quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Coluna Claquete – 16 de novembro de 2012




Newton Ramalho

 

colunaclaquete@gmail.comwww.colunaclaquete.blogspot.com  - @colunaclaquete

 

O que está em cartaz

Vampiros e lobisomens potiguares, preparem-se para a batalha! Finalmente chegou a última parte da saga “Crepúsculo: Amanhecer – Parte 2”, com Robert Pattinson, Kristen Stewart e Taylor Lautner. Continuam em cartaz o thriller “Argo” (vejam na Sessão Filme da Semana), de Ben Affleck, “007 – Operação Skyfall”, “Gonzaga de Pai Para Filho”, e “Até Que a Sorte nos Separe”. Nas programações exclusivas, o Cinemark exibe “Diário de um Banana 3”, “Atividade Paranormal 4”, e o drama nacional “Corações Sujos” na Sessão Cine Cult, enquanto o Moviecom mantém o drama “Magic Mike”, o terror “A Possessão”, e a animação “O Mar Não Está Pra Peixe 2”.

 

Estreia 1: “A Saga Crepúsculo: Amanhecer - Parte 2


Para salvar Bella (Kristen Stewart) da morte certa, Edward (Robert Pattinson) a transforma em vampira. A moça desperta para a nova vida já tendo más notícias, pois ao saber do nascimento de Renesmee (Mackenzie Foy), filha de Bella e Edward, os poderosos Volturi, liderados pelo patriarca Aro (Michael Sheen), decidem destruir os Cullen. Reunindo aliados tão improváveis quanto os lobos liderados por Jake (Taylor Lautner) quanto vampiros do Amazonas e de outras cercanias, uma batalha épica terá lugar, com poucas possibilidades de sobreviventes de ambos os lados. É nesse momento em que os poderes de todos serão necessários, inclusive a estranha capacidade de Bella de ter a mente protegida – proteção essa que será a arma secreta contra o exército dos Volturi. Quarto e último filme da saga Crepúsculo, de autoria da escritora Stephenie Meyer. A direção é de Bill Condon. “A Saga Crepúsculo: Amanhecer – Parte 2” estreia nesta sexta-feira, nas Salas 1, 2 e 6 do Cinemark, e nas Salas 4, 6 e 7 do Moviecom. Classificação indicativa 12 anos. Cópias dubladas e legendadas. (T. O.: “The Twilight Saga: Breaking Dawn - Part II)”)


Eventos

Cineclube Natal realiza mostra que combina cinema e gastronomia

Em mais uma parceria com Nalva Melo Café Salão, o Cineclube Natal promove, entre os dias 16 e 21 de novembro, a mostra "Comer com os olhos". As sessões começam sempre às 18h30, em Nalva Melo Café Salão, na Av. Duque de Caxias, n. 110, Ribeira. A entrada (taxa de manutenção) custa apenas R$ 2. 16/novembro (sexta) - Jiro Dreams of Sushi, David Gelb, 2011, documentário, 81 min. 17/11 (sábado) - Comer Beber Viver (Yin shi nan nu), Ang Lee, Taiwan, 1994. 18/11 (domingo) - Estômago, Marcos Jorge, Brasil, 2007. 19/11 (segunda)- Tampopo - Os Brutos Também Comem Spaghetti (Tampopo), Jûzô Itami, Japão, 1985. 20/11 (terça) - O Julgamento de Paris (Bottle Shock), Randall Miller, EUA, 2008. 21/11 (quarta) - O Tempero da Vida (Politiki kouzina), Tassos Boulmetis, Grécia/Turquia, 2003.





Filme da Semana: “Argo”

