Newton Ramalho
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O que está em cartaz
Com as chuvas em Natal, a pedida é ir de jet ski pro trabalho, mas tendo
cuidado com as blitzen da Marinha nas principais avenidas da cidade. Enquanto
isso, nos cinemas, as estreias da semana são o policial nacional “Alemão”, a
aventura “Need For Speed – O Filme”, o drama “Ninfomaníaca: Volume 2”, a
animação “Justin e a Espada da Coragem”, e a ópera “Giselle”, da Royal Opera
House. Teremos também a pré-estreia do drama de guerra “O Grande Herói”. Continuam
em cartaz o épico “300 – A Ascensão do Império”, o drama “Walt nos Bastidores
de Mary Poppins”, a animação “Tinker Bell: Fadas e Piratas”, o thriller “Sem
Escalas”, a animação “As Aventuras de Peabody & Sherman”, o vencedor do
Oscar “12 Anos de Escravidão”, e a ficção “Robocop” . Nas programações
exclusivas, o Cinemak exibe o épico “Pompéia”, enquanto o Moviecom mantém “A
Menina Que Roubava Livros”.
Estreia 1: “Alemão”
Rio de
Janeiro, novembro de 2010. Cinco policiais trabalham infiltrados no Complexo do
Alemão, uma área que reúne diversas favelas e é considerada um dos locais mais
perigosos da cidade. Desmascarados pelos traficantes, eles agora estão presos e
aguardam serem executados ou resgatados pelas forças policiais, o que
significaria na divulgação de uma missão clandestina realizada pela polícia
militar. Sem contato com a rede de
comando, para eles resta apenas um porão de uma pizzaria no morro e poucos
mantimentos, enquanto o tempo implacável corre contra eles. A direção é de José
Eduardo Belmonte, e o elenco conta com Caio Blat, Cauã Reymond, Otávio Müller,
Milhem Cortaz, e Antonio Fagundes. “Alemão” estreia nesta sexta-feira, na Sala 4
do Moviecom, Salas 1 e 5 do Cinemark, Sala 6
do Natal Shopping, e Salas 3 e 5 do Norte Shopping.
Classificação indicativa 16 anos. (T. O.: “Alemão”)
Estreia 2: “Need For Speed – O Filme”
Tobey
Marshall (Aaron Paul) herdou do pai uma oficina mecânica, onde, juntamente com
sua equipe, modifica carros para torna-los mais rápidos. Além disto, Tobey é um
exímio piloto e volta e meia participa de rachas. Um dia, o ex-piloto da
Fórmula Indy Dino Brewster (Dominic West) o procura para que Tobey possa
concluir um Mustang desenvolvido por um gênio da mecânica que já faleceu.
Apesar das divergências entre eles, Tobey aceita a proposta por precisar muito
do pagamento oferecido por Dino. Em um racha, Pete (Harrison Gilbertson) morre,
e Tobey passa dois anos na prisão. Quando ele é solto, organiza um plano para
que possa participar de uma conhecida corrida do submundo onde Dino também
correrá. “Need For Speed – O Filme” estreia nesta sexta-feira nas Salas 6 e 7
do Moviecom, Sala 2 do Cinemark, Sala 2 do
Natal Shopping, e Sala 2 do Norte Shopping. Classificação
indicativa 12 anos. Cópias dubladas, exibição em 2D e 3D. (T. O.: “Need For
Speed”)
Estreia 3: “Ninfomaníaca – Volume 2”
A história
poética e selvagem da vida de uma mulher, do nascimento aos 50 anos de idade,
contada pela protagonista Joe (Charlotte Gainsbourg), autodiagnosticada
ninfomaníaca. Numa fria noite de inverno, o velho e charmoso solteiro Seligman
(Stellan Skarsgård) encontra Joe violentada num beco. Ele a leva para o
apartamento dele, onde cuida de suas feridas e faz perguntas sobre a vida dela.
