sexta-feira, 24 de junho de 2005

Claquete 24 de junho de 2005



Newton Ramalho - colunaclaquete@gmail.com

O que está em cartaz

O clima de São João está no ar, junto com a fumaça das fogueiras, o pipoco dos rojões, e, a poeira levantada pelos forrozeiros. Talvez, por isto mesmo, as estréias sejam tímidas. Na verdade, a única estréia é o desenho Madagascar, da Dreamworks. Para os que preferirem um cineminha, ao invés da marcação das quadrilhas (juninas, volto a lembrar...), na próxima quarta-feira entra em cartaz o esperado “Guerra dos Mundos”, dirigido por Spielberg, e, estrelado por Tom Cruise. Continuam em cartaz, “Batman Begins”, a nova versão do Homem-Morcego, dirigido por Christopher Nolan, o diretor de "Amnésia", com Christian Bale, no papel-título, “A Casa de Cera”, refilmagem de um clássico de terror, no estilo mata-mata de adolescentes, os filmes de ação “Sr. e Sra. Smith”, com Brad Pitt e Angelina Jolie, “Operação Babá”, com o durão Vin Diesel bancando a ama-seca, o épico, estrelado por Orlando Bloom, e, o terceiro episódio de “Guerra nas Estrelas”, “A Vingança dos Sith”, de George Lucas. Apenas no sábado e domingo, pré-estréia de “A Queda – As Últimas Horas de Hitler”. Na sessão Filme de Arte, do Cine Natal 1, a produção canadense “Desafio no Ártico”.

Estréia: “Madagascar”

O leão Alex é a grande atração do zoológico do Central Park, em Nova York. Ele e seus melhores amigos, a zebra Marty, a girafa Melman e a hipopótamo Glória (Heloisa Perissé, que também fez a adaptação do roteiro), sempre passaram a vida em cativeiro e desconhecem o que é morar na selva. Curioso em saber o que há por trás dos muros do zoológico, Marty decide fugir, para explorar o mundo. Ao perceber a fuga do amigo, Alex, Gloria e Melman decidem partir à sua procura. O trio encontra Marty na estação Grand Central do metrô, mas, antes que consigam voltar para casa, são atingidos por dardos tranqüilizantes, e, capturados. Eles são embarcados em um navio rumo à África, onde serão colocados em liberdade, por um grupo de humanos que quer tirar os animais da vida estressante em cativeiro. Após um grupo de pingüins, que também está no navio, sabotá-lo, o grupo vai parar na ilha de Madagascar, onde precisa encontrar meios de sobrevivência em uma selva verdadeira. “Madagascar” estréia, para valer, nesta sexta-feira, nos Cines 4 e 7 do Moviecom. Livre. Cópia dublada.


Pré-Estréia 1: “Guerra dos Mundos”

Um dos livros mais famosos de H.G.Wells, “Guerra dos Mundos”, retorna às telas do cinema, desta vez com a dobradinha Steven Spielberg, na direção, e, Tom Cruise, no papel principal. Ele vive Ray Ferrier, um homem divorciado, que trabalha nas docas. Ele não se sente à vontade no papel de pai, mas, precisa cuidar de seus filhos, Robbie (Justin Chatwin) e Rachel (Dakota Fanning), quando eles lhe fazem uma de suas raras visitas. Pouco após eles chegarem, Ray presencia um evento que mudará para sempre sua vida: o surgimento de uma gigantesca máquina de guerra, que emerge do chão, e, incinera tudo o que encontra. Trata-se do primeiro golpe de um devastador ataque alienígena à Terra, que faz com que Ray pegue seus filhos e tente protegê-los, levando-os o mais longe possível das armas extra-terrestres. O livro de Wells serviu para o evento mais famoso no meio da indústria de comunicação: a famosa transmissão radiofônica de Orson Welles, em 1938, que levou ao pânico boa parte da população americana. Apesar do caráter ficcionista do livro, o autor embutiu uma forte crítica ao imperialismo e à beligerância das nações ocidentais. Esperemos que algo desta mensagem tenha permanecido neste filme, já que estamos tão necessitados de uma boa dose de pacifismo, nos dias atuais. A pré-estréia de “Guerra dos Mundos” acontece na quarta-feira e quinta-feira, no Cine Natal 2, e, nos Cines 5 e 6 do Moviecom. Para maiores de 12 anos.

Pré-Estréia 2: “A Queda – As Últimas Horas de Hitler”

Na noite de novembro de 1942, quando Traudl Junge (Alexandra Maria Lara) foi selecionada para trabalhar como secretária pessoal de Hitler, a sua felicidade na poderia ser maior, já que serviria um dos homens mais poderosos do mundo. Três anos depois, em abril de 1945, o cenário era outro. Uma Alemanha dizimada resistia, como podia, ao avanço dos Aliados. Berlim sucumbia ante as tropas russas. Em meio a tudo isso, Hitler mantinha a sua pose e arrogância, ainda acreditando em uma hipotética vitória. O filme narra as últimas horas do ditador, do ponto de vista da jovem Traudl, que sobreviveu, para contar o que viu. A direção é de Oliver Hirschbiegel. A pré-estréia de “A Queda – As Últimas Horas de Hitler” acontece no sábado e no domingo, no Cine 2 do Moviecom. Para maiores de 16 anos.

Filme de Arte: “Desafio no Ártico”

A sessão Filme de Arte, do Cine Natal 1, traz, esta semana, a produção canadense “Desafio no Ártico”, do diretor Charles Martin Smith. Charlie Halliday (Barry Pepper) é um arrogante piloto, condecorado por sua participação na Segunda Guerra Mundial. Ele trabalha no gélido Noroeste do Canadá, em uma empresa privada de aviação, transportando passageiros e pequenas cargas. Em uma destas viagens, Charlie é procurado por uma família inuit, que o suborna, para que leve sua filha tuberculosa (Annabella Piugattuk) a um hospital em Yellowknife. Durante um vôo, o avião cai, numa área remota do Ártico Canadense, os dois escapando por pouco. Agora, a única chance de sobrevivência é a jovem passageira, Kanaalaq (Annabella Piugattuk). Aos poucos, com a convivência, Charlie consegue adaptar-se às circunstâncias, pois só assim poderão chegar vivos à civilização. O filme é baseado no conto “Walk Well, My Brother”, de Farley Mowat, que já teve um outro livro levado às telas em “Lobos Não Choram”, de 1983. “Desafio no Ártico” terá sessão única, às 21h do dia 28 de junho, terça-feira, no Cine Natal 1. Para maiores de 14 anos.

SENAC abre inscrições para Concurso Internacional de Quadrinhos

Já estão abertas as inscrições para o 1º Concurso Internacional de História em Quadrinhos, realizado pelo Senac São Paulo, e, pela Editora Devir. O objetivo é eleger o melhor profissional da área. As inscrições poderão ser feitas até seis de julho próximo, por e-mail. O concurso está aberto a todos os quadrinhistas, profissionais, ou, amadores, de todo o território nacional e do exterior, maiores de 16 anos, que deverão ter trabalhos inéditos de história em quadrinhos. Cada autor poderá inscrever até dois trabalhos. Mais informações: http://www.sp.senac.br/quadrinhos.


