quinta-feira, 18 de julho de 2013

Coluna Claquete – 19 de julho de 2013



Newton Ramalho

 

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O que está em cartaz

Os alunos voltam às aulas, as manifestações diminuem junto com as chuvas. Enquanto isso, nos cinemas, as estréias são a animação “Turbo”, da Dreamworks, a comédia nacional “O Concurso”, e o documentário “Elena”, na Sessão Cine Cult. Na próxima quinta, pré-estreia de “Wolverine: Imortal”. Continuam em cartaz a nova versão do Superman, “Homem de Aço” (vejam na Sessão Filme da Semana), o western “Cavaleiro Solitário”, a animação “Meu Malvado Favorito 2”, o policial “Truque de Mestre”, a ficção-científica “Guerra Mundial Z”, com Brad Pitt, “Universidade Monstros”, e a comédia nacional “Minha Mãe é uma Peça – O Filme”.

 

Estreia 1: “Turbo


Theo é um caracol de jardim, que passa o dia com outros caracóis, colhendo tomates e torcendo para não ser capturado por aves predadoras. Apesar da vida pacata, este jovem animal sonha em se tornar extremamente veloz, como o seu ídolo, o corredor campeão de Indianápolis Guy Gagné. Um dia, no entanto, ele cai acidentalmente dentro do motor de um grande carro de corrida, e um efeito inesperado acontece em seu corpo, fazendo com que ele se torne extremamente veloz. Rebatizado Turbo, o caracol encontra abrigo na casa de Tito, um vendedor de comida mexicana conhecido pelos planos inusitados. Surpreso com a velocidade de Turbo, Tito decide levá-lo à corrida de Indianápolis, para competir com Guy Gagné. A direção é de David Soren. “Turbo” estreia nesta sexta-feira, na Sala 6 do Cinemark, e nas Salas 1 e 6 do Moviecom. Classificação indicativa livre. Cópias dubladas. Exibição em 3D. (T. O.: “Turbo”)

Estreia 2: “O Concurso


Caio (Danton Mello), Rogério Carlos (Fábio Porchat), Bernardinho (Rodrigo Pandolfo) e Freitas (Anderson Di Rizzi) vieram de várias partes do país para o Rio de Janeiro, onde irão fazer a prova para um importante concurso público. Eles se conhecem na cidade maravilhosa, em meio aos estudos, mas logo percebem que apenas têm chances de passar na prova se conseguirem antecipadamente o gabarito. Para tanto eles entram em contato com o submundo, se envolvendo em várias confusões por estarem em uma cidade bem maior do que as que estão acostumados. O elenco conta ainda com Sabrina Sato e Carol Castro. A direção é de Pedro Vasconcelos. “O Concurso” estreia nesta sexta-feira, na Sala 1 do Cinemark, e na Sala 5 do Moviecom. Classificação indicativa 12 anos. (T. O.: “O Concurso”)

Estreia 3: “Elena” – Sessão Cine Cult


Ao viajar para Nova York, Elena segue o sonho de se tornar atriz de cinema e deixa no Brasil uma infância vivida na clandestinidade, devido à ditadura militar implantada no país, e também a irmã mais nova, Petra, de apenas sete anos. Duas décadas depois, Petra, já atriz, embarca para Nova York atrás da irmã. Em sua busca Petra apenas tem algumas pistas, como cartas, diários e filmes caseiros. Ela acaba percorrendo os passos da irmã até encontrá-la em um lugar inesperado. A direção é da própria Petra Costa, que também é a personagem principal. “Elena” será exibido somente na Terça-feira (23/07) e na Quinta-feira (25/07), na Sala 5 do Cinemark, na sessão de 22h10. Classificação indicativa 12 anos. (T. O.: “Elena”)

 

