quinta-feira, 27 de março de 2014

Coluna Claquete – 28 de março de 2014

 

Newton Ramalho

 

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O que está em cartaz

Sumiço de avião, crise na Criméia, CPI da Petrobras, o mundo parece alimentar-se de notícias ruins. Enquanto isso, nos cinemas, as estreias da semana são a animação “Rio 2”, dirigida pelo brasileiro Carlos Saldanha, o drama nacional “Entre Nós”, e animação japonesa “Vidas ao Vento”, do Studio Ghibli. Continuam em cartaz o drama de guerra “O Grande Herói” (vejam a resenha em Filme da Semana), a comédia nacional “S.O.S. – Mulheres ao Mar”, o romance “Namoro ou Liberdade”, o épico “300 – A Ascensão do Império”, e a animação “Tinker Bell: Fadas e Piratas”. Nas programações exclusivas, o Moviecom exibe o policial nacional “Alemão”, e a aventura “Need For Speed – O Filme”. Lembro que a programação agora muda nas quintas-feiras.

Estreia 1: “Rio 2


Blu (Jesse Eisenberg) vive feliz no Rio de Janeiro ao lado da companheira Jade (Anne Hathaway) e seus três filhotes, Carla (Rachel Crow), Bia (Amandla Stenberg) e Tiago (Pierce Gagnon). Seus donos, Linda (Leslie Mann) e Túlio (Rodrigo Santoro), estão agora na floresta amazônica, fazendo novas pesquisas. Por acaso eles encontram a pena de uma ararinha azul, o que pode significar que Blu e sua família não sejam os últimos da espécie. Após vê-los em uma reportagem na TV, Jade insiste para que eles partam para a Amazônia. Blu inicialmente reluta, mas acaba aceitando a ideia. Assim, toda a família parte em uma viagem pelo interior do Brasil rumo à floresta amazônica sem imaginar que, logo ao chegar, encontrarão um velho inimigo: Nigel (Jemaine Clement).  A direção é de Carlos Saldanha. “Rio 2” estreia nesta sexta-feira, nas Salas 4, 6 e 7 do Moviecom, Salas 1, 2, 6 e 7 do Cinemark, Salas 1, 2 e 6 do Natal Shopping, e Salas 1, 2, 4 e 6 do Norte Shopping. Classificação indicativa livre. Cópias dubladas e legendadas, 2D e 3D. (T. O.: “Rio 2”)

 

Estreia 2: “Entre Nós


Isolados numa casa de campo, jovens amigos decidem escrever e enterrar cartas destinadas a eles mesmos, para serem abertas dez anos depois. Porém, após uma tragédia ocorrida naquele mesmo dia, os amigos ficam todo este tempo sem se ver. Apesar de tudo, eles decidem cumprir suas promessas, reunindo-se dez anos depois. Agora, este reencontro irá trazer à tona antigas paixões, novas frustrações e um segredo mal enterrado. A direção é de Paulo Morelli, e no elenco estão Caio Blat, Carolina Dieckermann, Maria Ribeiro, Paulo Vilhena, Julio Andrade e Martha Nowill. “Entre Nós” estreia nesta sexta-feira na Sala 5 do Cinemark, e Sala 3 do Natal Shopping. Classificação indicativa 14 anos. (T. O.: “Entre Nós”)

 

Estreia 3: “Vidas ao Vento (Sessão Cine Cult)


Jiro Horikoshi, vive em uma cidade do interior do Japão. Um dia, ele tem o sonho de estar voando em um avião com formato de pássaro. A partir desse sonho, ele decide que construir um avião e colocá-lo no ar é a meta da sua vida. Durante a busca pelo seu sonho ele conhece Naoko, uma jovem encantadora por quem se apaixona. No entanto, Naoko fica profundamente doente, sem saber se sobreviverá. Belíssima obra do mestre da animação japonesa Hayao Miyazaki, um dos principais nomes do Studio Ghibli, que dirigiu, entre outros, “A Viagem de Chihiro” e “O Castelo Animado”. O filme é uma biografia adaptada do designer de avião de caça Mitsubishi A6M Zero, Jiro Horikoshi, usado durante a Segunda Guerra Mundial pelo Japão. “Vidas ao Vento” será exibido segunda-feira (31/03) e terça-feira (01/04), na Sala 1 do Cinemark, na sessão de 19h30. Classificação indicativa 12 anos. (T. O.: “Kaze Tachinu”)

  

Filme da Semana: “O Grande Herói”

