quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

Coluna Claquete – 17 de dezembro de 2015


Newton Ramalho

 

colunaclaquete@gmail.comwww.colunaclaquete.blogspot.com  - @colunaclaquete

 

 

O que está em cartaz

Que a Força esteja com vocês – principalmente hoje, dia da estreia mundial de “Star Wars: O Despertar da Força”. A Coluna Claquete está de volta à ativa, depois de dois meses de andanças no Primeiro Mundo. A outra estreia da semana é “Alvin e os Esquilos: Na Estrada”. Teremos também a pré-estreia de “Macbeth: Ambição e Guerra”, além da reexibição do clássico “Blade Runner, o Caçador de Androides”. Continuam em cartaz “Pegando Fogo”, “Olhos da Justiça”, “No Coração do Mar”, “Jogos Vorazes: A Esperança Parte 2 - O Final”, “Bem Casados”, e “Quarto de Guerra”. Nas programações exclusivas, o Cinemark exibe “O Reino Gelado 2”, enquanto o Moviecom mantém “O Reino Gelado 2”.

Estreia 1: “Star Wars: O Despertar da Força”


“Star Wars: O Despertar da Força”, sétimo filme da franquia “Star Wars”, se passa trinta anos após os acontecimentos de “Episódio VI: O Retorno de Jedi”. Os novos heróis – vividos por Daisy Ridley e John Boyega, um ex-Stormtrooper, agora renegado – encontram um sabre de luz perdido no espaço e decidem devolver a relíquia ao seu dono – que mais tarde descobrem se tratar do lendário Luke Skywalker. Eles partem numa jornada, ao lado de Han Solo e Chewbacca, para reencontrar Luke. “Star Wars: Episódio VII” é dirigido por J.J Abrams, e roteirizado por Lawrence Kasdan e Abrams. Kathleen Kennedy, Abrams e Bryan Burk são os produtores, enquanto John Williams retorna como compositor. “Star Wars: O Despertar da Força” está em exibição nas Salas 1, 4 e 6 do Moviecom, Salas 2, 6 e 7 do Cinemark, Salas 1, 2, 3 e 4 do Natal Shopping. Classificação indicativa 12 anos. Exibição em 3D. (T. O.: “Star Wars: Episode VII - The Force Awakens”)

Estreia 2: “Alvin e os Esquilos: Na Estrada”


Dave (Jason Lee) está prestes a se casar com Samantha (Kimberly Williams-Paisley), por mais que o filho dela não se dê muito bem com Alvin, Simon e Theodore. Eles decidem realizar o matrimônio em Miami, onde ficarão para a lua de mel, mas os pequenos esquilos não são convidados para a festa. É claro que o trio não ficará satisfeito e, por conta própria, resolve viajar até a cidade. A direção é de Walt Becker. “Alvin e os Esquilos: Na Estrada” está em exibição nas Salas 1 e 7 do Moviecom, Salas 4 e 7 do Cinemark, Sala 6 do Natal Shopping, e Sala 5 do Partage Norte Shopping. Classificação indicativa livre. Cópias dubladas. (T. O.: “Alvin And The Chipmunks: Road Chip”)

Pré-Estreia: “Macbeth: Ambição e Guerra”


Macbeth (Michael Fassbender) é um general do exército escocês que trai seu rei após ouvir um presságio de três bruxas que dizem que ele será o novo monarca. Ele é altamente influenciado pela esposa Lady Macbeth (Marion Cotillard), uma figura manipuladora que sofre por não poder lhe dar filhos. Mais um filme inspirado na obra de William Shakespeare. A direção é de Justin Kurzel. “Macbeth: Ambição e Guerra” terá pré-estreia na Sala 3 do Natal Shopping. Classificação indicativa 16 anos. (T. O.: “Macbeth”)


Clássicos Cinemark: “Blade Runner, o Caçador de Androides”


