quinta-feira, 26 de junho de 2014

Coluna Claquete – 27 de junho de 2014

 

 

Newton Ramalho

 

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O que está em cartaz

Véspera de jogo do Brasil e dos festejos de São Pedro, talvez por isso as estreias estejam um pouco tímidas. As novidades são o interessante “Amazônia”, a comédia “Muppets 2 – Procurados e Amados”, e a ópera “O Conto de Inverno”. Teremos também a re-exibição de “Grease – Nos Tempos da Brilhantina”, e a pré-estreia de “Transformers – A Era da Extinção”. Continuam em cartaz a animação “Como Treinar o Seu Dragão2”, a ficção “Transcendence – A Revolução”, a comédia “Vizinhos”, o sensível drama “A Culpa É das Estrelas”, “Os Homens São de Marte... E É Pra Lá Que Eu Vou”, e “X-Men: Dias de um Futuro Esquecido”. Nas programações exclusivas, o Moviecom exibe a ficção “No Limite do Amanhã”, enquanto o Cinemark mantém a produção portuguesa “Florbela”, na Sessão Cine Cult. De quebra, tem a resenha de “Incêndios” na seção Filme da Semana.

Estreia 1: “Amazônia”


Castanha (voz de Lúcio Mauro Filho) é um macaco prego, criado em cativeiro, que é solto na Floresta Amazônica, após um acidente de avião. Em sua jornada, o macaquinho se depara com inúmeros animais, muitos deles perigosos como cobras, onças e jacarés. Seguindo o ponto de vista do animal, o documentário revela os mistérios da fauna e da flora da região, destacando dificuldades enfrentadas pelo animal e ainda algumas amizades, como a com a macaca Gaia (Isabelle Drummond). A direção é de Thierry Ragobert. “Amazônia” está em exibição nas Salas 3 e 5 do Cinemark, e Sala 5 do Norte Shopping. Cópias dubladas, exibição em 3D. Classificação indicativa livre. (T. O.: “Amazonia”)

Estreia 2: “Muppets 2 – Procurados e Amados”


Kermit, Miss Piggy, Animal e toda a trupe conversam com um novo empresário, Dominic Badguy, que pretende levá-los em uma turnê mundial. Kermit hesita, mas os Muppets são ambiciosos e aceitam a proposta. No entanto, eles caem numa armadilha, quando o perigoso sapo Constantine sequestra Kermit e consegue se infiltrar nos Muppets, passando pelo líder do grupo. Enquanto o pobre Kermit tenta escapar de uma prisão de segurança máxima na Sibéria, controlada a mão de ferro por Nadya, o resto dos Muppets passa a conviver com o intruso dentro do grupo. Mas um investigador francês da Interpol está de olho nos Muppets, já que uma porção de roubos de obras de arte estão acontecendo próximos às apresentações de Piggy, Gonzo e Cia. A direção é de James Bobin. “Muppets 2 – Procurados e Amados” está em exibição na Sala 4 do Cinemark, Sala 4 do Natal Shopping, e Sala 6 do Norte Shopping. Classificação indicativa livre. Cópias dubladas e legendadas. (T. O.: “Muppets Most Wanted”)

 

Estreia 3: “Royal Opera House: O Conto de Inverno”


O balé de Christopher Wheeldon traz para o palco o romance de William Shakespeare e sua trama de amor, perda e reconciliação. A história gira em torno do fim de um casamento pelo ciúme doentio. Acontecimentos mágicos nos levam a um final é de perdão e reconciliação. Wheeldon conta com a colaboração do designer Bob Crowley e do compositor Joby Talbot."Conto de Inverno" é um dos pontos altos da temporada do The Royal Ballet. A coreografia é de Christopher Wheeldon. “Royal Opera House: O Conto de Inverno” será exibido na Sala 4 do Cinemark, domingo (11h00), segunda-feira (15h00) e terça-feira (19h00). Classificação indicativa livre.

 

Estreia 4: “Grease – Nos Tempos da Brilhantina”


Na Califórnia na década de 50, Danny (John Travolta) e Sandy (Olivia Newton-John), um casal de estudantes, trocam juras de amor mas se separam, pois ela voltará para a Austrália. Entretanto, os planos mudam e Sandy por acaso se matricula na escola de Danny. Para fazer gênero ele infantilmente lhe dá uma esnobada, mas os dois continuam apaixonados, apesar do relacionamento ter ficado em crise. Esta trama serve como pano de fundo para retratar o comportamento dos jovens da época. A direção é de Randal Kleiser. “Grease – Nos Tempos da Brilhantina” será exibido na Sala 7 do Cinemark, no sábado às 23h55m, domingo às 12h30m e quarta-feira às 19h30. Classificação indicativa 12 anos. (T. O.: “Grease”)

 

Pré-Estreia: “Transformers: A Era da Extinção”


Alguns anos após o grande confronto entre Autobots e Decepticons em Chicago, os gigantescos robôs alienígenas desapareceram. Eles são atualmente caçados pelos humanos, que não desejam passar por apuros novamente. Quando Cade (Mark Wahlberg) encontra um caminhão abandonado, ele jamais poderia imaginar que o veículo é na verdade Optimus Prime, o líder dos Autobots. Muito menos que, ao ajudar a trazê-lo de volta à vida, Cade e sua filha Tessa (Nicola Peltz) entrariam na mira das autoridades americanas. A direção é de Michael Bay. “Transformers: A Era da Extinção” terá pré-estreia na próxima quarta-feira, na Sala 3 do Cinemark (20h50), Sala 6 do Moviecom (20h00), Salas 1 e 5 do Natal Shopping, e Salas 1 e 2 do Norte Shopping. Cópias dubladas e legendadas, 2D e 3D, confirme horários nos sites. Classificação indicativa 12 anos. (T. O.: “Transformers: Age Of Extinction”)

 

Sessão Cine Cult: “Florbela


A poetisa Florbela Espanca (Dalila Carmo) não consegue levar uma vida de dona de casa e esposa em uma região rural. Seu desejo de descobertas leva-a a acompanhar o irmão Apeles (Ivo Canelas) na grande Lisboa, onde pode enfim conhecer tudo o que desejava: festas, amantes, movimentos populares... Embora o marido tente trazê-la de volta, e o irmão seja obrigado a partir, Florbela sente que encontrou seu lugar. Nesta cidade surge a inspiração para os seus maiores poemas. A direção é de Vicente Alves do Ó. “Florbela” será exibido na Sala 4 do Cinemark, na segunda-feira (23/6), na sessão de 18h30. Classificação indicativa 14 anos. (T. O.: “Florbela”)

 

 

Filme da Semana: “Incêndios”