Pré-Estréia: “Wolverine: Imortal


Deprimido devido à morte de Jean Grey (Famke Janssen), Wolverine (Hugh Jackman) vaga por bares e becos, sem grandes motivos para viver. Procurado por um homem que teve sua vida salva por ele décadas atrás, Wolverine viaja ao Japão para vê-lo. Lá recebe uma oferta tentadora: em gratidão por ter salvo sua vida no passado, o homem oferece a Wolverine a possibilidade torná-lo mortal de novo. O herói aceita a oferta, sem imaginar que isto era uma armadilha, e que os vilões Samurai de Prata e Viper estavam apenas aguardando esta oportunidade para matá-lo. A direção é de James Mangold. “Wolverine: Imortal” terá pré-estréia na próxima quinta-feira, nas Salas 6 e 7 do Cinemark, na sessão de meia-noite. Classificação indicativa 14 anos. Cópias dublada e legendada, exibição em 3D. (T. O.: “The Wolverine”)

 

 
Filme da Semana: “Homem de Aço”

Com a recente estréia de “Homem de Aço”, dois grupos antagônicos promoveram gritos e ranger de dentes, uns reclamando que “o filme não é fiel aos quadrinhos” e outros dizendo que é tudo igual. Bem, considerando neste filme Superman aprende a usar a cueca por baixo da calça alguma coisa mudou. Mas, o filme não é direcionado para estes dois grupos, e sim para as novas gerações de espectadores.
Afinal de contas, o que se poderia esperar de um personagem criado no longínquo ano de 1938, e cujo desempenho nos quadrinhos foi alvo de inúmeras mutações, com acréscimo ou retirada de poderes a bel-prazer de seus autores.
O período de maior sucesso, a década de 50, deve-se não só ao sucesso dos quadrinhos, mas, também, ao bem sucedido seriado televisivo “Aventuras do Superman”, levado ao ar de 1951 a 1958, estrelado pelo ator George Reeves, que mantinha uma intensa atividade social fora dos estúdios encarnando o personagem. Reeves foi encontrado morto em 1959, levantando suspeitas se teria sido suicídio ou assassinato. A assunto foi tema do filme “Hollywoodland – Bastidores da Fama”, onde ele foi interpretado por Ben Affleck.
Nos cinemas, além do filme “Superman and the Mole-Men”, com o mesmo George Reeves, em 1951, o herói só voltaria com força em 1978, com “Super-Homem”, estrelado por Christopher Reeve e dirigido por Richard Donner. Fez muito sucesso, e teve quatro continuações: “Super-Homem II”, em 1980, “Super-Homem III”, em 1983, “Super-Homem IV”, em 1987 e “Super-Homem - O Retorno”, em 2006, este último estrelado por Brandon Routh. Christopher Reeve também teve um destino trágico, ficando tetraplégico após uma queda de cavalo em 1995, vindo a falecer em 2004.
Assim como os fãs dos anos 50 consideravam George Reeves a face do Superman da TV, os dos anos 80 associaram Cristopher Reeve como a encarnação do herói nos cinemas, o que explica um pouco a rejeição ao filme de 2006.
Neste meio tempo, além da contínua produção dos quadrinhos, o herói também mereceu dois seriados televisivos, “Lois & Clark: The New Adventures of Superman” (1993 a 1996) e “Smalville” (2001 a 2011), mostrando a vida adolescente do Superman, e sua adaptação aos superpoderes e a descoberta de sua verdadeira origem.
O filme atual, “Homem de Aço”, ignora olimpicamente os filmes anteriores, sendo o que se diz em informatiquês, um reboot do herói nos cinemas. O diretor Zack Snyder, de “300”, “Watchmen” e “Madrugada dos Mortos”, dirigiu “Homem de Aço”, que teve a produção de Christopher Nolan, e roteiro de David S. Goyer.
