quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Coluna Claquete – 28 de dezembro de 2012


Newton Ramalho


 


colunaclaquete@gmail.comwww.colunaclaquete.blogspot.com  - @colunaclaquete


 


O que está em cartaz


Chegamos ao final de 2012, um ano com ameaças fantasiosas e outras tristemente reais. Mas, a esperança de dias melhores sempre é bem-vinda. Neste final de semana a única estreia é a comédia nacional “De Pernas Pro Ar 2”, com Ingrid Guimarães, e a pré-estreia da animação da Disney “Detona Ralph”. Continuam em cartaz “As Aventuras de Pi” (vejam na Sessão Filme da Semana), de Ang Lee, o drama “O Impossível”, com Naomi Watts e Ewan McGregor, a fantasia “O Hobbit: Uma Jornada Inesperada”, de Peter Jackson, a animação “A Origem dos Guardiões”, e a comédia nacional “Os Penetras”. Nas programações exclusivas, o Cinemark exibe “Cosmópolis”, de David Cronenberg, na Sessão Cine Cult, enquanto o Moviecom mantém a “Saga Crepúsculo: Amanhecer – Parte 2”. No mais, desejo um feliz e próspero 2013 a todos os meus queridos leitores!

 

Estreia 1: “De Pernas Pro Ar 2



Alice (Ingrid Guimarães) agora é uma empresária bem-sucedida, que continua trabalhando muito, mas, sem deixar de lado o prazer sexual. Ela está bastante atarefada devido à abertura da primeira filial de sua sex shop em Nova York, ao lado da sócia Marcela (Maria Paula). Seu grande objetivo é levar para a América um produto erótico inédito, o que faz com que ela fique bastante estressada. Até que, durante a festa de comemoração pela 100ª loja SexDelícia no Brasil, Alice tem um surto devido ao excesso de trabalho. Ela é internada em um spa comandado pela rígida Regina (Alice Borges), onde conhece várias pessoas que buscam controlar suas obsessões e ansiedades. Sequência de “De Pernas pro Ar” (2010). A direção é de Roberto Santucci. “De Pernas Pro Ar 2” estreia nesta sexta-feira, nas Salas 1 e 2 do Cinemark, e nas Salas 3 e 4 do Moviecom. Classificação indicativa 12 anos. (T. O.: “De Pernas Pro Ar 2”)


Pré-Estreia: “Detona Ralph

Ralph (Tiago Abravanel) é o vilão de Conserta Félix Jr., um popular jogo de fliperama que está completando 30 anos. Apesar de cumprir suas tarefas à perfeição, Ralph gostaria de receber uma atenção maior de Felix Jr. (Rafael Cortez) e os demais habitantes do jogo, que nunca o convidam para festas e nem mesmo o tratam bem. Para provar que merece tamanha atenção, ele promete que voltará ao jogo com uma medalha de herói no peito, no intuito de mostrar seu valor. É o início da peregrinação de Ralph por outros jogos, em busca de um meio de obter sua sonhada medalha. Obra dos Estúdios Disney. A direção é de Rich Moore. “Detona Ralph” terá pré-estreia a partir desta sexta-feira, na Sala 3 do Cinemark (14h50 e 17h10), e nas Salas 1 (17h00) e 6 (15h20) do Moviecom. Classificação indicativa livre. (T. O.: “Wreck-It Ralph”)



Filme da Semana: “As Aventuras de Pi”


Apesar de outros títulos significativos, o ano de 2012 foi fechado com um dos filmes mais surpreendentes dos últimos tempos, a jornada onírica “As Aventuras de Pi”, do diretor taiwanês Ang Lee, autor de obras tão diversas quanto “O Tigre e o Dragão” ou “Brokeback Mountain”.

Suas características pessoais são extremamente marcantes em seus filmes, o que já fica bem evidente nos primeiros minutos de “As Aventuras de Pi”, com as belíssimas e desconcertantes imagens que definem a identidade do narrador.

A história é narrada por Pi adulto (Irrfan Khan), um indiano que vive na parte francesa do Canadá. Ele conversa com um escritor (Rafe Spall) que vive uma crise criativa, e que um amigo comum encaminhou, dizendo que ao final ele teria mais que um livro.

A vida de Pi sempre foi incomum. O seu nome verdadeiro, Piscine Molitor Patel, fora dado em homenagem a uma piscina francesa onde um amigo da família nadara. O problema é que o som “piscine” remetia a um termo chulo, o que colocou o garoto em uma péssima situação na escola. A sua estratégia foi adotar o apelido Pi, e conhecer tudo sobre o famoso número irracional, de modo a poder adotá-lo. 

Quando criança, Pi sofria a influência da mãe (Tabu), uma hinduísta fervorosa, contrabalançada pelo pai (Adil Hussain), um racionalista pé-no-chão, que não acreditava nas religiões. Inquieto, o garoto procurou outros caminhos, como o cristianismo e o islamismo. Esse ecumenismo pessoal só tinha espaço na conservadora Índia por ele pertencer a um lar culto, e de pais inteligentes.

O pai criara um zoológico particular na antiga parte francesa da Índia. Contudo, com a saída dos europeus e posterior perda de apoio do governo local, a solução foi vender os animais para zoológicos no exterior, e a família emigrar para o Canadá.

Para o adolescente Pi (Suraj Sharma) foi um choque, não apenas a perda do seu mundo, mas, do nascente amor por Anandi (Shravanthi Sainath), a bela estudante de dança que ele conhecera ao substituir o professor de música.

Assim, a família embarcou em um navio cargueiro rumo ao seu novo país. Durante uma tempestade no meio do oceano Pacífico, o navio naufragou, e Pi sobreviveu em um bote, com quatro estranhos companheiros, uma hiena, um orangotango, uma zebra, e um poderoso tigre de Bengala cujo nome era Richard Parker.

Tentando ele próprio sobreviver, Pi testemunha os outros animais se matarem, restando finalmente ele e o tigre dentro de um minúsculo bote. Os dias e as noites se sucedem, e Pi busca estratégias para sobreviver, chegando à mais louca de todas as conclusões: para que ele sobreviva, o tigre precisa estar bem alimentado.

A jornada é marcada por estranhos encontros, com medusas e baleias, tubarões e peixes-voadores, enquanto o jovem busca preservar a vida e a própria sanidade. O encontro de uma ilha repleta de suricatos e água doce revela-se uma armadilha mortal, da qual eles são obrigados a escapar.

