quinta-feira, 21 de março de 2013

Coluna Claquete – 22 de março de 2013

Newton Ramalho

 

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O que está em cartaz

Embalado por um Papa novo e problemas velhos, o mundo segue em frente. As estreias da semana são a animação “Os Croods”, a comédia nacional “Vai Que Dá Certo”, e o policial “Parker”, com Jason Statham. Teremos também a pré-estreia da ficção “G.I. Joe – Retaliação”. Continuam em cartaz o policial “Linha de Ação”, o thriller “A Fuga”, o drama nacional “A Busca”, e a fantasia “Oz, Mágico e Poderoso”. Nas programações exclusivas, o Cinemark exibe “O Lado Bom da Vida”, o policial “Duro de Matar – Um Bom Dia Para Morrer”, com Bruce Willis, e o drama nacional “O Som ao Redor”, na Sessão Cine Cult. Na Sessão Especial, matéria sobre os novos televisores 4K.

 Estreia 1: “Os Croods

Na época pré-histórica de Croodacious, a Mãe Natureza ainda fazia experiências, a fauna e a flora eram muito diferentes de hoje em dia. Depois que a caverna da família Crood é destruída, o clã se vê obrigado a partir em busca de uma nova casa. Grug, o líder da família, não está nada contente com a situação, mas, sua filha Eep tem um ponto de vista diferente e anseia explorar o desconhecido. Em meio à aventura, eles conhecem um forasteiro que é cheio de novas ideias. A direção é de Chris Sanders. “Os Croods” estreia nesta sexta-feira, na Sala 2 do Cinemark, e na Sala 6 do Moviecom. Classificação indicativa livre. Cópias dubladas e legendadas, exibição em 3D. (T. O.: “The Croods”)

 

Estreia 2: “Vai Que Dá Certo

Na trama, cinco amigos de adolescência compartilham a frustração de não terem alcançado o sucesso que projetaram para suas vidas. A possibilidade de recuperar o tempo perdido surge com uma tentadora e arriscada proposta: o assalto a uma transportadora de valores. O crime (quase) perfeito que prometia transformar suas trajetórias cumpre o seu propósito, mas não exatamente como planejaram. O elenco conta com Danton Mello, Lúcio Mauro Filho, Bruno Mazzeo, Natália Lage, Fábio Porchat e Gregório Duvivier, entre outros. Alexandre Morcilo, Farias e Porchat assinam o roteiro. A direção é de Mauricio Farias. “Vai Que Dá Certo” estreia nesta sexta-feira, na Sala 1 do Cinemark, e na Sala 4 do Moviecom. Classificação indicativa 12 anos. (T. O.: “Vai Que Dá Certo”)

Estreia 3: “Parker”

Parker (Jason Statham) é um ladrão profissional que vive com uma série de regras: não roubar de que não tem e não machucar quem não merece. Mas, em seu mais recente trabalho, sua equipe o trai, rouba sua parte e o deixa para morrer. Determinado a fazê-los se arrepender, Parker vai até Palm Beach, playground dos ricos e famosos, onde a equipe está planejando seu maior roubo. Disfarçado de um texano rico, começa uma parceria com Leslie (Jennifer Lopez), que conhece a área, está com pouco dinheiro, mas é muito bonita, inteligente e ambiciosa. Juntos, eles tentarão derrubar a equipe e pegar o dinheiro, além de saírem limpos. A direção é de Taylor Hackford. “Parker” estreia nesta sexta-feira, na Sala 1 do Moviecom. Classificação indicativa 14 anos. (T. O.: “Parker”)

 

Pré-Estreia: “G.I. Joe - Retaliação

Um acordo entre as grandes potências define a redução das ogivas nucleares no mundo todo, mas os Estados Unidos, comandados pela organização Cobra, desconsideram o acerto e dão início a um plano de proporções alarmantes. Enquanto isso, seguindo as ordens do presidente americano (Jonathan Pryce), o esquadrão de elite G.I. Joe é acusado de traição e, após ser atacado brutalmente, tem vários de seus integrantes mortos em combate. Agora, os poucos que sobreviveram vão contar com a ajuda do criador dos G.I. Joe, Joe Colton (Bruce Willis), para, liderados por Roadblock (Dwayne Johnson), revidar o ataque em grande estilo. A direção é de Jon M. Chu. “G.I. Joe - Retaliação” terá pré-estreia na próxima quarta-feira, na Sala 7 do Cinemark, em sessão única às 21h30, e nas próximas quarta e quinta-feira, na Sala 1 do Moviecom, nas sessões de 14h10 e 19h15. Classificação indicativa 14 anos. (T. O.: “G.I. Joe: Retaliation”)