A Segunda Guerra Mundial serviu de inspiração para mais de quinhentos filmes, sempre com os americanos ocupando o papel de heróis. Outras guerras, contudo, não tiveram os mesmos efeitos, talvez por ser a atuação americana não tão correta. “O Grande Herói”, um dos raros filmes sobre o Afeganistão chega agora aos cinemas, baseada em um acontecimento real.
É possível que muitos espectadores entrem e saiam deste filme sem ter uma ideia formada do que é a recente guerra do Afeganistão – uma entre muitas que este sofrido país já sofreu através dos séculos.
Situado no centro da Ásia, e caminho obrigatório para as antigas caravanas desde tempos imemoriais, o Afeganistão ocupa uma posição geográfica estratégica – e, por isso mesmo, é alvo de grandes impérios desde sempre.
No início dos anos 80, enquanto os Estados Unidos digladiava-se com o Irã, o Afeganistão foi ocupado pela extinta União Soviética. Entre as forças que lutaram contra os soviéticos, um dos grupos, formado em sua maioria por estudantes, os Talibãs, foi organizado, financiado, e armado pela CIA, agência de espionagem americana.
Com a retirada dos invasores, os Talibãs tomaram o poder em 1996, implantando uma república islamita extremamente conservadora, mergulhando o país em um estado repressor, voltando-se contra o Ocidente. Um dos seus líderes era Osama Bin Laden, que organizou o ataque de 11 de Setembro em Nova York e Washington. Após o ataque, americanos e ingleses invadiram o Afeganistão, tirando os Talibãs do poder.
Embora não estejam mais fazendo parte do estado, os Talibãs continuam atuando até hoje, e junto com fatores como a corrupção e a produção e tráfico de ópio, torna o país um dos lugares mais perigosos do mundo.
É neste ambiente, em 2005, que passam-se os eventos mostrados no filme. Marcus Luttrel (Mark Wahlberg) é soldado da Marinha americana, do grupo de elite SEAL, incorporado às tropas que lutavam no Afeganistão.
Ele e mais três companheiros recebem a missão de penetrar no território inimigo para localizar e identificar  Ahmad Shah, um dos homens de confiança de Bin Laden. Os quatro tem que se locomover em uma região montanhosa e de difícil acesso e comunicação, até chegar próximo à base dos Talibãs.
Mas, o grupo esbarra em alguns pastores de cabras afegãos, e são obrigados a decidir o que fazer com eles. A hipótese de executá-los foi levantada, mas o comandante da missão decidiu libertá-los e abortar a missão.
Esta decisão desencadeou em um ataque fulminante desfechado pelo grupo Talibã, com um grande número de combatentes, e mais bem adaptados à região. Um a um eles são presos ou mortos, e apenas Marcus consegue fugir montanha abaixo, sofrendo inúmeros ferimentos, seja pela queda ou pelas armas dos inimigos. Mesmo um helicóptero enviado para resgatá-los é derrubado, causando a morte de inúmeros soldados.
Ele é encontrado por um grupo de aldeões, que o conduzem à sua aldeia e cuidam dos ferimentos. Quando uma patrulha de Talibãs chega, os aldeões, liderados por Mouhamad Gulab (Ali Suliman), corajosamente intervém e impedem que Marcus seja executado, mesmo arriscando suas vidas.
Jurando vingança, os Talibãs se retiram, e uma longa noite se passa, e Marcus pede a um velho aldeão que vá buscar ajuda dos americanos. Como haviam prometido, os guerrilheiros retornam, e uma batalha de vida ou morte acontece na aldeia, sem esperança de piedade para ninguém.
 Como costumeiramente acontece, os títulos nacionais pecam muito, principalmente quando são apelativos como este aqui. O título original, “Lone Survivor”, ou único sobrevivente, traduz bem o acontecido, enquanto que o nacional, “O Grande Herói”, não tem nada a ver com a história.
O fato de Marcus Lettrel ter sobrevivido deve-se muito ao intenso treinamento como SEAL. O início do filme traz imagens verídicas do treinamento deste grupo, que faz “Tropa de Elite” parecer um passeio no parque, com capitão Nascimento e tudo. Marcus era um soldado profissional, profissão para a qual se preparara desde a adolescência. Tentar sobreviver a um grupo de inimigos fazia parte de sua profissão, não havia nada de heroísmo nisso.
Se existe um herói na história, ou vários heróis, foram os aldeões liderados por Gulab, que ousaram enfrentar os Talibãs para proteger o americano. E eles fizeram isso não por interesse, mas, por um código de honra e filosofia de vida secular, chamado pashtumwali, profundamente enraizado na personalidade da etnia pachtun.
Para ter uma ideia da coragem destes homens, basta lembrar que eles é que vivem diuturnamente em confronto com os Talibãs, enquanto os americanos já sairão de fininho este ano, depois de mais de uma década de intromissão.
O filme é muito bem feito tecnicamente, tem a honestidade de não endeusar os americanos, e nos dá outra visão deste povo tão sofrido, e costumeiramente classificado como sinônimo de terrorista. Assistam e tirem suas próprias conclusões.

Livros de cinema:

“A literatura através do cinema”

A partir da análise de adaptações fílmicas realizadas por cineastas, como Kubrick e Chabrol, entre outros, “A literatura através do cinema”, de Robert Stam, aborda obras canônicas que vão desde Dom Quixote, de Cervantes, a clássicos da literatura brasileira, como Memórias póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis, e Macunaíma, de Mário de Andrade. Imprimindo um olhar contemporâneo à releitura dessas obras e suas narrativas cinematográficas, este livro aborda questões cruciais, como reflexividade, paródia, realismo e magia, oferecendo um rico panorama histórico da literatura e do cinema para todos que apreciam esse tipo de produção cultural. 511 p – Editora UFMG.