No início do século XXI, uma grande corporação desenvolve um robô que é mais forte e ágil que o ser humano e se equiparando em inteligência. São conhecidos como replicantes e utilizados como escravos na colonização e exploração de outros planetas. Mas, quando um grupo dos robôs mais evoluídos provoca um motim, em uma colônia fora da Terra, este incidente faz os replicantes serem considerados ilegais na Terra, sob pena de morte. A partir de então, policiais de um esquadrão de elite, conhecidos como Blade Runner, têm ordem de atirar para matar em replicantes encontrados na Terra, mas tal ato não é chamado de execução e sim de remoção. Até que, em novembro de 2019, em Los Angeles, quando cinco replicantes chegam à Terra, um ex-Blade Runner (Harrison Ford) é encarregado de caçá-los. A direção é de Ridley Scott. “Blade Runner, o Caçador de Androides” será exibido no Cinemark no sábado às 23h55 (Sala 3), no domingo às 11h20 (Sala 3), e na quarta-feira às 18h40 (Sala 5). Classificação indicativa 14 anos. (T. O.: “Blade Runner”)

  

Especial: 38 anos de Star Wars

Nos idos de 1977, quando eu ainda era um jovem universitário em João Pessoa, fiquei empolgado ao ver o cartaz do saudoso Cine Municipal, anunciando um novo filme de ficção científica, “Guerra nas Estrelas”. Como naquela época não existia internet, as informações de cinema chegavam através de jornais, revistas especializadas e alguns raros programas de televisão.
A única coisa que eu sabia era que este novo filme deixava de lado o rigor científico de “2001: Uma Odisséia no Espaço”, e trazia muitas referências aos filmes de samurais, faroeste e da Segunda Guerra Mundial, além de brilhar na questão efeitos especiais.
Nem preciso dizer que adorei o filme, embora fosse adotada a fórmula do “vamos fazer de conta que tudo isso é real”. Claro, viagens acima da velocidade da luz, explosões no espaço (com som), gravidade artificial, e até os fantásticos sabres de luz que se comportavam como coisas sólidas, tudo isso ainda é fantasia total. Mas, o que importava mesmo era a diversão.
A história era super simples, com as peripécias do trio formado por Luke Skywalker (Mark Hamill), Princesa Lea (Carrie Fisher) e Han Solo (Harrison Ford), auxiliados pelo alien Chewbacca (Peter Mayhew) e os robôs R2-D2 (Kenny Baker) e C-3PO (Anthony Daniels), além da magnífica participação de Alec Guinness, como Obi-Wan Kenobi, e do vilão mais icônico – e querido – do cinema, Darth Vader, interpretado por David Prowse, e dublado por James Earl Jones.
O filme obteve um sucesso que surpreendeu a todos, principalmente o estúdio Fox, que por não dar importância ao tema e seus efeitos em nível mundial, permitiu que o diretor George Lucas tivesse todos os direitos sobre o filme – decisão da qual devem ter se arrependido muito, tendo em vista que foi este filme que inaugurou uma novidade na indústria do cinema, toda uma gama de brinquedos, games e acessórios baseados nos personagens da grife.
O filme arrecadou 775 milhões de dólares nas bilheterias (equivalente a um bi e meio de hoje), e com toda a grana que veio do merchandising, George Lucas abriu sua própria empresa de cinema, a Lucasfilm, além da empresa de efeitos especiais, a Industrial Light & Magic.
Sobre os efeitos especiais, é bom lembrar que, em 1977, a computação gráfica ainda era um sonho remoto, e tudo era feito literalmente “no braço”. As fantásticas imagens do primeiro filme usavam as técnicas da época, com miniaturas altamente elaboradas, que hoje, com a alta resolução dos equipamentos, parece coisa grosseira.
Ao sucesso inicial de “Guerra nas Estrelas”, logo vieram as sequências, “O Império Contra-Ataca” (1980) e “O Retorno do Jedi” (1983). Depois disso, parecia que George Lucas dormiria nos louros – e ouros – de seus filmes, fazendo sucessivos lançamentos e relançamentos, que lhe valeram o apelido de George “Lucras”.
A explosão de efeitos digitais no cinema entusiasmou o cineasta a fazer uma nova trilogia, com os fatos que antecediam a trilogia anterior, e resultaram nos filmes “Star Wars Episódio I: A Ameaça Fantasma” (1999), “Star Wars Episódio II: Ataque dos Clones” (2002), e “Star Wars Episódio III: A Vingança dos Sith” (2005).
O sucesso da nova série levou Lucas a relançar a série original substituindo os efeitos por digitais. Só que ele enfureceu os fãs da série clássica ao modificar cenas importantes como o duelo de Han Solo no bar no primeiro filme, ou substituindo o rosto do personagem Anakyn no terceiro filme.
Além dos seis filmes, houve uma enxurrada de produtos no mercado relacionados ao universo de Star Wars, tornando-o um objeto de consumo para várias gerações de consumidores.
Embora a saga Star Wars seja um novelão sobre a família Skywalker, não há dúvidas que revolucionou a indústria do cinema, que deixou de produzir algo para exibir durante duas horas em uma sala de projeção, e criando imagens que tem uma extensa vida, não apenas como filme, mas também estampando milhares de outros produtos do dia a dia dos consumidores.
Em 2012, a Walt Disney Company comprou a Lucasfilm por 4,05 bilhões de dólares e anunciou uma nova trilogia de filmes, sendo que o primeiro capítulo dessa nova fase, sob o título de “Star Wars: O Despertar da Força”, que estreia hoje no mundo inteiro. Diferente das outras, esta nova trilogia terá um intervalo de dois anos entre um filme e outro, e durante esse intervalo, a Disney lançara filmes spin-off que se passam durante os episódios das trilogias.
  