Sessão Cine Cult: “O Som ao Redor


A presença de uma milícia em uma rua de classe média na zona sul do Recife muda a vida dos moradores do local. Ao mesmo tempo em que alguns comemoram a tranquilidade trazida pela segurança privada, outros passam por momentos de extrema tensão. Ao mesmo tempo, casada e mãe de duas crianças, Bia (Maeve Jinkings) tenta encontrar um modo de lidar com o barulhento cachorro de seu vizinho. A direção é de Kleber Mendonça Filho. “O Som ao Redor” será exibido na terça-feira (26/03) e quinta-feira (28/03), na sessão de 21h20, na Sala 5 do Cinemark. Classificação indicativa 16 anos. (T. O.: “O Som ao Redor”)

 


Especial: Televisor 4K, que bicho é esse?

Nas últimas semanas, a imprensa especializada no mercado de entretenimento tem dado um grande destaque às notícias sobre a oferta em escala dos novos televisores 4K. O entusiasmo dos fabricantes chega ao ponto de mandar esquecer os aparelhos Full HD e 3D, pois já são coisa do passado...
Mas, antes que os meus queridos leitores fiquem tentados a seguir estes “conselhos”, vale fazer uma perguntinha básica: o que é mesmo esse tal televisor 4K?
Fazendo uma retrospectiva hiperdinâmica do mercado de televisores, lembramos que os velhos aparelhos de tubo tinham uma resolução inferior a 300 linhas horizontais, assim como os fantásticos videocassetes que adorávamos!
A chegada do DVD aumentou a necessidade de imagens melhores, o que era conseguido através de cabos e conexões especiais, como S-VHS e Videocomponente. Mas, só a chegada dos novos TVs de tela fina, de plasma e LCD puderam oferecer uma resolução bem melhor, agora em nível de pixels, 1024 x 768.
Como a indústria não fica quieta, logo foi inventado o Blu-ray, que exigiu televisores melhores. Para exibir a imagem do disquinho azul, era necessário um display com uma resolução de 1920 por 1080, a famosa Full HD, ao pé da letra, alta definição máxima.
Pois bem, os famosos 4K são aparelhos capazes de reproduzir imagens com 3840 x 2160 pixels, também chamados de TVs Ultra HD. Em bom português, dá para enfiar 8 milhões de pontinhos luminosos na tela – e enxergar cada um deles!
Após este abre-alas, o leitor deve estar se perguntando pra que raios precisamos de um televisor assim, que oferece o dobro da resolução que um Blu-ray necessita? E mais, se a nossa TV aberta digital só oferece conteúdo em 1080i? E, num coupe de grace, pra que isso, num país onde a maioria da população só assiste TV aberta, ou no máximo um DVD pirata ligado direto na TV?


Bem, certamente os fabricantes das novas 4K não investiram nos novos displays pensando nos brasileiros, mas nos nossos primos americanos, japoneses e coreanos, bem mais chegados a uma nova tecnologia.
Destes países, só o Japão estuda oferecer conteúdo em 4K, mas ainda está em fase de projeto. O que se oferece de imediato é a possibilidade de fazer uma up-conversion para 4K, ou seja, a partir de um conteúdo HD ou Full HD, converter através de um processo eletrônico essa imagem para os oito milhões de pixels. Quem já comparou um conteúdo em 4K original para esse produto convertido considera que é algo muito inferior.
O entusiasmo dos fabricantes talvez reflita não o mercado doméstico, mas, o da indústria e comércio. Afinal de contas, há um enorme potencial para produtos de alta resolução na área médica (exames que exijam um nível alto de resolução), na indústria (painéis de controle com um grande número de detalhes), ou ainda no comércio (displays gigantes para shopping centers e assemelhados). Seu uso na televisão ou cinema também pode ser atrativo.
O calcanhar de Aquiles desta equação está exatamente na indústria de conteúdo, os que produzem e ofertam filmes, jogos e shows. Ainda não existe mídia física digamos, “popular”, para oferecer esse conteúdo. Uma resolução dessas exige um grande espaço de armazenamento, e mesmo para oferecer em streaming, através da internet, vai demandar uma altíssima velocidade de acesso e um grande volume de download.
Por enquanto, os novos displays são apenas brinquedos de meninos ricos, já que modelos como a Samsung LCD Precision Pro Black S9, de 85 polegadas, custa apenas trinta e oito mil dólares. Lá, e sem os impostos de importação, que elevariam esse preço ao dobro, para quem estiver pensando em importar um. Mais em conta é o modelo da Sony, de 84 polegadas, que custa módicos cem mil reais nas plagas tupiniquins. E ai, vai encarar?




