sexta-feira, 25 de julho de 2008

Claquete – 25 de julho de 2008

Claquete – 25 de julho de 2008

Newton Ramalho - colunaclaquete@gmail.com

O que está em cartaz

Aos poucos, a garotada retorna às aulas, e Natal entra em sua rotina normal. Neste final de semana, estréiam a ficção “Arquivo X: Eu Quero Acreditar”, a animação “Space Chimps – Micos no Espaço”, e, na Sessão Cult do Cinemark, o drama “Estômago”. Continuam em cartaz “Batman – O Cavaleiro das Trevas” (veja em Filme da Semana), “Viagem ao Centro da Terra – O Filme”, com Brendan Fraser, a ação “Hancock”, com Will Smith, e as animações “Kung Fu Panda” e “Wall-E” da Pixar/Disney. Nas programações exclusivas, o Cinemark exibe a comédia romântica “Jogo de Amor em Las Vegas”, e, o Moviecom, o drama nacional “Nome Próprio”, com Leandra Leal.

Estréia 1: “Arquivo X: Eu Quero Acreditar”

O súbito desaparecimento de mulheres nas colinas rurais da Virgínia, inclusive da agente Monica Bannan (Xantha Radley), faz com que a agente Dakota Whitney (Amanda Peet) recorra à ajuda do padre Joe (Billy Connolly), um homem que abusou sexualmente de 37 coroinhas no passado e que alega ter visões paranormais. Para ajudá-la na busca, já que não conta com experiência em acontecimentos fora do comum, a agente Whitney busca o apoio de Fox Mulder (David Duchovny), que não é mais agente do FBI. O contato é feito através de Dana Scully (Gillian Anderson), que também deixou a organização e agora trabalha como médica em um hospital católico. Inicialmente relutante, Mulder decide cooperar e, aos poucos, passa a acreditar cada vez mais nas palavras do padre Joe. A direção é de Chris Carter. “Arquivo X: Eu Quero Acreditar” estréia nesta sexta-feira, no Cine 7 do Moviecom e na Sala 1 do Cinemark. Classificação indicativa 12 anos.

Estréia 2: “Space Chimps - Micos no Espaço”

“Space Chimps – Micos no Espaço” é uma aventura hilariante sobre três chimpanzés da NASA - Ham, Luna e Titan - que são enviados aos limites da galáxia para descobrir vida alienígena. Luna é a “certinha”: ela é bem treinada, disciplinada e fascinada por astronautas humanos. Titan é o superatleta, cujos músculos são tão grandes quanto seu ego. Ham, o bisneto do primeiro chimpanzé a ir para o espaço, é o tipo “errado”: o clássico pateta de bom coração que está mais interessado em ser artista de circo do que um herói astronauta. Forçados a trabalharem juntos, eles terão de juntar forças e aprender a conviver com suas diferenças, para salvar os habitantes locais de um tirânico líder. A direção é de Kirk de Micco. “Space Chimps – Mico no Espaço” estréia nesta sexta-feira, no Cine 5 do Moviecom e na Sala 5 do Cinemark. Classificação indicativa livre. Cópia dublada.

Sessão Cult: “Estômago”

Raimundo Nonato (João Miguel) foi para a cidade grande na esperança de ter uma vida melhor. Contratado como faxineiro em um bar, logo ele descobre que possui um talento nato para a cozinha. Com suas coxinhas Raimundo transforma o bar num sucesso. Giovanni (Carlo Briani), o dono de um conhecido restaurante italiano da região, o contrata como assistente de cozinheiro. A cozinha italiana é uma grande descoberta para Raimundo, que passa também a ter uma casa, roupas melhores, relacionamentos sociais e um amor: a prostituta Iria (Fabiula Nascimento). A história é inspirada no conto “Presos pelo Estômago”, do livro “Pólvora, Gorgonzola e Alecrim”, de Lusa Silvestre. A direção é de Marcos Jorge. A partir desta sexta-feira, na Sala 3 do Cinemark, na sessão de 15h15. Classificação indicativa 16 anos.



Lançamentos em DVD

“Um Plano Brilhante”, em DVD

Nos anos 60 em Londres, as mulheres ainda não têm grandes chances de crescer profissionalmente. Laura Quinn (Demi Moore) chegou ao máximo que podia dentro da LonDi mesmo sendo uma competente gerente dentro da maior revendedora de diamantes do mundo. A falta de reconhecimento a faz tomar uma medida dramática: ajudar o modesto faxineiro Sr. Hobbs (Michael Caine) a roubar o cofre da empresa. A direção é de Michael Radford. O disco traz o filme com formato de tela cheia e áudio Dolby Digital 5.1.

“Paixão Proibida”, em DVD

Século 19. Herve Jancour (Michael Pitt) achava que seria feliz para sempre ao lado da amada Helene (Keira Knightley). Mas, estava enganado. A próspera indústria da seda européia é atingida por uma praga, e ele terá que fazer uma perigosa viagem ao Japão, para negociar a mercadoria em uma ilha misteriosa e lendária. Sua jornada o levará ao temido barão local, Hara Jubei (Koji Yakusho) – e, também, à sua concubina, garota misteriosa e dona de uma beleza impressionante. A direção é de François Girard. O disco traz o filme com formato de tela widescreen e áudio Dolby Digital 5.1.

“Sangue Negro”, em DVD

Virada do século XIX para o século XX, na fronteira da Califórnia. Daniel Plainview (Daniel Day-Lewis) é um mineiro de minas de prata derrotado, que divide seu tempo com a tarefa de ser pai solteiro. Um dia, ele descobre a existência de uma pequena cidade no oeste, onde um mar de petróleo está transbordando do solo. Daniel decide partir, com seu filho, H.W. (Dillon Freasier), para Little Boston. Daniel e H.W. se arriscam e logo encontram um poço de petróleo, que lhes traz riqueza, mas, também, uma série de conflitos. Dirigido por Paul Thomas Anderson, o filme foi indicado para oito Oscars e ganhou os de Melhor Ator e Fotografia. O disco traz o filme com formato de tela widescreen e áudio Dolby Digital 5.1.

“Primavera, Verão, Outono, Inverno... e Primavera”, em DVD

Ninguém é indiferente ao poder das quatro estações. Nem mesmo os dois monges que compartilham a solidão, em um lago rodeado por montanhas. Eles também estão impossibilitados de escapar da roda da vida, dos desejos, sofrimentos e paixões que cercam cada um de nós. Sobre os olhos atentos do velho monge, vemos a experiência da perda da inocência do jovem monge, o despertar para o amor, quando uma mulher entra em sua vida, o poder letal do ciúme e da obsessão, o preço do perdão, o esclarecimento das experiências. Dirigido por Kim Ki-Duk. O disco traz o filme com formato de tela widescreen e áudio Dolby Digital 2.0, e, como extras, Entrevista, Making of, Final coreano e Trailer.

Eventos

Da Arte de Escrever no Rio Grande do Norte

Hoje acontece, na Livraria Siciliano, do Midway Mall, o lançamento do livro “Da Arte de Escrever no Rio Grande do Norte”, com texto de doze autores potiguares. O lançamento é uma homenagem a todos os escritores do estado no Dia Nacional do Escritor. Entre os autores, o meu estimado professor de jornalismo Vicente Serejo. O evento será às 19h.

