quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

Coluna Claquete – 10 de dezembro de 2015


Newton Ramalho

 

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 O que está em cartaz

A Coluna Claquete está de volta à ativa, depois de dois meses de andanças no Primeiro Mundo. Nas estreias da semana, temos o remake “Olhos da Justiça”, o drama “Pegando Fogo”, e a aguardada cinebiografia “Chatô – O Rei do Brasil”. Teremos também duas pré-estreias, “Star Wars: O Despertar da Força” e “Peter Pan”, além da reexibição do clássico “O Exorcista” e da animação “Ratatouille”. Continuam em cartaz “No Coração do Mar”, “Jogos Vorazes: A Esperança Parte 2 - O Final”, “Bem Casados”, “O Reino Gelado 2”, “Victor Frankenstein”, “Hotel Transilvânia 2”, e “Quarto de Guerra”. Nas programações exclusivas, o Cinemark exibe “SOS - Mulheres ao Mar 2” e “Awake - A Vida de Yogananda”, enquanto o Partage Norte Shopping mantém “O Natal dos Coopers”.

Estreia 1: “Olhos da Justiça”


A vida dos investigadores do FBI Ray (Chiwetel Ejiofor) e Jess (Julia Roberts) e da procuradora Claire (Nicole Kidman) é severamente abalada pelo assassinato da filha adolescente de Jess. Treze anos após o crime, Ray continua buscando pistas e finalmente parece ter encontrado um caminho para solucionar o caso. A verdade é chocante e os limites entre justiça e vingança tornam-se imperceptíveis. O filme é uma adaptação do longa argentino do diretor Juan José Campanella "O Segredo dos Seus Olhos", lançado em 2009. A história original foi inspirada no romance "La Pregunta de sus Ojos", do escritor Eduardo Sacheri, que foi publicado em 2005. A direção é de Billy Ray. “Olhos da Justiça” está em exibição na Sala 1 do Moviecom, Sala 4 do Cinemark, e Salas 3 e 5 do Natal Shopping. Classificação indicativa 14 anos. Cópias dubladas e legendadas. (T. O.: “Secret In Their Eyes”)

Estreia 2: “Pegando Fogo”


O chefe de cozinha Adam Jones (Bradley Cooper) já foi um dos mais respeitados em Paris, mas o envolvimento com álcool e drogas fez com que sua carreira fosse ladeira abaixo. Após um período de isolamento em Nova Orleans, ele parte para Londres disposto a recomeçar a carreira e conquistar a sonhada terceira estrela no badalado guia Michelin de restaurantes. Para tanto ele conta com a ajuda de Tony (Daniel Brühl), que gerencia um restaurante na capital britânica, e recruta uma equipe de velhos conhecidos. A direção é de John Wells. “Pegando Fogo” será exibido na Sala 4 do Moviecom, Sala 3 do Cinemark, Salas 5 e 6 do Natal Shopping, e Sala 3 do Partage Norte Shopping. Classificação indicativa 12 anos. Cópias dubladas e legendadas. (T. O.: “Burnt”)

Estreia 3: “Chatô – O Rei do Brasil”


O magnata das comunicações Assis Chateaubriand (Marco Ricca) é a estrela principal de um programa de TV chamado "O Julgamento do Século", realizado bem no dia de sua morte. É nele que Chatô relembra fatos marcantes de sua vida, como os casamentos com Maria Eudóxia (Letícia Sabatella) e Lola (Leandra Leal), a paixão não-correspondida por Vivi Sampaio (Andréa Beltrão), como manipulava as notícias nos veículos de comunicação que comandava e a estreita e conturbada ligação com Getúlio Vargas (Paulo Betti), que teve início ainda antes dele se tornar presidente. A direção é de Guilherme Fontes. “Chatô – O Rei do Brasil” será exibido na Sala 3 do Moviecom. Classificação indicativa 14 anos. (T. O.: “Chatô – O Rei do Brasil”)

Pré-estreia 1: “Star Wars: O Despertar da Força”