Lançamentos em DVD/Blu-Ray

“Amor”
 
Georges (Jean-Louis Trintignant) e Anne (Emmanuelle Riva) são professores de música erudita que já passaram dos 80 anos. A filha, que possui a mesma profissão, vive fora do país com o marido. Um dia, Anne é vítima de um acidente e o amor que une este casal é posto à prova. A direção é de Michael Haneke. Ganhador do Oscar de Melhor Filme Estrangeiro de 2013. O disco traz o filme com formato de tela 16x9 letterbox e áudio em DD 5.1. (T.O.: “Amour”).


“E Agora, Aonde Vamos?”

Muçulmanos e católicos vivem em uma pequena comunidade no Líbano, cujo único elo de ligação com o mundo exterior é uma velha ponte, cercada por antigas minas terrestres que jamais foram removidas. O sinal de TV pega muito mal, o que faz com que não tenham muitas notícias sobre o que acontece no mundo. Apesar de a comunidade ser dividida religiosamente, ela vive em paz. Até mesmo a igreja e a mesquita dividem espaço em uma mesma casa. Até que, um dia, os homens da comunidade começam a brigar entre si. É quando as mulheres entram em ação, procurando meios de mantê-los ocupados, de forma que não possam entrar em conflito. Disco com formato de tela widescreen e áudio DD 5.1. (T. O.: “Et Maintenant, On Va Où?”)

“À Beira do Caminho”

A história de João (João Miguel), um homem que encontra na estrada uma saída para esquecer os dramas de seu passado. Por acaso ou sorte, seu caminho se cruza com o de um menino (Vinicius Nascimento) em busca do pai que nunca conheceu. A partir desse encontro, nasce uma bela relação que movimentará o delicado equilíbrio construído por João para enfrentar seus fantasmas. O disco traz o filme com formato de tela widescreen e áudio Dolby Digital 5.1, e, como extras, Making Of e Trailer de Cinema.  (T.O.: “À Beira do Caminho”).

“A Tentação”

Filosofias opostas de dois homens envolvidos em um complicado triângulo amoroso com uma linda mulher (Liv Tyler) se transformam em uma séria batalha que aborda as forças de vontades de ambos. Na trama, o fundamentalista cristão (Patrick Wilson) força o ateu (Charlie Hunnam) a ficar dependurado no topo de um alto edifício. O fundamentalista dá ao ateu uma hora para escolher entre a própria vida e a vida de outra pessoa, enquanto um policial (Terrence Howard) tenta convencê-lo a descer do topo desse edifício. Sem acreditar na vida após a morte, seria ele capaz de fazer tal sacrifício? O disco traz o filme com formato de tela widescreen e áudio em DD 5.1. (T.O.: “The Ledge”).

quinta-feira, 14 de março de 2013

Coluna Claquete – 15 de março de 2013



Newton Ramalho

 

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 O que está em cartaz

Depois da calmaria, uma enxurrada de estreias para conferir! As novidades são o policial “Linha de Ação”, o thriller “A Fuga”, e os dramas nacionais “A Busca” e “O Som ao Redor”, este último na Sessão Cine Cult. Neste final de semana acontece também a pré-estreia de “Os Croods”. Continuam em cartaz a fantasia “Oz, Mágico e Poderoso” (Vejam na Sessão Filme da Semana), com James Franco, e o policial “Duro de Matar – Um Bom Dia Para Morrer”, com Bruce Willis. Nas programações exclusivas, o Cinemark exibe “O Lado Bom da Vida”, e o thriller “Amanhecer Violento”, enquanto o Moviecom mantém o ganhador do Oscar de Filme Estrangeiro, “Amor”, o romance “Dezesseis Luas”, e o musical “Os Miseráveis”.

