Newton Ramalho
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O que está em cartaz
Os próximos dias parecem ser cada vez mais divertidos, com novas
interdições de trânsito, protestos, greves, o povo do contra, etc., e que venha
a Copa do Mundo! Enquanto isso, nos cinemas, as estreias são o sensível drama
“A Culpa É das Estrelas”, e a produção venezuelana “Pelo Malo” na Sessão Cine
Cult do Cinemark. Teremos também a re-exibição de “Pulp Fiction – Tempos de
Violência”, de Tarantino. Continuam em cartaz a ficção “No Limite do Amanhã”,
com Tom Cruise, a aventura “Malévola”
(vejam na seção Filme da Semana), com Angelina Jolie, o nacional “Os Homens
São de Marte... E É Pra Lá Que Eu Vou”, “X-Men: Dias de um Futuro Esquecido”, e
a animação “Rio 2". Nas programações exclusivas, o Moviecom exibe
“Godzilla” e “Mulheres ao Ataque”. Lembro que a programação agora muda nas
quintas-feiras.
Estreia 1: “A Culpa É das Estrelas”
Diagnosticada
com câncer, Hazel Grace Lancaster (Shailene Woodley) se mantém viva graças a
uma droga experimental. Após passar anos lutando com a doença, a jovem é
incentivada pelos pais a participar de um grupo de apoio e logo conhece
Augustus Waters (Ansel Elgort), um rapaz que vai mudar completamente a sua
vida. Na busca por respostas a um grande mistério, eles farão uma jornada
surpreendente à Europa. Baseado no livro "A Culpa é das Estrelas",
escrito por John Green. A direção é de Josh Boone. “A Culpa É das Estrelas” está
em exibição na Sala 3 do Moviecom, Salas 1 e
3 do Cinemark, Salas 1 e 5 do Natal Shopping, e Salas 1, 3 e 6 do Norte
Shopping. Classificação indicativa 12 anos. Cópias dubladas e legendadas. (T.
O.: “The Fault In Our Stars”)
Estreia 2: “Pulp Ficton – Tempos de Violência”
Vincent
Vega (John Travolta) e Jules Winnfield (Samuel L. Jackson) são dois assassinos
profissionais que trabalham fazendo cobranças para Marsellus Wallace (Ving
Rhames), um poderoso gângster. Vega é forçado a sair com a garota do chefe, Mia
Wallace (Uma Thurman), temendo passar dos limites, enquanto o pugilista Butch
Coolidge (Bruce Willis) se mete em apuros por ganhar luta que deveria perder, e
tornando-se alvo para Veja e Jules. O filme ganhou a Palma de Ouro em Cannes, e
o Oscar e o Globo de Ouro de Roteiro Original, além de mais seis indicações
para o Oscar e cinco para o Globo de Ouro A direção é de Quentin Tarantino. “Pulp
Fiction – Tempos de Violência” será exibido
na Sala 5 do Cinemark, no sábado às 23h55m, domingo às
12h30m e quarta-feira às 19h30. Classificação indicativa 18 anos. (T. O.: “Pulp
Fiction”)
Sessão Cine Cult: “Pelo Malo”
Junior
(Samuel Lange Zambrano), um menino de nove anos de idade, sonha em alisar o
cabelo para ficar mais parecido com sua imagem fantasiosa de um cantor de
cabelos compridos. Sua mãe Marta (Samantha Castillo) luta para sustentar a
família após a morte do marido e, ao mesmo tempo, tenta evitar o jeito
diferente do filho. A história consegue abordar habilmente temas complexos como
a homossexualidade, o racismo e a política nos países sul-americanos. A direção
é de Mariana Rondón. “Pelo Malo” será exibido na Sala 6 do Cinemark, na
segunda-feira (9/6) e terça-feira (10/6), na sessão de 20h40. Classificação
indicativa 12 anos. (T. O.: “Pelo Malo”)
Filme da Semana: “Malévola”
A
indústria do cinema, nos últimos tempos, parece sofrer de falta de criatividade,
e prefere relançar grandes sucessos do passado, revestido dos novos recursos
tecnológicos, como efeitos especiais, tridimensionalismo, etc.. Algumas dessas
recriações, entretanto, conseguem superar a mesmice, como é o caso de
“Malévola”, certamente um dos melhores filmes de 2014.