Ele escuta atentamente enquanto Joe, durante 8 capítulos, reconta a
multifacetada e luxuriosa história de sua vida, rica em associações e eventos
que se cruzam. A direção é de Lars Von Trier. “Ninfomaníaca – Volume 2” será exibido no
Cinemark nas Salas 5 (sessão 19h40, menos na segunda e terça) e 3 (sessão
21h20, segunda e terça), e na Sala 3 do Natal Shopping. Classificação
indicativa 18 anos. (T. O.: “Nymphomaniac : Volume II”)
Estreia 4: “Justin e a Espada
da Coragem”
Justin
sempre quis ser um cavaleiro, mas seu pai, conselheiro-chefe da Rainha, quer
que o filho siga seus passos e se torne um advogado. Em busca de ajuda, o
garoto procura a avó e descobre que seu avô, Sir Roland, foi o mais nobre
cavaleiro do reino e protetor do Rei, até que ambos foram traídos e mortos pelo
terrível Sir Heraclio. Contra o desejo de seu pai, Justin decide ir em busca de
seu sonho e começa uma jornada para tornar-se cavaleiro. A direção é de Manoel
Sicilia. “Justin e a Espada da Coragem” estreia nesta sexta-feira na Sala 5 do
Norte Shopping. Classificação indicativa livre anos. Cópia
dublada. (T. O.: “Justin and the Knights of Valour”)
Estreia 5: “Royal Opera House: Giselle”
Giselle é
um dos mais influentes de todos os ballets românticos e também uma das maiores
e mais populares obras do ballet de concerto e do repertório do The Royal
Ballet. O papel-título apresenta o poder transcendental do amor da mulher face
à traição, sendo um dos papéis mais tecnicamente exigentes e emocionalmente
desafiadores da dança clássica. Como é de se esperar, o ballet constitui-se
numa vitrine para o talento das grandes bailarinas da Companhia. A direção
sutil de Peter Wright, emoldurada nos cenários atmosféricos de John Macfarlane,
acentua os contrastes à medida que a história evolui entre o mundo. “Royal
Opera House: Giselle” será exibido na Sala 4 do Cinemark, nas sessões de 11h00
(sábado e domingo), 14h05 (segunda), e 19h00 (terça). Classificação indicativa 12
anos. (T. O.: “Royal Opera House: Giselle”)
Pré-estreia: “O Grande Herói”
Baseada em
fatos reais, a história acompanha o oficial da marinha norte-americana Marcus
Luttrell (Mark Wahlberg), enviado ao Afeganistão em busca de um homem de
confiança de Osama Bin Laden. Quando ele se depara com um homem idoso e três
crianças, ele recebe ordens para matar os quatro, mas Marcus não tem coragem de
fazê-lo. O paradeiro dos americanos é descoberto e logo toda a equipe é atacada
por 250 homens armados, enviados pela Al Qaeda. A direção é de Peter Berg. “O
Grande Herói” terá pré-estreia sábado e domingo na Sala 5 do Natal Shopping, na
sessão de 22h40. Classificação indicativa 12 anos. (T. O.: “Lone Survivor”)
Filme da Semana: “Ela” (“Her”)
A
lista de indicação para Melhor Filme do Oscar 2014 reuniu muitos candidatos de
peso, mas um deles, “Ela” (ou “Her”, no original), mostrou que ainda é possível
encontrar algo diferente na indústria do cinema. Ou como pode alguém misturar
ficção-científica, drama, romance e especulação sociológica no mesmo filme – e
fazer algo muito interessante?
Ao
contrário da maioria dos filmes de ficção-científica onde as maravilhas
tecnológicas enchem os olhos dos espectadores, o ambiente em “Ela” não parece
ser muito diferente de qualquer moderna metrópole do mundo atual. A não ser
pelo fato de que tudo é limpo, impessoal, sem pobreza aparente.
Nesse
futuro indeterminado, o traço mais marcante – além da impessoalidade – é que
tudo é hiperconectado. Os personagens interagem com os computadores em qualquer
lugar, no trabalho, no metrô, na praia, ou em casa, sem distinção de ambiente
pessoal, doméstico ou profissional. O objeto mais familiar é algo parecido com
um celular que serve de interface pessoal com o sistema, embora toda
comunicação seja feita por voz.
