quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Coluna Claquete – 28 de dezembro de 2012


Newton Ramalho


 


colunaclaquete@gmail.comwww.colunaclaquete.blogspot.com  - @colunaclaquete


 


O que está em cartaz


Chegamos ao final de 2012, um ano com ameaças fantasiosas e outras tristemente reais. Mas, a esperança de dias melhores sempre é bem-vinda. Neste final de semana a única estreia é a comédia nacional “De Pernas Pro Ar 2”, com Ingrid Guimarães, e a pré-estreia da animação da Disney “Detona Ralph”. Continuam em cartaz “As Aventuras de Pi” (vejam na Sessão Filme da Semana), de Ang Lee, o drama “O Impossível”, com Naomi Watts e Ewan McGregor, a fantasia “O Hobbit: Uma Jornada Inesperada”, de Peter Jackson, a animação “A Origem dos Guardiões”, e a comédia nacional “Os Penetras”. Nas programações exclusivas, o Cinemark exibe “Cosmópolis”, de David Cronenberg, na Sessão Cine Cult, enquanto o Moviecom mantém a “Saga Crepúsculo: Amanhecer – Parte 2”. No mais, desejo um feliz e próspero 2013 a todos os meus queridos leitores!

 

Estreia 1: “De Pernas Pro Ar 2



Alice (Ingrid Guimarães) agora é uma empresária bem-sucedida, que continua trabalhando muito, mas, sem deixar de lado o prazer sexual. Ela está bastante atarefada devido à abertura da primeira filial de sua sex shop em Nova York, ao lado da sócia Marcela (Maria Paula). Seu grande objetivo é levar para a América um produto erótico inédito, o que faz com que ela fique bastante estressada. Até que, durante a festa de comemoração pela 100ª loja SexDelícia no Brasil, Alice tem um surto devido ao excesso de trabalho. Ela é internada em um spa comandado pela rígida Regina (Alice Borges), onde conhece várias pessoas que buscam controlar suas obsessões e ansiedades. Sequência de “De Pernas pro Ar” (2010). A direção é de Roberto Santucci. “De Pernas Pro Ar 2” estreia nesta sexta-feira, nas Salas 1 e 2 do Cinemark, e nas Salas 3 e 4 do Moviecom. Classificação indicativa 12 anos. (T. O.: “De Pernas Pro Ar 2”)


Pré-Estreia: “Detona Ralph

Ralph (Tiago Abravanel) é o vilão de Conserta Félix Jr., um popular jogo de fliperama que está completando 30 anos. Apesar de cumprir suas tarefas à perfeição, Ralph gostaria de receber uma atenção maior de Felix Jr. (Rafael Cortez) e os demais habitantes do jogo, que nunca o convidam para festas e nem mesmo o tratam bem. Para provar que merece tamanha atenção, ele promete que voltará ao jogo com uma medalha de herói no peito, no intuito de mostrar seu valor. É o início da peregrinação de Ralph por outros jogos, em busca de um meio de obter sua sonhada medalha. Obra dos Estúdios Disney. A direção é de Rich Moore. “Detona Ralph” terá pré-estreia a partir desta sexta-feira, na Sala 3 do Cinemark (14h50 e 17h10), e nas Salas 1 (17h00) e 6 (15h20) do Moviecom. Classificação indicativa livre. (T. O.: “Wreck-It Ralph”)



Filme da Semana: “As Aventuras de Pi”


Apesar de outros títulos significativos, o ano de 2012 foi fechado com um dos filmes mais surpreendentes dos últimos tempos, a jornada onírica “As Aventuras de Pi”, do diretor taiwanês Ang Lee, autor de obras tão diversas quanto “O Tigre e o Dragão” ou “Brokeback Mountain”.

Suas características pessoais são extremamente marcantes em seus filmes, o que já fica bem evidente nos primeiros minutos de “As Aventuras de Pi”, com as belíssimas e desconcertantes imagens que definem a identidade do narrador.

A história é narrada por Pi adulto (Irrfan Khan), um indiano que vive na parte francesa do Canadá. Ele conversa com um escritor (Rafe Spall) que vive uma crise criativa, e que um amigo comum encaminhou, dizendo que ao final ele teria mais que um livro.