Lançamentos em DVD/Blu-Ray:

“Capitão Phillips”

Richard Phillips (Tom Hanks) é um comandante naval experiente, que aceita trabalhar com uma nova equipe na missão de entregar mercadorias e alimentos para o povo somaliano. Logo no início do trajeto, ele recebe a mensagem de que piratas têm atuado com frequência nos mares por onde devem passar. A situação não demora a se concretizar, quando dois barcos chegam perto do cargueiro, com oito somalianos armados, exigindo todo o dinheiro a bordo. Embora Phillips utilize todos os procedimentos possíveis para dispersar os inimigos, eles conseguem subir a bordo, ameaçando a vida de todos. Começa uma longa e tensa negociação entre os sequestradores e os serviços especiais americanos, para tentar salvar o capitão antes que seja tarde. O disco traz o filme com tela widescreen anamórfico e Áudio em Dolby Digital 5.1. (T. O.: “Captain Phillips”)

“A Lista”

Após uma longa investigação, o assassino de aluguel Jesse Weiland (Matt Dillon) é preso pelo detetive Bud Carter (Willen Dafoe). Com medo de enfrentar a prisão, o criminoso aceita ser um informante da polícia, em troca de proteção. Mas quando começa a delatar a rede mafiosa, revelando a existência de uma lista com os próximos alvos dos assassinos, os chefes do crime tentam descobrir o quanto antes a fonte destas informações. Quando o nome de Weiland é descoberto, ele e Carter passam a correr sério risco de morte. Filme com formato de tela widescreen anamórfico e áudio em Dolby Digital 5.1. (T. O.: “Bad Country”)

“Uma Noite de Crime”

Quando o governo norte-americano constata que suas prisões estão cheias demais para receberem novos detentos, uma nova lei é criada, permitindo todas as atividades ilegais durante 12 horas. Este período, chamado de Noite do Crime, é marcado por milhares de assassinatos, linchamentos e outros atos de violência por todo o país. O intuito, segundo o governo, é permitir que todos os cidadãos libertem seus impulsos violentos, garantindo a paz nos outros dias do ano. James Sandin (Ethan Hawke) é um vendedor de sistemas de segurança que prospera graças à Noite do Crime. Quando o evento ocorre, no entanto, o filho de James aceita abrigar um homem perseguido por psicopatas. Logo, toda a família está em perigo, pelas ameaças dos psicopatas que cercam a casa.  O disco traz o filme com formato de tela widescreen anamórfico e Áudio em Dolby Digital 5.1. (T. O.: “The Purge”)

“Carrie, a Estranha”


Carry White (Sissy Spacek) uma jovem solitária e sem amigos, que vive com a mãe, Margareth (Piper Laurie), uma pregadora religiosa cada vez mais ensandecida. Carrie foi ridicularizada pelas colegas, pois ao tomar banho achava que estava morrendo, quando na verdade estava tendo sua primeira menstruação. Sue Snell (Amy Irving), uma das alunas que zombaram dela, fica arrependida e pede a Tommy Ross (William Katt), seu namorado e um aluno muito popular, para que convide Carrie para um baile no colégio. Mas Chris Hargenson (Nancy Allen), uma aluna que foi proibida de ir festa, prepara uma armadilha que deixar Carrie humilhada em público. Mas, ninguém imagina os poderes paranormais que a jovem possui e muito menos de sua capacidade vingança quando está repleta de ódio. Filme com tela widescreen anamórfico e Áudio em Dolby Digital 5.1. (T. O.: “Carrie”)

quinta-feira, 20 de março de 2014

Coluna Claquete – 21 de março de 2014


Newton Ramalho

 

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O que está em cartaz

Bem-vindos ao Brasil de março, onde novos escândalos são comemorados, para abafar outros tantos, e fazer campanha presidencial antecipada. Enquanto isso, nos cinemas, as estreias da semana são o drama de guerra “O Grande Herói”, a comédia nacional “S.O.S. – Mulheres ao Mar”, e o romance “Namoro ou Liberdade”. Continuam em cartaz o policial nacional “Alemão”, a aventura “Need For Speed – O Filme”, o drama “Ninfomaníaca: Volume 2”, o épico “300 – A Ascensão do Império”, a animação “Tinker Bell: Fadas e Piratas”, a animação “As Aventuras de Peabody & Sherman”, o vencedor do Oscar “12 Anos de Escravidão”, e a ficção “Robocop” . Nas programações exclusivas, o Cinemak exibe o thriller “Sem Escalas”, enquanto o Cinépolis Norte Shopping mantém a animação “Justin e a Espada da Coragem”. Uma novidade importante: a programação agora muda nas quintas-feiras.

Estreia 1: “O Grande Herói


Baseada em fatos reais, a história acompanha o oficial da marinha norte-americana Marcus Luttrell (Mark Wahlberg), que servia no Afeganistão após o 11 de setembro. Marcus e mais três colegas são enviados para capturar um homem de confiança de Osama Bin Laden. Por acidente, eles encontram um homem idoso e três crianças, e tem que decidir o que fazer com eles. Decidindo deixa-los em liberdade, mesmo comprometendo a missão, o paradeiro dos americanos é descoberto e logo toda a equipe é atacada por um grande grupo de guerrilheiros talibãs, numa posição difícil, e sem conseguir comunicação para pedir reforços. Em seu momento mais difícil, Marcus descobre a solidariedade onde menos poderia esperar. A direção é de Peter Berg. “O Grande Herói” estreia nesta sexta-feira, na Sala 7 do Moviecom, Sala 4 do Cinemark, e Salas 3 e 5 do Natal Shopping. Classificação indicativa 16 anos. (T. O.: “Lone Survivor”)

