quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Coluna Claquete – 01 de fevereiro de 2013

Newton Ramalho

 

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O que está em cartaz

Meu silêncio indignado pelas vítimas do incêndio de Santa Maria. As estreias do final de semana são o musical “Os Miseráveis”, o drama “O Lado Bom da Vida”, a comédia “Inatividade Paranormal”, o policial “Caça aos Gângsteres”, e o drama argentino “Elefante Branco”, na Sessão Cine Cult do Cinemark. Continuam em cartaz o épico “Lincoln” (vejam na Sessão Filme da Semana), de Steven Spielberg, a aventura “João e Maria: Caçadores de Bruxas”, o western de Tarantino, “Django Livre”, a animação da Disney “Detona Ralph”, e a comédia nacional “De Pernas Pro Ar 2”, com Ingrid Guimarães. Nas programações exclusivas, o Cinemark mantém a comédia “Uma Família em Apuros”, com Billy Cristal e Bette Midler.

 

Estreia 1: “Os Miseráveis

Adaptação de musical da Broadway, que por sua vez foi inspirado na clássica obra do escritor Victor Hugo. A história se passa em plena Revolução Francesa do século XIX. Jean Valjean (Hugh Jackman) rouba um pão para alimentar a irmã mais nova e acaba sendo preso por isso. Solto tempos depois, ele tentará recomeçar sua vida e se redimir. Ao mesmo tempo em que tenta fugir da perseguição do inspetor Javert (Russell Crowe). Completam o elenco Anne Hattaway, Amanda Seyfried, Helena Bohan-Carter e Sacha Baron Cohen. A direção é de Tom Hooper. “Os Miseráveis” estreia nesta sexta-feira, na Sala 4 do Moviecom. Classificação indicativa 12 anos. (T. O.: “A Haunted House”)

 

Estreia 2: “O Lado Bom da Vida


Pat Solitano Jr. (Bradley Cooper) perdeu absolutamente tudo na vida: sua casa, o emprego e a esposa. Deprimido, ele vai parar em um sanatório, onde fica internado por oito meses. Ao sair, Pat passa a morar com os pais e está decidido a reconstruir sua vida, o que inclui retomar o casamento, passando por cima de todos os problemas que teve. Entretanto, seu novo plano muda por completo quando ele conhece Tiffany (Jennifer Lawrence), uma garota misteriosa que também tem seus problemas. “O Lado Bom da Vida” estreia nesta sexta-feira, na Sala 5 do Cinemark. Classificação indicativa 12 anos. (T. O.: “Silver Linings Playbook”)

Estreia 3: “Inatividade Paranormal

Esta comédia pretende parodiar os filmes de terror em estilo "found-footage", ou seja, aqueles que usam imagens supostamente reais, com estilo amador, para criar impressão de realidade. A saga Atividade Paranormal é o principal filme parodiado, mas Filha do Mal, O Último Exorcismo e outros também são citados. Mesma linha da série de comédias "Todo Mundo em Pânico", dos irmãos Wayan. A direção é de Michael Tides. “Inatividade Paranormal” estreia nesta sexta-feira, na Sala 4 do Cinemark, e na Sala 1 do Moviecom. Classificação indicativa 12 anos. (T. O.: “A Haunted House”)

Estreia 4: “Caça aos Gângsteres


Los Angeles, final da década de 1940. Mickey Cohen (Sean Penn) é um dos líderes da Máfia do Brooklyn. Quando ele decide expandir suas atividades para o oeste dos Estados Unidos, um grupo especial da polícia de Los Angeles, o Gangster Squad, é encarregado de capturá-lo. O filme conta com Sean Penn, Ryan Gosling, Josh Brolin, Emma Stone, Nick Nolte, e Giovanni Ribisi nos papéis principais. A direção é de Ruben Fleischer. “Caça aos Gângsteres” estreia nesta sexta-feira, na Sala 7 do Moviecom. Classificação indicativa 16 anos. (T. O.: “Gangster Squad”)


Estreia 5: “Elefante Branco (Sessão Cine Cult)


O padre Julián (Ricardo Darín) e o padre Nicolás (Jérémie Renier) trabalham ajudando os menos favorecidos na favela de Villa Virgen, periferia de Buenos Aires. O local é um antro de violência e miséria. A polícia corrupta e a própria Igreja nada fazem para mudar essa realidade e os dois clérigos terão de por suas próprias vidas em risco para continuar do lado dos mais pobres. A direção é de Pablo Trapero. “Elefante Branco” será exibido nas próximas Terça-feira (05/02) e Quinta-feira (07/02), na Sala 1 do Cinemark, na sessão de 20h50. Classificação indicativa 16 anos. (T. O.: “Elefante Blanco”)