A vida de Pi sempre foi incomum. O seu nome verdadeiro, Piscine Molitor Patel, fora dado em homenagem a uma piscina francesa onde um amigo da família nadara. O problema é que o som “piscine” remetia a um termo chulo, o que colocou o garoto em uma péssima situação na escola. A sua estratégia foi adotar o apelido Pi, e conhecer tudo sobre o famoso número irracional, de modo a poder adotá-lo. 

Quando criança, Pi sofria a influência da mãe (Tabu), uma hinduísta fervorosa, contrabalançada pelo pai (Adil Hussain), um racionalista pé-no-chão, que não acreditava nas religiões. Inquieto, o garoto procurou outros caminhos, como o cristianismo e o islamismo. Esse ecumenismo pessoal só tinha espaço na conservadora Índia por ele pertencer a um lar culto, e de pais inteligentes.

O pai criara um zoológico particular na antiga parte francesa da Índia. Contudo, com a saída dos europeus e posterior perda de apoio do governo local, a solução foi vender os animais para zoológicos no exterior, e a família emigrar para o Canadá.

Para o adolescente Pi (Suraj Sharma) foi um choque, não apenas a perda do seu mundo, mas, do nascente amor por Anandi (Shravanthi Sainath), a bela estudante de dança que ele conhecera ao substituir o professor de música.

Assim, a família embarcou em um navio cargueiro rumo ao seu novo país. Durante uma tempestade no meio do oceano Pacífico, o navio naufragou, e Pi sobreviveu em um bote, com quatro estranhos companheiros, uma hiena, um orangotango, uma zebra, e um poderoso tigre de Bengala cujo nome era Richard Parker.

Tentando ele próprio sobreviver, Pi testemunha os outros animais se matarem, restando finalmente ele e o tigre dentro de um minúsculo bote. Os dias e as noites se sucedem, e Pi busca estratégias para sobreviver, chegando à mais louca de todas as conclusões: para que ele sobreviva, o tigre precisa estar bem alimentado.

A jornada é marcada por estranhos encontros, com medusas e baleias, tubarões e peixes-voadores, enquanto o jovem busca preservar a vida e a própria sanidade. O encontro de uma ilha repleta de suricatos e água doce revela-se uma armadilha mortal, da qual eles são obrigados a escapar.

Quando, finalmente, ele chega à costa mexicana, e é resgatado, ninguém consegue acreditar em uma aventura tão fantasiosa. Como poderia um ser humano sobreviver tantos dias em companhia de uma fera selvagem? Outra versão é aventada pelo próprio Pi, mas, o que seria mais verdadeiro, a convivência com um animal selvagem ou com a selvageria do próprio homem?

“As Aventuras de Pi” não é um filme para uma leitura direta, sendo muito mais uma obra repleta de simbolismos, de uma interessante mistura de conceitos religiosos e da própria condição humana. Talvez haja mais sugestões de perguntas do que de respostas, cabendo ao espectador formular as suas próprias.

O filme é um espetáculo visual e sonoro, que deve ter sido bem aproveitado nas exibições em 3D, já que muitas cenas exploravam essa sensação de profundidade. A exemplo dos outros filmes de Ang Lee, a trilha sonora e as paisagens são atordoantes, ficando difícil de distinguir o que era real e o que foi criado em computador.

“As Aventuras de Pi” é baseado em um livro homônimo escrito por Iann Martel, a quem jornais de vários países acusaram de ter roubado ideias do romance “Max e os Felinos”, escrito pelo brasileiro Moacyr Scliar, morto ano passado. Publicado em 1981, o livro de Scliar conta a história de Max, garoto alemão que, após um naufrágio, se vê confinado a um pequeno barco com um jaguar. Na introdução de seu livro, Martel reconhece que se inspirou na ideia de Scliar.

Polêmicas à parte, “As Aventuras de Pi” é um dos melhores momentos do cinema do ano de 2012, embora não vá agradar a todos os públicos. Mas, se você pertence ao grupo de corações e mentes abertas, não deixe de conferir esta preciosidade.

