Newton Ramalho
colunaclaquete@gmail.com – www.colunaclaquete.blogspot.com - @colunaclaquete
O que está em cartaz
Dia de Santo Antônio, início de Copa do Mundo, sexta-feira 13, quantas
coisas para comemorar hoje! Enquanto isso, nos cinemas, as estreias são o terror
“A Face do Mal”, o romance “Amor Sem Fim”, e o documentário “Olho Nu”, na
Sessão Cine Cult do Cinemark. Teremos também a re-exibição de “Laranja
Mecânica”, o perturbador filme de Stanley Kubrick. Continuam em cartaz o sensível
drama “A Culpa É das Estrelas” (vejam na
seção Filme da Semana), a ficção “No Limite do Amanhã”, com Tom Cruise, a
aventura “Malévola”, com Angelina Jolie, o nacional “Os Homens São de Marte...
E É Pra Lá Que Eu Vou”, “X-Men: Dias de um Futuro Esquecido”, e a animação “Rio
2". Nas programações exclusivas, o Moviecom exibe a produção nacional “Getúlio”.
Lembro que a programação agora muda nas quintas-feiras.
Estreia 1: “A Face do Mal”
Ao lado
dos pais e das duas irmãs, Evan Asher (Harrison Gilbertson) é um jovem tímido e
pouco sociável que se muda para uma grande casa, cujo passado é marcado por uma
família que perdeu todos os filhos. Aproveitando o baixo preço e sem problemas
superstições, os Asher se mudam para o local. Lá, Evan aproveita o tempo livre
para desenvolver uma amizade/namoro com a vizinha Sam (Liana Liberato). Curiosos,
os dois vão explorar o passado sombrio do local e despertar forças nada
amigáveis. A direção é de Mac Carter. “A Face do Mal” está em exibição na Sala 6
do Moviecom, e Sala 6 do Norte Shopping. Classificação
indicativa 14 anos. (T. O.: “Haunt”)
Estreia 2: “Amor Sem Fim”
Jade
Butterfield (Gabriella Wilde) é uma jovem superprotegida pelos pais, que
aparenta ter um futuro brilhante pela frente. Só que ela se apaixona
perdidamente por David Elliott (Alex Pettyfer), um jovem mais humilde que tem
um passado conturbado. O relacionamento não é aprovado pelo pai de Jade, Hugh
(Bruce Greenwood), que recomenda cautela à filha. Ainda assim, ela se entrega
de corpo e alma à paixão por David. Refilmagem do filme homônimo de 1981, de
Franco Zeffirelli, e estrelado por Brooke Shields. A direção é de Shana Feste.
“Amor Sem Fim” está em exibição na Sala 4 do Natal Shopping. Classificação
indicativa 14 anos. (T. O.: “Endless Love”)
Estreia 3: “Laranja Mecânica”
No futuro,
o violento Alex (Malcolm McDowell), líder de uma gangue de delinquentes que
matam, roubam e estupram, cai nas mãos da polícia. Preso, ele recebe a opção de
participar em um programa que pode reduzir o seu tempo na cadeia. Alex vira
cobaia de experimentos destinados a refrear os impulsos destrutivos do ser
humano, mas acaba se tornando impotente para lidar com a violência que o cerca.
A direção é de Stanley Kubrick. “Laranja Mecânica” será exibido na Sala 5 do
Cinemark, no sábado às 23h55m, domingo às 12h30m e
quarta-feira às 19h30. Classificação indicativa 18 anos. (T. O.: “A
Clockwork Orange”)
Sessão Cine Cult: “Olho Nu”
A vida e a
obra de Ney Matogrosso, retratada a partir do conjunto de imagens e sons que o
artista reuniu até hoje em sua casa e existentes em arquivos públicos, em
contraponto com as performances atuais. Trata-se de um espetáculo síntese de
seu percurso musical que, na montagem do filme, evoca cenas e situações da
história de Ney Matogrosso nos palcos e na sua vida cotidiana. Evitando o tom
nostálgico e reverente, o longa busca a dimensão humana e sensível de um
personagem cuja história se confunde com a melhor tradição do cancioneiro
latino-americano. A direção é de Joel Pizzini. “Olho Nu” será exibido na Sala 3
do Cinemark, na segunda-feira (16/6), na sessão de 18h50. Classificação
indicativa 12 anos. (T. O.: “Olho Nu”)
Filme da Semana: “A Culpa é das Estrelas”
Apesar
de todo avanço da ciência médica, o câncer continua sendo uma das doenças mais
devastadoras da humanidade, e por isso mesmo ainda assusta muitos. Já foram
feitos diversos filmes com personagens acometidos pela doença, normalmente
dramas lacrimejantes, mostrando-os de uma forma estereotipada. O filme “A Culpa
é das Estrelas”, baseado no romance homônimo de John Green, traz uma rara visão
da doença, mostrando que aquelas pessoas são humanas, ainda mais se tratando de
adolescentes.
