cinema:

O Esporte Vai ao Cinema

Neste livro, historiadores e cineastas analisam alguns filmes que falam sobre a modalidade esportiva mais comum entre os brasileiros - o futebol. Tratando esse tema a partir de diferentes enfoques, são analisados os filmes “Pra Frente Brasil”, de Roberto Farias; “Todos os Corações do Mundo”, de Murilo Salles; e “Garrincha, Alegria do Povo”, de Joaquim Pedro de Andrade. Além de filmes sobre futebol, o livro também comenta alguns filmes sobre esportes olímpicos e olimpíadas, como o lendário “Olympia”, de Leni Riefenstahl; “Um Dia em Setembro”, de Kevin MacDonald; e “Marathon”, de Carlos Suara; e apresenta ainda um artigo sobre “Carruagens de Fogo”, de Hugh Hudson. 103 p. Editora: SENAC.


Lançamentos em DVD/Blu-Ray:

“Jogos Vorazes: A Esperança – Parte 1”

Após ser resgatada do Massacre Quaternário pela resistência ao governo tirânico do presidente Snow (Donald Sutherland), Katniss Everdeen (Jennifer Lawrence) está abalada. Temerosa e sem confiança, ela agora vive no Distrito 13 ao lado da mãe (Paula Malcomson) e da irmã, Prim (Willow Shields). A presidente Alma Coin (Julianne Moore) e Plutarch Heavensbee (Philip Seymour Hoffman) querem que Katniss assuma o papel do tordo, o símbolo que a resistência precisa para mobilizar a população. Após certa relutância, Katniss aceita a proposta desde que a resistência se comprometa a resgatar Peeta Mellark (Josh Hutcherson) e os demais Vitoriosos, mantidos prisioneiros pela Capital. O disco traz o filme com tela widescreen anamórfico e Áudio em Dolby Digital. (T. O.: “The Hunger Games - Mockingjay : Part 1”)

“Golpe Duplo”

Nicky (Will Smith) é um trapaceiro profissional que é escolhido como vítima por uma iniciante na profissão, Jess (Margot Robbie). Ele se deixa levar pelo golpe para desmascará-la no momento certo. Decepcionada, Jess insiste para que Nicky lhe ensine seu método de trabalho e a aceite na equipe. Após certa relutância, Nicky não apenas concorda como se envolve romanticamente com ela, indo contra uma de suas principais regras. O disco traz o filme com tela widescreen anamórfico e Áudio em Dolby Digital. (T. O.: “Focus”)

“Para o Que Der e Vier”

Dois amigos na faixa dos trinta anos de idade (um apresentador de programa de meteorologia e o outro desempregado) só pensam em fugir das responsabilidades da vida de adulto. Mas esta rotina se transforma quando o pai de um deles morre, deixando como herança para o filho uma loja, uma casa no campo e milhões de dólares. Já sua irmã não recebe nada. Filme com formato de tela widescreen anamórfico e áudio em Dolby Digital. (T. O.: “Are You Here”)



“Sombras da Morte”

Chris (Fabian Wolfrom) perdeu seus pais há onze anos, quando foram brutalmente assassinados no mesmo dia em que o cometa Halley podia ser visto a olho nu da Terra. Hoje à noite, um novo cometa passará perto do planeta e todos em seu prédio estão organizando uma festa para comemorar o evento. À medida que a hora vai chegando, as pessoas ao seu redor começam a agir de maneira estranha, ficando desorientadas e mais agressivas. Em uma luta pela sobrevivência, Chris tem que tentar escapar com a ajuda apenas de uma arma. Filme com formato de tela widescreen anamórfico e áudio em Dolby Digital. (T. O.: “Dead Shadows”)

quarta-feira, 8 de julho de 2015

Coluna Claquete – 9 de julho de 2015


Newton Ramalho

 

colunaclaquete@gmail.comwww.colunaclaquete.blogspot.com  - @colunaclaquete

 

 

O que está em cartaz

Lula e Dilma devem ser mesmo as pessoas mais poderosas do mundo, já tem jornalista global dizendo que a crise da Grécia é culpa do PT... Enquanto isso, nos cinemas, as estreias são o drama juvenil “Cidades de Papel”, e a cinebiografia “Neruda”. Nesta semana teremos a reexibição da animação “Detona Ralph”, e do clássico “Cidadão Kane”, além da pré-estreia de “Home-Formiga”. Continuam em cartaz a ficção-científica “O Exterminador do Futuro: Gênesis”, a comédia nacional “Meu Passado Me Condena 2”, as animações “Minions”, e “Divertida Mente”, e a aventura  “Jurassic World – O Mundo dos Dinossauros”. Na seção Filmes da Semana, resenha dos filmes ‘A Família Bélier” e “Alex & Ruth”.