Livros de cinema:

Cinefilia - Coleção Cinema, Teatro e Modernidade

Experiência íntima e ritual coletivo ao mesmo tempo, a cinefilia angariou muitos adeptos. Não se tratava apenas de ver os filmes, mas de discuti-los e situá-los numa história das formas artísticas. A partir de personalidades como Godard, Truffaut, Chabrol, Rivette e Bazin, e dos debates da Nouvelle Vague, Antoine Baecque refaz o percurso dos anos 1940 a 1960, abordando as principais publicações dedicadas à crítica de cinema, como os Cahiers du Cinéma e Positif. O livro mostra como a cinefilia conquistou seu lugar na história cultural do século XX ao inventar uma forma de ver e compreender o mundo através do cinema. A frequentação assídua à cinemateca dirigida por Henri Langlois e a multiplicação dos cineclubes foram alguns dos primeiros eventos que deram origem à cultura cinéfila de que o livro trata.  472 p. Editora Cosac & Naify.


Lançamentos em DVD/Blu-Ray:


“Missão Impossível – Nação Secreta”

Ethan Hunt (Tom Cruise) descobre que o famoso Sindicato é real, e está tentando destruir o IMF. Mas como combater uma nação secreta, tão treinada e equipada quanto eles mesmos? O agente especial tem que contar com toda a ajuda disponível, incluindo de pessoas não muito confiáveis. Como não poderia deixar de ser, Tom Cruise interpreta o agente Ethan Hunt pela quinta oportunidade. Ele e Ving Rhames são os únicos que apareceram em todos os filmes da franquia. O disco traz o filme com tela widescreen anamórfico e Áudio em Dolby Digital. (T. O.: “Mission: Impossible - Rogue Nation”)

“A Dama Dourada”

Década de 1980. Maria Altmann (Helen Mirren) é uma judia sobrevivente da Segunda Guerra Mundial que decide processar o governo austríaco para recuperar o quadro "Woman in Gold", de Gustav Klimt - retrato de sua tia que foi roubado pelos nazistas durante a ocupação. Ela conta com a ajuda de um jovem advogado, inexperiente e idealista (Ryan Reynolds). O problema é que o quadro é considerado patrimônio nacional da Austria! O disco traz o filme com tela widescreen anamórfico e Áudio em Dolby Digital. (T. O.: “Woman in Gold”)

“O Encontro”

Nas ruas de Nova York, vive George (Richard Gere). Ele está com a saúde fragilizado e não tem para onde ir. Ele se sente sufocado pela cidade. Quando George se refugia no maior abrigo de Manhattan, o Hospital Bellevue, ainda se sente perdido, pois o ambiente é hostil e está lotado. Ele conhece Dixon (Ben Vereen). Eles tornam-se grandes amigos e agora George volta a ter esperança e deseja se aproximar da filha. Filme com formato de tela widescreen anamórfico e áudio em Dolby Digital. (T. O.: “Time Out of Mind”)

“Virando a Página”

Keith Michaels (Hugh Grant) já foi um roteirista de sucesso, vencedor do Oscar, mas décadas mais tarde, a fama desapareceu e ele enfrenta graves problemas financeiros. Por isso, este homem amargo e machista aceita dar aulas de roteiro para universitários, embora despreze a profissão de professor. Durante os cursos, ele deve lidar com a sua fama, com a falta de prática no ensino e com a atração pela mãe solteira Holly Carpenter (Marisa Tomei), que decide assistir às suas aulas. Filme com formato de tela widescreen anamórfico e áudio em Dolby Digital. (T. O.: “The Rewrite”)



quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

Coluna Claquete – 10 de dezembro de 2015


Newton Ramalho

 