As novas gerações não tem ideia, mas o Irã já propiciou eventos que tiveram um impacto tão grande ou maior que o 11 de setembro. Durante um bom tempo as atenções do mundo se voltaram para aquele país, onde os acontecimentos poderiam até desencadear uma nova guerra mundial. Um desdobramento desses acontecimentos é mostrado no filme “Argo”, dirigido por Bem Affleck, estreia recente em nossos cinemas.
Como é explicado nos minutos iniciais do filme, os Estados Unidos apoiaram o golpe dado pelo Xá Reza Pahlevi, que derrubou um governo eleito democraticamente para implantar um regime quase absolutista, caracterizado pela violenta repressão política e esbanjamento dos recursos do país.
Encurralado entre a política de direitos humanos do governo Carter, e a crescente pressão popular e religiosa do próprio Irã, Reza Pahlevi, já doente de câncer, abandonou o país, refugiando-se no Egito, e posteriormente nos Estados Unidos. A saída do Xá abriu caminho para o retorno do líder religioso aiatolá Ruhollah Khomeini, que promoveu um retorno aos valores islâmicos, condenando tudo o que vinha do Ocidente.
Revoltados com a aceitação do Xá pelos Estados Unidos, manifestantes invadiram a embaixada americana em Teerã, sem que e fizeram 52 reféns, exigindo que o Xá fosse enviado de volta, para ser julgado no Irã. Nos meses seguintes, houve uma explosão do preço do petróleo, e ninguém entendia como a maior nação do mundo, com os paióis abarrotados de mísseis nucleares, ficava à mercê de Khomeini.
Nessa época, eu havia recentemente entrado na Petrobras e acompanhava – como todo mundo – com muita atenção o que acontecia no Oriente Médio. Quase todo o petróleo que saia da região passava pelo estreito de Ormuz, uma estratégica passagem para os navios petroleiros e que podia facilmente ser dominada pelos iranianos.
Para se ter uma ideia, Japão, Alemanha e Brasil dependiam quase que totalmente do petróleo que passava por ali. Nessa época, nós importávamos 80% de nossa demanda, situação bem diferente de hoje.
Além disso, o mundo vivia em plena Guerra Fria, e logo depois aconteceria a invasão do Afeganistão pela União Soviética, transformando toda a zona em um verdadeiro campo minado.
O tema do filme “Argo” é sobre a situação dos únicos seis diplomatas que conseguiram fugir da embaixada na hora da invasão, e que conseguiram se refugiar na casa do embaixador canadense Ken Taylor (Victor Garber), que os manteve escondidos meses a fio.
À medida que a tensão entre os dois países crescia, a situação ficava mais perigosa para todos. Crianças eram utilizadas para arrumar documentos fragmentados, em busca de informações secretas e fotos dos ocupantes da embaixada, pois havia suspeita de que nem todos estava presos.
Quando o governo americano decide retirar os seis refugiados do Irã, é convocado o agente da CIA Tony Mendez (Bem Affleck), especialista em exfiltração, nome técnico para a retirada de pessoas. Todas as soluções possíveis não eram aplicáveis, seja pela situação do país, seja pela própria cultura. Foi aí que surgiu a ideia mais improvável de todas.
Com a ajuda do maquiador de cinema John Chambers (John Goodman) e do produtor Lester Siegel (Alan Arkin), Mendez montou uma das maiores farsas já feitas na história da espionagem. Criando uma empresa fictícia, com toda a fachada legal, eles promoveram um filme de ficção-científica, “Argo”, que seria uma imitação barata de “Guerra nas Estrelas”.
Até um roteiro real foi comprado. O roteiro de “Argo” (o que seria usado no filme fictício) era baseado na história "Senhor da Luz" escrita por Roger Zelazny.
Foi com este aparato que Mendez chegou a Teerã, com uma identidade e uma vida falsa para cada um dos seis reféns, sabendo que todas as probabilidades eram contra – inclusive nos Estados Unidos, onde o governo já desautorizara a operação.
Mesmo sabendo que tudo é baseado em fatos reais, é impressionante a tensão que se desenrola na tela, provando que não precisa existir um herói distribuindo socos e pontapés para criar um bom filme de suspense.
E não há dúvida de que “Argo” se trata de bom cinema. Além do roteiro impecável, com um nível crescente de tensão, a atuação do elenco é perfeita, a começar pelo próprio Affleck, que se desdobra entre a direção e o papel principal. Destaque também para Goodman e Arkin, que roubam a cena sempre que aparecem na tela.
O que também chama a atenção no filme é a recriação de época do filme, com as roupas e cortes de cabelo bem condizentes com o final dos anos 70, além das cenas seguirem com fidelidade os fatos ocorridos em 1979. Os carros, móveis, objetos, tudo foi minuciosamente pesquisado.
Isto, aliás, é mais um atrativo do filme. Não saiam da sala imediatamente, pois junto com os créditos finais são exibidas fotos dos personagens reais e dos eventos que são retratados no filme.
Embora a operação da CIA tenha sido brilhante, ela jamais teria tido êxito sem a colaboração estreita do governo canadense. Mais importante que a fuga, considero que abrigar os reféns durante meses, expondo-se a um tremendo risco, mostra que o grande herói da história foi o embaixador Taylor, fato reconhecido pelas inúmeras homenagens que recebeu posteriormente.
Como sempre acontece quando se trata de fatos históricos, o filme ignora a ajuda dada aos fugitivos pelos diplomatas britânicos e neozelandeses, que os auxiliaram nos dias de esconderijo, sob grande risco pessoal, visão que foi confirmada inclusive por Robert Anders, um dos seis retratados no filme.