 

Estreia 1: “Linha de Ação

Nicholas Hostetler (Russell Crowe) é o prefeito de Nova York, um sujeito arrogante e ambicioso, que se prepara para a reeleição dentro de alguns dias. Ele contrata Billy Taggart (Mark Wahlberg), um ex-policial que caiu em desgraça na corporação, para investigar quem é o amante de sua esposa (Catherine Zeta-Jones). O político tem medo de que esta informação torne-se pública, sujando sua imagem e fazendo com que ele perca eleitores. Por mais que tenha antigas discordâncias com o prefeito, responsável por sua saída da polícia, Billy aceita a tarefa pelo dinheiro prometido. Entretanto, logo ele descobre que Nicholas tem outras intenções por trás da investigação encomendada. A direção é de Allen Hughes. “Linha de Ação” estreia nesta sexta-feira, nas Salas 1 do Cinemark, e na Sala 5 do Moviecom. Classificação indicativa 14 anos. (T. O.: “Broken City”)

 

Estreia 2: “A Fuga

Em uma pequena cidade canadense, coberta pela neve, Addison (Eric Bana) e Liza (Olivia Wilde) são dois irmãos especializados em roubos. Enquanto ele utiliza sua malícia e engenhosidade, ela investe na sensualidade para driblar os homens que encontra. Logo após roubarem um cassino, eles correm em direção à fronteira, tentando evitar uma perigosa nevasca que se aproxima. Por coincidência, a história dos dois vai cruzar a de Jay (Charlie Hunnam), ex-boxeador que acaba de sair da prisão para encontrar sua mãe (Sissy Spacek) e seu pai (Kris Kristofferson) durante as festas de fim de ano. A interação entre eles vai mudar os planos de todos os envolvidos. A direção é de Stefan Ruzowitzky. “A Fuga” estreia nesta sexta-feira, na Sala 7 do Cinemark, e na Sala 2 do Moviecom. Classificação indicativa 16 anos. (T. O.: “Deadfall”)

 

Estreia 3: “A Busca

Theo Gadelha (Wagner Moura) e Branca (Mariana Lima) são casados e trabalham como médicos. O casal tem um filho, Pedro (Brás Antunes), que desaparece quando está perto de completar 15 anos. Para piorar a situação, Theo fica sabendo que Branca quer se separar dele e que seu mentor (Germano Haiut) está à beira da morte. Theo sai em busca do filho sumido e aproveita a viagem para se descobrir e reencontrar o pai (Lima Duarte), com quem não falava há anos. Selecionado para a mostra World Cinema, no Sundance Film Festival 2012. A direção é de Luciano Moura. “A Busca” estreia nesta sexta-feira, na Sala 3 do Cinemark, e na Sala 1 do Moviecom. Classificação indicativa 12 anos. (T. O.: “A Busca”)

 

Estreia 4: “O Som ao Redor (Sessão Cine Cult)


A presença de uma milícia em uma rua de classe média na zona sul do Recife muda a vida dos moradores do local. Ao mesmo tempo em que alguns comemoram a tranquilidade trazida pela segurança privada, outros passam por momentos de extrema tensão. Ao mesmo tempo, casada e mãe de duas crianças, Bia (Maeve Jinkings) tenta encontrar um modo de lidar com o barulhento cachorro de seu vizinho. A direção é de Kleber Mendonça Filho. “O Som ao Redor” será exibido na terça-feira (19/03) e quinta-feira (21/03), na sessão de 20h50, na Sala 4 do Cinemark. Classificação indicativa 16 anos. (T. O.: “O Som ao Redor”)

 

Pré-Estreia: “Os Croods

Na época pré-histórica de Croodacious, a Mãe Natureza ainda fazia experiências, a fauna e a flora eram muito diferentes de hoje em dia. Depois que a caverna da família Crood é destruída, o clã se vê obrigado a partir em busca de uma nova casa. Grug, o líder da família, não está nada contente com a situação, mas, sua filha Eep tem um ponto de vista diferente e anseia explorar o desconhecido. Em meio à aventura, eles conhecem um forasteiro que é cheio de novas ideias. A direção é de Chris Sanders. “Os Croods” terá pré-estreia neste sábado e domingo, na Sala 7 do Cinemark. Classificação indicativa livre. Cópias dubladas, exibição em 3D. (T. O.: “The Croods”)

  

Filme da Semana: “Oz, Mágico e Poderoso”