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 O que está em cartaz

A Coluna Claquete está de volta à ativa, depois de dois meses de andanças no Primeiro Mundo. Nas estreias da semana, temos o remake “Olhos da Justiça”, o drama “Pegando Fogo”, e a aguardada cinebiografia “Chatô – O Rei do Brasil”. Teremos também duas pré-estreias, “Star Wars: O Despertar da Força” e “Peter Pan”, além da reexibição do clássico “O Exorcista” e da animação “Ratatouille”. Continuam em cartaz “No Coração do Mar”, “Jogos Vorazes: A Esperança Parte 2 - O Final”, “Bem Casados”, “O Reino Gelado 2”, “Victor Frankenstein”, “Hotel Transilvânia 2”, e “Quarto de Guerra”. Nas programações exclusivas, o Cinemark exibe “SOS - Mulheres ao Mar 2” e “Awake - A Vida de Yogananda”, enquanto o Partage Norte Shopping mantém “O Natal dos Coopers”.

Estreia 1: “Olhos da Justiça”


A vida dos investigadores do FBI Ray (Chiwetel Ejiofor) e Jess (Julia Roberts) e da procuradora Claire (Nicole Kidman) é severamente abalada pelo assassinato da filha adolescente de Jess. Treze anos após o crime, Ray continua buscando pistas e finalmente parece ter encontrado um caminho para solucionar o caso. A verdade é chocante e os limites entre justiça e vingança tornam-se imperceptíveis. O filme é uma adaptação do longa argentino do diretor Juan José Campanella "O Segredo dos Seus Olhos", lançado em 2009. A história original foi inspirada no romance "La Pregunta de sus Ojos", do escritor Eduardo Sacheri, que foi publicado em 2005. A direção é de Billy Ray. “Olhos da Justiça” está em exibição na Sala 1 do Moviecom, Sala 4 do Cinemark, e Salas 3 e 5 do Natal Shopping. Classificação indicativa 14 anos. Cópias dubladas e legendadas. (T. O.: “Secret In Their Eyes”)

Estreia 2: “Pegando Fogo”


O chefe de cozinha Adam Jones (Bradley Cooper) já foi um dos mais respeitados em Paris, mas o envolvimento com álcool e drogas fez com que sua carreira fosse ladeira abaixo. Após um período de isolamento em Nova Orleans, ele parte para Londres disposto a recomeçar a carreira e conquistar a sonhada terceira estrela no badalado guia Michelin de restaurantes. Para tanto ele conta com a ajuda de Tony (Daniel Brühl), que gerencia um restaurante na capital britânica, e recruta uma equipe de velhos conhecidos. A direção é de John Wells. “Pegando Fogo” será exibido na Sala 4 do Moviecom, Sala 3 do Cinemark, Salas 5 e 6 do Natal Shopping, e Sala 3 do Partage Norte Shopping. Classificação indicativa 12 anos. Cópias dubladas e legendadas. (T. O.: “Burnt”)

Estreia 3: “Chatô – O Rei do Brasil”


O magnata das comunicações Assis Chateaubriand (Marco Ricca) é a estrela principal de um programa de TV chamado "O Julgamento do Século", realizado bem no dia de sua morte. É nele que Chatô relembra fatos marcantes de sua vida, como os casamentos com Maria Eudóxia (Letícia Sabatella) e Lola (Leandra Leal), a paixão não-correspondida por Vivi Sampaio (Andréa Beltrão), como manipulava as notícias nos veículos de comunicação que comandava e a estreita e conturbada ligação com Getúlio Vargas (Paulo Betti), que teve início ainda antes dele se tornar presidente. A direção é de Guilherme Fontes. “Chatô – O Rei do Brasil” será exibido na Sala 3 do Moviecom. Classificação indicativa 14 anos. (T. O.: “Chatô – O Rei do Brasil”)

Pré-estreia 1: “Star Wars: O Despertar da Força”


