sexta-feira, 29 de abril de 2011

Coluna Claquete – 29 de abril de 2011

 

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O que está em cartaz


 Depois de uma overdose de feriados, onde até a Claquete ficou de folga, ainda bem que o primeiro de maio vai cair num domingo... Enquanto isso, nos cinemas, as estreias do final de semana são a aventura “Thor”, o drama “Agua Para Elefantes”, com Robert Pattinson e Reese Whiterspoon, e “Biutiful”, com Javier Barden, na Sessão Cine Cult do Cinemark. Continuam em cartaz a ficção-científica “Eu Sou o Número Quatro”, da Disney, o terror “Pânico 4”, e o infantil “HOP – Rebelde Sem Páscoa”. Nas programações exclusivas, o Cinemark exibe o terror “Sobrenatural”, enquanto o Moviecom mantém a ótima fantasia “A Garota da Capa Vermelha” (vejam na Sessão Filme da Semana), com Amanda Seyfried,.

Estreia 1: “Thor”

Após se desentender com Odin (Anthony Hopkins), Thor (Chris Hemsworth) é enviado para a Terra. Desmemoriado, ele leva uma vida como se fosse um homem comum. Logo ele conhece Jane Foster (Natalie Portman), por quem se apaixona. Só que a morte de Odin faz com que o reino de Asgard fique nas mãos de Loki (Tom Hiddleston), o irmão de Thor. Querendo eliminar o irmão, uma ameaça constante ao seu poder, Loki elabora um plano para atacá-lo na Terra. Baseado no deus Thor da mitologia nórdica, ele foi criado por Stan Lee, Larry Lieber e Jack Kirby, e sua primeira aparição foi na revista Journey into Mystery #83, em 1962. A direção é de Kenneth Branagh. “Thor” estreia nesta sexta-feira, nas Salas 4 e 6 do Moviecom, e nas Salas 1 e 2 do Cinemark. Classificação indicativa dez anos. Cópias em 2D e 3D, dubladas e legendadas.

 

Estreia 2: “Água Para Elefantes”

 Baseado no aclamado best-seller, Waters For Elephants, apresenta um inesperado romance, em um local único e irresistível. Durante a Grande Depressão, o estudante de medicina veterinária Jacob (Robert Pattinson), conhece e se apaixona por Marlena (Reese Whiterspoon), uma estrela em um circo de uma época passada. Eles se descobrem no meio da beleza do mundo da lona, e se unem através de sua compaixão por um elefante especial. Contra todas as probabilidades – incluindo a ira de August (Christoph Waltz), o marido carismático e perigoso da moça, Jacob e Marlena encontram o amor para toda a vida. A direção é de Francis Lawrence. “Água Para Elefantes” estreia nesta sexta-feira, na Sala 7 do Moviecom, e na Sala 5 do Cinemark. Classificação indicativa 12 anos.

Sessão Cine Cult: “Biutiful”

 Catalunha. Uxbal (Javier Bardem) coordena vários negócios ilícitos, que incluem a venda de produtos nas ruas da cidade e a negociação do trabalho de um grupo de chineses, cujo custo é bem menor por não serem legalizados e viverem em condições precárias. Além disto, ele possui o dom de falar com os mortos e usa esta habilidade para cobrar das pessoas que desejam saber mais sobre seus entes que partiram há pouco tempo. Uxbal precisa conciliar sua agitada vida com o papel de pai de dois filhos, já que a mãe deles, Marambra (Maricel Álvarez), é instável. Até que, após sentir fortes dores por semanas, ele resolve ir ao hospital. Lá descobre que está com câncer e que tem poucos meses de vida. A direção é de Alejandro Gonzalez-Inarritu. “Biutiful” estréia nesta sexta-feira, na Sala 5 do Cinemark, na sessão de 14h. Classificação indicativa 16 anos.


Filme da Semana: “A Garota da Capa Vermelha”