 

Estreia 2: “S.O.S. – Mulheres ao Mar


Adriana (Giovanna Antonelli) não está em um bom momento. Ela não consegue que alguma editora publique seus livros e, para ganhar a vida, legenda filmes pornôs. Para piorar a situação, seu marido Eduardo (Marcello Airoldi) decide pedir o divórcio. Em meio à fossa da separação, ela descobre que o ex fará um cruzeiro ao lado da nova namorada, Beatriz (Emanuelle Araújo), uma estrela da TV. Incentivada pela irmã Luíza (Fabíula Nascimento), as duas decidem embarcar no mesmo cruzeiro para que Adriana tenha a chance de reconquistá-lo. A empregada Dialinda (Thalita Carauta), que tenta ajudar a patroa a todo custo, acaba também embarcando nesta aventura. A direção é de Cris D’Amato. “S.O.S. – Mulheres ao Mar” estreia nesta sexta-feira na Sala 4 do Moviecom, Sala 2 do Cinemark, Sala 2 do Natal Shopping, e Salas 1 e 2 do Norte Shopping. Classificação indicativa 12 anos. (T. O.: “Mulheres ao Mar”)

Estreia 3: “Namoro ou Liberdade?


Jason (Zac Efron) e seu melhor amigo Daniel (Miles Teller) levaram uma vida de festas, farra e diversão, sem relacionamentos sérios. Após o divorcio de Mikey (Michael B. Jordan) juntam-se para ajudá-lo a superar a ex-esposa, só que aos poucos cada um deles começam a se envolver com diferentes mulheres que mudam seu jeito de pensar, até chegar ao momento onde deverão escolher entre a liberdade da vida de solteiro ou o compromisso de um namoro sério. A direção é de Tom Gormicam. “Namoro ou Liberdade?” estreia nesta sexta-feira na Sala 1 do Moviecom, na Sala 4 do Natal Shopping, e Sala 5 do Norte Shopping. Classificação indicativa 14 anos. Cópias dubladas e legendadas. (T. O.: “That Awkward Moment”)

 

Sessão Cine Cult: “Ninfomaníaca – Volume 2


A história poética e selvagem da vida de uma mulher, do nascimento aos 50 anos de idade, contada pela protagonista Joe (Charlotte Gainsbourg), autodiagnosticada ninfomaníaca. Numa fria noite de inverno, o velho e charmoso solteiro Seligman (Stellan Skarsgård) encontra Joe violentada num beco. Ele a leva para o apartamento dele, onde cuida de suas feridas e faz perguntas sobre a vida dela. Ele escuta atentamente enquanto Joe, durante 8 capítulos, reconta a multifacetada e luxuriosa história de sua vida, rica em associações e eventos que se cruzam. A direção é de Lars Von Trier.  “Ninfomaníaca – Volume 2” será exibido no Cinemark na Sala 3 (sessão 14h00, todos os dias, e 22h10, na segunda e terça), e na Sala 6 do Natal Shopping (sessão 21h45). Classificação indicativa 18 anos. (T. O.: “Nymphomaniac : Volume II”)

 

Filme da Semana: “Philomena”

Embora tivesse visto várias vezes o nome do filme “Philomena” nas listas de indicações para o Oscar 2014, para o qual ele concorreu para Melhor Filme, Atriz, Trilha Sonora, e Roteiro Adaptado, só quando vi a notícia de que a verdadeira Philomena Lee havia se encontrado com o Papa Francisco, foi que realmente tive a atenção despertada.
Pela sinopse, poderíamos esperar um drama lacrimejante e apelativo, mas o que veio às telas foi uma história emocionante, porém, repleta de aspectos delicados, como a intolerância moral, homossexualismo, AIDS, e, principalmente, a dor de uma mãe privada da presença do seu filho. Tudo isso seria mais aceitável se fosse coisa do passado. Infelizmente, esses fantasmas continuam presentes nos dias atuais.
A história de Philomena Lee (Sophie Kennedy Clark) começa em 1952, quando ela, ainda adolescente, engravida e dá a luz a um menino. Renegada pelo pai, ela vai morar e trabalhar em um orfanato dirigido por freiras, no interior da Irlanda, mas, logo o garoto é entregue para adoção por um casal de americanos, a quem é informado que ele era órfão.
Durante cinquenta anos mais tarde, Philomena (Judy Dench) manteve isso em segredo, pois acreditava ser parte da expiação por seus pecados. Um dia, porém, ela confessou esse segredo para sua filha, Jane Libberton (Anna Maxwell Martin), que envidou todos os esforços para descobrir o destino do irmão.
Mas, tanto as leis irlandesas, quanto a obstinação das freiras do orfanato, atrapalham descobrir mais o garoto. Posteriormente, com a ajuda do jornalista Martin Sixsmith (Steve Coogan) elas descobrem que ele tinha ganhado um novo nome, Michael Hess, tornara-se advogado e ativo participante do Partido Republicano, chegando a trabalhar como assessor do presidente Ronald Reagan.
A descoberta, infelizmente, chegou tarde, pois eles descobrem que Martin morrera. Homossexual, contaminado por AIDS, Martin viveu o preconceito e isolamento das primeiras gerações que pereceram com a doença.
A peregrinação de Philomena passa a ter um novo rumo, desejando conhecer mais sobre o filho falecido, e, principalmente, se ele manifestara alguma vez o desejo de revê-la. O ciclo se fecha no mesmo orfanato onde Michael nascera, e onde se escondiam as informações mais vitais para Philomena. A descoberta mais dolorosa é a de que ele próprio, como ela, estivera no orfanato em busca de informações – sem sucesso.
Não são poucas as histórias sobre desmandos da Igreja Católica ao longo dos séculos – e até bem recentes, como é o caso de Philomena. Não podemos esquecer que esta organização foi a mais poderosa sobre a Terra durante muito tempo, e não poderia deixar de ter seus aspectos sombrios. O lado positivo é que, nos dois últimos papados, muito tem sido feito, tanto no sentido de desvelar essas “assombrações”, como de punir os piores casos.
“Philomena”, tecnicamente, é muito bem feito, com uma magnífica trilha sonora, fotografia espetacular, roteiro bem amarrado, e um elenco bem afinado, em especial, a veterana Judy Dench. Foram bem merecidas as indicações ao Oscar nas diferentes categorias, embora não tenha ganhado nenhuma.
 Não consta do filme a informação, mas, Philomena Lee, em parceria com a organização Adoption Rights Alliance, lançou o Philomena Project, que vai defender a troca de registros de adoção da Irlanda, e ajudar a promover o contato de mães e crianças separadas pela política de adoções forçadas do país.
“Philomena” é um filme obrigatório para ser visto por todos, não apenas pelo aspecto dramático de uma história real, mas, principalmente para que possa contribuir para que hajam novas Philomenas a chorar a perdas de seus filhos no futuro.