“Star Wars: O Despertar da Força”, sétimo filme da franquia “Star Wars”, se passa trinta anos após os acontecimentos de “Episódio VI: O Retorno de Jedi”. Os novos heróis – vividos por Daisy Ridley e John Boyega, um ex-Stormtrooper, agora renegado – encontram um sabre de luz perdido no espaço e decidem devolver a relíquia ao seu dono – que mais tarde descobrem se tratar do lendário Luke Skywalker. Eles partem numa jornada, ao lado de Han Solo e Chewbacca, para reencontrar Luke. “Star Wars: Episódio VII” é dirigido por J.J Abrams, e roteirizado por Lawrence Kasdan e Abrams. Kathleen Kennedy, Abrams e Bryan Burk são os produtores, enquanto John Williams retorna como compositor. “Star Wars: O Despertar da Força” terá pré-estreia na meia-noite da próxima quarta-feira no Moviecom (Salas 4 e 6), Cinemark (Salas 2, 6 e 7), Natal Shopping (Salas 1 e 5), e Partage Norte Shopping (Salas 1 e 2). Classificação indicativa 12 anos. Exibição em 3D. (T. O.: “Star Wars: Episode VII - The Force Awakens”)

Pré-estreia 2: “Peter Pan”


Peter (Levi Miller) é um garoto de 12 anos que vive em um orfanato em Londres, no período da Segunda Guerra Mundial. Um dia, ele e várias crianças são sequestradas por piratas em um navio voador, que logo é perseguido por caças do exército britânico. O navio escapa e logo ruma para a Terra do Nunca, um lugar mágico e distante onde o capitão Barba Negra (Hugh Jackman) escraviza crianças e adultos para que encontrem pixum, uma pedra preciosa que concentra pó de fada. Em pleno garimpo, Peter conhece James Hook (Garreth Hedlund), que tem planos para fugir do local. A direção é de Joe Wright. “Peter Pan” terá pré-estreia neste final de semana no Moviecom (Sala 3, 14h55), no Cinemark (Sala 3, 11h30). Classificação indicativa dez anos. Cópias dubladas. (T. O.: “Pan”)

 

O Maravilhoso Mundo da Disney: “Ratatouille”


Paris. Remy (Patton Oswalt) é um rato que sonha se tornar um grande chef. Só que sua família é contra a idéia, além do fato de que, por ser um rato, ele sempre é expulso das cozinhas que visita. Um dia, enquanto estava nos esgotos, ele fica bem embaixo do famoso restaurante de seu herói culinário, Auguste Gusteau (Brad Garrett). Ele decide visitar a cozinha do lugar e lá conhece Linguini (Lou Romano), um atrapalhado ajudante que não sabe cozinhar e precisa manter o emprego a qualquer custo. Remy e Linguini realizam uma parceria, em que Remy fica escondido sob o chapéu de Linguini e indica o que ele deve fazer ao cozinhar. “Ratatouille” será exibido no Cinemark no sábado e domingo às 11h00 na Sala 2. Classificação indicativa livre. Cópia dublada. (T. O.: “Ratatouille”)

Clássicos Cinemark: “O Exorcista”


Em Georgetown, Washington, uma atriz vai gradativamente tomando consciência que a sua filha de doze anos está tendo um comportamento completamente assustador. Deste modo, ela pede ajuda a um padre, que também um psiquiatra, e este chega a conclusão de que a garota está possuída pelo demônio. Ele solicita então a ajuda de um segundo sacerdote, especialista em exorcismo, para tentar livrar a menina desta terrível possessão. “O Exorcista” foi o primeiro de uma série de quatro filmes baseados nos personagens. Os demais foram “O Exorcista II - O Herege” (1977), “O Exorcista III” (1990) e “O Exorcista - O Início” (2004). O filme foi indicado para dez categorias do Oscar, ganhando os de Melhor Som e Melhor Roteiro Adaptado. A direção é de William Friedkin. “O Exorcista” será exibido na Sala 7 do Cinemark no sábado às 0h10, no domingo às 11h40, e na quarta-feira às 21h00. Classificação indicativa 14 anos. (T. O.: “The Exorcist”)

  