Cine Sesi exibe filmes em Assu

O Cine SESI Cultural é um projeto executado pelo Instituto Origami, em parceria com o SESI, leva produções cinematográficas a cidades do interior do Brasil. Neste final de semana, a cidade de Assu terá exibições na sexta, no sábado e no domingo, a partir das 18h30, cada dia com um curta-metragem e um longa diferentes. A programação é a seguinte: 25/07 – “Até o Sol Raiá” e “Tapete Vermelho”; 26/07 – “Câmera Viajante” e “O Ano em Que Meus Pais Saíram de Férias” e 27/07 – “Vida Maria” e “Ratatouille”. A exibição será no anfiteatro vizinho à igreja, lugar conhecido como Buraco do Prefeito.

Treco-nologia

Qual a distância para assistir TV?

Quando só existiam TVs de tubo, a resolução era a mesma, de modo que tanto fazia o tamanho ser de 12 de 38 polegadas. Por isso, estabelecia-se, como regra, uma distância mínima igual a cinco vezes a diagonal do aparelho, para se ter uma imagem nítida. Assim, uma TV de 20 polegadas (50,8 cm) implicaria em uma distância de 2,5 metros, aproximadamente. Com as novas TVs de plasma ou LCD, a resolução da imagem ficou muito melhor, e alguns especialistas sugerem multiplicar o tamanho da diagonal por três. Ao contrário das TVs de tubo, com esses novos aparelhos, aumentar a distância causará uma perda na qualidade percebida da imagem. O ideal é o consumidor testar a distância ideal, tanto na loja, quanto em casa. E, se perceber sintomas como cansaço visual, irritação nos olhos, lacrimejamento e até dores de cabeça e no pescoço, procurar ajustar a posição da TV ou do sofá, até encontrar a distância ideal.



Filme da Semana: “Batman – O Cavaleiro das Trevas”

Um morcego na corda bamba

Uma das maiores dificuldades do crítico de cinema é falar – por incrível que pareça – de um filme famoso, um blockbuster, pois, nessa altura do campeonato, já se falou tudo dele. É o caso de “Batman – O Cavaleiro das Trevas”, o novo filme do personagem vivido por Christian Bale, com a direção de Christopher Nolan.


Nem precisaria de crítica para saber que o filme é repleto de efeitos especiais – muito bons, por sinal. O elenco é repleto de bons atores, todos com ótimas atuações, mas, o papel que se destaca mesmo é o do Coringa, vivido magistralmente por Heath Ledger, que morreria tragicamente antes da estréia do filme.



Bem, ultrapassados os lugares comuns, vamos ao filme. Ao fazer o filme anterior, “Batman Begins”, foi passada uma borracha nas quatro produções anteriores. A história começou do zero, com a origem do herói, a contextualização, os amigos e os acessórios. Os inimigos variam a cada filme, obviamente.



Batman é um herói curioso. Diferente de outros heróis, ele vive no limiar entre o policial e o bandido, obedecendo a um código próprio, que lhe permite seqüestrar um bandido em Hong Kong para trazê-lo a Gothan City. O fato de ser milionário ajuda, pois, na vida real, muitos deles se comportam dessa maneira, pois se julgam acima de qualquer lei.


O filme inicia retratando essa posição dúbia. Enquanto a polícia tem um mandado de prisão contra ele, ninguém faz questão de cumpri-lo, pois ele se tornou o terror dos bandidos. Por outro lado, cidadãos comuns tentam imitá-lo, atuando como vigilantes, o que preocupa as autoridades, principalmente o combativo promotor público Harvey Dent (Aaron Eckhart). Entre os policiais, o maior simpatizante do morcegão é o tenente Jim Gordon (Gary Oldman), que agora comanda a Divisão de Crimes Hediondos.


Batman (Christian Bale) mantém a sua luta com o auxílio do fiel mordomo e pai substituto, Alfred (Michael Caine, ótimo) e do cientista Lucius Fox (Morgan Freeman), responsável pela criação da maioria dos seus bat-acessórios.


Se a situação já estava complicada, com a bandidagem solta em Gothan, um novo personagem aparece, para engrossar o caldo. Num ousado assalto a um banco onde era guardado o dinheiro da Máfia, o Coringa (Heath Ledger) faz a sua entrada triunfal.


O Coringa não é um bandido comum. Enquanto os outros são motivados por dinheiro e poder, o seu maior prazer é subverter a ordem e provocar o caos. Com uma frieza e arrojo que só a loucura são capazes de explicar, ele enfrenta a polícia e a Máfia, utilizando todos os meios para alcançar o Batman, o único adversário que acha digno de enfrentar.


Enquanto Gothan City vira uma terra-de-ninguém, um campo de batalha infernal, baixas importantes vão acontecendo, principalmente entre os aliados do homem-morcego. A mais séria delas é com o promotor Harvey Dent, que se tornará um dos vilões mais emblemáticos dos quadrinhos de Batman, o Duas-Caras, que já foi vivido por Tommy Lee Jones em “Batman Eternamente”.


Embora o filme atual seja merecedor de muitos elogios, tanto pelo apuro técnico como pelo desempenho do elenco, choros e ranger de dentes irão acontecer, com toda e nenhuma razão. O problema é que, um personagem tão empolgante como o homem-morcego tem fãs dos quadrinhos originais, da versão de Frank Miller, que inspirou este filme, do seriado da TV (lembram do Batman gordinho, vivido por Adam West?), dos primeiros filmes e da série atual.



Sempre alguém vai reclamar que está diferente do que deveria ser, e até mesmo que personagens importantes morrem precocemente.


Independente das reclamações, “Batman – O Cavaleiro das Trevas” é um filme de ação bem feito e eletrizante, que certamente irá agradar até mesmo a quem nunca ouviu falar do personagem (se é que existe tal pessoa). Um aspecto interessante é que este filme é mais do que uma história de super-herói, pois há um trama policial que lembra “Los Angeles – Cidade Proibida”, e envolvimentos emocionais verossímeis, muito distantes das crises existenciais do Homem-Aranha.


Claquete recomenda a todos que confiram o filme, embora seja interessante dar uma refrescada na memória assistindo “Batman Begins”, já que os fatos seguem quase em continuação. Boa diversão.

sexta-feira, 18 de julho de 2008

Claquete – 18 de julho de 2008


Claquete – 18 de julho de 2008

Newton Ramalho - colunaclaquete@gmail.com

O que está em cartaz

O mês de julho ainda vai pelo meio, mas, a garotada já volta às aulas, e os ventos de agosto chegam mais cedo. Neste final de semana, a grande estréia é “Batman – O Cavaleiro das Trevas”, que chega em mais de 500 salas no Brasil. Estréiam, também, apenas no Moviecom, o drama nacional “Nome Próprio”, com Leandra Leal, e a animação “Space Chimps – Micos no Espaço”. Continuam em cartaz “Viagem ao Centro da Terra – O Filme” (veja em Filme da Semana), com Brendan Fraser, ação “Hancock”, com Will Smith, a animação “Kung Fu Panda”, a animação “Wall-E” da Pixar/Disney e a comédia romântica “Jogo de Amor em Las Vegas”. Nas programações exclusivas, o Cinemark exibe o romance “Um Beijo Roubado”, na Sessão Cult.