O cinema é a mais peculiar das Artes, pois se congrega as demais, depende muito do retorno comercial, para movimentar os astronômicos custos de produção, distribuição e exibição. Por isso, são tão frequentes as refilmagens de antigos sucessos, ou produções bem previsíveis, a gosto do grande público. Mesmo assim, alguns realizadores ainda conseguem trazer algo novo, histórias inteligentes e bem contadas, unindo assim a razão e a emoção. É o caso do filme “Incêndios”, do diretor canadense Denis Villeneuve.
Embora tenha apenas seis longas-metragens no currículo, Villeneuve sempre apostou nas histórias mais complexas e desafiadoras, como “Os Suspeitos”, onde Hugh Jackman vive um pai desesperado que vai às últimas consequências em busca da filha, e “O Homem Duplicado”, baseado em livro de José Saramago, sobre o qual falei na semana passada.
“Incêndios”, de 2010, já começa de forma inusitada, mostrando os gêmeos Jeanne (Mélissa Désormeaux-Poulin) e Simon (Maxim Gaudette) na sala do tabelião Jean Lebel (Rémy Girard), para a leitura dos últimos desejos de Nawal Marwan (Lubna Azabal), que morrera recentemente.
Para choque dos filhos, a mulher deseja ser enterrada nua, de face para baixo, em um túmulo sem lápide, até que os gêmeos cumpram seu último desejo: entregar uma carta para o pai deles, e outra para um irmão do qual nunca tinham imaginado a existência.
Simon fica revoltado com aqueles pedidos, achando que eram fruto da insanidade de uma moribunda, mas, Jeanne decide fazer a sua parte. Para isso, ela embarca para o Líbano, terra natal de sua mãe, em busca do irmão desconhecido.
Graças a um habilidoso uso de flashbacks, o espectador vai sendo colocado a par da sofrida história de Nawal, de família cristã, que engravidara de um refugiado palestino, assassinado pelos irmãos dela, e vira seu filho ser levado pela parteira, para um destino desconhecido. A única pista que lhe foi permitida ficar foi a marca de três pontos no calcanhar do bebê.
Obrigada a sair de casa, Nawal vai morar com um tio, onde pôde frequentar a universidade. Mas, logo estourou a guerra civil no Líbano, onde cristãos e mulçumanos enfrentaram-se com ferocidade e crueldade, embalados por forças e interesses externos.
Desde muito tempo o Líbano foi invadido e submetido a ataques diversos. Desde os tempos de Cartago e das Guerras Púnicas, após a derrota de Aníbal, o país sofreu com os constantes atritos entre os grupos internos, e também pelos vizinhos Síria e Israel, além da presença de americanos e soviéticos durante a Guerra Fria.
O drama de Nawal passa-se nos primeiros anos da Guerra Civil, onde ela, durante a busca ao filho, é testemunha de atos bárbaros cometidos por pessoas de sua própria religião, contra civis inocentes.
Nos dias atuais, Jeanne não consegue aceitar que a mãe, que conhecera apenas como uma secretária de cartório, pudesse ter sido uma ativista revolucionária, capaz de cometer execuções, e enfrentar quinze anos de encarceramento, torturas, e múltiplos estupros cometidos pelo sádico Abou Tarek.
Unindo-se a ela no Líbano, Simon é convencido a procurar a sua parte do mistério, e sai em busca do desconhecido pai. Ele descobre que, mesmo décadas depois, as pessoas que viveram aqueles anos difíceis ainda se escondem ou guardam segredo sobre o que passaram. Como diz um dos personagens, houve muita retaliação de parte à parte.
O roteiro muito bem escrito e dirigido conduz o espectador com o fôlego preso até o final, quando os mistérios anunciados são revelados. Mesmo sem cenas de ação, ou heróis invencíveis, o clima de tensão está sempre presente, bem como a indefinição sobre o destino dos personagens.
Saindo da chuvosa Quebec para os áridos paredões rochosos do Líbano, o filme traz um choque de realidade sobre uma das regiões mais sofridas do mundo, onde até hoje as pessoas simples são alvo de interesses políticos alheios.
“Incêndios” é um filme para ser assistido e discutido, pois os fatos ali mostrados são dolorosamente atuais.


Livros de cinema:

Fundamentos de Cinema: A linguagem do cinema

O livro explora os meios pelos quais o cinema comunica sentido para o seu público, ajudando o leitor a fazer a transição de um consumidor de filmes para um profissional que utiliza ativamente a linguagem do cinema. A obra analisa as histórias que os filmes contam, os sistemas de sinais que empregam, os contextos interpretativos em que o espectador é convidado a inseri-los e todos os elementos estéticos que contribuem para a imagem cinematográfica. Ao final de cada capítulo, são apresentados estudos de caso em que conceitos-chave são vistos dentro do contexto de um filme específico, ou de uma cena específica. Com ideias complexas apresentadas de maneira clara e direta, este livro possibilita ao leitor aplicar essas ideias às suas próprias análises ou produções cinematográficas. 192 p – Editora Bookman.


Lançamentos em DVD/Blu-Ray:

“O Grande Herói”

Baseada em fatos reais, a história acompanha o oficial da marinha norte-americana Marcus Luttrell (Mark Wahlberg), enviado ao Afeganistão em busca de um homem de confiança de Osama Bin Laden. Durante uma missão em território inimigo, o paradeiro dos americanos é descoberto e logo toda a equipe é atacada por 250 homens armados, enviados pela Al Qaeda. Único sobrevivente, Marcus contará com a ajuda de corajosos afegãos que enfrentam os guerrilheiros para protegê-lo. O disco traz o filme com tela widescreen anamórfico e Áudio em Dolby Digital 5.1. (T. O.: “Lone Survivor”)

“Um Final de Semana em Hyde Park”

Em junho de 1939, o Rei George VI (Samuel West) e sua esposa, a Rainha Elizabeth (Olivia Colman), fizeram uma visita à propriedade do presidente Franklin D. Roosevelt (Bill Murray) no Hyde Park, Nova York. Enquanto isso, o chefe de estado norte-americano se apaixona cada vez mais de sua prima e amante eventual, Margaret Suckley (Laura Linney). Nenhum monarca britânico havia visitado os EUA antes e Roosevelt espera unir forças com o Reino Unido, às vésperas da Segunda Guerra Mundial. Filme com formato de tela widescreen anamórfico e áudio em Dolby Digital 5.1. (T. O.: “Hyde Park On Hudson”)

“Ela”

Theodore (Joaquin Phoenix) é um escritor solitário, que acaba de comprar um novo sistema operacional para seu computador. Para a sua surpresa, ele acaba se apaixonando por este ente virtual, dando início a uma relação amorosa entre ambos. Esta história de amor incomum explora a relação entre o homem contemporâneo e a tecnologia, embora esta reflita uma natureza muito mais humana que a dos seus próprios criadores. O disco traz o filme com formato de tela widescreen anamórfico e Áudio em Dolby Digital 5.1. (T. O.: “Her”)

“Obsessão”