Especial: Cinema, TV e vídeo no Canadá e Estados Unidos

Ainda sofrendo os efeitos da diferença de fusos horários, já que passei dois meses na costa do Pacífico, nas conversas com os amigos sobre a viagem, uma das perguntas mais recorrentes é sobre as diferenças em relação ao Brasil dos hábitos das pessoas sobre cinema e home vídeo.
Obviamente o cinema está 24 horas por dia presente nas conversas e noticiários, pois além de os Estados Unidos serem a Meca da indústria, um fato pouco conhecido é que a cidade de Vancouver também é um polo cinematográfico importante, além de ter uma renomada escola de cinema, a Vancouver Film School. Vários títulos renomados foram filmados na cidade, como os da série “Crepúsculo” e alguns do “X-Men”.
Mas, a minha surpresa mais agradável foi descobrir que ainda funcionam muitos cinemas de rua! Claro, o modelo de cinema multiplex foi criado pelos americanos e copiado por nós, mas, o velho e tradicional cinema de rua ainda existe por lá, enquanto que no Brasil praticamente todos viraram estacionamentos ou igrejas evangélicas.
Em Vancouver, próximo da casa da minha filha, existe um antigo cinema de bairro, de nome Rio, que além da programação comercial, também exibe mostras e festivais. Quando cheguei lá, no final de setembro, acontecia o Festival Internacional de Cinema de Vancouver. Um detalhe interessante sobre o cinema Rio, é que é um dos poucos que permitem o consumo de bebidas alcoólicas. Considerando que lá nem cerveja se compra em supermercado, não deixa de ser uma coisa curiosa.
O preço médio dos cinemas, tanto no Canadá quanto nos Estados Unidos, é cerca de 15 dólares. Ao contrário do Brasil, onde existe o ingresso custa a metade para estudantes e idosos, lá não existe essa obrigatoriedade. Quando assisti “007 Contra Spectre”, no Cinerama de Seattle, o preço único era 15 dólares.
Aliás, isso é comum em todas as atrações turísticas. Nos cantos onde existe abatimento para crianças ou idosos, a redução é pequena, tipo dois dólares em um ingresso que para um adulto custa 30.
Falando em atração turística, um evento que usa o cinema de forma espetacular é o “Fly Over Canada”, um passeio virtual sobre o Canadá onde não apenas temos as imagens e os sons, mas também os outros sentidos são colocados à prova, resultando em uma experiência sensorial extremamente interessante.
Outra atração bastante comum na cidade de Vancouver é a exibição de filmes nos parques durante o verão. São montadas enormes telas infláveis nos parques, onde são exibidos filmes ao ar livre ao cair da noite. O ruim é que no verão isso acontece bem tarde, por volta de nove da noite. Mas, para quem passa três quartos do ano sofrendo com o frio, é agradável ter essa oportunidade de ficar esse tempo ao ar livre.
Para o mercado doméstico, obviamente, a oferta é imensa, e se até pouco tempo os canadenses iam comprar eletrônicos nos Estados Unidos, hoje devido à desvalorização do dólar canadense, já existe até o fluxo no sentido contrário.
Televisores de 43 polegadas custam entre 400 e 800 dólares canadenses a depender da tecnologia, sendo o 4k o mais caro. Os de 55 polegadas variam entre 800 e 1500 dólares, enquanto os de 65 polegadas custam acima de 2000 dólares. Existem tamanhos até maiores, de 70, 75 e até 80 polegadas, com preços proporcionalmente maiores.
Mas, tanto lá quanto cá, enquanto o tamanho dos televisores nas casas aumenta, a quantidade de acessórios diminui. Os espetaculares home theaters ficam restritos a um público mais fiel, que já mantinha esse hábito desde a época do videocassete. Com os recursos cada vez mais poderosos dos televisores, principalmente de imagem, as pessoas abrem mão de um som poderoso em troca da simplicidade dos recursos.
É comum as salas disporem apenas do televisor, com o receptor de TV a cabo, mas sem DVD player ou Blu-Ray. Por outro lado, quase ninguém dispensa a conexão com a internet. Isso porque, ou as TVs são smart, ou as pessoas utilizam pequenos aparelhos de media player, que permitem o acesso ao conteúdo da internet ou a reprodução de filmes em meio digital.
Neste aspecto foi onde observei a maior diferença de hábitos dos brasileiros para os canadenses. Como fazem na sua vida cotidiana, os canadenses são muito corretos, e dificilmente fazem downloads ilegais. Não deu para checar esse aspecto dos americanos, mas sei que por lá o cerco das indústrias é grande.
E qual conteúdo o pessoal vê por lá? Certamente, o que não faltam são opções. Quem tem TV a cabo dispõe de zilhões de opções, principalmente os americanos, alguns dos quais também temos por aqui.
Com relação a filmes e seriados, a grande fonte de acesso no Canadá são os serviços de vídeo-on-demand, como o Netflix, embora já tenha visto reclamações sobre o acervo, que é inferior ao do Netflix americano. Como esse serviço também permite o acesso através de smartphones, tablets e computadores, é muito comum ver as pessoas assistindo alguma coisa enquanto estão no metrô ou em algum momento livre.
E só se alguém tiver dúvida, não existem novelas ou coisas semelhantes no Canadá. Isso fica para mercados mais exóticos como a China, que ainda deve estar reprisando “A Escrava Isaura” por lá.
Apenas como um adendo, analisando com os olhos de jornalista, os noticiários de lá são muito técnicos, evitando o sensacionalismo, bem diferente do panfletário escandaloso que inunda a nossa imprensa tupiniquim. E pensar que um dia já fomos referência nessa área...
  