Quando, finalmente, ele chega à costa mexicana, e é resgatado, ninguém consegue acreditar em uma aventura tão fantasiosa. Como poderia um ser humano sobreviver tantos dias em companhia de uma fera selvagem? Outra versão é aventada pelo próprio Pi, mas, o que seria mais verdadeiro, a convivência com um animal selvagem ou com a selvageria do próprio homem?

“As Aventuras de Pi” não é um filme para uma leitura direta, sendo muito mais uma obra repleta de simbolismos, de uma interessante mistura de conceitos religiosos e da própria condição humana. Talvez haja mais sugestões de perguntas do que de respostas, cabendo ao espectador formular as suas próprias.

O filme é um espetáculo visual e sonoro, que deve ter sido bem aproveitado nas exibições em 3D, já que muitas cenas exploravam essa sensação de profundidade. A exemplo dos outros filmes de Ang Lee, a trilha sonora e as paisagens são atordoantes, ficando difícil de distinguir o que era real e o que foi criado em computador.

“As Aventuras de Pi” é baseado em um livro homônimo escrito por Iann Martel, a quem jornais de vários países acusaram de ter roubado ideias do romance “Max e os Felinos”, escrito pelo brasileiro Moacyr Scliar, morto ano passado. Publicado em 1981, o livro de Scliar conta a história de Max, garoto alemão que, após um naufrágio, se vê confinado a um pequeno barco com um jaguar. Na introdução de seu livro, Martel reconhece que se inspirou na ideia de Scliar.

Polêmicas à parte, “As Aventuras de Pi” é um dos melhores momentos do cinema do ano de 2012, embora não vá agradar a todos os públicos. Mas, se você pertence ao grupo de corações e mentes abertas, não deixe de conferir esta preciosidade.

Título original: “Life of Pi”




Lançamentos em DVD/Blu-Ray


“O Grande Ditador”


Em meio a Segunda Grande Guerra Mundial, judeus estavam sendo massacrados pelo preconceito alemão. Chaplin, genialmente, interpreta os dois protagonistas desta história: o ditador Adenoid Hynkel e o barbeiro Judeu. Irônico e atrevido como Chaplin, este filme causou a sua expulsão dos EUA, mas criou também uma obra-prima única, que foi indicada a cinco OSCARS e com uma das melhores mensagens antiguerra já transmitidas ao homem. Disco com formato de tela standard e áudio em PCM Stereo 2.0, e, como extras, Filmagens de Chaplin, Rei Rainha Coringa, Charles o Barbeiro, Filmografia de Chaplin e de Paulette Goddard. (T. O.: “The Great Dictator”)


“O Caçador”


O filme é baseado no livro de Julia Leigh, e acompanha Marty (Willen Dafoe), um mercenário enviado da Europa para a Tasmânia por uma empresa de biotecnologia anônima para caçar o último tigre-da-Tasmânia que existe. Ele estabelece a sua base numa casa de campo onde habita uma família cujo pai das crianças desapareceu misteriosamente. Habitualmente um solitário, Martin começa a aproximar-se da família dia após dia. No entanto, à medida que essa ligação cresce, Martin é arrastado para uma série de perigos inesperados que irão complicar a sua missão. O disco traz o filme com formato de tela widescreen e áudio Dolby Digital 5.1.  (T.O.: “The Hunter”).


“Billi Pig”


A aspirante a atriz Marivalda (Grazi Massafera), seu marido Wanderley (Selton Mello), um corretor de seguros falido, e um falso padre fazem de tudo para se dar bem na vida. Quando descobrem que o chefe do tráfico no morro tem uma filha muito doente, prometem que irão salvá-la. Uma grande recompensa em dinheiro está em jogo e agora todos terão que correr atrás do milagre prometido. No meio disto tudo, o porco de brinquedo e de estimação de Marivalda passa a falar com ela, como se fosse um grande conselheiro, advertindo sobre as trapaças e confusões que o marido não para de arranjar. O disco traz o filme com formato de tela widescreen e áudio em DTS-HD MA 5.1. (T.O.: “Billi Pig”).


“Amarga Esperança”

 

Nos anos 30, o jovem Bowie e outros dois comparsas fogem de uma prisão no Mississipi. Bowie sonha em fugir com sua namorada e ter uma vida tranquila. Mas é convencido pelos companheiros a continuar no crime. E a polícia está em seu encalço... Com direção inovadora de Ray, Amarga Esperança é um lírico e melancólico romance noir que serviu de inspiração para Terra de Ninguém, Bonnie e Clyde, entre outros road movies sobre casais em fuga. O disco traz o filme com formato de tela standard e áudio DD  5.1, e, como extras, Filme Um retrato de Nicholas Ray (43 min.), Lembranças de Farley Granger (11 min.), e  Vida e obra de Nicholas Ray. (T.O.: “They Live by Night”).



Film de la semaine: «L'odyssée de Pi»

