Newton Ramalho
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O que está em cartaz
Meu silêncio indignado pelas
vítimas do incêndio de Santa Maria. As estreias do final de semana são o
musical “Os Miseráveis”, o drama “O Lado Bom da Vida”, a comédia “Inatividade
Paranormal”, o policial “Caça aos Gângsteres”, e o drama argentino “Elefante
Branco”, na Sessão Cine Cult do Cinemark. Continuam em cartaz o épico “Lincoln” (vejam na Sessão Filme da Semana), de
Steven Spielberg, a aventura “João e Maria: Caçadores de Bruxas”, o western de
Tarantino, “Django Livre”, a animação da Disney “Detona Ralph”, e a comédia
nacional “De Pernas Pro Ar 2”,
com Ingrid Guimarães. Nas programações exclusivas, o Cinemark mantém a comédia
“Uma Família em Apuros”, com Billy Cristal e Bette Midler.
Estreia 1: “Os Miseráveis”
Adaptação de musical da
Broadway, que por sua vez foi inspirado na clássica obra do escritor Victor
Hugo. A história se passa em plena Revolução Francesa do século XIX. Jean
Valjean (Hugh Jackman) rouba um pão para alimentar a irmã mais nova e acaba
sendo preso por isso. Solto tempos depois, ele tentará recomeçar sua vida e se
redimir. Ao mesmo tempo em que tenta fugir da perseguição do inspetor Javert
(Russell Crowe). Completam o elenco Anne Hattaway, Amanda Seyfried, Helena
Bohan-Carter e Sacha Baron Cohen. A direção é de Tom Hooper. “Os Miseráveis” estreia
nesta sexta-feira, na Sala 4 do Moviecom. Classificação indicativa 12 anos. (T.
O.: “A Haunted House”)
Estreia 2: “O Lado Bom da Vida”
Pat Solitano Jr. (Bradley Cooper) perdeu
absolutamente tudo na vida: sua casa, o emprego e a esposa. Deprimido, ele vai
parar em um sanatório, onde fica internado por oito meses. Ao sair, Pat passa a
morar com os pais e está decidido a reconstruir sua vida, o que inclui retomar
o casamento, passando por cima de todos os problemas que teve. Entretanto, seu
novo plano muda por completo quando ele conhece Tiffany (Jennifer Lawrence),
uma garota misteriosa que também tem seus problemas. “O Lado Bom da Vida”
estreia nesta sexta-feira, na Sala 5 do Cinemark. Classificação indicativa 12
anos. (T. O.: “Silver Linings Playbook”)
Estreia 3: “Inatividade Paranormal”
Esta comédia pretende parodiar
os filmes de terror em estilo "found-footage", ou seja, aqueles que
usam imagens supostamente reais, com estilo amador, para criar impressão de
realidade. A saga Atividade Paranormal é o principal filme parodiado, mas Filha
do Mal, O Último Exorcismo e outros também são citados. Mesma linha da série de comédias "Todo Mundo em Pânico", dos irmãos Wayan. A direção é de Michael
Tides. “Inatividade Paranormal” estreia nesta sexta-feira, na Sala 4 do
Cinemark, e na Sala 1 do Moviecom. Classificação
indicativa 12 anos. (T. O.: “A Haunted House”)
Estreia 4: “Caça aos Gângsteres”
Los Angeles, final da década de 1940. Mickey
Cohen (Sean Penn) é um dos líderes da Máfia do Brooklyn. Quando ele decide
expandir suas atividades para o oeste dos Estados Unidos, um grupo especial da
polícia de Los Angeles, o Gangster Squad, é encarregado de capturá-lo. O filme
conta com Sean Penn, Ryan Gosling, Josh Brolin, Emma Stone, Nick Nolte, e
Giovanni Ribisi nos papéis principais. A direção é de Ruben Fleischer. “Caça
aos Gângsteres” estreia nesta sexta-feira, na Sala 7 do Moviecom. Classificação
indicativa 16 anos. (T. O.: “Gangster Squad”)
Estreia 5: “Elefante Branco” (Sessão Cine Cult)
O padre Julián (Ricardo Darín) e o padre
Nicolás (Jérémie Renier) trabalham ajudando os menos favorecidos na favela de
Villa Virgen, periferia de Buenos Aires. O local é um antro de violência e
miséria. A polícia corrupta e a própria Igreja nada fazem para mudar essa
realidade e os dois clérigos terão de por suas próprias vidas em risco para
continuar do lado dos mais pobres. A direção é de Pablo Trapero. “Elefante
Branco” será exibido nas próximas Terça-feira (05/02) e Quinta-feira (07/02),
na Sala 1 do Cinemark, na sessão de 20h50. Classificação indicativa 16 anos.
