sexta-feira, 30 de junho de 2006

Claquete 30 de junho de 2006


Claquete

Newton Ramalho - claquete@interjato.com.br

O que está em cartaz


Enquanto a bola rola solta, nos gramados da Alemanha, por aqui, as estréias são poucas. De novidade, tem a mais recente produção da Pixar-Disney, a animação “Carros”, e, a comédia romântica “Separados Pelo Casamento”, com Jennifer Aniston, a ex-Friends e ex-Brad Pitt. Nas continuações, “Poseidon”, remake de um dos primeiros filmes-catástrofes dos anos 70, “O Destino do Poseidon”, “Tristão e Isolda” (veja em Filme Recomendado), romance clássico, que ganhou uma nova versão, o infantil “Garfield 2”, “X-Men: O Confronto Final”, último capítulo da trilogia dos X-Men, e, o polêmico “O Código Da Vinci”, com Tom Hanks, Audrey Tautou, Jean Reno, Paul Bettany e Ian McKellen.

Estréia 1: “Carros”

Relâmpago McQueen (Marcelo Garcia) é um carro de corridas ambicioso, que já em sua 1ª temporada na Copa Pistão torna-se um astro. Ele sonha em se tornar o 1º estreante a vencer o campeonato, o que possibilitaria que assinasse um patrocínio com a cobiçada Dinoco. A fama faz com que Relâmpago acredite que não precisa da ajuda de ninguém, sendo uma "equipe de um carro só". Esta arrogância lhe custa caro na última corrida da temporada, fazendo com que seus dois pneus traseiros estourem na última volta da corrida. O problema permite que seus dois principais adversários, o ídolo Rei (Márcio Simões), e, o traiçoeiro Chicks (Samir Murad), cruzem a linha de chegada juntamente com ele, o que faz com que uma corrida de desempate seja agendada na Califórnia. Relâmpago é então levado para o local de corrida por Mack (Renato Rosenberg), um caminhão que faz parte de sua equipe. Ele quer chegar ao local antes de seus competidores e, por causa disto, insiste que Mack viaje sem interrupções. Mack termina dormindo em pleno trânsito, o que faz com que a caçamba se abra e Relâmpago, que também estava dormindo, seja largado em plena estrada. Ao acordar Relâmpago tenta encontrar Mack a todo custo, mas não tem sucesso. Em seu desespero ele chega à pequena Radiator Springs, uma cidade do interior que tem pouquíssimo movimento e que jamais ouviu falar de Relâmpago ou até mesmo da Copa Pistão. Porém, por ter destruído a principal rua da cidade, Relâmpago é condenado a reasfaltá-la. Obrigado a permanecer na cidade contra a sua vontade, aos poucos ele conhece os habitantes locais e começa a se afeiçoar por eles. Entre estes, a bela Porsche Sally (Priscila Fantin), Doc Hudson (Daniel Filho), e, o velho e simpático reboque Mate (Mário Jorge), que o ajudam a ver que há coisas mais importantes que troféus, fama e patrocínios. Nova animação da Pixar, criadora de sucessos como “Os Incríveis”, “Procurando Nemo”, “Monstros S.A.”, que agora pertence aos Estúdios Disney. “Carros” estréia, nesta sexta-feira, nos Cines 4, 6 e 7 do Moviecom e nas Salas 2 e 6 do Cinemark. Censura livre. Atenção, todas as cópias são dubladas.

Estréia 2: “Separados Pelo Casamento”

Brooke (Jennifer Aniston) e Gary (Vince Vaughn) estão juntos a dois anos, e, moram no mesmo apartamento. A vida a dois já não tem a mesma paixão do início, e, os detalhes da rotina fazem com que eles terminem o relacionamento. Entretanto, há um problema: nenhum deles aceita deixar o apartamento que vive, o que faz com que continuem morando juntos. Inicialmente, eles tentam viver pacificamente, mas, logo descobrem que a melhor saída é tornar a vida do outro um inferno, de forma que saia do apartamento o mais rapidamente possível. A direção é de Peyton Reed. “Separados Pelo Casamento” estréia nesta sexta-feira, na Sala 2 do Cinemark, e, no Cine 3 do Moviecom. Para maiores de 14 anos.

“O Castelo Animado”, em DVD

Graças a uma maldição, a jovem Sophie transforma-se numa velha senhora. Incapaz de continuar trabalhando na loja de chapéus de sua mãe, ela passa a morar no castelo do notável bruxo Howl, e, faz amizade com o demônio de fogo Calcifer, que está ligado a Howl por meio de um contrato. Calcifer e Sophie, então, prometem ajudar-se mutuamente - ele quebrará a maldição, e, ela o ajudará a fugir do castelo. Entretanto, Howl percebe que Sophie está amaldiçoada, e, apaixona-se por ela. Adaptação do livro da escritora Diana Wynne Jones, foi escrito e dirigido por Hayao Miyazaki (“A Viagem de Chihiro”), recebendo uma indicação ao Oscar de Melhor Filme de Animação. Nas lojas e locadoras.

“Zathura – Uma Aventura Espacial”, em DVD

Após encontrarem um jogo no porão, os irmãos Walter (Josh Hutcherson) e Danny (Jonah Bobo) decidem jogá-lo. Só que não esperavam que o jogo fizesse com que sua casa fosse magicamente arrancada da Terra, ficando vagando pelo espaço. Qualquer semelhança entre este filme e “Jumanji” (1995) não é mera coincidência. Os dois filmes infantis são baseados em livros do escritor Chris Van Allsburg, autor também de “O expresso polar”. Muitos efeitos especiais em cenas de tirar o fôlego. Nas lojas e locadoras.



Brasil escolhe o sistema japonês de TV Digital

Agora, a sorte está lançada. O governo brasileiro optou pelo modelo japonês, para o novo sistema de televisão digital brasileira. Nesta quinta-feira, o presidente Lula assinou o decreto que implanta a TV digital no Brasil, que terá sete anos para cobrir todo o país. O Sistema Brasileiro de TV Digital Terrestre vai ser baseado no padrão de sinais japonês (ISDB-T), incorporando inovações tecnológicas brasileiras. Em seis meses, as emissoras terão que apresentar o projeto de instalação da estação transmissora, e, em 18 meses, iniciar a transmissão digital. Além do próprio Japão, só o Brasil adotou este sistema.

Filme Recomendado: “Tristão e Isolda”

Amores impossíveis

Quem tiver lido apenas o subtítulo acima, certamente pensará em Romeu e Julieta, como o exemplo mais famoso de um amor impossível. O grande Will Shakespeare soube encantar as suas platéias com o amor trágico dos dois jovens, mas, outros casais também encantaram os românticos, como o caso verídico de Abelardo e Heloísa, levado às telas no filme “Em Nome de Deus”, e, do mito irlandês Tristão e Isolda, que já foi tema de ópera de Wagner, e, agora chega às telas, pelas mãos do diretor Kevin Reynolds.

Quando a antiga colônia romana, onde hoje é a Inglaterra, foi abandonada pelo Império Romano, a região era dividida vagamente em áreas tribais, dominadas por líderes locais, o que os tornava presas fáceis dos irlandeses, uma nação poderosa, que nunca tinha sido dominada. Um desses líderes, Rivalin, pai de Tristão, conclama os colegas a unirem-se, em torno de seu cunhado, Mark (Rufus Sewell), rei da Cornualha. Mas, os irlandeses sabem do encontro, e, atacam o castelo, matando os pais de Tristão e a mulher de Mark, que, o adota, como filho.