Quando Charles Perrault escreveu, entre outros, o conto da Chapeuzinho Vermelho, no final do Século 17, não poderia imaginar que sua aterrorizante e moralista história ganharia inúmeras versões, bem mais suaves, e chegaria até nós em uma nova roupagem, como é mostrada no filme “A Garota da Capa Verrmelha”, que estreou em Natal na semana passada.
O conceito da Chapeuzinho Vermelho já havia passado pelos cinemas, na hermética visão de Neil Jordan, em “Companhia dos Lobos”, de 1984, e também na divertida animação “Deu a Louca na Chapeuzinho”, de 2005, ambos fugindo tanto da versão tradicional de Perrault, quanto das versões suavizadas de Hans Christian Andersen e dos Irmãos Grimm. Existem 63 referências no site IMDB de filmes sobre a famosa personagem.
O filme atual, dirigido por Catherine Hardwicke, manteve frouxamente os principais elementos do conto de fadas, e acrescentou um novo elemento sobrenatural à história, turbinando o lobo na figura do lobisomem.
Em uma pequena aldeia na floresta, provavelmente em algum lugar da Europa, uma pequena comunidade vive em seu pequeno universo, totalmente isolado do resto do mundo.
É neste mundinho que vive Valerie (Amanda Seyfried), uma jovem alegre e aventureira, que adora desafiar as regras de sua pequena sociedade. Valerie, desde criança, gosta de Peter (Shiloh Fernandez), que sempre foi o seu companheiro de traquinagens.
Mas, a alegria de Valerie se desfaz, quando ela descobre que seus pais combinaram o seu casamento com Henry (Max Irons), o filho do ferreiro, cuja família mantém um status social mais elevado dentro da aldeia.
Se essa notícia já era ruim, a situação fica ainda pior quando a moça descobre que sua irmã mais velha foi assassinada pelo Lobo, um ser monstruoso que ronda a aldeia na época de lua cheia, e cuja sanha sempre fora aplacada com a oferta de animais dos aldeões.
Atendendo a um pedido do padre local, a aldeia recebe a pomposa visita de um religioso, o padre (?) Solomon (Gary Oldman), que se tornou um caçador de lobisomens, após a sua mulher ter sido morta por um deles. Solomon revela que o monstro não é um lobo comum, mas, um humano, um vizinho ou parente, que se transforma durante a lua cheia.
Os métodos de Solomon são próprios da Inquisição, com soldados armados invadindo as casas e procurando qualquer sinais de malignidade e bruxaria – ou seja, qualquer coisa fora do normal.
O monstro invade a aldeia, enfrentando os soldados e espalhando o pânico entre os habitantes, que se refugiam na igreja, o único local onde o lobisomem não pode entrar. Quando o lobisomem encontra Valerie, ele insiste em que ela saia da aldeia e fuja. O problema é que só ela entende o que ele diz.
Esse simples fato transforma Valerie em suspeita de bruxaria, e a jovem é presa e julgada, condenada por todos pela culpa de ter atraído o monstro para a aldeia.
Nesse meio tempo, os dois jovens que disputam o amor de Valerie decidem se unir para salvá-la. Henry usará os seus conhecimentos como ferreiro para abrir os cadeados, e Peter a conduzirá em segurança para fora da aldeia.
Mas, as coisas se complicam, e a vida de Valerie tanto é ameaçada pelo lobisomem quanto por Solomon e seus homens. Conseguirá ela provar a sua inocência e salvar a sua vida?
A tradicional historinha de contos de fadas foi adaptada para os tempos atuais, mantendo os principais elementos da história original, mas montada com uma formatação dinâmica, que oscila entre o filme de suspense e o mistério do gênero policial que remete ao mundo hitchcockiano.
Um outro aspecto também associado à personagem, a sensualidade, também está presente no filme, embora não haja nada que possa ofender qualquer espectador mais conservador.
O elenco, a maior parte jovem, não compromete o desenvolvimento do filme, e dois ótimos atores maduros ocupam os papéis secundários, Gary Oldman, como o inquisidor fanático, e Julie Christie, vivendo a avó misteriosa.
Amanda Seyfried vive brilhantemente a personagem central, emprestando a sensualidade necessária, ao mesmo tempo em que fornece ao espectador o ponto de vista de alguém que vive a crise e tenta descobrir o que está acontecendo.
A maior parte do filme foi gravado no Canadá, onde as belíssimas imagens de inverno ganham destaque com a ótima fotografia. É memorável a cena de Valerie andando na neve com a imensa capa vermelha. A trilha sonora também merece destaque, enriquecendo as cenas de impacto.
“A Garota da Capa Vermelha” conseguiu a notável façanha de unir uma conhecidíssima história infantil e monstros sobrenaturais em uma montagem dinâmica, bem ao gosto das plateias atuais, transformando-o em um bom produto do cinema contemporâneo.
E, um último lembrete: só saia da sala ao final dos créditos, pois ainda há uma última cena surpresa.  

Lançamentos em DVD/Blu-Ray


“À Prova de Morte”
 
Ao cair da noite, Jungle Julia, a DJ mais sexy de Austin, pode enfim se divertir com as suas duas melhores amigas. As três garotas saem noite adentro, atraindo a atenção de todos os freqüentadores masculinos dos bares e boates do Texas. Mas, nem toda a atenção é inocente. Cobrindo de perto seus movimentos, está Stuntman Mike, um rebelde inquieto e temperamental, que se esconde atrás do volante do seu carro indestrutível. Segunda parte de Grindhouse, um filme duplo realizado em parceria com Robert Rodriguez. O disco traz o filme com formato de tela widescreen e áudio em Dolby Digital 5.1.

“Força Oculta”

Ben ganha uma máquina antiga e resolve mostrá-la para seus amigos, que ficam impressionados com os poderes sobrenaturais que ela possui. Um dia, ela desaparece misteriosamente. Não demora muito para que os amigos de Ben sejam mortos por um assassino invisível. A partir daí, Ben se reúne com seu irmão para que juntos possam encontrar a máquina e descobrir a identidade do assassino, antes que eles também se tornem vítimas. O disco traz o filme com formato de tela cheia e áudio em Dolby Digital 5.1.

“O Ciúme Mora ao Lado”
 É verão na Finlândia e os casais se divertem em jantares ao ar livre ou em banhos de lago noturnos. Mas a consultora de negócios Tuula e o terapeuta familiar Juhani estão em pé de guerra. Por mais que tenham concordado em se divorciar de forma civilizada, antes de venderem a casa, os dois fazem de tudo para provocar ciúmes um no outro. Assim, Tuula convida um charmoso piloto de avião para um jantar na casa deles, e Juhani, por sua vez, se vinga contratando uma prostituta para se passar por sua amante. Sentimentos antigos afloram e os dois embarcam numa disputa sem fim.
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“Atividade Paranormal 2”
 
Assim que Daniel e Kristi recebem um recém-nascido em sua casa, uma presença demoníaca começa a aterrorizá-los, destruindo seu mundo perfeito e transformando-o num pesadelo inescapável. Câmeras de segurança captam o tormento, fazendo com que cada minuto se torne horrivelmente real. Os críticos avisam “diga adeus ao sono” pois Atividade Paranormal 2 vai assombrar a todos muito além de sua chocante cena final. O disco traz o filme com formato de tela widescreen e áudio em Dolby Digital 5.1, e, como extras, Trailer, Teaser e Cenas Recuperadas.


sexta-feira, 15 de abril de 2011

Coluna Claquete – 15 de abril de 2011

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O que está em cartaz

É sempre de assustar como a vida pode superar a ficção, ao produzir cenas de horror como a da escola de Realengo. Mas, não se sabe o que é pior, se é a loucura do assassino das crianças, ou a demagogia dos políticos, que tentam tirar proveito da publicidade do caso. Enquanto isso, nos cinemas, as estreias do final de semana são a ficção-científica “Eu Sou o Número Quatro”, da Disney, o terror “Pânico 4”, e a aventura “Scott Pilgrim Contra o Mundo”, na Sessão Cine Cult do Cinemark. Continuam em cartaz a ótima animação “Rio” (vejam na Sessão Filme da Semana), dirigido pelo brasileiro Carlos Saldanha, os dramas nacionais “As Mães de Chico Xavier” e “VIPs”, e o romance “Esposa de Mentirinha”. Nas programações exclusivas, o Cinemark exibe a aventura “Fúria Sobre Rodas”.

