sexta-feira, 24 de novembro de 2006

Claquete

Newton Ramalho - claquete@interjato.com.br

O que está em cartaz

Novembro vai chegando ao fim, melancolicamente, sem novidades nos cinemas, a não ser a animação “Happy Feet – O Pinguim”, que conseguiu a proeza de esnobar o novo 007, no mercado americano. A outra estréia, só no Moviecom, é a animação nacional “Wood & Stock – Sexo, Orégano e Rock’n’Roll”, com os personagens de Angeli. Nas continuações, o drama da Primeira Guerra Mundial, “Flyboys” (veja em Filme da Semana), a comédia “Pequena Miss Sunshine”, o policial “Os Infiltrados”, de Martin Scorsese, “Terror em Silent Hill”, o ótimo “O Grande Truque”, misto de drama e suspense, do diretor Christopher Nolan, o suspense “Efeito Borboleta 2”, o terror “Jogos Mortais 3”, e, a divertida animação “Deu a Louca na Chapeuzinho”. Nas programações exclusivas, no Cinemark, a comédia “Fica Comigo Esta Noite”, e, no Moviecom, a comédia nacional “Muito Gelo e Dois Dedos de Água” (esta, com preços promocionais).

Estréia 1: “Happy Feet - O Pingüim”

A vida do pingüim Imperador se resume basicamente a coisa: ter uma canção do coração. A partir desta canção é que o pingüim será respeitado entre os de sua espécie, e, conquistará o amor de uma fêmea. Todo pingüim já nasce com sua canção do coração, exceto um: Mano. Diferente de todos os pingüins, Mano não sabe cantar, e, sim, sapatear, para o espanto de todos, inclusive de seu pai, Memphis, que diz que "isso não é coisa de pingüim". Apaixonado por Glória, mas, sem ter como conquistá-la, uma vez que os pingüins fazem isso através da música, Mano se afasta de seu bando, e, acaba conhecendo outra espécie de pingüins, os Adelie. Entre eles, Mano é idolatrado, por seus passos de dança maneiros, e, logo forma um forte laço de amizade com alguns pingüins, em especial Ramon. Mas, Mano não desistiu de viver entre os seus, e, tentará mostrar que a dança pode mover montanhas. “Happy Feet - O Pingüim” estréia nesta sexta-feira, no Cine 6 do Moviecom, e, nas Salas 2 e 6 do Cinemark. Censura livre. Cópias dubladas.

Estréia 2: “Wood & Stock - Sexo, Orégano e Rock´n´Roll”

Em uma festa, na virada para 1972, na casa de Cosmo, os jovens Wood, Stock, Lady Jane, Rê Bordosa, Rampal, Nanico e Meiaoito, vivem intensamente o barato do flower power, ao explodir dos fogos de Ano Novo. Trinta anos se passam, e, nossos heróis, agora, carecas e barrigudos, enfrentam as dificuldades de um mundo cada vez mais individual e consumista. Família, filhos, trabalho, contas a pagar e solidão, são conceitos que não combinam com o universo inconseqüente desses "bichos-grilos", perdidos no tempo. O jeito é dar ouvidos à voz sábia de Raulzito, e, ressuscitar a velha banda de rock'n'roll. Animação nacional, baseada nos personagens do cartunista Angeli, com as vozes de Rita Lee, Sepé Tiaraju, Zé Vítor Castiel, Felipe Monaco e Tom Zé. "Wood & Stock – Sexo, Orégano e Rock’n’Roll" estréia nesta sexta-feira, no Cine 3 do Moviecom. Para maiores de 16 anos.


“Velozes e Furiosos – Desafio em Tóquio”, em DVD

Sean Boswell (Lucas Black) é um adolescente superficial e infeliz, que usa as corridas de rua como válvula de escape. Após bater com o carro, e, para evitar a prisão, Sean é enviado para Tóquio, par morar com o pai. Em sua nova cidade, Sean fica inteiramente deslocado, até conhecer Twinkie (Bow Wow), que lhe apresenta as corridas de drift, uma mistura de derrapagem e velocidade. Sean logo se empolga com a novidade, o que faz com que se envolva em novas confusões. O disco traz formato de tela widescreen e som Dolby Digital 5.1. Os extras só deverão vir na edição definitiva.

“O Enigma de Andrômeda”, em DVD

“O Enigma de Andrômeda”, um dos filmes mais intrigantes de ficção-científica dos anos 70, finalmente, foi lançado em DVD. O filme foi escrito e dirigido por Michael Crichton, o autor de “Jurassic Park”. Quando um satélite espacial cai, em uma pequena cidade do Oeste americano, uma misteriosa bactéria mata todos os habitantes, à exceção de um bebê, e, um velho bêbado. Agora, um grupo de cientistas precisa correr contra o tempo, para evitar o extermínio de toda a Humanidade. Nas locadoras.

“O Beijo da Mulher-Aranha” no Projeto Cinema e Literatura

O Cineclube Natal e a Livraria Bortolai exibirão “O Beijo da Mulher-Aranha”, de Hector Babenco, no Projeto “Cinema e Literatura”. Dois presos, um por motivos políticos e outro por comportamento imoral, dividem a mesma cela, e, com o passar do tempo, aprendem a respeitar um ao outro, e, descobrem uma forma de enfrentar a opressão da cadeia. Com Raul Julia, William Hurt e Sônia Braga. Hurt ganhou os prêmios de Cannes e o Oscar de Melhor Ator, por este filme. A exibição começa às 18h, no auditório da própria livraria, na Avenida Afonso Pena, 805, Tirol. Ao término da sessão haverá debate com a platéia. O acesso é gratuito. Para maiores de 16 anos.

Adeus a Altman e Noiret

Esta semana foi muito ruim para o cinema mundial. Além da morte do diretor Robert Altman, autor de “Short Cuts – Cenas da Vida”, e, da genial comédia “M*A*S*H*”, o mundo perdeu, ontem, o ator francês Philippe Noiret. Dono de uma carreira invejável, com mais de 150 filmes, Noiret alcançou fama mundial com duas belíssimas produções, “Cinema Paradiso”, de Giuseppe Tornatore, e, “O Carteiro e o Poeta”, onde interpretava Pablo Neruda.