Tristão (James Franco) cresce como um guerreiro, destemido e respeitado por seus homens. Novamente, os líderes britânicos pretendem unir-se contra os irlandeses, e, desta vez, atacam uma expedição militar, que vinha cobrar tributos e levar escravos para a corte do rei Donnchadh (David O’Hara), comandada pelo sádico Morholt (Graham Mullins).

Os homens de Tristão vencem os irlandeses, mas, ao matar Morholt, o jovem é ferido pela espada envenenada do inimigo, o que o coloca em estado de morte aparente. Pensando que morrera, os companheiros, seguindo a tradição, colocam o corpo em um barco, lançando-o ao mar.

O barco, à deriva, vai bater na costa da Irlanda, onde é encontrado pela jovem Isolda (Sophia Myles), filha do rei Donnchadh, que reconhece o efeito do veneno, e, prepara um antídoto. Com medo de que o jovem fosse descoberto pelos soldados de seu pai, Isolda, com a ajuda da aia Bragnae, esconde Tristão em uma pequena cabana na praia.

Ao longo do tempo em que cuida dele, os dois vão se tornando cada vez mais íntimos, e, o amor floresce, sem que Isolda revele a sua verdadeira identidade. O idílio só é quebrado quando os homens de Donnchadh descobrem que o matador de Morholt está em algum lugar próximo. Com o coração partido, os dois se despedem, e, Tristão retorna à Inglaterra.

Enquanto os ingleses continuam os esforços para se unir, o rei da Irlanda prepara um novo plano para manter o seu poderio sobre eles. Oferecendo a própria filha, Isolda, como prêmio, ele organiza um torneio, onde prepara tudo para que o vencedor seja o pérfido Wictred (Mark Strong), um inglês, capaz de vender a alma, para conseguir o poder.

Mas, contrariando todos os presságios, Tristão vence o torneio, requisitando a princesa para casar-se com o rei Mark, seu tio. Qual não é a surpresa, quando ele reconhece, na filha do rei, a jovem que o curara do veneno. Mais surpresa ficou a jovem, quando soube que não seria dada em casamento para o vencedor do torneio, e, sim, para um desconhecido.

A partir daí, os dois jovens vivem em um inferno. Obrigados a permanecer próximos, na corte de Mark, os dois sofrem pela impossibilidade de tocar-se, e, para Tristão, o ciúme rivaliza com a lealdade ao tio, que o criara. Ele tenta, por todos os meios, manter-se distante do seu objeto de desejo, mas, o próprio rei insiste em tê-lo por perto, ignorante do sofrimento dos dois jovens.

Finalmente, não conseguindo mais resistir aos sentimentos, os jovens amantes quebram todas as regras, encontrando-se às escondidas, enfrentando a rigorosa tradição palaciana, aproveitando cada segundo para demonstrar o amor pelo outro.

Fatalmente, o caso é descoberto, por ninguém menos que Wictred, que aproveita para armar uma nova conspiração, de comum acordo com o rei da Irlanda. Durante a cerimônia de coroação de Mark, o caso de Tristão e Isolda é exposto, e, não restará ao rei outra solução do que condenar os dois jovens. Ponto. Para saber mais, assista ao filme.

O mito irlandês foi modificado, para ficar mais palatável ao gosto das platéias atuais, embora não deixe de ser uma tragédia, aviso aos navegantes. Contudo, o filme consegue unir elementos de aventuras épicas com os de um belo romance, resultando em uma produção agradável de assistir. Além do mais, não existem aqui os diálogos rebuscados de “Shakespeare Apaixonado” e “Romeu e Julieta”, que desagradam os mais jovens.

O elenco, apesar de não ter nenhuma estrela de primeira grandeza, não compromete o filme, embora o vilão Wictred esteja muito estereotipado, covarde, malvado, traiçoeiro, desleal. É difícil imaginar que alguém reunisse tantas más qualidades, e, ainda se mantivesse á frente de um pequeno reino. Mas, em cinema tudo é possível, e, meu papel é criticar, à luz do meu entendimento, e não, dizer o que o diretor deveria ter feito.

Restrições à parte, a bela história do amor impossível dos dois jovens certamente mexerá com o coração mais empedernido, trazendo aquela dose de romantismo que permanece esquecida, mas, não, morta, no íntimo de nossas almas. Como diz o personagem principal, em um dos momentos cruciais do filme: “a morte é maior do que a vida, mas, o amor é maior que ambos”. Confiram.

sexta-feira, 23 de junho de 2006

Claquete 23 de junho de 2006


Claquete

Newton Ramalho - claquete@interjato.com.br

O que está em cartaz


Junto com a classificação da seleção brasileira para a segunda fase da Copa do Mundo, começam a chegar algumas estréias. A mais badalada é “Poseidon”, remake de um grande sucesso dos anos 70, “O Destino do Poseidon”. A outra é “Tristão e Isolda”, romance clássico, que ganhou uma nova versão. Nas continuações, o infantil “Garfield 2”, o drama “Tudo Por Dinheiro”, com Al Pacino e Matthew McConaughey, “Todo Mundo em Pânico 4”, comédia escrachada, com humor no estilo da revista MAD, “A Profecia”, refilmagem de um filme homônimo, dos anos 70, “X-Men: O Confronto Final”, último capítulo da trilogia dos X-Men, o polêmico “O Código Da Vinci”, com Tom Hanks, Audrey Tautou, Jean Reno, Paul Bettany e Ian McKellen, e, a comédia romântica “Apenas Amigos”. Neste final de semana acontece a pré-estréia de “Separados Pelo Casamento”, com Jennifer Aniston, a ex-Friends e ex-Brad Pitt.

Estréia 1: “Poseidon”

Uma onda gigantesca faz com que o Poseidon, um luxuoso transatlântico, tombe, e, fique de cabeça para baixo, em pleno alto mar. O capitão Michael Bradford (Andre Braugher) sugere que os poucos sobreviventes aguardem por socorro no local em que estão, mas, John Dylan (Josh Lucas), um jogador profissional, prefere buscar um lugar que lhes dê maior segurança. A atitude de Dylan atrai outros sobreviventes, que decidem segui-lo. Entre eles está Robert Ramsey (Kurt Russell), que está desesperado por não conseguir encontrar sua filha, Jennifer (Emmy Rossum), e, o noivo dela, Christian (Mike Vogel). Também se juntam a eles Maggie James (Jacinda Barrett) e seu filho Conor (Jimmy Bennett), a passageira clandestina Elena Gonzalez (Mia Maestro), e, Richard Nelson (Richard Dreyfuss), um homem que embarcou no navio em dúvida se queria viver. Desesperados para encontrar uma saída, o grupo se embrenha no labirinto de aço retorcido, enquanto o navio, cada vez mais, vai se enchendo de água. A direção é de Wolfgang Petersen. “Poseidon” estréia, nesta sexta-feira, nos Cines 6 e 7 do Moviecom e nas Salas 2 e 6 do Cinemark. Para maiores de 12 anos.