Estreia 1: “Eu Sou o Número Quatro”

No passado, nove jovens alienígenas fugiram do planeta Lorien, ameaçado pelos Mogadorians, para se esconder na Terra. Uma vez aqui, e na medida em que se tornaram adultos, começaram a desenvolver poderes sobrenaturais. Mas os invasores estão dispostos a pegá-los e isso precisa acontecer na sequência certa, já que eles são reconhecidos por números. Um, Dois e Três já foram assassinados e agora o Número Quatro (Alex Pettyfer), conhecido entre os humanos como John Smith será o próximo alvo. Ele muda-se para Paradise, no estado de Ohio, disfarçado de estudante colegial e lá conhece Sarah Hart (Dianna Agron), por quem se apaixona e começa a acreditar ser ela um bom motivo para deixar de fugir. A direção é de D. J. Caruso. “Eu Sou o Número Quatro” estreia nesta sexta-feira, na Sala 7 do Moviecom, e na Sala 1 do Cinemark. Classificação indicativa 12 anos.

 

Estreia 2: “Pânico 4”

Sidney Prescott (Neve Campbell) agora é autora de um livro de auto-ajuda, e retorna para Woodsboro na última parada de sua turnê para promover o lançamento de sua obra. Woodsboro, sua cidade natal, foi onde ela sobreviveu a uma série de terríveis assassinatos. Uma vez lá, ela reencontra o xerife Dewey (David Arquette) e a jornalista Gale (Courteney Cox), agora casados, e também a prima Jill (Emma Roberts). Mas, enquanto a cidade comemorava o aniversário dos crimes, novos assassinatos começam a acontecer e o retorno de Ghostface, o assassino da máscara, parece ser uma nova realidade para a cidade, que novamente entra em pânico. A direção é de Wes Craven. “Pânico 4” estreia nesta sexta-feira, na Sala 4 do Moviecom, e na Sala 7 do Cinemark. Classificação indicativa 16 anos.

Sessão Cine Cult: “Scott Pilgrim Contra o Mundo”

 Scott Pilgrim (Michael Cera) tem 23 anos, integra uma banda de colégio, vive duro, trocando de emprego e namora uma adolescente. Sua vida é tranquila, até conhecer Ramona V. Flowers (Mary Elizabeth Winestead). Ele logo se apaixona perdidamente por ela, só que não será fácil conquistar seu amor. Para tanto ele precisa enfrentar os sete ex-namorados dela, que estão dispostos a tudo para impedir sua felicidade com outra pessoa. Baseado em quadrinhos homônimos de Bryan Lee O'Malley, o filme é uma das melhores adaptações do mundo dos games para o cinema. A direção é de Edgar Wright. “Scott Pilgrim Contra o Mundo” estréia nesta sexta-feira, na Sala 7 do Cinemark, na sessão de 14h. Classificação indicativa 12 anos.


Filme da Semana: “Rio”

Sempre que é lançado algum filme de Hollywood e que utiliza o Brasil como tema, é criada uma expectativa sobre o que vai ser mostrado na tela, já que se espera – no mínimo – a verossimilhança. Infelizmente, o que é mostrado, quase sempre, é o que eles pensam que é o Brasil, e aparecem muitas maluquices. A animação “Rio” não deixa de dar umas escorregadas, mas, como filme infantil é excelente.
A expectativa de uma maior fidelidade à realidade em “Rio” deveu-se mais ao fato do diretor ser brasileiro, Carlos Saldanha, que dirigiu as duas últimas sequências de “A Era do Gelo”. Mesmo assim, ainda sobraram na tela alguns absurdos, como ter que passar no Sambódromo da Marquês de Sapucaí para poder chegar ao aeroporto...
 Bem, se por um lado foram cometidos essa e outras liberdades poéticas, por outro, temos uma animação de primeira linha, que trata do contrabando de animais exóticos, e principalmente, das relações afetivas.
“Rio”conseguiu o marco da melhor estreia de uma animação no Brasil, levando 1,1 milhão de espectadores aos cinemas, com uma arrecadação de 13,7 milhões de reais, atrás apenas de "Homem-Aranha 3" (R$ 14,8 milhões) e "Tropa de elite 2" (R$ 14 milhões), de acordo com o site Filme B. A mesma fonte informa uma arrecadação mundial de 55 milhões de dólares.
No prólogo do filme, encontramos o pequeno Blu (Jesse Eisenberg/ Gustavo Pereira), um filhote de arara azul ainda no ninho, em algum lugar do Brasil, já encantado com o ritmo do samba e maravilhado com o show dos pássaros vizinhos.
Ao cair do ninho, acidentalmente, ele é capturado pelos contrabandistas e enviado para os Estados Unidos. Uma manobra brusca do caminhão que o transportava faz com que a caixa onde estava caia na rua, onde ele é encontrado pela menina Linda (Leslie Mann/ Sylvia Salustti), que passa a cuidar dele.
Os anos se passam e a amizade entre Blu e Linda se fortalece. Já adulta, Linda mantém uma pequena livraria em uma cidadezinha na fria Minnesota. Um dia, eles recebem a visita de Túlio (Rodrigo Santoro, em ambas as versões). Túlio é um ornitólogo brasileiro, e fica encantado ao saber da existência de Blu. Ele revela que existe uma única fêmea da espécie, no Brasil, e quer levar Blu para acasalar com ela.
Relutante, a princípio, Linda aceita o convite de Túlio, para viajarem ao Brasil, comovida pela solidão de Blu, e sua decepção por não conseguir voar.
Ao chegarem, Blu descobre que sua nova companheira não é lá muito amigável. Jade (Anne Hathaway/ Adriana Torres) é uma ararinha independente e ativa, e o seu único objetivo é fugir e voltar para a natureza.
Enquanto não acontece nem a fuga nem o namoro, o viveiro é invadido por um garoto, que, com a ajuda de Nigel (Jemaine Clement / Guilherme Briggs), uma cruel cacatua,  rouba o casal de araras e vários outros pássaros. Os animais são levados para um barraco no alto de uma favela, onde três contrabandistas o aguardam.
Mesmo acorrentados pela perna, Blu e Jade conseguem fugir, refugiando-se na floresta da Tijuca, onde conhecerão um novo amigo, o tucano Rafael (George Lopez / Luiz Carlos Persy), que faz o possível para ajudar o casal. A eles se unem o canário Nico (Jamie Foxx / Alexandre Moreno) e o cardeal Pedro (Will.I.Am / Mauri Ramos).
Eles precisam atravessar a cidade, para chegar a Santa Teresa, onde mora Luiz (Tracy Morgan / Júlio Chaves), um buldogue babão, que adora se fantasiar de Carmen Miranda. Quando, finalmente, as araras conseguem se livrar da corrente, resolvem ir cada um para o seu lado, Blu, à procura de Linda, e Jade, de volta à natureza.
Mas, os contrabandistas continuam a perseguir os pássaros, e Jade é capturada por Nigel. Os bandidos pretendem sair do país de avião com os pássaros aprisionados, para vendê-los no exterior. Começa, então, uma nova epopéia para Blu e seus amigos, para libertar Jade de seus captores.
Além de tocar em um tema importante, o contrabando de animais silvestres, a animação “Rio” não deixa de ser uma fantástica peça de propaganda para o Rio de Janeiro, cidade que hospedará dois eventos mundiais, a Copa do Mundo e 2014 e a Olimpíada de 2016.
É bem verdade que a cidade de verdade é um pouquinho diferente da que foi mostrada na tela, mas, os principais marcos turísticos estão maravilhosamente retratados, como o Pão de Açúcar, o Cristo Redentor, a baía da Guanabara, os Arcos da Lapa, o Sambódromo, a pedra da Gávea, e muitos outros.
Alguns problemas da cidade foram registrados de uma forma mais suave ou engraçada, como do jovem infrator, que se arrepende e ajudar a salvar as aves roubadas, e até mesmo a ação dos ladrões, representados pelos divertidos macacos trombadinhas que “depenam” os turistas desavisados.
Para o filme, foram assumidas muitas liberdades narrativas, que não afetam a história, como o habitat natural da arara-azul, que é na caatinga baiana, e não na mata Atlântica. Afinal de contas, o nome do filme “Rio”, e não Salvador. O pássaro vilão, a cacatua Nigel, é originária da Austrália, e só é encontrada no Brasil em cativeiro. Além disso, ela não é agressiva ou predadora, como é mostrada no filme.
Em termos técnicos, o filme é irrepreensível, principalmente na exibição em 3D. As animações em computação gráfica alcançaram um nível de excelência impressionante, que torna uma produção como esta um espetáculo visual e sonoro.
A trilha sonora é um dos pontos altos do filme, com clássicos como “Samba de Orly”, de Toquinho e Chico Buarque, “Mais Que Nada”, de Jorge Ben, indo a "Hot Wings (I Wanna Party)", de Will.I.Am.. As músicas são interpretadas por Sergio Mendes, Bebel Gilberto, Carlinhos Brown, entre outros.
“Rio” é um filme direcionado para o público infantil, mas, se torna um programa interessante para toda a família, propiciando temas para boas discussões sobre a natureza, contrabando de animais, etc..  