“Heavy Metal – Universo em Fantasia”, em DVD

Nos anos 80, um título chamou a atenção dos jovens. “Heavy Metal – Universo em Fantasia” trouxe, para as telas de cinema, o clima alucinante da revista Heavy Metal, que mostrava histórias de ficção-científica para adultos, com desenhos elaboradissimos, cheios de loiras peitudas, bem ao gosto dos americanos. Para quem nunca assistiu, o filme é uma seqüência de pequenas histórias, que têm, em comum, uma estranha esfera verde, de origem alienígena, com estranhos e perigosos poderes. O desenho é pobre, comparado às maravilhas da computação gráfica dos dias atuais, mas, o pioneirismo, e, a quebra de paradigmas do filme, explorando o sexo e a violência na mídia desenho animado, tornam este filme um marco. Foi feita uma seqüência, “Heavy Metal 2000”, que só tem em comum com o anterior as mulheres peitudas. No DVD de “Heavy metal – Universo em Fantasia”, além do filme, que vem com som Dolby Digital e Vídeo Anamórfico, traz, como extas, o documentário “Imaginando Heavy Metal”, Cenas Inéditas, Rascunho com Comentários Opcionais de Carl Macek, Fotos de Produção, Galeria de Capas da Revista Heavy Metal, Desenhos a Lápis com Animações, Portfolios, Conceitos de Criação, e, Notas de Produção.



“Nina”, em DVD

Nina (Guta Stresser) é uma jovem que vive em um perturbado mundo suburbano na capital paulistana. Entre baladas, drogas, sexo sem compromisso, e, um emprego medíocre, Nina tranca-se no seu quarto, onde produz um mundo em ilustrações (feitas por Lorenço Mutarelli). Sem ter dinheiro nem para a própria comida, ela é infernizada por Eulália (Myrian Muniz), dona do quarto onde mora. A senhoria é, literalmente, uma bruxa: coloca etiquetas com seu nome dos alimentos da geladeira, viola as cartas da jovem e rouba o dinheiro que a mãe de Nina manda, entre outras coisas. Esse é seu mundo e, dentro dele, ela começa a se perder e idealiza o assassinato como única forma de se libertar. Nina passa a ficar completamente descontrolada, percebendo que, de fato, poucas pessoas realmente se importam com ela. Uma combinação de Crime e Castigo de Dostoiévski, o visual soturno dos filmes de suspense e as animações violentas que lembram os Mangás Japoneses. O longa-metragem de estréia do diretor Heitor Dhalia é um retrato pungente da desintegração psicológica diante um mundo frio e sádico. Nas locadoras.


Filme recomendado: “Batman Begins”

O vôo do morcego


Normalmente, as adaptações de quadrinhos para o cinema, precisam explicar a origem do personagem, já que, as novas gerações, nasceram olhando para a televisão, e não, para as revistas em papel. Contudo, Batman, o Homem-Morcego, talvez por ser extremamente conhecido, furou esta regra. Depois do quase fracasso da série, os produtores resolveram ressuscitar o personagem, e, desta vez, começando pelo princípio do início, ou seja, como surgiu o herói. Para cumprir esta missão, nada melhor que um diretor fora do padrão hollywoodiano, o inglês Christopher Nolan, autor de “Amnésia” e “Insônia”, para dirigir “Batman Begins”, em cartaz em nossos cinemas.

Batman já foi levado às telas muitas vezes. No site IMDB, foram encontradas 32 referências de filmes ou produções para a TV com o personagem, algumas exóticas, como o filme filipino “Batman Enfrenta Drácula”. Isso se deve ao sucesso do herói, que está nas bancas de revista desde 1939. Colega de berço do Superman, Batman tem a seu favor as fraquezas humanas, já que é um herói que não dispõe de superpoderes, mas, tão somente da sua inteligência e habilidades físicas. Essa talvez seja a razão da identificação das pessoas com ele. Claro que na sua identidade secreta ele é um milionário, o que confere muito poder, mas, isso é uma outra história.

A visão mostrada em “Batman Begins” mostra Bruce Wayne como um menino equilibrado, vivendo em uma família feliz, o pai, médico respeitado, apesar de milionário, adorava andar no metrô que ajudara a implantar na cidade. Um acidente na infância, quando Bruce cai em um velho poço abandonado, o leva a um trauma com relação aos morcegos, que iria acompanha-lo até a vida adulta.

Na saída de um teatro, onde fora, com o pai, e, a mãe, para assistir a um concerto, Bruce presencia os dois serem assassinados por um marginal drogado. Chocado, o menino é obrigado a enfrentar uma vida de solidão, onde o único amigo é o fiel mordomo Alfred, vivido, magnificamente, no filme, pelo brilhante Michael Caine.

Bruce amadurece, e, torna-se um jovem forte e inteligente, embora revoltado, com a morte dos pais, e, a situação, cada vez pior, da marginalidade em Gotham City. Para conhecer o mundo dos marginais, tornou-se ele mesmo um, viajando sem destino, enfrentando os agressores com violência, até chegar em algum lugar remoto da China, na encosta do Himalaia. É aí que trava contato com uma misteriosa sociedade, a Liga das Sombras, através de Henri Ducard (Liam Neeson) que o recruta, em nome de Ra's Al-Ghul (Ken Watanabe), o poderoso líder do grupo.

O jovem passa por um intenso treinamento, que incluem vários tipos de armamentos e formas de lutas. Mas, ao tomar conhecimento do caráter sanguinolento que predomina na Liga, foge do lugar, que é destruído por um incêndio.
De volta a Gotham City, descobre que está pior do que a deixou. O banditismo domina a política e a polícia, restando poucos policiais honestos, entre eles, o idealista Jim Gordon (o camaleônico Gary Oldman). Contando com a cumplicidade de Alfred, Bruce reassume o seu papel de milionário irresponsável e perdulário, ao mesmo tempo em que decide combater o crime de maneira anônima, aterrorizando os criminosos.

Uma ajuda extra vem a calhar, com Lucius Fox, um cientista que trabalha nas empresas Wayne, mas vive relegado a um laboratório de experimentos de novas tecnologias. Lá, Bruce encontra alguns itens preciosos, como uma roupa de combate de kevlar, à prova de balas, um tecido que pode assumir uma forma predeterminada, ou, um poderoso carro de combate, capaz de rivalizar os Hummer do exército americano.

À medida que vai enfrentando os mafiosos e traficantes de drogas, nosso herói vai travando contato com um estranho plano de envenenamento da cidade, idealizado por ninguém menos do que o seu antigo mentor Ducard, que ajudara a escapar da morte no incêndio da Liga das Sombras. Um duelo poderoso, entre Batman, Ducard, e, o Espantalho, irá definir o destino de Gotham. Ponto. Para saber mais, assista ao filme.

Apesar de sua origem no final dos anos 30, Batman renasceu para o mundo em 1966, quando a rede de televisão ABC, após o filme “Batman – O Homem-Morcego” colocou no ar um seriado, que teve três temporadas, com o ator Adam West, e, uma incômoda barriguinha, que encantou os fãs do mundo inteiro. O filme, que deu origem à série, foi lançado, recentemente, em DVD.

