Newton Ramalho
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O que está em cartaz
Os alunos voltam às aulas, as manifestações diminuem junto com as chuvas.
Enquanto isso, nos cinemas, as estréias são a animação “Turbo”, da Dreamworks,
a comédia nacional “O Concurso”, e o documentário “Elena”, na Sessão Cine Cult.
Na próxima quinta, pré-estreia de “Wolverine: Imortal”. Continuam em cartaz a nova
versão do Superman, “Homem de Aço” (vejam na Sessão Filme da Semana), o western
“Cavaleiro Solitário”, a animação “Meu Malvado Favorito 2”, o policial “Truque de
Mestre”, a ficção-científica “Guerra Mundial Z”, com Brad Pitt, “Universidade
Monstros”, e a comédia nacional “Minha Mãe é uma Peça – O Filme”.
Estreia 1: “Turbo”
Theo é um
caracol de jardim, que passa o dia com outros caracóis, colhendo tomates e
torcendo para não ser capturado por aves predadoras. Apesar da vida pacata,
este jovem animal sonha em se tornar extremamente veloz, como o seu ídolo, o
corredor campeão de Indianápolis Guy Gagné. Um dia, no entanto, ele cai acidentalmente
dentro do motor de um grande carro de corrida, e um efeito inesperado acontece
em seu corpo, fazendo com que ele se torne extremamente veloz. Rebatizado
Turbo, o caracol encontra abrigo na casa de Tito, um vendedor de comida
mexicana conhecido pelos planos inusitados. Surpreso com a velocidade de Turbo,
Tito decide levá-lo à corrida de Indianápolis, para competir com Guy Gagné. A
direção é de David Soren. “Turbo” estreia nesta sexta-feira, na Sala 6 do
Cinemark, e nas Salas 1 e 6 do Moviecom. Classificação indicativa livre. Cópias
dubladas. Exibição em 3D. (T. O.: “Turbo”)
Estreia 2: “O Concurso”
Caio
(Danton Mello), Rogério Carlos (Fábio Porchat), Bernardinho (Rodrigo Pandolfo)
e Freitas (Anderson Di Rizzi) vieram de várias partes do país para o Rio de
Janeiro, onde irão fazer a prova para um importante concurso público. Eles se
conhecem na cidade maravilhosa, em meio aos estudos, mas logo percebem que
apenas têm chances de passar na prova se conseguirem antecipadamente o
gabarito. Para tanto eles entram em contato com o submundo, se envolvendo em
várias confusões por estarem em uma cidade bem maior do que as que estão
acostumados. O elenco conta ainda com Sabrina Sato e Carol Castro. A direção é
de Pedro Vasconcelos. “O Concurso” estreia nesta sexta-feira, na Sala 1 do
Cinemark, e na Sala 5 do Moviecom. Classificação
indicativa 12 anos. (T. O.: “O Concurso”)
Estreia 3: “Elena” – Sessão Cine Cult
Ao viajar
para Nova York, Elena segue o sonho de se tornar atriz de cinema e deixa no
Brasil uma infância vivida na clandestinidade, devido à ditadura militar
implantada no país, e também a irmã mais nova, Petra, de apenas sete anos. Duas
décadas depois, Petra, já atriz, embarca para Nova York atrás da irmã. Em sua
busca Petra apenas tem algumas pistas, como cartas, diários e filmes caseiros.
Ela acaba percorrendo os passos da irmã até encontrá-la em um lugar inesperado.