Ward (Matthew McConaughey) é jornalista de um grande jornal e precisa retornar para sua pequena cidade para fazer a cobertura da prisão de Hillary Van Wetter (John Cusack), acusado e condenado à morte pelo assassinato do xerife local. Os problemas começam quando Jack (Zac Efron), seu irmão mais novo, começa a se envolver com Charlotte (Nicole Kidman), mulher misteriosa e mais velha, que mantinha contato com o prisioneiro. Filme com formato de tela widescreen e Áudio em Dolby Digital 5.1. (T. O.: “The Paperboy”)

quinta-feira, 19 de junho de 2014

Coluna Claquete – 20 de junho de 2014


Newton Ramalho

 

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O que está em cartaz

Sexta-feira imprensada e preguiçosa, com cara de segunda, mas, com um monte de jogos da Copa, e outro tanto de estreias nos cinemas. As novidades são a animação “Como Treinar o Seu Dragão2”, a ficção “Transcendence – A Revolução”, com Johnny Depp, o policial “13º Distrito”, último filme de Paul Walker, a comédia “Vizinhos”, e a produção portuguesa “Florbela”, na Sessão Cine Cult do Cinemark. Teremos também a re-exibição de “Os Embalos de Sábado à Noite”, marco da Era Disco. Continuam em cartaz o sensível drama “A Culpa É das Estrelas”, a aventura “Malévola”, “Os Homens São de Marte... E É Pra Lá Que Eu Vou”, e “X-Men: Dias de um Futuro Esquecido”. Nas programações exclusivas, o Moviecom exibe a ficção “No Limite do Amanhã”, com Tom Cruise. Lembro que a programação agora muda nas quintas-feiras.

Estreia 1: “Como Treinar o Seu Dragão 2”


Cinco anos após convencer os habitantes de seu vilarejo que os dragões não devem ser combatidos, Soluço convive com seu dragão Fúria da Noite, e estes animais integraram pacificamente a rotina dos moradores da ilha de Berk. Entre viagens pelos céus e corridas de dragões, Soluço descobre uma caverna secreta, onde centenas de novos dragões vivem. O local é protegido por Valka, mãe de Soluço, que foi afastada do filho quando ele ainda era um bebê. Juntos, eles precisarão proteger o mundo que conhecem do perigoso Drago Bludvist, que deseja controlar todos os dragões existentes. A direção é de Dean DeBlois. “Como Treinar o Seu Dragão 2” está em exibição nas Salas 4 e 6 do Moviecom, nas Salas 2 e 7 do Cinemark, Salas 1, 2 e 5 do Natal Shopping, e Salas 1 e 4 do Norte Shopping. Cópias dubladas, exibição em 3D. Classificação indicativa livre. (T. O.: “How to Train Your Dragon 2”)

Estreia 2: “Transcendence – A Revolução”


Will Caster (Johnny Depp) é o mais famoso pesquisador sobre inteligência artificial da atualidade. No momento ele está trabalhando na construção de uma máquina consciente que conjuga informações sobre todo tipo de conteúdo com a grande variedade de emoções humanas. O fato de se envolver sempre em projetos controversos fez com que Caster ganhasse notoriedade, mas ao mesmo tempo o tornou o inimigo número 1 dos extremistas que são contra o avanço da tecnologia - e por isso mesmo tentam detê-lo a todo custo. Só que um dia, após uma tentativa de assassinato, Caster convence sua esposa Evelyn (Rebecca Hall) e seu melhor amigo Max Waters (Paul Bettany) a testar seu novo invento nele mesmo. Só que a grande questão não é se eles podem fazer isto, mas se eles devem dar este passo. A direção é de Wally Pfister. “Transcendence – A Revolução” está em exibição na Sala 3 do Cinemark, Sala 3 do Natal Shopping. Classificação indicativa 12 anos. (T. O.: “Transcendence”)

 

Estreia 3: “13º Distrito”


Brick Mansions é uma área da cidade de Detroit onde a violência tem índices altíssimos. Lá, o traficante Tremaine Alexander (RZA) tem status e poder, enquanto Lino (David Belle) tenta erradicar as drogas do local. Lino tem problemas com a polícia, corrompida pelo crime organizado, o que faz com que seja preso. Damien Collier (Paul Walker), um dos poucos policiais honestos recebe como missão entrar em Brick Mansions para resgatar uma bomba que pode matar milhões. Para tanto, ele precisa contar com a ajuda de Lino, que deseja retornar ao local para resgatar Lola (Catalina Denis), sua namorada, que foi raptada pelos capangas de Tremaine. A direção é de Camille Delamarre. “13º Distrito” está em exibição na Sala 6 do Norte Shopping. Cópia dublada. Classificação indicativa 14 anos. (T. O.: “Brick Mansions”)

 

Estreia 4: “Vizinhos”


Mac (Seth Rogen) e Kelly Radner (Rose Byrne) acabaram de se mudar para uma casa nova, junto com o filho recém-nascido deles. Aparentemente trata-se do local perfeito para criar uma família, mas logo o casal percebe que as aparências enganam. Especialmente quando um dos vizinhos é Teddy Sanders (Zac Efron), o presidente de uma fraternidade que organiza festas dia sim e no outro também, e que lidera os jovens das redondezas nas confusões aprontadas por eles. A direção é de Nicholas Stoller. “Vizinhos” está em exibição nas Salas 2 e 6 do Cinemark, Sala 3 do Natal Shopping. Cópias dubladas e legendadas. Classificação indicativa 16 anos. (T. O.: “Neighbors”)

 

Estreia 5: “Os Embalos de Sábado à Noite”


Tony Manero (John Travolta), um jovem do Brooklyn e um excelente dançarino de disco music, só encontra significado na vida quando dança, pois passar a semana trabalhando em uma loja de tintas não o gratifica de forma nenhuma. Assim ele se perfuma, se veste de um jeito fashion e vai para a discoteca no final de semana. Sob a influência de seu irmão, um padre frustrado, e de Stephanie (Karen Lynn Gorney), sua parceira de dança, começa a questionar a maneira como encara a vida e a limitação de suas perspectivas. Paralelamente Tony vive uma crise amorosa, enquanto se prepara para participar de um concurso em uma discoteca. A direção é de John Badham. “Os Embalos de Sábado à Noite” será exibido na Sala 3 do Cinemark, no sábado às 23h55m, domingo às 12h30m e quarta-feira às 19h30. Classificação indicativa 12 anos. (T. O.: “Saturday Night Fever”)

 

Sessão Cine Cult: “Florbela


A poetisa Florbela Espanca (Dalila Carmo) não consegue levar uma vida de dona de casa e esposa em uma região rural. Seu desejo de descobertas leva-a a acompanhar o irmão Apeles (Ivo Canelas) na grande Lisboa, onde pode enfim conhecer tudo o que desejava: festas, amantes, movimentos populares... Embora o marido tente trazê-la de volta, e o irmão seja obrigado a partir, Florbela sente que encontrou seu lugar. Nesta cidade surge a inspiração para os seus maiores poemas. A direção é de Vicente Alves do Ó. “Florbela” será exibido na Sala 7 do Cinemark, na segunda-feira (23/6), e terça-feira (24/06), na sessão de 20h00. Classificação indicativa 14 anos. (T. O.: “Florbela”)