Filme da Semana: “Flyboys”

Batismo de fogo

Embora existam mais de quinhentos filmes sobre a Segunda Guerra Mundial, não há muitas produções sobre o conflito de 1914 a 1918, que, embora numa escala menor, foi mais sangrento e fratricida, mudando fortemente o balanço das forças políticas mundiais. Uma pequena parte desta história, ligada ao uso do avião como arma militar, é apresentada no filme “Flyboys”, atualmente em cartaz nos nossos cinemas.

No final do século 19, o mundo passava por grandes transformações. A incipiente indústria do petróleo encontrara uma utilização nobre, como combustível para veículos, o que revolucionou a indústria de transportes, até então, dependente de navios à vela e carvão, trens, e, cavalos. Com a industrialização maciça, a necessidade de matérias-primas, e, a disputa por mercados, acirrou o imperialismo das poderosas nações européias.

A Inglaterra dominava boa parte do mundo, seguida por outras nações, como a França, Bélgica, e, até mesmo a Rússia, nos estertores do regime tzarista. A Alemanha, formada por antigos estados independentes, fora unificada em 1871, surgindo como uma nova força, não apenas no âmbito econômico, mas, também, militar. A corrida armamentista levou os países a adotar o serviço militar obrigatório, criar novas armas, e, produzir armamento e munição em quantidades cada vez maiores. Ironicamente, era denominado “a paz armada”.

Cientes do poderio dos adversários, os jogadores se uniram em alianças, de modo que, em 1907, a Europa já se encontrava dividida em dois blocos político-militares: a Tríplice Aliança, com a Alemanha, Itália e Áustria-Hungria, e a Tríplice Entente, com a Inglaterra, França e Rússia. Nesse ambiente tenso, no dia 28 de junho de 1914, em Sarajevo, capital da Bósnia, o herdeiro do trono austríaco, Francisco Ferdinando, e, sua esposa, foram assassinados, a tiros, por um estudante da Bósnia. A Áustria declarou guerra a Sérvia, o que provocou a participação dos respectivos aliados, dando início à Primeira Guerra Mundial, duraria quatro anos, com a morte de mais de nove milhões de soldados.

Na maior parte do conflito, os combates foram marcados pela guerra de trincheiras, onde os exércitos defendiam suas posições utilizando-se de uma extensa rede de trincheiras que eles próprios cavavam. Novas armas, como o canhão de tiro rápido, o gás venenoso, o lança-chamas, armas automáticas e o submarino, faziam um número crescente de vítimas. Entre as novidades do conflito, foi utilizado o avião, que mal completara dez anos de existência.

Quando Santos Dumont fez o primeiro vôo num veículo mais pesado do que o ar, em 23 de outubro de 1906, certamente sonhou, para o seu invento, uma utilização nobre. Contudo, devido ao ambiente da época, sua invenção, que sempre deixou como domínio público, foi apropriada pelos militares para uso bélico.

Inicialmente, os aviões eram utilizados apenas para vôos de reconhecimento e verificação de movimentação de tropas. Mas, à medida que o conflito avançava, foi sendo aperfeiçoado para combate aéreo, e, para lançamento de bombas.

O filme “Flyboys” ilustra bem esse lado do conflito. Enquanto as tropas se arrastavam pelo lamaçal das trincheiras, as esquadrilhas de aviões, pilotadas por jovens pilotos de diversos países, travava batalhas nos céus da França, num conflito diferenciado, com regras próprias.

Enquanto o pau quebrava na Europa, os Estados Unidos mantinham-se fora do conflito, em parte por considerar a guerra um problema regional europeu, e, em parte, pela própria alienação do eleitor americano. Muitos jovens idealistas, entretanto, participaram do conflito, juntando-se ao exército canadense, atuando como motoristas voluntários de ambulância, ou, integrantes da Legião Estrangeira da França. As motivações eram as mais diversas, como fica bem caracterizado no filme.

Blaine Rawlings (James Franco), é um jovem texano, que foi expulso do rancho de sua família, e, que idealiza uma vida de herói, pilotando aviões. Ele se une a Higgins (Christien Anholt), um recruta da Legião Estrangeira, William Jensen (Philip Winchester), para seguir a tradição de heroísmo da família, Briggs Lowry (Tyler Labine), que se alistou devido à pressão do pai, Eddie Beagle (David Ellison), que deseja fugir de seu passado, e, um boxeador negro, Eugene Skinner (Abdul Salis), que deseja defender a França, que permitiu que se tornasse campeão.

Os jovens vão para um campo de treinamento de pilotos, onde, sob o comando do capitão Georges Thenault (Jean Reno), são submetidos a um rigoroso treinamento, de forma que eles possam integrar a Esquadrilha Lafayette, o primeiro esquadrão de pilotos americanos, liderados por Reed Cassidy (Martin Henderson), um piloto de guerra veterano. É mostrado o treinamento com maquetes de madeira, e, a explicação do porquê do famoso cachecol. Entre os equipamentos distribuídos, um revolver, para o caso do avião pegar fogo, e, um martelinho de madeira para quando a metralhadora engalhasse.

O batismo de fogo é cruel, quando se defrontam com experientes pilotos alemães, principalmente um que pilota um avião todo negro, conhecido como “Falcão Negro”. Este quebra o código de honra dos pilotos, quando mata um americano que tinha conseguido pousar, após ser abatido. Na vida real, até mesmo o lendário Barão Vermelho, o barão Manfred Albrecht von Richthofen, que abateu mais de oitenta aviões ingleses e franceses, recebeu funeral com honras militares, prestado por seus inimigos.

O filme mostra o amadurecimento dos pilotos ao longo do conflito, com seus dramas pessoais, e, a reação que os acontecimentos causavam, em cada um. No final, é mencionado destino de cada um dos sobreviventes, inclusive, quando mostram uma foto real dos participantes do esquadrão. Ao todo, 265 americanos serviram na esquadrilha, dos quais, 51 foram mortos em combate. Um piloto negro, Eugene Bullard, realmente existiu, embora, como seja dito no filme, não foi reconhecido por seu próprio país, ao entrar no conflito.

O filme é repleto de belas cenas de combates aéreos, onde fica difícil perceber onde termina a ação real e inicia a computação gráfica. Para os caçadores de curiosidades, a brasileira Anna Walker, dona de uma empresa de acrobacia aérea em Londres, participa de várias cenas de combates aéreos.