A direção é da própria Petra Costa, que também é a personagem principal. “Elena”
será exibido somente na Terça-feira (23/07) e na Quinta-feira (25/07), na Sala
5 do Cinemark, na sessão de 22h10. Classificação indicativa 12 anos. (T. O.: “Elena”)
Pré-Estréia: “Wolverine: Imortal”
Deprimido
devido à morte de Jean Grey (Famke Janssen), Wolverine (Hugh Jackman) vaga por
bares e becos, sem grandes motivos para viver. Procurado por um homem que teve
sua vida salva por ele décadas atrás, Wolverine viaja ao Japão para vê-lo. Lá
recebe uma oferta tentadora: em gratidão por ter salvo sua vida no passado, o
homem oferece a Wolverine a possibilidade torná-lo mortal de novo. O herói
aceita a oferta, sem imaginar que isto era uma armadilha, e que os vilões
Samurai de Prata e Viper estavam apenas aguardando esta oportunidade para
matá-lo. A direção é de James Mangold. “Wolverine: Imortal” terá pré-estréia na
próxima quinta-feira, nas Salas 6 e 7 do Cinemark, na sessão de meia-noite.
Classificação indicativa 14 anos. Cópias dublada e legendada, exibição em 3D.
(T. O.: “The Wolverine”)
Filme da Semana: “Homem de Aço”
Com
a recente estréia de “Homem de Aço”, dois grupos antagônicos promoveram gritos
e ranger de dentes, uns reclamando que “o filme não é fiel aos quadrinhos” e
outros dizendo que é tudo igual. Bem, considerando neste filme Superman aprende
a usar a cueca por baixo da calça alguma coisa mudou. Mas, o filme não é
direcionado para estes dois grupos, e sim para as novas gerações de
espectadores.
Afinal
de contas, o que se poderia esperar de um personagem criado no longínquo ano de
1938, e cujo desempenho nos quadrinhos foi alvo de inúmeras mutações, com
acréscimo ou retirada de poderes a bel-prazer de seus autores.
O
período de maior sucesso, a década de 50, deve-se não só ao sucesso dos
quadrinhos, mas, também, ao bem sucedido seriado televisivo “Aventuras do
Superman”, levado ao ar de 1951
a 1958, estrelado pelo ator George Reeves, que mantinha
uma intensa atividade social fora dos estúdios encarnando o personagem. Reeves
foi encontrado morto em 1959, levantando suspeitas se teria sido suicídio ou
assassinato. A assunto foi tema do filme “Hollywoodland – Bastidores da Fama”,
onde ele foi interpretado por Ben Affleck.
Nos
cinemas, além do filme “Superman and the Mole-Men”, com o mesmo George Reeves,
em 1951, o herói só voltaria com força em 1978, com “Super-Homem”, estrelado
por Christopher Reeve e dirigido por Richard Donner. Fez muito sucesso, e teve
quatro continuações: “Super-Homem II”, em 1980, “Super-Homem III”, em 1983,
“Super-Homem IV”, em 1987 e “Super-Homem - O Retorno”, em 2006, este último
estrelado por Brandon Routh. Christopher Reeve também teve um destino trágico,
ficando tetraplégico após uma queda de cavalo em 1995, vindo a falecer em 2004.
Assim
como os fãs dos anos 50 consideravam George Reeves a face do Superman da TV, os
dos anos 80 associaram Cristopher Reeve como a encarnação do herói nos cinemas,
o que explica um pouco a rejeição ao filme de 2006.
Neste
meio tempo, além da contínua produção dos quadrinhos, o herói também mereceu
dois seriados televisivos, “Lois & Clark: The New Adventures of Superman” (1993 a 1996) e “Smalville” (2001 a 2011), mostrando a
vida adolescente do Superman, e sua adaptação aos superpoderes e a descoberta
de sua verdadeira origem.
O
filme atual, “Homem de Aço”, ignora olimpicamente os filmes anteriores, sendo o
que se diz em informatiquês, um reboot do herói nos cinemas. O diretor Zack
Snyder, de “300”,
“Watchmen” e “Madrugada dos Mortos”, dirigiu “Homem de Aço”, que teve a
produção de Christopher Nolan, e roteiro de David S. Goyer.
Snyder
optou por recontar do início a história do Superman, incluindo um prólogo sobre
os acontecimentos em Krypton que motivaram o envio do bebê para o espaço. Uma
civilização antiga e poderosa, os kryptonianos haviam dominado o espaço,
criando inúmeras colônias, e abandonando-as, posteriormente. Talvez a Terra
tivesse sido uma delas, isso explicaria a semelhança física entre os habitantes
dos dois mundos.