A partir de 1989, a indústria voltou ao personagem, com “Batman”, “Batman - O Retorno” (1992), ambos com Michael Keaton, “Batman Eternamente” (1995), com Val Kilmer, e, “Batman & Robin” (1997), com George Clooney. Este último filme foi considerado um fracasso comercial, apesar de ter reunido um elenco estelar, como Shwarzenegger, Chris O’Donnel, Alicia Silverstone, e, Uma Thurman.

O retorno à grife do Homem-Morcego só foi possível graças à visão – acertadissima, por sinal – de explorar o lado humano, e, “realista” do mundo do herói. Não existem superpoderes, os vilões não são os personagens caricatos dos primeiros filmes, a bandidagem pratica o tráfico de drogas, e, o bairro barra-pesada é um favelão, do tipo que existe em qualquer grande cidade do mundo.

Bruce Wayne, diferente dos estereotipados heróis dos quadrinhos, é um homem atormentado pelos traumas de infância, que precisa aprender a dominar os seus próprios medos e impulsos, além da sede de vingança. Esta tênue linha, que separa o vingador do justiceiro, é o que provoca o surgimento do herói.

A escolha do elenco, certamente, é um dos motivos para o sucesso do filme. O Batman de Christian Bale é verossímil, expressando a angústia do personagem, ao mesmo tempo que expõe toda a energia do herói, não um ser indestrutível, mas um homem bem preparado e municiado. Michael Caine, com toda a sua fleugma britânica, faz um Alfred impecável, enquanto que Gary Oldman, surpreendente, como sempre, aparece como o futuro Comissário Gordon. Nos papéis secundários, Liam Neeson, Morgan Freeman, Ken Watanabe (“O Último Samurai”), Katie Holmes (a namorada de Tom Cruise), e, Rutger Hauer completam o time, com atuações impecáveis.

O filme não tem o excesso de efeitos especiais, observados em filmes como “Homem-Aranha”, sendo filmado em locações reais. Isso, ao invés de desmerecer o filme, passa uma maior sensação de veracidade.

Com um pé na tradição dos quadrinhos, e, o outro na visão dos novos espectadores, Nolan conseguiu uma visão equilibrada, fazendo renascer um personagem que faz parte do imaginário de jovens do mundo inteiro. Vale à pena dar uma conferida, seja para relembrar os tempos de infância, ou, simplesmente para curtir um filme de ação. Dos bons, por sinal.

sexta-feira, 17 de junho de 2005

Claquete 17 de junho de 2005



Newton Ramalho - colunaclaquete@gmail.com

O que está em cartaz

São Pedro parece ter dado uma trégua aos natalenses, quem sabe, por se aproximar o seu dia de festejo. Quem não está no ensaio das quadrilhas (juninas, claro, as outras estão em Brasília...), pode conferir o mais esperado lançamento do mês: “Batman Begins”. Desta vez, o Morcegão é recriado por Christopher Nolan, o diretor de "Amnésia", com Christian Bale, no papel-título. A outra estréia é “A Casa de Cera”, refilmagem de um clássico de terror, no estilo mata-mata de adolescentes. Continuam em cartaz “Sr. e Sra. Smith”, com Brad Pitt e Angelina Jolie, “Operação Babá”, com o durão Vin Diesel bancando a ama-seca, o épico, estrelado por Orlando Bloom, o terceiro episódio de “Guerra nas Estrelas”, “A Vingança dos Sith”, de George Lucas, “A Intérprete”, suspense com a gatíssima Nicole Kidman, e, a produção nacional “A Selva”, com Maitê Proença. Apenas no final de semana, pré-estréia do desenho “Madagascar”, da Dreamworks. Na sessão Filme de Arte, do Cine Natal 1, a produção italiana “Para Sempre na Minha Vida”.

Estréia 1: “Batman Begins”

Marcado pelo assassinato de seus pais, quando ainda era criança, o milionário Bruce Wayne (Christian Bale) decide viajar pelo mundo, em busca de meios que lhe permitam combater a injustiça, e, provocar medo, em seus adversários. Após retornar a Gotham City, sua cidade-natal, ele idealiza seu alter-ego: Batman, um justiceiro mascarado, que usa força, inteligência, e, um arsenal tecnológico, para combater o crime. Para isto, conta com a ajuda do mordomo e mentor Alfred (o excelente Michael Caine). Este será o sexto filme sobre o personagem, nos cinemas, iniciando com "Batman - O Homem-Morcego", em 1966, e, indo até "Batman e Robin", com George looney, em 1997. O novo filme, porém, não terá nenhuma ligação com os anteriores, e, é baseado na história "Batman: Ano Um", lançada nos quadrinhos, que narra o primeiro ano de existência do personagem. A direção é de Christopher Nolan, o mesmo do impressionante "Amnésia". “Batman Begins” estréia nesta sexta-feira, no Cine Natal 2, e, nos Cines 6, e, 7, do Moviecom. Para maiores de 10 anos.

Estréia 2: “A Casa de Cera”

Carly (Elisha Cuthbert), Paige (Paris Hilton), Wade (Jared Padalecki), Nick (Chad Michael Murray), e, mais dois amigos, decidem viajar, de carro, para o maior campeonato universitário de futebol americano a ser realizado no ano. Durante a viagem, eles decidem acampar, planejando seguir adiante, pela manhã. Um acidente com um motorista de caminhão assusta o grupo, que, no dia seguinte, descobre que o carro em que estavam foi danificado. Sem saída, eles aceitam uma carona até Ambrose, a cidade mais perto de onde estavam. Ao chegar, uma atração turística chama a atenção do grupo: a Casa de Cera de Trudy, que possui várias estátuas de cera, muito parecidas com pessoas de verdade. Porém, o que eles não sabem é o motivo pelo qual as estátuas parecem tão reais. Refilmagem de “Os Crimes do Museu” (1933), e, “Museu de Cera” (1953), este último, estrelado por Vincent Price. A direção é de Jaume Collet-Serra, “A Casa de Cera” estréia, nesta sexta-feira, no Cine 1 do Moviecom. Para maiores de 18 anos, que apreciam o gênero.


Pré-Estréia: “Madagascar”

O leão Alex é a grande atração do zoológico do Central Park, em Nova York. Ele e seus melhores amigos, a zebra Marty, a girafa Melman e a hipopótamo Glória (Heloisa Perissé, que também fez a adaptação do roteiro), sempre passaram a vida em cativeiro e desconhecem o que é morar na selva. Curioso em saber o que há por trás dos muros do zoológico, Marty decide fugir, para explorar o mundo. Ao perceber a fuga do amigo, Alex, Gloria e Melman decidem partir à sua procura. O trio encontra Marty na estação Grand Central do metrô, mas, antes que consigam voltar para casa, são atingidos por dardos tranqüilizantes, e, capturados. Eles são embarcados em um navio rumo à África, onde serão colocados em liberdade, por um grupo de humanos que quer tirar os animais da vida estressante em cativeiro. Após um grupo de pingüins, que também está no navio, sabotá-lo, o grupo vai parar na ilha de Madagascar, onde precisa encontrar meios de sobrevivência em uma selva verdadeira. “Madagascar” tem pré-estréia, neste final de semana, no Cine 3 do Moviecom. Livre. Cópia dublada.