“Star Wars: O Despertar da Força”, sétimo filme da franquia “Star Wars”, se passa trinta anos após os acontecimentos de “Episódio VI: O Retorno de Jedi”. Os novos heróis – vividos por Daisy Ridley e John Boyega, um ex-Stormtrooper, agora renegado – encontram um sabre de luz perdido no espaço e decidem devolver a relíquia ao seu dono – que mais tarde descobrem se tratar do lendário Luke Skywalker. Eles partem numa jornada, ao lado de Han Solo e Chewbacca, para reencontrar Luke. “Star Wars: Episódio VII” é dirigido por J.J Abrams, e roteirizado por Lawrence Kasdan e Abrams. Kathleen Kennedy, Abrams e Bryan Burk são os produtores, enquanto John Williams retorna como compositor. “Star Wars: O Despertar da Força” terá pré-estreia na meia-noite da próxima quarta-feira no Moviecom (Salas 4 e 6), Cinemark (Salas 2, 6 e 7), Natal Shopping (Salas 1 e 5), e Partage Norte Shopping (Salas 1 e 2). Classificação indicativa 12 anos. Exibição em 3D. (T. O.: “Star Wars: Episode VII - The Force Awakens”)

Pré-estreia 2: “Peter Pan”


Peter (Levi Miller) é um garoto de 12 anos que vive em um orfanato em Londres, no período da Segunda Guerra Mundial. Um dia, ele e várias crianças são sequestradas por piratas em um navio voador, que logo é perseguido por caças do exército britânico. O navio escapa e logo ruma para a Terra do Nunca, um lugar mágico e distante onde o capitão Barba Negra (Hugh Jackman) escraviza crianças e adultos para que encontrem pixum, uma pedra preciosa que concentra pó de fada. Em pleno garimpo, Peter conhece James Hook (Garreth Hedlund), que tem planos para fugir do local. A direção é de Joe Wright. “Peter Pan” terá pré-estreia neste final de semana no Moviecom (Sala 3, 14h55), no Cinemark (Sala 3, 11h30). Classificação indicativa dez anos. Cópias dubladas. (T. O.: “Pan”)

 

O Maravilhoso Mundo da Disney: “Ratatouille”


Paris. Remy (Patton Oswalt) é um rato que sonha se tornar um grande chef. Só que sua família é contra a idéia, além do fato de que, por ser um rato, ele sempre é expulso das cozinhas que visita. Um dia, enquanto estava nos esgotos, ele fica bem embaixo do famoso restaurante de seu herói culinário, Auguste Gusteau (Brad Garrett). Ele decide visitar a cozinha do lugar e lá conhece Linguini (Lou Romano), um atrapalhado ajudante que não sabe cozinhar e precisa manter o emprego a qualquer custo. Remy e Linguini realizam uma parceria, em que Remy fica escondido sob o chapéu de Linguini e indica o que ele deve fazer ao cozinhar. “Ratatouille” será exibido no Cinemark no sábado e domingo às 11h00 na Sala 2. Classificação indicativa livre. Cópia dublada. (T. O.: “Ratatouille”)

Clássicos Cinemark: “O Exorcista”


Em Georgetown, Washington, uma atriz vai gradativamente tomando consciência que a sua filha de doze anos está tendo um comportamento completamente assustador. Deste modo, ela pede ajuda a um padre, que também um psiquiatra, e este chega a conclusão de que a garota está possuída pelo demônio. Ele solicita então a ajuda de um segundo sacerdote, especialista em exorcismo, para tentar livrar a menina desta terrível possessão. “O Exorcista” foi o primeiro de uma série de quatro filmes baseados nos personagens. Os demais foram “O Exorcista II - O Herege” (1977), “O Exorcista III” (1990) e “O Exorcista - O Início” (2004). O filme foi indicado para dez categorias do Oscar, ganhando os de Melhor Som e Melhor Roteiro Adaptado. A direção é de William Friedkin. “O Exorcista” será exibido na Sala 7 do Cinemark no sábado às 0h10, no domingo às 11h40, e na quarta-feira às 21h00. Classificação indicativa 14 anos. (T. O.: “The Exorcist”)

  