Bien que d'autres titres importants, l'année 2012 a été fermé avec l'un des films les plus étonnants de ces dernières années, le voyage onirique «L'odyssée de Pi» du realisateur taiwanais Ang Lee, auteur d'ouvrages aussi divers que «Tigre et Dragon» ou «Le Secret de Brokeback Mountain».
Ses caractéristiques personnelles sont extrêmement marcantes dans ses films, ce qui est déjà évident dans les premières minutes de «L'odyssée de Pi», avec les belles et déconcertantes images qui définissent l'identité du narrateur.
L'histoire est racontée par l'adulte Pi (Irrfan Khan), un Indien qui vit dans la partie française du Canada. Il parle avec un écrivain (Rafe Spall) qui vit une crise de créativité, et qu'un ami commun a envoyé, en disant qu'en fin de compte il aurait plus qu'un livre.
La vie de Pi a toujours été extraodrdinaire. Son vrai nom, Piscine Molitor Patel, a été donné en l'honneur d'une piscine française où un ami de la famille avait nagé one fois. Le problème est que le son «piscine» a remété a une gros mot, qui metait l'enfant dans une mauvaise situation à l'école. Sa stratégie consistait à adopter le sobriquet de Pi, et tout savoir sur le fameux numéro irrationnel, en vue de son adoption. 
Comme un enfant, Pi a grandi sur l'influence de la mère (Tabu), une dévote hindoue, contrebalancée par son père (Adil Hussain), un rationaliste terre-à-terre, qui ne croyait pas dans les religions. Inquiet, le garçon a tenté d'autres voies, telles que le christianisme et l'islam. Ce personnel œcuménisme seulement avait de place dans la conservateur Inde parce que il appartenait à une culte maison, et avec parents intelligents.
Le père avait créé un zoo privé dans l'ancienne partie française de l'Inde. Toutefois, avec le départ des Européens et la perte subséquente de soutien du gouvernement local, la solution consistait à vendre les animaux des zoos à l'étranger, et la famille a émigré au Canada.
Pour l'adolescent Pi (Suraj Sharma) a été un choc, non seulement la perte de son monde, mais l'amour naissant pour Anandi (Shravanthi Sainath), une étudiante de danse qu'il a rencontré lors du remplacement d'un professeur de musique.
Ainsi, la famille a embarqué dans un navire cargo en direction de leur nouveau pays. Lors d'une tempête au milieu de l'océan Pacifique, le navire a coulé, et Pi survécu dans un bateau avec quatre étrangers compagnons: une hyène, un orang-outan, une zèbre et un puissant tigre-de-Bengale, dont le nom était Richard Parker.
Essayent il même de survivre, Pi a été temoin de les animaux s'entre-tuer, laissant enfin le Tigre et lui dans un petit bateau. Les jours et les nuits suivantes, Pi cherchait des stratégies pour la survie, en arrivent à le plus fou de tous les concluions: pour lui survivre, le tigre doit être bien nourri.
La journée a été marquée par d'étranges rencontres avec des méduses et des baleines, des requins et des poissons volants, tandis que le jeune cherchait à préserver sa vie et sa santé mentale. La découverte d'une île remplie de suricates et d'eau douce révèle être une piège mortel dont ils sont contraints de fuir.
Quand il a finalement atteintait la côte mexicaine, et a été sauvé, personne ne peut croire à une telle fantaisie d'aventure. Comment pourrait un homme de survivre plusieurs jours en compagnie d'une bête sauvage? Une autre version a été suggéré par Pi, qu'est-ce que pourrait être plus vrai, vivre avec un animal sauvage ou avec la sauvagerie de l'homme lui-même?
«L'odyssée de Pi» n'est pas un film pour une lecture directe, étant essentiellement un travail plein de symbolisme, un mélange intéressant de concepts religieux et de la condition humaine. Peut-être il ya plus de suggestions de questions que de réponses, laissant les spectateurs à les faire eux-mêmes.
Le film est un spectacle visuel et sonore qui doit avoir été bien utilisé dans les vues 3D, depuis de nombreuses scènes exploitent cette impression de profondeur. Comme les autres films de Ang Lee, la bande sonore et les paysages sont superbes, ce qui rend difficile de distinguer ce qui est réel et ce qui a été créé sur l'ordinateur.
«L'odyssée de Pi» est basé sur un livre homonyme écrit par Iann Martel, dont les journaux de plusieurs pays l'accusent d'avoir volé des idées du roman «Max et les felins», écrit par le Brésilien Moacyr Scliar, décédé l'an dernier. Publié en 1981, le livre de Scliar raconte l'histoire de Max, un jeune garçon allemand qui, après un naufrage, se retrouve confiné à un petit bateau avec un jaguar. Dans l'introduction de son livre, Martel reconnaît que l'idée a été inspirée par Scliar.
Polémiques à part, «L'odyssée de Pi» est l'un des meilleurs moments de films de l'année 2012, bien que ne plaira pas à tous les publics. Mais si vous appartenez au groupe des cœurs et des esprits ouverts, ne manquez pas ce petit bijou.
Titre original: «Life of Pi»



Movie of the Week: "Life of Pi"

Although other significant titles, the year 2012 was closed with one of the most amazing movies of recent times, a dreamlike journey "Life of Pi" by Taiwanese director Ang Lee, author of works as diverse as "Crouching Tiger, Hidden Dragon" or "Brokeback Mountain."
His personal characteristics are extremely impressive in his films, which is already evident in the first few minutes of "Life of Pi", with the beautiful and disconcerting images that define the identity of the narrator.
The story is narrated by adult Pi (Irrfan Khan), an Indian who lives in the French part of Canada. He talks with a writer (Rafe Spall) who lives a creative crisis, and that a mutual friend sent, saying that, in the end, he would have more than a book.
The life of Pi was always unusual. His real name, Piscine Molitor Patel, was given in honor of a French swimming pool where a family friend had swum. The problem is that the word "piscine" sounded like a pimp term, which put the kid in a bad situation at school. His strategy was to adopt the nickname Pi, and know everything about the famous irrational number, in order to adopt it. 
As a child, Pi suffered the influence of his mother (Tabu), a devout Hindu, counterbalanced by her father (Adil Hussain), a rationalist down-to-earth, who did not believe in religions. Restless, the boy tried other ways, such as Christianity and Islam. This personal ecumenism only had space in conservative India because he belonged to a cult home, with intelligent parents.
The father had created a private zoo in the former French part of India. However, with the departure of Europeans and subsequent loss of support from local government, the solution was to sell the animals to foreign zoos, and the family emigrated to Canada.
To the adolescent Pi (Suraj Sharma) was a shock, not only by the loss of his world, but the nascent love for Anandi (Shravanthi Sainath), a beautiful dance student that he had met while replacing a music teacher.
Thus, the family boarded a freighter heading to their new country. During a storm in the middle of the Pacific Ocean, the ship sank, and Pi survived in a boat with four strangers companions: a hyena, an orangutan, a zebra, and a powerful Bengal tiger whose name was Richard Parker.
Trying to survive, Pi witnessed the animals kill each other, finally resting him and the tiger in a tiny boat. The days and nights succeeding, Pi searched strategies for survival, reaching the craziest of all conclusions: for him to survive, the tiger must be well fed.
The journey is marked by strange encounters with jellyfishes and whales, sharks and flying fishes, while the young man seeks to preserve his own life and sanity. The finding of an island filled with meerkats and freshwater reveals to be a deadly trap from which they are forced to escape.
When he finally reaches the Mexican coast, and is rescued, no one can believe in such fantasious adventure. How could a human survive many days in the company of a wild beast? Another version is suggested by Pi, but what could be more true, the coexistence with a wild animal or the savagery of man itself?
"Life of Pi" is not a movie for a direct reading, being more a work full of symbolism, an interesting mix of religious concepts and the human condition. Maybe there are more suggestions of questions than answers, leaving the viewer to make their owns.
The film is a visual and sonore spectacle that must have been well used in 3D views, since many scenes exploited this sense of depth. Like the other films of Ang Lee, the soundtrack and the landscapes are stunning, making it difficult to distinguish what was real and what was created on computer.
"Life of Pi" is based on an homonymous book written by Iann Martel, whom newspapers in several countries accused of stealing ideas from the novel "Max and the felines" written by Brazilian Moacyr Scliar, who died last year. Published in 1981, Scliar's book tells the story of Max, a German boy who, after a shipwreck, finds himself confined to a small boat with a jaguar. In the introduction to his book, Martel acknowledges that was inspired by Scliar idea .
Controversies aside, "Life of Pi" is one of the best movie moments of the year 2012, but will not please all audiences. But if you belong to the group of open hearts and minds, do not miss this jewel.
Original Title: "Life of Pi"