Estréia 1: “Batman – O Cavaleiro das Trevas”

Batman consolida sua luta contra o crime e, com a ajuda do Tenente Jim Gordon e do promotor Harvey Dent, acaba com diversas organizações criminosas de Gotham City. A parceria se mostra eficaz, mas eles logo se deparam com um reino de caos que aterroriza a cidade, gerado pelo genial criminoso conhecido como Coringa. O filme vem marcado pela morte trágica do ator Heath Ledger, que fez uma interpretação magistral do Coringa. Dirigido por Christopher Nolan, autor do inovador “Amnésia”, e, com Christian Bale, Morgan Freeman, Heath Ledger, Aaron Eckhart, Michael Caine, Gary Oldman, Maggie Gyllenhall e Cillian Murphy no elenco. Este é o sétimo filme de Batman, e o segundo da dobradinha Nolan e Bale. “Batman – O Cavaleiro das Trevas” estréia nesta sexta-feira, nos Cines 4 (dublado) e 6 (legendado) do Moviecom e nas Salas 2 (legendado) e 6 (dublado) do Cinemark. Classificação indicativa 12 anos.

Estréia 2: “Nome Próprio”

Camila (Leandra Leal) é intensa, complexa e corajosa. Para ela, o que interessa é construir uma trajetória como ato de afirmação. Sua vida é sua narrativa. Construir uma existência complexa o suficiente para se escrever sobre ela. “Nome próprio” é um filme sobre a paixão de Camila. De sua busca por redenção. Quer a literatura como ato de revelação. Para tal, cria vínculos. Carente, os destrói. Por excesso. Por apego. Por paixão. Para Camila, a vida floresce das cicatrizes de seu processo de entrega absoluta e vertiginosa. A direção é de Murilo Salles e o roteiro é baseado nos livros “Máquina de Pinball” e “Vida de Gato”, de Clarah Averbuck, e em textos publicados pela autora em seu blog pessoal. “Nome Próprio” estréia nesta sexta-feira, no Cine 3 do Moviecom. Classificação indicativa 18 anos.

Estréia 3: “Space Chimps - Micos no Espaço”

“Space Chimps – Micos no Espaço” é uma aventura hilariante sobre três chimpanzés da NASA - Ham, Luna e Titan - que são enviados aos limites da galáxia para descobrir vida alienígena. Luna é a “certinha”: ela é bem treinada, disciplinada e fascinada por astronautas humanos. Titan é o superatleta, cujos músculos são tão grandes quanto seu ego. Ham, o bisneto do primeiro chimpanzé a ir para o espaço, é o tipo “errado”: o clássico pateta de bom coração que está mais interessado em ser artista de circo do que um herói astronauta. Forçados a trabalharem juntos, eles terão de juntar forças e aprender a conviver com suas diferenças, para salvar os habitantes locais de um tirânico líder. A direção é de Kirk de Micco. “Space Chimps – Mico no Espaço” estréia nesta sexta-feira, no Cine 5 do Moviecom. Classificação indicativa livre. Cópia dublada.


Lançamentos em DVD

“Jumper”, em DVD

David Rice é um jovem que não conhece fronteiras - um "Jumper", nascido com a incrível habilidade de teletransportar-se para qualquer lugar da face da Terra. Quando descobre que há outros como ele, David se vê em meio a uma antiga guerra na qual ele é caçado por um grupo de paladinos sedentos de sangue determinados a destruir todos os Jumpers. Com Hayden Christensen, Samuel L. Jackson, Diane Lane e Tom Hulce. O disco traz o filme com formato de tela widescreen e áudio Dolby Digital 5.1, e, como extras, Comentários em Áudio, Jumperstar: A História de David, Animação da Graphic Novel, Pulando pelo Mundo, Jumper de Doug Liman: Revelações, Construindo o Pulo de um Ator, Pulando da Graphic Novel para o Filme, Cenas Excluídas e Pré-visualização: Conceitos do futuro.

“Agonia e Glória”, em DVD duplo

Lee Marvin, em uma rica interpretação, uma das melhores de sua carreira, estrela o filme como um sargento que conduz seu pelotão lutando desde o Norte da África até a Normandia, cruzando toda a Europa. O filme funciona como o diário de combate do esquadrão, mostrando como se lutou, como se suou e sangrou na guerra e, talvez, como foi possível sobreviver a ela. O disco traz o filme com formato de tela widescreen e áudio Dolby Digital 5.1, e, como extras, Comentários em áudio, Filme promocional original, Comerciais de rádio, Anatomia de uma cena, Cenas alternativas, A grande glória: reconstruindo "O Sargento da Força 1", Os primeiros a lutar e Homens que fizeram o cinema: Samuel Fuller.

“Boogie Nights”, em DVD

Eddie Adams (Mark Wahlberg) estaria destinado a se tornar apenas mais um estudante fracassado se não caísse nas graças do diretor de filmes adultos Jack Horner (Burt Reynolds). Ele descobre que Adams tem um enorme talento que promete tomar a indústria de filmes pornográficos. Num passe de mágica, o garoto assume uma outra personalidade: ele agora é Dirk Diggler, que alcança a fama rapidamente. Com o estrelato, vêm também as mulheres, as bebidas e as drogas. Afundado na cocaína, Eddie descobrirá que o os holofotes custam mais do que ele jamais imaginou. Dirigido por Paul Thomas Anderson, o elenco conta, ainda, com Julianne Moore, Don Cheadle e Philip Seymour Hoffman. O disco traz o filme com formato de tela letterbox e áudio Dolby Digital 5.1, e, como extras, Vídeo musical “Try”, de Michael Penn, Cenas Deletadas e Boogie Nights - Menus de Elenco e Equipe.

“Evidências de um Crime”, em DVD

O policial aposentado Tom Carver (Samuel L. Jackson) trabalha, agora, fazendo faxina em cenas de crimes. Em um dos serviços, Tom limpa a luxuosa casa de Ann Norcut (Eva Mendez), onde ocorreu um crime. Porém, no dia seguinte, ele descobre que a dona da casa não sabe que houve um crime lá. A partir desse momento o ex-policial tenta buscar a verdade sobre o caso, metendo-se com uma rede de corrupção da polícia. Seu antigo parceiro, Eddie Lourenzo (Ed Harris) tentara de tudo para que o amigo saia ileso e desista de mexer nessa grande vespeiro. O disco traz o filme com formato de tela widescreen e áudio Dolby Digital 5.1.


Eventos

Curta Natal 2008

Estão abertas, até 15 de agosto, as inscrições para as Mostras Nordeste, Curta Celular e Videoclipe do Festival Curta Natal, em sua 7ª edição. O festival acontece entre 01 e 06 de setembro, em Natal/RN. Podem ser inscritas obras produzidas a partir de 2006, com até 20 minutos de duração, incluindo os créditos, nos gêneros ficção, documentário, experimental e videoclipe. Não haverá limite de inscrições por participante. O regulamento e a ficha de inscrição estão disponíveis no http://www.curtanatal.com.br/. Mais informações no site, ou, pelo email michelheberton@gmail.com.