Livros de cinema:

A Espera do Tempo. Filmando Com Kurosawa

Reunião de textos escritos e ilustrados por Teruyo Nogami sobre o trabalho que exerceu ao lado do cineasta Akira Kurosawa como continuísta e diretora associada por aproximadamente meio século. De “Rashomon” até “Madadayo”, Nogami manteve uma espécie de diário em que registrava curiosidades sobre as filmagens, os bastidores e as locações, entre outras coisas. Seus relatos em primeira pessoa, sempre acompanhados por desenhos das “cenas” mais marcantes, eram confeccionados durante as folgas entre as filmagens, enquanto a equipe esperava pelo tempo perfeito para o trabalho. Seis anos depois da morte de Kurosawa, a autora decidiu reunir em livro todo esse material, além de alguns textos já publicados em revistas de cinema e relatos novos. 320 p. Editora Cosac & Naify.


Lançamentos em DVD/Blu-Ray:

“O Agente da U.N.C.L.E.”

Na década de 1960 os até então inimigos mortais Napoleon Solo (Henry Cavill), agente da CIA, e Illya Kuriakin (Armie Hammer), espião da KGB, são obrigados a cooperarem. A grande missão da improvável dupla EUA-Rússia é combater a terrível organização T.H.R.U.S.H., que desenvolve armas nucleares. Baseado em uma famosa série televisiva dos anos 1960, estrelada por Robert Vaughn e David McCallum. O disco traz o filme com tela widescreen anamórfico e Áudio em Dolby Digital. (T. O.: “The Man from U.N.C.L.E.”)

“Quarteto Fantástico”

Quatro adolescentes são conhecidos pela inteligência e pelas dificuldades de inserção social. Juntos, são enviados a uma missão perigosa em uma dimensão alternativa. Quando os planos falham, eles retornam à Terra com sérias alterações corporais. Munidos desses poderes especiais, eles se tornam o Senhor Fantástico (Miles Teller), a Mulher Invisível (Kate Mara), o Tocha Humana (Michael B. Jordan) e o Coisa (Jamie Bell). O grupo se une para proteger a humanidade do ataque do Doutor Destino (Toby Kebbell). O disco traz o filme com tela widescreen anamórfico e Áudio em Dolby Digital. (T. O.: “The Fantastic Four”)

“Ricki and The Flash – De Volta Para Casa”

Com mais de 50 anos de idade, Ricki (Meryl Streep) é uma cantora de rock, que sempre se apresenta com a banda The Flash em um pequeno bar. A situação financeira é precária, e ela não vê os filhos adultos há décadas. Um dia, o ex-marido Pete (Kevin Kline) liga para Ricki, avisando que a filha Julie (Mamie Gummer) foi abandonada pelo marido, e pedindo ajuda para tirá-la de um estado depressivo. Reticente, a mãe retorna ao lar, e descobre que tanto Julie quanto seus dois irmãos têm muito ressentimento por causa do abandono quando eram crianças. Essa é a oportunidade para Ricki fazer as pazes e tentar ser mais presente na vida deles. Filme com formato de tela widescreen anamórfico e áudio em Dolby Digital. (T. O.: “Ricki and The Flash”)

“Amélia”