Livros de cinema:

“Mazzaropi : O Jeca Do Brasil”

Durante mais de vinte anos Mazzaropi foi um dos principais produtores do cinema nacional. Ator genial e empresário astuto, o comediante atuou em 32 filmes, tendo antes acumulado uma vasta experiência no circo, teatro, rádio e televisão. Glauco Barsalini descortina, nessa importante obra, as influências artísticas que levaram à construção da personagem caipira de Mazzaropi, os segredos do sucesso do Jeca e de seu criador, e as relações simbólicas entre tal personagem e o universo social, econômico, político e cultural de sua época. 158 p – Editora Atomo.

Lançamentos em DVD/Blu-Ray:

“Virginia”

Hall Baltimore (Val Kilmer) é um escritor de romances de bruxaria que enfrenta uma má fase em sua carreira. Viajando pelo interior dos Estados Unidos para vender seu novo livro, ele acaba em uma pequena cidade onde o xerife local (Bruce Dern) lhe conta a história do assassinato de uma jovem garota. Nesta mesma noite o escritor sonha com o fantasma de uma adolescente, chamada Victoria (Elle Fanning). Ele suspeita que exista uma relação entre ela e a menina assassinada, e começa a pensar que este poderia ser um ótimo tema para um novo livro. Para escrevê-lo, no entanto, ele precisará investigar a fundo esta história, descobrindo relações inesperadas com sua história pessoal. O disco traz o filme com tela widescreen anamórfico e Áudio em Dolby Digital 5.1. (T. O.: “Twixt”)

“O Quinto Poder”

A história começa quando o fundador da Wikileaks, Julian Assange (Benedict Cumberbatch), e o seu colega, Daniel Domscheit-Berg (Daniel Brühl), se juntam para vigiar de forma anónima pessoas influentes e poderosas. Com muito poucos recursos financeiros, eles criam uma plataforma que permite aos delatores expor, de uma forma anónima, informações confidenciais que colocam a descoberto segredos obscuros dos governos e crimes praticados por grandes corporações. Em pouco tempo, começam a libertar um maior número de notícias bombásticas, do que as maiores empresas de media do mundo juntas. Mas quando Assange e Berg têm acesso ao maior tesouro de informação confidencial da história dos EUA, lutam entre eles sobre uma questão essencial nos nossos tempos: Quais são os custos de manter segredos numa sociedade livre - e quais são os custos de expô-los?  Filme com formato de tela widescreen anamórfico e áudio em Dolby Digital 5.1. (T. O.: “The Fifth Estate”)

“A Conquista do Império”

Início do século 11, na China, durante o reinado do Imperador Renzong, da Dinastia Song. O imperador negligencia assuntos de Estado e se entrega a prazeres pessoais, enquanto conspiradores infiltrados no governo espalham a corrupção e incitam guerra, que continua a assolar a população nas fronteiras do reino. Os domínios da Dinastia Song estão sendo invadidos pelos exércitos do Estado rival do Oeste, controlado pelo clã Xia. Yang Zongbao é o último homem de pé do clã Yang, uma família de generais que dedicaram suas vidas para defender a Dinastia Song de invasores estrangeiros. Ele aparentemente morre tragicamente na batalha quando o traiçoeiro imperial Tutor Pang recusa-se a enviar reforços para ajudá-lo. A esposa de Yang Zongbao, Mu Guiying, leva as outras viúvas do clã Yang à batalha para continuar o legado de seus maridos. O disco traz o filme com formato de tela widescreen anamórfico e Áudio em Dolby Digital 5.1. (T. O.: “Legendary Amazons”)

“Hatari!”

