quinta-feira, 12 de junho de 2014

Coluna Claquete – 13 de junho de 2014



Newton Ramalho

 

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O que está em cartaz

Dia de Santo Antônio, início de Copa do Mundo, sexta-feira 13, quantas coisas para comemorar hoje! Enquanto isso, nos cinemas, as estreias são o terror “A Face do Mal”, o romance “Amor Sem Fim”, e o documentário “Olho Nu”, na Sessão Cine Cult do Cinemark. Teremos também a re-exibição de “Laranja Mecânica”, o perturbador filme de Stanley Kubrick. Continuam em cartaz o sensível drama “A Culpa É das Estrelas” (vejam na seção Filme da Semana), a ficção “No Limite do Amanhã”, com Tom Cruise, a aventura “Malévola”, com Angelina Jolie, o nacional “Os Homens São de Marte... E É Pra Lá Que Eu Vou”, “X-Men: Dias de um Futuro Esquecido”, e a animação “Rio 2". Nas programações exclusivas, o Moviecom exibe a produção nacional “Getúlio”. Lembro que a programação agora muda nas quintas-feiras.

Estreia 1: “A Face do Mal”


Ao lado dos pais e das duas irmãs, Evan Asher (Harrison Gilbertson) é um jovem tímido e pouco sociável que se muda para uma grande casa, cujo passado é marcado por uma família que perdeu todos os filhos. Aproveitando o baixo preço e sem problemas superstições, os Asher se mudam para o local. Lá, Evan aproveita o tempo livre para desenvolver uma amizade/namoro com a vizinha Sam (Liana Liberato). Curiosos, os dois vão explorar o passado sombrio do local e despertar forças nada amigáveis. A direção é de Mac Carter. “A Face do Mal” está em exibição na Sala 6 do Moviecom, e Sala 6 do Norte Shopping. Classificação indicativa 14 anos. (T. O.: “Haunt”)

Estreia 2: “Amor Sem Fim”


Jade Butterfield (Gabriella Wilde) é uma jovem superprotegida pelos pais, que aparenta ter um futuro brilhante pela frente. Só que ela se apaixona perdidamente por David Elliott (Alex Pettyfer), um jovem mais humilde que tem um passado conturbado. O relacionamento não é aprovado pelo pai de Jade, Hugh (Bruce Greenwood), que recomenda cautela à filha. Ainda assim, ela se entrega de corpo e alma à paixão por David. Refilmagem do filme homônimo de 1981, de Franco Zeffirelli, e estrelado por Brooke Shields. A direção é de Shana Feste. “Amor Sem Fim” está em exibição na Sala 4 do Natal Shopping. Classificação indicativa 14 anos. (T. O.: “Endless Love”)

 





Estreia 3: “Laranja Mecânica”


No futuro, o violento Alex (Malcolm McDowell), líder de uma gangue de delinquentes que matam, roubam e estupram, cai nas mãos da polícia. Preso, ele recebe a opção de participar em um programa que pode reduzir o seu tempo na cadeia. Alex vira cobaia de experimentos destinados a refrear os impulsos destrutivos do ser humano, mas acaba se tornando impotente para lidar com a violência que o cerca. A direção é de Stanley Kubrick. “Laranja Mecânica” será exibido na Sala 5 do Cinemark, no sábado às 23h55m, domingo às 12h30m e quarta-feira às 19h30. Classificação indicativa 18 anos. (T. O.: “A Clockwork Orange”)

 

 

Sessão Cine Cult: “Olho Nu



A vida e a obra de Ney Matogrosso, retratada a partir do conjunto de imagens e sons que o artista reuniu até hoje em sua casa e existentes em arquivos públicos, em contraponto com as performances atuais. Trata-se de um espetáculo síntese de seu percurso musical que, na montagem do filme, evoca cenas e situações da história de Ney Matogrosso nos palcos e na sua vida cotidiana. Evitando o tom nostálgico e reverente, o longa busca a dimensão humana e sensível de um personagem cuja história se confunde com a melhor tradição do cancioneiro latino-americano. A direção é de Joel Pizzini. “Olho Nu” será exibido na Sala 3 do Cinemark, na segunda-feira (16/6), na sessão de 18h50. Classificação indicativa 12 anos. (T. O.: “Olho Nu”)

 

 

Filme da Semana: “A Culpa é das Estrelas”