Película de la Semana: "Una Aventura Extraordinaria"

Aunque otros títulos importantes, el año 2012 se cerró con una de las películas más espectaculares de los últimos tiempos, un viaje de ensueño "Una Aventura Extraordinaria", del director taiwanés Ang Lee, autor de obras tan diversas como "El Tigre y el Dragón" o "Secreto en la Montaña".
Sus características personales son muy marcantes en sus películas, que ya es evidente en los primeros minutos de "Una Aventura Extraordinaria", con las bellas y desconcertantes imágenes que definen la identidad del narrador.
La historia es narrada por un Pi adulto (Irrfan Khan), un hindú que vive en la parte francesa de Canadá. Él habla con un escritor (Rafe Spall), que vive una crisis creativa, y que un amigo mutuo ha enviado, diciendo que, al final, él iría a tener más que un libro.
La vida de Pi fue siempre excepcional. Su nombre real, Piscine Molitor Patel, fue dado en homenaje a una piscina francesa, donde un amigo de la familia había nadado. El problema es que el sonido "piscine" hacía referencia a una palabra obscena, que ponía al niño en una situación mala en la escuela. Su estrategia consistió en adoptar el apodo de Pi, y saber todo sobre el famoso número irracional, con el fin de adoptarlo. 
Cuando era niño, Pi sufrió la influencia de su madre (Tabu), una devota hindú, contrapesada por su padre (Adil Hussain), un racionalista con los pies en la tierra, que no creía en las religiones. Inquieto, el muchacho intentó otras vías, como el cristianismo y el Islam. Este ecumenismo personal sólo había espacio en la conservadora India, por pertenecer a un hogar culto, y con padres inteligentes.
El padre había creado un zoológico privado en la antigua parte francesa de la India. Sin embargo, con la salida de los europeos y la consiguiente pérdida de apoyo del gobierno local, la solución ha sido vender los animales para zoológicos en el extranjero, y la familia emigrar a Canadá.
Para el adolescente Pi (Suraj Sharma) fue un choque, no sólo la pérdida de su mundo, pero el amor naciente por Anandi (Shravanthi Sainath), una hermosa estudiante de la danza, que él conoció al sustituir un profesor de música.
Así, la familia embarcó en un carguero rumbo a su nuevo país. Durante una tormenta en el medio del Océano Pacífico, el barco se hundió, y Pi sobrevivió en un bote con cuatro extraños compañeros: una hiena, un orangután, una cebra y un potente tigre de Bengala, que se llamaba Richard Parker.
Tratando de sobrevivir, Pi ha sido testigo de los animales se mataren entre sí, dejando a él y al Tigre, en un pequeño bote. Los días y las noches siguientes, Pi buscó estrategias para la supervivencia, alcanzando la más loca de todas las conclusiones: para él sobrevivir, el tigre tiene que estar bien alimentado.
El viaje ha sido marcado por encuentros extraños con medusas y ballenas, tiburones y peces voladores, mientras que el joven busca preservar su vida y su sanidad. El hallazgo de una isla llena de suricatos y el agua dulce revela ser una trampa mortal de la que se ven obligados a escapar.
Cuando, por fin, él llega a la costa mexicana, y es rescatado, nadie puede creer en semejante aventura fantástica. ¿Cómo puede un ser humano sobrevivir varios días en compañía de un animal salvaje? Otra versión es sugerida por Pi, pero ¿qué podía ser más verdadero, vivir con un animal salvaje o con el salvajismo del hombre?
"Una Aventura Extraordinaria" no es una película para la lectura directa, siendo en gran medida una obra llena de simbolismo, una interesante mezcla de conceptos religiosos y de la condición humana. Tal vez haya más preguntas que respuestas, para dejar al espectador a tomar sus propias.
La película es un espectáculo visual y auditivo que debe haber sido bien utilizado en las vistas 3D, ya que muchas escenas aprovechan esta sensación de profundidad. Al igual que las otras películas de Ang Lee, la banda sonora y los paisajes son impresionantes, lo que hace difícil distinguir lo que es real y lo que se ha creado en el ordenador.
"Una Aventura Extraordinaria" se basa en un libro del mismo nombre escrito por Iann Martel, a quien los periódicos en varios países han acusado ​​de robar las ideas de la novela "Max y los felinos", escrito por el brasileño Moacyr Scliar, que murió el año pasado. Publicado en 1981, el libro de Scliar cuenta la historia de Max, un niño alemán que, tras un naufragio, se encuentra confinado en una pequeña embarcación con un jaguar. En la introducción de su libro, Martel reconoce que ha sido inspirada en la idea de Scliar.
Controversias aparte, "Una Aventura Extraordinaria" es uno de los mejores momentos de las películas del año de 2012, pero no será de interés para todos los públicos. Sin embargo, si usted pertenece al grupo de los corazones y mentes abiertas, no te pierdas esta joya.
Título original: "Life of Pi"


quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Coluna Claquete – 21 de dezembro de 2012


Newton Ramalho

 

colunaclaquete@gmail.comwww.colunaclaquete.blogspot.com  - @colunaclaquete

 

O que está em cartaz

Caro leitor, se estiver lendo estas linhas, é sinal que o mundo não acabou – embora, tecnicamente, o dia 21 vá até meia-noite... Bem, sejamos otimistas, pois estreiam neste final de semana a “As Aventuras de Pi”, de Ang Lee, e o drama “O Impossível”, com Naomi Watts e Ewan McGregor. Continuam em cartaz a fantasia “O Hobbit: Uma Jornada Inesperada” (vejam na Sessão Filme da Semana), de Peter Jackson, em uma nova saga na Terra Média, a animação “A Origem dos Guardiões”, a comédia nacional “Os Penetras”, e “Saga Crepúsculo: Amanhecer – Parte 2”. Nas programações exclusivas, o Cinemark exibe “Cosmópolis”, de David Cronenberg, na Sessão Cine Cult, enquanto o Moviecom mantém “Quatro Amigas e um Casamento”. No mais, um Feliz Natal a todos os meus queridos leitores!