À exceção de Jean Reno, totalmente subtilizado, não há nomes conhecidos no elenco. Contudo, a direção segura do francês Jean Pierre Jeunet (conhecido no Brasil por “O Fabuloso Destino de Amelie Poulain”) certamente mantém o ritmo e a atenção do espectador até o final.

No ano em que comemoramos os cem anos do vôo do Pai da Aviação (sorry, irmãos Wright), certamente é um bom filme para assistir, e, refletir um pouco sobre os usos para os quais os homens destinam as idéias mais brilhantes. E, para os que quiserem ver outros filmes sobre a Primeira Guerra Mundial, sugiro “Nada de Novo no Front”, de Lewis Milestone, “Galipoli”, de Peter Weir, e, “Glória Feita de Sangue”, de Kubrick.

sexta-feira, 17 de novembro de 2006

Claquete

Newton Ramalho - claquete@interjato.com.br

O que está em cartaz

Num mês de tantos feriados (ainda falta um), as estréias chegam em doses constantes e homeopáticas. Neste final de semana, teremos duas estréias, um movimentado drama da Primeira Guerra Mundial, “Flyboys”, e, a comédia “Pequena Miss Sunshine”. Nas continuações, o policial “Os Infiltrados” (veja mais no Filme da Semana), de Martin Scorsese, “Terror em Silent Hill”, o ótimo “O Grande Truque”, misto de drama e suspense, do diretor Christopher Nolan, o suspense “Efeito Borboleta 2”, o terror “Jogos Mortais 3”, e, a divertida animação “Deu a Louca na Chapeuzinho”. Nas programações exclusivas, no Cinemark, a comédias “Fica Comigo Esta Noite”, “Trair e Coçar, é só Começar”, e, a animação “O Bicho Vai Pegar”, e, no Moviecom, a comédia nacional “Muito Gelo e Dois Dedos de Água” (esta, com preços promocionais).

Estréia 1: “Flyboys”

Em 1916, a 1ª Guerra Mundial já dura dois anos, sem perspectiva de acabar. Milhões de pessoas já morreram, e, as forças aliadas, compostas por França e Inglaterra, lutam nas trincheiras contra as tropas alemãs. Os Estados Unidos mantêm a posição de neutralidade, o que não impede que alguns americanos partam para a Europa, como motoristas voluntários de ambulância, ou, integrantes da Legião Estrangeira da França. Um deles é Blaine Rawlings (James Franco), um texano que foi expulso do rancho de sua família, e, que idealiza uma vida de herói, pilotando aviões. Ele se une a Higgins (Christien Anholt), um recruta da Legião Estrangeira, William Jensen (Philip Winchester), para seguir a tradição da família, Briggs Lowry (Tyler Labine), que se alistou devido à pressão do pai, Eddie Beagle (David Ellison), que deseja fugir de seu passado, Eugene Skinner (Abdul Salis), que deseja defender a França, que permitiu que se tornasse campeão de boxe, e, Reed Cassidy (Martin Henderson), um piloto de guerra veterano. Sob o comando do capitão Georges Thenault (Jean Reno), os pilotos franceses realizam um rigoroso treinamento com os americanos, de forma que eles possam integrar a Esquadrilha Lafayette, o primeiro esquadrão de pilotos americanos a lutar na 1ª Guerra Mundial. “Flyboys” estréia nesta sexta-feira, no Cine 7 do Moviecom, e, na Sala 1 do Cinemark. Para maiores de 14 anos.

Estréia 2: “Pequena Miss Sunshine”

Nenhuma família é verdadeiramente normal, mas, a família Hoover extrapola todos os padrões. O pai desenvolveu um método de auto-ajuda, que é um fracasso, o filho mais velho fez voto de silêncio, o cunhado é um professor suicida, e, o avô foi expulso de uma casa de idosos, por usar heroína. Nada funciona para o clã, até que a filha caçula, a desajeitada Olive (Abigail Breslin), é convidada para participar de um concurso de beleza, para meninas pré-adolescentes. Eles se amontoam em sua Kombi enferrujada, numa jornada tragicômica, repleta de surpresas alucinadas, e, que mudará toda essa família desajustada de maneira que ela jamais poderia imaginar. A direção é de Jonathan Dayton e Valerie Faris. “A Pequena Miss Sunshine” estréia nesta sexta-feira, no Cine 4 do Moviecom, e, na Sala 2 do Cinemark. Para maiores de 14 anos.



Novidades

“Piratas do Caribe: O Baú da Morte”, em DVD

O capitão Jack Sparrow parte em uma aventura inteiramente nova. Na seqüência de “Piratas do Caribe: A Maldição do Pérola Negra”, o excêntrico Jack é capturado por uma rede de intrigas sobrenaturais. Uma ameaça ainda mais aterrorizante paira sobre seu capitão, e, sua tripulação desprezível: descobre-se que Jack tem uma dívida de sangue com o lendário Davy Jones, o governante das profundezas do mar e comandante do fantasmagórico “Holandês Voador”, ao qual nenhum outro barco é capaz de se equiparar em velocidade e força. O disco traz formato de tela widescreen e som Dolby Digital 5.1, mas, ao contrário do primeiro filme, que já saiu numa edição completíssima, esta não traz nenhum extra, de modo que o colecionador terá que esperar a edição sell-thru.

Inscrições abertas para I Mostra Cineclubista de Curtas Potiguares

O Cineclube Natal, em parceria com o Teatro de Cultura Popular (TCP), abre inscrições para a sua I Mostra Cineclubista de Curtas Potiguares. Os participantes poderão inscrever seus trabalhos gratuitamente até o dia 17 de dezembro. A ficha de inscrição, e, o regulamento, estão disponíveis no site www.cineclubenatal.blogspot.com . A inscrição preenchida e o curta-metragem devem ser entregues à Diretoria de Programação do Cineclube Natal, durante as sessões regulares da instituição. A mostra não é competitiva e podem participar vídeos com até 30 minutos de duração. A seleção ficará a cargo da direção do Cineclube Natal. Todos os diretores dos curtas-metragens exibidos receberão certificado de participação. O evento será realizado no TCP, em fevereiro de 2007.