Filme de Arte: “Para Sempre na Minha Vida”

A sessão Filme de Arte, do Cine Natal 1, traz, esta semana, a produção italiana “Para Sempre na Minha Vida”, do diretor Gabriele Muccino. Após saber que o Estado pretende privatizar o colégio em que estudam, um grupo de estudantes decide entrar em greve, e, ocupá-lo, mesmo tendo que enfrentar a polícia. Entre eles, está Silvio (Silvio Muccino), que está mais interessado em garotas do que nos comitês de política estudantil. Apesar das confusões decorrentes da ocupação da escola, e, também, da interferência de seus pais em sua vida, Silvio se esforça para encontrar o grande amor de sua vida. “Um Coração Para Sonhar” terá sessão única, às 21h do dia 21 de junho, terça-feira, no Cine Natal 1. Para maiores de 12 anos.


UFRN exibe vídeos do Festival Mundial do Minuto

A Oficina de Tecnologia Educacional, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte inicia um ciclo de exibições dos vídeos selecionados para o XI Festival Mundial do Minuto. Como o nome do Festival indica, são curtas-metragens com duração máxima de um minuto, créditos inclusive. A primeira exibição ocorrerá dia 21 de junho, próxima terça-feira, no auditório da Oficina de Tecnologia, no Centro de Convivência do Campus da UFRN, iniciando às 19h30. Maiores detalhes com a comissão organizadora: Sandra Mara (9419-6500), Emilia (9921-4718) e Edileusa (8809-9084). Prestigiem, não temos isso todo dia, por aqui!


“Capitão Sky e o Mundo de Amanhã”, em DVD

Nova York, final dos anos 1930. A repórter Polly Perkins (Gwyneth Paltrow) descobre que os cientistas mais famosos do mundo estão desaparecendo. Quando a cidade é atacada por imensos robôs voadores, ela resolve pedir ajuda ao piloto, aventureiro, e, seu antigo namorado, Joseph "Capitão Sky" Sullivan (Jude Law), e, Dex (Giovanni Ribisi), o fiel ajudante dele. A missão principal do grupo é localizar o megalomaníaco doutor Totenkopf (Laurence Olivier), que está escondido em algum lugar do Nepal, de onde, obviamente, planeja destruir o mundo. Angelina Jolie, numa ponta fantástica, dá uma força aos heróis, e, reconstruído digitalmente, o saudoso Sir Laurence Olivier, falecido em 1989. O curioso é que, inicialmente, o filme seria apenas um curta-metragem, de seis minutos, que mostraria o ataque dos robôs gigantes voadores à cidade de Nova York. Após a entrada de Jon Avnet, como um dos produtores, é que se decidiu por transformar o projeto em um longa-metragem. O curta original está incluído nos extras, além de comentários do diretor, produtor e equipe de efeitos especiais, cenas adicionais, erros de filmagem, trailer de cinema, e, os documentários “Admirável Mundo Novo” e “A arte do Mundo de Amanhã”. Nas locadoras.



“Desventuras em Série”, em DVD

Os fãs da série Harry Potter, certamente já terão ouvido falar desta grife, “Desventuras em Série”, do escritor Daniel Handler. Como as aventuras do bruxinho, “Desventuras” também narra histórias cheias de aventuras e mistérios. Klaus (Liam Aiken), Violet (Emily Browning), e, Sunny (Kara Hoffman e Shelby Hoffman) são três irmãos que, repentinamente, recebem a notícia de que seus pais morreram em um incêndio. Como são menores de idade, eles não podem ainda herdar a fortuna de seus pais, o que apenas ocorrerá quando a irmã mais velha completar 18 anos. O trio passa, então, a morar com o Conde Olaf (Jim Carrey), um parente distante bastante ganancioso, que deseja tomar a fortuna das crianças para si. Para atingir sua meta, Olaf não medirá conseqüências, com opções que vão do casamento forçado até o assassinato das crianças. Para escapar das trapaças e planos maquiavélicos do conde Olaf, elas contam apenas com a ajuda da tia Josephine (Meryl Streep). Embora sombrio, o filme, que cobre os três primeiros livros, é bem direcionado para o público infantil. A direção é de Brad Silberling (“Cidade dos Anjos”). O formato de tela é widescreen anamórfico e o som Dolby Digital 5.1. Como extras, comentários do diretor, “Criando um mau ator”, “Escolhendo as crianças infelizes de Baudelaire”, "Olaf" interativo, Cenas "Órfãs", e, o comentário oficial de “Desventuras em Série”. Nas locadoras.


Filme recomendado: “Dança Comigo”

Dançando, para não dançar...


Hollywood é cheia de modismos, e, nos últimos tempos, têm sido feitas várias refilmagens de filmes japoneses, geralmente de terror. É curioso que se faça isso, já que as culturas, e, os gostos dos públicos são totalmente diferentes. Uma destas refilmagens, “Dança Comigo”, apesar de seguir a mesma estória, conseguiu apresentar um enfoque diferente, levantando questionamentos que são mais comuns à sociedade ocidental.

O filme inicia com uma belíssima cena de abertura, que passa para o espectador a massacrante rotina em que se transformou a vida de John Clark (Richard Gere). John tem tudo o que qualquer homem poderia desejar: uma carreira bem-sucedida, como advogado especializado em testamentos, uma família sem problemas, com um filho na universidade e a outra adolescente, uma mulher amorosa e atraente, Beverly (Susan Sarandon), situação financeira tranqüila, etc.. Contudo, John sentia-se inquieto, estagnado, sem horizontes, nem desafios, temendo, até mesmo, admitir que sentia-se assim, pois lhe parecia uma heresia.

Todos os dias, após o trabalho, tomava o trem para casa, passando pelo mesmo trajeto. Um dia, sua atenção foi despertada pela imagem de uma jovem, na janela de uma escola de dança. Poderia ser qualquer uma entre as milhares de jovens nas janelas, que poderia ver em seu trajeto diário, mas, aquela lhe chamou a atenção, não apenas pela beleza, mas, principalmente, pelo ar melancólico e enfastiado, como se também não esperasse muito da vida.

Dia após dia, a cena breve e fulgaz se repetia, perante os olhos cansados de John. Um dia, num ímpeto, ele resolve descer e entrar na escola, sem saber direito porque fazia aquilo. Antes que se dê conta, está matriculado em um curso de dança de salão, com mais dois companheiros, Vern, um jovem negro, cuja obesidade iguala a simpatia, e, Chic, metido a machão, que declara estar mais interessado nas garotas da escola do que na dança em si. Uma outra freqüentadora da escola é Bobbie, uma extrovertida quarentona, cuja frase mais freqüente é “tire os olhos do meu traseiro”.

Apenas curioso, a princípio, John começa a interessar-se pelas aulas, principalmente após conhecer Paulina (Jennifer Lopez), a jovem que via pela janela. Longe de ser uma lolita inexperiente, Paulina declara para John que se o interesse dele for ela, é melhor sair da escola. Colocado em cheque, o homem descobre que o seu interesse é mesmo pela dança, que trouxe um novo desafio para a sua vida.

Em meio a tudo isso, dois fatos novos acontecem. John descobre, embaixo de uma enorme peruca, trajes de lantejoulas, e, um rebolado digno de Sidney Magal, um dos seus colegas de trabalho, “careta” a ponto de só conversar sobre futebol americano. Flagrado, Link (Stanley Tucci, o gerente do aeroporto que infernizava Tom Hanks, em “Terminal”), confessa serem as danças latinas a sua grande paixão. Enquanto isso, Beverly, a mulher de John, começa a desconfiar dos horários que o marido chega em casa, chegando a contratar um detetive, pois suspeita que ele está tendo um caso.