(T. O.: “Elefante Blanco”)
Filme da Semana:
“Lincoln”
Quando foi anunciado que seria
lançado um filme sobre Abraham Lincoln, o mais conhecido presidente americano,
muitas pessoas imaginaram que seria um relato biográfico que por si só seria
magnífico, face à impressionante história de vida deste homem, que comandou o
país durante o episódio mais sangrento da história americana, a Guerra da
Secessão.
O filme “Lincoln”, dirigido por
Steven Spielberg, foca nos meses finais da vida de Abraham Lincoln, quando a
guerra dava sinais de estar próxima do término, e que ele considerou que era
vital a apresentação e aprovação da 13ª Emenda, que proibia a escravidão no
território americano.
Enquanto a guerra dilapidava
recursos do Sul e do Norte, diferentes facções políticas, tanto republicanas
quanto democratas, defendiam suas próprias posições, o que dificultava
conseguir os votos necessários para a aprovação da emenda constitucional.
Lincoln (Daniel Day-Lewis) precisa
lidar com todas estas facções. Havia os que almejavam o fim rápido da guerra,
enquanto outros exigiam o fim da escravidão acima de qualquer outro objetivo.
Entre os democratas, que votavam contra qualquer coisa que viesse dos
republicanos, é que restava a esperança de conseguir os votos que faltavam.
Para conseguir esses votos para o
presidente mais honesto das Américas, seus colaboradores utilizaram a
corrupção, prometendo cargos para os deputados democratas que não tinham sido
reeleitos.
Enquanto administrava essas duas
guerras, a de balas e canhões, e a de votos co Congresso, Lincoln ainda tinha
problemas em casa, pois a mulher, Mary Todd (Sally Field) ainda sofre com a
perda de um dos filhos em um acidente. Para aumentar o tormento, o filho mais
velho, Robert (Joseph Gordon-Levitt), insiste em abandonar os estudos para
participar da guerra, algo que os pais querem evitar a qualquer custo.
Embora seja algo muito forte na
cultura americana, a divisão Norte-Sul, que tem raízes consolidadas até hoje,
não é muito conhecida fora das fronteiras americanas. Muita gente não associa nem
mesmo a guerra à abolição da escravatura.
As diferenças Norte e Sul tem suas
origens ainda na época colonial, quando o território era dominado pela
Inglaterra, França e Espanha. No Sul, os primeiros ocupantes da região
encontraram um clima quente e um solo fértil, ideal para o cultivo de tabaco, e
posteriormente, algodão e cana-de-açúcar, com a utilização de grande quantidade
de mão-de-obra.
Enquanto isto, o clima frio e o
solo rochoso dos Estados do Norte mostraram-se pouco adequados à prática da
agricultura. Isto forçou os colonos desta região a procurarem outras fontes de
renda como o comércio e a manufatura, favorecendo assim a criação de grandes
cidades comerciais como Boston, Filadélfia e Nova York.
Ao longo das primeiras décadas do
século dezenove, a imigração europeia em massa e intensa industrialização
fizeram com que o poderio do Norte crescesse economicamente e ampliasse
politicamente sua participação no governo. Grandes tensões políticas e sociais
desenvolveram-se entre o Norte e o Sul. Em 1860, Abraham Lincoln, um
republicano que baseou sua campanha na luta contra a escravidão, venceu as
eleições presidenciais americanas.
Em 4 de março, antes que Lincoln
assumisse o posto de presidente, 11 Estados escravagistas declararam secessão
da União, e criaram um novo país, os Estados Confederados da América. A guerra
começou quando forças confederadas atacaram o Fort Sumter, um posto militar
americano na Carolina do Sul, em 12 de Abril de 1861, e terminaria somente em
28 de Junho de 1865, com a rendição das últimas tropas remanescentes da
Confederação.
Não se sabe o número exato de
soldados que lutaram na Guerra Civil Americana. O exército da União tinha pouco
mais de 13.000 homens em atividade quando a guerra se iniciou em 12 de abril de
1861, chegando a cerca de 1,12 milhão de soldados no final da guerra. O
exército da Confederação atingiu seu máximo em 1863, quando o número de
soldados chegou a quase 500 mil, mas foi diminuindo gradativamente, e no final,
tinha menos de 200 mil homens.
Oficialmente, um total de 558.052
soldados morreram durante a Guerra Civil Americana. Considerando os soldados
desaparecidos, o total sobe para aproximadamente 620 mil. O número de feridos é
chegou a 275 mil na União e de 137 mil na Confederação. Estes números fazem da
Guerra Civil Americana a mais sangrenta de toda a história dos Estados Unidos.
Três quintos de todas as mortes foram causados por doenças, um quinto por
lesões e ferimentos, enquanto apenas um quinto morreu diretamente em combate.