Snyder optou por recontar do início a história do Superman, incluindo um prólogo sobre os acontecimentos em Krypton que motivaram o envio do bebê para o espaço. Uma civilização antiga e poderosa, os kryptonianos haviam dominado o espaço, criando inúmeras colônias, e abandonando-as, posteriormente. Talvez a Terra tivesse sido uma delas, isso explicaria a semelhança física entre os habitantes dos dois mundos.
A reprodução natural não é mais permitida, e um banco de dados contém as informações genéticas de todos os habitantes dos planetas, que são gerados artificialmente. Jor-El (Russel Crowe), um cientista que luta para salvar o planeta e sua própria civilização esbarra no conservadorismo dos governantes, e na belicosidade do general Zod (Michael Shannon), que dá um golpe de estado, mas é preso e condenado à Zona Fantasma, uma prisão em outra dimensão.
Jor-El consegue enviar o pequeno Kal-El em uma nave rumo à Terra, prevendo que o Sol amarelo do nosso sistema daria poderes especiais ao garoto. Enquanto a criança viaja para o espaço, o planeta Krypton explode, matando todos os habitantes. A mesma explosão que destruiu o planeta libertou os condenados da Zona Fantasma, que decidem encontrar Kal-El.
Já na Terra, Kal-El é encontrado por um casal de fazendeiros, Jonathan (Kevin Costner) e Martha Kent (Diane Lane), que o adotam com o nome de Clark. À medida que vai crescendo, o menino percebe que é diferente dos outros, o que lhe causa muitos problemas.
Quando os pais adotivos revelam a sua origem extraterrestre, Clark parte em busca de respostas, encontrando-as muito tempo depois em uma nave espacial muito antiga, enterrada no gelo no norte do Canadá. A descoberta é compartilhada com Lois Lane (Amy Adams), a bisbilhoteira repórter do jornal Planeta Diário, de Metrópolis. Mesmo afirmando ter presenciado o uso de artefatos extraterrestres, ninguém acredita nela.
Aos poucos vamos tomando conhecimento da grandeza dos pais adotivos de Clark, que souberam educá-lo para dedicar seus poderes para o bem da Humanidade, embora alertando-o para esperar o momento certo. Jonathan sacrifica sua própria vida para que Clark continue mantendo seu segredo.
O momento chega junto com Zed e os últimos kryptonitas, que vem em busca de vingança e dos segredos genéticos que Jor-El guardou no corpo do próprio filho, antes de enviá-lo para a Terra.
A Terra enfrentará sua hora mais perigosa quando Zed decide transformá-la em um mundo semelhante a Krypton – mesmo que isto implique na destruição de toda a vida humana! A única esperança reside naquele que prefere manter-se do lado daqueles que o adotaram: Superman.
A opção por refazer a história do Superman certamente deve ter irritado os fãs dos quadrinhos, ou mesmo dos filmes de Christopher Reeve. Mas, a história foi recontada preenchendo-se lacunas e adaptando o herói aos tempos atuais.
Não deixam de estar presentes as referências religiosas, como a idade dele, 33 anos, o pai enviando o filho para salvar um mundo inferior, ele mesmo entregando-se aos inimigos para salvar a Humanidade, etc.. A filosofia do filme que parece ter se dado mais atenção é que alguém dedica-se ao Bem quando recebe a orientação necessária, como foi o caso dos pais adotivos de Clark.
Tecnicamente o filme usa o melhor dos efeitos especiais, principalmente na fase final, com o embate entre Superman e Zod, embora, pessoalmente, eu tenha achado muito arrastado este epílogo.
É bem possível que venham algumas sequências deste filme, já que a intenção não é a de resgatar os antigos fãs, mas de concorrer com os heróis da geração atual. Para quem gosta de filmes repletos de ação, sem preocupação com a verossimilhança, é só esperar pelos próximos.