À medida que as aulas avançam, o envolvimento do grupo também acontece, principalmente quando eles se inscrevem num concurso de dança de salão para iniciantes. Em um dos momentos mais bonitos do filme, Paulina dança com John, num momento intimista e sensual.

Quando o concurso chega, todos estão em polvorosa. Link concorre, junto com a espevitada Bobbie, nas danças latinas, enquanto John a terá, como para, na valsa e outras danças de salão. Um acidente praticamente destrói as esperanças do grupo, e, John vê-se descoberto, pela mulher e pela filha.

A desastrada noite termina sendo um recomeço para todos. John recebe um delicado convite de Paulina, informando-o de sua iminente partida, e, convidando-o para dançar uma última vez. Ainda inconformado com os acontecimentos do concurso, John fica sem saber se aceite, pois ainda não conseguiu chegar a um entendimento com a esposa. Um presente dela fará com que ele se decida.

Na sua tradução, para o Ocidente, “Dança Comigo” ficou com alguns furos no roteiro. Na sociedade japonesa, é compreensível que um homem tenha vergonha de dançar, pois é visto, no Japão, como uma atividade fútil, para um homem de negócios sério. Além disso, a cultura japonesa é patriarcal e dominada pelo homem, o que justificaria esconder essa atividade da própria mulher. No caso do filme americano, fica difícil imaginar essa situação, a não ser que o cidadão realmente estivesse tendo um caso com a professora.

Mas, o filme trouxe à tona uma realidade comum, em nossa sociedade, mais conhecida como a “crise dos quarenta”, ou, “idade do lobo”, quando as insatisfações afloram, e, o homem, principalmente, procura uma atividade que o livre da asfixia. Muitos, simplesmente relaxam e convivem com isso, outros arranjam namoradas, outros buscam coisas diferentes para fazer, como pilotar jipes na lama, praticar Aikido, ou, aprender dança de salão.

Este não é um musical, no estilo “Chicago”, estrelado pelo próprio Gere. As músicas e as danças são meros coadjuvantes, cenário para expressar os sentimentos dos personagens. Enquanto as danças com Link eram engraçadas, e, sempre com algum final extravagante, o pas-de-deux de John e Paulina deixa entrever toda a atração, não concretizada, que havia entre os dois, pois, certamente, nunca passariam de uma relação platônica.

“Dança Comigo” traz uma bela mensagem, sobre aceitação da maturidade, e, busca de novos desafios, pois ninguém foi feito para morrer, mas, sim, para viver, com intensidade, paixão, e, esperança.

O DVD, distribuído pela Disney, traz formato de tela widescreen anamórfico, som Dolby Digital, Cenas Inéditas, documentários “Por trás das Câmeras”, e, “Música do "Shall We Dance?"”, e, Comentários do diretor Peter Chelson. Vale à pena dar uma conferida, com a vantagem de ser um filme para a família inteira. Divirtam-se.

sexta-feira, 10 de junho de 2005

Claquete 10 de junho de 2005



Newton Ramalho - colunaclaquete@gmail.com

O que está em cartaz

Enquanto a Cidade do Sol se transforma em cidade das chuvas, resta, aos natalenses, na falta de praia, correr para os cinemas, ou, ficar no aconchego do lar, vendo aquele DVD legal. As estréias da semana ficam por conta de “Sr. e Sra. Smith”, com Brad Pitt e Angelina Jolie, e, “Operação Babá”, com o durão Vin Diesel bancando a ama-seca. Continuam em cartaz, o épico, estrelado por Orlando Bloom, o terceiro episódio de “Guerra nas Estrelas”, “A Vingança dos Sith”, de George Lucas, a divertida aventura “Sahara”, com Matthew McConaughey e Penélope Cruz, “A Intérprete”, suspense com a gatíssima Nicole Kidman, e, as produções nacionais “A Selva”, com Maitê Proença, e, “Jogo Subterrâneo”, com Felipe Camargo e Maria Luisa Mendonça. Na sessão Filme de Arte, do Cine Natal 1, a produção italiana “Um Coração Para Sonhar”.

Estréia 1: “Sr. e Sra. Smith”

John (Brad Pitt) e Jane Smith (Angelina Jolie) trabalham como assassinos de aluguel. Eles são casados, mas, um não sabe do trabalho do outro, e, vivem, atualmente, umas vidas entediadas. A situação entre eles muda de rumo, quando cada um recebe um novo trabalho, que é justamente matar o outro. “Sr. e Sra. Smith” é a adaptação, para o cinema, da série "Mr. and Mrs. Smith", que foi exibida na TV americana em 1996. Um dos maiores atrativos do filme, além dos tiros e explosões, é que teria começado, nas filmagens, o romance entre Brad Pitt e Angelina Jolie, que culminou com o fim do casamento de Pitt com Jennifer Anniston. A direção é de Doug Liman, que dirigiu o ótimo “Identidade Bourne”. “Sr. e Sra. Smith” estréia, pra valer, nesta sexta-feira, no Cine Natal 2, e, nos Cines 4, e, 6, do Moviecom. Para maiores de 16 anos.

Estréia 2: “Operação Babá”

Vin Diesel, quem diria, açucarou... O valentão, que distribuía porradas em “Velozes e Furiosos”, “Eclipse Mortal” e “XXX”, agora toma conta de criancinhas. Repetindo a fórmula inaugurada por Schwarzenegger, em “Um Tira no Jardim de Infância”, Vin Diesel estréia em um novo e divertido filme, uma mistura de comédia, drama e ação, comandada pelo simpático troglodita. Shane Wolfe (Diesel) é um agente do Serviço Secreto, que tem a missão de proteger um cientista do governo. Após falhar em sua missão, Shane descobre que, não apenas o cientista estava em perigo, mas, também, toda a sua família. Querendo recuperar seu prestígio na agência, ele concorda em proteger também os filhos do cientista, sem saber os problemas que esta decisão lhe trará, pois, além dos bandidos, precisará enfrentar fraldas sujas e chatices de adolescentes. Com direção de Adam Shankman, “Operação Babá” estréia, nesta sexta-feira, no Cine 3 do Moviecom. Para maiores de 12 anos.