 

Estreia 1: “As Aventuras de Pi


Pi Patel (Suraj Sharma) é filho do dono de um zoológico localizado em Pondicherry, na Índia. Após anos cuidando do negócio, a família decide vender o empreendimento devido à retirada do incentivo dado pela prefeitura local. A ideia é se mudar para o Canadá, onde poderiam vender os animais para reiniciar a vida. Entretanto, o cargueiro onde todos viajam acaba naufragando devido a uma terrível tempestade. Pi consegue sobreviver em um bote salva-vidas, mas precisa dividir o pouco espaço disponível com uma zebra, um orangotango, uma hiena e um tigre de bengala chamado Richard Parker. Yann Martel, autor do livro o qual o filme é baseado, declarou que teve como inspiração o livro "Max e os Felinos", do escritor brasileiro Moacyr Scliar, que trazia a história de um refugiado judeu que deixava a Alemanha e cruzava o oceano Atlântico em um bote, juntamente com um jaguar. A direção é de Ang Lee. “As Aventuras de Pi” estreia nesta sexta-feira, nas Salas 2 e 5 do Cinemark, e na Sala 4 do Moviecom. Classificação indicativa dez anos. Cópias dubladas, legendadas, 2D e 3D. (T. O.: “Life of Pi”)

Estreia 2: “O Impossível


O casal Maria (Naomi Watts) e Henry (Ewan McGregor) está aproveitando as férias de inverno na Tailândia junto com os três filhos pequenos. Mas na manhã de 26 de dezembro de 2004, enquanto curtiam aquele paraíso após uma linda noite de Natal, um tsunami de proporções devastadoras atinge o local, arrastando tudo o que encontra pela frente. Separados em dois grupos, a mãe e o filho mais velho vão enfrentar situações desesperadoras para se manterem vivos, enquanto em algum outro lugar, o pai e as duas crianças menores não têm a menor ideia se os outros dois estão vivos. É quando eles começam a viver uma trágica lição de vida, movidos pela esperança do reencontro e misturando os mais diversos sentimentos. A direção é de Juan Antonio Bayona. “O Impossível” estreia nesta sexta-feira, na Sala 1 do Cinemark, e na Sala 7 do Moviecom. Classificação indicativa dez anos. (T. O.: “The Impossible”)


Filme da Semana: “O Hobbit: Uma Jornada Inesperada”

Não é preciso muito esforço para acreditar que quando John Ronald Reuel Tolkien rabiscou as primeiras linhas sobre um mundo habitado por anões, elfos, dragões, e outros seres fantásticos, ele mesmo jamais imaginaria que o fruto de sua imaginação se transformaria em um fenômeno mundial, explorado com o melhor da tecnologia do cinema, na forma do filme “O Hobbit: Uma Jornada Inesperada”, do diretor neozelandês Peter Jackson.
Filólogo e professor universitário de inglês e literatura inglesa, Tolkien é considerado um dos maiores especialistas em anglo-saxão de sua época, ensinando na renomada universidade de Oxford. Mas, a fama veio através dos livros que escreveu, sendo a sua obra mais conhecida “O Senhor dos Anéis”, que chegou aos cinemas em uma trilogia, também dirigida por Peter Jackson.
Apesar dessa fama toda, a primeira obra de Tolkien sobre o mundo mágico da Terra Média foi exatamente “O Hobbit”, que apesar de ter sido idealizado no final dos anos 20, só foi publicado pela primeira vez em 1937. “O Senhor dos Anéis”, uma continuação encomendada pela editora, chegou aos leitores muito tempo depois, em 1954.
Bilbo Bolseiro (Martin Freeman) é um hobbit respeitável e conservador. Como a maioria dos hobbits, Bilbo adora a tranqüilidade de sua casa, ama uma boa comida, participa de festas dos vizinhos e amigos, e é totalmente avesso a viagens e aventuras.
Um dia, ele recebe a visita de Gandalf (Ian McKellen), um dos cinco grandes feiticeiros humanos. Mais conhecido como Gandalf, o Cinzento, o feiticeiro apresenta Bilbo a uma companhia de treze anões (Bofur, Ori, Kili, Fili, Dwalin, Oin, Bombur, Dori, Gloin, Balin, Nori, Bifur e, Thorin, Escudo-de-Carvalho), que tem como meta recuperar o seu reino subterrâneo, invadido pelo poderoso dragão Smaug.
O grupo é liderado pelo bravo e orgulhoso Thorin (Richard Armitage), herdeiro do destruído reino da Montanha Solitária. Smaug é um dragão que há muito tempo saqueou o reino dos anões do avô de Thorin e que desde então dorme sobre o vasto tesouro.
A trama envolve outros personagens como elfos guerreiros, trolls comedores de gente, gigantes atiradores-de-pedra; os sanguinários orcs habitantes de cavernas, águias imensas e heróicas, lobos malignos, ou "wargs", que são aliados dos orcs.
Em sua jornada em direção à Montanha Solitária o grupo enfrenta inúmeras situações de perigo, mas também precisa pedir ajuda ao poderoso Elrond (Hugo Weaving), o Sábio. Bilbo conhece Gollum, uma estranha criatura que habita um lago subterrâneo, de quem ele rouba um anel que se revelará extremamente poderoso.
A história original foi dividida em três partes, de modo que o filme atual explora com muitos detalhes o início da jornada. Enquanto que em “O Senhor dos Anéis” foi preciso condensar muita coisa, gerando até uma versão estendida, aqui o problema foi o inverso.
Alguns fãs recearam que por conta disso o ritmo ficasse muito arrastado, já que seria preciso “encher lingüiça”, como se diz popularmente. Na verdade, isso talvez seja sentido por quem leu o livro. Para quem se depara com a história pela primeira vez, é notável como as quase três horas do filme passam rápido. Isso permitiu até a rápida aparição dos personagens Galadriel (Cate Blanchett) e Saruman (Christopher Lee).
Se na trilogia anterior os efeitos especiais eram impressionantes, no filme atual eles estão onipresentes, com muito mais detalhes, inclusive no tratamento dos atores, em especial dos anões, que tem que ficar em uma escala reduzida quando estão ao lado do humano Gandalf ou dos elfos.
O trabalho de Andy Serkis, recriando o Gollum, novamente foi impecável, embora poucas pessoas tenham idéia de como ele é na realidade, já que a imagem do hobbit deformado é toda construída no computador, a partir dos movimentos do ator.
A filmagem foi feita em câmeras 3D, o que se traduz em efeitos tridimensionais mais naturais, quando exibido em uma destas salas. “O Hobbit: Uma Jornada Inesperada” trouxe uma novidade para as salas de cinema, que foi a filmagem em HFR, ou High Frequency Rate.
Desde a introdução do cinema falado, padronizou-se que as filmagens e projeções seriam em 24 quadros por segundo, que além de dar a ilusão de movimento, permitiria a execução da trilha sonora que vinha gravada na fita.
O HFR significa a filmagem em 48 quadros por segundo, o dobro do que estamos habituados, e que serviria para transmitir uma melhor sensação de continuidade, evitando aquelas “paradinhas” que percebemos, principalmente em movimentações panorâmicas.
“O Hobbit: Uma Jornada Inesperada” é um filme interessante e divertido, que agradará toda a família, embora algumas cenas possam assustar as crianças menores. É mais uma oportunidade para reviver o universo mágico de Tolkien, com toda a magia que o mundo do cinema pode proporcionar.
T. O.: “The Hobbit: An Unexpected Journey”