A
história em questão é mostrada através da ótica de Hazel Grace Lancaster
(Shailene Woodley), de 17 anos, que desde os treze foi diagnosticada com uma
forma agressiva de câncer de tireoide com metástase nos pulmões. Desenganada
pelos médicos que a acompanhavam, ela fora submetida a uma droga experimental,
com baixa taxa de sucesso, e que funcionara com ela, estabilizando a doença.
Assim,
Hazel tentava levar uma vida normal, embora fosse difícil ter uma vida normal
quando se tem que arrastar um tubo de oxigênio para todo canto. Talvez por isso
a mãe de Hazel, Frannie (Laura Dern), achou que a filha estava deprimida, e
precisava frequentar um grupo de apoio de jovens com câncer.
Muito
a contragosto, a jovem é obrigada a frequentar o grupo, que considerava muito
deprimente. O único que gostava era Isaac (Nat Wolff), que perdera um olho por
conta de um raro tipo de câncer ocular, e que em pouco tempo ficaria totalmente
cego.
Um
dia, Hazel conhece Gus (Ansel Elgort), amigo de Isaac, que perdera uma perna
por osteossarcoma, mas estava livre da doença. Gozador e um pouco cínico, Gus
encarava tudo aquilo de uma forma alegre, fazendo piadas de si mesmo e dos
amigos, sem preocupação de ser politicamente correto.
Hazel
fica surpresa quando ele se interessa por ela, mas os dois tem uma forte
empatia, embora tivessem gostos diferentes. Hazel lhe empresta o seu livro
favorito, “Uma Aflição Imperial”, que considera praticamente a sua bíblia do
dia a dia.
Gus
fica indignado quando descobre que o livro para no meio de uma frase, deixando
várias interrogações sobre o destino dos personagens. Ele fica intrigado quando
Hazel explica que o autor saiu do país para viver em Amsterdam, e que nunca
responde a nenhuma carta ou e-mail dos leitores.
À
medida que a relação fica mais forte, Hazel sente-se ao mesmo tempo atraída e
assustada em continuar. Ela sabe que sua vida será curta, e não quer que ele
sofra quando ela se for. Mesmo assim, Gus está sempre perto, e a surpreende ao
informar que não só havia conseguido contato com o autor do livro, como ele os
convidara para visita-lo em Amsterdam!
Em
meio a uma de suas inúmeras recaídas, Hazel finalmente consegue, graças à ajuda
de Gus, realizar o sonho de ir à Holanda, para conhecer o autor do seu livro
favorito, e, quem sabe, esclarecer suas dúvidas.
Mas,
o encontro com Peter von Houten (Willen Dafoe) é tudo, menos, satisfatório.
Irascível, antissocial e bêbado, o escritor recebe o casal a contragosto,
recusando-se a falar sobre o livro, e menosprezando o sentimento de Hazel sobre
ele.
Decepcionados,
eles saem da casa do escritor em companhia de Lotte (Lidewij Vliegenthart), a
simpática secretária de von Houten, que fizera todos os preparativos para a
visita. Ela os convida para visitar o museu de Anne Frank, a garota judia que
vivera anos escondida em um sótão até ser levada com a família para a morte em
um campo nazista.
Superando
a si mesma, Hazel consegue subir as inúmeras escadas que levam ao local do
esconderijo de Anne, e lá deixa suas reservas de lado e deixa fluir seu amor
por Gus, para delírio da plateia. O clima romântico da viagem só é quebrado
quando Gus revela para Hazel que a doença voltou, e que agora é ele que está
mais perto da morte.
Algumas
publicações na internet tentam reduzir o filme a “ela tem câncer e ele morre no
final”. Bem, mesmo Voldemort não conseguiu a imortalidade, então fica difícil
imaginar algum personagem que nunca morre. Obviamente que esse tipo de
observação denota certa ausência de sensibilidade e mesmo empatia com qualquer
pessoa que não tenha uma saúde perfeita – coisa típica do nosso mundo egoísta e
artificial.
Um
diálogo que mostra bem isso é quando Gus pergunta a Hazel sua história, e ela
vai contar a doença, e ele a interrompe: “Não, não a história do seu câncer. A
sua história. Seus interesses, passatempos, paixões, fetiches, etc..”
“A
Culpa é das Estrelas” é um retrato sensível de um universo de jovens que,
apesar de extremamente doentes, não deixam de ter sentimentos, desejos, emoções
e aspirações. Não deixam, e nunca deveria deixar de ser humanos, por mais que
os outros queiram reduzi-los a pacientes.
O
título do filme é uma citação da peça Julio Cesar, de Shakespeare, que diz
"A culpa, querido Brutus, não está nas nossas estrelas, mas em nós
mesmos...". No filme também há uma referência ao champanhe, que o seu
criador dizia estar bebendo estrelas.