FESTIVAL NACIONAL DE VÍDEO IMAGEM EM 5 MINUTOS

Já estão abertas as inscrições para a décima segunda edição do Festival Nacional de Vídeo Imagem em 5 Minutos, que será sediado em Salvador (BA), entre 10 a 15 de novembro. O festival seleciona vídeos concluídos até 16 de dezembro de 2007, com até cinco minutos de duração e temática livre. Os trabalhos selecionados concorrem a cinco prêmios, num valor total de R$ 30 mil. As inscrições para o 12º Festival Nacional de Vídeo Imagem em 5 Minutos podem ser efetuadas até 20 de agosto. Mais informações no endereço http://www.dimas.ba.gov.br/.

Treco-nologia

Subwoofer: Pra que serve isso?

Quando alguém entra em um ambiente de home theater, vê uma profusão de caixas acústicas, que podem variar de duas a oito, dependendo do sistema. Mas, o que intriga o leigo é o subwoofer, uma caixa que fica no chão, em algum canto da sala. Esta é uma caixa específica para tocar o “.1” dos padrões de som digital, que são as freqüências abaixo de 100 Hz (isso pode ser ajustado), e que não são audíveis pelo ouvido humano. Aí, perguntará o nobre leitor, para que serve uma caixa acústica que produz um som que não se ouve? Essas faixas de som, chamadas de subsônicas, não são para serem escutadas, e sim, sentidas. Geralmente, nas cenas de ação, com explosões e tiros, o subwoofer é bastante utilizado, fazendo o espectador entrar – fisicamente – no clima do enredo. O cuidado que se deve ter, exatamente por produzir muita vibração, é posicioná-lo no chão, para evitar prejudicar os outros equipamentos.



Filme da Semana: “Viagem ao Centro da Terra – O Filme”

Viagem ao mundo dos sonhos

Os meus leitores mais jovens irão me perdoar, mas, é impossível falar do lançamento “Viagem ao Centro da Terra – O Filme”, sem ter uma boa dose de nostalgia. É que, para a minha geração – muitas outras, antes da minha – os livros de Júlio Verne, autor da obra que inspirou o filme, eram leitura freqüente e garantia de boa diversão!

Também, pudera, se fizermos um paralelo, Verne equivaleria a juntar Spielberg, George Lucas e Paulo Coelho numa cabeça só. Vivendo na França na segunda metade do século 19, uma época de fervilhante progresso científico e cultural, Verne destacou-se por escrever uma série de livros de aventuras extraordinárias, repletos de detalhes históricos e geográficos apurados, resultado de exaustivos trabalhos de pesquisa em bibliotecas.

Verne publicou mais de 70 livros, traduzidos em 148 línguas, sendo mais conhecidos “Volta ao Mundo em 80 Dias”, “A Ilha Misteriosa”, “Da Terra à Lua”, “Cinco Semanas em um Balão” e “Viagem ao Centro da Terra”, este publicado, pela primeira vez, em 1863. A história virou filme em 1959, estrelado por James Mason, Pat Boone e Arlene Dahl. Apesar de todos os personagens do livro serem homens, no filme foi introduzida uma mulher – afinal, era Hollywood, e era obrigatório um enfoque romântico.

O filme atual não apenas se inspirou no livro, mas, também, o introduziu como personagem. Trevor Anderson (Brendan Fraser) é um cientista que estuda os movimentos das placas tectônicas, sendo ignorado pelos alunos da universidade onde leciona e desprezado pela comunidade científica. Trevor se ressente do desaparecimento do irmão Max (Jean Michel Pare), também cientista, que sumiu misteriosamente durante uma pesquisa de campo na Islândia.

No mesmo dia em que recebe a notícia de que o laboratório do irmão seria fechado, ele recebe a visita do sobrinho, Sean (Josh Hutcherson), de quem precisará cuidar por dez dias, enquanto a cunhada se estabelece no Canadá. Com o garoto, Trevor recebe uma caixa com objetos do irmão, entre os quais, um exemplar do livro “Viagem ao Centro da Terra”, de Júlio Verne, repleto de anotações.

Ao estudar estas notas, Trevor descobre que uma anomalia sísmica na Islândia fazia com que as condições geológicas fossem as mesmas de dez anos atrás, ocasião em que Max desaparecera. Decidido a descobrir mais sobre o irmão, Trevor embarca para a Islândia – com o sobrinho a tiracolo, já que este também queria saber sobre o pai.

Quando chegam na Islândia e procuram um cientista cujo nome Max escrevera no livro, descobrem que ele morrera. Assim como Max, este cientista também era um aficionado pela obra de Verne. A filha do cientista, Hannah (Anita Briem) se oferece para guiá-los até o local onde estava a sonda geológica deixada por Max.

A viagem, que tem que ser feita a pé, conduz o trio até uma montanha, onde estava o artefato. Uma tempestade de raios, porém, os prende em uma caverna, e eles são obrigados a penetrar cada vez mais fundo na montanha, procurando uma saída.

A partir daí, cada passo os leva a uma situação de perigo, onde se descobrem percorrendo os mesmos caminhos seguidos por Max e, talvez, pelo personagem de Verne, o explorador Arne Saknussen. Quando, depois de muitas peripécias, o trio chega a uma galeria de dimensões colossais que continha no seu interior um oceano, ilhas, nuvens, e até mesmo luz, gerada por um fenômeno elétrico. Além disso, eles descobrem que ali existe vida naquele mundo paralelo, seres extintos na superfície da Terra milhões de anos atrás.

Para voltar ao seu mundo, os exploradores terão que enfrentar dinossauros, andar sobre rochas flutuantes, navegar em um oceano infestado de peixes voadores, e ainda subir por um vulcão ativo! Conseguirão o seu intento? Claro, isso é Hollywood, mas, o gostoso é ver como cada nó é desatado...

“Viagem ao Centro da Terra – O Filme” recebeu algumas críticas, por ter sido produzido visando a exibição em três dimensões. Para isso é necessário uma sala especial – no Brasil só existem nove delas, em São Paulo, Rio e Florianópolis. Mas, as críticas são injustas, pois o filme funciona com perfeição numa sala tradicional.

É fácil perceber a influência de outros filmes de ação. A corrida nas vagonetes na mina abandonada lembra muito “Indiana Jones e o Templo da Perdição”. De resto, há várias referências ao filme de 1959, e, obviamente, ao livro de Verne.

O filme é feito para todas as idades. Apesar do clima romântico entre Fraser e Anita Briem, o filme é casto como a versão anterior. O melhor é o ritmo de aventura, que contagia a adultos e crianças. Uma crítica mais valiosa, talvez, do que a que acabaram de ler foi a de um garoto de cerca de oito anos, na saída da sessão, ao ser perguntado pelo pai se gostara do filme. “Não entendi nada – disse ele – mas gostei”. Claquete entendeu, gostou e recomenda.

sexta-feira, 11 de julho de 2008

Claquete – 11 de julho de 2008


Claquete – 11 de julho de 2008

Newton Ramalho - colunaclaquete@gmail.com

O que está em cartaz

Mês de julho chuvoso e garotos em férias implica em uma programação de cinema voltada para o exigente público infanto-juvenil. Neste final de semana, é a vez de “Viagem ao Centro da Terra – O Filme”, com Brendan Fraser e o romance “Um Beijo Roubado”, na Sessão Cult do Cinemark. Continuam em cartaz a ação “Hancock”, com Will Smith, a animação “Kung Fu Panda” (veja em Filmes da Semana), a animação “Wall-E” da Pixar/Disney, a comédia romântica “Jogo de Amor em Las Vegas”, e a comédia nacional “O Guerreiro Didi e a Ninja Lili”, com Renato Aragão & filha. Nas programações exclusivas, o Moviecom mantém a ação “O Incrível Hulk” e o suspense “Fim dos Tempos”, enquanto o Cinemark exibe o divertido “Agente 86”, com Steve Carell.