Lançamentos em DVD/Blu-Ray

“Sombras da Noite”

Fruto da imaginação maravilhosamente deformada de Tim Burton, chega até você a história de Barnabas Collins (Johnny Depp), um impetuoso aristocrata que é transformado em vampiro por uma amante rejeitada e confinado em uma sepultura por dois séculos. Emergindo do seu caixão para o mundo em 1972, ele retorna para o que um dia foi seu majestoso lar, somente para encontrar os disfuncionais descendentes da família Collins que ainda restam. Determinado a devolver o bom nome da família à glória perdida, Barnabas é frustrado em cada uma de suas ações por sua antiga amante - a sedutora bruxa Angelique (Eva Green) Disco com formato de tela widescreen e áudio em 7.1 DTS-HD MA, e, como extras, Maximum Movie: Por trás das câmeras, e Cenas Deletadas. (T. O.: “Dark Shadows”)

“W. E. – O Romance do Século”

Anos 30. O Duque de Windsor, Eduardo VIII (James d'Arcy), é o primeiro na lista de sucessão da coroa britânica. Ele conhece e se apaixona por Wallis Simpson (Andrea Riseborough), uma americana casada. Quando Eduardo assume o trono passa a sofrer pressão para que não se case com Wallis, devido ao fato dela não ser inglesa e ter dois divórcios no currículo. Para ficar com seu grande amor, ele renuncia ao trono, que passa a ser ocupado por seu irmão Bertie (Laurence Fox). Em 1998, Wally Winthrop (Abbie Cornish) é obcecada pela história de amor entre Eduardo e Wallis. Ela trabalha na preparação de um grande leilão de objetos do casal e costuma fantasiar como seria a vida deles. Entretanto, na vida real Wally enfrenta vários problemas no casamento com William (Richard Coyle). O disco traz o filme com formato de tela widescreen e áudio Dolby Digital 5.1.  (T.O.: “W. E.”).

“A Bela da Tarde”

Esta é a história de Séverine (Catherine Deneuve), jovem, rica, casada com um cirurgião de sucesso e infeliz, que procura um discreto bordel para realizar suas fantasias sexuais e conseguir o prazer que seu marido não consegue lhe dar. Curiosa, Séverine termina acostumando-se a uma vida dupla. Até o aparecimento de Marcel, um delinquente que se enamora da mulher, e complica a cômoda situação da protagonista. O mais popular e também o mais belo filme do mestre do surrealismo Luis Buñuel. O disco traz o filme com formato de tela widescreen e áudio em DTS-HD MA 5.1, e, como extras, Trailer de cinema, Trailer Original, Biografias, Slide Show, Posters Originais, e Lançamentos. (T.O.: “La Belle de Jour”).

“Delírio de Loucura”
 
O Professor Ed Avery (James Mason) descobre que tem poucos meses de vida, pois é vitima de uma doença séria que lhe causa muita dor e inflamação nas artérias. No hospital, resolve se submeter a um tratamento experimental, tomando doses crescentes de cortisona. A sua súbita melhora o traz de volta á sua casa, onde a vida com a esposa Lou (Barbara Rush) e seu filho Ritchie (Christopher Olsen) parece estar perfeita. Embora sua recuperação seja extraordinária, ele passa a abusar na dose do remédio e começa a ter reações imprevisíveis, transformando-se numa violenta ameaça para sua família. O disco traz o filme com formato de tela widescreen anamórfico e áudio DD  2.0, e, como extras, Cartaz Original, Curiosidades, Sinopse, e Clipe. (T.O.: “Bigger Than Life”).


 Film de la semaine: «The Hobbit: Un Voyage Inattendu»