A
reprodução natural não é mais permitida, e um banco de dados contém as
informações genéticas de todos os habitantes dos planetas, que são gerados
artificialmente. Jor-El (Russel Crowe), um cientista que luta para salvar o
planeta e sua própria civilização esbarra no conservadorismo dos governantes, e
na belicosidade do general Zod (Michael Shannon), que dá um golpe de estado,
mas é preso e condenado à Zona Fantasma, uma prisão em outra dimensão.
Jor-El
consegue enviar o pequeno Kal-El em uma nave rumo à Terra, prevendo que o Sol
amarelo do nosso sistema daria poderes especiais ao garoto. Enquanto a criança
viaja para o espaço, o planeta Krypton explode, matando todos os habitantes. A
mesma explosão que destruiu o planeta libertou os condenados da Zona Fantasma,
que decidem encontrar Kal-El.
Já
na Terra, Kal-El é encontrado por um casal de fazendeiros, Jonathan (Kevin
Costner) e Martha Kent (Diane Lane), que o adotam com o nome de Clark. À medida
que vai crescendo, o menino percebe que é diferente dos outros, o que lhe causa
muitos problemas.
Quando
os pais adotivos revelam a sua origem extraterrestre, Clark parte em busca de
respostas, encontrando-as muito tempo depois em uma nave espacial muito antiga,
enterrada no gelo no norte do Canadá. A descoberta é compartilhada com Lois
Lane (Amy Adams), a bisbilhoteira repórter do jornal Planeta Diário, de
Metrópolis. Mesmo afirmando ter presenciado o uso de artefatos extraterrestres,
ninguém acredita nela.
Aos
poucos vamos tomando conhecimento da grandeza dos pais adotivos de Clark, que
souberam educá-lo para dedicar seus poderes para o bem da Humanidade, embora
alertando-o para esperar o momento certo. Jonathan sacrifica sua própria vida
para que Clark continue mantendo seu segredo.
O
momento chega junto com Zed e os últimos kryptonitas, que vem em busca de
vingança e dos segredos genéticos que Jor-El guardou no corpo do próprio filho,
antes de enviá-lo para a Terra.
A
Terra enfrentará sua hora mais perigosa quando Zed decide transformá-la em um
mundo semelhante a Krypton – mesmo que isto implique na destruição de toda a
vida humana! A única esperança reside naquele que prefere manter-se do lado
daqueles que o adotaram: Superman.
A
opção por refazer a história do Superman certamente deve ter irritado os fãs
dos quadrinhos, ou mesmo dos filmes de Christopher Reeve. Mas, a história foi
recontada preenchendo-se lacunas e adaptando o herói aos tempos atuais.
Não
deixam de estar presentes as referências religiosas, como a idade dele, 33
anos, o pai enviando o filho para salvar um mundo inferior, ele mesmo
entregando-se aos inimigos para salvar a Humanidade, etc.. A filosofia do filme
que parece ter se dado mais atenção é que alguém dedica-se ao Bem quando recebe
a orientação necessária, como foi o caso dos pais adotivos de Clark.
Tecnicamente
o filme usa o melhor dos efeitos especiais, principalmente na fase final, com o
embate entre Superman e Zod, embora, pessoalmente, eu tenha achado muito arrastado
este epílogo.
É
bem possível que venham algumas sequências deste filme, já que a intenção não é
a de resgatar os antigos fãs, mas de concorrer com os heróis da geração atual.
Para quem gosta de filmes repletos de ação, sem preocupação com a verossimilhança,
é só esperar pelos próximos.