Lançamentos em DVD/Blu-Ray


“Harry Potter e as Relíquias da Morte: Parte 1”
Prestes a completar 17 anos, Harry Potter (Daniel Radcliffe) precisa ser transportado até um local seguro. Lorde Voldemort (Ralph Fiennes) e seus comensais da morte sabem que a transferência está prestes a acontecer e aguardam sua realização para atacar. O Ministro da Magia é morto e, em seu lugar, assume um dos asseclas de Voldemort. Harry e seus amigos passam a ser caçados impiedosamente, obrigando que ele, Rony e Hermione fujam. Precisando mudar constantemente de lugar, eles elaboram um plano para encontrar e destruir as horcruxes que podem eliminar Voldemort de uma vez por todas. O disco traz o filme com formato de tela widescreen e áudio em Dolby Digital 5.1, e, como extras, Os 7 Harrys, No gramado com Rupert, Tom, Oliver e James, Cenas adicionais, O mundo mágico de Harry Potter, Trailer promocional, Por trás da trilha sonora e Competição de corrida de Dan, Rupert e Emma.

“Tiras em Apuros”
Jimmy Monroe (Bruce Willis) é um detetive veterano, que está ocupado com os preparativos para o casamento da filha (Michelle Trachtenberg). Juntamente com Paul Hodges (Tracy Morgan), ele precisa investigar o roubo de um raro cartão de baseball de 1952, realizado por um gângster impiedoso. Só que Hodges tem outro motivo para se preocupar: a suposta infidelidade de Debbie (Rachida Jones), sua esposa.  O disco traz o filme com formato de tela letterbox e áudio em Dolby Digital 5.1.

“Harry Potter: Anos 1-7 (Box 8 Discos em Blu-ray)”

Box com os sete filmes da série Harry Potter em Blu-Ray, com muitos extras e formato de tela widescreen em alta definição. Os filmes são “Harry Potter e a Pedra Filosofal”, “Harry Potter e a Câmara Secreta”, “Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban”, “Harry Potter e o Cálice de Fogo”, “Harry Potter e a Ordem da Fênix”, “Harry Potter e o Enigma do Príncipe” e “Harry Potter e as Relíquias da Morte Parte 1”. Este último vem com um disco adicional de extras.
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“Jonah Hex – O Caçador de Recompensas”
 
Jonah Hex (Josh Brolin) foi mais uma vítima do terrível Quentin Turnbull (John Malkovich) e seus capangas, um homem poderoso que lhe tirou tudo que ele possuía. Mas, por razões misteriosas, Hex que deveria ter morrido num atentado contra sua vida, ressuscitou com poderes sobrenaturais e disposto a conseguir sua vingança. O herói é caracterizado pela metade do rosto desfigurada e pelo uniforme do exército dos Confederados (da guerra Civil Americana). O disco traz o filme com formato de tela widescreen e áudio em Dolby Digital 5.1, e, como extras, Cenas Deletadas.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Coluna Claquete – 08 de abril de 2011

Newton Ramalho


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O que está em cartaz


 Enquanto o mundo se aflige com as catástrofes naturais e os confrontos na África e Oriente Médio, nós aguentamos com paciência de Jó as catástrofes que nós mesmos elegemos... Enquanto isso, nos cinemas, a grande estreia do final de semana é a animação “Rio”, dirigido pelo brasileiro Carlos Saldanha, que invadirá metade das salas disponíveis em Natal. Continuam em cartaz o drama nacional “As Mães de Chico Xavier” (vejam na Sessão Filmes da Semana), os dramas “Sem Limites” e “VIPs”, e o romance “Esposa de Mentirinha”. Nas programações exclusivas, o Cinemark exibe a aventura “Fúria Sobre Rodas”, e o drama “Ah! O Amor” na Sessão Cine Cult enquanto o Moviecom mantém a ótima fantasia cyber-punk “Sucker Punch – Mundo Surreal”.