Pré-Estréia: “Separados Pelo Casamento”

Brooke (Jennifer Aniston) e Gary (Vince Vaughn) estão juntos a dois anos, e, moram no mesmo apartamento. A vida a dois já não tem a mesma paixão do início, e, os detalhes da rotina fazem com que eles terminem o relacionamento. Entretanto, há um problema: nenhum deles aceita deixar o apartamento que vive, o que faz com que continuem morando juntos. Inicialmente, eles tentam viver pacificamente, mas, logo descobrem que a melhor saída é tornar a vida do outro um inferno, de forma que saia do apartamento o mais rapidamente possível. A direção é de Peyton Reed. A pré-estréia de “Separados Pelo Casamento” será neste sábado, na Sala 1 do Cinemark, na sessão de 22h20, e, na sexta-feira e no sábado, no Cine 4 do Moviecom, na sessão de 21h40. Para maiores de 14 anos.

Estréia 2: “Tristão e Isolda”

Na Europa da Idade Média, as tribos lutam pelo poder, logo após a queda do império romano. Tristão (James Franco) teve toda sua família assassinada por conspiradores, que tinham o objetivo de impedir os planos de seu pai para unificar a Inglaterra. Adotado pelo tio, Lorde Marke (Rufus Sewell), Tristão cresce, e, se torna seu maior guerreiro. Imbuído do desejo em seguir os planos do pai, ele é ferido em combate, e, considerado morto, sendo jogado ao mar em um enterro viking. Porém, é resgatado por Isolda (Sophia Myles), por quem se apaixona. O casal troca juras de amor, mas, não revela seus nomes. Após se recuperar, ele retorna à sua terra, sem saber que seu amor é a filha de Donnchadh (David O'Hara), o rei da Irlanda, e, também, seu principal inimigo. Mas, o destino fará com que se encontrem novamente, quando Donnchadh organiza um campeonato de lutas até a morte, e, promete, como prêmio, a mão de sua filha. A direção é de Kevin Reynolds. “Tristão e Isolda” estréia, nesta sexta-feira, no Cine 1 do Moviecom, e, na Sala 7 do Cinemark. Para maiores de 14 anos.

“O Destino do Poseidon”, em DVD

Em virtude de um maremoto, um transatlântico de luxo é atingido na véspera de Ano Novo por uma onda gigantesca, fazendo-o virar totalmente. Um pequeno grupo de sobreviventes do choque inicial tenta escapar, de qualquer maneira, da embarcação. Este não é o filme que estréia nos cinemas esta semana, mas, sim, o original, de 1972, estrelado por Gene Hackman, Ernest Borgnine, e, Shelley Winters. Há uma versão simples, apenas com o filme, e, uma outra, mais completa, dupla, com diversos documentários. Este filme foi indicado para sete Oscars, ganhando o de Efeitos Visuais e Melhor Canção Original. Nas lojas e locadoras.

Cineclube Natal

Falha nossa! Por excesso de entusiasmo, na última Claquete, foram informadas programações do Cineclube Natal, que só acontecerão neste final de semana. No projeto Cinema e Literatura, será exibido, no sábado, a partir das 19h, o filme “O Processo”, de Orson Welles, baseado na obra homônima de Franz Kafka. Após a exibição, haverá um debate. A sessão será na Livraria Bartolai (Av Afonso Pena, 805), com entrada franca. No domingo, será a sessão tradicional do Cineclube Natal, no Teatro da Cultura Popular, com a exibição do filme “O Sentido da Vida”, do grupo inglês Monty Python. A sessão inicia às 19h, com entrada de R$ 2. O TCP fica na Rua Jundiaí, 941.



Inscrições para o Documenta Brasil encerram na segunda

Lançado em abril, Documenta Brasil irá selecionar quatro projetos de documentários e viabilizá-los. Os projetos selecionados ganharão ajuda financeira, no valor de R$ 550 mil, além de apoio na divulgação e distribuição. Parceria do SBT com a Secretaria do Audiovisual do Ministério da Cultura, a Petrobrás e a ABPI-TV (Associação Brasileira de Produtoras Independentes de Televisão), as inscrições terminam no dia 26 de junho. As informações estão disponíveis: site Documenta Brasil (www.documentabrasil.abpitv.com.br) e no site do Ministério da Cultura (www.cultura.gov.br).

Adeus a Bussunda

O mundo ficou um pouco mais triste, com a morte súbita do humorista Cláudio Besserman Vianna, o Bussunda, integrante do grupo Casseta & Planeta. Além de uma riquíssima coleção de personagens, ao longo de décadas na televisão, Bussunda atuou no filme “A Copa do Mundo é Nossa”, de 2003, e, participava da produção “Seus Problemas Acabaram”, previsto para ser lançado este ano. No cinema infantil, sua grande atuação foi na voz do personagem Shrek, o ogro verde. Bussunda morreu na Alemanha, no dia 17 passado.

Filmes Recomendados: “Poseidon” e “O Destino do Poseidon”

Por água abaixo

O que uma pessoa é capaz de fazer, quando se vê numa situação desesperadora, onde a sua vida depende das suas próprias decisões? Esta situação é o tema principal de “Poseidon”, refilmagem de “O Destino do Poseidon”, que inaugurou o gênero de filmes catástrofes em 1972.

Os dois filmes são baseados na mesma fonte, um romance do jornalista Paul Gallico, que, por sua vez, inspirou-se em um acidente verídico, ocorrido com o transatlântico “Queen Mary”, durante a Segunda Guerra Mundial. O navio, que transportava tropas americanas para a Europa, foi atingido por uma onda gigantesca, e, por muito pouco, não teve o destino exibido na obra de ficção. O livro de Gallico, além do suspense, explorava com sensibilidade aspectos psicológicos dos personagens, com uma abordagem que foi ignorada nos filmes.

A primeira versão, levada aos cinemas em 1972, foi estrelada por Gene Hackman, no papel de um pastor que perdera a fé em Deus, Ernest Borgnine, um policial durão, casado com uma ex-prostituta, e, Shelley Winters, avó que viajava a Israel, para conhecer o neto.

Feito numa época em que nem se sonhava usar computadores no cinema, “O Destino do Poseidon” ganhou um Oscar de Efeitos Visuais, utilizando maquetes e outras trucagens tradicionais da indústria do cinema, que, ainda hoje, surpreendem pela eficácia com que foram feitos. Mas, o forte do filme é a atuação do elenco, a maioria, atores de renome, no cinema e teatro da época. A curiosidade fica por conta de Leslie Nielsen, canastrão como sempre, que depois descobriria o seu filão, fazendo filmes humorísticos, da série “Corra Que a Polícia Vem Aí”.

A produção que estréia hoje, nos cinemas, traz nomes igualmente conhecidos, como Kurt Russell e Richard Dreyfuss, um orçamento de 140 milhões de dólares, a maior parte gastos nos efeitos especiais criados por várias companhias, dentre elas, a Industrial Light & Magic, de George Lucas.

Os pontos em comum, entre a nova e velha versão, limitam-se ao navio, e, ao desastre que o envolve. Durante a festa de Ano Novo, os passageiros do transatlântico Poseidon são surpreendidos por uma onda gigante, que, atingindo o navio de lado, faz com que ele vire de cabeça para baixo. Os poucos sobreviventes do choque inicial são orientados, pelos tripulantes, a permanecer onde estão, para aguardar a chegada das equipes de resgate.