Mesmo em suas fantasias mais ousadas, o escritor americano L. Frank Baum nunca teria imaginado a repercussão que teria o seu livro “The Wonderful Wizard of Oz”, publicado em maio de 1900. Em sua esteira foram publicados mais de 40 livros “oficiais” e inúmeros outros compartilhando o universo criado pelo autor. Em 1939, o livro original foi levado às telas em um filme antológico, que deu margem a outras tantas obras, culminando com a produção dos Estúdios Disney, “Oz, Mágico e Poderoso”, que estreou recentemente nos cinemas do mundo inteiro.
Adepto de uma filosofia que acreditava que as histórias infantis deveriam divertir, L. Frank Baum escreveu sobre as aventuras de uma menina do campo, Dorothy, que era levada por um ciclone para uma terra mágica, onde ela deveria enfrentar uma bruxa malvada para poder voltar para casa.
O filme de 1939, estrelado pela desconhecida Judy Garland, foi uma superprodução para a época, quando o cinema falado tinha pouco mais de uma década, e a cor era reservada para produções especiais. A ousadia começava pelo uso do preto e branco para o mundo real, e o colorido para a terra mágica de Oz. É, também, inesquecível a música “Over The Rainbow”.
Totalmente inocente, Dorothy descobre ter provocado a morte da malvada Bruxa do Leste, quando a casa em que fora transportada caiu sobre ela. A garota conhece a bondosa Fada do Norte, que a aconselha a procurar o poderoso Mágico de Oz, para encontrar o caminho de volta para o Kansas.
No caminho para a cidade das Esmeraldas, onde vive o Mágico, Dorothy conhece seus companheiros, o Espantalho, o Homem de Lata e o Leão Covarde. O Mágico, porém, exige que ela derrote a Bruxa do Oeste, o que ela consegue após muita dificuldade.
Ao voltar para cobrar seu pedido, Dorothy descobre que o Mágico era um farsante, que usava truques de palco para impressionar os visitantes.
O filme gerou inúmeras referências em outras produções, como a ficção científica “Zardoz”, a minissérie “Tin Man”, e outras tantas (há quarenta conexões no site IMDB). Até no filme “Matrix”, o personagem Cypher faz uma piadinha para Neo, dizendo-lhe “It means fasten your seat belt Dorothy, ‘cause Kansas is going bye-bye”.
O filme atual, “Oz, Mágico e Poderoso”, traz uma história que não está entre os livros escritos por Baum ou seus seguidores, mas que retrataria os eventos que teriam acontecido antes da chegada de Dorothy ao mundo de Oz.
Oscar Diggs (James Franco) trabalha como mágico em um pequeno circo vagando pelas cidades do interior dos Estados Unidos. Oscar, ou Oz, como gosta de ser chamado, é bastante egoísta, e vive se metendo em encrencas devido seu envolvimento com mulheres. Ao fugir de uma destas confusões, ele é levado por um ciclone à mágica Terra de Oz.
Chegando lá, ele conhece a Bruxa do Leste, Theodora (Mila Kunis), que lhe conta a lenda de que um grande mágico viria para a Terra de Oz. Ela o apresenta para a irmã, a Bruxa do Oeste, Evanora (Rachel Weisz). Acreditando que estaria fazendo um bem para a população local, ele decide enfrentar a bruxa Glinda (Michelle Williams), mas descobre que ela lembra um amor do passado e seu comportamento em nada se assemelha ao de alguém realmente malvado.
Dividido entre saber quem é do bem e quem é do mau, Oscar se depara com um lugar rico em belezas, cheio de riquezas, estranhas criaturas e também muitos mistérios. Vivendo este conflito, o ilusionista vai usar sua criatividade para salvar o tranquilo povo de Oz das garras de um poderoso inimigo. Para isso, contará com a inusitada ajuda de Finley (Zach Braff), o macaco alado, e uma menina de porcelana, China Girl (Joey King).
Produzido mais de sete décadas após o filme original, “Oz, Mágico e Poderoso” é repleto de efeitos especiais primorosos. Mas, o seu maior mérito, além de apresentar com verossimilhança a história pretérita de “O Mágico de Oz”, o filme atual presta-lhe uma belíssima homenagem, trazendo inúmeras referências, e até a presença dos personagens Espantalho e Leão Covarde, além do trio de irmãs bruxas.
“Oz, Mágico e Poderoso” é um filme para a família, com uma história dinâmica e sensível, que terá como único efeito colateral a vontade imediata de assistir o filme de 1939. Recomendo.



Eventos

“Lutero” na Sessão Cine Solar

O Cineclube Natal, em parceria com o Solar Bela Vista, exibe, na Sessão Cine Solar, o filme “Lutero”, dirigido por Eric Till. Após quase ser atingido por um raio, Martim Lutero (Joseph Fiennes) acredita ter recebido um chamado. Ele se junta ao monastério, mas logo fica atormentado com as práticas adotadas pela Igreja Católica da época. Após pregar em uma igreja suas 95 teses, Lutero passa a ser perseguido. Excomungado, Lutero foge e inicia sua batalha para mostrar que seus ideais estão corretos A sessão inicia às 19h no Solar Bela Vista (Av. Junqueira Alves, nº 417, Cidade Alta), com entrada franca.  (T. O.: “Luther”)


Lançamentos em DVD/Blu-Ray

“Deus da Carnificina”
 
Nancy (Kate Winslet) e Alan (Christoph Waltz) são os pais de um menino de 11 anos que se envolve em uma briga com um colega de escola. O casal é gentilmente convidado, pelos pais do outro garoto (Jodie Foster e John C. Reilly), para um encontro com a intenção de selar a paz entre os garotos e colocar um ponto final na história. A cordialidade lentamente transforma-se em alfinetadas que culminam em hilárias situações e grotescas ofensas. Diante deste cenário, ninguém escapará dessa carnificina.  O disco traz o filme com formato de tela widescreen e áudio em DD 5.1. (T.O.: “Carnage”).