Apesar de todo avanço da ciência médica, o câncer continua sendo uma das doenças mais devastadoras da humanidade, e por isso mesmo ainda assusta muitos. Já foram feitos diversos filmes com personagens acometidos pela doença, normalmente dramas lacrimejantes, mostrando-os de uma forma estereotipada. O filme “A Culpa é das Estrelas”, baseado no romance homônimo de John Green, traz uma rara visão da doença, mostrando que aquelas pessoas são humanas, ainda mais se tratando de adolescentes.
A história em questão é mostrada através da ótica de Hazel Grace Lancaster (Shailene Woodley), de 17 anos, que desde os treze foi diagnosticada com uma forma agressiva de câncer de tireoide com metástase nos pulmões. Desenganada pelos médicos que a acompanhavam, ela fora submetida a uma droga experimental, com baixa taxa de sucesso, e que funcionara com ela, estabilizando a doença.
Assim, Hazel tentava levar uma vida normal, embora fosse difícil ter uma vida normal quando se tem que arrastar um tubo de oxigênio para todo canto. Talvez por isso a mãe de Hazel, Frannie (Laura Dern), achou que a filha estava deprimida, e precisava frequentar um grupo de apoio de jovens com câncer.
Muito a contragosto, a jovem é obrigada a frequentar o grupo, que considerava muito deprimente. O único que gostava era Isaac (Nat Wolff), que perdera um olho por conta de um raro tipo de câncer ocular, e que em pouco tempo ficaria totalmente cego.
Um dia, Hazel conhece Gus (Ansel Elgort), amigo de Isaac, que perdera uma perna por osteossarcoma, mas estava livre da doença. Gozador e um pouco cínico, Gus encarava tudo aquilo de uma forma alegre, fazendo piadas de si mesmo e dos amigos, sem preocupação de ser politicamente correto.
Hazel fica surpresa quando ele se interessa por ela, mas os dois tem uma forte empatia, embora tivessem gostos diferentes. Hazel lhe empresta o seu livro favorito, “Uma Aflição Imperial”, que considera praticamente a sua bíblia do dia a dia.
Gus fica indignado quando descobre que o livro para no meio de uma frase, deixando várias interrogações sobre o destino dos personagens. Ele fica intrigado quando Hazel explica que o autor saiu do país para viver em Amsterdam, e que nunca responde a nenhuma carta ou e-mail dos leitores.
À medida que a relação fica mais forte, Hazel sente-se ao mesmo tempo atraída e assustada em continuar. Ela sabe que sua vida será curta, e não quer que ele sofra quando ela se for. Mesmo assim, Gus está sempre perto, e a surpreende ao informar que não só havia conseguido contato com o autor do livro, como ele os convidara para visita-lo em Amsterdam!
Em meio a uma de suas inúmeras recaídas, Hazel finalmente consegue, graças à ajuda de Gus, realizar o sonho de ir à Holanda, para conhecer o autor do seu livro favorito, e, quem sabe, esclarecer suas dúvidas.
Mas, o encontro com Peter von Houten (Willen Dafoe) é tudo, menos, satisfatório. Irascível, antissocial e bêbado, o escritor recebe o casal a contragosto, recusando-se a falar sobre o livro, e menosprezando o sentimento de Hazel sobre ele.
Decepcionados, eles saem da casa do escritor em companhia de Lotte (Lidewij Vliegenthart), a simpática secretária de von Houten, que fizera todos os preparativos para a visita. Ela os convida para visitar o museu de Anne Frank, a garota judia que vivera anos escondida em um sótão até ser levada com a família para a morte em um campo nazista.
Superando a si mesma, Hazel consegue subir as inúmeras escadas que levam ao local do esconderijo de Anne, e lá deixa suas reservas de lado e deixa fluir seu amor por Gus, para delírio da plateia. O clima romântico da viagem só é quebrado quando Gus revela para Hazel que a doença voltou, e que agora é ele que está mais perto da morte.
Algumas publicações na internet tentam reduzir o filme a “ela tem câncer e ele morre no final”. Bem, mesmo Voldemort não conseguiu a imortalidade, então fica difícil imaginar algum personagem que nunca morre. Obviamente que esse tipo de observação denota certa ausência de sensibilidade e mesmo empatia com qualquer pessoa que não tenha uma saúde perfeita – coisa típica do nosso mundo egoísta e artificial.
Um diálogo que mostra bem isso é quando Gus pergunta a Hazel sua história, e ela vai contar a doença, e ele a interrompe: “Não, não a história do seu câncer. A sua história. Seus interesses, passatempos, paixões, fetiches, etc..”
“A Culpa é das Estrelas” é um retrato sensível de um universo de jovens que, apesar de extremamente doentes, não deixam de ter sentimentos, desejos, emoções e aspirações. Não deixam, e nunca deveria deixar de ser humanos, por mais que os outros queiram reduzi-los a pacientes.
O título do filme é uma citação da peça Julio Cesar, de Shakespeare, que diz "A culpa, querido Brutus, não está nas nossas estrelas, mas em nós mesmos...". No filme também há uma referência ao champanhe, que o seu criador dizia estar bebendo estrelas.
Poderíamos acrescentar, também, que essas vidas breves e fugazes, poderiam ser comparadas, em beleza e duração, às estrelas cadentes que encantam os olhos.
Esta foi uma das melhores e mais fieis adaptações de livros para o cinema, e além de muito bem dirigido, contou com a excelente química do casal central. Shailene Woodley e Ansel Elgort conseguem dar vida as seus personagens sem cair na pieguice ou em personagens caricatos.
Embora muitos já tenham lido o livro, ou visto essas “análises” no Facebook, recomendo que vejam o filme com o coração aberto, e se disponham a discutir temas como o câncer e a morte, que, como dizem as personagens do filme, são consequências da vida.