John Dylan (Josh Lucas), um jogador profissional, prefere buscar um lugar que lhe dê maior segurança. A atitude de Dylan atrai outros sobreviventes, que decidem segui-lo. Entre eles, está Robert Ramsey (Kurt Russell), que está desesperado por não conseguir encontrar sua filha, Jennifer (Emmy Rossum), e, o noivo dela, Christian (Mike Vogel). Também se juntam a eles Maggie James (Jacinda Barrett) e seu filho Conor (Jimmy Bennett), a passageira clandestina Elena Gonzalez (Mia Maestro), e, Richard Nelson (Richard Dreyfuss), um homem que embarcou no navio em dúvida se queria viver.

O pequeno grupo penetra nas profundezas do imenso navio, precisando enfrentar incêndios, passagens submersas, e, muitos outros perigos, para alcançar algum lugar onde seja possível sobreviver por mais tempo, enquanto chega socorro.

O que mudou em relação à versão de 1972? Se os aspectos psicológicos do livro já tinham sido deixados de lado, no novo roteiro, os conflitos entre os sobreviventes também somem. Sobram mesmo são os efeitos especiais, com direito a muitos sustos e cenas de perigo, que, certamente, irão agradar aos fãs do cinema pipoca.

Contudo, o aspecto que sobrevive, em todas as versões, é a motivação dos personagens em continuar lutando pela vida, nunca se entregando, por mais desesperadora que possa parecer uma situação.

Sugiro que, o espectador, antes de ir ao cinema, conferir o mais novo filme-catástrofe, dê uma passada na locadora, para revisar o filme de 1972, e, estabelecer o seu próprio nível de comparação.


sexta-feira, 16 de junho de 2006

Claquete 16 de junho de 2006


Claquete

Newton Ramalho - claquete@interjato.com.br

O que está em cartaz


Com as atenções divididas entre os jogos da Copa do Mundo e os arrasta-pés das festas juninas, sobram poucas opções para os cinéfilos. De novidade, só mesmo o infantil “Garfield 2”, e, “Tudo Por Dinheiro”, com Al Pacino e Matthew McConaughey. Nas continuações, “Todo Mundo em Pânico 4”, comédia escrachada, com humor no estilo da revista MAD, “A Profecia”, refilmagem de um filme homônimo, dos anos 70, “X-Men: O Confronto Final”, último capítulo da trilogia dos X-Men, o polêmico “O Código Da Vinci”, com Tom Hanks, Audrey Tautou, Jean Reno, Paul Bettany e Ian McKellen, a comédia romântica “Apenas Amigos”, e, o policial nacional “Achados e Perdidos”.

Estréia 1: “Garfield 2”

Jon Arbuckle (Breckin Meyer) decide ir a Londres, para encontrar-se com Liz Wilson (Jennifer Love Hewitt), que está trabalhando na cidade. Jon está decidido a pedir Liz em casamento, mas, não contava que, junto com ele, viajariam, também, Garfield e Odie. Já na Inglaterra, Garfield troca de lugar com Prince, um gato da família real que é idêntico a ele. Prince herdara, recentemente, um castelo, devido ao falecimento de sua antiga dona, Lady Eleanor, sendo agora alvo do sobrinho dela, Lorde Dargis (Billy Connolly). Garfield, se fazendo passar por Prince, aproveita ao máximo o conforto da vida real, o que inclui mordomo (Ian Abercrombie) e vários criados. Enquanto isso, Prince, se fazendo passar por Garfield, leva uma vida simples, indo a bares com Jon e Odie. “Garfield” estréia, nesta sexta-feira, no Cine 6 do Moviecom e nas Salas 3 e 6 do Cinemark. Censura Livre. Atenção: cópias dubladas.

Estréia 2: “Tudo Por Dinheiro”

Durante anos, um sonho fez com que Brandon Lang (Matthew McConaughey) se dedicasse ao futebol americano, jogando das ligas infantis até os times universitários. Um problema no joelho fez com que abandonasse temporariamente o esporte, mas, ele ainda acreditava que poderia ser convocado para jogar em um dos times profissionais. Durante anos Brandon enviou cartas para os mais diversos olheiros, mas sempre recebias negativas como resposta. Enquanto isso, para se sustentar, trabalhava em um cubículo, atendendo ligações. Brandon começa a perder a esperança de realizar seu sonho, até que recebe uma carta de Walter Abrams (Al Pacino), responsável pelo maior serviço de esportes dos Estados Unidos. Walter não quer Brandon jogando, mas, acredita que ele possui habilidade para detectar os vencedores das partidas, o que o tornaria um trunfo e tanto no ramo das apostas. Walter acredita tanto em Brandon que lhe faz uma proposta irrecusável: que ele escolha o valor do contra-cheque, e, se mude para Nova York. Brandon aceita a proposta, e, a partir de então, passa a ser o "menino de ouro" dos negócios de Walter. “Tudo Por Dinheiro” estréia, nesta sexta-feira, no Cine 5 do Moviecom. Para maiores de 14 anos.

Marilyn, para colecionadores


Para os fãs de Marilyn Monroe, foi lançada uma promoção imperdível. A Fox lançou um box com treze discos, sendo doze filmes e um DVD só com documentários sobre a estrela. Entre os títulos estão “Torrentes de Paixão”, “Nunca Fui Santa”, “Como Agarrar um Milionário”, “O Pecado Mora ao Lado”, “O Mundo da Fantasia”, “Os Homens Preferem as Loiras”, “O Inventor da Mocidade”, “Almas Desesperadas”, “Os Desajustados”, “Quanto Mais Quente Melhor”, “Adorável Pecadora”, “O Rio das Almas Perdidas”, e, “O Fim dos Dias” (documentário). O box sai R$150, à venda nas lojas online.

“A Caverna”, em DVD

No interior de uma floresta romena, um grupo de cientistas encontra as ruínas de uma abadia do século XIII, construída sobre uma gigantesca caverna subterrânea. Alguns biólogos acreditam que a caverna possa abrigar um ecossistema ainda desconhecido e, para explorá-la, pedem a ajuda de um grupo de exploradores americanos. Entre eles estão Jack (Cole Hauser) e seu irmão Tyler (Eddie Cibrian), que reúnem uma equipe com alguns dos melhores mergulhadores do planeta. Porém, ao investigar a caverna, eles descobrem, não apenas um novo ecossistema, mas, também, uma nova espécie de criatura. Além do filme, o disco traz, como extras, comentários do diretor Bruce Hunt, do produtor Andrew e do produtor de Efeitos Especiais James McQuaide, comentários dos roteiristas Michael Steinberg e Tegan West, os documentários “Dentro da Caverna”, “Evolução do Desenho: Tatopoulos Studios” e trailers de cinema. Nas locadoras.




Filme Recomendado: “Um Homem, Uma Mulher”

“Um Homem, Uma Mulher”, quarenta anos depois...

A passagem do Dia dos Namorados me levou a revisitar um dos filmes românticos mais marcantes da história do cinema. O filme, “Um Homem, Uma Mulher”, do diretor Claude Lelouch, está completando quatro décadas, mas, conserva o frescor da juventude, fruto da genialidade do diretor. Mais do que um besteirol romântico, como os que infestam Hollywood, o filme mostra uma história de amor delicada, entre duas pessoas especiais.