Filme da Semana: “Lincoln”

Quando foi anunciado que seria lançado um filme sobre Abraham Lincoln, o mais conhecido presidente americano, muitas pessoas imaginaram que seria um relato biográfico que por si só seria magnífico, face à impressionante história de vida deste homem, que comandou o país durante o episódio mais sangrento da história americana, a Guerra da Secessão.
O filme “Lincoln”, dirigido por Steven Spielberg, foca nos meses finais da vida de Abraham Lincoln, quando a guerra dava sinais de estar próxima do término, e que ele considerou que era vital a apresentação e aprovação da 13ª Emenda, que proibia a escravidão no território americano.
Enquanto a guerra dilapidava recursos do Sul e do Norte, diferentes facções políticas, tanto republicanas quanto democratas, defendiam suas próprias posições, o que dificultava conseguir os votos necessários para a aprovação da emenda constitucional.
Lincoln (Daniel Day-Lewis) precisa lidar com todas estas facções. Havia os que almejavam o fim rápido da guerra, enquanto outros exigiam o fim da escravidão acima de qualquer outro objetivo. Entre os democratas, que votavam contra qualquer coisa que viesse dos republicanos, é que restava a esperança de conseguir os votos que faltavam.
Para conseguir esses votos para o presidente mais honesto das Américas, seus colaboradores utilizaram a corrupção, prometendo cargos para os deputados democratas que não tinham sido reeleitos.
Enquanto administrava essas duas guerras, a de balas e canhões, e a de votos co Congresso, Lincoln ainda tinha problemas em casa, pois a mulher, Mary Todd (Sally Field) ainda sofre com a perda de um dos filhos em um acidente. Para aumentar o tormento, o filho mais velho, Robert (Joseph Gordon-Levitt), insiste em abandonar os estudos para participar da guerra, algo que os pais querem evitar a qualquer custo.
Embora seja algo muito forte na cultura americana, a divisão Norte-Sul, que tem raízes consolidadas até hoje, não é muito conhecida fora das fronteiras americanas. Muita gente não associa nem mesmo a guerra à abolição da escravatura.
As diferenças Norte e Sul tem suas origens ainda na época colonial, quando o território era dominado pela Inglaterra, França e Espanha. No Sul, os primeiros ocupantes da região encontraram um clima quente e um solo fértil, ideal para o cultivo de tabaco, e posteriormente, algodão e cana-de-açúcar, com a utilização de grande quantidade de mão-de-obra.
Enquanto isto, o clima frio e o solo rochoso dos Estados do Norte mostraram-se pouco adequados à prática da agricultura. Isto forçou os colonos desta região a procurarem outras fontes de renda como o comércio e a manufatura, favorecendo assim a criação de grandes cidades comerciais como Boston, Filadélfia e Nova York.
Ao longo das primeiras décadas do século dezenove, a imigração europeia em massa e intensa industrialização fizeram com que o poderio do Norte crescesse economicamente e ampliasse politicamente sua participação no governo. Grandes tensões políticas e sociais desenvolveram-se entre o Norte e o Sul. Em 1860, Abraham Lincoln, um republicano que baseou sua campanha na luta contra a escravidão, venceu as eleições presidenciais americanas.
Em 4 de março, antes que Lincoln assumisse o posto de presidente, 11 Estados escravagistas declararam secessão da União, e criaram um novo país, os Estados Confederados da América. A guerra começou quando forças confederadas atacaram o Fort Sumter, um posto militar americano na Carolina do Sul, em 12 de Abril de 1861, e terminaria somente em 28 de Junho de 1865, com a rendição das últimas tropas remanescentes da Confederação.
Não se sabe o número exato de soldados que lutaram na Guerra Civil Americana. O exército da União tinha pouco mais de 13.000 homens em atividade quando a guerra se iniciou em 12 de abril de 1861, chegando a cerca de 1,12 milhão de soldados no final da guerra. O exército da Confederação atingiu seu máximo em 1863, quando o número de soldados chegou a quase 500 mil, mas foi diminuindo gradativamente, e no final, tinha menos de 200 mil homens.
Oficialmente, um total de 558.052 soldados morreram durante a Guerra Civil Americana. Considerando os soldados desaparecidos, o total sobe para aproximadamente 620 mil. O número de feridos é chegou a 275 mil na União e de 137 mil na Confederação. Estes números fazem da Guerra Civil Americana a mais sangrenta de toda a história dos Estados Unidos. Três quintos de todas as mortes foram causados por doenças, um quinto por lesões e ferimentos, enquanto apenas um quinto morreu diretamente em combate.
O que o filme “Lincoln” insiste em mostrar era a obsessão do presidente com a manutenção do país como um todo, tratando os estados do sul como estados americanos dominados por forças rebeldes. Ele determinou a Grant, seu comandante-em-chefe, que aceitasse a rendição sem revanchismos, prisões ou execuções. Na sua visão, americanos demais já haviam morrido.
Os fãs de Spielberg, acostumados com os seus filmes de aventura, certamente estranharão o clima intimista de “Lincoln”, onde a maior parte das duas horas e meia de filme são dedicadas às confabulações políticas. A cena de batalha nos primeiros minutos do filme impressiona pelo realismo, embora fique distante do desembarque de “Resgate do Soldado Ryan”.
O ótimo elenco, bem dirigido por Spielberg, é quem sustenta este drama tenso. Sally Field, que iniciou a vida artística com a Noviça Voadora, no final dos anos 60, traz toda a energia amargurada de Mary Todd, sendo um dos pontos altos do filme. Nos papéis secundários, David Strathain, Tommy Lee Jones, Hal Holbrook, e mesmo um irreconhecível James Spader completam o elenco impecável.
Mas, o destaque mesmo é Daniel Day-Lewis, a alma do filme, que criou aquele Lincoln que vive na imaginação de todos, o homem simples, determinado, compreensivo e paciente, que ajudou a mudar a face de uma nação. Não foi por menos que ganhou o merecido Globo de Ouro como Melhor Ator, e está indicado para o Oscar da mesma categoria.
(Título original: “Lincoln”)