Título original: “Life of Pi”




Lançamentos em DVD/Blu-Ray


“O Grande Ditador”


Em meio a Segunda Grande Guerra Mundial, judeus estavam sendo massacrados pelo preconceito alemão. Chaplin, genialmente, interpreta os dois protagonistas desta história: o ditador Adenoid Hynkel e o barbeiro Judeu. Irônico e atrevido como Chaplin, este filme causou a sua expulsão dos EUA, mas criou também uma obra-prima única, que foi indicada a cinco OSCARS e com uma das melhores mensagens antiguerra já transmitidas ao homem. Disco com formato de tela standard e áudio em PCM Stereo 2.0, e, como extras, Filmagens de Chaplin, Rei Rainha Coringa, Charles o Barbeiro, Filmografia de Chaplin e de Paulette Goddard. (T. O.: “The Great Dictator”)


“O Caçador”


O filme é baseado no livro de Julia Leigh, e acompanha Marty (Willen Dafoe), um mercenário enviado da Europa para a Tasmânia por uma empresa de biotecnologia anônima para caçar o último tigre-da-Tasmânia que existe. Ele estabelece a sua base numa casa de campo onde habita uma família cujo pai das crianças desapareceu misteriosamente. Habitualmente um solitário, Martin começa a aproximar-se da família dia após dia. No entanto, à medida que essa ligação cresce, Martin é arrastado para uma série de perigos inesperados que irão complicar a sua missão. O disco traz o filme com formato de tela widescreen e áudio Dolby Digital 5.1.  (T.O.: “The Hunter”).


“Billi Pig”


A aspirante a atriz Marivalda (Grazi Massafera), seu marido Wanderley (Selton Mello), um corretor de seguros falido, e um falso padre fazem de tudo para se dar bem na vida. Quando descobrem que o chefe do tráfico no morro tem uma filha muito doente, prometem que irão salvá-la. Uma grande recompensa em dinheiro está em jogo e agora todos terão que correr atrás do milagre prometido. No meio disto tudo, o porco de brinquedo e de estimação de Marivalda passa a falar com ela, como se fosse um grande conselheiro, advertindo sobre as trapaças e confusões que o marido não para de arranjar. O disco traz o filme com formato de tela widescreen e áudio em DTS-HD MA 5.1. (T.O.: “Billi Pig”).


“Amarga Esperança”

 

Nos anos 30, o jovem Bowie e outros dois comparsas fogem de uma prisão no Mississipi. Bowie sonha em fugir com sua namorada e ter uma vida tranquila. Mas é convencido pelos companheiros a continuar no crime. E a polícia está em seu encalço... Com direção inovadora de Ray, Amarga Esperança é um lírico e melancólico romance noir que serviu de inspiração para Terra de Ninguém, Bonnie e Clyde, entre outros road movies sobre casais em fuga. O disco traz o filme com formato de tela standard e áudio DD  5.1, e, como extras, Filme Um retrato de Nicholas Ray (43 min.), Lembranças de Farley Granger (11 min.), e  Vida e obra de Nicholas Ray. (T.O.: “They Live by Night”).



Film de la semaine: «L'odyssée de Pi»

