sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Coluna Claquete – 25 de janeiro de 2013

Newton Ramalho

 

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O que está em cartaz

Janeiro se vai, ainda no embalo do veraneio. Para os que não podem sair da cidade, vale conferir as estreias do épico “Lincoln”, de Steven Spielberg, a aventura “João e Maria: Caçadores de Bruxas”, e o drama de Woody Allen “Para Roma com Amor”, na Sessão Cine Cult do Cinemark. Continuam em cartaz o western de Tarantino, “Django Livre” (vejam na Sessão Filmes da Semana), o policial “O Último Desafio”, com Arnold Schwarzenegger, “A Viagem”, com Tom Hanks e Halle Berry, o thriller “Jack Reacher: O Último Tiro”, com Tom Cruise, a comédia “Uma Família em Apuros”, com Billy Cristal e Bette Midler, a animação da Disney “Detona Ralph”, e a comédia nacional “De Pernas Pro Ar 2”, com Ingrid Guimarães.

 Estreia 1: “Lincoln

Steven Spielberg dirige Daniel Day-Lewis em "Lincoln", um drama revelador que incide sobre a vida de Abraham Lincoln, o 16º presidente dos Estados Unidos nos tumultuados meses finais de mandato. Em um país dividido pela Guerra da Secessão, e pelos fortes ventos da mudança, Lincoln segue um curso de ação destinado a acabar com a guerra, unir o país e abolir a escravidão, o que provou ser a batalha mais difícil de sua vida. Com a coragem moral e uma determinação feroz para obter sucesso, as escolhas durante este momento crítico vão mudar o destino das gerações vindouras. Baseado no livro “Team of Rivals: The Genius of Abraham Lincoln”, de Doris Kearns Goodwin, “Lincoln” estreia nesta sexta-feira, na Sala 3 do Cinemark, e na Sala 4 do Moviecom. Classificação indicativa 12 anos. (T. O.: “Lincoln”)

 Estreia 2: “João e Maria: Caçadores de Bruxas


Baseado no conto clássico Hänsel und Gretel, dos irmãos Grimm, aqui no Brasil conhecido como João e Maria, o filme “João e Maria: Caçadores de Bruxas” mostra os irmãos como justiceiros que caçam bruxas como aquela que tentou devorá-los quando crianças. No elenco, além de Jeremy Renner (“Guerra Contra o Terror”) e Gemma Arterton (“Fúria de Titãs”) estão Peter Stormare, Ingrid Bolso Berdal, Thomas Mann, Derek Mears e Famke Janssen, a Jean Grey da trilogia X-Men. O longa é dirigido pelo norueguês Tommy Wirkola, de Dead Snow, que também escreveu o roteiro com Dante Harper. “João e Maria: Caçadores de Bruxas” estreia nesta sexta-feira, nas Salas 2 e 5 do Cinemark, e nas Salas 6 e 7 do Moviecom, . Classificação indicativa 14 anos. Exibição em 2D e 3D, cópias dubladas e legendadas. (T. O.: “Hansel and Gretel: Witch Hunters”)

Estreia 3: “Para Roma Com Amor” (Sessão Cine Cult)


O filme nos coloca em contato com um reconhecido arquiteto americano revivendo sua juventude; um simples romano de classe média que de repente se transforma na maior celebridade de Roma; um jovem casal provincial cheio de encontros e desencontros românticos; e um americano diretor de ópera procurando colocar um agente funerário cantando no palco. A direção é de Woody Allen. “Para Roma com Amor” será exibido nas próximas terça-feira (29/01) e quinta-feira (31/01), na Sala 4 do Cinemark, na sessão de 21h00. Classificação indicativa 12 anos. (T. O.: “To Rome With Love”)



Filmes da Semana: “Django Livre” e “O Último Desafio”