Estreia 1: “Cidades de Papel”


A história é centrada em Quentin Jacobsen (Nat Wolff) e sua enigmática vizinha e colega de escola Margo Roth Spiegelman (Cara Delevingne). Ele nutre uma paixão platônica por ela. E não pensa duas vezes quando a menina invade seu quarto propondo que ele participe de um engenhoso plano de vingança. Mas, depois da noite de aventura, Margo desaparece – não sem deixar pistas sobre o seu paradeiro. Na busca por Margo, Quentin precisa decifrar as pistas deixadas pela garota, contando com a ajuda dos amigos Ben (Austin Abrams), Radar (Justice Smith) e Lacey (Halston Sage). Baseado no livro homônimo de John Green, o mesmo autor de “A Culpa é das Estrelas”. A direção é de Jake Schreier. “Cidades de Papel” está em exibição nas Salas 2 e 4 do Moviecom, Salas 1 e 5 do Cinemark, Salas 3, 5 e 6 do Natal Shopping, e Sala 3 do Partage Norte Shopping. Classificação indicativa 12 anos. Cópias dubladas e legendadas. (T. O.: “Paper Towns”)

Estreia 2: “Neruda”


O poeta Pablo Neruda (José Secall) recebe no ano de 1971 o Prêmio Nobel de Literatura. Na cerimônia, em seu discurso, ele relembra episódios quase esquecidos da sua vida. Em 1948, devido a um Senador, Neruda (Fabián Cabada) foi tratado como fugitivo da polícia, fazendo arriscar sua vida correndo pelas montanhas andinas para escapar para a Argentina, levando-o ao sul do Chile, onde viveu durante sua infância e adolescência. É neste estágio da vida que ele escreve seu livro fundamental, “Canto General”. A direção é de Manuel Basoalto. “Neruda” está em exibição na Sala 3 do Natal Shopping. Classificação indicativa 14 anos. (T. O.: “Neruda”)

Pré-Estreia: “Homem-Formiga”


Ao receber uma chance de sair da prisão, e ajudar os homens da lei, o vigarista Scott Lang (Paul Rudd) precisa assumir o lado heroico, usando um traje com a incrível capacidade de diminuir em escala, mas crescer em força, e ajudar seu mentor, Dr. Hank Pym (Michael Douglas), a proteger os segredos por trás do espetacular traje do Homem-Formiga de uma nova geração de ameaças. Contra obstáculos aparentemente intransponíveis, Lang e Pym precisam planejar e realizar um assalto que salvará o planeta. A direção é de Peyton Reed. “Homem-Formiga” terá pré-estreia na próxima quarta-feira na Sala 6 do Moviecom (21h40), Salas 3 (19h20) e 6 (21h30) do Cinemark, Sala 2 do Natal Shopping (21h15), e Sala 4 do Partage Norte Shopping (20h15). Classificação indicativa dez anos. Cópias dubladas e legendadas, exibição em 3D. (T. O.: “Ant-Man”)

Clássicos Cinemark: “Cidadão Kane”


O filme inicia com a morte do magnata Charles Foster Kane (Orson Welles), momentos antes da qual pronuncia a palavra "Rosebud". Após dias de sensacionalismo em cima da notícia de sua morte, o jornalista Jerry Thompson (William Alland) é enviado por seu chefe para investigar a vida de Kane, a fim de descobrir o significado de sua última palavra. Entrevistando pessoas do passado de Kane, o jornalista mergulha na vida de um homem solitário, que desde a infância é obrigado a seguir a vontade alheia. Ninguém a seu redor importa-se com Kane, que busca por meio da aquisição de bens a adoração das pessoas. Filme ganhador do Oscar  de Melhor Roteiro Original, sendo indicado também nas categorias de Melhor Ator (Orson Welles), Direção de Arte, Fotografia Preto-e-branco, Melhor Diretor, Montagem, Trilha Sonora, Melhor Filme e Melhor Som. Considerado por muitos o melhor filme de todos os tempos. A direção é de Orson Welles. “Cidadão Kane” será exibido no Cinemark no sábado às 0h20 (Sala 3), no domingo às 11h05 (Sala 3), e na quarta-feira às 22h10 (Sala 3). Classificação indicativa 12 anos (T. O.: “Citizen Kane”)