Sean Mercer (John Wayne) lidera um grupo de caçadores de animais na África. Seus clientes são os principais zoológicos do mundo, ávidos por novas atrações. Nessa temporada sua missão é atrapalhada pela presença da bela e jovem fotógrafa Dallas (Elsa Martinelli), ansiosa por imagens exclusivas da caçada. Elsa, protetora dos elefantes, e Sean se estranham e o rinoceronte continua fugindo...  Filme indicado ao Oscar 1963 de Melhor direção de fotografia em cores. Filme com tela widescreen anamórfico e Áudio em Dolby Digital 5.1. (T. O.: “Hatari!”)

quinta-feira, 13 de março de 2014

Coluna Claquete – 14 de março de 2014


Newton Ramalho

 

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O que está em cartaz

Com as chuvas em Natal, a pedida é ir de jet ski pro trabalho, mas tendo cuidado com as blitzen da Marinha nas principais avenidas da cidade. Enquanto isso, nos cinemas, as estreias da semana são o policial nacional “Alemão”, a aventura “Need For Speed – O Filme”, o drama “Ninfomaníaca: Volume 2”, a animação “Justin e a Espada da Coragem”, e a ópera “Giselle”, da Royal Opera House. Teremos também a pré-estreia do drama de guerra “O Grande Herói”. Continuam em cartaz o épico “300 – A Ascensão do Império”, o drama “Walt nos Bastidores de Mary Poppins”, a animação “Tinker Bell: Fadas e Piratas”, o thriller “Sem Escalas”, a animação “As Aventuras de Peabody & Sherman”, o vencedor do Oscar “12 Anos de Escravidão”, e a ficção “Robocop” . Nas programações exclusivas, o Cinemak exibe o épico “Pompéia”, enquanto o Moviecom mantém “A Menina Que Roubava Livros”.

Estreia 1: “Alemão


Rio de Janeiro, novembro de 2010. Cinco policiais trabalham infiltrados no Complexo do Alemão, uma área que reúne diversas favelas e é considerada um dos locais mais perigosos da cidade. Desmascarados pelos traficantes, eles agora estão presos e aguardam serem executados ou resgatados pelas forças policiais, o que significaria na divulgação de uma missão clandestina realizada pela polícia militar.  Sem contato com a rede de comando, para eles resta apenas um porão de uma pizzaria no morro e poucos mantimentos, enquanto o tempo implacável corre contra eles. A direção é de José Eduardo Belmonte, e o elenco conta com Caio Blat, Cauã Reymond, Otávio Müller, Milhem Cortaz, e Antonio Fagundes. “Alemão” estreia nesta sexta-feira, na Sala 4 do Moviecom, Salas 1 e 5 do Cinemark, Sala 6 do Natal Shopping, e Salas 3 e 5 do Norte Shopping. Classificação indicativa 16 anos. (T. O.: “Alemão”)

 

Estreia 2: “Need For Speed – O Filme


Tobey Marshall (Aaron Paul) herdou do pai uma oficina mecânica, onde, juntamente com sua equipe, modifica carros para torna-los mais rápidos. Além disto, Tobey é um exímio piloto e volta e meia participa de rachas. Um dia, o ex-piloto da Fórmula Indy Dino Brewster (Dominic West) o procura para que Tobey possa concluir um Mustang desenvolvido por um gênio da mecânica que já faleceu. Apesar das divergências entre eles, Tobey aceita a proposta por precisar muito do pagamento oferecido por Dino. Em um racha, Pete (Harrison Gilbertson) morre, e Tobey passa dois anos na prisão. Quando ele é solto, organiza um plano para que possa participar de uma conhecida corrida do submundo onde Dino também correrá. “Need For Speed – O Filme” estreia nesta sexta-feira nas Salas 6 e 7 do Moviecom, Sala 2 do Cinemark, Sala 2 do Natal Shopping, e Sala 2 do Norte Shopping. Classificação indicativa 12 anos. Cópias dubladas, exibição em 2D e 3D. (T. O.: “Need For Speed”)

 

Estreia 3: “Ninfomaníaca – Volume 2


A história poética e selvagem da vida de uma mulher, do nascimento aos 50 anos de idade, contada pela protagonista Joe (Charlotte Gainsbourg), autodiagnosticada ninfomaníaca. Numa fria noite de inverno, o velho e charmoso solteiro Seligman (Stellan Skarsgård) encontra Joe violentada num beco. Ele a leva para o apartamento dele, onde cuida de suas feridas e faz perguntas sobre a vida dela. Ele escuta atentamente enquanto Joe, durante 8 capítulos, reconta a multifacetada e luxuriosa história de sua vida, rica em associações e eventos que se cruzam. A direção é de Lars Von Trier.  “Ninfomaníaca – Volume 2” será exibido no Cinemark nas Salas 5 (sessão 19h40, menos na segunda e terça) e 3 (sessão 21h20, segunda e terça), e na Sala 3 do Natal Shopping. Classificação indicativa 18 anos. (T. O.: “Nymphomaniac : Volume II”)

 