  

Filme da Semana: “O Homem Duplicado”

Devido ao lado comercial da indústria do cinema, a maioria dos filmes, principalmente os que são feitos em Hollywood, obedecem a receitas simplistas, com histórias lineares, com clímax e finais felizes. Mesmo o cinema francês, famoso por seus filmes com finais abertos, tem se rendido à tentação das bilheterias fartas, seguindo o modelo hollywoodiano. Por isso, filmes como “O Homem Duplicado”, do diretor canadense Denis Villeneuve, constituem-se em honrosas exceções no momento atual.
Villeneuve tem em seu currículo dois filmes impactantes e bastante elogiados, “Incêndios”, de 2010, e “Os Suspeitos”, de 2013. O primeiro mostra uma odisseia familiar que começa no Canadá e termina nos territórios palestinos, enquanto o segundo traz Hugh Jackman e Terrence Howard como pais desesperados, fazendo justiça com as próprias mãos.
Mostrando gostar de histórias complicadas, o diretor enfrentou a dura tarefa de levar às telas o livro homônimo de José Saramago, produto fiel do escritor, conhecido por suas obras complexas e repletas de simbolismos. Longe de se tornar uma adaptação incompreensível, o filme ficou bem interessante, embora exija do espectador algo que normalmente não lhe é exigido: pensar e buscar a sua interpretação do filme.
O protagonista é Adam Bell (o ótimo Jake Gyllenhaal, que já trabalhou com o diretor em “Os Suspeitos”), um professor universitário que ensina Ciência Política ou algo parecido e tedioso, para alunos que não parecem muito interessados. Tediosa parece ser a palavra que descreve bem a vida de Adam, que obedece a um padrão bem repetitivo, sempre casa, aula, casa, sexo. Até a namorada de Adam, Mary (Mélanie Laurent) participa da rotina imutável.
Um dia, um colega do trabalho sugere a Adam que assista a um filme de que ele gostara. Aceitando a sugestão, ele resolve alugar o filme, e é surpreendido ao descobrir que um dos atores é um sósia perfeito dele.
Adam fica obcecado sobre esta pessoa, que parece ser uma cópia fiel dele, e passa a investigar pela internet e até fica de plantão na porta da agência do ator. Descobre que ele chama-se Anthony St. Claire (Jake Gyllenhaal), é casado com Helen (Sarah Gadon), que está grávida, e fica intrigada com os telefonemas misteriosos do homem que tem a mesma voz do marido. Ela fica chocada quando o procura na universidade e descobre que é idêntico ao marido.
Os dois chegam a encontrar-se, mas, a coisa não flui bem, e há uma animosidade entre os dois homens, com suspeitas de parte à parte, e uma atitude mais agressiva de Anthony, que suspeita do outro, e quer passar-se por ele para sair com Mary.
Essa história poderia até ser contada como comédia, ou ficar perdida num drama vazio não fosse a impressionante construção do filme, com uma tensão sempre crescente, e uma trilha sonora por vezes angustiante.
Certamente cada um que assistir o filme irá desenvolver a sua teoria sobre qual é a verdade por trás da história, se são gêmeos separados no berço, se são a mesma pessoa, se são delírios de um ou do outro. Para alimentar essas teorias, diversas pistas surgem ao longo da história, nos diálogos com as mulheres, e na breve, mas, importante aparição de Isabella Rossellinni como a mãe de Adam.
Para dar mais sabor à história, existem diversas aparições surrealista de aranhas, de minúsculas a monumentais, cujo lugar e sentido ficarão a cargo da imaginação do espectador.
“O Homem Duplicado” não é um blockbuster para ser assistido com pipoca e guaraná. É um filme que exige atenção e mente aberta, para desenvolver a sua própria teoria, e quem sabe dar lugar a uma saudável e prolongada discussão de mesa de bar.


Livros de cinema:

A Narrativa Cinematográfica

O cinema é uma poderosa forma de arte com grande capacidade de trazer ao público histórias fascinantes. Porém, quais são as estruturas, seja em um filme de arte, seja em um filme comercial, que fundamentam o ato audiovisual de contar histórias? A obra Narrativa Cinematográfica procura esmiuçar o que fica oculto para o espectador a maneira como o ato de narrar pode se configurar dentro de uma articulação entre som e imagem. Para isso, os autores vão em busca das instâncias fundamentais da narrativa (o narrador, o tempo, o espaço e o ponto de vista) para desvendar as peripécias e artimanhas da narrativa audiovisual. 228 p – Editora UnB.


Lançamentos em DVD/Blu-Ray:

“Caçadores de Obras-Primas”

Durante o declínio de Hitler na Alemanha, um grupo de 13 especialistas vindos de países diferentes é reunido para reencontrar obras de arte roubadas pelos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial. George Stout (George Clooney), um oficial americano e conservador de obras de arte, lidera a equipe. O elenco conta ainda com Matt Damon, Bill Murray, Cate Blachett, John Goodman, e Jean Dujardin. O disco traz o filme com tela widescreen anamórfico e Áudio em Dolby Digital 5.1. (T. O.: “The Monuments Men”)

“Justin e a Espada da Coragem”

Justin sempre quis ser um cavaleiro, mas seu pai, conselheiro-chefe da Rainha, quer que o filho siga seus passos e se torne um advogado. Em busca de ajuda, o garoto procura a avó e descobre que seu avô, Sir Roland, foi o mais nobre cavaleiro do reino e protetor do Rei, até que ambos foram traídos e mortos pelo terrível Sir Heraclio. Contra o desejo de seu pai, Justin decide ir em busca de seu sonho e começa uma jornada para tornar-se cavaleiro. Filme com formato de tela widescreen anamórfico e áudio em Dolby Digital 5.1. (T. O.: “Justin and the Knights of Valour”)

“Toque de Mestre”

Antes da apresentação que marca seu retorno, o pianista Tom Selznick (Elijah Wood), que sofre de medo do palco, descobre um bilhete assustador entre suas partituras. A ameaça afirma que ele terá que fazer o melhor concerto de sua vida, sem um único erro, se quiser salvar a si mesmo e também sua esposa, Emma (Kerry Bishe). O disco traz o filme com formato de tela widescreen anamórfico e Áudio em Dolby Digital 5.1. (T. O.: “Grand Piano”)

“25ª Hora”