Livros de cinema:

Diário de Bollywood

Há alguns anos, uma nova estética cinematográfica tem chamado a atenção do público: tramas românticas, roupas coloridas, cenários opulentos e muita música marcam o atual cinema indiano, cuja indústria é conhecida mundialmente como Bollywood. Fruto de uma reportagem especial de vinte dias com visitas a estúdios, sets de filmagem, escolas e casas de atores e diretores em Mumbai, o livro Diário de Bollywood, de Franthiesco Ballerini, desvenda o funcionamento da indústria de cinema indiano, mostrando por que ela é a maior produtora de filmes do mundo. Recheada de fatos curiosos, entrevistas exclusivas e fotografias, a obra traça também um paralelo do cinema indiano com o de Hollywood e o da América Latina. 128 p – Editora Summus.


Lançamentos em DVD/Blu-Ray:

“O Mordomo da Casa Branca”

1926, Macon, Estados Unidos. O jovem Eugene Allen vê seu pai ser morto sem piedade por Thomas Westfall (Alex Pettyfer), após estuprar a mãe do garoto. Percebendo o desespero do jovem e a gravidade do ato do filho, Annabeth Westfall (Vanessa Redgrave) decide transformá-lo em um criado de casa, ensinando-lhe boas maneiras e como servir os convidados.  Eugene (Forest Whitaker) cresce e passa a trabalhar em um hotel ao deixar a fazenda onde cresceu. Sua vida dá uma grande guinada quando tem a oportunidade de trabalhar na Casa Branca. Entretanto, as exigências do trabalho causam problemas com Gloria (Oprah Winfrey), a esposa de Eugene, e também com seu filho Louis (David Oyelowo). O disco traz o filme com tela widescreen anamórfico e Áudio em Dolby Digital 5.1. (T. O.: “The Butler”)

“Até o Fim”

Um navegador experiente (Robert Redford) está viajando pelo Oceano Pacífico, quando uma colisão com um contêiner leva à destruição parcial do veleiro. Ele consegue remendar o casco, mas terá a difícil tarefa de resistir às tormentas e aos tubarões para sobreviver, além de contar apenas com mapas e com as correntes marítimas para chegar ao seu destino. Filme com formato de tela widescreen anamórfico e áudio em Dolby Digital 5.1. (T. O.: “All is Lost”)

“A Fuga do Planeta Terra”

Scorch Supernova (Brendan Fraser) é um herói interplanetário bastante conhecido, já que seus feitos costumam ser televisionados para todo o planeta Babum. Isto faz com que ele se torne uma lenda para as crianças, graças também à ajuda de Gary (Rob Corddry), o diretor da Missão BASA Control e seu irmão. Namorando a bela repórter Gabby Tagarela (Sofia Vergara) e tendo o sobrinho Kip (Jonathan Morgan Heit) como fã número um, Scorch tem sua vida alterada ao ser enviado em uma missão no planeta proibido, também conhecido como Terra. Porém, quando Scorch é capturado pelos terráqueos em meio a uma transmissão ao vivo pela TV, Gary não vê alternativa a não ser também viajar à Terra para salvá-lo. O disco traz o filme com formato de tela widescreen anamórfico e Áudio em Dolby Digital 5.1. (T. O.: “Escape From Planet Earth”)

“A Grande Noite”


Not (Benoît Poelvoorde) e Jean-Pierre Bonzini (Albert Dupontel) são dois meio-irmãos. O primeiro é um punk e o segundo é um bom moço que vê seu negócio promissor dar errado após seu divórcio. Os pais (Brigitte Fontaine e Areski Belkacem) não querem mais os filhos por perto e para se livrar deles revelam a identidade do verdadeiro pai dos dois. Os meio-irmãos, então, iniciam uma jornada para encontrar seu pai biológico. Filme com tela widescreen e Áudio em Dolby Digital 2.0. (T. O.: “Le Grand Soir”)

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