Il prend peu d'effort à croire que lorsque John Ronald Reuel Tolkien griffonna les premières lignes d'un monde habité par des nains, des elfes, des dragons et autres êtres fantastiques, il n'avait jamais imaginé que le fruit de son imagination allait devenir un phénomène mondial, exploré avec le meilleur de la technologie du cinéma, sous la forme du film «Le Hobbit: Un Voyage Inattendu» par le réalisateur nouvelle-zélande Peter Jackson.
Philologue et professeur d'anglais et de littérature anglaise, Tolkien est considéré comme un expert de premier plan d'anglo-saxon de son temps, en enseignent à la prestigieuse université d'Oxford. Mais la gloire est venu à travers les livres qu'il a écrits, et son œuvre la plus célèbre: «Le Seigneur des Anneaux», qui a sorti en salles comme une trilogie, également réalisé par Peter Jackson.
Malgré tout cela, la première œuvre de Tolkien sur le monde magique de la Terre du Milieu a été tout simplement «Le Hobbit», qui bien qu'il ait été conçu dans la fin des années 20, seulement a été publié en 1937. «Le Seigneur des Anneaux», une suite à la demande de l'éditeur, venu à les lecteurs beaucoup plus tard, en 1954.
Bilbo Baggins (Martin Freeman) est un hobbit respectable et conservateur. Comme la plupart des hobbits, Bilbo aime la tranquillité de sa maison, aime la bonne cuisine, assiste aux célébrations de voisins et d'amis, et il est totalement opposé à l'aventure et les voyages.
Un jour, il reçoit la visite de Gandalf (Ian McKellen), l'un des cinq plus grands sorciers humains. Plus connu sous le nom de Gandalf le Gris, le sorcier présente Bilbo à une société de treize nains (Bofur, Ori, Kili, Fili, Dwalin, Oin, Bombur, Dori, Gloin, Balin, Nori, Bifur, et Thorin, Bouclier-en-Chêne), qui vise à récupérer son royaume souterrain, envahie par le puissant dragon Smaug.
Le groupe est dirigé par le courageux et fier Thorin (Richard Armitage), héritier du détruit royaume de la Montagne Solitaire. Smaug est un dragon qui depuis longtemps pillé le royaume nain du grand-père de Thorin et dort sur le vaste trésor.
La trame implique d'autres personnages comme les elfes guerriers, trolls mangeur d'hommes, géants qui jettent de pierres, les orcs sanguinaires vivants dans des grottes, des aigles immenses et héroïques, des loups maléfiques, ou «wargs», qui sont les alliés des orcs.
Lors de son voyage vers la Montagne Solitaire, le groupe fait face à de nombreuses situations dangereuses, mais doit demander l'aide du sage elf Elrond (Hugo Weaving), et Gollum, une créature étrange qui habite dans un lac souterrain, de qui Bilbo vole un anneau qui se révélera extrêmement puissant.
L'histoire originale a été divisé en trois parties, de sorte que le film en cours explore en détail le début du voyage. Alors que dans «Le Seigneur des Anneaux» a dû condenser beaucoup, générant jusqu'à une version étendue, le problème ici est l'inverse.
Certains fans craignaient que de ce fait le rythme s'est trop étiré, car il serait nécessaire de «pipeauter», comme disent les gens. En fait, c'est peut-être ressenti par ceux qui ont lu le livre. Pour tous ceux qui connaissent l'histoire pour la première fois, il est remarquable de voir comment les presque trois heures du film passent très vite. Cela a permis à même la brève apparition de les caractères Galadriel (Cate Blanchett) et Saroumane (Christopher Lee).
Si les effets spéciaux de la trilogie antérieur ont été impressionnants, dans le film en cours, ils sont omniprésents, avec plus de détails, y compris le traitement des acteurs, en particulier les nains, qui doivent rester à une échelle réduite quand ils sont à côté de Gandalf ou des elfes.
Le travail d'Andy Serkis, recréant Gollum à nouveau, était impeccable, bien que peu de gens n'ont aucune idée de la façon dont il est, en réalité, car l'image du hobbit déformée est le tout édifié sur l'ordinateur, à partir des mouvements de l'acteur.
Le tournage a été effectué dans les caméras 3D, ce qui se traduit par une plus naturels des effets tridimensionnels, lorsqu'ils sont vus dans une de ces chambres. «Le Hobbit: Un voyage inattendu» apporté quelque chose de nouveau dans le cinéma, qui a été de tournage HFR, ou High Frequency Rate (taux de fréquence élevée).
Depuis l'introduction du film parlant, a été standardisé ue les tournage et projections seraient à 24 images par seconde, ce qui en plus de donner l'illusion du mouvement, permettent l'exécution de la bande-sonore qui a été enregistré sur la bande.
Le HFR signifie tourner à 48 images par seconde, le double de ce que nous sommes habitués, et qui servent à véhiculer une meilleure idée de la continuité, en évitant ceux «interruptions» nous nous rendons compte, en particulier dans les tournages panoramiques.
«Le Hobbit: Un voyage inattendu» est un film intéressant et divertissant qui intéressera à toute la famille, même si certaines scènes peuvent effrayer les enfants plus jeunes. C'est l'occasion de revivre la magie du univers de Tolkien, avec toute la magie que le monde du cinéma peut fournir.
T. O.: «The Hobbit: An Unexpected Journey»

Movie of the Week: "The Hobbit: An Unexpected Journey"

It takes little effort to believe that when John Ronald Reuel Tolkien scribbled the first lines of a world inhabited by dwarves, elves, dragons, and other fantastic beings, he never imagined that the fruit of his imagination would become a worldwide phenomenon, explored with the best of cinema technology, in the form of the film "The Hobbit: An Unexpected Journey" by New Zealander director Peter Jackson.
Philologist and professor of English and English literature, Tolkien is considered a leading expert in Anglo-Saxon at his time, teaching at the prestigious Oxford University. But fame came through the books he wrote, and his most famous work was "The Lord of the Rings", which hit theaters in a trilogy, also directed by Peter Jackson.
Despite all this fame, the first work of Tolkien's magical world of Middle Earth was "The Hobbit", which despite having been designed in the late 20s, was only first published in 1937. "The Lord of the Rings", a continuation commissioned by the publisher, came much later, in 1954.
Bilbo Baggins (Martin Freeman) is a respectable, conservative hobbit. Like most hobbits, Bilbo loves the tranquility of his home, loves good food, attends celebrations of neighbors and friends, and is totally averse to travel and adventure.
One day he is visited by Gandalf (Ian McKellen), one of the five major human sorcerers. Better known as Gandalf the Grey, the wizard presents Bilbo to a company of thirteen dwarves (Bofur, Ori, Kili, Fili, Dwalin, Oin, Bombur, Dori, Gloin, Balin, Nori, Bifur, and Thorin Oakenshield), which aims to recover their underground kingdom, invaded by the mighty dragon Smaug.
The group is led by the brave and proud Thorin (Richard Armitage), heir to the kingdom destroyed at the Lonely Mountain. Smaug is a dragon who long ago pillaged the dwarven kingdom of Thorin's grandfather and since then sleeps in the vast treasure.
The plot involves other characters like elves warriors, man-eating trolls, stone-throwers giants, bloodthirsty orcs living in caves, immense and heroic eagles, and evil wolves, "wargs", who are allies of the orcs.
On his journey towards the Lonely Mountain the group faces numerous dangerous situations, and they must seek the help of the powerful Elrond (Hugo Weaving), the Wise, and Gollum, a strange creature inhabiting an underground lake, from whom Bilbo steals a ring which will prove being extremely powerful.
The original story was divided into three parts, so that the current movie explores in great detail the beginning of the journey. While in "The Lord of the Rings" there was necessity of condensing a lot, generating up to an extended version, the problem here was the inverse.
Some fans feared that because of this the pace got too drawn out, so it would be necessary "padding out", as the people says. Actually, that might be felt by those who read the book. For anyone who stumbles upon the story for the first time, it is remarkable how the film with almost three hours pass quickly. This allowed even the brief appearance of the characters Galadriel (Cate Blanchett) and Saruman (Christopher Lee).
If in the previous trilogy special effects were impressive, in the current movie they are ubiquitous, with more details, including the treatment of the actors, especially the dwarfs, who have to stay on a reduced scale when they are next to Gandalf or the elves.
The work of Andy Serkis, recreating Gollum again, was flawless, though few people have no idea how he looks in reality, since the image of the deformed hobbit is all built on the computer, from the movements of the actor.
The filming was done in 3D cameras, which translates into more natural three-dimensional effects, when viewed in one of these rooms. "The Hobbit: An Unexpected Journey" brought something new to the cinema, which was filming in HFR, or High Frequency Rate.
Since the introduction of talkies, it was standardized that filming and projections would be at 24 frames per second, which gives the illusion of movement, and allow the execution of the soundtrack that is recorded on the tape.
HFR means shooting at 48 frames per second, twice what we are used, and which serve to convey a better sense of continuity, avoiding those "stops" we realize, especially in panoramic drives.
"The Hobbit: An Unexpected Journey" is an interesting and entertaining film that will please the whole family, although some scenes may frighten younger children. It's an opportunity to relive the magic of Tolkien's universe, with all the magic that the world of cinema can provide.
T.O.: "The Hobbit: An Unexpected Journey"