“Elles”

Jornalista de uma grande revista voltada para o público feminino, Anne (Juliette Binoche) trabalha em uma matéria sobre a prostituição estudantil. Ela consegue os depoimentos de duas estudantes de Paris, Alicja (Joanna Kulig) e Charlotte (Anaïs Demoustier), que abrem suas vidas sem pudor ou vergonha. Tais confissões acabam ecoando no dia a dia de Anne e interferindo em seus relacionamentos pessoais. Disco com formato de tela widescreen e áudio DD 5.1. (T. O.: “Elles”)

“Hasta La Vista – Venha Como Você É”

Esta é uma viagem de superação para três jovens deficientes físicos: um é cego, outro é paraplégico e o terceiro é tetraplégico. Dizendo aos pais que eles pretendem conhecer as vinícolas da Espanha, os três partem em busca de realizar o que todo jovem comum gosta de fazer: dançar, beber e paquerar. Eles têm um objetivo preciso em mente: perder a virgindade. O disco traz o filme com formato de tela widescreen e áudio Dolby Digital 5.1.  (T.O.: “Hasta La Vista”).

“Mãos Sobre a Cidade”

Em um bairro de Nápoles, um edifício desaba deixando dezenas de pessoas feridas e mortas. Edoardo Nottola, empresário e responsável pelo desastre, sai impune do crime. No partido em que ele se elege, seus companheiros o abandonam e retiram suas candidaturas. Mas, por influência corrupta consegue inverter a situação tornando-se um dos favoritos para a vitória. Filme que impressiona pelo realismo e pela direção firme de Francesco Rosi, que dirigiu “Carmen” com Plácido Domingo. O disco traz o filme com formato de tela widescreen e áudio em DD 5.1. (T.O.: “Le Mani Sulla Cittá”).

quinta-feira, 7 de março de 2013

Coluna Claquete – 08 de março de 2013



Newton Ramalho

 

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O que está em cartaz

Minha homenagem às mulheres, neste dia a elas dedicado, lembrando que a luta deve ser por igualdade, e não por direitos diferentes. Enquanto isso, nos cinemas, estreiam a fantasia “Oz, Mágico e Poderoso”, com James Franco, e o ganhador do Oscar de Filme Estrangeiro, “Amor”. Continuam em cartaz o romance “Dezesseis Luas” (Vejam na Sessão Filmes da Semana), o thriller “Amanhecer Violento”, o policial “Duro de Matar – Um Bom Dia Para Morrer”, com Bruce Willis, e a aventura nacional “Tainá – A Origem”. Nas programações exclusivas, o Cinemark exibe “O Lado Bom da Vida”, e o clássico “Fausto”, na sessão Cine Cult, enquanto o Moviecom mantém o musical “Os Miseráveis”. 

 Estreia 1: “Oz, Mágico e Poderoso

Quando Oscar Diggs (James Franco), um inexpressivo mágico de circo de ética duvidosa é afastado da poeirenta Kansas e acaba na vibrante Terra de Oz, ele acha que tirou a sorte grande - fama e fortuna o aguardam - isso até encontrar três feiticeiras, Theodora (Mila Kunis), Evanora (Rachel Weisz) e Glinda (Michelle Williams), que não estão convencidas de que Oz é o grande mágico pelo qual todos estão esperando. Relutantemente envolvido nos problemas épicos que a Terra de Oz e seus habitantes enfrentam, Oscar precisa descobrir quem é bom e quem é mau antes que seja tarde demais. Lançando mão de suas artes mágicas através de ilusão, ingenuidade e até de um pouco de magia, Oscar se transforma não apenas no grande e poderoso Mágico de Oz, mas também em um homem melhor. A direção é de Sam Raimi. “Oz, Mágico e Poderoso” estreia nesta sexta-feira, nas Salas 1, 2 e 6 do Cinemark, e nas Salas 4 e 6 do Moviecom. Classificação indicativa livre. Cópias dubladas e legendadas, 2D e 3D. (T. O.: “Oz: The Great and Powerful”)