A
história da Bela Adormecida é um clássico conto de fadas cuja personagem
principal é uma princesa que é enfeitiçada por uma maléfica feiticeira para
cair num sono profundo, até que um príncipe encantado a desperte com um beijo
provindo de um amor verdadeiro.
A
versão mais conhecida é a dos Irmãos Grimm, publicada em 1812, mas, o escritor
francês Charles Perrault já publicara, em 1697, no livro Contos da Mãe Ganso,
“A Bela Adormecida no Bosque”, que, por sua vez, também se inspirou no conto de
Giambattista Basile, extraído de Pentamerone, publicada na data de 1634.
Em
1959, após vários anos de produção, o genial Walt Disney lançou nos cinemas o
longa-metragem em animação, que além do esmero dos Estúdios Disney, foi a primeira
animação lançada em widescreen, na bitola de 70 mm, um formato que só as
superproduções mereciam.
Refletindo
tanto a moral de sua época quanto o público ao qual era direcionado, o filme
traz os personagens rigidamente enquadrados: os heróis eram bons, os vilões
eram maus e pronto. Aliás, a terrível bruxa Malévola virou parâmetro de vilã
para sempre na indústria do cinema.
Repleto
de bichinhos animados, algum humor e muitas canções, o filme foi um sucesso
estrondoso na época, e como outras produções Disney, foi relançada sucessivas
vezes no cinema, na televisão, VHS, DVD e Blu-Ray.
Com
um sucesso tão grande no acervo, é natural que houvesse a vontade de fazer uma
refilmagem, mas, ao mesmo tempo, a comparação com o original poderia levar o
novo empreendimento a um fracasso monumental, caso não fosse muito bem
elaborado.
A
solução encontrada foi optar por uma boa história – que mantivesse uma
fidelidade aos principais elementos, mas, que trouxesse algo novo para o
público atual – e encontrar alguém capaz de polarizar o filme.
A
escolha da protagonista foi acertadíssima, principalmente porque a história é
mostrada pela ótica da Malévola, e não da Aurora. E Angelina Jolie mostrou que
não apenas é uma atriz talentosíssima, como também a essência do filme, nunca sendo
tão bem aplicado o adjetivo “mero” aos coadjuvantes. A estrela estava tão
impressionante em sua caracterização, que nenhuma criança conseguiu fazer o
teste para a Aurora criança sem chorar. A solução foi usar a filha da própria
atriz, Vivienne Jolie-Pitt, para fazer a personagem aos cinco anos.
No
filme atual, a história inicia mostrando dois reinos vizinhos, um dos humanos,
e outro das criaturas mágicas, os Moors. Neste, uma poderosa fada menina,
Malévola, ajudava e protegia os habitantes do seu reino, mantendo distância dos
humanos.
Um
dia, porém, ela conhece um menino, Stefan, que se aventura no reino mágico, e é
capturado pelos guardas. Após este encontro, uma improvável amizade nasce entre
os dois, e à medida que vão crescendo, ficam cada vez mais próximos.
O
rei dos humanos, Henry (Kenneth Cranham), quer dominar os Moors a todo custo, e
arregimenta um poderoso exército para invadir o reino mágico. Porém, Malévola
(Angelina Jolie), agora adulta e cada vez mais poderosa, rechaça os invasores
com a ajuda de seus aliados.
Derrotado,
doente e amargurado, o rei Henry anuncia a todos que fará seu sucessor aquele
que conseguir matar Malévola. Stefan (Sharlto Copley), que agora é serviçal do
rei, vislumbra a possibilidade de atingir o ápice de suas ambições, e enganando
Malévola, pratica a mais terrível agressão a uma fada, roubando-lhe as asas.
Dominada
pelo ódio e desejo de vingança, Malévola espreita nas sombras a oportunidade de
vingança, usando como principal aliado o corvo Diaval (Sam Riley), que se torna
o seu principal espião.
Quando
ela descobre que Stefan se tornara rei, e tivera uma filha, ela invade a festa
e lança sobre a menina uma maldição: ao completar 16 anos, ela se ferirá na
agulha de um tear e dormirá até ser despertada por um beijo de amor verdadeiro.
Para
não estragar a surpresa do espectador, não falarei mais do que se segue. Mas,
garanto que todos os elementos do filme de 1959 estão presentes, as fadas
madrinhas, o príncipe beijoqueiro, a muralha de espinhos, o dragão que cospe
fogo, etc.. Tudo deliciosamente embaralhado, na inversão que tornou a história
mais interessante.