Segunda Guerra Mundial, Johann Moritz (Anthony Quinn) um simples camponês romeno e Suzana (Virna Lisi), sua linda esposa são envolvidos num emaranhado de situações, que não conseguem entender. O chefe de polícia deseja sua mulher e sob a falsa alegação de ser ele judeu, é enviado a um campo de concentração. Entre as incoerências da era nazista, tem início sua terrível saga. Porém em uma avaliação pelos nazistas de seu biotipo, Johann é considerado um "exemplar-modelo da raça Ariana". Em sua busca para conseguir de volta sua esposa e sua família e sem entender as verdadeiras razões do conflito, ele luta contra os dois lados da guerra. Filme com formato de tela standard e Áudio em Dolby Digital 2.0. (T. O.: “The 25th Hour”)

quinta-feira, 12 de junho de 2014

Coluna Claquete – 13 de junho de 2014



Newton Ramalho

 

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O que está em cartaz

Dia de Santo Antônio, início de Copa do Mundo, sexta-feira 13, quantas coisas para comemorar hoje! Enquanto isso, nos cinemas, as estreias são o terror “A Face do Mal”, o romance “Amor Sem Fim”, e o documentário “Olho Nu”, na Sessão Cine Cult do Cinemark. Teremos também a re-exibição de “Laranja Mecânica”, o perturbador filme de Stanley Kubrick. Continuam em cartaz o sensível drama “A Culpa É das Estrelas” (vejam na seção Filme da Semana), a ficção “No Limite do Amanhã”, com Tom Cruise, a aventura “Malévola”, com Angelina Jolie, o nacional “Os Homens São de Marte... E É Pra Lá Que Eu Vou”, “X-Men: Dias de um Futuro Esquecido”, e a animação “Rio 2". Nas programações exclusivas, o Moviecom exibe a produção nacional “Getúlio”. Lembro que a programação agora muda nas quintas-feiras.

Estreia 1: “A Face do Mal”


Ao lado dos pais e das duas irmãs, Evan Asher (Harrison Gilbertson) é um jovem tímido e pouco sociável que se muda para uma grande casa, cujo passado é marcado por uma família que perdeu todos os filhos. Aproveitando o baixo preço e sem problemas superstições, os Asher se mudam para o local. Lá, Evan aproveita o tempo livre para desenvolver uma amizade/namoro com a vizinha Sam (Liana Liberato). Curiosos, os dois vão explorar o passado sombrio do local e despertar forças nada amigáveis. A direção é de Mac Carter. “A Face do Mal” está em exibição na Sala 6 do Moviecom, e Sala 6 do Norte Shopping. Classificação indicativa 14 anos. (T. O.: “Haunt”)

Estreia 2: “Amor Sem Fim”


Jade Butterfield (Gabriella Wilde) é uma jovem superprotegida pelos pais, que aparenta ter um futuro brilhante pela frente. Só que ela se apaixona perdidamente por David Elliott (Alex Pettyfer), um jovem mais humilde que tem um passado conturbado. O relacionamento não é aprovado pelo pai de Jade, Hugh (Bruce Greenwood), que recomenda cautela à filha. Ainda assim, ela se entrega de corpo e alma à paixão por David. Refilmagem do filme homônimo de 1981, de Franco Zeffirelli, e estrelado por Brooke Shields. A direção é de Shana Feste. “Amor Sem Fim” está em exibição na Sala 4 do Natal Shopping. Classificação indicativa 14 anos. (T. O.: “Endless Love”)

 





Estreia 3: “Laranja Mecânica”


No futuro, o violento Alex (Malcolm McDowell), líder de uma gangue de delinquentes que matam, roubam e estupram, cai nas mãos da polícia. Preso, ele recebe a opção de participar em um programa que pode reduzir o seu tempo na cadeia. Alex vira cobaia de experimentos destinados a refrear os impulsos destrutivos do ser humano, mas acaba se tornando impotente para lidar com a violência que o cerca. A direção é de Stanley Kubrick. “Laranja Mecânica” será exibido na Sala 5 do Cinemark, no sábado às 23h55m, domingo às 12h30m e quarta-feira às 19h30. Classificação indicativa 18 anos. (T. O.: “A Clockwork Orange”)

 

 

Sessão Cine Cult: “Olho Nu



A vida e a obra de Ney Matogrosso, retratada a partir do conjunto de imagens e sons que o artista reuniu até hoje em sua casa e existentes em arquivos públicos, em contraponto com as performances atuais. Trata-se de um espetáculo síntese de seu percurso musical que, na montagem do filme, evoca cenas e situações da história de Ney Matogrosso nos palcos e na sua vida cotidiana. Evitando o tom nostálgico e reverente, o longa busca a dimensão humana e sensível de um personagem cuja história se confunde com a melhor tradição do cancioneiro latino-americano. A direção é de Joel Pizzini. “Olho Nu” será exibido na Sala 3 do Cinemark, na segunda-feira (16/6), na sessão de 18h50. Classificação indicativa 12 anos. (T. O.: “Olho Nu”)

 

 

Filme da Semana: “A Culpa é das Estrelas”