“Amélia” é um filme de ficção livremente inspirado na visita de famosa atriz Sarah Bernhardt ao Brasil em 1905. A divina Sarah (Beatrice Agenin), em crise pessoal e profissional, é influenciada por sua fiel camareira brasileira, Amélia (Marília Pêra), a apresentar Tosca no Rio de Janeiro. No dia do desembarque, Amélia morre de febre amarela. A lendária atriz passa a conviver com as "exóticas" irmãs de sua querida auxiliar. Sarah Bernhardt encontra-se só, em um pays de sauvages! Filme com formato de tela widescreen anamórfico e áudio em Dolby Digital. (T. O.: “Amélia”)



terça-feira, 1 de dezembro de 2015

Coluna Claquete - 30 de novembro de 2015

Cinerama, uma volta ao passado


     Ontem tive a oportunidade de vivenciar uma experiência que uniu o avanço da tecnologia com a tradição da história do cinema.   Estando em Seattle, cidade americana no estado Washington (não a capital, mas o estado do outro lado do país), fui assistir um filme em uma sala chamada Cinerama.
     Bem, assistir um filme em um país que é a meca do cinema não parece ser grande coisa, mas, este cinema é especial por ser de uma tecnologia inovadora – no início da década de 1960! O primeiro filme exibido no Cinerama de Seattle foi “O Maravilhoso Mundo dos Irmãos Grimm”, em 1963. Os experimentos começaram ainda na década anterior, e quando a tecnologia foi consolidada, foi denominada Cinerama, uma fusão de cinema com panorama.
     O Cinerama tinha como característica principal exibir seus filmes em uma gigantesca tela curva, utilizando nada menos do que três projetores! Hoje isso pode parecer fácil, mas imagine-se sincronizar três projetores de filmes analógicos em uma mesma exibição. Além disso, o som era reproduzido em sete canais estereofônicos – isso em uma época onde o estéreo em dois canais já era uma grande novidade.
   Como aconteceu com a maioria dos cinemas de rua, o Cinerama quase fechou, devido à concorrência dos multiplex e o crescente mercado de vídeo doméstico, sendo salvo graças a um movimento de seus fãs e à ação do empresário Paul Allen, que promoveu uma restauração milionária.
     Hoje o Cinerama permanece fiel às suas origens, com sua gigantesca tela recurva, mas o sistema de projeção foi substituído pelo moderníssimo sistema a laser Harkness Matt Plus screen, que impressiona mesmo olhos acostumados a boas resoluções como os meus. O som também mudou para o novíssimo padrão Dolby Atmos, que embora eu não saiba com detalhes do que se trata, é extremamente envolvente e percorre todas as escalas imagináveis.
     Eu já perdera a oportunidade de oportunidade de conhecer o cinema em 2010, em passagem por Seattle, mas o título da época não era grande coisa, “Scott Pilgrim Contra o Mundo”. Desta vez a coisa era diferente, pois o filme em cartaz era nada menos que “007 Contra Spectre”.
     Essa experiência foi realmente uma viagem no tempo – para o passado e para o futuro. Além do formato do cinema tradicional, ainda teve o abrir das cortinas no início da sessão, a exibição de um desenho do Pernalonga – uma tradição nos cinemas americanos – e finalmente o filme principal.
     Um filme do 007 já é um deslumbre em qualquer momento, mas imagine-se com um som e imagem perfeitos! Ainda assisti na primeira fila do balcão, lugar favorito dos garotos na minha época de garoto.
       Alguns amigos perguntaram se o Cinerama era aquele sistema de tela côncava que era exibido no estacionamento dos shoppings nos anos 80. Na verdade, aqueles sistemas são os tataravôs dos moderníssimos IMAX, outra tecnologia, igualmente envolvente e inovadora, mas bem diferente do velho-novo Cinerama.
    Na verdade, a versão tecnológica mais próxima do público é a dos televisores de tela curva, uma miniatura do Cinerama que só pode ser apreciada por uma ou duas pessoas que se posicionem bem em frente ao aparelho. Bem diferente da gigantesca tela do cinema tradicional.
     Certamente é muito mais empolgante – e disponível – assistir os blockbusters em um cinema IMAX, tecnologia já bem difundida pelo mundo. Contudo, ter a oportunidade de fazer essa viagem ao passado já valeu o preço da passagem por este rincão pouco popular entre os turistas brasileiros.

Seattle, 30 de novembro de 2015