quinta-feira, 11 de julho de 2013

Coluna Claquete – 12 de julho de 2013


Newton Ramalho

 

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O que está em cartaz

Mais chuvas, mais manifestações, mais acidentes, julho está muito repetitivo. Enquanto isso, nos cinemas, as estréias são a nova versão do Superman, “Homem de Aço”, o western “Cavaleiro Solitário”, com Armie Hammer e Johnny Depp, e a animação “Turbo”. Continuam em cartaz a animação “Meu Malvado Favorito 2”, o policial “Truque de Mestre”, a ficção-científica “Guerra Mundial Z”, com Brad Pitt, , a animação “Universidade Monstros”, e a comédia nacional “Minha Mãe é uma Peça – O Filme”. Nas programações exclusivas, o Cinemark mantém o drama espanhol “Depois de Lúcia”, na Sessão Cine Cult.

 

Estreia 1: “Homem de Aço


Nascido em Krypton, o pequeno Kal-El viveu pouco tempo em seu planeta natal. Percebendo que o planeta estava prestes a entrar em colapso, seu pai (Russell Crowe) o envia ainda bebê em uma nave espacial, rumo ao planeta Terra. Ao chegar ele é criado por Jonathan (Kevin Costner) e Martha Kent (Diane Lane), que passam a chamá-lo de Clark. Com o tempo ele demonstra ter uma força descomunal, o que amedronta seus pais. Eles pedem que ele jamais demonstre seus poderes, já que nem todos conseguirão compreendê-lo por ser diferente das demais pessoas. Ao crescer, Clark (Henry Cavill) se torna uma pessoa isolada e frustrada. Em meio aos seus problemas emocionais, ele resolve usar seus poderes para ajudar a humanidade e se torna o Super-Homem. A direção é de Zack Snyder. “Homem de Aço” estreia nesta sexta-feira, na Sala 2 do Cinemark, e nas Salas 1 e 6 do Moviecom. Classificação indicativa 12 anos. Cópias dubladas e legendadas. Exibição em 2D e 3D. (T. O.: “Man of Steel”)

Estreia 2: “Cavaleiro Solitário


Colby, Texas, 1869. John Reid (Armie Hammer) é um advogado que acaba de retornar à sua cidade-natal, disposto a cumprir a justiça ao pé da letra, levando os criminosos ao tribunal. Ao acompanhar o irmão e outros Texas Rangers em uma patrulha pelo deserto, o grupo é atacado pelos capangas de Butch Cavendish (William Fichtner). Todos são assassinados, com exceção de John, que fica à beira da morte. O índio Tonto (Johnny Depp) o encontra e, ao perceber que um cavalo branco escolhe John, passa a ajudá-lo. Tonto acredita que John foi escolhido por um mensageiro espiritual e que, como voltou da morte, não pode mais ser morto. A partir de então John passa a usar uma máscara e, ao lado de Tonto, faz de tudo para reencontrar Cavendish. A direção é de Gore Verbinski. “Cavaleiro Solitário” estreia nesta sexta-feira, na Sala 5 do Cinemark (legendado), e na Sala 7 do Moviecom (dublado). Classificação indicativa 14 anos. (T. O.: “The Lone Ranger”)

 Pré-Estréia 3: “Turbo


Turbo é um caracol que sonha em se tornar um astro das corridas. Sua obsessão com velocidade o faz sentir como um peixe fora d'água na lenta comunidade dos caracóis. Mas Turbo não quer se conformar. Então, um acidente que envolve uma queda no motor de um carro transforma misteriosamente a devagar vida desse caracol em um extraordinária aventura que vai contra qualquer destino que Turbo achava que estava fadado a viver: correr contra os melhores pilotos na Indianapolis 500. A direção é de David Soren. “Turbo” terá pré-estréia a partir desta sexta-feira, na Sala 2 do Cinemark, na sessão de 10h30. Classificação indicativa livre. Cópia dublada, exibição em 3D. (T. O.: “Turbo”)

 