É curioso como alguns diretores são idolatrados como se fossem times de futebol, e as pessoas vão ao cinema sem nem olhar a sinopse do filme. É o caso de Quentin Tarantino, que amealhou milhões de fãs mundo à fora, com sua visão peculiar de fazer cinema. Sua última obra, “Django Livre”, é um filme bem... Tarantino.
Conhecendo toda a filmografia do cineasta, confesso não pertencer aos seus admiradores. Dos filmes dele, adorei “Jackie Brown” e “Kill Bill”, e detestei “Bastardos Inglórios”, “À Prova de Morte”, e – sacrilégio! – “Pulp Fiction – Tempo de Volência”.
Mesmo assim, fui assistir “Django Livre” com o espírito aberto, até por conta da visão como crítico, e posso dizer que este é um Tarantino um pouco diferente dos demais. Claro, a violência explícita e exagerada está presente do início ao fim do filme, bem como a sua visão fantasiosa da História. Mas, suas paixões como cinéfilo estão igualmente presentes.
“Django Livre” é vagamente inspirado no filme western spaghetti “Django”, um filme italiano de 1966, dirigido por Sergio Corbucci e estrelado por Franco Nero. No filme original, Django era um andarilho solitário, que aparecia arrastando um caixão onde escondia uma metralhadora. Seu objetivo era vingar a mulher, assassinada por bandidos.
No filme atual, Django (Jamie Foxx) é um escravo que é comprado por caçador de recompensas alemão Dr. King Schultz (Christoph Waltz, ganhador do Globo de Ouro de coadjuvante pelo papel). Schultz precisa de sua ajuda para identificar alguns bandidos, e em troca, dá a liberdade para seu novo amigo.
Django quer ir procurar sua mulher, que foi vendida para um rico fazendeiro, Calvin Candie (Leonardo DiCaprio), que coleciona e treina negros para lutas mortais em sua fazenda, Candyland. Schultz resolve ajudar Django, e os dois procuram Candie, disfarçados de mercadores de escravos.
Mas, as coisas ficam muito difíceis por conta de Stephen (Samuel L. Jackson), o escravo de confiança de Candie. Stephen desconfia das reais intenções dos forasteiros, e cria uma armadilha para desmascará-los. Tudo termina em um grande banho de sangue, com balas para todos os lados.
Obviamente não dá para pensar nos eventos do filme como verossímeis, mas, nenhum dos faroestes italianos também o fazia, e é evidente a intenção de Tarantino de homenagear os grandes mestres do gênero, seja na fotografia e ângulos de filmagem, no estilo da música, e, claro, nos infindáveis tiroteios. A mais bela homenagem, sem dúvida, é uma breve aparição do próprio Franco Nero, aos 71 anos, numa ponta como o proprietário de um lutador.
“Django Livre” é um produto voltado para os fãs do diretor, com todas as características comuns em seus filmes, em especial a violência exageradamente plástica. Por outro lado, os fãs dos faroestes italianos dos anos 60 e 70 poderão matar as saudades de um gênero que ressuscitou graças a pessoas como Sergio Leone, que em 1964 fez o antológico “Por um Punhado de Dólares”, estrelado pelo novato Clint Eastwood.
 E falando em ressuscitar, o filme policial “O Último Desafio” trouxe de volta às telas Arnold Schwarzenegger, após sua participação na vida política como governador da Califórnia.
No filme, Arnold vive Ray Owens, um experiente oficial da polícia de Los Angeles, que decide mudar para o interior, após uma fracassada operação onde fora o único sobrevivente. Ele aceita o cargo de xerife em uma pequena cidade da fronteira com o México, um lugarejo onde todos se conhecem, e o máximo que acontece é desordem de bêbados, como Frank Martinez (Rodrigo Santoro).
Longe dali, em meio a uma rigorosa operação, um chefão do tráfico de drogas mexicano, Burrell (Peter Stormare) está sendo transferido para a prisão. Numa ousada intervenção, Burrell consegue escapar, com a ajuda de vários cúmplices, e foge em direção à fronteira em um poderoso carro preparado para altas velocidades.
Enquanto a maioria das forças policiais se posicionam num local mais provável de cruzar a fronteira, Burrell segue em outra direção, onde sua quadrilha preparou uma ponte móvel para que ele possa cruzar um cânion em segurança.
Agora, entre ele e a fronteira existem apenas o xerife Owens e sua equipe mínima, formada por dois ajudantes oficiais, Sarah (Jaimie Alexander) e Mike (Luis Guzman), o ex-soldado vivido por Santoro, e Trooper (Arron Shiver), um colecionador de armas meio maluco, que tem mania de dar apelido a tudo.
Os defensores da cidade tem que enfrentar um grupo de bandidos profissionais altamente armados, contando apenas com sua própria vontade e a ajuda improvável de alguns moradores.
Embora o filme pareça bem clichê – e é mesmo – nem por isso deixa de ser divertido. Sim, divertido é a palavra de ordem, pois a maioria das piadas, inclusive dele mesmo, faz menção à idade de Arnold, que já está com 65 anos. Outra situação interessante é quando ele lembra a sua própria situação de imigrante...
Surpreendentemente, “O Último Desafio” é um filme de ação divertido, com muito tiroteio e perseguições, mas com uma dose de humor acima da média, principalmente por não se levar a sério. Ideal para os fãs do gênero, além de ver o truculento Arnold de volta à ação. Confiram.
(Títulos originais: “Django Unchained” e “The Last Stand”)