Poderíamos
acrescentar, também, que essas vidas breves e fugazes, poderiam ser comparadas,
em beleza e duração, às estrelas cadentes que encantam os olhos.
Esta
foi uma das melhores e mais fieis adaptações de livros para o cinema, e além de
muito bem dirigido, contou com a excelente química do casal central. Shailene
Woodley e Ansel Elgort conseguem dar vida as seus personagens sem cair na pieguice
ou em personagens caricatos.
Embora
muitos já tenham lido o livro, ou visto essas “análises” no Facebook, recomendo
que vejam o filme com o coração aberto, e se disponham a discutir temas como o
câncer e a morte, que, como dizem as personagens do filme, são consequências da
vida.
Livros de cinema:
Diário de
Bollywood
Há
alguns anos, uma nova estética cinematográfica tem chamado a atenção do
público: tramas românticas, roupas coloridas, cenários opulentos e muita música
marcam o atual cinema indiano, cuja indústria é conhecida mundialmente como
Bollywood. Fruto de uma reportagem especial de vinte dias com visitas a
estúdios, sets de filmagem, escolas e casas de atores e diretores em Mumbai, o
livro Diário de Bollywood, de Franthiesco Ballerini, desvenda o funcionamento
da indústria de cinema indiano, mostrando por que ela é a maior produtora de
filmes do mundo. Recheada de fatos curiosos, entrevistas exclusivas e
fotografias, a obra traça também um paralelo do cinema indiano com o de
Hollywood e o da América Latina. 128 p – Editora Summus.
Lançamentos em DVD/Blu-Ray:
“O Mordomo da Casa Branca”
1926, Macon, Estados Unidos. O
jovem Eugene Allen vê seu pai ser morto sem piedade por Thomas Westfall (Alex
Pettyfer), após estuprar a mãe do garoto. Percebendo o desespero do jovem e a
gravidade do ato do filho, Annabeth Westfall (Vanessa Redgrave) decide
transformá-lo em um criado de casa, ensinando-lhe boas maneiras e como servir
os convidados. Eugene (Forest Whitaker)
cresce e passa a trabalhar em um hotel ao deixar a fazenda onde cresceu. Sua
vida dá uma grande guinada quando tem a oportunidade de trabalhar na Casa
Branca. Entretanto, as exigências do trabalho causam problemas com Gloria
(Oprah Winfrey), a esposa de Eugene, e também com seu filho Louis (David
Oyelowo). O disco traz o filme com tela widescreen anamórfico e Áudio em Dolby
Digital 5.1. (T. O.: “The Butler”)
“Até o Fim”
Um navegador experiente (Robert
Redford) está viajando pelo Oceano Pacífico, quando uma colisão com um contêiner
leva à destruição parcial do veleiro. Ele consegue remendar o casco, mas terá a
difícil tarefa de resistir às tormentas e aos tubarões para sobreviver, além de
contar apenas com mapas e com as correntes marítimas para chegar ao seu
destino. Filme com formato de tela widescreen anamórfico e áudio em Dolby
Digital 5.1. (T. O.: “All is Lost”)
“A Fuga do Planeta Terra”
Scorch Supernova (Brendan Fraser) é
um herói interplanetário bastante conhecido, já que seus feitos costumam ser
televisionados para todo o planeta Babum. Isto faz com que ele se torne uma
lenda para as crianças, graças também à ajuda de Gary (Rob Corddry), o diretor
da Missão BASA Control e seu irmão. Namorando a bela repórter Gabby Tagarela
(Sofia Vergara) e tendo o sobrinho Kip (Jonathan Morgan Heit) como fã número
um, Scorch tem sua vida alterada ao ser enviado em uma missão no planeta
proibido, também conhecido como Terra. Porém, quando Scorch é capturado pelos
terráqueos em meio a uma transmissão ao vivo pela TV, Gary não vê alternativa a
não ser também viajar à Terra para salvá-lo. O disco traz o filme com formato
de tela widescreen anamórfico e Áudio em Dolby Digital 5.1. (T. O.: “Escape
From Planet Earth”)
“A Grande Noite”
Not (Benoît Poelvoorde) e
Jean-Pierre Bonzini (Albert Dupontel) são dois meio-irmãos. O primeiro é um
punk e o segundo é um bom moço que vê seu negócio promissor dar errado após seu
divórcio. Os pais (Brigitte Fontaine e Areski Belkacem) não querem mais os
filhos por perto e para se livrar deles revelam a identidade do verdadeiro pai
dos dois. Os meio-irmãos, então, iniciam uma jornada para encontrar seu pai
biológico. Filme com tela widescreen e Áudio em Dolby Digital 2.0. (T. O.: “Le
Grand Soir”)
Nenhum comentário:
Postar um comentário