Estreia 1: “Rio”

Blu (Jesse Eisenberg/ Gustavo Pereira) é uma arara azul que nasceu no Rio de Janeiro, mas, após ser capturada na floresta, foi parar na fria Minnesota, nos Estados Unidos. Lá é criada por Linda (Leslie Mann/ Sylvia Salustti), com quem tem um forte laço afetivo. Um dia, Túlio (Rodrigo Santoro, em ambas as versões) entra na vida de ambos. Ornitólogo, ele diz que Blu é o último macho da espécie e deseja que ele acasale com a única fêmea viva, que está no Rio de Janeiro. Linda e Blu partem para a cidade maravilhosa, onde conhecem Jade (Anne Hathaway/ Adriana Torres). Só que ela é um espírito livre e detesta ficar engaiolada, batendo de frente com Blu logo que o conhece. Quando o casal é capturado por uma quadrilha de venda de aves raras, eles ficam presos por uma corrente na pata. É quando precisam unir forças para escapar do cativeiro. A direção é do brasileiro Carlos Saldanha, o mesmo de “A Era do Gelo 2” e “A Era do Gelo 3”. “Rio” estreia nesta sexta-feira, na Sala 6 (3D), 4 e 7 (2D) do Moviecom, e nas Salas 2 e 6 (3D), 4 e 5 (2D) do Cinemark. Classificação indicativa livre. Cópias dubladas e legendadas.

Sessão Cine Cult: “Ah! O Amor”

O filme acompanha a vida de seis casais, que acabaram se entrelaçando: Filippo e Caterina, no meio de um divórcio, lutam para “não” ganhar a custódia de seus filhos; Luca que está se divorciando de Loredana, vai parar no apartamento de seu filho estudante, determinado a ser jovem e sexy aos 50 anos; Sergio enfrenta a complicada situação de suas duas filhas adolescentes, após a morte imprevista da sua ex-mulher; Elisa está para se casar com Corrado, quando se depara com seu ex onde menos se espera: como o novo padre que vai celebrar seu casamento. Tudo isto ocorre entre um Natal e o Dia dos Namorados, entre Roma, Paris e a Nova Zelândia A direção é de Fausto Brizzi. “Ah! O Amor” estréia nesta sexta-feira, na Sala 1 do Cinemark, na sessão de 14h. Classificação indicativa 14 anos.


Filme da Semana: “As Mães de Chico Xavier”
Nos últimos anos, o cinema brasileiro, em plena revitalização, tem optado por um tema fora do lugar-comum, o espiritismo. Entre os exemplos mais notáveis estão “Nosso Lar”, de Wagner de Assis, e “Chico Xavier”, de Daniel Filho. A estes, se junta o recente lançamento “As Mães de Chico Xavier”, que estreou no final de semana passado.
É curioso tanto a escolha do tema pelos produtores quanto à resposta do público, que tem lotado as salas para conferir os filmes. Esse interesse parece dever-se à tolerância dos católicos, mais propensos ao ecumenismo, do que aos fundamentalistas, que chegam a confundir espiritismo com candomblé.
Embora trate abertamente do tema, “As Mães de Chico Xavier”, baseado no livro "Por Trás do Véu de Ísis", de Marcel Souto Maior, foca mais a vida de três mulheres, as mães citadas no título, apresentando suas vidas, e os problemas advindos de relacionamentos problemáticos. Como elas, muitas outras buscaram – e encontraram – conforto graças ao médium Chico Xavier, que serviu de canal de comunicação com os entes queridos que partiram, muitos deles de mortes traumáticas.
No filme, como na vida, as histórias dessas diferentes mulheres se entrelaça. Ruth (Via Negromonte) é uma artista plástica, casada com Mário (Herson Capri), um poderoso executivo da televisão. Os dois sofrem com o filho Raul (Daniel Dias), que vive submerso no mundo das drogas, obrigando os pais a interná-lo à força em uma clínica de reabilitação.
Elisa (Vanessa Gerbelli) é casada, mas, totalmente ignorada pelo marido (Joelson Medeiros). A única razão da sua existência é o pequeno Theo (Gabriel Pontes), a quem dedica todo o seu carinho e atenção.
A professora de Theo, Lara (Tainá Müller), tem os seus próprios problemas. Ela descobre que está grávida ao mesmo tempo em que o namorado, Santiago (Gustavo Falcão) recebe a notícia de que recebeu uma bolsa para estudar na Espanha. Se já estava em dúvidas quanto à maternidade, com essa notícia, Lara decide fazer o aborto.
Em meio a tudo isso, o repórter Karl (Caio Blat) recebe de Mário a missão de investigar o médium Chico Xavier, e realizar uma entrevista para ser exibida na televisão. Karl conhece Santiago e Lara, e questiona o amigo sobre o que vai decidir sobre a viagem e a namorada.
Como é possível imaginar, as vidas dessas mulheres é transformada com os acontecimentos que se seguem. Raul não se adapta à clínica e termina cometendo suicídio. Santiago, ao repensar sua relação com Lara e o filho que ambos geraram, sofrerá um acidente terrível. O filho de Lara, que ainda nem nasceu, parece já estar com as horas contadas.
O tempo, que se acredita ser o remédio para todos os males, parece não ter o efeito nestas mulheres. A dor da perda, o sentimento de culpa, a incapacidade de levar a vida adiante, tudo isso causa extremo sofrimento nas pessoas envolvidas, a ponto de uma delas tentar ela mesma a atitude extrema do suicídio.
Quando, finalmente, decidem procurar a ajuda de Chico Xavier, alguma verdade lhes será revelada, e algumas lições importantes deverão ser aprendidas.
Se a história é bonita e absurdamente emocionante, o filme peca, tecnicamente, por não levar o melhor resultado à telona. Algumas falhas de montagem e de roteiro deixam o espectador confuso (afinal, quando foi que Raul morreu?). A mudança das linhas narrativas é meio truncada, deixando dúvidas se é um flashback ou continuação da história no tempo atual.
A opção pelo uso de câmera lenta em alguns momentos importantes da narrativa também não ficou muito boa. Ao contrário de soluções mais simples para transmitir a emoção do momento, como a cena em que Elisa guarda a roupa do filho morto, quando Ruth olha a foto do filho estúdio, ou quando Lara acaricia o ventre, ainda em dúvida se toma o remédio abortivo ou não.
De qualquer forma, é incontestável a atuação de Nelson Xavier, mais uma vez vivendo o famoso médium de Uberaba. Ele consegue transmitir a solenidade e a simplicidade que eram características do Chico real, ao mesmo tempo em que enuncia os princípios espíritas não como ensinamentos religiosos, e sim como lógica de vida.
O resto do elenco também está muito bem, em especial Herson Capri, Via Negromonte e Vanessa Gerbelli. Os jovens Caio Blat e Tainá Müller também convencem em seus papéis, para os quais parecem ter nascido.
Sobre o próprio tema do filme, o espiritismo, não há nenhum tipo de doutrinação ou mesmo de referências as colônias ou reencarnação. O filme prende-se à dor e à aceitação da morte, encarando-a como uma passagem para outra vida. Mais que um libelo sobre o espiritismo, a mensagem é um apelo ao bom senso e à certeza de que, independente da religião, todos devemos buscar nos tornar pessoas melhores. Recomendo.


