Newton Ramalho
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O que está em cartaz
Acabou o carnaval, e agora o ano começa pra valer – pelo menos, até
chegar a Copa, e as eleições... As estreias da semana são o épico “300 – A
Ascensão do Império”, o drama “Walt nos Bastidores de Mary Poppins” (vejam na Seção Filme da Semana), e a
animação “Tinker Bell: Fadas e Piratas”. Teremos também a pré-estreia da
animação “Justin e a Espada da Coragem”. Continuam em cartaz o thriller “Sem
Escalas”, com Liam Neeson e Juliane Moore, a animação “As Aventuras de Peabody
& Sherman”, o vencedor do Oscar “12 Anos de Escravidão”, a ficção
“Robocop”, de José Padilha, e o épico “Pompéia”. Nas programações exclusivas, o
Cinemak exibe “Trapaça”, e o drama belga “Alabama Monroe” na Sessão Cine Cult,
enquanto o Moviecom mantém a animação “Uma Aventura Lego”, e “A Menina Que
Roubava Livros”.
Estreia 1: “300 - A Ascensão do Império”
Após a
morte do pai, Xerxes (Rodrigo Santoro) dá início a uma jornada de vingança e
ruma em direção à Grécia, com seu exército sendo liderado por Artemisia (Eva
Green). Enquanto os 300 espartanos liderados por Leônidas tentam combater o
Deus-Rei, os exércitos do resto da Grécia se unem para uma batalha com as
tropas de Artemisia no mar. Temístocles (Sullivan Stapleton) é o responsável
por liderar os gregos. Baseado em “Xerxes”, graphic novel de Frank Miller, e
narrado no estilo visual de tirar o fôlego do megassucesso “300”, o novo
capítulo da épica saga leva a ação a um inédito campo de batalha – o mar. A
direção é de Noam Murro. “300 – A Ascensão do Império” estreia nesta
sexta-feira, nas Salas 4 e 6 do Moviecom, Salas 2, 3 e 6 do Cinemark, Salas 1,
2 e 5 do Natal Shopping, e Salas 1, 2 e 4 do Norte Shopping. Classificação
indicativa 18 anos. Cópias dubladas e legendadas, exibição em 2D e 3D. (T. O.:
“300: Rise of an Empire”)
Estreia 2: “Tinker Bell: Fadas e Piratas”
Quando uma
mal compreendida fada, guardiã do pozinho mágico, chamada Zarina, rouba o
crucial pozinho mágico azul do Refúgio das Fadas e foge para se unir aos piratas
da Skull Rock, Tinker Bell e suas amigas fadas precisam embarcar em uma
aventura única para devolver o pozinho ao seu lugar de direito. Contudo, em
meio à perseguição a Zarina, o mundo de Tink vira de cabeça para baixo. Ela e
suas amigas descobrem que seus respectivos dons foram trocados e precisam
correr contra o tempo para recuperar o pozinho azul e voltar para casa para
salvar o Refúgio das Fadas. “Tinker Bell: Fadas e Piratas” estreia nesta
sexta-feira na Sala 1 do Moviecom, Sala 5 do Cinemark, Sala 2 do Natal Shopping,
e Sala 4 do Norte Shopping. Classificação indicativa livre. Cópias dubladas,
exibição em 2D e 3D. (T. O.: “The Pirate Fairy”)
Estreia 3: “Walt nos Bastidores de Mary Poppins”
No ano em
que “Mary Poppins” completa cinquenta anos de sua estreia, “Walt nos Bastidores
de Mary Poppins” conta como nasceu um dos musicais mais queridos de todos os
tempos. O filme acompanha as duas semanas em que a escritora P. L. Travers
(Emma Thompson) passou em Los Angeles, em 1961, trabalhando como consultora na
criação do roteiro e das músicas da adaptação para o cinema de suas histórias
sobre a babá Mary Poppins. Pressionada pela queda nas vendas de seus livros e o
consequente aperto financeiro, a autora tinha enfim aceitado ceder os direitos
de sua história para Walt Disney (Tom Hanks). A direção é de John Lee Hancock. “Walt nos Bastidores de Mary Poppins” estreia
nesta sexta-feira na Sala 7 do Moviecom, e Salas 3 e 5 do Natal Shopping.