 Estreia 2: “Amor

Georges (Jean-Louis Trintignant) e Anne (Emmanuelle Riva) são um casal de aposentados, que costumava dar aulas de música. Eles têm uma filha musicista que vive com a família em um país estrangeiro. Certo dia, Anne sofre um derrame e fica com um lado do corpo paralisado. O casal de idosos passa por graves obstáculos, que colocarão o seu amor em teste. Indicado a Melhor Filme, diretor (Michael Haneke), atriz (Emmanuelle Riva), roteiro original e roteiro adaptado, o filme ganhou o Oscar de Filme Estrangeiro. A direção é de Michael Haneke. “Amour” estreia nesta sexta-feira, na Sala 3 do Moviecom. Classificação indicativa 14 anos. (T. O.: “Amour”)

 Estreia 3: “Fausto (Sessão Cine Cult)


O doutor Johannes Georg Faust (Johannes Zeiler) é um cientista brilhante mas desiludido, que aceita fazer um pacto com um comerciante diabólico (Anton Adasinskyi) em troca de prestígio e do amor de sua adorada Gretchen (Isolda Dychauk). Esta adaptação do famoso poema Fausto, de Goethe, foi a grande vencedora do Festival de Veneza 2011. A direção é de Alexandr Sokurov. “Fausto” será exibido na terça-feira (12/03) e quinta-feira (14/03), na sessão de 19h30, na Sala 3 do Cinemark. Classificação indicativa dez anos. (T. O.: “Faust”)


Filmes da Semana: “Dezesseis Luas” e “Amanhecer Violento”

Ao ler a programação do final de semana passado, percebi que as estreias eram todas voltadas para o público adolescente, tanto o thriller “Amanhecer Violento” quanto o romance fantástico “Dezesseis Luas”. Com um nível de expectativa baixo, terminei surpreendido pelo que vi.
Li em algum lugar que os vampiros estão em baixa, o que está na moda são os zumbis. Mas, a história mostrada em “Dezesseis Luas” parece mais uma mistura de “Crepúsculo” com “Harry Potter”.
O narrador da história, Ethan Wate (Alden Ehrenreich), é um estudante do terceiro ano do colegial, cujo único sonho é sair da pequena cidade em que mora, Gatlin, e ir para algum lugar muito, muito longe dali. A cidade é extremamente conservadora, com forte influência religiosa, e a pessoa que mais representa esse sentimento é a sra Lincoln (Emma Thompson), a mãe do melhor amigo de Ethan, Link (Thomas Mann).
A rotina da cidade é quebrada com a chegada de Lena Duchannes (Alice Englert), a jovem sobrinha do misterioso Macon Ravenwood (Jeremy Irons), um rico proprietário que quase nunca aparece em público, e que tem a má fama de ser um adorador do demônio.
A recém-chegada não demora a arranjar inimizades, principalmente com Emily (Zoey Dutch), a ex-namorada de Ethan. Este, por sua vez, sente uma estranha e incontrolável atração por Lena, sem ter explicação para isso.
Os primeiros contatos não são fáceis, pois a moça é arredia, e o tio não é nada simpático à aproximação do rapaz. Mas, quando ele encontra um antigo pingente, e o dá para a moça, imagens fortes e estranhas o dominam.
Lena pertence a uma linhagem de estranhos seres dotados de poderes, que se desenvolvem a partir dos dezesseis anos. Nessa idade, a pessoa fará a escolha entre as Trevas e a Luz, e é o que está prestes a acontecer com a jovem.
A presença de Ethan e sua influência sobre Lena levam Ravenwood a procurar a ajuda de Amma (Viola Davis), amiga da família do rapaz, e ela também dotada de alguns dotes misteriosos, como falar com os espíritos dos antepassados. Assim, eles descobrem que os jovens já se encontraram em outra vida, onde a ancestral de Lena praticou um Feitiço Proibido, acarretando uma maldição que perdura até os dias atuais.
Com a ajuda de Amma, Lena busca desesperadamente uma solução para a maldição, que impede que ela possa amar um mortal. Enquanto isso, a irmã de Ravenwood, Sarafine (Emma Stone), tenta aliciar a jovem para o lado das Trevas, com a ajuda de sua filha Ridley (Emma Rossum). Conseguirá Lena manter-se do lado do Bem, e ainda viver ao lado de Ethan?
Os fãs de “Crepúsculo” podem dormir tranquilos, assim como os de “Harry Potter”. Como disse antes, a história atual pegou elementos de um e de outro, mas seguiu um caminho diverso, e até com um toque original.
Os românticos, porém, se deleitarão com o amor doce e inocente do casal central, que estão distantes do padrão hollywoodiano de beleza, das propagandas de pasta de dentes. O tom dissonante do lugar comum, e com um toque de espiritismo, se observa no amor que une os jovens, e que permeia gerações e vidas diferentes.
Bem diferente, mas, igualmente voltado para o público adolescente é “Amanhecer Violento”. Esta é uma refilmagem de uma produção de mesmo nome, realizada em 1984, estrelado por Patrick Swayze e C. Thomas Howell.
Em plena Guerra Fria, sob a influência belicosa da era Reagan, “Amanhecer Violento” mostrava os Estados Unidos invadido pela União Soviética, e os jovens mantinham uma resistência armada contra os invasores comunistas.
Quase trinta anos depois, fica difícil imaginar a situação, pois o comunismo desapareceu, a China é o capitalista mais selvagem, e os inimigos de outras eras desapareceram ou se tornaram amigos. Sobrou para a Coreia do Norte, já que os iranianos já estão bem revoltados com “Argo”...
No filme, a Coreia do Norte desenvolve uma poderosa arma que anula as comunicações americanas, facilitando a invasão e o controle das áreas ocupadas.
Jed Eckert (Chris Hemsworth), um veterano do Afeganistão visita o pai e o irmão, Matt (Josh Peck), quando a cidade é invadida pelos coreanos. Obedecendo ao pai, os irmãos fogem para as montanhas, acompanhados por alguns amigos.
Ao presenciar a execução do pai, Jed e Matt decidem formar um grupo de resistência armada, roubando armas dos próprios invasores, e contando com a ajuda de outros cidadãos que não aceitavam aquela situação.
Claro que tudo é muito fantasioso, a partir da própria ideia da invasão, um feito militarmente quase impossível. Por outro lado, é curioso ver o protagonista usar o exemplo dos guerrilheiros do Iraque e Afeganistão para justificar as suas próprias ações.
“Amanhecer Violento” é um filme de ação direcionado para o público adolescente, que já estreou meio fora de moda. Assista por conta e risco.