 
 

Lançamentos em DVD/Blu-Ray

“Anônimo”

O filme se passa na época política da Inglaterra Elisabetana. “Anônimo” especula uma questão que há séculos intriga acadêmicos e mentes brilhantes... Quem foi o autor das peças em nome de William Shakespeare? O filme coloca uma possível resposta, centrada em uma época em que a intriga política secreta, romances ilícitos na Corte Real e os esquemas dos nobres gananciosos e famintos de poder eram expostos nos lugares mais incomuns: o palco de Londres. Disco com formato de tela widescreen anamórfico e áudio em Dolby Digital 5.1. (T. O.: “Anonymous”)

“Magnicídio”

Este filme é considerado o primeiro filme punk da História. Repleto de humor negro, esse filme faz uma dissecação ultrajante da vida urbana moderna. Entremeado por algumas atitudes corretas, o roteiro tem a determinação de chocar a qualquer custo. Fantasia punk de um futuro pós-apocalíptico numa Inglaterra moribunda. A rainha está morta, o palácio de Buckingham é um estúdio de gravação e os policiais transam entre si quando não estão quebrando cabeças de jovens. O disco traz o filme com formato de tela widescreen e áudio Dolby Digital 5.1, e, como extras, Ficha Técnica, e Galeria de Fotos do Filme.  (T.O.: “Jubilee”).

“Privilégio”

Steven Shorter é o maior astro da música britânica. Ouvido por todos, de adolescentes a idosos, todos na Inglaterra o amam, até que seus produtores e empresários começam a usar sua popularidade para projetos econômicos dos mais variados. Enquanto Steven perde sua individualidade transformando-se em um produto, sua posição de ícone se torna útil para os setores mais conservadores da sociedade do Reino Unido. A Igreja e o Estado começam a usá-lo para combater o ateísmo e o comunismo, tornando-o um instrumento do fundamentalismo religioso e de um nacionalismo de cunho fascista. O disco traz o filme com formato de tela standard e áudio em Dolby Digital 2.0, e, como extras, Trailer original, Ficha Técnica e Galeria de Fotos. (T.O.: “Privilege”).

“A Estranha Passageira”
 
Adaptado do livro de Olive Higgins Prouty, “A Estranha Passageira” conta a história de Charlotte Vale (Bette Davis), uma mulher tímida devido à sua repreensiva mãe, Mrs. Vale (Gladys Cooper). Emocionalmente perturbada, ela é ajudada por um psiquiatra, Dr. Jaquith (Claude Rains), que a incentiva a fazer mudanças radicais em sua vida. Visivelmente melhor de seus distúrbios, ela resolve viajar ao Rio de Janeiro como parte do processo de terapia e acaba conhecendo e se apaixonando pelo galante Jerry Durrance (Paul Henreid), com quem mantém uma relação complicada cheia de encontros e desencontros. O disco traz o filme com formato de tela standard e áudio DD mono e 2.0. (T.O.: “Now, Voyager”).


 
Film de la semaine: «Argo»

 Les nouvelles générations n'ont aucune idée, mais l'Iran a déjà fourni des événements qui ont eu un impact aussi grand ou plus grand que 11 Septembre. Pendant longtemps, l'attention du monde s'est tourné vers ce pays, où les événements pourraient même déclencher une nouvelle guerre mondiale. Une ramification de ces événements est décrit dans le film «Argo», réalisé par Ben Affleck, en debut récente dans nos salles de cinéma.