Lançamentos em DVD/Blu-Ray

  
“Você de Novo”
A família de Marni (Kristen Bell) tem muitas novidades pela frente. Depois que ela comunica a todos que foi promovida no trabalho, acaba descobrindo que a futura cunhada (Odette Yustman) era a inimiga nº 1 que infernizou sua vida na escola. Agora, ela só pensa em fazer alguma coisa para impedir este casamento, apesar de sua mãe (Jamie Lee Curtis) insistir que ela deveria deixar tudo de lado. Até o momento em que as duas descobrem que a mãe (Sigourney Weaver) da futura nora também era um osso duro de roer. E agora? Esse casamento sai ou não sai?  O disco traz o filme com formato de tela widescreen e áudio em Dolby Digital 5.1.

“Exorcismus – A Possessão”
Emma Evans (Sophie Vavasseur) não tem boa relação com seus pais que, para ela, são autoritários e vivem a oprimindo. Em busca de sua identidade, a jovem decide libertar seus desejos mais profundos e, assim, desencadeia forças poderosas e malignas das quais perde o controle. Todo esse horror resultado das ações de Emma atormenta a sua família e ela descobre que tem coisas que é melhor não desejar.  O disco traz o filme com formato de tela letterbox e áudio em Dolby Digital 5.1, e, como extras, Making Of.

“O Céu Mandou Alguém”
Estrelado por John Wayne, o filme conta a história de três bandidos que praticam um assalto e, na fuga, perdem-se no meio do deserto. No meio do nada eles encontram uma carroça com uma mulher grávida e prestes a dar a luz. Após o parto, a mãe faz dos três padrinhos da criança e morre em seguida. Obrigados a cuidar do afilhado, vão aos poucos sucumbindo. Hightower (Wayne), já no fim das forças, encontra um jumento e nele coloca o recém nascido e vão até Nova Jerusalem. O disco traz o filme com formato de tela standard e áudio em Dolby Digital 5.1.
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“Você Vai Conhecer o Homem dos Seus Sonhos”
  Esta é a história de dois casais: Alfie e Helena e sua filha Sally, casada com Roy, abordando as suas paixões, ambições, ansiedades e, logicamente, suas insanidades. Depois que Alfie deixa Helena em busca da sua juventude perdida com uma menina liberal chamada Charmaine, Helena abandona sua própria racionalidade e entrega sua alma para uma vidente charlatã. Também infeliz no casamento, Sally desenvolve uma paixonite pelo seu elegante chefe, proprietário de uma galeria de arte, Greg (Antonio Banderas), enquanto o escritor de romances Roy aguarda ansiosamente resposta da editora para seu último manuscrito. O disco traz o filme com formato de tela widescreen e áudio em Dolby Digital 5.1.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Coluna Claquete – 01 de abril de 2011

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O que está em cartaz


 Começamos abril com algumas perdas importantes para o mundo do cinema. Mas, a Sétima Arte continua viva. Neste final de semana teremos a estreia do drama nacional “As Mães de Chico Xavier”, a aventura “Fúria Sobre Rodas”, e o drama “Ah! O Amor” na Sessão Cine Cult do Cinemark. Continuam em cartaz a ótima fantasia cyber-punk “Sucker Punch – Mundo Surreal” (vejam na Sessão Filmes da Semana), os dramas “Sem Limites” e “VIPs”, a ficção-científica “Invasão do Mundo: Batalha de Los Angeles”, o romance “Esposa de Mentirinha”, com Adam Sandler, e a cinebiografia “Bruna Surfistinha”, com Deborah Secco. Nas programações exclusivas, o Cinemark exibe a animação “Gnomeu & Julieta”, enquanto o Moviecom mantém as animações “Animais Unidos Jamais Serão Vencidos”, e “Rango”.

Estreia 1: “As Mães de Chico Xavier”

 Três mães vêem sua realidade se transformar por completo... São elas: Ruth (Via Negromonte), cujo filho adolescente, Raul (Daniel Dias da Silva), enfrenta problemas com drogas; Elisa (Vanessa Garbelli), que tenta suprir a ausência do marido dando total atenção ao filho, o pequeno Théo (Gabriel Pontes), e Lara (Tainá Müller), professora que enfrenta o dilema de uma gravidez não planejada. Essas três mulheres, vivendo momentos distintos de suas vidas, buscam conforto junto a Chico Xavier (Nelson Xavier). E o repórter Karl (Caio Blat) permanece insistindo em entrevistar o médium, mesmo sem estar preparado para isso... Inspirado em histórias reais e no livro Por Trás do Véu de Ísis, de Marcel Souto Maior. A direção é de Glauber Filho e Halder Gomes. “As Mães de Chico Xavier” estreia nesta sexta-feira, na Sala 4 do Moviecom, e na Sala 2 do Cinemark. Classificação indicativa 12 anos.

