Newton Ramalho
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O que está em cartaz
Bem-vindos ao Brasil de março, onde novos escândalos são comemorados,
para abafar outros tantos, e fazer campanha presidencial antecipada. Enquanto
isso, nos cinemas, as estreias da semana são o drama de guerra “O Grande
Herói”, a comédia nacional “S.O.S. – Mulheres ao Mar”, e o romance “Namoro ou
Liberdade”. Continuam em cartaz o policial nacional “Alemão”, a aventura “Need
For Speed – O Filme”, o drama “Ninfomaníaca: Volume 2”, o épico “300 – A Ascensão
do Império”, a animação “Tinker Bell: Fadas e Piratas”, a animação “As
Aventuras de Peabody & Sherman”, o vencedor do Oscar “12 Anos de
Escravidão”, e a ficção “Robocop” . Nas programações exclusivas, o Cinemak
exibe o thriller “Sem Escalas”, enquanto o Cinépolis Norte Shopping mantém a
animação “Justin e a Espada da Coragem”. Uma novidade importante: a programação
agora muda nas quintas-feiras.
Estreia 1: “O Grande Herói”
Baseada em
fatos reais, a história acompanha o oficial da marinha norte-americana Marcus
Luttrell (Mark Wahlberg), que servia no Afeganistão após o 11 de setembro.
Marcus e mais três colegas são enviados para capturar um homem de confiança de
Osama Bin Laden. Por acidente, eles encontram um homem idoso e três crianças, e
tem que decidir o que fazer com eles. Decidindo deixa-los em liberdade, mesmo
comprometendo a missão, o paradeiro dos americanos é descoberto e logo toda a
equipe é atacada por um grande grupo de guerrilheiros talibãs, numa posição
difícil, e sem conseguir comunicação para pedir reforços. Em seu momento mais
difícil, Marcus descobre a solidariedade onde menos poderia esperar. A direção
é de Peter Berg. “O Grande Herói” estreia nesta sexta-feira, na Sala 7 do
Moviecom, Sala 4 do Cinemark, e Salas 3 e 5
do Natal Shopping. Classificação indicativa
16 anos. (T. O.: “Lone Survivor”)
Estreia 2: “S.O.S. – Mulheres ao Mar”
Adriana
(Giovanna Antonelli) não está em um bom momento. Ela não consegue que alguma
editora publique seus livros e, para ganhar a vida, legenda filmes pornôs. Para
piorar a situação, seu marido Eduardo (Marcello Airoldi) decide pedir o
divórcio. Em meio à fossa da separação, ela descobre que o ex fará um cruzeiro
ao lado da nova namorada, Beatriz (Emanuelle Araújo), uma estrela da TV.
Incentivada pela irmã Luíza (Fabíula Nascimento), as duas decidem embarcar no
mesmo cruzeiro para que Adriana tenha a chance de reconquistá-lo. A empregada
Dialinda (Thalita Carauta), que tenta ajudar a patroa a todo custo, acaba
também embarcando nesta aventura. A direção é de Cris D’Amato. “S.O.S. –
Mulheres ao Mar” estreia nesta sexta-feira na Sala 4 do Moviecom, Sala 2 do
Cinemark, Sala 2 do Natal Shopping, e Salas
1 e 2 do Norte Shopping. Classificação
indicativa 12 anos. (T. O.: “Mulheres ao Mar”)
Estreia 3: “Namoro ou Liberdade?”
Jason (Zac
Efron) e seu melhor amigo Daniel (Miles Teller) levaram uma vida de festas,
farra e diversão, sem relacionamentos sérios. Após o divorcio de Mikey (Michael
B. Jordan) juntam-se para ajudá-lo a superar a ex-esposa, só que aos poucos
cada um deles começam a se envolver com diferentes mulheres que mudam seu jeito
de pensar, até chegar ao momento onde deverão escolher entre a liberdade da
vida de solteiro ou o compromisso de um namoro sério. A direção é de Tom
Gormicam. “Namoro ou Liberdade?” estreia nesta sexta-feira na Sala 1 do
Moviecom, na Sala 4 do Natal Shopping, e Sala 5 do Norte Shopping.
Classificação indicativa 14 anos. Cópias dubladas e legendadas. (T. O.: “That
Awkward Moment”)
Sessão Cine Cult: “Ninfomaníaca – Volume 2”
A história
poética e selvagem da vida de uma mulher, do nascimento aos 50 anos de idade,
contada pela protagonista Joe (Charlotte Gainsbourg), autodiagnosticada
ninfomaníaca. Numa fria noite de inverno, o velho e charmoso solteiro Seligman
(Stellan Skarsgård) encontra Joe violentada num beco. Ele a leva para o
apartamento dele, onde cuida de suas feridas e faz perguntas sobre a vida dela.