Apesar de todo avanço da ciência médica, o câncer continua sendo uma das doenças mais devastadoras da humanidade, e por isso mesmo ainda assusta muitos. Já foram feitos diversos filmes com personagens acometidos pela doença, normalmente dramas lacrimejantes, mostrando-os de uma forma estereotipada. O filme “A Culpa é das Estrelas”, baseado no romance homônimo de John Green, traz uma rara visão da doença, mostrando que aquelas pessoas são humanas, ainda mais se tratando de adolescentes.
A história em questão é mostrada através da ótica de Hazel Grace Lancaster (Shailene Woodley), de 17 anos, que desde os treze foi diagnosticada com uma forma agressiva de câncer de tireoide com metástase nos pulmões. Desenganada pelos médicos que a acompanhavam, ela fora submetida a uma droga experimental, com baixa taxa de sucesso, e que funcionara com ela, estabilizando a doença.
Assim, Hazel tentava levar uma vida normal, embora fosse difícil ter uma vida normal quando se tem que arrastar um tubo de oxigênio para todo canto. Talvez por isso a mãe de Hazel, Frannie (Laura Dern), achou que a filha estava deprimida, e precisava frequentar um grupo de apoio de jovens com câncer.
Muito a contragosto, a jovem é obrigada a frequentar o grupo, que considerava muito deprimente. O único que gostava era Isaac (Nat Wolff), que perdera um olho por conta de um raro tipo de câncer ocular, e que em pouco tempo ficaria totalmente cego.
Um dia, Hazel conhece Gus (Ansel Elgort), amigo de Isaac, que perdera uma perna por osteossarcoma, mas estava livre da doença. Gozador e um pouco cínico, Gus encarava tudo aquilo de uma forma alegre, fazendo piadas de si mesmo e dos amigos, sem preocupação de ser politicamente correto.
Hazel fica surpresa quando ele se interessa por ela, mas os dois tem uma forte empatia, embora tivessem gostos diferentes. Hazel lhe empresta o seu livro favorito, “Uma Aflição Imperial”, que considera praticamente a sua bíblia do dia a dia.
Gus fica indignado quando descobre que o livro para no meio de uma frase, deixando várias interrogações sobre o destino dos personagens. Ele fica intrigado quando Hazel explica que o autor saiu do país para viver em Amsterdam, e que nunca responde a nenhuma carta ou e-mail dos leitores.
À medida que a relação fica mais forte, Hazel sente-se ao mesmo tempo atraída e assustada em continuar. Ela sabe que sua vida será curta, e não quer que ele sofra quando ela se for. Mesmo assim, Gus está sempre perto, e a surpreende ao informar que não só havia conseguido contato com o autor do livro, como ele os convidara para visita-lo em Amsterdam!
Em meio a uma de suas inúmeras recaídas, Hazel finalmente consegue, graças à ajuda de Gus, realizar o sonho de ir à Holanda, para conhecer o autor do seu livro favorito, e, quem sabe, esclarecer suas dúvidas.
Mas, o encontro com Peter von Houten (Willen Dafoe) é tudo, menos, satisfatório. Irascível, antissocial e bêbado, o escritor recebe o casal a contragosto, recusando-se a falar sobre o livro, e menosprezando o sentimento de Hazel sobre ele.
Decepcionados, eles saem da casa do escritor em companhia de Lotte (Lidewij Vliegenthart), a simpática secretária de von Houten, que fizera todos os preparativos para a visita. Ela os convida para visitar o museu de Anne Frank, a garota judia que vivera anos escondida em um sótão até ser levada com a família para a morte em um campo nazista.
Superando a si mesma, Hazel consegue subir as inúmeras escadas que levam ao local do esconderijo de Anne, e lá deixa suas reservas de lado e deixa fluir seu amor por Gus, para delírio da plateia. O clima romântico da viagem só é quebrado quando Gus revela para Hazel que a doença voltou, e que agora é ele que está mais perto da morte.
Algumas publicações na internet tentam reduzir o filme a “ela tem câncer e ele morre no final”. Bem, mesmo Voldemort não conseguiu a imortalidade, então fica difícil imaginar algum personagem que nunca morre. Obviamente que esse tipo de observação denota certa ausência de sensibilidade e mesmo empatia com qualquer pessoa que não tenha uma saúde perfeita – coisa típica do nosso mundo egoísta e artificial.
Um diálogo que mostra bem isso é quando Gus pergunta a Hazel sua história, e ela vai contar a doença, e ele a interrompe: “Não, não a história do seu câncer. A sua história. Seus interesses, passatempos, paixões, fetiches, etc..”
“A Culpa é das Estrelas” é um retrato sensível de um universo de jovens que, apesar de extremamente doentes, não deixam de ter sentimentos, desejos, emoções e aspirações. Não deixam, e nunca deveria deixar de ser humanos, por mais que os outros queiram reduzi-los a pacientes.
O título do filme é uma citação da peça Julio Cesar, de Shakespeare, que diz "A culpa, querido Brutus, não está nas nossas estrelas, mas em nós mesmos...". No filme também há uma referência ao champanhe, que o seu criador dizia estar bebendo estrelas.
Poderíamos acrescentar, também, que essas vidas breves e fugazes, poderiam ser comparadas, em beleza e duração, às estrelas cadentes que encantam os olhos.
Esta foi uma das melhores e mais fieis adaptações de livros para o cinema, e além de muito bem dirigido, contou com a excelente química do casal central. Shailene Woodley e Ansel Elgort conseguem dar vida as seus personagens sem cair na pieguice ou em personagens caricatos.
Embora muitos já tenham lido o livro, ou visto essas “análises” no Facebook, recomendo que vejam o filme com o coração aberto, e se disponham a discutir temas como o câncer e a morte, que, como dizem as personagens do filme, são consequências da vida.


Livros de cinema:

Diário de Bollywood

Há alguns anos, uma nova estética cinematográfica tem chamado a atenção do público: tramas românticas, roupas coloridas, cenários opulentos e muita música marcam o atual cinema indiano, cuja indústria é conhecida mundialmente como Bollywood. Fruto de uma reportagem especial de vinte dias com visitas a estúdios, sets de filmagem, escolas e casas de atores e diretores em Mumbai, o livro Diário de Bollywood, de Franthiesco Ballerini, desvenda o funcionamento da indústria de cinema indiano, mostrando por que ela é a maior produtora de filmes do mundo. Recheada de fatos curiosos, entrevistas exclusivas e fotografias, a obra traça também um paralelo do cinema indiano com o de Hollywood e o da América Latina. 128 p – Editora Summus.


Lançamentos em DVD/Blu-Ray:

“O Mordomo da Casa Branca”

1926, Macon, Estados Unidos. O jovem Eugene Allen vê seu pai ser morto sem piedade por Thomas Westfall (Alex Pettyfer), após estuprar a mãe do garoto. Percebendo o desespero do jovem e a gravidade do ato do filho, Annabeth Westfall (Vanessa Redgrave) decide transformá-lo em um criado de casa, ensinando-lhe boas maneiras e como servir os convidados.  Eugene (Forest Whitaker) cresce e passa a trabalhar em um hotel ao deixar a fazenda onde cresceu. Sua vida dá uma grande guinada quando tem a oportunidade de trabalhar na Casa Branca. Entretanto, as exigências do trabalho causam problemas com Gloria (Oprah Winfrey), a esposa de Eugene, e também com seu filho Louis (David Oyelowo). O disco traz o filme com tela widescreen anamórfico e Áudio em Dolby Digital 5.1. (T. O.: “The Butler”)

“Até o Fim”

Um navegador experiente (Robert Redford) está viajando pelo Oceano Pacífico, quando uma colisão com um contêiner leva à destruição parcial do veleiro. Ele consegue remendar o casco, mas terá a difícil tarefa de resistir às tormentas e aos tubarões para sobreviver, além de contar apenas com mapas e com as correntes marítimas para chegar ao seu destino. Filme com formato de tela widescreen anamórfico e áudio em Dolby Digital 5.1. (T. O.: “All is Lost”)

“A Fuga do Planeta Terra”

Scorch Supernova (Brendan Fraser) é um herói interplanetário bastante conhecido, já que seus feitos costumam ser televisionados para todo o planeta Babum. Isto faz com que ele se torne uma lenda para as crianças, graças também à ajuda de Gary (Rob Corddry), o diretor da Missão BASA Control e seu irmão. Namorando a bela repórter Gabby Tagarela (Sofia Vergara) e tendo o sobrinho Kip (Jonathan Morgan Heit) como fã número um, Scorch tem sua vida alterada ao ser enviado em uma missão no planeta proibido, também conhecido como Terra. Porém, quando Scorch é capturado pelos terráqueos em meio a uma transmissão ao vivo pela TV, Gary não vê alternativa a não ser também viajar à Terra para salvá-lo. O disco traz o filme com formato de tela widescreen anamórfico e Áudio em Dolby Digital 5.1. (T. O.: “Escape From Planet Earth”)