Especial: Cinema, TV e vídeo no Canadá e Estados Unidos

Ainda sofrendo os efeitos da diferença de fusos horários, já que passei dois meses na costa do Pacífico, nas conversas com os amigos sobre a viagem, uma das perguntas mais recorrentes é sobre as diferenças em relação ao Brasil dos hábitos das pessoas sobre cinema e home vídeo.
Obviamente o cinema está 24 horas por dia presente nas conversas e noticiários, pois além de os Estados Unidos serem a Meca da indústria, um fato pouco conhecido é que a cidade de Vancouver também é um polo cinematográfico importante, além de ter uma renomada escola de cinema, a Vancouver Film School. Vários títulos renomados foram filmados na cidade, como os da série “Crepúsculo” e alguns do “X-Men”.
Mas, a minha surpresa mais agradável foi descobrir que ainda funcionam muitos cinemas de rua! Claro, o modelo de cinema multiplex foi criado pelos americanos e copiado por nós, mas, o velho e tradicional cinema de rua ainda existe por lá, enquanto que no Brasil praticamente todos viraram estacionamentos ou igrejas evangélicas.
Em Vancouver, próximo da casa da minha filha, existe um antigo cinema de bairro, de nome Rio, que além da programação comercial, também exibe mostras e festivais. Quando cheguei lá, no final de setembro, acontecia o Festival Internacional de Cinema de Vancouver. Um detalhe interessante sobre o cinema Rio, é que é um dos poucos que permitem o consumo de bebidas alcoólicas. Considerando que lá nem cerveja se compra em supermercado, não deixa de ser uma coisa curiosa.
O preço médio dos cinemas, tanto no Canadá quanto nos Estados Unidos, é cerca de 15 dólares. Ao contrário do Brasil, onde existe o ingresso custa a metade para estudantes e idosos, lá não existe essa obrigatoriedade. Quando assisti “007 Contra Spectre”, no Cinerama de Seattle, o preço único era 15 dólares.
Aliás, isso é comum em todas as atrações turísticas. Nos cantos onde existe abatimento para crianças ou idosos, a redução é pequena, tipo dois dólares em um ingresso que para um adulto custa 30.
Falando em atração turística, um evento que usa o cinema de forma espetacular é o “Fly Over Canada”, um passeio virtual sobre o Canadá onde não apenas temos as imagens e os sons, mas também os outros sentidos são colocados à prova, resultando em uma experiência sensorial extremamente interessante.
Outra atração bastante comum na cidade de Vancouver é a exibição de filmes nos parques durante o verão. São montadas enormes telas infláveis nos parques, onde são exibidos filmes ao ar livre ao cair da noite. O ruim é que no verão isso acontece bem tarde, por volta de nove da noite. Mas, para quem passa três quartos do ano sofrendo com o frio, é agradável ter essa oportunidade de ficar esse tempo ao ar livre.
Para o mercado doméstico, obviamente, a oferta é imensa, e se até pouco tempo os canadenses iam comprar eletrônicos nos Estados Unidos, hoje devido à desvalorização do dólar canadense, já existe até o fluxo no sentido contrário.
Televisores de 43 polegadas custam entre 400 e 800 dólares canadenses a depender da tecnologia, sendo o 4k o mais caro. Os de 55 polegadas variam entre 800 e 1500 dólares, enquanto os de 65 polegadas custam acima de 2000 dólares. Existem tamanhos até maiores, de 70, 75 e até 80 polegadas, com preços proporcionalmente maiores.
Mas, tanto lá quanto cá, enquanto o tamanho dos televisores nas casas aumenta, a quantidade de acessórios diminui. Os espetaculares home theaters ficam restritos a um público mais fiel, que já mantinha esse hábito desde a época do videocassete. Com os recursos cada vez mais poderosos dos televisores, principalmente de imagem, as pessoas abrem mão de um som poderoso em troca da simplicidade dos recursos.
É comum as salas disporem apenas do televisor, com o receptor de TV a cabo, mas sem DVD player ou Blu-Ray. Por outro lado, quase ninguém dispensa a conexão com a internet. Isso porque, ou as TVs são smart, ou as pessoas utilizam pequenos aparelhos de media player, que permitem o acesso ao conteúdo da internet ou a reprodução de filmes em meio digital.
Neste aspecto foi onde observei a maior diferença de hábitos dos brasileiros para os canadenses. Como fazem na sua vida cotidiana, os canadenses são muito corretos, e dificilmente fazem downloads ilegais. Não deu para checar esse aspecto dos americanos, mas sei que por lá o cerco das indústrias é grande.
E qual conteúdo o pessoal vê por lá? Certamente, o que não faltam são opções. Quem tem TV a cabo dispõe de zilhões de opções, principalmente os americanos, alguns dos quais também temos por aqui.
Com relação a filmes e seriados, a grande fonte de acesso no Canadá são os serviços de vídeo-on-demand, como o Netflix, embora já tenha visto reclamações sobre o acervo, que é inferior ao do Netflix americano. Como esse serviço também permite o acesso através de smartphones, tablets e computadores, é muito comum ver as pessoas assistindo alguma coisa enquanto estão no metrô ou em algum momento livre.
E só se alguém tiver dúvida, não existem novelas ou coisas semelhantes no Canadá. Isso fica para mercados mais exóticos como a China, que ainda deve estar reprisando “A Escrava Isaura” por lá.
Apenas como um adendo, analisando com os olhos de jornalista, os noticiários de lá são muito técnicos, evitando o sensacionalismo, bem diferente do panfletário escandaloso que inunda a nossa imprensa tupiniquim. E pensar que um dia já fomos referência nessa área...
  