Bien que d'autres titres importants, l'année 2012 a été fermé avec l'un des films les plus étonnants de ces dernières années, le voyage onirique «L'odyssée de Pi» du realisateur taiwanais Ang Lee, auteur d'ouvrages aussi divers que «Tigre et Dragon» ou «Le Secret de Brokeback Mountain».
Ses caractéristiques personnelles sont extrêmement marcantes dans ses films, ce qui est déjà évident dans les premières minutes de «L'odyssée de Pi», avec les belles et déconcertantes images qui définissent l'identité du narrateur.
L'histoire est racontée par l'adulte Pi (Irrfan Khan), un Indien qui vit dans la partie française du Canada. Il parle avec un écrivain (Rafe Spall) qui vit une crise de créativité, et qu'un ami commun a envoyé, en disant qu'en fin de compte il aurait plus qu'un livre.
La vie de Pi a toujours été extraodrdinaire. Son vrai nom, Piscine Molitor Patel, a été donné en l'honneur d'une piscine française où un ami de la famille avait nagé one fois. Le problème est que le son «piscine» a remété a une gros mot, qui metait l'enfant dans une mauvaise situation à l'école. Sa stratégie consistait à adopter le sobriquet de Pi, et tout savoir sur le fameux numéro irrationnel, en vue de son adoption. 
Comme un enfant, Pi a grandi sur l'influence de la mère (Tabu), une dévote hindoue, contrebalancée par son père (Adil Hussain), un rationaliste terre-à-terre, qui ne croyait pas dans les religions. Inquiet, le garçon a tenté d'autres voies, telles que le christianisme et l'islam. Ce personnel œcuménisme seulement avait de place dans la conservateur Inde parce que il appartenait à une culte maison, et avec parents intelligents.
Le père avait créé un zoo privé dans l'ancienne partie française de l'Inde. Toutefois, avec le départ des Européens et la perte subséquente de soutien du gouvernement local, la solution consistait à vendre les animaux des zoos à l'étranger, et la famille a émigré au Canada.
Pour l'adolescent Pi (Suraj Sharma) a été un choc, non seulement la perte de son monde, mais l'amour naissant pour Anandi (Shravanthi Sainath), une étudiante de danse qu'il a rencontré lors du remplacement d'un professeur de musique.
Ainsi, la famille a embarqué dans un navire cargo en direction de leur nouveau pays. Lors d'une tempête au milieu de l'océan Pacifique, le navire a coulé, et Pi survécu dans un bateau avec quatre étrangers compagnons: une hyène, un orang-outan, une zèbre et un puissant tigre-de-Bengale, dont le nom était Richard Parker.
Essayent il même de survivre, Pi a été temoin de les animaux s'entre-tuer, laissant enfin le Tigre et lui dans un petit bateau. Les jours et les nuits suivantes, Pi cherchait des stratégies pour la survie, en arrivent à le plus fou de tous les concluions: pour lui survivre, le tigre doit être bien nourri.
La journée a été marquée par d'étranges rencontres avec des méduses et des baleines, des requins et des poissons volants, tandis que le jeune cherchait à préserver sa vie et sa santé mentale. La découverte d'une île remplie de suricates et d'eau douce révèle être une piège mortel dont ils sont contraints de fuir.
Quand il a finalement atteintait la côte mexicaine, et a été sauvé, personne ne peut croire à une telle fantaisie d'aventure. Comment pourrait un homme de survivre plusieurs jours en compagnie d'une bête sauvage? Une autre version a été suggéré par Pi, qu'est-ce que pourrait être plus vrai, vivre avec un animal sauvage ou avec la sauvagerie de l'homme lui-même?
«L'odyssée de Pi» n'est pas un film pour une lecture directe, étant essentiellement un travail plein de symbolisme, un mélange intéressant de concepts religieux et de la condition humaine. Peut-être il ya plus de suggestions de questions que de réponses, laissant les spectateurs à les faire eux-mêmes.
Le film est un spectacle visuel et sonore qui doit avoir été bien utilisé dans les vues 3D, depuis de nombreuses scènes exploitent cette impression de profondeur. Comme les autres films de Ang Lee, la bande sonore et les paysages sont superbes, ce qui rend difficile de distinguer ce qui est réel et ce qui a été créé sur l'ordinateur.
«L'odyssée de Pi» est basé sur un livre homonyme écrit par Iann Martel, dont les journaux de plusieurs pays l'accusent d'avoir volé des idées du roman «Max et les felins», écrit par le Brésilien Moacyr Scliar, décédé l'an dernier. Publié en 1981, le livre de Scliar raconte l'histoire de Max, un jeune garçon allemand qui, après un naufrage, se retrouve confiné à un petit bateau avec un jaguar. Dans l'introduction de son livre, Martel reconnaît que l'idée a été inspirée par Scliar.
Polémiques à part, «L'odyssée de Pi» est l'un des meilleurs moments de films de l'année 2012, bien que ne plaira pas à tous les publics. Mais si vous appartenez au groupe des cœurs et des esprits ouverts, ne manquez pas ce petit bijou.
Titre original: «Life of Pi»



Movie of the Week: "Life of Pi"