“A Grande Noite”


Not (Benoît Poelvoorde) e Jean-Pierre Bonzini (Albert Dupontel) são dois meio-irmãos. O primeiro é um punk e o segundo é um bom moço que vê seu negócio promissor dar errado após seu divórcio. Os pais (Brigitte Fontaine e Areski Belkacem) não querem mais os filhos por perto e para se livrar deles revelam a identidade do verdadeiro pai dos dois. Os meio-irmãos, então, iniciam uma jornada para encontrar seu pai biológico. Filme com tela widescreen e Áudio em Dolby Digital 2.0. (T. O.: “Le Grand Soir”)

quinta-feira, 5 de junho de 2014

Coluna Claquete – 06 de junho de 2014



Newton Ramalho

 

colunaclaquete@gmail.comwww.colunaclaquete.blogspot.com  - @colunaclaquete

 

O que está em cartaz

Os próximos dias parecem ser cada vez mais divertidos, com novas interdições de trânsito, protestos, greves, o povo do contra, etc., e que venha a Copa do Mundo! Enquanto isso, nos cinemas, as estreias são o sensível drama “A Culpa É das Estrelas”, e a produção venezuelana “Pelo Malo” na Sessão Cine Cult do Cinemark. Teremos também a re-exibição de “Pulp Fiction – Tempos de Violência”, de Tarantino. Continuam em cartaz a ficção “No Limite do Amanhã”, com Tom Cruise, a aventura “Malévola” (vejam na seção Filme da Semana), com Angelina Jolie, o nacional “Os Homens São de Marte... E É Pra Lá Que Eu Vou”, “X-Men: Dias de um Futuro Esquecido”, e a animação “Rio 2". Nas programações exclusivas, o Moviecom exibe “Godzilla” e “Mulheres ao Ataque”. Lembro que a programação agora muda nas quintas-feiras.

Estreia 1: “A Culpa É das Estrelas”


Diagnosticada com câncer, Hazel Grace Lancaster (Shailene Woodley) se mantém viva graças a uma droga experimental. Após passar anos lutando com a doença, a jovem é incentivada pelos pais a participar de um grupo de apoio e logo conhece Augustus Waters (Ansel Elgort), um rapaz que vai mudar completamente a sua vida. Na busca por respostas a um grande mistério, eles farão uma jornada surpreendente à Europa. Baseado no livro "A Culpa é das Estrelas", escrito por John Green. A direção é de Josh Boone. “A Culpa É das Estrelas” está em exibição na Sala 3 do Moviecom, Salas 1 e 3 do Cinemark, Salas 1 e 5 do Natal Shopping, e Salas 1, 3 e 6 do Norte Shopping. Classificação indicativa 12 anos. Cópias dubladas e legendadas. (T. O.: “The Fault In Our Stars”)

 

Estreia 2: “Pulp Ficton – Tempos de Violência”


Vincent Vega (John Travolta) e Jules Winnfield (Samuel L. Jackson) são dois assassinos profissionais que trabalham fazendo cobranças para Marsellus Wallace (Ving Rhames), um poderoso gângster. Vega é forçado a sair com a garota do chefe, Mia Wallace (Uma Thurman), temendo passar dos limites, enquanto o pugilista Butch Coolidge (Bruce Willis) se mete em apuros por ganhar luta que deveria perder, e tornando-se alvo para Veja e Jules. O filme ganhou a Palma de Ouro em Cannes, e o Oscar e o Globo de Ouro de Roteiro Original, além de mais seis indicações para o Oscar e cinco para o Globo de Ouro A direção é de Quentin Tarantino. “Pulp Fiction – Tempos de Violência” será exibido na Sala 5 do Cinemark, no sábado às 23h55m, domingo às 12h30m e quarta-feira às 19h30. Classificação indicativa 18 anos. (T. O.: “Pulp Fiction”)

  

Sessão Cine Cult: “Pelo Malo


Junior (Samuel Lange Zambrano), um menino de nove anos de idade, sonha em alisar o cabelo para ficar mais parecido com sua imagem fantasiosa de um cantor de cabelos compridos. Sua mãe Marta (Samantha Castillo) luta para sustentar a família após a morte do marido e, ao mesmo tempo, tenta evitar o jeito diferente do filho. A história consegue abordar habilmente temas complexos como a homossexualidade, o racismo e a política nos países sul-americanos. A direção é de Mariana Rondón. “Pelo Malo” será exibido na Sala 6 do Cinemark, na segunda-feira (9/6) e terça-feira (10/6), na sessão de 20h40. Classificação indicativa 12 anos. (T. O.: “Pelo Malo”)

 

 

Filme da Semana: “Malévola”