Theodore
(Joaquin Phoenix) é uma figura típica deste mundo, um homem solitário que vem
de uma recente e ainda mal digerida separação com Catherine (Rooney Mara), que
o conhece desde a infância, mas que preferiu trocar o casamento pela carreira
acadêmica. Theodore ganha a vida escrevendo cartas para terceiros, ditando-as
para o computador, que as imprime em letras cursivas e envia aos destinatários.
Ironicamente, a empresa tem um nome tipo “cartas escritas à mão”.
Sentindo-se
cada vez mais solitário, Theodore tem como únicos amigos a vizinha Amy (Amy
Adams), uma designer de videogames, e o recepcionista da empresa, Paul (Chris Pratt),
que é um grande fã das cartas que ele escreve.
Um
dia, ele é atraído pelo anúncio de um sistema operacional pessoal, baseado em
inteligência artificial. Com algumas poucas perguntas desconexas o sistema é
configurado, e uma linda voz feminina (Scarlett Johansson) passa a interagir
com Theodore. A primeira prova da capacidade do sistema operacional é quando
ele pergunta se ela tem um nome. Ele responde que sim, Samantha. Quando ele
pergunta como ela escolheu, ela diz que, em alguns milissegundos ela leu um
livro com milhares de opções, e gostou daquele.
Se
no começo Samantha era para ele apenas um programa superdesenvolvido, aos
poucos ela o ajuda a organizar seus arquivos, faz contato com uma editora para
publicar suas cartas, arranja um encontro com uma garota (Olivia Wilde), e até
mesmo faz sexo com ele – virtual, é claro.
Em
pouco tempo ele percebe que está namorando com Samantha, e até a apresenta para
outras pessoas como sua namorada. Talvez por já viver em um mundo tão
conectado, as pessoas não estranham, e até fazem passeios de casais.
A
questão que soa mais estranha não é a de um homem se apaixonar por um programa
de computador. E se a recíproca também acontecer?
O
mais interessante em “Ela” não é apenas este amor entre um homem e um programa,
mas é mostrado de uma forma consistentemente crível. O relacionamento entre
eles era, basicamente, de conversas. Está certo que entre os humanos as coisas
sempre começam pelo físico, mas só duram se houver uma sintonia de pensamentos.
Tem até aquela piadinha que diz que deve se escolher um companheiro com quem se
goste de conversar – até porque, um dia, só restará isso mesmo para fazer...
Além
de ter uma história interessante, “Ela” se desenvolve graças a um bom elenco,
bem dirigido por Spike Jonze, embora a grande carga cênica recaia sobre Joaquin
Phoenix, que usa um bigodão e óculos grossos, que lhe dão a aparência do Sr.
Batata de “Toy Story”. A outra metade do crédito recai em Scarlett Johansson,
cuja belíssima voz traz uma grande credibilidade para a imaterial Samantha.
Aliás, jamais assistam este filme dublado, pois vai perder toda a essência.
Num
papel secundário, mas, importante, Amy Adams também contribui para a construção
do ambiente amargurado e impessoal do mundo retratado no filme. Amy conseguiu a
façanha de estar em dois dos filmes indicados para o Oscar, este e “Trapaça”.
O
final do filme é um pouco ambíguo – para os padrões hollywoodianos – mas,
certamente, irá inspirar longas discussões sobre o seu sentido, principalmente
em uma boa mesa de bar.
Embora
não seja do estilo “cinemão”, com cenas de ação e efeitos especiais, “Ela” traz
um sabor diferente da pasteurização de Hollywood, e acredito que os
espectadores verão muitos paralelos com o mundinho que vivemos.
Livros de cinema:
“Historia do Cinema:
Dos Clássicos Mudos ao Cinema Moderno”
Do
cinema mudo, passando pela engenhosidade do cinema sonoro, até as incríveis
inovações da era digital, Mark Cousins apresenta um panorama completo e
acessível da história do cinema mundial. Nela são desveladas as técnicas,
aspirações e invenções de cada época, em diferentes países e por diversos
cineastas que sonharam, imaginaram e trabalharam para que sua mensagem e sua
estética fossem transmitidas a um público cada vez mais admirado pela sétima
arte e pela rica história que ela comporta. 512 p – Editora Martins Fontes.