Ele escuta atentamente enquanto Joe, durante 8 capítulos, reconta a
multifacetada e luxuriosa história de sua vida, rica em associações e eventos
que se cruzam. A direção é de Lars Von Trier. “Ninfomaníaca – Volume 2” será exibido no
Cinemark na Sala 3 (sessão 14h00, todos os dias, e 22h10, na segunda e terça),
e na Sala 6 do Natal Shopping (sessão 21h45). Classificação indicativa 18 anos.
(T. O.: “Nymphomaniac : Volume II”)
Filme da Semana: “Philomena”
Embora
tivesse visto várias vezes o nome do filme “Philomena” nas listas de indicações
para o Oscar 2014, para o qual ele concorreu para Melhor Filme, Atriz, Trilha
Sonora, e Roteiro Adaptado, só quando vi a notícia de que a verdadeira
Philomena Lee havia se encontrado com o Papa Francisco, foi que realmente tive
a atenção despertada.
Pela
sinopse, poderíamos esperar um drama lacrimejante e apelativo, mas o que veio
às telas foi uma história emocionante, porém, repleta de aspectos delicados,
como a intolerância moral, homossexualismo, AIDS, e, principalmente, a dor de
uma mãe privada da presença do seu filho. Tudo isso seria mais aceitável se
fosse coisa do passado. Infelizmente, esses fantasmas continuam presentes nos
dias atuais.
A
história de Philomena Lee (Sophie Kennedy Clark) começa em 1952, quando ela,
ainda adolescente, engravida e dá a luz a um menino. Renegada pelo pai, ela vai
morar e trabalhar em um orfanato dirigido por freiras, no interior da Irlanda,
mas, logo o garoto é entregue para adoção por um casal de americanos, a quem é
informado que ele era órfão.
Durante
cinquenta anos mais tarde, Philomena (Judy Dench) manteve isso em segredo, pois
acreditava ser parte da expiação por seus pecados. Um dia, porém, ela confessou
esse segredo para sua filha, Jane Libberton (Anna Maxwell Martin), que envidou
todos os esforços para descobrir o destino do irmão.
Mas,
tanto as leis irlandesas, quanto a obstinação das freiras do orfanato,
atrapalham descobrir mais o garoto. Posteriormente, com a ajuda do jornalista
Martin Sixsmith (Steve Coogan) elas descobrem que ele tinha ganhado um novo
nome, Michael Hess, tornara-se advogado e ativo participante do Partido
Republicano, chegando a trabalhar como assessor do presidente Ronald Reagan.
A
descoberta, infelizmente, chegou tarde, pois eles descobrem que Martin morrera.
Homossexual, contaminado por AIDS, Martin viveu o preconceito e isolamento das
primeiras gerações que pereceram com a doença.
A
peregrinação de Philomena passa a ter um novo rumo, desejando conhecer mais
sobre o filho falecido, e, principalmente, se ele manifestara alguma vez o
desejo de revê-la. O ciclo se fecha no mesmo orfanato onde Michael nascera, e
onde se escondiam as informações mais vitais para Philomena. A descoberta mais
dolorosa é a de que ele próprio, como ela, estivera no orfanato em busca de
informações – sem sucesso.
Não
são poucas as histórias sobre desmandos da Igreja Católica ao longo dos séculos
– e até bem recentes, como é o caso de Philomena. Não podemos esquecer que esta
organização foi a mais poderosa sobre a Terra durante muito tempo, e não
poderia deixar de ter seus aspectos sombrios. O lado positivo é que, nos dois
últimos papados, muito tem sido feito, tanto no sentido de desvelar essas
“assombrações”, como de punir os piores casos.
“Philomena”,
tecnicamente, é muito bem feito, com uma magnífica trilha sonora, fotografia
espetacular, roteiro bem amarrado, e um elenco bem afinado, em especial, a
veterana Judy Dench. Foram bem merecidas as indicações ao Oscar nas diferentes
categorias, embora não tenha ganhado nenhuma.
Não consta do filme a informação, mas,
Philomena Lee, em parceria com a organização Adoption Rights Alliance, lançou o
Philomena Project, que vai defender a troca de registros de adoção da Irlanda,
e ajudar a promover o contato de mães e crianças separadas pela política de
adoções forçadas do país.