Livros de cinema:

A Espera do Tempo. Filmando Com Kurosawa

Reunião de textos escritos e ilustrados por Teruyo Nogami sobre o trabalho que exerceu ao lado do cineasta Akira Kurosawa como continuísta e diretora associada por aproximadamente meio século. De “Rashomon” até “Madadayo”, Nogami manteve uma espécie de diário em que registrava curiosidades sobre as filmagens, os bastidores e as locações, entre outras coisas. Seus relatos em primeira pessoa, sempre acompanhados por desenhos das “cenas” mais marcantes, eram confeccionados durante as folgas entre as filmagens, enquanto a equipe esperava pelo tempo perfeito para o trabalho. Seis anos depois da morte de Kurosawa, a autora decidiu reunir em livro todo esse material, além de alguns textos já publicados em revistas de cinema e relatos novos. 320 p. Editora Cosac & Naify.


Lançamentos em DVD/Blu-Ray:

“O Agente da U.N.C.L.E.”

Na década de 1960 os até então inimigos mortais Napoleon Solo (Henry Cavill), agente da CIA, e Illya Kuriakin (Armie Hammer), espião da KGB, são obrigados a cooperarem. A grande missão da improvável dupla EUA-Rússia é combater a terrível organização T.H.R.U.S.H., que desenvolve armas nucleares. Baseado em uma famosa série televisiva dos anos 1960, estrelada por Robert Vaughn e David McCallum. O disco traz o filme com tela widescreen anamórfico e Áudio em Dolby Digital. (T. O.: “The Man from U.N.C.L.E.”)

“Quarteto Fantástico”

Quatro adolescentes são conhecidos pela inteligência e pelas dificuldades de inserção social. Juntos, são enviados a uma missão perigosa em uma dimensão alternativa. Quando os planos falham, eles retornam à Terra com sérias alterações corporais. Munidos desses poderes especiais, eles se tornam o Senhor Fantástico (Miles Teller), a Mulher Invisível (Kate Mara), o Tocha Humana (Michael B. Jordan) e o Coisa (Jamie Bell). O grupo se une para proteger a humanidade do ataque do Doutor Destino (Toby Kebbell). O disco traz o filme com tela widescreen anamórfico e Áudio em Dolby Digital. (T. O.: “The Fantastic Four”)

“Ricki and The Flash – De Volta Para Casa”

Com mais de 50 anos de idade, Ricki (Meryl Streep) é uma cantora de rock, que sempre se apresenta com a banda The Flash em um pequeno bar. A situação financeira é precária, e ela não vê os filhos adultos há décadas. Um dia, o ex-marido Pete (Kevin Kline) liga para Ricki, avisando que a filha Julie (Mamie Gummer) foi abandonada pelo marido, e pedindo ajuda para tirá-la de um estado depressivo. Reticente, a mãe retorna ao lar, e descobre que tanto Julie quanto seus dois irmãos têm muito ressentimento por causa do abandono quando eram crianças. Essa é a oportunidade para Ricki fazer as pazes e tentar ser mais presente na vida deles. Filme com formato de tela widescreen anamórfico e áudio em Dolby Digital. (T. O.: “Ricki and The Flash”)

“Amélia”

“Amélia” é um filme de ficção livremente inspirado na visita de famosa atriz Sarah Bernhardt ao Brasil em 1905. A divina Sarah (Beatrice Agenin), em crise pessoal e profissional, é influenciada por sua fiel camareira brasileira, Amélia (Marília Pêra), a apresentar Tosca no Rio de Janeiro. No dia do desembarque, Amélia morre de febre amarela. A lendária atriz passa a conviver com as "exóticas" irmãs de sua querida auxiliar. Sarah Bernhardt encontra-se só, em um pays de sauvages! Filme com formato de tela widescreen anamórfico e áudio em Dolby Digital. (T. O.: “Amélia”)



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