Especial: O filme dublado chega ao paraíso

Quando eu era menino pequeno, não em Barbacena, mas em Santa Rita, na Paraíba, televisão era um bicho tão raro quanto dinheiro folgado na carteira do trabalhador. Em compensação, cinema era algo barato e disponível, que merecia o slogan “Cinema é a melhor diversão”.
O curioso daquela época é que a esmagadora maioria dos filmes era legendado. As raras exceções eram os filmes infantis ou alguns épicos famosos como “Os Dez Mandamentos” e “Ben-Hur”.
Mais curioso ainda é que com uma população predominantemente analfabeta, os cinemas tinham uma boa freqüência, chegando a lotar nos finais de semana. E devo salientar que as salas eram enormes, não eram como as minúsculas salas multiplex atuais.
Com o passar do tempo, a televisão conquistou seu espaço, invadindo praticamente todas as residências, e impondo um novo padrão de programas, novelas e exibição de filmes, praticamente todos dublados.
Com a decadência dos cinemas, e uma programação nem sempre atualizada (quem era fã da Sessão da Tarde sempre via filmes repetidos, com vinte anos de idade – e os da madrugada eram mais velhos ainda), o amante do cinema viu com ardor a chegada do videocassete, que prometia ver filmes recentes, sem comerciais, e na hora que se quisesse.
Claro que isso exigia um equipamento caro – o videocassete. Meu primeiro aparelho, “importabandeado” da Zona Franca de Manaus, custou o equivalente a mil dólares no início dos anos 80, uma pequena fortuna na época.
Logo descobri que o caminho do céu era cheio de dificuldades. As fitas vinham de origem legendadas ou dubladas, e já por diversas razões, eram estas últimas a maioria do acervo das videolocadoras.
Muitas pessoas preferiram aderir às recentes televisões por assinatura, que por serem pagas pressupunha-se que teriam uma programação voltada para um público mais seleto, teoricamente mais culto, para o qual o uso de legenda não era impeditivo, e até um incentivo pelo áudio original.
Isso pode ter sido verdade por certo tempo, mas, apesar dos esforços neoliberais, os últimos anos tem sido marcados pelo acesso de uma nova classe consumidora aos itens de consumo antes privativos da classe média.
De acordo com uma pesquisa do instituto Datafolha realizada para o Sindicato dos Distribuidores Cinematográficos do Rio de Janeiro, no ano passado, com entrevistados que têm o hábito de ver filmes estrangeiros na TV paga, 56% dos entrevistados preferiam assistir o filme dublado em português, contra 35% dos adeptos do som original. A maioria dos canais que exibem filmes já optou pela exibição dublada, para atender esse contingente de espectadores. Os outros? Bem, os outros se virem com DVD e Blu-Ray.
É curioso que isto aconteça quando temos um índice de alfabetização muito maior do que quando eu era menino, mas, isso não parece ser a causa mais importante. Além da grande massa da nova Classe C que aderiu aos canais de assinatura não estar habituada às fugazes e irrequietas legendas, após anos e anos assistindo pacificamente os filmes dublados na TV aberta, há toda uma geração de adolescentes, muitos deles oriundos de classe média e alunos de colégios particulares que também dão preferência aos filmes com som em português.
Essa mesma geração, que não desgruda dos celulares e escreve “naum” e “kd vc”, só lê um livro se for para fazer algum trabalho escolar – e mesmo assim ainda deixa o livro de lado se existir o filme. Afinal de contas, ler as mensagens do Facebook já cansa, ninguém é de ferro. Ainda bem que o Instagram é só imagens...
Claro que existem muitos jovens que lêem, principalmente incentivados pelos livros de Harry Potter e mais recentemente, Game of Thrones, que não encontram dificuldades em ler legendas escutando o áudio original. Mas, infelizmente, sou obrigado a aceitar que estes representam uma minoria. Valorosa, mas, ainda assim, minoria.
É importante que se diga, porém, que não estou fazendo juízo de valor. Este é o retrato de nossa realidade, e devemos aceitá-lo, assim como creio que, ainda no curso de minha vida, vou encontrar em alguma gramática oficial que “pra mim fazer” tornou-se uma expressão aceita, já que a imensa maioria da população fala assim.
 Em muitos países da Europa, como Alemanha e França, a dublagem de filmes e programas estrangeiros é o que predomina. Porém, nesses mesmos países é comum os jovens estudarem línguas estrangeiras e possuírem um nível cultural invejável. Não me importo que todos os filmes da televisão sejam dublados, só espero que não desçamos ao patamar dos americanos, que acham que o inglês é a única língua do universo.


Lançamentos em DVD/Blu-Ray

“Tudo o Que Desejamos”
 
Claire (Marie Gillain) é uma jovem juiza num tribunal da cidade de Lyon, na França. Ao julgar o caso de uma seguradora contra Céline (Amandine Dewasmes), uma endividada mãe solteira, ela encontra em Stéphane (Vincent Lindon), um juiz experiente, o apoio necessário em sua luta contra as empresas que abusam dos clientes e facilitam o endividamento. Além das afinidades ideológicas, sentimentos diferentes nascem entre os dois, principalmente quando Claire descobre ser portadora de uma doença incurável.  O disco traz o filme com formato de tela widescreen anamórfico e áudio em DD 5.1. (T.O.: “Toutes nos envies”).

“A Vida de Outra Mulher”

Marie (Juliette Binoche) tem 40 anos de idade, mas quando ela acorda, um dia, ela acredita ter apenas 25 anos. 15 anos de sua vida se apagaram de sua memória. Ela acorda no início de uma longa história de amor, que na verdade acaba de terminar. Entre os transtornos desta nova realidade, ela terá apenas quatro dias para reconquistar Paul (Mathieu Kassovitz), o homem de sua vida. A direção é de Sylvie Testud. Disco com formato de tela widescreen e áudio DD 5.1. (T. O.: “La Vie d’une Autre”)

“De Coração Aberto”

Mila (Juliette Binoche) e Javier (Edgar Ramírez) estão casados há dez anos. Eles formam um casal feliz, unido pela convivência e pela profissão - ambos são cirurgiões cardíacos. No entanto, quando Mila descobre que está grávida, algo que os dois não haviam planejado, começam a surgir os primeiros problemas do casal, intensificados pelo alcoolismo de Javier, e sua conseqüente perda do emprego. A direção é de Marion Laine.  O disco traz o filme com formato de tela widescreen e áudio Dolby Digital 5.1. (T. O.: “À Coeur Ouvert”)

“Rebecca, a Mulher Inesquecível”

Uma jovem de origem humilde (Joan Fontaine) se casa com um riquíssimo nobre inglês (Laurence Olivier), que ainda vive atormentado por lembranças de sua falecida esposa. Após o casamento e já morando na mansão do marido, ela vai gradativamente descobrindo surpreendentes segredos sobre o passado dele. “Rebecca, a Mulher Inesquecível” foi o primeiro filme rodado pelo diretor Alfred Hitchcock em Hollywood e foi também o único dirigido por ele que ganhou o Oscar de Melhor Filme.  O disco traz o filme com formato de tela widescreen e áudio Dolby Digital 5.1. (T. O.: “Rebecca”)

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