Lançamentos em DVD/Blu-Ray:
“Rush – No Limite da Emoção”
Anos 1970. O mundo sexy e
glamouroso da Fórmula 1 é mobilizado principalmente pela rivalidade existente
entre os pilotos Niki Lauda (Daniel Brühl) e James Hunt (Chris Hemsworth). Eles
possuíam características bem distintas: enquanto Lauda era metódico e
brilhante, Hunt adotava um estilo mais despojado, típico de um playboy. A
disputa entre os dois chegou ao seu auge em 1976, quando ambos correram vários
riscos dentro do cockpit para que pudessem se sagrar campeão mundial de Fórmula
1. O disco traz o filme com tela widescreen anamórfico e Áudio em Dolby Digital
5.1. (T. O.: “Rush”)
“Azul Profundo”
Dimitri (Sotiris Patras) é um
nadador profissional, que está prestes a assinar um importante contrato com um
patrocinador. Ele dedica a vida aos treinos, até um dia conhecer a militante
ambiental Elsa (Youlika Skafida), que deseja melhorar sua capacidade
respiratória. Logo Dimitri passa a lhe dar aulas e não demora muito para que
eles engatem o namoro. Entretanto, um ano depois eles enfrentam problemas no
relacionamento devido à dedicação dela às atividades de proteção ambiental,
mesmo que para tanto passe por cima de sua própria saúde. Filme com formato de tela widescreen
anamórfico e áudio em Dolby Digital 5.1. (T. O.: “Apnoia”)
“Flores Raras”
1951, Nova York. Elizabeth Bishop
(Miranda Otto) é uma poetisa insegura e tímida, que apenas se sente à vontade
ao narrar seus versos para o amigo Robert Lowell (Treat Williams). Em busca de
algo que a motive, ela resolve partir para o Rio de Janeiro e passar uns dias
na casa de uma colega de faculdade, Mary (Tracy Middendorf), que vive com a
arquiteta brasileira Lota de Macedo Soares (Glória Pires). A princípio
Elizabeth e Lota não se dão bem, mas logo se apaixonam uma pela outra. O disco
traz o filme com formato de tela widescreen anamórfico e Áudio em Dolby Digital
5.1. (T. O.: “Flores Raras”)
“Os Eleitos - Edição de Aniversário 30 Anos”
Baseado no livro best-seller
escrito por Tom Wolfe, “Os Eleitos” narra o heroico conto da América prestes a
começar a corrida rumo ao espaço. Tem início com Chuck Yeager, o primeiro
piloto a voar mais rápido do que a velocidade do som, e continua com o
surgimento dos primeiros astronautas no Projeto Mercury, os primeiros
americanos no espaço. A bravura e a audácia das proezas desses homens
capturaram a imaginação dos americanos na metade do século 20. Em “Os Eleitos”,
o diretor e roteirista Philip Kaufman dá vida a esses incomparáveis eventos em
detalhes emocionantes e repletos de suspense. Vencedor de quatro Oscars (Melhor
Edição, Melhor Edição de Som, Melhor Trilha Sonora Original, e Melhor Som), “Os
Eleitos” conta com um elenco estelar, incluindo Ed Harris, Barbara Hershey, Sam
Shepard, Dennis Quaid e Fred Ward. Filme
com tela widescreen anamórfico e Áudio em Dolby Digital 5.1. (T. O.: “The Right
Stuff”)
Um comentário:
Parabéns pela matéria sobre "Ela". Muita gente falou sobre "a síntese de uma época" que o filme "A rede social" promoveu. Eu gosto bastante dele. Porém, particularmente, acho que "Ela", apesar de ficção, também pode ganhar adjetivos semelhantes. Sou fã do blog amigo potiguar!
Se gostar de poesia potigar visite intellegere-verbatim.blogspot.com
abraço.
Isaac Medeiros.
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