Classificação indicativa dez anos. (T. O.: “Saving Mr Banks”)
Sessão Cine Cult: “Alabama Monroe”
Didier
(Johan Heldenberg), um músico de bluegrass, um legítimo cowboy que mora num
trailer e cuida de uma pequena propriedade rural, é ateu e completamente
apaixonado pela música. Sua vida muda quando conhece Elise (Veerle Baetens),
uma linda e jovem tatuadora, também apaixonada pelo que faz, mas com uma visão
de mundo completamente diferente. Apesar das diferenças, o relacionamento dá
certo e eles têm uma filha, Maybelle (Nell Cattrysse). Aos seis anos a menina
fica gravemente doente e a família se desestabiliza. A direção é de Felix Van
Groeningen. “Alabama Monroe” será exibido na segunda-feira (10/03) e terça-feira
(11/03), na Sala 5 do Cinemark, na sessão de 18h00. Classificação indicativa 14
anos. (T. O.: “The Broken Circle Breakdown”)
Pré-estreia: “Justin e a Espada da Coragem”
Justin
sempre quis ser um cavaleiro, mas seu pai, conselheiro-chefe da Rainha, quer
que o filho siga seus passos e se torne um advogado. Em busca de ajuda, o
garoto procura a avó e descobre que seu avô, Sir Roland, foi o mais nobre
cavaleiro do reino e protetor do Rei, até que ambos foram traídos e mortos pelo
terrível Sir Heraclio. Contra o desejo de seu pai, Justin decide ir em busca de
seu sonho e começa uma jornada para tornar-se cavaleiro. A direção é de Manoel
Sicilia. “Justin e a Espada da Coragem” terá pré-estreia na próxima semana na
Sala 6 do Norte Shopping, na sessão de 14h30. Classificação indicativa livre. Cópias
dubladas. (T. O.: “Justin and the Knights of Valour”)
Filme da Semana: “Walt nos Bastidores de Mary Poppins”
Quem
vê o título “Walt nos Bastidores de Mary Poppins” pode ser levado erroneamente
a crer que se trata de um documentário sobre “Mary Poppins”, este clássico dos
Estúdios Disney que completa agora cinquenta anos de sua estreia. Ledo engano.
O filme traz uma interessante história por trás da história que encantou
milhões de espectadores ao longo de meio século, nas estreias, lançamentos,
reprises e incontáveis versões nas mais diversas mídias.
“Mary
Poppins” foi um produto típico Disney: uma história interessante, muita música,
algumas animações, e a presença da encantadora Julie Andrews, que ganharia o
Oscar e o Globo de Ouro por este papel em 1964. No ano seguinte ela
protagonizaria “A Noviça Rebelde”, que a consagrou mundialmente.
Mas,
muito antes que “Mary Poppins” chegasse às telas, muito esforço precisaria ser
feito. A autora da história original era P. L. Travers, uma escritora
australiana que começou, em 1933, a escrever as aventuras da fantástica babá,
que teria oito livros no total.
O
filme “Walt nos Bastidores de Mary Poppins” traz uma versão romanceada das
semanas em que a escritora (vivida magistralmente por Emma Thompson) passou em
Los Angeles, discutindo o roteiro do filme Mary Poppins com Walt Disney (Tom Hanks)
e sua equipe de roteiristas. Muitas cenas em flashback remetem para a infância
da escritora (Annie Rose Buckley), seu relacionamento com o pai, Travers (Colin
Farrell) e a estranha tia Ellie (Rachel Griffiths), que inspiraria sua famosa
personagem.
Em
1961, Travers vivia um momento difícil em sua vida. Em dificuldades
financeiras, não conseguia publicar um livro desde 1953, e sentia-se
pressionada por Walt Disney a vender os direitos para a filmagem de Mary
Poppins. Muito a contragosto, ela viaja para Los Angeles, para discutir o filme
com Disney.
Os
primeiros contatos parecem conduzir a um desastre total. Ela não queria que o
filme fosse um musical, nem que tivesse animações, e chegou a exigir que não
contivesse a cor vermelha. A verdade é que, a cada coisa que eles cediam, ela
criava uma nova dificuldade.
A
imagem da velha solteirona ranzinza e cabeçuda vai sendo clareada para o
espectador à medida que vamos conhecendo a vida pregressa da escritora. Muito
apegada ao pai, ela tem idade suficiente para perceber como as coisas estão
fugindo ao controle, enquanto o pai envereda pelo caminho do alcoolismo, e a
mãe chega à beira do suicídio.
A
tia Ellie chega para trazer ordem à casa, com seu guarda-chuva com punho de
bico de papagaio e uma valise onde cabe tudo, de jarro com flor e tudo, até
xícara e pires. Só o que a tia Ellie não consegue consertar é a saúde do pai da
menina, muito comprometido pela bebida.
Só
quando Disney consegue perceber o quanto a vida de Travers estava representada
naquela história é que ele consegue tocar seu coração. O título original,
“Saving Mr Banks” tem tudo a ver com o tema principal da história da prodigiosa
babá.
A
atuação de Colin Farrell e Tom Hanks está perfeita, mas realmente é Emma
Thompson que dá vida total à sua personagem. Foi, no mínimo, uma grande
injustiça ela não estar entre as finalistas para o Oscar de Melhor Atriz.