Lançamentos em DVD/Blu-Ray

“A Estranha Vida de Timothy Green”

Cindy (Jennifer Garner) e Jim Green (Joel Edgerton) formam um casal feliz, que mal pode esperar para ter um bebê e iniciar uma família. Quando o jovem Timothy (Cameron "CJ" Adams) aparece na soleira da porta da casa deles, em uma noite de tempestade, Cindy e Jim, e a pequena cidade de Stanleyville, descobrem que, às vezes, o inesperado pode trazer alguns dos melhores presentes da vida. Disco com formato de tela widescreen e áudio DD 5.1. (T. O.: “The Odd Life of Timothy Green”)

“Por Amor e Honra”

Mickey (Liam Hemsworth), um jovem soldado, ajuda seu melhor amigo a reconquistar o coração da namorada em uma viagem clandestina, durante a Guerra do Vietnã. Nos EUA, eles enfrentam uma época de protestos e revolução social e, em meio a tudo isso, Mickey acaba conhecendo Candace (Teresa Palmer) e encontrando o amor pela primeira vez. O disco traz o filme com formato de tela widescreen e áudio Dolby Digital 5.1.  (T.O.: “Love and Honor”).

“Cinco Anos de Noivado”

Violet (Emily Blunt) e Tom (Jason Segel) vivem uma linda história de amor. O único detalhe é que eles nunca conseguem marcar o dia do casamento. Se numa hora eles marcam, alguma coisa acontece e a cerimônia precisa ser adiada. Com isso, já se vão mais de quatro anos de noivado e a família não para de cobrar uma solução para o enlace dos dois pombinhos. Perto de completar cinco anos, tudo está certo para o tão aguardado casamento e agora nada mais pode dar errado. Nada mesmo? O disco traz o filme com formato de tela widescreen e áudio em DD 5.1. (T.O.: “The Five-Year Engagement”).

“O Homem da Máfia”
 
Nova Orleans. Um assalto a um jogo de pôquer ilegal, cujos participantes eram integrantes da máfia, abala o submundo do crime. O matador profissional Jackie Coogan (Brad Pitt) logo é contratado para investigar o caso, já que os chefões da máfia desejam que os responsáveis sejam punidos, mas sem estardalhaço. Entretanto, a hesitação de alguns dos participantes coloca a situação ainda mais fora de controle.  O disco traz o filme com formato de tela widescreen e áudio em DD 5.1. (T.O.: “Killing Them Softly”).