Nacional 1: “A Selva”

Com direção de Leonel Vieira, estreou, no final de semana passado, o filme “A Selva”, de produção luso-brasileira. A história se passa na Amazônia de 1912, em plena era de ouro da borracha. Alberto (Diogo Morgado) é um jovem português que está exilado em Belém, no Pará, por ter participado de uma rebelião contra a república, em Portugal. Para não ser preso, foge para o Brasil, e, através de seu tio, ele é contratado para trabalhar no seringal de Juca Tristão (Cláudio Marzo), em pleno coração da Amazônia. Já no seringal, Alberto fica sob a proteção de Firmino (Chico Diaz), indo trabalhar no armazém local, e, enfrentando dificuldades para se adaptar. Logo, ele se envolve com Dona Yayá (Maitê Proença), a esposa do gerente local. Além da trágica história de amor, este conturbado mundo também sofre com os efeitos da própria natureza, além da violência dos índios, revoltados contra a invasão de suas terras. Em cartaz, no Cine 2 do Moviecom. Para maiores de 16 anos

Nacional 2: “Jogo Subterrâneo”

Produção nacional, que estreou na semana passada, “Jogo Subterrâneo” é uma inusitada história de amor. Martín (Felipe Camargo), um pianista da noite, se submete obsessivamente ao jogo que inventou para encontrar a mulher de sua vida. O jogo é muito difícil, quase impossível. Em suas constantes, e, frustradas tentativas, Martín se depara com personagens que irão mudar sua vida: Tânia (Daniela Escobar) que se apaixona por ele e que tem uma filha autista - a pequena Victória (Thávyne Ferrari), aparentemente insensível a qualquer afeto e com quem Martín irá estabelecer laços através da música. Laura (Júlia Lemmertz), uma escritora cega que vive à caça de personagens nos subterrâneos da cidade, e, que vampiriza a história de Martín como mais uma de suas ficções. Em seu jogo contínuo e obsessivo, Martín acaba encontrando Ana (Maria Luisa Mendonça) - uma mulher que o fascina de tal forma, que o leva a trair as duras regras que criou para si. Ana é uma mulher misteriosa que pouco revela de sua vida. Mas apesar do medo e da desconfiança mútua, nasce entre os dois uma paixão que irá se equilibrar no tênue fio dos segredos. Em cartaz, no Cine 2 do Moviecom. Para maiores de 16 anos.



Filme de Arte: “Um Coração Para Sonhar”

A sessão Filme de Arte, do Cine Natal 1, traz esta semana a produção italiana “Um Coração Para Sonhar”, do diretor Pupi Avati. Nello Balocchi (Neri Marcoré), 35 anos, é um homem tímido, e, inteiramente voltado para o mundo acadêmico. Seu pai (Giancarlo Giannini), um empresário pragmático, manda-o dar aulas numa escola secundária, em Bolonha, na esperança de que, vivendo numa cidade grande, ele finalmente encontre uma mulher com quem queira se casar. Chegando lá, ele passa a dividir um quarto com um barbeiro napolitano. Enquanto vai descobrindo que tem um talento nato para o magistério, a busca pela alma gêmea segue frustrada. Um dia, ele conhece Angela Gardini (Vanessa Incontrada), uma mulher exuberante, e, cega. As duas famílias desaprovam o relacionamento, mas, a essa altura, Nello já está completamente apaixonado, e, vira sua vida de cabeça para baixo. “Um Coração Para Sonhar” terá sessão única, às 21h do dia 14 de junho, terça-feira, no Cine Natal 1. Para maiores de 12 anos.


Falha nossa

Na semana passada, Claquete noticiou que não haveria estréias. Na verdade, por problemas técnicos, a programação da rede Moviecom não chegou a tempo do fechamento da coluna, o que levou ao engano. Dois filmes, por sinal, nacionais, estrearam no final de semana passado: “A Selva”, de Leonel Vieira, e, “Jogo Subterrâneo”, de Roberto Gervitz.

MacGyver, Magnum e Mulher-Maravilha, em DVD

Quem foi adolescente nos anos 70, certamente lembrará, com saudades, de alguns dos heróis da telinha. Três deles estão sendo relançados, em DVD. “Mulher-Maravilha”, com Linda Carter, traz as duas primeiras temporadas, em boxes de cinco e oito discos, respectivamente. Num box com seis discos, “MacGyver” traz a primeira temporada do espião que nunca usava armas, mas era capaz de construir uma bomba com um canivete. O outro lançamento é “Magnum”, um oficial da Marinha que se torna investigador particular no Havaí. Estrelado pelo bigodudo Tom Selleck, o box, com seis discos, traz os dezoito episódios da primeira temporada. Para quem não sabe, Selleck foi convidado para ser o Indiana Jones, mas, por estar atuando em “Magnum”, o papel ficou para Harrison Ford. Nas locadoras.



Adeus a Mrs Robinson

Na última terça-feira, uma notícia entristeceu os fã da Sétima Arte. Anne Bancroft, uma das mais respeitadas atrizes do cinema e do teatro americanos, faleceu, vítima de câncer uterino. Casada com o diretor Mel Brooks, Anne atuou em inúmeros filmes, sendo indicada cinco vezes ao Oscar, ganhando a estatueta por sua atuação em “O Milagre de Anne Sullivan”, em 1962. Dentre os inúmeros filmes que participou, alguns são especiais, como “A Primeira Noite de um Homem”, “O Homem-Elefante”, “Agnes de Deus”, “Nunca te vi, Sempre te Amei”, e, “Grandes Esperanças”. Vale à pena, conferir alguns destes títulos, em homenagem a esta grande mulher.



Filme recomendado: “A Liga Extraordinária”

Salada de heróis


Um dos chavões mais ouvidos, na saída do cinema é “o livro era melhor”. Realmente, fazer a adaptação de um livro para as telas de cinema sempre vai ofender o fã do texto original. Bem, e, o que diriam estes fãs, se, um filme for adaptado de uma graphic novel, ou um quadrinho de luxo, baseado em personagens famosos da literatura? Este samba do crioulo doido existe, realmente, e, se não segue fielmente os traços de seus autores originais, resultou em um filme de ação bem divertido. Estou falando de “A Liga Extraordinária”.

A idéia que foi levada às telas é a mesma do graphic novel criado por Alan Moore (de Watchmen), e, ilustrada pelo talentoso Kevin O'Neill (de Marshall Law). Baseada nos grandes clássicos da literatura fantástica do final do século XIX, “A Liga Extraordinária” faz uso de imensas licenças poéticas para colocar, lado a lado, personagens famosos, dotados de estranhos poderes, para combater o mal, e, salvar o mundo, naturalmente.

Em 1899, no final da era vitoriana, o mundo vive grandes transformações, e, ao mesmo tempo, a Europa toda vive nervosa, eternamente à beira da guerra. É neste ambiente que dois ataques acontecem, um, na Inglaterra, e, o outro, na Alemanha. Um governo põe a culpa no outro, ameaçando desencadear uma guerra entre os dois países.

Para solucionar o problema, o famoso explorador Allan Quatermain sai de sua aposentadoria, em sua querida África, para liderar um grupo de pessoas que constituiriam a denominada Liga Extraordinária. Ao chegar, é recepcionado por M, uma misteriosa autoridade, que o apresenta ao resto do grupo: Capitão Nemo, Skinner, e, Mina Harker. Os quatro seguem para a casa de um outro membro do grupo, Dorian Gray, onde acontece um ataque do perigoso Phantom, o cérebro criminoso por trás dos ataques. Este ataque termina sendo a apresentação dos poderes dos membros do grupo. Tony tornou-se invisível, graças a uma poderosa solução química. Dorian Gray é imortal, não sendo ferido por nenhuma arma. E, Mina Harker, é a viúva do homem que ajudou a caçar o terrível Conde Drácula, que a transformou em vampira. O grupo recebe a inesperada ajuda de um jovem americano, o impetuoso Tom Sawyer.