Estreia 4: “Justin e a Espada da Coragem


Justin sempre quis ser um cavaleiro, mas seu pai, conselheiro-chefe da Rainha, quer que o filho siga seus passos e se torne um advogado. Em busca de ajuda, o garoto procura a avó e descobre que seu avô, Sir Roland, foi o mais nobre cavaleiro do reino e protetor do Rei, até que ambos foram traídos e mortos pelo terrível Sir Heraclio. Contra o desejo de seu pai, Justin decide ir em busca de seu sonho e começa uma jornada para tornar-se cavaleiro. A direção é de Manoel Sicilia. “Justin e a Espada da Coragem” estreia nesta sexta-feira na Sala 5 do Norte Shopping. Classificação indicativa livre anos. Cópia dublada. (T. O.: “Justin and the Knights of Valour”)

 

Estreia 5: “Royal Opera House: Giselle


Giselle é um dos mais influentes de todos os ballets românticos e também uma das maiores e mais populares obras do ballet de concerto e do repertório do The Royal Ballet. O papel-título apresenta o poder transcendental do amor da mulher face à traição, sendo um dos papéis mais tecnicamente exigentes e emocionalmente desafiadores da dança clássica. Como é de se esperar, o ballet constitui-se numa vitrine para o talento das grandes bailarinas da Companhia. A direção sutil de Peter Wright, emoldurada nos cenários atmosféricos de John Macfarlane, acentua os contrastes à medida que a história evolui entre o mundo. “Royal Opera House: Giselle” será exibido na Sala 4 do Cinemark, nas sessões de 11h00 (sábado e domingo), 14h05 (segunda), e 19h00 (terça). Classificação indicativa 12 anos. (T. O.: “Royal Opera House: Giselle”)

Pré-estreia: “O Grande Herói


Baseada em fatos reais, a história acompanha o oficial da marinha norte-americana Marcus Luttrell (Mark Wahlberg), enviado ao Afeganistão em busca de um homem de confiança de Osama Bin Laden. Quando ele se depara com um homem idoso e três crianças, ele recebe ordens para matar os quatro, mas Marcus não tem coragem de fazê-lo. O paradeiro dos americanos é descoberto e logo toda a equipe é atacada por 250 homens armados, enviados pela Al Qaeda. A direção é de Peter Berg. “O Grande Herói” terá pré-estreia sábado e domingo na Sala 5 do Natal Shopping, na sessão de 22h40. Classificação indicativa 12 anos. (T. O.: “Lone Survivor”)

 

Filme da Semana: “Ela” (“Her”)

A lista de indicação para Melhor Filme do Oscar 2014 reuniu muitos candidatos de peso, mas um deles, “Ela” (ou “Her”, no original), mostrou que ainda é possível encontrar algo diferente na indústria do cinema. Ou como pode alguém misturar ficção-científica, drama, romance e especulação sociológica no mesmo filme – e fazer algo muito interessante?
Ao contrário da maioria dos filmes de ficção-científica onde as maravilhas tecnológicas enchem os olhos dos espectadores, o ambiente em “Ela” não parece ser muito diferente de qualquer moderna metrópole do mundo atual. A não ser pelo fato de que tudo é limpo, impessoal, sem pobreza aparente.
Nesse futuro indeterminado, o traço mais marcante – além da impessoalidade – é que tudo é hiperconectado. Os personagens interagem com os computadores em qualquer lugar, no trabalho, no metrô, na praia, ou em casa, sem distinção de ambiente pessoal, doméstico ou profissional. O objeto mais familiar é algo parecido com um celular que serve de interface pessoal com o sistema, embora toda comunicação seja feita por voz.
Theodore (Joaquin Phoenix) é uma figura típica deste mundo, um homem solitário que vem de uma recente e ainda mal digerida separação com Catherine (Rooney Mara), que o conhece desde a infância, mas que preferiu trocar o casamento pela carreira acadêmica. Theodore ganha a vida escrevendo cartas para terceiros, ditando-as para o computador, que as imprime em letras cursivas e envia aos destinatários. Ironicamente, a empresa tem um nome tipo “cartas escritas à mão”.
Sentindo-se cada vez mais solitário, Theodore tem como únicos amigos a vizinha Amy (Amy Adams), uma designer de videogames, e o recepcionista da empresa, Paul (Chris Pratt), que é um grande fã das cartas que ele escreve.
Um dia, ele é atraído pelo anúncio de um sistema operacional pessoal, baseado em inteligência artificial. Com algumas poucas perguntas desconexas o sistema é configurado, e uma linda voz feminina (Scarlett Johansson) passa a interagir com Theodore. A primeira prova da capacidade do sistema operacional é quando ele pergunta se ela tem um nome. Ele responde que sim, Samantha. Quando ele pergunta como ela escolheu, ela diz que, em alguns milissegundos ela leu um livro com milhares de opções, e gostou daquele.
Se no começo Samantha era para ele apenas um programa superdesenvolvido, aos poucos ela o ajuda a organizar seus arquivos, faz contato com uma editora para publicar suas cartas, arranja um encontro com uma garota (Olivia Wilde), e até mesmo faz sexo com ele – virtual, é claro.
Em pouco tempo ele percebe que está namorando com Samantha, e até a apresenta para outras pessoas como sua namorada. Talvez por já viver em um mundo tão conectado, as pessoas não estranham, e até fazem passeios de casais.
A questão que soa mais estranha não é a de um homem se apaixonar por um programa de computador. E se a recíproca também acontecer?
O mais interessante em “Ela” não é apenas este amor entre um homem e um programa, mas é mostrado de uma forma consistentemente crível. O relacionamento entre eles era, basicamente, de conversas. Está certo que entre os humanos as coisas sempre começam pelo físico, mas só duram se houver uma sintonia de pensamentos. Tem até aquela piadinha que diz que deve se escolher um companheiro com quem se goste de conversar – até porque, um dia, só restará isso mesmo para fazer...
Além de ter uma história interessante, “Ela” se desenvolve graças a um bom elenco, bem dirigido por Spike Jonze, embora a grande carga cênica recaia sobre Joaquin Phoenix, que usa um bigodão e óculos grossos, que lhe dão a aparência do Sr. Batata de “Toy Story”. A outra metade do crédito recai em Scarlett Johansson, cuja belíssima voz traz uma grande credibilidade para a imaterial Samantha. Aliás, jamais assistam este filme dublado, pois vai perder toda a essência.
Num papel secundário, mas, importante, Amy Adams também contribui para a construção do ambiente amargurado e impessoal do mundo retratado no filme. Amy conseguiu a façanha de estar em dois dos filmes indicados para o Oscar, este e “Trapaça”.
O final do filme é um pouco ambíguo – para os padrões hollywoodianos – mas, certamente, irá inspirar longas discussões sobre o seu sentido, principalmente em uma boa mesa de bar.
Embora não seja do estilo “cinemão”, com cenas de ação e efeitos especiais, “Ela” traz um sabor diferente da pasteurização de Hollywood, e acredito que os espectadores verão muitos paralelos com o mundinho que vivemos.