Estréia 1: “Viagem ao Centro da Terra – O Filme”

Trevor Anderson (Brendan Fraser) é um cientista cujas teorias não são bem aceitas pela comunidade científica. Decidido a descobrir o que aconteceu com seu irmão Max (Jean Michel Paré), que simplesmente desapareceu, ele parte para a Islândia juntamente com seu sobrinho Sean (Josh Hutcherson) e a guia Hannah (Anita Briem). Entretanto em meio à expedição eles ficam presos em uma caverna e, na tentativa de deixar o local, alcançam o centro da Terra. Lá eles encontram um exótico e desconhecido mundo perdido, com direito a um Tiranossauro Rex, plantas carnívoras, piranhas voadoras, cavernas abissais e rochas flutuantes. Baseado no livro de Júlio Verne, é refilmagem de um filme de 1959, estrelado por James Mason. A direção é de Eric Brevig. “Viagem ao Centro da Terra – O Filme” estréia nesta sexta-feira, no Cine 6 (legendado) do Moviecom e na Sala 2 (dublado) do Cinemark. Classificação indicativa livre.

Sessão Cult: “Um Beijo Roubado”

Nova York. Jeremy (Jude Law) administra um charmoso café. Muito irritada, Elizabeth (Norah Jones) descobre que seu namorado esteve lá com outra mulher. Zangada com a traição dele, ela rompe o namoro e deixa suas chaves com Jeremy. Elizabeth retorna ao café várias vezes, e nasce uma atração entre ela e Jeremy. Mesmo assim, ela sai da cidade e então viaja para Memphis, no Tennessee. Sem revelar onde vive ou trabalha, ela manda um cartão-postal para Jeremy, que fracassa ao tentar localizá-la. Elizabeth conhece pessoas como o policial Arnie Copeland (David Strathairn), que se tornou alcoólatra pois não aceita o fato de ter sido abandonado por sua mulher, Sue (Rachel Weisz). Elizabeth testemunha o trágico desdobramento desta separação e, já em Nevada, conhece Leslie (Natalie Portman), que adora jogar pôquer por garantir que sabe “ler” o rosto das pessoas. A direção é de Wong Kar-Wai. A partir desta sexta-feira, na Sala 5 do Cinemark, na sessão de 15h10. Classificação indicativa dez anos.

Lançamentos em DVD

“Maldita Sorte”, em DVD

Jessica Alba vive uma atrapalhada adestradora de pingüins que pode ser a única chance de Charlie (Dane Cook). O sujeito é vítima de uma maldição adquirida quando ele se recusou a beijar uma gótica quando mais jovem - agora, sempre que ele faz sexo com uma garota ela, automaticamente, se casa com outro. Charlie não quer que a personagem de Alba o deixe, então tentará a todo custo resistir à tentação de dormir com ela. O disco traz o filme com formato de tela widescreen e áudio Dolby Digital 5.1, e, como extras, Comentários do Elenco; Especiais: Eleanor Skepple, Kama Sutra, Polymastia, A Vida Real "Maldita Sorte", As Cenas de Pingüins, Frank, O Ator Pingüim, Maldita Sorte?; Erros de Gravação; Cenas Excluídas e Estendidas; Sex Matrix; Trailers.

“O Último Por do Sol”, em DVD

O caubói Brendan O'Malley (Kirk Douglas) chega à casa da famosa Belle Breckenridge (Dorothy Malone), casada com bruto beberrão John Breckenridge (Joseph Cotten). O casal está se preparando para iniciar uma jornada com o gado até o Texas. Na cola de O'Malley está o policial Dana Stribling (Rock Hudson), que tem razões pessoais para capturá-lo. Ambos se juntam ao casal em sua jornada, mas as tensões aumentam quando John nota o crescente interesse de Dana por sua mulher e de Brendan por sua filha... A direção é de Robert Aldrich (“O Que Terá Acontecido a Baby Jane?” e “Os Doze Condenados”). O filme é em formato letterbox.

“Meu Monstro de Estimação”, em DVD

Um garoto solitário na Escócia, sonhando com a volta do pai combatente da Segunda Guerra, encontra um ovo misterioso. Ao levá-lo para casa, se vê às voltas com um bebê de monstro marinho, uma lendária criatura do folclore escocês. O disco traz o filme com formato de tela widescreen e áudio Dolby Digital 5.1, e, como extras, Cenas Excluídas; Especiais: Mitos e Lendas, A História, Os Personagens, Montando a Cenas, Criando o Monstro e Criando Crusoé.

“Antes de partir”, em DVD

Jack Nicholson vive Edward Cole, milionário gestor de hospitais cujo lema é um número: dois leitos por quarto, nunca menos. Morgan Freeman é Carter Chambers, um mecânico que abandonou seus sonhos de juventude quando viu que teria uma família para alimentar. Quando os dois ficam doentes e em estado terminal, seus caminhos se cruzam. Juntos, realizarão os seus últimos desejos. O disco traz o filme com formato de tela widescreen e áudio Dolby Digital 5.1, e, como extras, Vídeo musical “Say”, de John Mayer.


Eventos

“Um Dia Muito Especial”, no Cine Vanguarda

O Cineclube Natal, em parceria com o Teatro de Cultura Popular (TCP), apresenta neste domingo, dia 13, o longa-metragem “Um Dia Muito Especial”, do diretor italiano Ettore Scola. No dia em que Hitler e Mussolini firmam o acordo que levará ambos os países à 2ª Guerra Mundial, uma dona de casa frustrada conhece seu vizinho, com quem cria uma forte amizade. Com Sophia Loren e Marcello Mastroianni no elenco. Recebeu duas indicações ao Oscar. Além do longa, haverá a exibição de um curta-metragem e sorteio de um DVD. A exibição começa às 17h, no TCP, ao lado da Fundação José Augusto. Os ingressos custam R$ 2,00.

FEST Aruanda

Estão abertas as inscrições para a 4ª edição do Festival Aruanda do Audiovisual Universitário Brasileiro, que acontece de 8 a 13 de dezembro em João Pessoa (PB). As inscrições são gratuitas e seguem até o dia 8 de agosto, podendo ser feitas via Correios ou na secretaria do Programa de Pós-Graduação em Comunicação (PPGC) no campus I da Universidade Federal da Paraíba. Edital, inscrição e outras informações: www.bc10.com.br/aruanda.

Cine Nordeste é tombado

No apagar das luzes, quando os antigos freqüentadores do saudoso Cine Nordeste já temiam que o mesmo virasse um estacionamento, através do decreto 20.597, de 26 de junho de 2008, a Governadora do Estado do Rio Grande do Norte tombou a edificação do antigo cinema, localizada no centro de Natal. Esperamos que agora o prédio tenha uma utilização mais nobre, de preferência voltada para a cultura.
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Treconologia

Para que entrada de computador na TV?