Jean-Louis Duroc (Jean-Louis Trintignant), um piloto de corridas, conhece, por acaso, Anne Gauthier (Anouk Aimée), durante a visita ao colégio interno, onde os filhos de ambos estudam. Como ela perdera o último trem de volta para Paris, ele oferece carona em seu carro. Durante a viagem, os dois contam suas vidas, que tem um traço em comum: ambos perderam seus parceiros em circunstâncias trágicas.

Durante uma corrida, Jean-Louis sofrera um grave acidente, que o deixou em coma. Sua mulher, Valerie (Valérie Lagrange) não suportou o choque, e, cometeu suicídio. Já Pierre (Pierre Barouch), o marido de Anne, era dublê de cenas de ação, e, durante a filmagem de uma cena perigosa, acabara morrendo.

Jean-Louis e Anne passam a viajar juntos, para visitar os filhos, e, ficam muito amigos. O delicado limite entre a amizade e um sentimento mais profundo só é rompido, quando Anne, num impulso, manda um telegrama para Jean-Louis, quando ele vence uma corrida, no sul da França. Ele, de imediato, pega o carro e vai ao encontro dela, que estava com as crianças.

O romance entre os dois, porém, é frustrado pelas memórias do passado, principalmente para Anne, que não consegue se libertar da lembrança do falecido marido. O belo e delicado caso de amor parece fadado ao insucesso.

Mais do que uma historia melosa, o filme trata, com delicadeza, da dificuldade que existe, quando pessoas maduras, que já viveram outros relacionamentos, tentam iniciar uma vida juntos. Muito mais comum do que se imagina, isso acontece, não apenas pelas lembranças trágicas, como as dos personagens do filme, mas, também, pelas dificuldades vividas com outros parceiros, o que leva as pessoas a serem desconfiadas, resguardando-se numa casca protetora, evitando entregar-se totalmente.

“Um Homem, Uma Mulher” uniu dois dos maiores ícones do cinema francês, Jean-Louis Trintignant, que surgira em “E Deus Criou a Mulher...”, de Roger Vadin, onde fez o par romântico com Brigite Bardot, e, Anouk Aimée, que já atuara em filmes de Fellini, como “A Doce Vida”. Os dois voltaram a repetir os seus personagens em “Um Homem, Uma Mulher, Vinte Anos Depois”, em 1986, também com a direção de Lelouch.

Quando Claude Lelouch filmou “Um Homem, Uma Mulher”, era apenas um jovem e desconhecido diretor, que conseguiu transformar uma história simples em um dos mais belos textos do cinema. Com um mínimo de recursos, mas, muita ousadia e imaginação, ele misturou cenas preto e branco com outras coloridas. O que foi considerado genialidade, foi explicado, depois, por ele, que foi falta de dinheiro para fazer o filme todo em cores.

Além da bela fotografia do filme, a trilha sonora é um capítulo à parte, não apenas pelo belíssimo tema central, “Un homme et une femme”, de Francis Lai, como, também, pelo “Samba da Benção”, de Vinícius de Morais e Baden Powell. A curiosidade é que esta música foi cantada em francês, por Pierre Barouch, na época, marido de Anouk Aimée, e, que fez o papel de marido dela, no filme.

“Um Homem, Uma Mulher” ganhou o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro e de Roteiro Original, além de ter sido indicado para Melhor Diretor e Atriz. Ganhou o Globo de Ouro de Melhor Filme Estrangeiro e de Melhor Atriz em Drama, e, a Palma de Ouro em Cannes, entre as inúmeras premiações em diversos festivais.

A edição brasileira, em DVD, lançada pela Warner, trouxe o filme com o formato original de cinema widescreen anamórfico, e, o som em francês e inglês mono. Além do filme, o disco traz dois excelentes documentários, “37 Anos Depois com Claude Lelouch”, e, “Documentário dos Bastidores”. Neles, é possível saber detalhes sobre as dificuldades da produção, na época, e, os improvisos utilizados, para conseguir rodar o filme.

Este é um filme que merece ser visto e revisto sempre, não apenas pela beleza da fotografia, da trilha sonora, da química perfeita, do par central, como, também, para nos lembrar de que o romance não tem idade ou endereço. O caminho mais longo é entre o coração e a cabeça.


sexta-feira, 9 de junho de 2006

Claquete 09 de junho de 2006


Claquete

Newton Ramalho - claquete@interjato.com.br

O que está em cartaz

Enfim, chegou a Copa do Mundo, junto com as pamonhas e canjicas juninas, forrós, quadrilhas, e, adivinhações dos namorados. Talvez, por estas razões, as estréias são tímidas, só a comédia romântica “Apenas Amigos”, no Cinemark, e, o policial nacional “Achados e Perdidos”, no Moviecom. Nas continuações, “Todo Mundo em Pânico 4”, comédia escrachada, com humor no estilo da revista MAD, “A Profecia”, refilmagem de um filme homônimo, dos anos 70, “X-Men: O Confronto Final”, último capítulo da trilogia dos X-Men, e, o polêmico “O Código Da Vinci”, com Tom Hanks, Audrey Tautou, Jean Reno, Paul Bettany e Ian McKellen. Na próxima quinta-feira, acontece a pré-estréia de “Garfield 2”, na rede Moviecom.

Estréia 1: “Apenas Amigos”

Chris Brander (Ryan Reynolds) e Jamie Palamino (Amy Smart) sempre foram amigos, desde a época da escola. Chris é apaixonado por Jamie, mas, devido ao seu peso exagerado, nunca conseguiu namora-la. Traumatizado, Chris cresceu, emagreceu, e, tornou-se um homem mulherengo. Até que, anos depois, ele reencontra Jamie, e, vê sua antiga paixão renascer. Com a direção de Roger Kumble, o filme tem, ainda, a participação de Anna Faris, a estrela da série “Todo Mundo em Pânico”. “Apenas Amigos” estréia, nesta sexta-feira, na Sala 4 do Cinemark. Para maiores de 12 anos.

Estréia 2: “Achados e Perdidos”

Vieira (Antônio Fagundes) é um delegado aposentado, que vive um caso com a prostituta Magali (Zezé Polessa). Quando Magali é encontrada morta em sua casa, amarrada nua à cama, e, com um saco de plástico na cabeça, Vieira logo é apontado como o principal suspeito do crime. O próprio Vieira não sabe se cometeu o assassinato, pois, no dia anterior, estava embriagado, e, com isso, não se lembra do que aconteceu. Em meio às suspeitas, Vieira se envolve com Flor (Juliana Knust), uma jovem prostituta, muito amiga de Magali, e, passa a ser chantageado por um velho companheiro da polícia, que agora é político. A direção é de José Joffily. “Achados e Perdidos” estréia, nesta sexta-feira, no Cine 2 do Moviecom. Para maiores de 16 anos.