Livros de cinema:

“Historia do Cinema: Dos Clássicos Mudos ao Cinema Moderno”

Do cinema mudo, passando pela engenhosidade do cinema sonoro, até as incríveis inovações da era digital, Mark Cousins apresenta um panorama completo e acessível da história do cinema mundial. Nela são desveladas as técnicas, aspirações e invenções de cada época, em diferentes países e por diversos cineastas que sonharam, imaginaram e trabalharam para que sua mensagem e sua estética fossem transmitidas a um público cada vez mais admirado pela sétima arte e pela rica história que ela comporta. 512 p – Editora Martins Fontes.

Lançamentos em DVD/Blu-Ray:

“Rush – No Limite da Emoção”

Anos 1970. O mundo sexy e glamouroso da Fórmula 1 é mobilizado principalmente pela rivalidade existente entre os pilotos Niki Lauda (Daniel Brühl) e James Hunt (Chris Hemsworth). Eles possuíam características bem distintas: enquanto Lauda era metódico e brilhante, Hunt adotava um estilo mais despojado, típico de um playboy. A disputa entre os dois chegou ao seu auge em 1976, quando ambos correram vários riscos dentro do cockpit para que pudessem se sagrar campeão mundial de Fórmula 1. O disco traz o filme com tela widescreen anamórfico e Áudio em Dolby Digital 5.1. (T. O.: “Rush”)

“Azul Profundo”

Dimitri (Sotiris Patras) é um nadador profissional, que está prestes a assinar um importante contrato com um patrocinador. Ele dedica a vida aos treinos, até um dia conhecer a militante ambiental Elsa (Youlika Skafida), que deseja melhorar sua capacidade respiratória. Logo Dimitri passa a lhe dar aulas e não demora muito para que eles engatem o namoro. Entretanto, um ano depois eles enfrentam problemas no relacionamento devido à dedicação dela às atividades de proteção ambiental, mesmo que para tanto passe por cima de sua própria saúde.  Filme com formato de tela widescreen anamórfico e áudio em Dolby Digital 5.1. (T. O.: “Apnoia”)

“Flores Raras”

1951, Nova York. Elizabeth Bishop (Miranda Otto) é uma poetisa insegura e tímida, que apenas se sente à vontade ao narrar seus versos para o amigo Robert Lowell (Treat Williams). Em busca de algo que a motive, ela resolve partir para o Rio de Janeiro e passar uns dias na casa de uma colega de faculdade, Mary (Tracy Middendorf), que vive com a arquiteta brasileira Lota de Macedo Soares (Glória Pires). A princípio Elizabeth e Lota não se dão bem, mas logo se apaixonam uma pela outra. O disco traz o filme com formato de tela widescreen anamórfico e Áudio em Dolby Digital 5.1. (T. O.: “Flores Raras”)

“Os Eleitos - Edição de Aniversário 30 Anos”


Baseado no livro best-seller escrito por Tom Wolfe, “Os Eleitos” narra o heroico conto da América prestes a começar a corrida rumo ao espaço. Tem início com Chuck Yeager, o primeiro piloto a voar mais rápido do que a velocidade do som, e continua com o surgimento dos primeiros astronautas no Projeto Mercury, os primeiros americanos no espaço. A bravura e a audácia das proezas desses homens capturaram a imaginação dos americanos na metade do século 20. Em “Os Eleitos”, o diretor e roteirista Philip Kaufman dá vida a esses incomparáveis eventos em detalhes emocionantes e repletos de suspense. Vencedor de quatro Oscars (Melhor Edição, Melhor Edição de Som, Melhor Trilha Sonora Original, e Melhor Som), “Os Eleitos” conta com um elenco estelar, incluindo Ed Harris, Barbara Hershey, Sam Shepard, Dennis Quaid e Fred Ward.  Filme com tela widescreen anamórfico e Áudio em Dolby Digital 5.1. (T. O.: “The Right Stuff”)