Após o confronto com Phantom, que foge, ao ser acuado, o grupo embarca no monumental submarino do Capitão Nemo, o Nautilos. Após uma escala em Paris, onde a Liga captura Mr Hyde, a deformada transformação do pacato Dr. Jeckyll, o grupo segue para Veneza, onde os líderes das nações européias irão reunir-se, para por fim à crise. Por suspeitar de que Phantom pretende atingir a reunião dos governantes, a Liga corre contra o tempo, para chegar em Veneza antes que o criminoso consiga o seu intento.

No meio do caminho, fatos estranhos acontecem no submarino, e, logo, a suspeita de que o grupo oculta um traidor, mostra-se verdadeira. Um ato de sabotagem põe em risco a vida dos aventureiros, mas, após muito sacrifício, conseguem chegar ao esconderijo de Phantom, para o confronto final. Ponto. Para saber mais, aluguem o filme.

Quem estiver preocupado com realismo histórico, ou mesmo, uma cópia fiel dos personagens literários, pode desistir. “A Liga Extraordinária” é um exercício de imaginação que reúne seres estranhos em busca do bem da humanidade.

O mais interessante, nisto tudo, é reconhecer figuras emblemáticas, de antigas histórias, tomar corpo, em uma aventura renovada, parecendo fugir das páginas emboloradas de livros esquecidos em uma velha estante.

O líder do grupo, Allan Quatermain, vivido magistralmente por Sean Connery, foi criado por H. Rider Haggard, no livro “As Minas do Rei Salomão”, que já rendeu dois filmes. O belo e perverso Dorian Gray vem das páginas de “O Retrato de Dorian Gray”, de Oscar Wilde, sobre um homem que fez um pacto com o diabo para conservar-se jovem, enquanto que sua imagem no retrato envelhecia e refletia todos os seus vícios e malefícios. O retrato, inclusive, entra na história do filme.

O homem invisível, por questões autorais, não teve o mesmo nome do personagem original do livro homônimo de H. G. Wells, Hawley Griffin, mas manteve as mesmas características. Mina Harker, personagem secundária do romance “Drácula”, de Bram Stoker, ganha aqui uma maior importância, como uma ética vampirona. O Capitão Nemo, de “Vinte Mil Léguas Submarinas”, de Julio Verne, aparece aqui, com suas máquinas sofisticadas e estilosas, além de um exército particular de servis indianos.

O único personagem que não aparecia na novel de Alan Moore, foi acrescentado para agradar o público americano. Tom Sawyer, personagem mais conhecido do escritor americano Mark Twain, trouxe a imagem da impetuosidade irresponsável do jovem americano, arremessando-se ao perigo, para salvar o mundo, embora à força de balas...

O filme é cheio de cenas de ação, muita computação gráfica, e, efeitos sonoros que fazem o subwoofer funcionar constantemente. As incoerências da história (Nemo, por exemplo, no livro de Verne, era inimigo mortal do Império Britânico) não atrapalham muito, principalmente para quem gosta de um filme cheio de ação.

sexta-feira, 3 de junho de 2005

Claquete 03 de junho de 2005



Newton Ramalho - colunaclaquete@gmail.com

O que está em cartaz

Final de semana sem estréias, só muita chuva, mesmo... A única novidade é a pré-estréia de “Sr. e Sra. Smith”, com o novo casal de Hollywood, Brad Pitt e Angelina Jolie. De resto, continuam em cartaz, “Star Wars: Episódio III - A Vingança dos Sith”, que faz a ligação entre a nova e a antiga série de George Lucas, o épico “Cruzada”, de Ridley Scott, estrelado pelo ex-elfo Orlando Bloom, o ótimo suspense “A Intérprete”, com a linda Nicole Kidman, às voltas com uma trama de assassinato em plena ONU, o terror sino-tailandês “Visões”, com Eugenia Yuan e Philip Kwok, “Sahara”, aventura no estilo Indiana Jones, com Matthew McConaughey e Penélope Cruz, e, o drama nacional “Quase Dois Irmãos”, que reconta a história política brasileira dos últimos cinqüenta anos. Para as crianças, o desenho “Pooh e o Efalante”, produção dos Estúdios Disney, com o simpático Ursinho Pooh, e, “O Filho do Máskara”. Na sessão Filme de Arte, do Cine Natal 1, a produção coreana “Primavera, Verão, Outono, Inverno e ... Primavera”.

Pré-Estréia: “Sr. e Sra. Smith”

John (Brad Pitt) e Jane Smith (Angelina Jolie) trabalham como assassinos de aluguel. Eles são também casados, mas, um não sabe do trabalho do outro, e, vivem, atualmente, umas vidas entediadas. A situação entre eles muda de rumo quando cada um recebe um novo trabalho, que é justamente matar o outro. “Sr. e Sra. Smith” é a adaptação, para o cinema, da série "Mr. and Mrs. Smith", que foi exibida na TV americana em 1996. Um dos maiores atrativos do filme, além dos tiros e explosões, é que teria começado nas filmagens o romance entre Brad Pitt e Angelina Jolie, que culminou com o fim do casamento de Pitt com Jennifer Anniston. A direção é de Doug Liman, que dirigiu o ótimo “Identidade Bourne”. “Sr. e Sra. Smith” terá pré-estréia, nesta sexta-feira, no Cine Natal 1. Para maiores de 16 anos.

“A Lenda do Tesouro Perdido”, em DVD

Um filme repleto de ação e aventuras mirabolantes, tocando em temas patrióticos dos americanos, “A Lenda do Tesouro Perdido”, produzido pelos Estúdios Disney, chega agora aos usuários domésticos, em DVD. No melhor estilo Indiana Jones, Benjamin Franklin Gates (Nicolas Cage), é um caçador de tesouros, função que já está na terceira geração, em sua família. Durante toda sua vida, Benjamin procurou um tesouro, que ninguém acredita existir. Este tesouro, cuja origem remonta às Cruzadas, teria sido acumulado durante séculos, e, transportado por vários continentes, para evitar que fosse roubado, sempre sob a guarda dos Cavaleiros Templários. As investigações de Benjamin, sobre a localização deste tesouro, fazem com que ele descubra que existe um mapa codificado, escondido na Declaração de Independência dos Estados Unidos. Só que, para conseguir lê-lo, Benjamin terá que enganar o FBI, e, roubar um dos documentos mais preciosos e vigiados do país. Além de Cage, fazem magníficas pontas Harvey Keitel e Jon Voight.

Filme de Arte: “Primavera, Verão, Outono, Inverno e ... Primavera”

A sessão Filme de Arte, do Cine Natal 1, traz esta semana a produção coreana “Primavera, Verão, Outono, Inverno e ... Primavera”. Ninguém é indiferente ao poder das quatro estações, e, de seu ciclo anual de nascimento, crescimento, e, declínio. Nem mesmo os dois monges que compartilham a solidão, em um lago rodeado por montanhas. Assim como as estações, cada aspecto de suas vidas é introduzido com uma intensidade que conduz ambos para uma grande espiritualidade e para a tragédia. Eles também estão impossibilitados de escapar da roda da vida, dos desejos, sofrimentos, e, paixões, que cercam cada um de nós. Sobre os olhos atentos do velho monge, vemos a experiência da perda da inocência do jovem monge, o despertar para o amor, quando uma mulher entra em sua vida, o poder letal do ciúme, e, da obsessão, o preço do perdão, o esclarecimento das experiências. Assim como as estações vão continuar mudando, até o final dos tempos, na indecisão entre o agora e o eterno, a solidão será sempre uma casa para o espírito. “Primavera, Verão, Outono, Inverno e ... Primavera” terá sessão única, às 21h do dia 7 de junho, terça-feira, no Cine Natal 1. Para maiores de 14 anos.