Pré-Estréia: “Garfield 2”

Jon Arbuckle (Breckin Meyer) decide ir a Londres, para encontrar-se com Liz Wilson (Jennifer Love Hewitt), que está trabalhando na cidade. Jon está decidido a pedir Liz em casamento, mas, não contava que, junto com ele, viajariam, também, Garfield e Odie. Já na Inglaterra, Garfield troca de lugar com Prince, um gato da família real que é idêntico a ele. Prince herdara, recentemente, um castelo, devido ao falecimento de sua antiga dona, Lady Eleanor, sendo agora alvo do sobrinho dela, Lorde Dargis (Billy Connolly). Garfield, se fazendo passar por Prince, aproveita ao máximo o conforto da vida real, o que inclui mordomo (Ian Abercrombie) e vários criados. Enquanto isso, Prince, se fazendo passar por Garfield, leva uma vida simples, indo a bares com Jon e Odie. A pré-estréia de “Garfield 2” será na próxima quinta-feira, no Cine 6 do Moviecom. Censura livre (atenção, cópia dublada).

Filmes sobre futebol

A febre da Copa do Mundo me levou a pesquisar filmes sobre futebol, mas, fora ótimos documentários, como “Garrincha, Alegria do Povo”, e, “Pelé Eterno”, são poucos os títulos que abordam o tema. Podemos resgatar Mazzaropi em seu “O Corinthiano”, e, “Boleiros - Era uma vez o futebol” , de Ugo Giorgetti. Dos mais recentes, tem a comédia “O Casamento de Romeu e Julieta”, de Bruno Barreto, e, “Garrincha – A Estrela Solitária”, de Milton Alencar. Dos filmes estrangeiros, além do curioso “Fuga Para a Vitória”, com Stallone (?), há o inglês “Driblando o Destino”, o americano “Gol!”, o alemão “O Milagre de Berna”, e, de Hong Kong, “Kung Fu Futebol Clube”, de Stephen Show.

Para o dia dos namorados 1: “Um Homem, uma Mulher”

“Um Homem, Uma Mulher”, dirigido por Claude Lelouch, conta como dois viúvos se apaixonam, mas, tem dificuldades de se libertar de seus passados. Jean-Louis Duroc (Jean-Louis Trintignant) e Anne Gauthier (Anouk Aimée) encontram-se, acidentalmente, durante visita a seus respectivos filhos num colégio interno a cada final de semana. Certa vez, Anne perde o trem e ele oferece a ela uma carona de volta a Paris. O espectador vai descobrindo coisas sobre Anne e Jean-Louis, à medida que eles vão conhecendo melhor um ao outro. Ele é um piloto de corridas e ela uma jovem contínua de cinema.Sem querer, se apaixonam, mas ainda têm contas a acertar com o passado. A trilha sonora tornou "Samba da Bênção", cantado por Vinícius de Moraes conhecido mundialmente. Este filme foi indicado ao Oscar de Melhor Diretor, além de ter sido premiado com a estatueta de Melhor Roteiro e Melhor Filme Estrangeiro e a Palma de Ouro no Festival de Cannes. O DVD traz, ainda, dois maravilhosos documentários com detalhes da produção.

Chavez, o cineasta

Hugo Chavez, o todo poderoso presidente da Venezuela, estende seus tentáculos em todas as direções. Uma nova arma, nas suas brigas com os Estados Unidos é uma fundação que irá comandar dois estúdios de cinema. Fundação Film Villa irá promover a produção de filmes independentes, locais, e, sul-americanos. A primeira produção da Film Villa será uma série sobre Francisco de Miranda, destacada figura da luta venezuelana contra a Espanha, na época colonial, e, um dos heróis de Chávez. Quem viver, verá!

Para o dia dos namorados 2: “Sintonia de Amor”

Viúvo há um ano e meio, Sam Baldwin (Tom Hanks) não consegue esconder de seu pequeno filho Jonah (Ross Malinger) a tristeza pela qual está passando. Preocupado, Jonah participa de um programa de rádio chamado "Sleepless in Seattle", por telefone, dizendo que gostaria de arrumar uma namorada para o pai. Muito longe dali está Annie Reed (Meg Ryan) que ouve o desabafo de Sam, e, acaba se apaixonando por ele. Deliciosa comédia romântica, com uma belíssima trilha sonora, indicada para dois Oscars, que homenageia o clássico “Tarde Demais Para Esquecer”.




Filme Recomendado: “A Agenda Secreta do meu Namorado”

Quem procura, acha...

Na dúvida entre falar sobre o filme da Besta, ou, homenagear os namorados, preferi dar uma chance ao Amor, ficando o placar de 1x0 para Santo Antônio. Repassando uma longa lista de filmes românticos, optei por uma comédia bobinha, mas, que esconde alguns aspectos bem interessantes. O filme escolhido foi “A Agenda Secreta do Meu Namorado”, do diretor Nick Hurran.

A personagem central da história é Stacy Holt (Brittany Murphy), uma jovem produtora de programas de televisão, que sonha trabalhar em uma grande rede, mas, tem que se contentar em fazer parte da equipe de Kippie Kann (Kathy Bates), uma mistura de Hebe Camargo com Ratinho. As entrevistas são sempre polêmicas e escandalosas, para manter os níveis de audiência do programa.

Enquanto lida com as suas frustrações ao som das músicas de Carly Simon, hábito que herdou da mãe (Sharon Lawrence), Stacy mantém uma relação amorosa com Derek (Ron Livingstone), com quem divide o apartamento. Derek não gosta de falar de seus relacionamentos anteriores, mas, uma observação casual sobre uma modelo bulímica, desperta a curiosidade de Stacy.

Quando ele viaja, a negócios, esquece a agenda eletrônica em casa, o que atiça mais ainda a vontade de Stacy em descobrir que outras pessoas teriam feito parte da vida de Derek. Incentivada por Barb (Holly Hunter), uma colega de trabalho que se torna a sua conselheira, a moça começa a descobrir que o namorado não apenas lhe ocultara parte de sua vida, mas, também, ainda mantinha contato freqüente com as ex-namoradas.

Enfrentando o clima hostil da tv, onde as pessoas se digladiam para obter sucesso, Stacy, com a ajuda de Barb, fazia as suas próprias investigações, usando recursos do trabalho, e, finda conhecendo as três ex-namoradas que a tinham precedido: a modelo Lulu Fritz (Josie Maran), a médica Rachel Keyes (Rashida Jones), e, a chef Joyce (Julianne Nicholson).

Mas, quanto mais Stacy se envolve em suas investigações, mais incoerências ela percebe no que o namorado diz, e, mais ela se enrola nas mentiras que inventa, para que ninguém perceba as suas intenções. Motivada pela desconfiança (“omitir é traição”, afirma), ela terminará pondo em risco a sua própria relação com Derek, já que, chega o momento em que todos ficarão expostos.

Numa situação absolutamente inesperada, para Stacy, ela se verá, frente as câmeras, junto com o namorado e as suas três ex, tendo que explicar, para todos, porque meteu-se nesta embrulhada. E, o pior é que, quem armou tudo foi a sua melhor amiga Barb!

Pelo que se viu até agora, a história é mesmo bobinha, típica de uma comédia romântica. Mas, pelo menos, houve uma fuga ao padrão rapaz-conhece-moça, rapaz-fica-com-moça, rapaz-perde-moça. Aqui, as mulheres dominam, são as mocinhas e bandidas (ao mesmo tempo), motivadas pelos piores valores da nossa sociedade: ciúme, desconfiança, ambição, desejo de vingança, crueldade, falta de ética.