O que o filme “Lincoln” insiste em
mostrar era a obsessão do presidente com a manutenção do país como um todo,
tratando os estados do sul como estados americanos dominados por forças
rebeldes. Ele determinou a Grant, seu comandante-em-chefe, que aceitasse a
rendição sem revanchismos, prisões ou execuções. Na sua visão, americanos
demais já haviam morrido.
Os fãs de Spielberg, acostumados
com os seus filmes de aventura, certamente estranharão o clima intimista de
“Lincoln”, onde a maior parte das duas horas e meia de filme são dedicadas às
confabulações políticas. A cena de batalha nos primeiros minutos do filme
impressiona pelo realismo, embora fique distante do desembarque de “Resgate do
Soldado Ryan”.
O ótimo elenco, bem dirigido por
Spielberg, é quem sustenta este drama tenso. Sally Field, que iniciou a vida
artística com a Noviça Voadora, no final dos anos 60, traz toda a energia
amargurada de Mary Todd, sendo um dos pontos altos do filme. Nos papéis
secundários, David Strathain, Tommy Lee Jones, Hal Holbrook, e mesmo um
irreconhecível James Spader completam o elenco impecável.
Mas, o destaque mesmo é Daniel
Day-Lewis, a alma do filme, que criou aquele Lincoln que vive na imaginação de
todos, o homem simples, determinado, compreensivo e paciente, que ajudou a
mudar a face de uma nação. Não foi por menos que ganhou o merecido Globo de
Ouro como Melhor Ator, e está indicado para o Oscar da mesma categoria.
(Título
original: “Lincoln”)
Lançamentos em DVD/Blu-Ray
“007 – Operação Skyfall”
Quando a mais recente missão de
Bond (Daniel Craig) dá terrivelmente errado, agentes de todo o mundo ficam
expostos e o MI6 é atacado, o que força M (Judy Dench) a mudar a agência de
lugar. Esses acontecimentos afetam sua autoridade e seu cargo é desafiado por
Mallory (Ralph Fiennes), o novo chefe do Comitê de Inteligência e Segurança.
Com o MI6 comprometido tanto externa quanto internamente, M só tem um aliado em
que pode confiar: Bond. 007 atua nas sombras, auxiliado pela agente de campo Eve
(Naomie Harris) – tentando encontrar o misterioso Silva (Javier Bardem), cujos
motivos letais e ocultos ainda permanecem desconhecidos.Disco com formato de
tela widescreen e áudio DD 5.1. (T. O.: “Skyfall”)
“Ruby Sparks - A Namorada Perfeita”
O romancista Calvin (Paul Dano)
sofre com perturbador bloqueio criativo que atrapalha o desenvolvimento de seu
último livro. Com problemas também em sua vida pessoal, começa a criar uma
personagem feminina poderia se apaixonar por ele. Daí nasce Ruby Sparks (Zoe Kazan),
que inicialmente é uma personagem dentro de uma história, mas que pouco depois
ganha vida e passa a conviver e se relacionar com Calvin pessoalmente. O disco
traz o filme com formato de tela widescreen e áudio Dolby Digital 5.1, e, como
extras, A História, O Elenco, Casais da Vida Real, Tenha cuidado com o que
deseja, Los Angeles: A Outra Personagem, e Trailer. (T.O.: “Ruby Sparks”).
“Plano de Fuga”
Durante a fuga de um roubo a banco,
um criminoso americano (Mel Gibson) é preso pelas autoridades mexicanas e
enviado para um presídio lotado de bandidos de alta periculosidade. Não
bastasse essa experiência bizarra, ele acaba se envolvendo com uma família
local e se metendo numa grande enrascada em terras estrangeiras porque a
bandidagem agora quer a pele dele. Para sobreviver na prisão, ele terá que
aceitar a ajuda de um garoto de apenas 9 anos (Kevin Hernandez), com quem irá
planejar sua fuga.. O disco traz o filme com formato de tela widescreen e áudio
em DD 5.1. (T.O.: “Get The Gringo”).
“Ed Wood”
Um filme incomum e exótico sobre a história real de Ed
Wood, o pior diretor da história de Hollywood. Johnny Depp vive o excêntrico
diretor, que se recusa a aceitar que suas fracassadas cenas e horríveis
críticas destruam suas esperanças de fazer sucesso. Com atores desajustados - a
rainha do horror na TV, um corpulento lutador de boxe sueco e o legendário Bela
Lugosi (Martin Landau) que está na pior - Ed leva a arte de fazer filmes ruins
a novos recordes. O disco traz o filme
com formato de tela widescreen anamórfico e áudio DD 5.1, e, como extras, Cenas Inéditas,
Videoclipe composto por Howard Shore, Vamos Gravar esta F#%@r!, O Teremim,
Filmando Bela, Pratos Voadores sobre Hollywood, Trailer de Cinema (1994), e
Comentários em Áudio. (T.O.: “Ed Wood”).
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