“Sahara”: Boa diversão

Meio atropelado pela estréia de Star Wars, e, com uma crítica desfavorável, “Sahara” está passando quase desapercebido pelo público. Mas, com uma história simples, ação incessante, e, um elenco simpático, o filme é muito divertido, e, um ótimo passatempo. Nos dias atuais, após encontrar uma moeda raríssima, o explorador Dirk Pitt (Matthew McConaughey) parte em uma caça ao tesouro, em uma das regiões mais perigosas do oeste africano. Dirk está em busca do que os nativos chamam de "navio da morte", um navio couraçado, da época da Guerra Civil Americana, que está desaparecido há séculos, e, que pode ter carregado uma carga preciosa. Dirk recebe a ajuda de Al Giordino (Steve Zahn), seu parceiro de expedições. A dupla conhece a bela Dra. Eva Rojas (Penélope Cruz), uma médica da Organização Mundial de Saúde, que procura a origem de uma perigosa epidemia. Juntos, eles tentam desvendar o mistério, e, encontrar o navio perdido. Corram, pois sai de cartaz esta semana!

“Em Algum Lugar do Passado”, em DVD

Um dos mais belos filmes da década de 80, “Em Algum Lugar do Passado”, chega, agora, às locadoras, em DVD. Unindo uma curiosa história sobre viagem no tempo, um apaixonado romance, fotografia impecável, e, uma trilha sonora que faz parte da coleção de qualquer cinéfilo, garantiram, para este filme, um lugar de destaque. Maio de 1972. Na noite de estréia de sua primeira peça, o jovem escritor Richard Collier (Christopher Reeve) depara-se com uma senhora que, misteriosamente, dirige-se a ele suplicando: "Volte para mim". Intrigado, Collier procura saber mais sobre essa mulher, e, descobre que ela fora uma famosa atriz de teatro, no início do século, chamada Elise McKenna (Jane Seymour). Cada vez mais obcecado pela mulher, Collier decide viajar, de volta no tempo, com a ajuda da auto-hipnose, onde, afinal, acaba se encontrando com ela. Logo, ambos se apaixonam - o que não é visto com bons olhos pelo agente da atriz, William Fawcett Robinson (Christopher Plummer). Conseguirá o amor de Collier e McKenna sobreviver à diferença "temporal" existente entre eles? E poderá Collier permanecer numa época à qual não pertence? Lamentavelmente, a Universal fez mais um gol contra, colocando o filme em tela cheia, com som 2.0.


Ajuda para montar o seu hometheater

Está pensando em montar um hometheater, mas, está confuso, diante de tantas siglas, equipamentos, padrões, e, acima de tudo, com medo de jogar o seu precioso din-din numa roubada. Pois, saiba que existe vida inteligente, principalmente na internet. No site www.htforum.com.br, é possível tirar dúvidas, e, obter dicas preciosas, sobre aparelhos de DVD, televisores de tubo de imagem, projeção, plasma, amplificadores, caixas de som, projetores, telas, etc.. O melhor de tudo, é que são depoimentos de pessoas reais, que passaram por dificuldades, na hora de escolher ou manter os seus equipamentos. Vale sempre lembrar: o fabricante nunca irá falar dos defeitos dos seus produtos, somente das qualidades. Nessa hora, a voz do usuário é soberana.



Filme recomendado: “Regras do Jogo”

A ética do massacre


Muitas vezes, ao tomarmos conhecimento, através da imprensa, de um fato qualquer, somos levados a fazer um julgamento sumário, condenando o culpado, ou, glorificando o herói. Isso acontece muito em função de como o fato nos é apresentado. Agora imagine se, além da história ser contada de forma distorcida, algumas provas forem escondidas, ou mesmo, forjadas? Para nós, brasileiros, habituados a escândalos e chacinas, isso não parece tão absurdo assim, mas, quando vemos os pretensos mocinhos invadindo o mundo inteiro e torturando prisioneiros, é difícil crer que alguém acredite que, até para atirar nos outros, precisa ter ética. Bem, esta é a pretensão do filme “Regras do Jogo”.

O filme baseia-se numa hipotética ação, passada no Yemem, onde, após resistir ao cerco da embaixada americana, o comandante de um grupo de fuzileiros navais americanos manda abrir fogo sobre um grupo de manifestantes. A ação provoca a morte de oitenta e três pessoas, incluindo mulheres e crianças. Como o massacre provoca comoção mundial, ao voltar para os Estados Unidos, o comandante é acusado de assassinato em massa.

A questão é que o acusado é um profissional muitas vezes condecorado, tendo participado de inúmeras campanhas, em contato direto com o inimigo. Para sua defesa, solicita a ajuda de um amigo, a quem salvara a vida, no Vietnã. Ferido em combate, este amigo dedicara-se ao exercício do direito militar, sem muito sucesso, e, por isso mesmo, reluta bastante em aceitar o caso.

O filme prossegue no embate jurídico entre um jovem e agressivo promotor (Guy Pearce, a drag queen caçula de “Priscilla A Rainha do Deserto”), e, o cínico defensor (Tommy Lee Jones, eficiente como sempre), enquanto o acusado (Samuel L. Jackson) sofre pressões por todos os lados, sendo traído até por altas autoridades do próprio governo dos Estados Unidos, que escondem provas importantes.

O problema é mostrado pela visão do soldado (até porque, ele é quem leva bala) e tenta passar duas coisas: a) eu matei uma porção de gente na casa deles, mas foi por uma boa causa, e, b) o meu governo é mais inimigo que os terroristas árabes. A dúvida é: existe boa causa que justifique matar pessoas inocentes, mesmo que no meio delas existam terroristas? Será que tem diferença entre a situação mostrada no filme, e, a dos sem-terra em Eldorado dos Carajás? Quanto a governo ser inimigo do seu povo, parece ser mais um fenômeno da globalização...

Como o próprio filme insiste em mostrar, existe uma linha muito tênue entre ser acusado de assassinato, e, ser condecorado por heroísmo. Vale a pena conferir para formar a sua própria opinião.

A edição brasileira de “Regras do Jogo” estaria boa, se não fosse o maldito formato da imagem, em tela cheia. Durante as cenas do julgamento, a imagem fica pulando de um personagem para outro, deixando o espectador tonto! O pior é que se sabe que a edição americana era widescreen 2,35:1! No mais, impecável: áudio em inglês Dolby Digital 5.1, e, estéreo 2.0, e, português estéreo 2.0; legendas em português e inglês. Sobre as legendas, parece que não há muito cuidado, traduziram keep together por “prender”, ao invés de “manter juntos”, ou, what I did por “o que farei”, ao invés de, “o que eu fiz”. Como extras, existem dezesseis minutos de entrevistas com atores e equipe de produção (legendadas em português), um Making Of de dez minutos, que, na verdade, é uma filmagem das filmagens; trailer e notas com sinopse, elenco e equipe de produção, tudo em português. O diretor, Billy Friedkan, é mais conhecido pelos grandes sucessos de “O Exorcista” e “Operação França”.