Grupo Caminhos Comunicação & Cultura lança documentário

O Grupo Caminhos Comunicação & Cultura, formado por jornalistas e radialistas da terrinha, realizou o documentário “Com quantas ave-marias se faz uma santa?”, com 30 minutos de duração, cujo lançamento acontecerá em Natal no próximo dia 20 de novembro, às 19 horas, no SeaWay Shopping. O tema do documentário é a lenda sobre uma criança se perdeu numa serra próxima à cidade, e, após muitos anos, o seu corpo foi encontrado intacto, e, o local passou a ser palco de milagres. A direção é de Albery Lúcio, e, na equipe técnica estão Ana Lúcia Gomes, Edileusa Martins e Fernanda Gurgel, entre outros.

Cineclube Natal exibe “Laranja Mecânica”

O Cineclube Natal, em parceria com o Teatro de Cultura Popular (TCP), programou para o próximo domingo, dia 19, o filme “Laranja Mecânica”, do diretor Stanley Kubrick. Baseado em livro de Anthony Burgess, o filme mostra uma sociedade do futuro, onde a violência é comum, a ética não vale muito, e, as aparências é que importam. Será exibido, também, o curta-metragen “Flying Padre”. A sessão começa às 19h, no TCP, ao lado da Fundação José Augusto. Depois haverá debate com a platéia. Os ingressos custam R$ 2,00. Para maiores de 18 anos.


Filme da Semana: “Os Infiltrados”

Quem é quem?

O sonho de todo cidadão de bem é ter uma polícia que consiga prender os bandidos. Só que, a maioria das pessoas não imagina o que pode ser necessário fazer, para conseguir isso. Não é raro que um policial precise se passar por bandido, para investigar as operações criminosas. E, infelizmente, o inverso também ocorre, quando policiais se vendem para o Lado Negro, e, passam informações valiosas para os bandidos. É exatamente este universo que é explorado por Martin Scorsese, no filme “Os Infiltrados”, em cartaz nos nossos cinemas.

Fugindo do clichê dos filmes de gângsteres, que sempre tratam de mafiosos italianos em Chicago ou Nova York, Scorsese leva a ação para Boston, no rico estado de Massachusetts, onde o crime organizado é controlado por Frank Costello (Jack Nicholson), chefe de uma quadrilha que domina a colônia irlandesa. É nesse ambiente que crescem, e, tomam destinos parecidos dois jovens. Um deles é Colin Sullivan (Matt Damon), que cresce aos cuidados de Costello, e, entra na polícia, graduando-se com distinção. O outro, Billy Costigan (Leonardo DiCaprio) vinha de uma família de pessoas à margem da lei, cujo único homem totalmente honesto fora o seu pai. Ele também entra para a academia de polícia, mas, é desligado a poucos dias da formatura, por ter se desentendido com um instrutor.

Os dois se apresentam no mesmo dia, Colin, bastante festejado, indo direto para um grupo de elite de combate ao crime organizado, enquanto Billy recebe uma proposta para trabalhar sob disfarce, fingindo-se de bandido. A intenção do capitão Queenan (Martin Sheen) e do sargento Dignam (Mark Wahlberg) é de infiltrar um rosto desconhecido na quadrilha de Costello, para poder prende-lo. O problema é que Colin, o afilhado do bandido, está sempre passando as informações para o chefão, que sempre consegue evitar as situações de perigo.

Os dois passam a viver uma vida dupla, enredando-se cada vez mais nas suas respectivas armadilhas, e, dia após dia, crescem as suspeitas, nos dois grupos, sobre os espiões infiltrados. Ao invés de heróis indestrutíveis, os dois mostram suas faces humanas, com medos, dúvidas, e, sem ter mais parâmetros dos seus próprios valores, sem saber onde termina o fingimento e onde inicia a realidade.

A história do filme se desenrola em um intrincado jogo de gato e rato, onde cada um dos infiltrados tenta se proteger, e, desmascarar o outro. Como se poderia esperar, os acontecimentos caminham para um clímax, onde todas as faces serão expostas. Ninguém espere um final feliz, pois numa história onde todos têm algum tipo de culpa, dificilmente alguém sairá impune.

Além de um excelente tratamento psicológico dos personagens, Scorsese questiona o uso da mentira. Até que ponto é correto mentir? Desde uma simples desculpa, para fugir a um encontro chato, ou, manter uma vida dupla de assassino?

Este filme é baseado em um cultuado filme policial chinês “The Infernal Affairs” (Mou Gaan Dou), embora também tenha traços da história de Whitey Bulger, um gângster de sangue irlandês, que cumpriu pena em Alcatraz, supostamente forneceu armas ao IRA e que permanece na lista dos dez fugitivos mais procurados do FBI por uma série de assassinatos nos anos 70.

Embora seja um pouco mais longo que a maioria das produções, com 149 minutos, o filme certamente agradará tanto aos amantes dos filmes de ação, quanto aos que gostam de um bom suspense psicológico.

sexta-feira, 10 de novembro de 2006

Claquete

Newton Ramalho - claquete@interjato.com.br

O que está em cartaz

Após a tempestade, vem a calmaria... Enquanto o Brasil se re-arruma, na velha/nova ordem, nas plagas potiguares, a novidade fica por conta da Mostra Competitiva Nacional, principal evento do FESTNATAL 2006, que ocorrerá no Moviecom esta semana (mais detalhes no box). Fora isso, teremos duas estréias, o policial “Os Infiltrados”, de Martin Scorsese, e, “Terror em Silent Hill”, filme baseado em um conhecido videogame. Nas continuações, o ótimo “O Grande Truque”, misto de drama e suspense, do diretor Christopher Nolan, o suspense “Efeito Borboleta 2”, o terror “Jogos Mortais 3”, e, a divertida animação “Deu a Louca na Chapeuzinho”. Nas programações exclusivas, no Cinemark, a comédia “Fica Comigo Esta Noite”, e, no Moviecom, os dramas “Vôo United 93”, “O Sacrifício”, o romance “A Casa do Lago”, e, a comédia nacional “Muito Gelo e Dois Dedos de Água” (este, com preços promocionais).