Estreia 2: “Furia Sobre Rodas”


Milton (Nicolas Cage) se envolveu com as pessoas erradas no passado, foi parar no inferno e acabou tendo sua filha assassinada. Agora, sua neta está das mãos de uma seita satânica e retorna do mundo das trevas para tentar salvá-la e, quem sabe, ter a sua redenção. Para sua sorte, no meio do caminho ele conhece Piper (Amber Heard), uma tremenda gata em busca de aventura. Era o que ele precisava para enfrentar seus inimigos e ainda driblar um fiel súdito (William Fichtner) do diabo, disposto a tudo para levá-lo de volta para o seu príncipe da escuridão. A direção é de Patrick Lussier. “Fúria Sobre Rodas” estréia nesta sexta-feira, na Sala 6 do Moviecom e na Sala 4 do Cinemark. Classificação indicativa 16 anos.

Sessão Cine Cult: “Ah! O Amor”

O filme acompanha a vida de seis casais, que acabaram se entrelaçando: Filippo e Caterina, no meio de um divórcio, lutam para “não” ganhar a custódia de seus filhos; Luca que está se divorciando de Loredana, vai parar no apartamento de seu filho estudante, determinado a ser jovem e sexy aos 50 anos; Sergio enfrenta a complicada situação de suas duas filhas adolescentes, após a morte imprevista da sua ex-mulher; Elisa está para se casar com Corrado, quando se depara com seu ex onde menos se espera: como o novo padre que vai celebrar seu casamento. Tudo isto ocorre entre um Natal e o Dia dos Namorados, entre Roma, Paris e a Nova Zelândia A direção é de Fausto Brizzi. “Ah! O Amor” estréia nesta sexta-feira, na Sala 3 do Cinemark, na sessão de 14h. Classificação indicativa 14 anos.


 Lançamentos em DVD/Blu-Ray


“Ladrões”
"Ladrões", dirigido por John Luessenhop, gira em torno de um famoso grupo de criminosos (Idris Elba, Paul Walker, T.I., Chris Brown, Hayden Christensen e Michael Ealy) que continuam a confundir a polícia com seus roubos a banco executados à perfeição. Eles conseguem levar a cabo o roubo como uma máquina bem azeitada e simplesmente desaparecem entre um roubo e outro. Mas, ao planejar um último roubo, onde está em jogo um valor maior do que jamais tentaram roubar, o grupo vê seus planos interrompidos por um detetive linha dura (Matt Dillon) que está decidido a elucidar o caso.  O disco traz o filme com formato de tela widescreen e áudio em Dolby Digital 5.1.

“As Coisas Impossíveis do Amor”

Natalie Portman interpreta uma advogada que conseguiu conquistar seu chefe, que era casado quando começaram a namorar, mas precisa lidar com as consequências disso, incluindo seu novo enteado e uma tragédia inesperada. Tem de lidar com o filho dele, com a perda do filho deles e com todos os problemas que isso traz para a relação dos dois.  O disco traz o filme com formato de tela widescreen e áudio em Dolby Digital 5.1.

“Machete”

Machete (Danny Trejo) é um ex agente federal mexicano e foi contratado por um homem misterioso (Jeff Fahey) para assassinar um importante político americano. Mas ele também se tornou alvo de outro matador e agora o que parecia ser uma simples e rentável missão, transformou-se num sanguinária trama de conspiração contra o povo mexicano. Machete não vai deixar por menos, quer vingança e para isso conta com seu velho amigo "O Padre" (Cheech Marin). O disco traz o filme com formato de tela widescreen e áudio em Dolby Digital 5.1.
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“Enrolados”
 
Flynn Ryder (Zachary Levi) é o bandido mais procurado e sedutor do reino. Um dia, em plena fuga, ele se esconde em uma torre. Lá conhece Rapunzel (Mandy Moore), uma jovem prestes a completar 18 anos que tem um enorme cabelo dourado, de 21 metros de comprimento. Rapunzel deseja deixar seu confinamento na torre para ver as luzes que sempre surgem no dia de seu aniversário. Para tanto, faz um acordo com Flynn. Ele a ajuda a fugir e ela lhe devolve a valiosa tiara que tinha roubado. Só que a mamãe Gothel (Donna Murphy), que manteve Rapunzel na torre durante toda a sua vida, não quer que ela deixe o local de jeito nenhum. O disco traz o filme com formato de tela widescreen e áudio em Dolby Digital 5.1.



Filmes da Semana: “VIPs” e “Suker Punch – Mundo Surreal”