Hoje em dia, praticamente todos os televisores de tela fina, plasma ou LCD, dispõem de “entrada para PC”. Essa entrada permite que o televisor seja utilizado como monitor para o seu computador, seja desktop ou notebook. As utilizações são óbvias para os aficionados por jogos no computador e, mesmo, para exibição de vídeos em alta resolução baixados da Internet. Uma utilização menos freqüente, mas, não menos útil, é para fazer apresentações para um pequeno grupo, quando não se dispõe de uma sala equipada com projetor. O único senão é para os donos de TVs de plasma, que tem que se precaver com os efeitos das imagens paradas que podem marcar a tela, conhecido como “burn-in”.

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Filmes da Semana: “Hancock” e “Kung Fu Panda”

Heróis improváveis

Desde o início da História da Humanidade, a figura do herói está presente em praticamente todas as culturas, chegando aos nossos dias na forma dos super-heróis. Geralmente, a condição de super-herói é garantida por poderes extraordinários (bem, o Batman não tem superpoderes, mas, é bilionário, o que termina dando no mesmo). Mas, o que distingue o herói de um ser comum, ou mesmo de um vilão? Dois filmes que estão em cartaz nos nossos cinemas exploram a idéia da formação de um herói: “Hancock” e “Kung Fu Panda”.


Se Hancock (Will Smith), ao invés de negro fosse latino, certamente iriam pensar que era um brasileiro ilegal (todo americano sabe, desde criancinha, que no Brasil se fala espanhol e a nossa capital é Buenos Aires…). O cara adora enxugar uma garrafa de uísque, vive de ressaca, e é extremamente mal humorado. O pior é que a recíproca é verdadeira, pois a maioria das pessoas o despreza.


Hancock tem superpoderes, é invulnerável, pode voar e tem força para deter um trem. O problema é que ele é desastrado, e para salvar alguém, ou capturar bandidos, destrói prédios, provoca acidentes e muitos outros efeitos colaterais. Isso só se modifica quando ele conhece Ray Embrey (Jason Bateman), um relações públicas idealista, que resolve ajudar Hancock a melhorar a sua imagem junto ao público.

Ray convida Hancock à sua casa, onde conhece o garoto Aaron (Jae Head), que o adora, e a mulher Mary (Charlize Theron), que não gosta da idéia do esculhambado herói em sua casa.

Para mostrar que a cidade precisa dele, Ray convence Hancock a ir para a prisão (havia centenas de intimações contra ele, pelos danos causados à cidade). Hancock aceita a idéia, agüentando a monótona vida na prisão, enquanto Ray tenta mudar as coisas.

A chance vem quando um banco é assaltado, com reféns. O próprio chefe de polícia solicita a ajuda de Hancock, que chega, de barba feita e uniforme novo. Quatro bandidos armados de metralhadoras antiaéreas e explosivos não são páreo para o recém-transformado herói.

Vivendo em lua de mel com os fãs, Hancock tem uma surpresa quando descobre que não é o único de sua espécie, como julgava ser. Mas, ele descobre que isso também será a sua maior fraqueza, pois a proximidade de sua alma gêmea anula os poderes que tem. Agora, ele terá que escolher entre viver como super-herói ou morrer como um humano.

O outro filme em foco, “Kung Fu Panda” parece ser um filme típico infantil, sendo todos os personagens bichinhos falantes muito divertidos. Mas, o selo da Dreamworks, criadora de “Shrek”, já dá indícios de que pode haver algo além de diversão para criancinhas.

A história gira em torno de Po (voz de Lúcio Mauro Filho, na versão dublada), um simpático urso panda, que fantasia ser um grande lutador de kung-fu, mas, tem que viver a monótona realidade de ajudar o pai, um ganso (?), no restaurante de miojo da família.


A pequena comunidade é sacudida com a notícia de que será escolhido o novo Guerreiro Dragão, um lutador imbatível, a quem caberá a honra de receber o secretíssimo Manuscrito do Dragão. A escolha cabe ao Mestre Oogway, uma centenária tartaruga, que é o baluarte da sabedoria do mais famoso templo de kung-fu da China. Preste atenção na falas do personagem, são as mais interessantes do filme.


O braço direito de Oogway é Shifu, o carrancudo treinador do templo, que exige o máximo dos seus alunos, dos quais, se destacam os Cinco Furiosos: Macaco, Tigresa (voz de Juliana Paes), Garça, Louva-deus e Víbora (os personagens foram escolhidos pelas técnicas de kung-fu baseadas nestes animais).


Um dos motivos de eterna preocupação de Shifu é com Tai Lung, um perigosíssimo leopardo da neve, um ex-aluno do mestre, que se deixou dominar pela ambição e pelo lado negro do poder. Tai Lung está preso em uma fortaleza protegida por mil guardas, mas, uma simples pena será o suficiente para que ele fuja de lá e parta em busca de seu objeto de desejo: o Manuscrito do Dragão.

Enquanto isso, em plena cerimônia da escolha do Guerreiro Dragão, Po, ao tentar entrar no templo, termina caindo em frente ao Mestre Oogway, e sendo escolhido por ele para ser o Guerreiro Dragão, para espanto e indignação de Shifu e dos Cinco Furiosos!

Mas, contra todos os argumentos, o Mestre Oogway mantém-se irredutível, e ainda encarrega Shifu de treinar Po nos segredos do kung-fu. O mestre e os Cinco Furiosos fazem de tudo para que o recém-chegado desista da honra concedida, mas, ele continua firme no encalço de seu sonho.

Atendendo ao pedido de seu Mestre, Shifu procura uma nova estratégia de treinamento para o novo aluno, já que os métodos tradicionais não funcionam. Quando consegue perceber isso, os resultados são surpreendentes. Resta saber se os conhecimentos adquiridos por Po serão suficientes para fazer frente ao perigoso inimigo.

O curioso nos dois filmes é que, para que haja uma mudança na maneira como o mundo enxerga o herói, é necessário que primeiro aconteça uma mudança interna. Ou seja, a mudança tem que acontecer de dentro para fora.

Embora os dois filmes sejam extremamente divertidos, “Kung Fu Panda” certamente irá agradar crianças e adultos. Quem trabalha em recursos humanos certamente irá encontrar um farto material para utilizar em treinamentos, discutindo temas como estratégia, trabalho em equipe, missão, valores, etc.. Até os irmãos da Maçonaria irão encontrar um conceito muito familiar, quando o pai de Po afirma que, para que algo seja especial, é preciso acreditar que é especial. Como este filme. Claquete recomenda.

sexta-feira, 4 de julho de 2008

Claquete - 04 de julho de 2008


Claquete – 04 de julho de 2008

Newton Ramalho - colunaclaquete@gmail.com

O que está em cartaz

O mês de julho chegou, lavando e enxaguando Natal com suas fortes chuvas. E, com chuva, o que fazer com as crianças em férias? O cinema faz a sua parte com as estréias da ação “Hancock”, com Will Smith e a animação “Kung Fu Panda”. Continuam em cartaz a mais nova produção da Disney/Pixar, a animação “Wall-E”, a comédia romântica “Jogo de Amor em Las Vegas”, o divertido “Agente 86”, com Steve Carell e a comédia nacional “O Guerreiro Didi e a Ninja Lili”, com Renato Aragão & filha. Nas programações exclusivas, o Moviecom mantém a ação “O Incrível Hulk” e o suspense “Fim dos Tempos”, e, na Sessão Cult do Cinemark, o documentário “Juízo”.