A
recriação de época, tanto do começo do século, quanto dos anos 1960, estão
perfeitas. A montagem intercalada das cenas do passado e atuais permite ao
espectador construir sua ideia da escritora, da velha chata e odiosa a alguém
que foi obrigado a esconder-se atrás de uma couraça rígida para proteger-se do
mundo.
O
filme permite uma visita ao mundo Disney romântico, quando os sonhos do criador
ainda falavam mais alto que o dinheiro, e permitem vislumbrar um pouco da magia
que transformava histórias simples em sonhos de celuloide.
Nos
créditos finais é possível ver algumas fotos reais de P. L. Travers, Walt
Disney e sua equipe, bem como uma gravação de áudio real, que a escritora
exigia que fosse feita a cada reunião de trabalho.
Uma
última recomendação: para os que forem conferir este filme, sugiro antes rever
“Mary Poppins” para entender a grandiosidade que foi este projeto para os
Estúdios Disney. Além de ser uma diversão fantástica.
Livros de cinema:
“Ilha Deserta -
Filmes”
Você
é obrigado a ir para uma ilha deserta e tem direito a levar dez filmes. Quais
escolheria e por quê? No livro, sete apaixonados por cinema apresentam suas
listas particulares dos dez maiores filmes de todos os tempos. O resultado é
uma lista variada de 70 filmes acompanhados pelas melhores razões do mundo para
serem vistos. As indicações são do crítico de cinema Inácio Araújo, dos
cineastas João Moreira Salles e Ugo Giorgetti, do articulista e crítico de
cinema Amir Labaki, idealizador e diretor do festival internacional de
documentários "É Tudo Verdade", do jornalista e escritor Bernardo
Carvalho, da socióloga Isa Grinspum Ferraz, e do crítico e curador Agnaldo Farias.
222 p – Editora Publifolha.
Lançamentos em DVD/Blu-Ray:
“Jogos Vorazes – Em Chamas”
Este é o segundo volume da trilogia
Jogos Vorazes, baseada nos romances de Suzanne Collins. A saga relata a
aventura de Katniss (Jennifer Lawrence), jovem escolhida para participar aos
"jogos vorazes", espécie de reality show em que um adolescente de
cada distrito de Panem, considerado como "tributo", deve lutar com os
demais até que apenas um saia vivo. Neste segundo episódio da série, após a
afronta de Katniss à organização dos jogos, ela deverá enfrentar a forte
represália do governo local, lutando não apenas por sua vida, mas por toda a
população de Panem. O disco traz o filme com tela widescreen anamórfico e Áudio
em Dolby Digital 5.1. (T. O.: “The Hunger Games - Catching Fire”)
“Ender’s Games – O Jogo do Exterminador”
Em um futuro próximo,
extraterrestres hostis atacaram a Terra. Desde então, o coronel Graff (Harrison
Ford) e as forças militares terrestres treinam as crianças desde pequenas, no
intuito de prepará-las para um próximo ataque. Ender Wiggin (Asa Butterfield),
um garoto tímido e brilhante, é selecionado para fazer parte da elite. Na
Escola da Guerra, ele aprende rapidamente a controlar as técnicas de combate,
por causa de seu formidável senso de estratégia. Com isso, logo se torna a
principal esperança das forças militares para encerrar de uma vez por todas com
a ameaça alienígena. Filme com formato de tela widescreen anamórfico e áudio em
Dolby Digital 5.1. (T. O.: “Ender’s Game”)
“À Procura do Amor”
A massagista Eva (Julia
Louis-Dreyfus) é uma mulher divorciada e mãe solteira que teme a partida da sua
filha para a faculdade. Ela logo começa um romance com Albert (James
Gandolfini), um homem engraçado que está vivendo um momento muito parecido com
o seu. Só que esse relacionamento será ameaçado com a chegada de sua nova
cliente, Marianne (Catherine Keener), que é também ex-mulher de Albert. O disco
traz o filme com formato de tela widescreen anamórfico e Áudio em Dolby Digital
5.1. (T. O.: “Enough Said”)
“Gilda”
Johnny Farrell (Glenn Ford) é
promovido a gerente de um famoso clube noturno em Buenos Aires, de propriedade
de um amigo seu. Quando Gilda (Rita Hayworth), a mulher de seu amigo, é
apresentada a Johnny ele a reconhece, pois tiveram um caso no passado. É quando
o antigo amor existente entre os dois é reacendido. Clássico do cinema dirigido
por Charles Vidor. Pelo seu clima sugestivo e roteiro repleto de frases dúbias,
Gilda é considerado um dos filmes mais eróticos já feitos por Hollywood e
bastante ousado para a censura dos anos 40. Filme com tela widescreen
anamórfico e Áudio em Dolby Digital 2.0. (T. O.: “Gilda”)
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