“A Agenda Secreta do Meu Namorado” é um curioso retrato de um mundo que carece de lealdade, companheirismo, confiança, e, principalmente, amor. O sucesso a qualquer preço, e, o individualismo, parecem ser os únicos objetivos dos personagens.

Este filme não passou nos cinemas brasileiros, sendo lançado diretamente para o mercado doméstico. Contudo, a edição da Columbia, em DVD, foi muito bem cuidada. Antes de iniciar o filme, o espectador pode escolher se quer assistir o filme em tela cheia, ou, em widescreen (anamórfico). O áudio traz a opção de português, e, inglês, este em Dolby Digital 5.1, o que realça a belíssima trilha sonora com as músicas de Carly Simon (que aparece, em uma ponta, no final do filme).

Além do filme, o disco traz, como extras, os documentários “Ao Vivo e no Ar: Making Of” e “Seja Meu Convidado: Por Dentro dos Programas de TV”, além de trailer de cinema. Os documentários oferecem legendas em português e espanhol.

Talvez este filme, além de vir ao encontro do romantismo dos casais na semana dos Namorados, possa servir para que as pessoas repensem na maneira como se relacionam com o outro – mesmo que tenham que mostrar as suas agendas secretas, muitas delas, guardadas em algum lugar, no fundo do coração.

sexta-feira, 2 de junho de 2006

Claquete 02 de junho de 2006


Claquete

Newton Ramalho - claquete@interjato.com.br

O que está em cartaz

Chegamos ao meio do ano, ansiosos pela Copa de Mundo, e, pelas festa juninas. Enquanto um e outro não chegam, podemos conferir novas estréias no cinema. De novo tem “Todo Mundo em Pânico 4”, comédia escrachada, com humor no estilo da revista MAD, “A Profecia”, refilmagem de um filme homônimo, dos anos 70, e, “O Novo Mundo”, com uma nova versão da história de Pocahontas, uma Paraguaçu americana. Nas continuações, “X-Men: O Confronto Final”, último capítulo da trilogia dos X-Men, o polêmico “O Código Da Vinci”, com Tom Hanks, Audrey Tautou, Jean Reno, Paul Bettany e Ian McKellen, e, “Missão Impossível III”, com Tom Cruise. Para os caçadores de curiosidade, a estréia de “A Profecia” foi marcada para terça-feira, dia 6/6/6, que forma o “número da Besta”, símbolo do Anticristo.

Estréia 1: “Todo Mundo em Pânico 4”

A temporada de caça ao mau humor está aberta. Sob a direção de David Zucker, que criou o gênero, com “Apertem os Cintos, o Piloto Sumiu”, chega a quarta edição de “Todo Mundo em Pânico”, comédia escrachada, que segue frouxamente uma história, enquanto mil e uma cenas esdrúxulas acontecem, ao redor. Cindy Campbell (Anna Faris) agora trabalha como enfermeira, precisando cuidar de uma senhora que mora em uma casa onde fatos estranhos acontecem. Ela é vizinha de Tom Ryan (Craig Bierko), um homem divorciado que está cuidando de seus dois filhos. Quando uma invasão alienígena tem início, eles precisam fugir, em busca de salvação. No caminho, Cindy ainda reencontra Brenda (Regina Hall), sua amiga interesseira e ninfomaníaca, que agora trabalha como repórter. “Todo Mundo em Pânico 4” estréia, nesta sexta-feira, no Cine 6 do Moviecom, e, na Sala 1 do Cinemark. Para maiores de 14 anos.

Estréia 2: “A Profecia”


Robert Thorn (Liev Schreiber) é um diplomata, que está prestes a ter um filho com sua esposa Katherine (Julia Stiles). Porém, a criança morre, logo após o parto, o que faz com que Robert adote um bebê para colocá-lo no lugar do filho, sem que Katherine soubesse. Seis anos depois, Damien (Seamus Davey-Fitzpatrick), o filho de Robert e Katherine, começa a dar sinais de que seja o Anticristo. Refilmagem do clássico de terror homônimo, de 1976. A direção é de John Moore. “A Profecia” estréia terça-feira, dia 06 de junho de 2006 (6/6/6), no Cine 1 do Moviecom, e, na Sala 5 do Cinemark. Para maiores de 14 anos.

Estréia 3: “O Novo Mundo”

No início do século XVII, a América do Norte ainda era uma grande área de mata primitiva, habitada por tribos indígenas. Em abril de 1607, três pequenas naus, carregando 103 homens, partem da Inglaterra para este novo mundo, fugindo da pobreza e da intolerância religiosa. No navio Susan Constant, está John Smith (Colin Farrell), um homem de 27 anos, que fora condenado à forca por insubordinação. Quando o navio aporta, John é libertado pelo capitão Christopher Newport (Christopher Plummer). Os navios ingleses chegam, sem saber, em meio a um império indígena sofisticado, que é governado por Powhatan (August Schellenberg). Os ingleses enfrentam dificuldades para se adaptar, o que faz com que John busque ajuda junto aos nativos. É quando ele encontra a impulsiva e voluntariosa Pocahontas (Q'Orianka Kilcher), que é também a filha preferida de Powhatan. Em pouco tempo, surge a paixão entre John Smith e Pocahontas, o que faz com que eles tenham que enfrentar a resistência de ambos os lados. A direção é de Terrence Malick (“Além da Linha Vermelha”). “O Novo Mundo” estréia, nesta sexta-feira, no Cine 2 do Moviecom. Para maiores de 12 anos.

“A Profecia”, quadriologia em DVD

Pegando carona na refilmagem que estréia esta semana, nos cinemas, a Fox está lançando um pacote com os quatro filmes da série “A Profecia”, iniciada em 1976. O anticristo vem à Terra, personificado em um garoto, Damien, que provoca uma sucessão de mortes estranhas, registradas por um fotógrafo. O filme original, dirigido por Richard Donner, é considerado um dos grandes títulos de terror daquela década, ao lado de “O Exorcista”. O box traz as quatro produções: “A Profecia - Versão do Diretor”, comemorativa do 30º aniversário, “Damien: A Profecia II”, “A Profecia III: O Conflito Final”, e, “A Profecia IV: O Despertar”. À venda nos magazines e lojas online.

“Serenity – A Luta Pelo Amanhã”, em DVD

Baseado na série de grande sucesso, "Firefly", exibida, no Brasil, pela FOX, essa explosiva aventura apresenta o elenco original da série, incluindo Nathan Fillion (“O Resgate do Soldado Ryan”), Gina Torres (“Matrix Revolution”, “Matrix Reloaded”), Alan Tudyk (“Eu, Robô”) e Adam Baldwin (“Homens de Preto”). Serenity vai levá-lo a um espetacular, original e possível versão do futuro da humanidade, numa caçada por fantásticos e perigosos mundos. Além do filme, com tela widescren anamórfico, o disco traz, como extras, Introdução do Diretor Joss Whedon, Comentários do Filme, Cenas Excluídas, Erros de Gravação, A História do Futuro, Por Dentro de Firefly, e, Uma Viagem com os Criadores do Filme.