Estréia 1: “Hancock”

Hancock (Will Smith) é um super-herói que perdeu a popula
ridade que tinha, devido às suas tentativas de resgate pouco convencionais. Após salvar Ray Embrey (Jason Bateman), um agente de relações públicas, ele se oferece para ajudá-lo a melhorar sua imagem. A idéia não é bem aceita por Mary (Charlize Theron), a esposa de Ray, que mostra ao marido que Hancock teve uma ordem de prisão contra si lançada. Ray então sugere que Hancock se entregue, mesmo podendo escapar da prisão na hora que quisesse, para dar o exemplo e iniciar a mudança de sua imagem junto ao público. Ray acredita que, com Hancock preso, a criminalidade irá disparar e, com isso, a população chamará de volta seu herói. A direção é de Peter Berg. “Hancok” estréia nesta sexta-feira, nos Cines 4 (legendado) e 7 (dublado) do Moviecom e nas Salas 3 (legendado) e 6 (dublado) do Cinemark. Classificação indicativa 12 anos.

Estréia 2: “Kung Fu Panda”

Entusiasmado, grande e um pouco desajeitado, o urso panda Po é um grande admirador do kung fu. Mas, isso não ajuda muito no emprego que tem no restaurante da família. Surpreendentemente escolhido para cumprir uma antiga profecia, os sonhos de Po tornam-se realidade quando ele entra no mundo do kung fu e passa a treinar ao lado de seus ídolos - os lendários Mestres Garça, Tigresa, Louva-Deus, Víbora e Macaco - sob a liderança de Mestre Shifu. Mas, antes que se dêem conta, o vingativo e traiçoeiro leopardo da neve Tai Lung está a caminho do Vale da Paz, e agora caberá a Po defender todos da ameaça que se aproxima. Po mergulha de cabeça - e barriga - na tarefa, e o improvável herói, por fim, descobre que sua maior fraqueza é, na verdade, sua maior força. “Kung Fu Panda” estréia nesta sexta-feira, no Cine 6 do Moviecom e nas Salas 2 e 4 do Cinemark. Classificação indicativa livre. Cópias dubladas.

Sessão Cult: “Juízo”

Juízo acompanha a trajetória de jovens com menos de 18 anos de idade diante da lei. Meninas e meninos pobres entre o instante da prisão e o do julgamento por roubo, tráfico e homicídio. Como a identificação de jovens infratores é vedada por lei, eles são representados no filme por jovens não -infratores que vivem em condições sociais similares. Todos os demais personagens de Juízo – juízes, promotores, defensores, agentes do DEGASE, familiares – são pessoas reais filmadas durante as audiências na II Vara da Justiça do Rio de Janeiro e durante visitas ao Instituto Padre Severino, local de reclusão dos menores infratores. A direção é de Maria Augusta Ramos. A partir desta sexta-feira, na Sala 7 do Cinemark, na sessão de 15h10. Classificação indicativa 14 anos.


Lançamentos em DVD

“Loucas Por Amor, Viciadas em Dinheiro”, em DVD

Bridget Cardigan (Diane Keaton) é uma dona de casa dedicada, que é surpreendida ao saber que pode perder sua casa e seu confortável estilo de vida quando seu marido, Don (Ted Danson), é rebaixado de posto em seu trabalho. Tentando evitar que isto aconteça, ela consegue um trabalho como zeladora no Federal Reserve Bank. Lá Bridget rapidamente se torna amiga de Nina Brewster (Queen Latifah), mãe solteira que tem dois filhos para criar, e Jackie Truman (Katie Holmes), uma jovem que nada tem a perder. Cansadas de serem sempre subestimadas, Bridget, Nina e Jackie decidem unir esforços para um plano ambicioso: assaltar o banco. O disco traz o filme com formato de tela widescreen e áudio Dolby Digital 5.1, e, como extras, trailers de cinema.

“Jim das Selvas”, em DVD

Nesta do famoso explorador Jim das Selvas, Hilary Parker (Virginia Grey), uma jovem e bela cientista adentra a selva em busca de uma cura para a pólio. Bruce (George Reeves), seu companheiro, está bem mais interessado em descobrir tesouros perdidos do que tratar de doenças. Jim das Selvas, vivido por Johnny Weissmuller, o Tarzana mais conhecido do cinema, é um destemido aventureiro que, junto a seus amigos e seu inseparável cachorro, ajudará a Dra. Parker em sua busca, e a protegerá dos diversos perigos que a selva esconde inclusive a ganância e a crueldade de Bruce... O filme é em formato standard e em preto-e-branco, padrões para a época (1948).

“Um Sonho Dentro de um Sonho”, em DVD

Felix Bonhoeffer (Anthony Hopkins)é um roterista que vive em dois mundos: o mundo real e aquele que ele desenvolveu em seu espírito durante anos. Ele não tem consciência de que vive nessa linha entre o real e o imaginário há anos e que está prestes a ultrapassá-la. Descobre-se perplexo quando, envolvido no roteiro de um filme sobre um assassinato em um café abandonado, seus personagens aparecem na vida real e vice-versa. E, mesmo que tente, não consegue viver longe desses dois mundos e as referências musicais e dos filmes de ficção científica dos anos 50 de repente se juntam ao seu cotidiano, selecionados de maneira aleatória pela sua memória. O disco traz o filme com formato de tela widescreen e áudio Dolby Digital 5.1.

“Super-Herói - O Filme”, em DVD

Após ser picado por uma libélula geneticamente alterada, Rick Riker (Drake Bell) tem sua vida alterada para sempre. Ele ganha superpoderes e passa a usá-los para combater o mal, sob a alcunha do Homem-Libélula. Entretanto Rick enfrenta um problema: sempre que tenta salvar alguém acaba matando-o acidentalmente. Apesar disto ele precisa enfrentar o Ampulheta, um vilão que deseja roubar a fonte de vida das pessoas para alcançar a imortalidade. O filme faz gozações com muitos filmes de heróis, e traz até Pamela Anderson como a Mulher-Invisível. O disco traz o filme com formato de tela widescreen e áudio Dolby Digital 5.1, e, como extras, Slide Show, Trailer e Novidades.

Eventos

“Minha Vida em Cor de Rosa”, no Cine Café

O Cineclube Natal, em parceria com o Nalva Melo Café Salão, apresenta nesta sexta-feira, o longa-metragem “Minha Vida em Cor de Rosa”, de Alain Berliner. O filme conta as desventuras do garoto Ludovic (Georges du Fresne). Ele cresce imaginando que nasceu no corpo errado: na verdade, acredita ser uma menina. A rejeição se estende aos pais, aos colegas e a qualquer um que se aproxime de um sintoma de homossexualidade tão latente. Ludovic refugia-se do tormento em um mundo róseo, onde só cabem a boneca Pam, uma Barbie espevitada, e o apoio afetivo da avó (Helene Vincent). A exibição começa às 20h, no espaço do próprio café (Rua Duque de Caxias, 110, Ribeira). A entrada custa R$2,00. Classificação indicativa 12 anos.