Estréia 1: “Os Infiltrados”

A polícia trava uma verdadeira guerra contra o crime organizado em Boston. Billy Costigan (Leonardo DiCaprio), um jovem policial, recebe a missão de se infiltrar na Máfia, mais especificamente, no grupo comandado por Frank Costello (Jack Nicholson). Aos poucos, Billy conquista sua confiança, ao mesmo tempo em que Colin Sullivan (Matt Damon), um criminoso que foi infiltrado na polícia como informante de Costello, também ascende dentro da corporação. Tanto Billy, quanto Colin, sentem-se aflitos, devido à vida dupla que levam, tendo a obrigação de sempre obter informações. Porém, quando os bandidos e a polícia descobrem que entre eles há um espião, a vida de ambos passa a correr perigo. A direção é de Martin Scorsese, de volta ao tema de “Os Bons Companheiros” e “Cassino”. “Os Infiltrados” estréia nesta sexta-feira, no Cine 6 do Moviecom, e, na Sala 2 do Cinemark. Para maiores de 18 anos.

Estréia 2: “Terror em Silent Hill”

Rose da Silva (Radha Mitchell) é uma mulher atormentada, já que sua filha Sharon (Jodelle Fernand) está morrendo, devido a uma doença fatal. Contrariando seu marido, Rose decide levá-la a uma cidade que a menina sempre menciona em seus sonhos, quando está sonâmbula. No caminho para encontrá-la, Rose atravessa um portal, que a leva à cidade deserta de Silent Hill. Lá, Sharon desaparece, o que faz com que Rose procure a menina por todos os lugares. É quando Rose descobre que a aparente cidade deserta é, na verdade, habitada por criaturas demoníacas, que surgem de praticamente todos os lugares em que toca. O filme é baseado nos dois primeiros jogos da série "Silent Hill". A direção é de Christophe Gans. “Terror em Silent Hill” estréia nesta sexta-feira, no Cine 1 do Moviecom, e, na Sala 1 do Cinemark. Para maiores de 18 anos.

“Carros”, em DVD

Relâmpago McQueen é um carro de corridas ambicioso, que já em sua primeira temporada na Copa Pistão, torna-se um astro. Ele sonha em ser o primeiro estreante a vencer o campeonato. A fama faz com que Relâmpago acredite que não precisa da ajuda de ninguém, sendo uma "equipe de um carro só". Esta arrogância lhe custa caro, pois perde a penúltima corrida. A caminho da próxima, fica preso em uma cidadezinha, onde convive com pessoas simples e verdadeiras, o que o leva a pensar em mudar de atitude. Simpática animação da Pixar, a última antes de ser comprada pela Disney. Com formato de tela Widescreen, e, áudio em Inglês e Português Dolby Digital 5.1, o disco traz, como extras, Cenas inéditas, Curta animado inédito, Making of, Jogos e atividades, Comentários do diretor e Easter eggs.

“Fome de Viver”, em DVD

Um dos filmes cult dos anos 80 chega, com muito atraso, em DVD. O filme é “Fome de Viver”, do, então, estreante diretor Tony Scott. “Fome de Viver” é considerado um dos melhores filmes de vampiros dos últimos anos. Baseado no livro homônimo de Whitley Strieber, o filme propõe a existência de seres imortais que se alimentam de sangue e da força vital dos humanos. O enredo gira em torno de Miriam Blaylock (Catherine Deneuve), aquela que seria a última da espécie, e, de suas relações amorosas e predatórias com humanos de ambos os sexos. No elenco estão, também, David Bowie e Susan Sarandon. O disco traz formato de tela widescreen anamórfico, que preserva a belíssima fotografia do filme, e, como extras, comentários de Tony Scott e Susan Sarandon, Trailer de cinema e Galeria de imagens.


16º Festival de Cinema de Natal – FESTNATAL 2006

Mostra Competitiva Nacional de Ficção

Hoje inicia a Mostra Competitiva Nacional de Ficção, principal evento do 16º Festival de Cinema de Natal, com “Vestido de Noiva”, filme de estréia do diretor Joffre Rodrigues. A Mostra segue até o dia 16 de novembro, com sete produções em competição, e, dois filmes convidados, que serão exibidos no Cine 3, da Rede Moviecom, com várias sessões diárias, e, com ingressos promocionais, no valor único de três reais. O Festival de Cinema de Natal, o FESTNATAL, é fruto da cruzada pessoal do colega Valério Andrade, que consegue levar ao ar a 16ª edição do festival. Os filmes são os seguintes:

10/11 - “Vestido de Noiva” – Após ser atropelada, a bela Alaíde (Simone Spoladore) é levada para o hospital com muitas dores, alucinação e perda de memória. Ela se lembra de sua vida desde o momento em que leu o diário da cafetina Madame Clessi (Marília Pera), ao mudar-se para a casa que fora há 37 anos um bordel. Nesse misto de alucinação e memória ela se encontra com a mítica cafetina, a quem conta tudo o que se passou após a morte desta. Alaíde também consegue se lembrar das brigas que teve com sua irmã, que amava o homem que na época era seu noivo e depois tornou-se seu marido. Outra lembrança é que horas antes do atropelamento Alaíde tinha descoberto o plano de sua irmã e seu marido para matá-la e, após sua morte, se casarem. Mas esta ela não sabe se realmente aconteceu ou se é fruto de sua imaginação. A direção é de Joffre Soares. Para maiores de 14 anos. Sessões às 14h, 16h30, 18h45 e 21h.

11/11 - “Dois Perdidos Numa Noite Suja” - Nova York, 2001. Paco (Débora Falabella) é uma mulher que se passa por travesti, tinha feito sexo oral com um "cliente", em um banheiro público. A situação saiu do controle, pois, ao descobrir que Paco era uma mulher, ficou violento, e, só não piorou devido à interferência de Tonho (Roberto Bomtempo), que deixou o "cliente" desacordado. Paco aproveita a situação para roubá-lo, mas, como tinha feito Tonho perder o emprego, divide com ele o dinheiro. Eles, então, descobrem que ambos são brasileiros. Tonho, com saudades de falar português, convida Paco para ficar no seu "apartamento", que é, na verdade, um galpão abandonado. Tirando o fato de serem estrangeiros, eles nada têm em comum. Enquanto Paco é uma pessoa bem determinada e agressiva, Tonho é humilde, mas, está cansado de subempregos, e, quer voltar para o Brasil. Paco, por sua vez, sonha alto, e, quer se tornar uma mega popstar. Por falta de opção, e, necessidade, eles vivem um cotidiano infernal, no qual Paco agride verbalmente Tonho praticamente o tempo inteiro. Esta convivência forçada de dois imigrantes que vivem à margem da sociedade irá revelar gradativamente a falta de esperança por uma vida mais digna. A direção é de José Joffily. Para maiores de 16 anos. Sessões às 14h15, 16h30, 18h45 e 21h.

11/11 - “O Amigo Invisível” (Filme Convidado) - Tixa é uma menina de sete anos que possui um amigo que apenas ela vê. Como suas brincadeiras com o irmão são perigosas, envolvendo golpes de jiu-jitsu e socos com lutas de boxe, Tixa prefere brincar com Gabriel, nome de seu amigo invisível, com quem pula corda e brinca de boneca. Porém, esta amizade é vista com estranheza por sua família, que acredita que ela está falando sozinha. Com Isabela Garcia, Paulo César Grande, Zezé Motta e Chico Diaz. A direção é de Maria Letícia, que fez o roteiro baseado em livro de sua autoria. Sessão única, às 11h. Censura livre.

12/11 – “Benjamim” - Ao conhecer a jovem Ariela Masé (Cléo Pires), de espantosa semelhança com o grande amor de seu passado, o veterano e esquecido modelo publicitário Benjamim Zambraia (Paulo José) revive as delícias e horrores da paixão. A “reencarnação” da sua amada Castana Beatriz tem algo mais a lhe oferecer: um acerto de contas com a sua própria consciência. Baseado em livro de Chico Buarque de Hollanda. A direção é de Monique Gardenberg. Para maiores de 12 anos. Sessões às 14h15, 16h30, 18h45 e 21h.

12/11 - “O Amigo Invisível” (Filme Convidado) - Sessão única, às 11h. Censura livre.

13/11 – “O Outro Lado da Rua” - Regina (Fernanda Montenegro) é uma mulher de 65 anos, que vive em Copacabana, com sua cachorrinha vira-lata. Para esquecer a solidão e se distrair ela participa de um serviço da polícia, no qual aposentados denunciam pequenos delitos. Em uma noite de abandono, “fiscalizando” com seu binóculo o que acontece nos prédios do outro lado da rua, Regina presencia o que parece ser um homem matando sua mulher, com uma injeção letal. Ela chama a polícia, mas, o óbito é dado como morte natural. Desmoralizada, Regina resolve provar que estava certa, e, acaba se envolvendo com o suposto assassino. A direção é de Marcos Bernstein. Para maiores de 12 anos. Sessões às 14h15, 16h30, 18h45 e 21h.

14/11 – “No Meio da Rua” - Leonardo (Guilherme Vieira) é um garoto de onze anos, de família de classe média alta, cheio de atividades, e, até carro, com motorista. A caminho da escola, enquanto seu carro aguarda em um sinal de trânsito, ele conhece Kiko (Cleslay Delfino), um garoto de sua idade, que faz malabarismos na rua para ganhar alguns trocados. Logo, os dois se tornam amigos, o que faz com que Leonardo empreste seu Game Boy para Kiko. Isso faz com que Leonardo receba uma bronca de sua mãe, Márcia (Flávia Alessandra), que não vê com bons olhos esta amizade. Decidido a recuperar o videogame, Leonardo falta uma aula para encontrar Kiko. Porém, Kiko lhe diz que não está mais com o jogo, que foi pego por dois olheiros que trabalham para o traficante Baratão (João Antônio Jamaica). É quando os dois amigos decidem subir o morro para recuperar o Game Boy a todo custo. A direção é de Antonio Carlos da Fontoura. Para maiores de dez anos. Sessões às 14h, 15h45, 17h30, 19h15 e 21h.

15/11 – “O Caminho das Nuvens” - Romão (Wagner Moura) é um caminhoneiro desempregado. Sem conseguir emprego, e, tendo que sustentar sua mulher Rose (Cláudia Abreu) e seus cinco filhos, ele decide partir, em busca de um local onde possa conseguir o sonhado emprego que lhe pagará o salário de R$ 1000,00. Romão e sua família partem, numa jornada de 3200 km, saindo da gloriosa Santa Rita, na Paraíba, até o Rio de Janeiro, de bicicleta. O filme é baseado na história real de Cícero Ferreira Dias. A direção é de Vicente Amorim. Para maiores de 14 anos. Sessões às 14h, 15h45, 17h30, 19h15 e 21h.



16/11 – “O Homem Que Copiava” - André (Lázaro Ramos) é um jovem de 20 anos que trabalha na fotocopiadora da papelaria Gomide, localizada em Porto Alegre. André mora com a mãe e tem uma vida comum, basicamente vivendo de casa para o trabalho e realizando sempre as mesmas atividades. Um dia, André se apaixona por Sílvia (Leandra Leal), uma vizinha, a qual passa a observar com os binóculos em seu quarto. Decidido a conhecê-la melhor, André descobre que ela trabalha em uma loja de roupas, e, para conseguir uma aproximação, tenta de todas as formas conseguir 38 reais para comprar um suposto presente para sua mãe. O elenco conta, ainda, com Luana Piovani, Pedro Cardoso e Paulo José. A direção é de Jorge Furtado. Para maiores de 14 anos. Sessões às 14h, 16h20, 18h40 e 21h.

sexta-feira, 3 de novembro de 2006

Claquete


Newton Ramalho - claquete@interjato.com.br

O que está em cartaz

Passadas as eleições, entre mortos e feridos, o Brasil tenta voltar ao normal. A novidade da semana, além das estréias nos cinemas, é a Mostra Vidas na Tela, evento do FESTNATAL 2006, que ocorrerá no Moviecom esta semana (mais detalhes no box). As estréias são “O Grande Truque”, misto de drama e suspense, do diretor Christopher Nolan, “Efeito Borboleta 2”, suspense, e, o drama “Vôo United 93”, este último só na rede Moviecom. Nas continuações, o terror japonês “O Grito 2”, a divertida animação “Deu a Louca na Chapeuzinho”, a comédia nacional “Muito Gelo e Dois Dedos de Água”, de Daniel Filho, a animação “O Bicho Vai Pegar”. Nas programações exclusivas, no Cinemark, tem as comédias “Fica Comigo Esta Noite”, “Um Cara Quase Perfeito”, e, o drama “O Diabo Veste Prada”. No Moviecom, a comédia juvenil “Ela é o Cara”, o drama “O Sacrifício”, o romance “A Casa do Lago”.

Estréia 1: “O Grande Truque”

Na Londres do final do século 19, a grande diversão era o teatro de variedades, e, em especial, os mágicos ilusionistas, que se esforçavam para conseguir os truques mais impressionantes. Robert Angier (Hugh Jackman, o Wolverine de “X-Men”) e Alfred Borden (Christian Bale, o Homem-Morcego, de “Batman Begins”) se conhecem há muitos anos, desde que eram aprendizes de mágicos. Uma fatalidade, em pleno palco, faz com que a amizade se transforme em uma grande rivalidade. Ao longo dos anos, o ódio apenas aumenta, e, cada um faz o possível para prejudicar o outro, sabotando os truques, causando acidentes, mentindo e iludindo. Quando Alfred apresenta uma mágica revolucionária, Robert fica obcecado em descobrir como ele consegue realizá-la. Para conseguir o seu objetivo, ele empreende uma longa viagem, para retornar a Londres não apenas com o truque perfeito, mas, com os meios para, finalmente, vingar-se do adversário pela dolorosa perda que este causou. O filme conta, ainda, com cantor David Bowie, como o inventor Nikola Tesla, a bela Scarlett Johansson, e, o magnífico Michael Caine. A direção é de Christopher Nolan, de “Amnésia” e “Batman Begins”. “O Grande Truque” está em cartaz no Cine 4 do Moviecom, e, na Sala 1 do Cinemark. Para maiores de 14 anos.

Estréia 2: “Vôo United 93”

Em 11 de setembro de 2001, um dos quatro aviões seqüestrados pelos terroristas não chega até o seu alvo, graças ao heroísmo de seus ocupantes. Naquele fatídico dia, o vôo 93, da United Airlines, permaneceu no ar durante 90 minutos, Período em que os passageiros decidem reagir para evitar que os planos terroristas sejam concluídos. Como herança da paranóia resultante daquele dia, até o ator Lewis Alsamari, que interpreta o líder dos terroristas, foi impedido de entrar nos Estados Unidos para a pré-estréia do filme em Nova York, por ter servido no exército iraquiano. “Vôo United 93” está em cartaz no Cine 5 do Moviecom. Para maiores de 14 anos.


Estréia 3: “Efeito Borboleta 2”

Nick Larson (Eric Lively) está feliz da vida: a empresa em que trabalha vai muito bem e seu namoro com Julie (Erica Durance) parece perfeito. Porém, tudo muda, quando ele recebe um telefonema de seu supervisor, que exige sua presença exatamente no dia do aniversário de Julie. Devido a isto, uma série de eventos acontece, resultando na morte de três pessoas, inclusive a própria Julie. Um ano mais tarde, Nick passa a ter estranhos surtos epilépticos, onde mantém a consciência, mas, tem a impressão de estar viajando no tempo. É quando ele resolve mudar o ocorrido em sua vida, evitando que a morte de Julie aconteça. Mas, a missão é mais difícil do que aparenta, já que qualquer pequeno detalhe modificado no passado pode significar uma enorme reviravolta no futuro. “Efeito Borboleta 2” está em cartaz no Cine 7 do Moviecom, e, na Sala 6 do Cinemark. Para maiores de 14 anos.

“Os Sem-Floresta”, em DVD

Uma das animações mais divertidas do ano chega em edição digital. A primavera chegou, o que faz com que os animais da floresta despertem da hibernação. Ao acordar, eles logo têm uma surpresa, ao descobrir, ao redor de seu habitat natural uma grande cerca verde. Inicialmente, temerosos, são tranqüilizados por RJ, um guaxinim malandro, que revela que, no mundo dos humanos, há as mais diversas guloseimas, convencendo-os a atravessar a cerca. Entretanto esta atitude desagrada o cauteloso Verne, que achava melhor permanecer onde estavam inicialmente. Com formato de tela Widescreen, e, áudio em Inglês e Português Dolby Digital 5.1, o disco traz, como extras, Curta animado "Aventura de Hammy com o Bumerangue", Trailers, Jogos e Atividades. Nas locadoras.

“Trilogia das Cores”, em DVD

A Trilogia das Cores, obra-prima do cineasta Krzysztof Kieslowski, está sendo lançada em edição definitiva, com os filmes em versões restauradas no formato de tela widescreen anamórfico, e, com quase três horas de extras. Os filmes são “A Liberdade é Azul”, “A Igualdade é Branca”, e, “A Fraternidade é Vermelha”. Além dos filmes, os discos trazem, como extras, A Lição de Cinema de Kieslowski, Homenagem a Kieslowski, Entrevistas, Cenas Comentadas, Apresentação de Andrea França, Making of, “A Fraternidade é Vermelha” em Cannes, Trailer de Cinema, e, Vida e Obra de Kieslowski.

DVD ultrapassa o cinema

Era previsível, mas, mesmo assim, os números são surpreendentes. Em 2005, o mercado americano de DVD faturou 15 bilhões de dólares, contra nove bilhões nas bilheterias dos cinemas. Não é que o disquinho tenha tomado o lugar do cinemão. Nos Estados Unidos a freqüência aos cinemas está estagnada desde 2000. No Brasil, houve até crescimento, pois, em 2004 foram vendidos 114 milhões de ingressos, contra 75 milhões em 2001. Mesmo assim, aqui, também, o mercado de DVD está crescendo muito mais – isso sem contar o nebuloso mercado pirata. A verdade é que o cinema tradicional virou uma espécie de outdoor de luxo, para que as pessoas procurem o DVD depois.

Cineclube Natal exibe “Os Sonhadores”

O Cineclube Natal, em parceria com o Teatro de Cultura Popular (TCP), programou para o próximo domingo, dia 5, o filme “Os Sonhadores”, do diretor Bernardo Bertolucci. O filme é ambientado na inquieta Paris de 1968, que vive uma rebelião estudantil que se estenderia por toda França. É neste clima que vivem uma estranha relação um jovem estudante americano, Matthew (Michael Pitt), e, os irmãos gêmeos Isabelle (Eva Green) e Theo (Louis Garrel). Além da amizade, e do amor pelo cinema eles vivem uma relação de amor com poucos limites. Serão exibidos cinco curtas-metragens: “Estibordo”, de Marcelo Coutinho e Mariah Benaglia, “Terno e Gravata”, de Tiago Penna, “Cons(c)erto”, de Fabiano Gonper e Sacha Teixeira e “Bailarina” e “Desejo Citrullus”, ambos de Ana Bárbara Ramos. A sessão começa às 19h, no TCP, ao lado da Fundação José Augusto. Depois haverá debate com a platéia, e, sorteio de um DVD e pôsteres. Os ingressos custam R$ 2,00. Para maiores de 18 anos.