Eventos

Sessão Cine Solar
 
Nesta sexta-feira, 19, às 19h, acontece uma nova edição da Sessão Cine Solar, parceria do Cineclube Natal com o Centro de Cultura e Lazer Solar Bela Vista (SESI-RN). Serão exibidos o curta-metragem “Pegadas de Zila”, um ensaio onírico e audiovisual sobre a poesia de Zila Mamede, e “São Bernardo”, de Leon Hirszman. Adaptação perfeita do livro homônimo de Graciliano Ramos, o filme conta a história de um homem obcecado pelo desejo de riqueza, não tendo olhos para mais nada, nem para a mulher com quem se casou. Trilha sonora de Caetano Veloso. Após a exibição, debate com o cinéfilo Gianfranco Marchi. Entrada gratuita.


Lançamentos em DVD/Blu-Ray

“Oz, Mágico e Poderoso”
 
Oscar Diggs (James Franco) trabalha como mágico em um circo itinerante, é bastante egoísta, mas é seu envolvimento com mulheres que o acaba levando para uma mágica aventura na Terra de Oz. Chegando lá, ele conhece a bruxa Theodora (Mila Kunis), que o apresentar para a irmã Evanora (Rachel Weisz). Acreditando que estaria fazendo um bem para a população local, ele decide enfrentar a bruxa Glinda (Michelle Williams), mas descobre que ela não é a pessoa maligna que o informaram. Dividido entre saber quem é do bem e quem é do mau, Oscar se depara com um lugar rico em belezas, cheio de riquezas, estranhas criaturas e muitos mistérios. Vivendo este conflito, o ilusionista vai usar sua criatividade para salvar o tranquilo povo de Oz das garras de um poderoso inimigo. Para isso, contará com a inusitada ajuda de Finley, o macaco alado, e uma menina de porcelana. O disco traz o filme com formato de tela widescreen anamórfico e áudio em DD 5.1. (T.O.: “Oz: The Great and Powerful”).

“Anna Karennina”

Século XIX. Anna Karenina (Keira Knightley) é casada com Alexei Karenin (Jude Law), um rico funcionário do governo. Ao viajar para consolar a cunhada, que vive uma crise no casamento devido à infidelidade do marido, ela conhece o conde Vronsky (Aaron Johnson), que passa a cortejá-la. Apesar da atração que sente, Anna o repele e decide voltar para sua cidade. Entretanto, Vronsky a encontra na estação do trem, onde confessa seu amor. Anna resolve se separar de Karenin, só que o marido se recusa a lhe conceder o divórcio e ainda a impede de ver o filho deles. Baseado no romance homônimo de León Tolstoi. A direção é de Joe Wright. Disco com formato de tela widescreen e áudio DD 5.1. (T. O.: “Anna Karennina”)

“O Último Elvis”

O cantor Carlos Gutiérrez (John McInerny) é cover de Elvis e sempre viveu a vida do grande astro do rock como se fosse ele próprio reencarnado, negando a si mesmo. Só que ele se aproxima da idade que Elvis tinha ao morrer, e seu futuro se mostra vazio. Uma situação inesperada acaba por obrigá-lo a cuidar da sua filha Lisa Marie (Margarita Lopez), uma menina pequena que ele quase não vê. Nos dias em que fica com ela, Carlos experimenta ser realmente um pai e Lisa aprende a aceitá-lo como tal. Mas, o destino lhe apresenta uma difícil decisão: em uma viagem de loucura e música, Carlos deverá escolher entre seu sonho de ser Elvis e sua família. O disco traz o filme com formato de tela widescreen e áudio Dolby Digital 5.1. (T. O.: “El Último Elvis”)

“2 Dias em Nova York”

Marion (Julie Delpy) é um francesa sediada em Nova York, onde vive com Mingus (Chris Rock), os dois filhos que tiveram em outros relacionamentos e um gato. O casal está totalmente apaixonado! Marion é uma fotógrafa e prepara sua exposição, enquanto que Mingus é um jornalista de rádio. A rotina dos dois é abalada com a chegada da família de Marion. Seu pai, sua irmã e seu namorado visitam a cidade para a abertura da exposição da moça. O disco traz o filme com formato de tela widescreen e áudio Dolby Digital 5.1. (T. O.: “2 Days in New York”)

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