Película de la Semana: "El Hobbit: Un viaje inesperado"

Se necesita poco esfuerzo para creer que cuando John Ronald Reuel Tolkien escribió las primeras líneas de un mundo habitado por enanos, elfos, dragones y otros seres fantásticos, él no ha pensado que el fruto de su imaginación se convirtiría en un fenómeno mundial, explorado con lo mejor de la tecnología cinematográfica, en la forma de la película "El Hobbit: Un Viaje Inesperado", del director de Nueva Zelandia, Peter Jackson.
Filólogo y profesor de Inglés y la literatura Inglesa, Tolkien era considerado un experto en anglosajón en su tiempo, y la enseñava en la prestigiosa Universidad de Oxford. Pero la fama llegó a través de los libros que escribió, y su obra más famosa, "El Señor de los Anillos", que llegó a los cines en una trilogía, también dirigida por Peter Jackson.
A pesar de toda esta fama, la primera obra del mágico mundo de Tolkien de la Tierra Media ha sido simplemente "El Hobbit", que a pesar de haber sido diseñado en los 20s, fue sólo publicado por primera vez en 1937. "El Señor de los Anillos", una continuación encargada por el editor, llegó a los lectores mucho más tarde, en 1954.
Bilbo Baggins (Martin Freeman) es un respetable y conservador hobbit. Al igual que la mayoría de los hobbits, a Bilbo le encantaba la tranquilidad de su casa, la buena comida, asistir a fiestas de amigos y vecinos, y era totalmente contrario a los viajes y la aventura.
Un día él recibe la visita de Gandalf (Ian McKellen), uno de los cinco hechiceros humanos más importantes. Más conocido como Gandalf el Gris, el hechicero presenta Bilbo a una compañía de trece enanos (Bofur, Ori, Kili, Fili, Dwalin, Oin, Bombur, Dori, Glóin, Balin, Nori, Bifur, y Thorin, Escudo-de-Roble), que pretende recuperar su reino subterráneo, invadido por el poderoso dragón Smaug.
El grupo está liderado por el valiente y orgulloso Thorin (Richard Armitage), heredero del reino destruido en la Montaña Solitaria. Smaug es un dragón que hace tiempo saqueó el reino enano de abuelo de Thorin y ahora duerme en el vasto tesoro.
La trama incluye a otros personajes como elfos guerreros, trolls devoradores de hombres, gigantes que lanzan piedras, orcos sedientos de sangre que viven en las cuevas, águilas enormes, lobos malvados, "wargs", que son aliados de los orcos.
En su viaje hacia la Montaña Solitaria el grupo enfrenta a numerosas situaciones de peligro, sino que debe buscar la ayuda del sabio Elrond (Hugo Weaving). Bilbo encuentra Gollum, una extraña criatura que habita un lago subterráneo, de quien roba un anillo que le será muy poderoso.
La historia original se dividió en tres partes, de manera que la película actual explora con gran detalle el inicio del viaje. Mientras que en "El Señor de los Anillos" tuvieron que condensar mucho, generando hasta una versión extendida, el problema aquí fue a la inversa.
Algunos fans temían que debido a esto ritmo demasiado lento, sería necesario "sanatear", como dicen las personas. En realidad, eso podría ser sentido por aquellos que leyeron el libro. Para cualquier persona que se encuentra con la historia por primera vez, es notable cómo la película de casi tres horas pasa rápidamente. Esto permitió incluso la breve aparición de los caracteres Galadriel (Cate Blanchett) y Saruman (Christopher Lee).
Si los efectos especiales de la trilogía anterior fueron impresionantes, en la película actual ellos están en todas partes, con más detalles, incluyendo el tratamiento de los actores, especialmente los enanos, que tienen que permanecer en una escala reducida cuando se encuentran al lado de Gandalf o los elfos.
La actuacion de Andy Serkis, recreando el Gollum de nuevo ha sido impecable, aunque pocas personas tengan idea de cómo él es en realidad, ya que la imagen de lo deformada hobbit es toda construida en el ordenador, a partir de los movimientos del actor.
El rodaje se realizó en cámaras 3D, lo que se traduce en efectos tridimensionales más naturales, cuando se ve la pelicula en una de estos cines. "El Hobbit: Un Viaje Inesperado" ha traído algo nuevo al cine, que es la filmage en HFR (High Frequency Rate), o Tasa de Alta Frecuencia.
Desde la introducción del cine sonoro, que fue estandarizado que las filmages y las proyecciones serían a 24 cuadros por segundo, lo que además de dar la ilusión de movimiento, permiten la ejecución de la banda de sonido que ha sido grabado en la cinta.
El HFR significa filmar a 48 fotogramas por segundo, el doble de lo que estamos acostumbrados, y que sirven para dar una mayor sensación de continuidad, evitando las "interrupciones" que nos damos cuenta, sobre todo en los desplazamientos panorámicos.
"El Hobbit: Un Viaje Inesperado" es una película interesante y entretenida que complacerá a toda la familia, aunque algunas escenas puedan asustar a los niños más pequeños. Es una oportunidad para volver a vivir universo mágico de Tolkien, con toda la magia que el mundo del cine puede ofrecer.
T.O.: "El Hobbit: Un viaje inesperado"