Marilyn, na net

Marilyn Monroe, mesmo quarenta anos após a sua morte, ainda continua despertando interesse, não só por sua herança artística, mas, também, pela aura de mistério e sedução que cercava a sua vida. Um ótimo site para explorar a vida e obra da atriz é http://www.marilynmonroe.ca/camera/, onde é possível encontrar desde a biografia de Marilyn, fotos, informações de filmes, lendas sobre ela, e, até mesmo, fotos de tatuagens inspiradas na louraça, e, um cheque preenchido, e, depois, cancelado. Coisas de fã.




Filmes Recomendados: “Os Sonhadores” e “Adeus, Lênin!”

De amor e de sonhos

Ausente das locadoras há tempos, resolvi ver alguns títulos que me escaparam no cinema. Duas felizes escolhas garantiram o meu final de semana: “Os Sonhadores”, de Bernardo Bertoluci, e, “Adeus, Lênin!”, do alemão Wolfganger Becker. Na dúvida, sobre qual falar, percebi que os dois filmes têm muito em comum.

À primeira vista, pode parecer estranho qualquer similaridade. “Os Sonhadores” é um drama, com algum enfoque erótico, que se passa na França, na década de 60. “Adeus, Lênin!” tem traços de comédia, e, situa-se na união das duas Alemanhas. Qual o ponto em comum, dirão os meus leitores? Elementar, meus caros Watsons, além de ambos terem, como pano de fundo, importantes momentos históricos, retratam profundas atitudes individuais, motivadas pelo mais nobre dos sentimentos, o amor.

A história retratada em “Os Sonhadores” se passa em Paris, em 1968, quando a cidade vive dias turbulentos, com choques entre estudantes e a polícia. Se nos Estados Unidos o movimento hippie e a contra-cultura ainda esbarram no conservadorismo que sustenta a Guerra do Vietnã, na Europa, e, principalmente na França, os estudantes se revoltam com o regime quase absolutista das universidades. Quando os protestos estudantis são reprimidos com gás lacrimogênio e cassetetes, trabalhadores também se juntam a eles, criando um estado de convulsão sem precedentes, na França de De Gaulle.

É em meio a esse turbilhão que Matthew (Michael Pitt), um jovem universitário americano, conhece os irmãos gêmeos Isabelle (Eva Green) e Theo (Louis Garrel). Os três têm, em comum, o amor pelo cinema, e, logo, Matthew é convidado a hospedar-se na casa dos jovens franceses. Ao mesmo tempo em que estranha a intimidade dos irmãos, o tímido Matthew sente-se atraído por sua ousadia e jeito de viver. Não tarda que passem a viver um estranho triângulo amoroso, com emoções e anseios compartilhados, sempre em meio a jogos que vão do infantil à mais explícita sedução.

Mas, a realidade não tarda em desperta-los para os acontecimentos que explodem ao seu redor. Logo terão que tomar partidos, e, isso implicará, também, nos destinos que trilharão a seguir.

“Adeus, Lênin!” mostra a Alemanha vista pela ótica de Alexander (Daniel Brühl), um jovem habitante da área controlada pelos soviéticos. Depois de serem abandonados pelo pai, que foge para o Ocidente, Christine, a mãe de Alex torna-se a mais vermelha das comunistas, um exemplo para o Partido. Anos depois, ao ver o filho sendo preso pela Polícia Política, Christine sofre um enfarte, e, fica em coma durante oito longos meses. Durante este tempo, profundas mudanças ocorrem no país. As duas Alemanhas voltam a unir-se, derrubando o tenebroso Muro de Berlim, e, provocando profundas mudanças na vidas dos habitantes do antigo lado comunista.

Para sobreviver, Ariane (Maria Simon), a irmã de Alex, abandona a universidade para trabalhar numa lanchonete. Lá, ela conhece Rainer, com quem se casa. A oficina estatal onde Alex trabalhava é fechada, e, ele consegue, a muito custo, um emprego em uma instaladora de antenas parabólicas. Nas constantes visitas ao hospital, para visitar a mãe em coma, ele conhece Lara, uma jovem enfermeira russa.

Um belo dia, Christine sai do coma, mas, o médico informa Alex que, qualquer emoção forte poderia levar a mulher à morte. Desesperado, o rapaz recria o mesmo ambiente em que viviam meses antes, fazendo a mãe acreditar que nada havia mudado no período que ficara adormecida. Enquanto luta para encontrar velhos produtos fabricados na antiga Alemanha Oriental, ele precisa esconder, da mãe, qualquer evidência dos novos tempos, enredando-se em mentiras cada vez maiores. Para isso, conta com a ajuda de Denis, um colega de trabalho que sonha em ser diretor de tv, e, que prepara falsos noticiários, para justificar as mudanças que a mulher percebe. Os dois chegam a ponto de inventar que a Coca-Cola é um produto comunista, roubado pelo Ocidente!

Desesperado, e, cobrado pela namorada, pelas mentiras que inventa, Alex, recebe, da mãe, a notícia de que ela foi capaz de uma mentira ainda maior, que envolve o destino, e, a situação atual do pai dele.

Parecidos na essência, os filmes são muito diferentes, na técnica, e, até mesmo, no DVD. “Os Sonhadores”, como tantas outras obras de Bertoluci, é para iniciados. Não há muitas explicações, no corpo de filme, e, a maior parte da história passa-se dentro de um imenso apartamento, onde os três jovens vivenciam os seus amores e conflitos. Há nudez, e, algum sexo simulado, mas, nada que possa ser considerado estranho, nem mesmo a suposta relação incestuosa.

Para os amantes do cinema, um prato cheio. Além da técnica primorosa de Bertoluci, com seus longos e elaborados planos, há muitas citações de filmes e personalidades famosas. Para felicidade dos cinéfilos, o DVD, além de trazer o formato de tela original, trouxe, como extras, dois maravilhosos documentários. O primeiro, “Do lado de fora da janela”, com quinze minutos de duração, explica o que foi o movimento de 1968, com depoimento de pessoas que dele participaram. O outro, com cinqüenta minutos, traz o Making Of do filme, mas, não é só a costumeira rasgação de seda do elenco, e, sim, uma análise do filme, e, do tema retratado, através dos participantes. Sem dúvida, um item indispensável para os colecionadores.

“Adeus, Lênin!”, do diretor alemão Wolfganger Becker, traz um produto muito diferente do pasteurizado cinema hollywoodiano. Com um roteiro ágil, muito bem encadeado, ritmo perfeito, o filme traça um divertido perfil de um povo extremamente sofrido, que saiu da dominação nazista para o jugo comunista, e, de repente, foi lançado no mundo do capitalismo selvagem. Becker consegue mostrar tudo, sem fazer juízo de valor, ao mesmo tempo que brinca com imagens extremamente simbólicas, como a estátua de Lênin rebocada por um helicóptero, ou, a invasão de Coca-Cola, retrato do capitalismo, no território onde isso antes seria impensável.

O DVD de “Adeus, Lênin!” traz formato de tela widescreen anamórfico, e, som original em alemão Dolby Digital 5.1. Os extras, são mais fracos, trazem vários textos com Sinopse, Elenco, Sobre o diretor, Notas de produção, Curiosidades e Galeria de fotos. Algumas entrevistas, com diretor e elenco, trazem pouca informação a mais. Faz falta, um pequeno documentário sobre a reunificação das Alemanhas, e, seu efeito na população. Quem sabe, quando sair alguma edição especial.

Por enquanto, fica a minha recomendação aos leitores, de ambos os filmes.