A indústria do cinema, nos últimos tempos, parece sofrer de falta de criatividade, e prefere relançar grandes sucessos do passado, revestido dos novos recursos tecnológicos, como efeitos especiais, tridimensionalismo, etc.. Algumas dessas recriações, entretanto, conseguem superar a mesmice, como é o caso de “Malévola”, certamente um dos melhores filmes de 2014.
A história da Bela Adormecida é um clássico conto de fadas cuja personagem principal é uma princesa que é enfeitiçada por uma maléfica feiticeira para cair num sono profundo, até que um príncipe encantado a desperte com um beijo provindo de um amor verdadeiro.
A versão mais conhecida é a dos Irmãos Grimm, publicada em 1812, mas, o escritor francês Charles Perrault já publicara, em 1697, no livro Contos da Mãe Ganso, “A Bela Adormecida no Bosque”, que, por sua vez, também se inspirou no conto de Giambattista Basile, extraído de Pentamerone, publicada na data de 1634.
Em 1959, após vários anos de produção, o genial Walt Disney lançou nos cinemas o longa-metragem em animação, que além do esmero dos Estúdios Disney, foi a primeira animação lançada em widescreen, na bitola de 70 mm, um formato que só as superproduções mereciam.
Refletindo tanto a moral de sua época quanto o público ao qual era direcionado, o filme traz os personagens rigidamente enquadrados: os heróis eram bons, os vilões eram maus e pronto. Aliás, a terrível bruxa Malévola virou parâmetro de vilã para sempre na indústria do cinema.
Repleto de bichinhos animados, algum humor e muitas canções, o filme foi um sucesso estrondoso na época, e como outras produções Disney, foi relançada sucessivas vezes no cinema, na televisão, VHS, DVD e Blu-Ray.
Com um sucesso tão grande no acervo, é natural que houvesse a vontade de fazer uma refilmagem, mas, ao mesmo tempo, a comparação com o original poderia levar o novo empreendimento a um fracasso monumental, caso não fosse muito bem elaborado.
A solução encontrada foi optar por uma boa história – que mantivesse uma fidelidade aos principais elementos, mas, que trouxesse algo novo para o público atual – e encontrar alguém capaz de polarizar o filme.
A escolha da protagonista foi acertadíssima, principalmente porque a história é mostrada pela ótica da Malévola, e não da Aurora. E Angelina Jolie mostrou que não apenas é uma atriz talentosíssima, como também a essência do filme, nunca sendo tão bem aplicado o adjetivo “mero” aos coadjuvantes. A estrela estava tão impressionante em sua caracterização, que nenhuma criança conseguiu fazer o teste para a Aurora criança sem chorar. A solução foi usar a filha da própria atriz, Vivienne Jolie-Pitt, para fazer a personagem aos cinco anos.
No filme atual, a história inicia mostrando dois reinos vizinhos, um dos humanos, e outro das criaturas mágicas, os Moors. Neste, uma poderosa fada menina, Malévola, ajudava e protegia os habitantes do seu reino, mantendo distância dos humanos.
Um dia, porém, ela conhece um menino, Stefan, que se aventura no reino mágico, e é capturado pelos guardas. Após este encontro, uma improvável amizade nasce entre os dois, e à medida que vão crescendo, ficam cada vez mais próximos.
O rei dos humanos, Henry (Kenneth Cranham), quer dominar os Moors a todo custo, e arregimenta um poderoso exército para invadir o reino mágico. Porém, Malévola (Angelina Jolie), agora adulta e cada vez mais poderosa, rechaça os invasores com a ajuda de seus aliados.
Derrotado, doente e amargurado, o rei Henry anuncia a todos que fará seu sucessor aquele que conseguir matar Malévola. Stefan (Sharlto Copley), que agora é serviçal do rei, vislumbra a possibilidade de atingir o ápice de suas ambições, e enganando Malévola, pratica a mais terrível agressão a uma fada, roubando-lhe as asas.
Dominada pelo ódio e desejo de vingança, Malévola espreita nas sombras a oportunidade de vingança, usando como principal aliado o corvo Diaval (Sam Riley), que se torna o seu principal espião.
Quando ela descobre que Stefan se tornara rei, e tivera uma filha, ela invade a festa e lança sobre a menina uma maldição: ao completar 16 anos, ela se ferirá na agulha de um tear e dormirá até ser despertada por um beijo de amor verdadeiro.
Para não estragar a surpresa do espectador, não falarei mais do que se segue. Mas, garanto que todos os elementos do filme de 1959 estão presentes, as fadas madrinhas, o príncipe beijoqueiro, a muralha de espinhos, o dragão que cospe fogo, etc.. Tudo deliciosamente embaralhado, na inversão que tornou a história mais interessante.
O mais interessante é o papel da Malévola, que, conforme suas palavras, torna-se vilã e heroína ao mesmo tempo. É muito interessante acompanhar a passagem de um polo a outro, e como isso influenciou a história ao final.
Como se poderia esperar de uma superprodução de 200 milhões de dólares com a grife Disney, o filme é repleto de efeitos especiais impecáveis, num nível de detalhe impressionante, e cheio de cenas de ação impactantes, principalmente nos momentos de batalhas.
Mesmo com as cenas de luta e alguns bichos bem estranhos, o filme é direcionado para a família, sem restrições de idade, como manda a tradição das produções Disney.



Livros de cinema:

Vocês Ainda Não Ouviram Nada

Escrito por um dos maiores críticos de cinema da atualidade, este livro resgata a história dos filmes mudos desde seus primórdios, contando de forma leve e divertida os principais acontecimentos que marcaram sua trajetória: as invenções tecnológicas que levaram à criação do cinema; os precursores dos famosos irmãos Lumière; o início dos grandes estúdios norte-americanos; as primeiras comédias; o cinema alemão e as produções russas; os diretores e produtores pioneiros; os astros e estrelas; o cinema de animação; os primeiros passos do Brasil na era da cinematografia. Celso Sabadin revela, ainda, os bastidores de grandes produções e os avanços que acabaram culminando no cinema falado. Com prefácio de Rubens Ewald Filho e apresentação de Francisco Ramalho Jr.. 224 p – Editora Summus.


Lançamentos em DVD/Blu-Ray:

“Clube de Compras Dallas”

Em 1986, o eletricista texano Ron Woodroof (Matthew McConaughey) é diagnosticado com AIDS e logo começa uma batalha contra a indústria farmacêutica. Procurando tratamentos alternativos, ele passa a contrabandear drogas ilegais do México... O roteiro é baseado na vida de Ron Woodroof, um eletricista heterossexual de Dallas que foi diagnosticado com AIDS em 1985, durante uma das épocas mais obscuras da doença. Indicado a seis categorias do Oscar, incluindo Melhor Filme, ganhou os prêmios de Melhor Ator, Ator Coadjuvante e Maquiagem. O disco traz o filme com tela widescreen anamórfico e Áudio em Dolby Digital 5.1. (T. O.: “Dallas Buyers Club”)

“Questão de Tempo”

Ao completar 21 anos, Tim (Domhnall Gleeson) é surpreendido com a notícia dada por seu pai (Bill Nighy) de que pertence a uma linhagem de viajantes no tempo. Ou seja, todos os homens da família conseguem viajar para o passado, bastando apenas ir para um local escuro e pensar na época e no local para onde deseja ir. Cético a princípio, Tim logo se empolga com o dom ao ver que seu pai não está mentindo. Sua primeira decisão é usar esta capacidade para conseguir uma namorada, mas logo ele percebe que viajar no tempo e alterar o que já aconteceu pode provocar consequências inesperadas. Filme com formato de tela widescreen anamórfico e áudio em Dolby Digital 5.1. (T. O.: “About Time”)

“Queda Mortal”

Depois de sobreviver a uma queda de mais de 1.500 metros de um avião sobre o oceano, Michael Shaughnessy (Luke Goss), um ex-agente da CIA contratado pelo governo, se re-infiltra em uma perigosa quadrilha de contrabando do norte do México para encontrar seu próprio assassino. Conforme vai recuperando a memória, ele entra em uma fúria assassina, enquanto tenta descobrir a verdade. Quem jogou-o do avião? Foi o seu melhor amigo? O disco traz o filme com formato de tela widescreen anamórfico e Áudio em Dolby Digital 5.1. (T. O.: “Dead Drop”)

“Crisântemos Tardios”

Tóquio, 1885. Kikunosuke Onoue, filho de um ator de renome, descobre que só recebe elogios por ser filho de quem é. Ele se apaixona por Otuko, uma criada da família e todos ficam contra o romance, ele então parte em busca do sucesso por seus próprios méritos e descobre um amargo caminho. “Crisântemos Tardios” foi dirigido por um dos maiores contadores de histórias do cinema japonês, Kenji Mizoguichi (“Contos da Lua Vaga”) em 1939. Filme com tela standard e Áudio em Dolby Digital 2.0. (T. O.: “Zangiku Monogatari”)