O Maravilhoso Mundo da Disney: “Detona Ralph”


Ralph (John C. Reilly) é o vilão de Conserta Félix Jr., um popular jogo de fliperama que está completando 30 anos. Apesar de cumprir suas tarefas à perfeição, Ralph gostaria de receber uma atenção maior de Felix Jr. (Jack McBrayer) e os demais habitantes do jogo, que nunca o convidam para festas e nem mesmo o tratam bem. Para provar que merece tamanha atenção, ele promete que voltará ao jogo com uma medalha de herói no peito, no intuito de mostrar seu valor. É o início da peregrinação de Ralph por outros jogos, em busca de um meio de obter sua sonhada medalha. “Detona Ralph” será exibido no Cinemark no sábado e domingo às 12h00 na Sala 1. Classificação indicativa livre. Cópia dublada. (T. O.: “Wreck-it Ralph”)

  

Filmes da Semana: “A Família Bélier” e “Ruth & Alex”

Como o cinemão continua insistindo nas batidas refilmagens, resolvi olhar títulos menos pretensiosos, e neste final de semana encontrei duas pérolas que merecem ser descobertas, o francês “A Família Bélier” (“La Famille Bélier”, 2014) e o independente “Ruth & Alex” (“5 Flights Up”, 2014).
“A Família Bélier” fez parte da programação do Festival Varilux do Cinema Francês de 2015, mas como o número de exibições era reduzido, creio que poucos tiveram a oportunidade de conferir o filme no cinema.
Pela sinopse, poderíamos imaginar o filme como um destes besteiróis americanos, mas ao assisti-lo, veremos que são tratados temas importantes, como a comunicação interpessoal e, principalmente, nas relações familiares.
Paula (Louane Emera) é uma adolescente de 17 anos, que é obrigada a dividir-se entre as cansativas tarefas da fazenda da família, e as do colégio. Ela praticamente administra a fazenda, tratando com bancos, clientes e fornecedores, devido a uma situação peculiar: seu pai, Rodolphe (François Damiens), a mãe, Gigi (Karin Viard), e o irmão, Quentin (Luca Gelberg, que é surdo na vida real) são surdos-mudos, e ela ainda precisa servir de intérprete para eles.
Um dia, quase por acaso, ela é descoberta pelo professor de música do colégio, o senhor Thomasson (Eric Elmosnino), que identifica nela uma voz de soprano natural. Enquanto que para a maioria dos alunos, a aula de música é uma chatice, para Paula abre um leque de possibilidades com as quais nunca imaginara, inclusive estudar em uma renomada escola de música em Paris.
Mas, como conciliar esse sonho com sua situação de administradora e intérprete da família? Para complicar as coisas, Paula é obrigada a treinar para um dueto com um jovem parisiense, Gabriel (Ilian Bergala), por quem tem uma queda, e ainda participar da tresloucada candidatura do pai à prefeitura da cidade.
O que seria tratado em Hollywood como um grosseiro pastelão, aqui é desenvolvido com uma notável sensibilidade, em nenhum momento descambando para o ridículo ou piegas, mais uma prova da habilidade do diretor Eric Lartigau.
Além da história sensível e envolvente, o filme tem a música como um personagem importante, sendo o elemento que torna empolgante o clímax do filme, em uma das mais belas cenas do cinema.
O outro filme em foco é “Ruth & Alex”, estrelado por dois dos melhores atores de Hollywood da atualidade, os veteranos Morgan Freeman e Diane Keaton. Na Nova York dos dias atuais, encontramos o casal Alex (Morgan Freeman) e Ruth (Diane Keaton), ambos na casa dos setenta anos, encontrando alguma dificuldade no lugar em que moram há quatro décadas, um apartamento no Brooklin, com uma bela vista para o rio.
O problema é que eles moram no quinto andar de um prédio sem elevador, o que se configura em uma grande dificuldade até para a cachorrinha, que sofre um problema na coluna e precisa ser levada às pressas para o veterinário.
Devido a estas dificuldades, eles decidem colocar o apartamento à venda, e morar em outro lugar com mais facilidades, o que se transforma em um histérico processo, conduzido por Lily (Cinthya Nixon), a sobrinha de Ruth, que é corretora de imóveis.
Diferente do Brasil, nos Estados Unidos se faz um evento chamado de “open house”, onde a casa, do jeito em que se encontra, é aberta à visitação de possíveis compradores. Após a visita, é aberta a fase de ofertas, que lembra um dos meus programas favoritos, “Quem Dá Mais?” (“Storage Wars”), onde há uma frenética oferta de dinheiro pelo lote, ganhando o que der mais.
Enquanto a coisa acontece, Alex sente-se cada vez mais incomodado, odiando a maneira como os visitantes invadem o seu espaço, e lembrando momentos importantes de suas vidas quando jovens, em que ele como um pintor iniciante (Korey Jackson) e ela uma modelo artística (Claire van der Boom) precisaram enfrentar preconceitos da sociedade e até da própria família, pois nessa época o casamento entre negros e brancos ainda era ilegal em vinte estados dos Estados Unidos.
Quando começam a procurar um novo lugar para morar, Alex e Ruth começam a descobrir o quanto o seu próprio apartamento era perfeito, mesmo com todos os problemas que tinha. Mais ainda, eles também descobrem o que realmente tinha valor em suas vidas, mesmo que isso significasse gastar milhares de dólares em uma cadela com pouca perspectiva de sobrevivência.
“Alex & Ruth” é um filme sensível e cativante, não apenas por mostrar que o amor é o sentimento mais importante, não importa a idade que tenham as pessoas, mas também por chamar a atenção daquilo que precisa ser levado em conta em uma tomada de decisão, onde geralmente a única coisa que é considerada decisiva seja a oferta mais alta.
“A Família Bélier” já está disponível em DVD e “Alex & Ruth” estreará nos cinemas nos próximos dias.