“Philomena”
é um filme obrigatório para ser visto por todos, não apenas pelo aspecto
dramático de uma história real, mas, principalmente para que possa contribuir
para que hajam novas Philomenas a chorar a perdas de seus filhos no futuro.
Livros de cinema:
“Mazzaropi : O
Jeca Do Brasil”
Durante
mais de vinte anos Mazzaropi foi um dos principais produtores do cinema
nacional. Ator genial e empresário astuto, o comediante atuou em 32 filmes,
tendo antes acumulado uma vasta experiência no circo, teatro, rádio e
televisão. Glauco Barsalini descortina, nessa importante obra, as influências
artísticas que levaram à construção da personagem caipira de Mazzaropi, os
segredos do sucesso do Jeca e de seu criador, e as relações simbólicas entre
tal personagem e o universo social, econômico, político e cultural de sua
época. 158 p – Editora Atomo.
Lançamentos em DVD/Blu-Ray:
“Virginia”
Hall Baltimore (Val Kilmer) é um
escritor de romances de bruxaria que enfrenta uma má fase em sua carreira.
Viajando pelo interior dos Estados Unidos para vender seu novo livro, ele acaba
em uma pequena cidade onde o xerife local (Bruce Dern) lhe conta a história do
assassinato de uma jovem garota. Nesta mesma noite o escritor sonha com o
fantasma de uma adolescente, chamada Victoria (Elle Fanning). Ele suspeita que
exista uma relação entre ela e a menina assassinada, e começa a pensar que este
poderia ser um ótimo tema para um novo livro. Para escrevê-lo, no entanto, ele
precisará investigar a fundo esta história, descobrindo relações inesperadas
com sua história pessoal. O disco traz o filme com tela widescreen anamórfico e
Áudio em Dolby Digital 5.1. (T. O.: “Twixt”)
“O Quinto Poder”
A história começa quando o fundador
da Wikileaks, Julian Assange (Benedict Cumberbatch), e o seu colega, Daniel Domscheit-Berg (Daniel Brühl), se juntam
para vigiar de forma anónima pessoas influentes e poderosas. Com muito poucos
recursos financeiros, eles criam uma plataforma que permite aos delatores
expor, de uma forma anónima, informações confidenciais que colocam a descoberto
segredos obscuros dos governos e crimes praticados por grandes corporações. Em
pouco tempo, começam a libertar um maior número de notícias bombásticas, do que
as maiores empresas de media do mundo juntas. Mas quando Assange e Berg têm
acesso ao maior tesouro de informação confidencial da história dos EUA, lutam
entre eles sobre uma questão essencial nos nossos tempos: Quais são os custos
de manter segredos numa sociedade livre - e quais são os custos de expô-los? Filme com formato de tela widescreen
anamórfico e áudio em Dolby Digital 5.1. (T. O.: “The Fifth Estate”)
“A Conquista do Império”
Início do século 11, na China,
durante o reinado do Imperador Renzong, da Dinastia Song. O imperador
negligencia assuntos de Estado e se entrega a prazeres pessoais, enquanto
conspiradores infiltrados no governo espalham a corrupção e incitam guerra, que
continua a assolar a população nas fronteiras do reino. Os domínios da Dinastia
Song estão sendo invadidos pelos exércitos do Estado rival do Oeste, controlado
pelo clã Xia. Yang Zongbao é o último homem de pé do clã Yang, uma família de
generais que dedicaram suas vidas para defender a Dinastia Song de invasores
estrangeiros. Ele aparentemente morre tragicamente na batalha quando o
traiçoeiro imperial Tutor Pang recusa-se a enviar reforços para ajudá-lo. A
esposa de Yang Zongbao, Mu Guiying, leva as outras viúvas do clã Yang à batalha
para continuar o legado de seus maridos. O disco traz o filme com formato de tela
widescreen anamórfico e Áudio em Dolby Digital 5.1. (T. O.: “Legendary Amazons”)
“Hatari!”
Sean Mercer (John Wayne) lidera um
grupo de caçadores de animais na África. Seus clientes são os principais
zoológicos do mundo, ávidos por novas atrações. Nessa temporada sua missão é
atrapalhada pela presença da bela e jovem fotógrafa Dallas (Elsa Martinelli),
ansiosa por imagens exclusivas da caçada. Elsa, protetora dos elefantes, e Sean
se estranham e o rinoceronte continua fugindo... Filme indicado ao Oscar 1963 de Melhor direção
de fotografia em cores. Filme com tela widescreen anamórfico e Áudio em Dolby
Digital 5.1. (T. O.: “Hatari!”)
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