FEST Aruanda

Estão abertas as inscrições para a 4ª edição do Festival Aruanda do Audiovisual Universitário Brasileiro, que acontece de 8 a 13 de dezembro em João Pessoa (PB). As inscrições são gratuitas e seguem até o dia 8 de agosto, podendo ser feitas via Correios ou na secretaria do Programa de Pós-Graduação em Comunicação (PPGC) no campus I da Universidade Federal da Paraíba. Edital, inscrição e outras informações: www.bc10.com.br/aruanda.

Cine Nordeste é tombado

No apagar das luzes, quando os antigos freqüentadores do saudoso Cine Nordeste já temiam que o mesmo virasse um estacionamento, através do decreto 20.597, de 26 de junho de 2008, a Governadora do Estado do Rio Grande do Norte tombou a edificação do antigo cinema, localizada no centro de Natal. Esperamos que agora o prédio tenha uma utilização mais nobre, de preferência voltada para a cultura.

Treco-nologia

Não compre gato por pixel

Com a queda dos preços dos televisores finos, muita gente está sonhando em pendurar uma tv de plasma ou LCD na parede da sala. Não há dúvida de que os preços estão ótimos e assistir filmes em DVD numa tv destas é uma experiência agradável. Mas, alguns pequenos cuidados devem ser observados, pois nem todos os modelos são semelhantes. Ainda há muito plasma no mercado com resolução inferior à do DVD e da futura TV Digital. Exija uma de resolução maior ou igual a 1024 x 768. Já as tvs de LCD não tem problema de resolução, mas, deve ter um tempo de resposta inferior a 8 milissegundos, pois senão a sua imagem ficará com “fantasmas”, principalmente nas cenas de ação. Abra o olho!


Filme da Semana: “Wall-E”

Quando soube que a Pixar tinha sido comprada pe
los Estúdios Disney, fiquei imaginando o que iria acontecer com a qualidade das produções da empresa, responsável por preciosidades como “Toy Story”, “Monstros S.A.”, “Procurando Nemo”, “Os Incríveis”, etc.. Embora nenhum capitalista selvagem de Hollywood tenha perdido o sono devido à preocupação deste crítico de cinema, constatei, ao assistir “Wall-E”, que o padrão de qualidade da Pixar foi mantido, apesar de estar sob a bandeira da Disney.

Elogiar a qualidade da computação gráfica da animação seria, como se diz popularmente, chover no molhado. O preciosismo técnico da computação gráfica utilizada é cada vez mais detalhado e realista. As boas notícias ficam por conta do tema e da amplidão do público-alvo, que abrange meninos dos cinco aos cento e cinco anos (quem estiver acima dessa faixa pode ir, também).

“Wall-E” toca em um tema importantíssimo, que só encontra eco nas discussões de ambientalistas: o lixo. Quando o filme começa, encontramos uma terra empoeirada e deserta, abandonada por seus habitantes. Nos primeiros minutos, através de uma antiga propaganda, descobrimos que os terráqueos foram levados para o espaço, já que a Terra tornou-se um imenso depósito de lixo, poluído e sem condições de vida.

Nesse ambiente inóspito, encontramos Wall-E, um pequeno robô, remanescente de um exército de máquinas iguais a ele, que tinha como objetivo compactar o lixo em pequenos cubos e armazená-los em imensas pilhas. Dotado de inteligência artificial e capacidade de auto-conserto, Wall-E manteve-se em atividade durante setecentos anos, sempre cumprindo a sua missão.

Vivendo nessa solidão, Wall-E desenvolveu uma personalidade própria, adquirindo o hábito de coletar objetos que considera interessantes, como isqueiros ou caixas de jóias (o anel de brilhantes ele joga fora), e, continuamente, assiste o musical “Hello Dolly”, encantando-se com relacionamento entre as pessoas.

Certo dia, a sua rotina é quebrada com a chegada de uma nave, que deixa ali um robô diferente. Este robô, chamado EVA, tem como missão esquadrinhar a Terra em busca de sinais de vida. Quando Wall-E mostra um espécime vegetal que encontrou, EVA recolhe a amostra e entra em hibernação. Logo, a nave voltará para buscá-la.

Quando EVA é recolhida, Wall-E pega uma carona na espaçonave, que o levará a uma jornada pelo espaço, passando por uma camada de lixo espacial ao redor da Terra (detalhe para o Sputnik, primeiro satélite a ser lançado no espaço), pelos planetas do sistema Solar, até chegar a um longínquo lugar, que lembra uma nebulosa em Órion.

Lá, em uma gigantesca nave chamada AXION, descobrimos que os remanescentes dos habitantes da Terra transformaram-se em seres obesos, prejudicados pela baixa gravidade, pela falta de atividade física e pelo excesso de junk-food. Todos se movimentam em cadeiras flutuantes e só vêem o que é mostrado em telas de televisão à sua frente.

O comandante da nave, cuja única obrigação é fazer um pronunciamento diário, surpreende-se ao descobrir que existia uma diretriz que condicionava o retorno à Terra à existência de vida – no caso, um vegetal.

Mas, o computador Auto, o virtual controlador da nave, obedece a uma antiga ordem secreta, que descartava qualquer possibilidade de retorno à Terra. Para isso, toda prova tinha que ser eliminada, e isso incluía Wall-E, EVA e qualquer evidência de vida na Terra. Assim, cabe apenas ao comandante e aos dois robozinhos salvar o destino de toda a Humanidade.

Independente dos recursos técnicos utilizados, “Wall-E” já vale o ingresso por ser um filme totalmente visual. Na maior parte do filme não há diálogo algum – diálogo no sentido estrito, verbal. Na verdade, não há problemas de comunicação, nem entre os personagens, nem com o espectador, pois os poucos sons utilizados e as expressões “faciais” dos robôs são suficientes para o perfeito entendimento da trama. Wall-E é uma mistura de “Um Robô em Curto-Circuito” com “ET”.

Outros detalhes preciosos estão nas inúmeras referências a grandes filmes de ficção-científica dos anos 60 e 70. Estão presentes “2001: Uma Odisséia no Espaço”, com o Auto revivendo o HAL 9000, com olho vermelho e tudo, e até valsa “Assim Falou Zaratustra”, de Strauss embala um belíssimo balé no espaço. O espectador pode ficar atento às citações a “Guerra nas Estrelas”, “Alien, O Oitavo Passageiro”, “Blade Runner - O Caçador de Andróides” e “Contatos Imediatos do Terceiro Grau”.

Na versão original, a dublagem do malévolo Auto é de Sigourney Weaver, que penou com o monstro dos “Aliens”. O criador das vozes de Wall-E e EVA foi Ben Burtt, o sonoplasta que inventou a “voz” de R2D2 e o som dos sabres de luz em “Guerra nas Estrelas”. A fotografia teve a consultoria de Roger Deakins, que ajudou a imprimir nas imagens os efeitos das câmeras de 70 mms usadas na época das grandes ficções científicas.

“Wall-E”, ao contrário de recentes produções infanto-juvenis, que não são mais do que um amontoado de efeitos gráficos, traz uma mensagem interessante, sob a preservação do meio-ambiente, revestido de uma história agradável que traz temas tão caros como amor, amizade e dever. Claquete recomenda.