16º Festival de Cinema de Natal – FESTNATAL 2006

Mostra “Vidas na Tela”

A Mostra de documentários em longa-metragem “Vidas na Tela” - edição 2006, evento integrante do Festival de Cinema de Natal, inicia nesta sexta-feira, indo até 9 de novembro. Serão sete produções, que serão exibidas no Cine 3, da Rede Moviecom, com várias sessões diárias, e, com ingressos promocionais, no valor único de três reais. Os títulos retratam a vida de personalidades e histórias da cultura brasileira. São eles: “Vinícius”, de Miguel Faria Jr, “Garrincha - Estrela solitária”, de Milton Alencar Jr; “Lara”, de Ana Maria Magalhães; “O Sol - Caminhando Contra o Vento”, de Tetê Moraes; “A Pessoa é Para o Que Nasce”, de Roberto Berliner; “Soy Cuba - O Mamute Siberiano”, de Vicente Ferraz, e, “Moacir Arte Bruta”, de Walter Carvalho.

03/11 - “Vinícius” – Belíssima colagem de apresentações, fotos, filmes caseiros, e, não poderia faltar, muita música, em homenagem a Vinícius de Moraes, reconstruindo a carreira do cantor e compositor. Com Camila Morgado e Ricardo Blat no papel dos atores do pocket show, o filme traz aparições e participações de Renato Braz, Yamandú Costa, Adriana Calcanhoto, Olívia Byington, Mônica Salmaso, Mariana de Moraes, Zeca Pagodinho, Mart'Nália, MS Bom, Nego Jeff, Lerov, Antônio Cândido, Caetano Veloso, Carlos Lyra, Carlinhos Vergueiro, Chico Buarque, Ferreira Gullar, Edu Lobo, Francis Hime, e, Gilberto Gil, entre outros. Para maiores de dez anos.

04/11 - “Garrincha, Estrela Solitária” - O filme expõe a vida do “demônio das pernas tortas” dentro e fora do campo, confrontando o mito do futebol mundial ao homem humilde do interior. Mané Garrincha é recriado a partir das lembranças de pessoas que lhe foram muito próximas, e, que o amaram, de diferentes maneiras. As histórias que Elza Soares, Iraci, Sandro Moreyra e Nilton Santos viveram com Garrincha compõem uma visão multilateral de sua intrigante personalidade e de seu destino de glórias e tragédias. Recheado de humor e romantismo, o filme aborda principalmente a fase ascendente da sua carreira - de 1953 até o bicampeonato mundial e carioca, em 62 - e a sua polêmica relação amorosa com a cantora Elza Soares. Com André Gonçalves, Taís Araújo e muitos outros. Para maiores de 16 anos.

05/11 – “Lara” - Lara Brandini era uma criança triste e solitária, após a morte de sua mãe por suicídio. Na adolescência viveu em uma pensão modesta com seu pai, Francesco (Camilo Bevilacqua), uma imigrante italiano. Ao crescer e se tornar atriz ela passa a viver com Guima (Caco Ciocler), um dramaturgo que teve sua peça teatral censurada pelo governo. Após a liberação da peça, ela é montada, com Lara no elenco, mas, logo depois, ela e Guima se separam. Em busca da ascensão profissional, ela se dedica totalmente à carreira, e, acaba sendo premiada como a melhor atriz do ano, até descobrir que o sucesso artístico não a fizera feliz como almejava ser. Para maiores de 16 anos.

06/11 – “O Sol – Caminhando Contra o Vento” - O filme de Tetê Moraes conta, através de inúmeras entrevistas, a história do jornal-escola “O Sol”, considerado uma experiência única no jornalismo e um símbolo de uma época. Entre 1967 e 68, no Brasil pós-golpe militar, e, ainda antes do AI-5, nascia, no Rio de Janeiro, O Sol. Mesmo tendo vida curta, o jornal fez história, representando o espírito daquele efervescente período. O filme mostra um rico material de arquivo, além de músicas e depoimentos de pessoas da chamada “geração 68” que participaram do jornal. Para maiores de 12 anos.

07/11 – “A Pessoa é Para o Que Nasce” - Três irmãs cegas. Unidas por esta incomum peripécia do destino, Regina, Maria e Conceição viveram toda sua vida cantando e tocando ganzá em troca de esmolas, nas cidades e feiras do Nordeste do Brasil. O filme acompanha os afazeres cotidianos destas mulheres, e, revela suas curiosas estratégias de sobrevivência, das quais participam parentes e vizinhos. Acompanha também, numa reviravolta inesperada, o efeito do cinema na vida destas mulheres, transformando-as em celebridades. Para maiores de 12 anos.

08/11 – “Soy Cuba - O Mamute Siberiano” - No início dos anos 60, o diretor soviético Mikhail Kalatozov, juntamente com uma equipe de 200 pessoas, rodou, em Cuba, a superprodução "Soy Cuba". A intenção original era que o filme fosse uma poderosa arma de divulgação sobre a revolução cubana, mas, ele terminou sendo ignorado após sua estréia, tanto em Havana, quanto em Moscou. O filme ficou, então, desconhecido para o Ocidente até a década de 90, quando foi descoberto pelos diretores Martin Scorsese e Francis Ford Coppola. O documentário apresenta depoimentos dos atores e técnicos sobreviventes de "Soy Cuba", mostrando o contraste entre as culturas cubana e eslava. Censura Livre.

09/11 – “Moacyr Arte Bruta” - Quinze anos atrás, Moacir foi descoberto por Walter Carvalho (diretor de “Abril Despedaçado”), em uma de suas viagens pelo interior do Brasil. Negro, com problemas de audição, fala e formação óssea, Moacir tem 42 anos, e, desde os sete anos se expressa através de desenhos. A arte de Moacir expressa sensualidade e erotismo, mesclando seres humanos, animais, plantas, figuras satânicas e místicas. Além de Moacir, o elenco traz Domingos Soares de Farias e Siron Franco. Censura Livre.