Although other significant titles, the year 2012 was closed with one of the most amazing movies of recent times, a dreamlike journey "Life of Pi" by Taiwanese director Ang Lee, author of works as diverse as "Crouching Tiger, Hidden Dragon" or "Brokeback Mountain."
His personal characteristics are extremely impressive in his films, which is already evident in the first few minutes of "Life of Pi", with the beautiful and disconcerting images that define the identity of the narrator.
The story is narrated by adult Pi (Irrfan Khan), an Indian who lives in the French part of Canada. He talks with a writer (Rafe Spall) who lives a creative crisis, and that a mutual friend sent, saying that, in the end, he would have more than a book.
The life of Pi was always unusual. His real name, Piscine Molitor Patel, was given in honor of a French swimming pool where a family friend had swum. The problem is that the word "piscine" sounded like a pimp term, which put the kid in a bad situation at school. His strategy was to adopt the nickname Pi, and know everything about the famous irrational number, in order to adopt it. 
As a child, Pi suffered the influence of his mother (Tabu), a devout Hindu, counterbalanced by her father (Adil Hussain), a rationalist down-to-earth, who did not believe in religions. Restless, the boy tried other ways, such as Christianity and Islam. This personal ecumenism only had space in conservative India because he belonged to a cult home, with intelligent parents.
The father had created a private zoo in the former French part of India. However, with the departure of Europeans and subsequent loss of support from local government, the solution was to sell the animals to foreign zoos, and the family emigrated to Canada.
To the adolescent Pi (Suraj Sharma) was a shock, not only by the loss of his world, but the nascent love for Anandi (Shravanthi Sainath), a beautiful dance student that he had met while replacing a music teacher.
Thus, the family boarded a freighter heading to their new country. During a storm in the middle of the Pacific Ocean, the ship sank, and Pi survived in a boat with four strangers companions: a hyena, an orangutan, a zebra, and a powerful Bengal tiger whose name was Richard Parker.
Trying to survive, Pi witnessed the animals kill each other, finally resting him and the tiger in a tiny boat. The days and nights succeeding, Pi searched strategies for survival, reaching the craziest of all conclusions: for him to survive, the tiger must be well fed.
The journey is marked by strange encounters with jellyfishes and whales, sharks and flying fishes, while the young man seeks to preserve his own life and sanity. The finding of an island filled with meerkats and freshwater reveals to be a deadly trap from which they are forced to escape.
When he finally reaches the Mexican coast, and is rescued, no one can believe in such fantasious adventure. How could a human survive many days in the company of a wild beast? Another version is suggested by Pi, but what could be more true, the coexistence with a wild animal or the savagery of man itself?
"Life of Pi" is not a movie for a direct reading, being more a work full of symbolism, an interesting mix of religious concepts and the human condition. Maybe there are more suggestions of questions than answers, leaving the viewer to make their owns.
The film is a visual and sonore spectacle that must have been well used in 3D views, since many scenes exploited this sense of depth. Like the other films of Ang Lee, the soundtrack and the landscapes are stunning, making it difficult to distinguish what was real and what was created on computer.
"Life of Pi" is based on an homonymous book written by Iann Martel, whom newspapers in several countries accused of stealing ideas from the novel "Max and the felines" written by Brazilian Moacyr Scliar, who died last year. Published in 1981, Scliar's book tells the story of Max, a German boy who, after a shipwreck, finds himself confined to a small boat with a jaguar. In the introduction to his book, Martel acknowledges that was inspired by Scliar idea .
Controversies aside, "Life of Pi" is one of the best movie moments of the year 2012, but will not please all audiences. But if you belong to the group of open hearts and minds, do not miss this jewel.
Original Title: "Life of Pi"



Película de la Semana: "Una Aventura Extraordinaria"