O
mais interessante é o papel da Malévola, que, conforme suas palavras, torna-se
vilã e heroína ao mesmo tempo. É muito interessante acompanhar a passagem de um
polo a outro, e como isso influenciou a história ao final.
Como
se poderia esperar de uma superprodução de 200 milhões de dólares com a grife
Disney, o filme é repleto de efeitos especiais impecáveis, num nível de detalhe
impressionante, e cheio de cenas de ação impactantes, principalmente nos
momentos de batalhas.
Mesmo
com as cenas de luta e alguns bichos bem estranhos, o filme é direcionado para
a família, sem restrições de idade, como manda a tradição das produções Disney.
Livros de cinema:
“Vocês Ainda Não Ouviram Nada”
Escrito
por um dos maiores críticos de cinema da atualidade, este livro resgata a
história dos filmes mudos desde seus primórdios, contando de forma leve e
divertida os principais acontecimentos que marcaram sua trajetória: as invenções
tecnológicas que levaram à criação do cinema; os precursores dos famosos irmãos
Lumière; o início dos grandes estúdios norte-americanos; as primeiras comédias;
o cinema alemão e as produções russas; os diretores e produtores pioneiros; os
astros e estrelas; o cinema de animação; os primeiros passos do Brasil na era
da cinematografia. Celso Sabadin revela, ainda, os bastidores de grandes
produções e os avanços que acabaram culminando no cinema falado. Com prefácio
de Rubens Ewald Filho e apresentação de Francisco Ramalho Jr.. 224 p – Editora Summus.
Lançamentos em DVD/Blu-Ray:
“Clube de Compras Dallas”
Em 1986, o eletricista texano Ron
Woodroof (Matthew McConaughey) é diagnosticado com AIDS e logo começa uma
batalha contra a indústria farmacêutica. Procurando tratamentos alternativos,
ele passa a contrabandear drogas ilegais do México... O roteiro é baseado na
vida de Ron Woodroof, um eletricista heterossexual de Dallas que foi
diagnosticado com AIDS em 1985, durante uma das épocas mais obscuras da doença.
Indicado a seis categorias do Oscar, incluindo Melhor Filme, ganhou os prêmios
de Melhor Ator, Ator Coadjuvante e Maquiagem. O disco traz o filme com tela
widescreen anamórfico e Áudio em Dolby Digital 5.1. (T. O.: “Dallas Buyers Club”)
“Questão de Tempo”
Ao completar 21 anos, Tim (Domhnall
Gleeson) é surpreendido com a notícia dada por seu pai (Bill Nighy) de que
pertence a uma linhagem de viajantes no tempo. Ou seja, todos os homens da
família conseguem viajar para o passado, bastando apenas ir para um local
escuro e pensar na época e no local para onde deseja ir. Cético a princípio,
Tim logo se empolga com o dom ao ver que seu pai não está mentindo. Sua
primeira decisão é usar esta capacidade para conseguir uma namorada, mas logo
ele percebe que viajar no tempo e alterar o que já aconteceu pode provocar
consequências inesperadas. Filme com formato de tela widescreen anamórfico e áudio
em Dolby Digital 5.1. (T. O.: “About Time”)
“Queda Mortal”
Depois de sobreviver a uma queda de
mais de 1.500 metros de um avião sobre o oceano, Michael Shaughnessy (Luke
Goss), um ex-agente da CIA contratado pelo governo, se re-infiltra em uma
perigosa quadrilha de contrabando do norte do México para encontrar seu próprio
assassino. Conforme vai recuperando a memória, ele entra em uma fúria
assassina, enquanto tenta descobrir a verdade. Quem jogou-o do avião? Foi o seu
melhor amigo? O disco traz o filme com formato de tela widescreen anamórfico e
Áudio em Dolby Digital 5.1. (T. O.: “Dead Drop”)
“Crisântemos Tardios”
Tóquio, 1885. Kikunosuke Onoue,
filho de um ator de renome, descobre que só recebe elogios por ser filho de
quem é. Ele se apaixona por Otuko, uma criada da família e todos ficam contra o
romance, ele então parte em busca do sucesso por seus próprios méritos e
descobre um amargo caminho. “Crisântemos Tardios” foi dirigido por um dos
maiores contadores de histórias do cinema japonês, Kenji Mizoguichi (“Contos da
Lua Vaga”) em 1939. Filme com tela standard e Áudio em Dolby Digital 2.0. (T.
O.: “Zangiku Monogatari”)
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