Se tivéssemos que apontar o que tem em comum o drama nacional “VIPs”, e o cyber-punk “Sucker Punch – Mundo Surreal”, bastaria a palavra fantasia. Parece estranho comparar uma história baseada em fatos reais com outra puramente ficcional, mas, essa relação tem tudo a ver.
Para muitos, fantasia é um termo pejorativo, que significa a oposição à realidade. Essa é uma visão obscura, pois a fantasia é uma das características que distinguem o ser humano dos outros animais, se considerarmos que pensar, imaginar, sonhar – e fantasiar – são atividades que exigem inteligência. Fantasia e realidade devem ser como as faces de uma moeda, para que esta seja perfeita, é necessário um bom equilíbrio entre as duas. O problema é quando se vive na fantasia, ou quando a própria vida é uma fantasia, como é o caso retratado em “VIPs”.
O filme “VIPs” é baseado na vida do paranaense Marcelo Nascimento da Rocha, que, em diversas ocasiões, assumiu outras 16 identidades. No tempo em que serviu o Exército, fingiu ter uma patente maior e vendeu motos que seriam leiloadas, já se passou por guitarrista do grupo Engenheiros do Havaii, produtor musical de uma banda famosa, olheiro da Seleção, campeão de Jiu-jitsu, policial e até líder do PCC.
   Algumas semanas atrás, quando falei do filme “Bruna Surfistinha”, comentei sobre o tipo de figura pública que é idolatrada no Brasil. Infelizmente, este é mais um caso que confirma a regra. Nossos heróis são participantes do Big Brother, artistas e atletas autodestrutivos, garotas de programa, e, por que não, um estelionatário. Mas, como dizem alguns iluminados, uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa. Deixemos de lado a vida real e analisemos o cinema.
No filme, o Marcelo vivido por Wagner Moura é um jovem alienado, sempre com a cabeça – literalmente – nas alturas, já que sonha em ser piloto, como o pai. Na primeira oportunidade, ele foge de casa e vai para o Mato Grosso do Sul, onde passa a trabalhar em um aeroclube.
Um dia, ao atender um chamado para o patrão, descobre que é um traficante precisando de transporte. Mesmo sem ter tido aulas formais de pilotagem, só algumas raras chances, ele rouba o avião e leva o traficante para o Paraguai. Lá ele passa a trabalhar para  um chefão do crime organizado.
Em uma das muitas viagens clandestina para transportar drogas para o Brasil, ele é preso pela Polícia Federal, e libertado logo, graças ä influência do chefão sobre os políticos brasileiros. Na cadeia, ele cria, para o seu próprio personagem, uma aura de heroísmo e audácia.
Em seguida, é mostrado o episódio que o levou à fama. Fazendo-se passar pelo filho do dono da Gol, Henrique Constantino, o malandro curtiu o Recifolia ao lado de modelos, atrizes e atores globais, na mordomias de um camarote VIP e de um resort de luxo.
Ele ainda conseguiu fugir com um jatinho, sendo preso no Rio de Janeiro. Nesse momento, é mostrada a real face de Marcelo, do homem que acreditava na própria fantasia que criara. Será isso mesmo, ou foi a liberdade poética adotada pelo filme, para esconder a verdadeira personalidade do cidadão, que continuou aprontando das suas, e qualquer dia vai ser um político super votado? O tempo dirá.
O filme é apoiado na excelente atuação de Wagner Moura, sem dúvida o nome mais expressivo da atual geração de atores brasileiros. Faltou um adendo, no final, sobre o destino do personagem, mas, isso é raro nos filmes nacionais.
Enquanto Marcelo vivia e acreditava em sua própria fantasia, esta, muitas vezes, é usada como um recurso para fugir e suportar a dureza da realidade. Este é o aspecto assumido no filme “Sucker Punch – Mundo Surreal”, dirigido por Zack Snyder. Snyder já dirigiu dois outros filmes de impacto, sempre fugindo totalmente do lugar-comum, “300” e “Watchmen”, mas, este é o primeiro de sua autoria.
Apesar de sua aparente complexidade, a história de “Sucker Punch – Mundo Surreal” é apresentada ao espectador de forma bem linear, iniciando pela trágica história da personagem principal, Baby (Emily Browning), que, após perder a mãe, mata a irmã acidentalmente, ao tentar livrá-la de ser abusada pelo padrasto (Gerard Plunckett).
Aproveitando a oportunidade para livrar-se da enteada e ficar com a fortuna da mulher, o Padrasto leva Baby para um hospício, dirigido pelo corrupto Jones (Oscar Isaac). Após um acerto, Jones falsificará a assinatura da doutora Vera Gorski (Carla Gugino) para fazerem uma lobotomia na moça. O único senão é a demora, pois o médico encarregado da operação só chegará em cinco dias.
Desesperada, Baby observa atentamente tudo ao seu redor, em busca de qualquer coisa que possa ajudá-la a fugir do seu destino cruel. Em sua mente atormentada, ela se vê, agora, em um bordel comandado pelo cruel Blue Jones (Isaac), que explora meninas para que dancem e entretam os convidados, submetendo-se aos seus desejos.
As moças são treinadas pela coreografa Vera (Gugino), ela própria uma escrava de Jones. Entre as prisioneiras do lugar estão Sweet Pea (Abbie Cornish), Rocket (Jena Malone), Blondie (Vanessa Hudgens) e Amber (Jamie Chung).
Quando Baby é forçada a dançar, ela entra em um novo estágio de fantasia, onde irá encontrar um homem sábio (Scott Glenn), que lhe entrega armas e diz que serão necessários cinco objetos para que ela consiga executar o seu plano de fuga: um mapa, fogo, uma espada e uma chave. O quinto e último objeto é um mistério a ser desvendado no momento certo.
Baby se esforça para conseguir o apoio das quatro moças, e, para conseguir cada um dos objetos, ela dançará para desviar a atenção dos seus possuidores. Cada dança a leva a um nível de fantasia diferente, onde enfrentarão os mais diversos obstáculos.
O filme é um delírio visual e sonoro absolutamente fantástico. Todos os principais ícones do cinema, quadrinhos, mangás, games e animações está presente, em diferentes momentos.
Ora ela está nas trincheiras da Primeira Guerra Mundial, o céu repleto de triplanos e dirigíveis, os Tommies ingleses lutando contra zumbis alemães. Noutra fase, elas usam uma fortaleza voadora da Segunda Guerra para invadir um castelo repleto de orcs que guarda um filhote de dragão – e sua mãe. No terceiro, elas usam um helicóptero da guerra do Vietnã para lutar contra robôs assassinos, que guardam uma bomba que está sendo transportada em um trem.
O filme tem um clima de videogame, com um visual delirante e dinâmico, principalmente nas cenas de luta. A dinâmica do filme é mantida graças a uma montagem eficiente e contínua, que evita hiatos entre as cenas de ação.
A fotografia do filme é uma personagem também, ao definir padrões de cores diferentes para cada nível de realidade ou fantasia. E, a trilha sonora não deixa ninguém sossegado, com uma mistura maravilhosa, que vai de Annie Lennox (“Sweet Dreams”) a Mozart (“Réquiem em dó menor”), passando por Björk (“Army of Me”), Queen (“I Want it All”), e Lennon & McCartney (“Tomorrow Never Knows”).
“Sucker Punch – Mundo Surreal” foge totalmente à mesmice hollywoodiana, trazendo em seu bojo traços de “Matrix” e “A Origem”, mas, com uma identidade própria. Certamente, será um filme que dará muito o que falar, seja no consultório de terapia, ou, na velha e boa mesa de bar.