Lançamentos em DVD/Blu-Ray

“007 – Operação Skyfall”

Quando a mais recente missão de Bond (Daniel Craig) dá terrivelmente errado, agentes de todo o mundo ficam expostos e o MI6 é atacado, o que força M (Judy Dench) a mudar a agência de lugar. Esses acontecimentos afetam sua autoridade e seu cargo é desafiado por Mallory (Ralph Fiennes), o novo chefe do Comitê de Inteligência e Segurança. Com o MI6 comprometido tanto externa quanto internamente, M só tem um aliado em que pode confiar: Bond. 007 atua nas sombras, auxiliado pela agente de campo Eve (Naomie Harris) – tentando encontrar o misterioso Silva (Javier Bardem), cujos motivos letais e ocultos ainda permanecem desconhecidos.Disco com formato de tela widescreen e áudio DD 5.1. (T. O.: “Skyfall”)

“Ruby Sparks - A Namorada Perfeita”

O romancista Calvin (Paul Dano) sofre com perturbador bloqueio criativo que atrapalha o desenvolvimento de seu último livro. Com problemas também em sua vida pessoal, começa a criar uma personagem feminina poderia se apaixonar por ele. Daí nasce Ruby Sparks (Zoe Kazan), que inicialmente é uma personagem dentro de uma história, mas que pouco depois ganha vida e passa a conviver e se relacionar com Calvin pessoalmente. O disco traz o filme com formato de tela widescreen e áudio Dolby Digital 5.1, e, como extras, A História, O Elenco, Casais da Vida Real, Tenha cuidado com o que deseja, Los Angeles: A Outra Personagem, e Trailer.  (T.O.: “Ruby Sparks”).

“Plano de Fuga”

Durante a fuga de um roubo a banco, um criminoso americano (Mel Gibson) é preso pelas autoridades mexicanas e enviado para um presídio lotado de bandidos de alta periculosidade. Não bastasse essa experiência bizarra, ele acaba se envolvendo com uma família local e se metendo numa grande enrascada em terras estrangeiras porque a bandidagem agora quer a pele dele. Para sobreviver na prisão, ele terá que aceitar a ajuda de um garoto de apenas 9 anos (Kevin Hernandez), com quem irá planejar sua fuga.. O disco traz o filme com formato de tela widescreen e áudio em DD 5.1. (T.O.: “Get The Gringo”).

“Ed Wood”
 
Um filme incomum e exótico sobre a história real de Ed Wood, o pior diretor da história de Hollywood. Johnny Depp vive o excêntrico diretor, que se recusa a aceitar que suas fracassadas cenas e horríveis críticas destruam suas esperanças de fazer sucesso. Com atores desajustados - a rainha do horror na TV, um corpulento lutador de boxe sueco e o legendário Bela Lugosi (Martin Landau) que está na pior - Ed leva a arte de fazer filmes ruins a novos recordes.  O disco traz o filme com formato de tela widescreen anamórfico e áudio DD  5.1, e, como extras, Cenas Inéditas, Videoclipe composto por Howard Shore, Vamos Gravar esta F#%@r!, O Teremim, Filmando Bela, Pratos Voadores sobre Hollywood, Trailer de Cinema (1994), e Comentários em Áudio. (T.O.: “Ed Wood”).

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