Aunque otros títulos importantes, el año 2012 se cerró con una de las películas más espectaculares de los últimos tiempos, un viaje de ensueño "Una Aventura Extraordinaria", del director taiwanés Ang Lee, autor de obras tan diversas como "El Tigre y el Dragón" o "Secreto en la Montaña".
Sus características personales son muy marcantes en sus películas, que ya es evidente en los primeros minutos de "Una Aventura Extraordinaria", con las bellas y desconcertantes imágenes que definen la identidad del narrador.
La historia es narrada por un Pi adulto (Irrfan Khan), un hindú que vive en la parte francesa de Canadá. Él habla con un escritor (Rafe Spall), que vive una crisis creativa, y que un amigo mutuo ha enviado, diciendo que, al final, él iría a tener más que un libro.
La vida de Pi fue siempre excepcional. Su nombre real, Piscine Molitor Patel, fue dado en homenaje a una piscina francesa, donde un amigo de la familia había nadado. El problema es que el sonido "piscine" hacía referencia a una palabra obscena, que ponía al niño en una situación mala en la escuela. Su estrategia consistió en adoptar el apodo de Pi, y saber todo sobre el famoso número irracional, con el fin de adoptarlo. 
Cuando era niño, Pi sufrió la influencia de su madre (Tabu), una devota hindú, contrapesada por su padre (Adil Hussain), un racionalista con los pies en la tierra, que no creía en las religiones. Inquieto, el muchacho intentó otras vías, como el cristianismo y el Islam. Este ecumenismo personal sólo había espacio en la conservadora India, por pertenecer a un hogar culto, y con padres inteligentes.
El padre había creado un zoológico privado en la antigua parte francesa de la India. Sin embargo, con la salida de los europeos y la consiguiente pérdida de apoyo del gobierno local, la solución ha sido vender los animales para zoológicos en el extranjero, y la familia emigrar a Canadá.
Para el adolescente Pi (Suraj Sharma) fue un choque, no sólo la pérdida de su mundo, pero el amor naciente por Anandi (Shravanthi Sainath), una hermosa estudiante de la danza, que él conoció al sustituir un profesor de música.
Así, la familia embarcó en un carguero rumbo a su nuevo país. Durante una tormenta en el medio del Océano Pacífico, el barco se hundió, y Pi sobrevivió en un bote con cuatro extraños compañeros: una hiena, un orangután, una cebra y un potente tigre de Bengala, que se llamaba Richard Parker.
Tratando de sobrevivir, Pi ha sido testigo de los animales se mataren entre sí, dejando a él y al Tigre, en un pequeño bote. Los días y las noches siguientes, Pi buscó estrategias para la supervivencia, alcanzando la más loca de todas las conclusiones: para él sobrevivir, el tigre tiene que estar bien alimentado.
El viaje ha sido marcado por encuentros extraños con medusas y ballenas, tiburones y peces voladores, mientras que el joven busca preservar su vida y su sanidad. El hallazgo de una isla llena de suricatos y el agua dulce revela ser una trampa mortal de la que se ven obligados a escapar.
Cuando, por fin, él llega a la costa mexicana, y es rescatado, nadie puede creer en semejante aventura fantástica. ¿Cómo puede un ser humano sobrevivir varios días en compañía de un animal salvaje? Otra versión es sugerida por Pi, pero ¿qué podía ser más verdadero, vivir con un animal salvaje o con el salvajismo del hombre?
"Una Aventura Extraordinaria" no es una película para la lectura directa, siendo en gran medida una obra llena de simbolismo, una interesante mezcla de conceptos religiosos y de la condición humana. Tal vez haya más preguntas que respuestas, para dejar al espectador a tomar sus propias.
La película es un espectáculo visual y auditivo que debe haber sido bien utilizado en las vistas 3D, ya que muchas escenas aprovechan esta sensación de profundidad. Al igual que las otras películas de Ang Lee, la banda sonora y los paisajes son impresionantes, lo que hace difícil distinguir lo que es real y lo que se ha creado en el ordenador.
"Una Aventura Extraordinaria" se basa en un libro del mismo nombre escrito por Iann Martel, a quien los periódicos en varios países han acusado ​​de robar las ideas de la novela "Max y los felinos", escrito por el brasileño Moacyr Scliar, que murió el año pasado. Publicado en 1981, el libro de Scliar cuenta la historia de Max, un niño alemán que, tras un naufragio, se encuentra confinado en una pequeña embarcación con un jaguar. En la introducción de su libro, Martel reconoce que ha sido inspirada en la idea de Scliar.
Controversias aparte, "Una Aventura Extraordinaria" es uno de los mejores momentos de las películas del año de 2012, pero no será de interés para todos los públicos. Sin embargo, si usted pertenece al grupo de los corazones y mentes abiertas, no te pierdas esta joya.
Título original: "Life of Pi"


Nenhum comentário: