Newton Ramalho
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O que está em cartaz
Quem não vai sair de
Virgem, de Quenga ou nos Cão da Redinha, vale à pena conferir as estreias no
feriadão de Momo. As estreias do final de semana são o drama “O Voo”, com
Denzel Washington, a animação “As Aventuras de Tadeo Jones”, o terrir “Meu
Namorado é um Zumbi”, e o nacional “Tainá – A Origem”. Continuam em cartaz a
comédia “Inatividade Paranormal”, o épico “Lincoln” de Steven Spielberg, e a aventura “João e Maria: Caçadores de
Bruxas”. Nas programações exclusivas, o Cinemark exibe o drama “O Lado Bom da
Vida”, “Django Livre”, a animação da Disney “Detona Ralph”, a comédia nacional
“De Pernas Pro Ar 2” ,
e o drama argentino “Elefante Branco”, na Sessão Cine Cult, enquanto o Moviecom
mantém o policial “Caça aos Gângsteres”
(vejam na Sessão Filme da Semana), e o musical “Os Miseráveis”.
Estreia 1: “O Voo”
Whip (Denzel Washington)
é um piloto de aviação comercial que, com a queda iminente de um avião, assume
o comando e consegue salvá-lo com uma manobra considerada impossível. Logo ele
se torna um herói nacional, mas uma investigação interna revela que ele estava
voando sob o efeito de drogas e álcool. Tendo consciência disto, Whip não se
sente bem com todas as homenagens que recebe, por não se considerar merecedor
delas. A direção é de Robert Zemeckis. “O Voo” estreia nesta sexta-feira, na Sala
4 do Moviecom. Classificação indicativa 14
anos. (T. O.: “Flight”)
Estreia 2: “As Aventuras de Tadeo Jones”
Tadeo é um trabalhador
simples, mas de espírito aventureiro e sonhador, que vive em Chicago. Um dia,
ele é confundido com um arqueólogo bastante conhecido e, por causa disto, é
enviado para uma expedição no Peru. Lá ele precisa enfrentar uma organização
criminosa que, especializada em roubar tesouros, deseja agora saquear uma
mítica cidade inca que acaba de ser descoberta. Para impedir que isto aconteça,
Tadeo conta com a ajuda de seu fiel cachorro Jeff, a professora de arqueologia
Sara e o guia Freddy. A direção é de Enrique Gato. “As Aventuras de Tadeo Jones”
estreia nesta sexta-feira, na Sala 6 do Moviecom. Classificação
indicativa livre. Exibição em 3D. Cópia dublada. (T. O.: “Las Aventuras de
Tadeo Jones”)
Estreia 3: “Meu Namorado é um Zumbi”
Em um cenário
pós-apocalíptico, o zumbi R (Nicholas Hoult) passa por uma crise existencial, e
ao conhecer uma humana chamada Julie (Teresa Palmer), uma de suas vítimas, ele
acaba se interessando amorosamente por ela, causando uma mutação em seu próprio
estado de morto-vivo. O problema é que este relacionamento acaba gerando uma
reação em cadeia em outros mortos-vivos, mas o general Grigio (John Malkovich)
não está interessado neste tipo de mudança, e sim no total extermínio da ameaça
zumbi. A direção é de Jonathan Levine. “Meu Namorado é um Zumbi” estreia nesta
sexta-feira, na Sala 5 do Cinemark, e na Sala 1 do Moviecom. Classificação indicativa dez anos. (T. O.: “Warm
Bodies”)
Estreia 4: “Tainá – A Origem”
A floresta amazônica é invadida por piratas da
biodiversidade e a jovem índia Maya (Mayara Bentes) acaba tornando-se vitima
dos bandidos, deixando órfã a bebê Tainá. A criança é abrigada entre as raízes
de uma Grande Árvore e salva pelo velho e solitário pajé Tigê (Gracindo Jr),
que passa a cuidar dela e só a devolve para seu povo cinco anos depois, quando
será escolhido o novo líder defensor da natureza. Por ser menina, Tainá (Wiranú Tembé) é impedida de se apresentar,
mas pela herança da mãe, a última das guerreiras, e com o apoio da esperta
menina da cidade Laurinha (Beatriz Noskoski) e do índio nerd Gobi (Igor Ozzy),
a indiazinha resolve encarar os malfeitores, desvendando o mistério de sua
própria origem. A direção é de Rosane Svartman. “Tainá – A Origem” estreia nesta
sexta-feira, na Sala 7 do Cinemark, e na Sala 5 do Moviecom. Classificação
indicativa dez anos. (T. O.: “Tainá – A Origem”)
Filme da Semana:
“Caça aos Gângsteres”
Quando fui assistir “Caça aos Gangsteres”,
imaginava tratar-se de um filme policial comum, envolvendo a luta contra o
crime organizado. Na verdade, o filme traz uma visão romanceada da luta de um
grupo especial da polícia de Los Angeles contra um vilão real, Mickey Cohen,
vivido magistralmente por Sean Penn.
O ano é 1949, e o mundo se refaz da
Segunda Guerra Mundial. Homens como John O’Mara (Josh Brolin) e Jerry Wooters
(Ryan Gosling) lutaram contra os alemães na Europa, e hoje estão na polícia de
Los Angeles, assistindo preocupados o crescimento incessante do crime
organizado, com a conivência das autoridades e de muitos policiais.
O homem por trás de tudo é Mickey
Cohen, um judeu nova-iorquino que se instalou no Oeste e decide ser o dono do
crime organizado na região, desafiando mesmo a poderosa Máfia do Leste.
Pouquíssimas pessoas ousam
enfrentar os homens de Cohen, que tem políticos, juízes e policiais à sua
disposição. Um dos poucos que não aceita essa situação é John O’Mara, um
policial honesto e durão, que estoura um ponto de prostituição de Cohen.
Este ato solitário, que não causa
prejuízos ao bandido, chama a atenção de Bill Parker (Nick Nolte), o chefe da
polícia de Los Angeles, que encarrega O’Mara de uma missão: criar um grupo
secreto para sabotar as atividades de Cohen, usando todos os meios possíveis,
legais ou não.
Seguindo o conselho da mulher,
Connie (Mireille Enos), O’Mara procura os policiais indisciplinados, que são
exatamente os que não aceitam a conivência com os bandidos. Assim, ele reúne um
grupo exótico, composto por um policial negro, Coleman (Anthony Mackie), um
mexicano, Navidad (Michael Peña), um velho caubói, Max Kennard (Robert
Patrick), e o protótipo de um nerd, o tímido Keeler (Giovanni Ribisi). O’Mara
convida também Wooters, mas este só decide juntar-se ao grupo após presenciar a
morte de um jovem engraxate.
O grupo procura sabotar os negócios
de Cohen, mas, comete algumas trapalhadas, fazendo Cohen imaginar tratar-se de
um grupo rival. Mas, ele logo percebe que é um grupo diferente, o que desperta
toda sua fúria, principalmente quando descobre que Wooters mantinha um caso com
sua amante Grace (Emma Stone).
Se o leitor achou a trama parecida
com a de “Os Intocáveis”, não errou muito. Poderíamos até dizer que é uma
mistura deste filme com “Los Angeles – Cidade Proibida”, o que não denigre o
filme atual.
O ponto alto deste filme, tanto a
figura histórica, quanto a representação artística, é sem dúvida o gângster
Mickey Cohen. Sean Penn incorporou realmente o personagem, mantendo um delicado
equilíbrio entre a representação da maldade sem cair no ridículo dos vilões de
opereta.
Na vida real, o gângster nascido
numa região pobre de Nova York entrou para o mundo do crime muito cedo, teve
uma breve passagem pelo boxe profissional, mas foi exercendo sua frieza como
homem da Máfia que conseguiu subir na organização, indo estender suas
ramificações no Oeste, ao lado do conhecido Bugsy Siegel. Bugsy e Cohen já
haviam sido mostrados no filme “Bugsy”, de 1991, quando foram vividos por
Warren Beatty e Harvey Keitel, respectivamente.
Cohen era uma celebridade em Los
Angeles, vivia cercado de aspirantes a atrizes, e de vez em quando prestava
favores a estrelas como Frank Sinatra ou Judy Garland. Ao contrário do que é
mostrado no filme, ele foi preso por sonegação de impostos, como Capone, e
morreu de causas naturais aos 62 anos, em 1976.
Deixando a realidade à parte, “Caça
aos Gangsteres” é um policial dos bons, como perseguições, tiros e explosões,
além das tradicionais cenas onde os oponentes se enfrentam “no braço”, como nos
velhos filmes de gangsteres do Corujão da Madrugada. Confiram.
(Título original: “Gangster Squad”)
Lançamentos em DVD/Blu-Ray
“Frankenweenie”
Depois de perder, inesperadamente,
seu adorado cão Sparky, o jovem Victor Frankenstein (Charlie Tahan) usa o poder
da ciência para trazer de volta à vida seu melhor amigo - com apenas alguns
pequenos ajustes. Ele tenta esconder sua criação feita à mão, mas, quando
Sparky sai, os colegas de sala de Victor, seus professores e toda a cidade
aprendem que tentar “dominar a vida” pode ser algo monstruoso. Com direção de
Tim Burton, o filme traz ainda Winona Ryder, Martin Short, Martin Landau, e
Christopher Lee no elenco. Disco com formato de tela widescreen e áudio DD 5.1,
e, como extras, Exibindo Frankenweenie, e Videoclipe Pet Sematary com Plain
White T's. (T. O.: “Frankenweenie”)
“Hotel Transilvânia”
Em um fim de semana especial,
Drácula (Adam Sandler) convida para seu luxuoso resort cinco estacas alguns dos
mais famosos monstros do mundo - Frankenstein (Kevin James) e sua esposa, a
Múmia, o Homem-Invisível, uma família de lobisomens e outros mais -, para
comemorar o aniversário de 118 anos de sua filha Mavis (Selena Gomez). Para
ele, reunir todos estes monstros legendários não é problema, mas seus planos
podem ir por água abaixo quando um rapaz comum aparece no hotel e coloca os
olhos em Mavis. O disco traz o filme com formato de tela widescreen e áudio
Dolby Digital 5.1. (T.O.: “Hotel
Transylvania”).
“A Presa”
Nathan (Grégoire Colin) está em um
retiro rural para uma reunião de família. Claire (Bérénice Bejo), sua esposa,
precisa anunciar sua gravidez e há decisões difíceis a serem tomadas para evitar
que o negócio da família vá à falência. Mas, na primeira noite em que eles se
reúnem, um cervo aparece misteriosamente e ataca o pai de Claire. Os homens
decidem se aventurar na floresta ao redor da casa para encontrar as possíveis
razões para o comportamento estranho do animal. Carregando uma espingarda, pela
primeira vez em sua vida e vivenciando as tensões crescentes entre os homens da
família, Nathan logo descobre que a temporada de caça ainda não acabou. Agora,
eles se tornaram a presa. O disco traz o filme com formato de tela widescreen e
áudio em DD 5.1. (T.O.: “La Traque”).
“Reds”
Um pouco antes da Primeira Guerra
Mundial John Reed (Warren Beatty), um jornalista americano, conhece Louise
Bryant (Diane Keaton), uma mulher casada, que larga o marido para ficar com
Reed e se torna uma importante feminista. Eles se envolvem em disputas
políticas e trabalhistas nos Estados Unidos, e vão para a Rússia a tempo de
participarem da Revolução de outubro de 1917, quando os comunistas assumiram o
poder. Este acontecimento inspira o casal, que volta aos Estados Unidos
esperando liderar uma revolução semelhante. Indicado a doze Oscars, o épico histórico
conquistou as estatuetas de melhor direção (Warren Beatty), atriz coadjuvante
(Maureen Stapleton) e fotografia. (T.O.: “Reds”).
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