Lançamentos em DVD/Blu-Ray


“Abraham Lincoln - Caçador de Vampiros”


Nancy Lincoln (Robin McLeavy) é a mãe do futuro presidente Abraham Lincoln (Benjamin Walker) e foi assassinada por uma criatura sobrenatural. Inconformado com o fato, o menino declara uma guerra sem piedade contra os seres das trevas e começa a destruir todos os vampiros e os escravos que os ajudam. Dirigido por Timur Bekmambetov (“O Procurado”) e estrelado por Benjamin Walker, Dominic Cooper e Mary Elizabeth Winstead.Disco com formato de tela widescreen e áudio DD 5.1. (T. O.: “Abraham Lincoln: Vampire Hunter”)





“Conspiração Americana”

Na esteira do assassinato do presidente Abraham Lincoln, sete homens e uma mulher, Mary Surrat (Robin Wright) foram presos e acusados de conspiração para matar o presidente, o vice e o secretário de Estado. Surrat, de 42 anos, era proprietária do local onde John Wilkes Booth (Toby Kebbell) e outros se encontravam para planejar os ataques simultâneos. Herói da Guerra Civil e advogado recém-formado, Frederick Aiken (James McAvoy) decide defender a mulher diante do tribunal militar e ao decorrer do julgamento começa a perceber que sua cliente pode ser inocente das acusações, sendo usada somente para atrair o verdadeiro culpado, seu próprio filho. O disco traz o filme com formato de tela widescreen e áudio Dolby Digital 5.1.  (T.O.: “The Conspirator”).

“Amor e Dor”

O filme conta a história da conturbada relação entre Hua (Corinne Yam), uma estudante chinesa em Paris e Matthieu (Tahar Rahim), um francês que trabalha em uma construção civil nos subúrbios da capital francesa. Aos poucos o relacionamento toma um rumo instável, onde a violência física e verbal começa a fazer parte do cotidiano do casal. Com a desestabilização, a jovem decide voltar para China, mas acaba percebendo a importância do rapaz em sua vida. O disco traz o filme com formato de tela widescreen e áudio em DD 5.1. (T.O.: “Love and Bruises”).

“O Vale das Abelhas”
 
Depois de seu pai se casar com uma esposa adolescente, Ondroej é enviado para um internato religioso. Após alguns anos lá, ele começa a refletir sobre questões existenciais e suas crenças, resolve então fugir e voltar para casa. Explorando a natureza da fé e da dúvida o diretor tcheco František Vláčil constrói uma obra poética ambientada na Idade Média. Filmado em 1968, é uma raridade do cinema tcheco. O disco traz o filme com formato de tela widescreen anamórfico e áudio DD  5.1, e, como extras, Informações Técnicas, Galeria de Fotos do Filme, Trailer Original do Filme, e Outros Títulos da Coleção Cult Classic. (T.O.: “Údolí Vcel”).

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