Livros de cinema:

Pré-Cinemas & Pós-Cinemas

Quanto mais os historiadores se debruçam sobre as origens do cinema, na tentativa de desenterrar o primeiro ancestral do moderno espetáculo audiovisual, mais são remetidos para trás, até os mitos e ritos dos primórdios. Quando terá começado o cinema? E pode-se dizer que o cinema acaba em algum momento? Como "escrita em movimento", o cinema é dinâmico, mutável, e se transforma conforme os desafios que lhe lança a sociedade. Autor: Arlindo Machado. 272 p. Editora: Papirus.





Lançamentos em DVD/Blu-Ray:

“Blind”

Após perder a visão, Ingrid (Ellen Dorrit Petersen) resolve ficar isolada em sua própria casa, onde se sente mais segura. Seu grande parceiro nesta difícil adaptação é o marido (Henrik Rafaelsen). Mas quando as lembranças do mundo que ela conheceu vão desaparecendo gradativamente, ela percebe que o maior perigo está dentro de si mesma. O disco traz o filme com tela widescreen anamórfico e Áudio em Dolby Digital. Produção norueguesa. (T. O.: “Blind”)

“Enquanto Houver Amor”

Jane viaja para Nápoles com seu marido Leonard. Ela é uma escritora norte-americana, ele um músico que fará uma apresentação com a orquestra local. O casamento dos dois está em crise, o que faz com que ela tente se concentrar em seu próximo livro, que é baseado em entrevistas realizadas com sua avó, uma sobrevivente da Segunda Guerra Mundial. O disco traz o filme com tela widescreen anamórfico e Áudio em Dolby Digital. (T. O.: “And While We Were Here”)




“Trocando os Pés”

Um solitário sapateiro de Nova York (Adam Sandler) costuma consertar os sapatos de clientes experientes na arte de viver: que frequentemente tiram férias e vivem aventuras. Ao lado de seu amigo barbeiro (Steve Buscemi), ele espera a sua própria aventura, e vê a vida passar diante de seus olhos. Quando recebe uma generosa herança de família, surge a possibilidade de o trabalhador assumir outro papel e ver o mundo de uma forma diferente. Filme com formato de tela widescreen anamórfico e áudio em Dolby Digital. (T. O.: “The Cobbler”)

“Amor à Primeira Briga”

Arnaud (Kevin Hazaïs) é um jovem que acaba de perder o pai, e decide seguir os passos dele, tornando-se carpinteiro. Um dia, ele conhece Madeleine (Adèle Haenel), uma garota bruta e de poucos amigos, que acredita no fim do mundo e no caos social. Por isso, ela pensa apenas em sobreviver a qualquer custo; já ele não se preocupa com essas coisas. O sonho de Madeleine é entrar na divisão mais difícil do exército. Arnaud fica fascinado com ela, e passa a acompanhar o treinamento da amiga. Quando a garota parte para a divisão militar, ele decide se alistar também. Filme com formato de tela widescreen anamórfico e áudio em Dolby Digital. (T. O.: “Les Combattants”)