Eventos
Sessão Cine Solar
Nesta
sexta-feira, 19, às 19h, acontece uma nova edição da Sessão Cine Solar,
parceria do Cineclube Natal com o Centro de Cultura e Lazer Solar Bela Vista
(SESI-RN). Serão exibidos o curta-metragem “Pegadas de Zila”, um ensaio onírico
e audiovisual sobre a poesia de Zila Mamede, e “São Bernardo”, de Leon
Hirszman. Adaptação perfeita do livro homônimo de Graciliano Ramos, o filme
conta a história de um homem obcecado pelo desejo de riqueza, não tendo olhos
para mais nada, nem para a mulher com quem se casou. Trilha sonora de Caetano
Veloso. Após a exibição, debate com o cinéfilo Gianfranco Marchi. Entrada
gratuita.
Lançamentos em
DVD/Blu-Ray
“Oz, Mágico e
Poderoso”
Oscar
Diggs (James Franco) trabalha como mágico em um circo itinerante, é bastante
egoísta, mas é seu envolvimento com mulheres que o acaba levando para uma
mágica aventura na Terra de Oz. Chegando lá, ele conhece a bruxa Theodora (Mila
Kunis), que o apresentar para a irmã Evanora (Rachel Weisz). Acreditando que
estaria fazendo um bem para a população local, ele decide enfrentar a bruxa
Glinda (Michelle Williams), mas descobre que ela não é a pessoa maligna que o
informaram. Dividido entre saber quem é do bem e quem é do mau, Oscar se depara
com um lugar rico em belezas, cheio de riquezas, estranhas criaturas e muitos
mistérios. Vivendo este conflito, o ilusionista vai usar sua criatividade para
salvar o tranquilo povo de Oz das garras de um poderoso inimigo. Para isso,
contará com a inusitada ajuda de Finley, o macaco alado, e uma menina de
porcelana. O disco traz o filme com formato de tela widescreen anamórfico e
áudio em DD 5.1. (T.O.:
“Oz: The Great and Powerful”).
“Anna Karennina”
Século XIX. Anna
Karenina (Keira Knightley) é casada com Alexei Karenin (Jude Law), um rico
funcionário do governo. Ao viajar para consolar a cunhada, que vive uma crise
no casamento devido à infidelidade do marido, ela conhece o conde Vronsky
(Aaron Johnson), que passa a cortejá-la. Apesar da atração que sente, Anna o
repele e decide voltar para sua cidade. Entretanto, Vronsky a encontra na
estação do trem, onde confessa seu amor. Anna resolve se separar de Karenin, só
que o marido se recusa a lhe conceder o divórcio e ainda a impede de ver o filho
deles. Baseado no romance homônimo de León Tolstoi. A direção é de Joe Wright. Disco
com formato de tela widescreen e áudio DD 5.1. (T. O.: “Anna Karennina”)
“O Último Elvis”
O
cantor Carlos Gutiérrez (John McInerny) é cover de Elvis e sempre viveu a vida
do grande astro do rock como se fosse ele próprio reencarnado, negando a si
mesmo. Só que ele se aproxima da idade que Elvis tinha ao morrer, e seu futuro
se mostra vazio. Uma situação inesperada acaba por obrigá-lo a cuidar da sua
filha Lisa Marie (Margarita Lopez), uma menina pequena que ele quase não vê.
Nos dias em que fica com ela, Carlos experimenta ser realmente um pai e Lisa
aprende a aceitá-lo como tal. Mas, o destino lhe apresenta uma difícil decisão:
em uma viagem de loucura e música, Carlos deverá escolher entre seu sonho de
ser Elvis e sua família. O disco traz o filme com formato de tela widescreen e
áudio Dolby Digital 5.1. (T. O.: “El Último Elvis”)
“2
Dias em Nova York”
Marion
(Julie Delpy) é um francesa sediada em Nova York, onde vive com Mingus (Chris
Rock), os dois filhos que tiveram em outros relacionamentos e um gato. O casal
está totalmente apaixonado! Marion é uma fotógrafa e prepara sua exposição,
enquanto que Mingus é um jornalista de rádio. A rotina dos dois é abalada com a
chegada da família de Marion. Seu pai, sua irmã e seu namorado visitam a cidade
para a abertura da exposição da moça. O disco traz o filme com formato de tela
widescreen e áudio Dolby Digital 5.1. (T. O.: “2 Days in New York”)
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