Comme il est expliqué dans les premières minutes du film, les Etats-Unis a soutenu le coup donné par le Shah Reza Pahlavi, qui a renversé un gouvernement démocratiquement élu de déployer un régime quasi absolu, caractérisé par la répression politique violente et le gaspillage des ressources du pays.

Coincé entre la politique des droits humains de l'administration Carter, et la pression croissante de la population et religieuse de l'Iran, Reza Pahlavi, désormais rongé par le cancer, a fui le pays pour se réfugier en Egypte, et plus tard aux États-Unis. Le départ du Shah a ouvert la voie au retour de l'ayatollah Ruhollah Khomeini, qui a promu un retour aux valeurs islamiques, condamnant tout ce qui venait de l'Occident.

Dégoûtés avec l'acceptation du Shah par les États-Unis, les manifestants ont pris d'assaut l'ambassade américaine à Téhéran et pris en otage 52 personnes, en exigeant que le Shah a été renvoyé à son procès en Iran. Dans les mois suivants, il ya eu une explosion du prix du pétrole, et personne n'a compris pour quoi la plus grande nation au monde, avec des casiers bourrés de missiles nucléaires, était à la merci de Khomeiny.

A cette époque, j'avais récemment entré dans le Petrobras et suivais - comme tout le monde - avec beaucoup d'attention ce qui se passait au Moyen-Orient. Presque tout le pétrole de la région traversait le détroit d'Ormuz, un passage stratégique pour les pétroliers et pourrait facilement être dominé par les Iraniens.

Pour avoir une idée, le Japon, l'Allemagne et le Brésil dépendaient presque entièrement du pétrole qui passait par là. A cette époque, nous importions 80% de notre demande, situation très différente d'aujourd'hui.

En outre, le monde était pendant la guerre froide, et peu de temps après se produirait l'invasion de l'Afghanistan par l'Union soviétique, en tournant toute la région dans un véritable terrain miné.

Le thème du film "Argo" est sur la situation des six diplomates qui ont réussi à échapper à l'ambassade au moment de l'invasion, et qui se réfugiaient dans la maison de l'ambassadeur canadien Ken Taylor (Victor Garber), qui les tenait cachés pendant des mois.

Alors que la tension entre les deux pays ont augmenté, la situation est devenue plus dangereuse pour tout le monde. Les enfants ont été utilisés pour réorganiser des documents déchiquetés à la recherche de renseignements secrets et les photos des occupants de l'ambassade, parce que il avait la soupçon que ni tout le monde a été arrêté.

Lorsque le gouvernement américain a décidé de retirer les six réfugiés de l'Iran, a été convoqué l'agent de la CIA Tony Mendez (Ben Affleck), spécialiste de l'exfiltration, le nom technique pour le retraite des personnes. Toutes les solutions possibles ne sont pas applicables, soit la situation dans le pays, soit pour la culture elle-même. C'est alors que a émergé l'idée la plus improbable de tous.

Avec l'aide du maquilleur John Chambers (John Goodman) et du producteur Lester Siegel (Alan Arkin), Mendez roulé une des plus grandes farces jamais réalisés dans l'histoire de l'espionnage. En créant une entreprise fictive, avec toute la façade légal, ils ont promu un film de science-fiction, "Argo", ce qui serait une imitation moins cher de "Star Wars".

Même un vrai scénario a été acheté. Le scénario de «Argo» (qui serait utilisé dans le film fictif) a été basé sur l'histoire "Lord of Light", écrit par Roger Zelazny.

C'est avec cet apparat que Mendez a arrivé à Téhéran, avec une identité et une vie fausse pour chacun des six otages, sachant que les chances étaient contre ils - y compris les États-Unis, où le gouvernement avait déjà interdit l'opération.

Même si tout est basé sur des faits réels, une tension extraordinaire qui se déroule sur l'écran, ce qui prouve qu'il n'y a pas besoin d'exister un héros en distribuant des coups de poing et coups de pied pour créer un bon thriller.

Et il ne fait aucun doute que «Argo» est bon cinéma. Delà du scénario impeccable, avec un niveau croissant de la tension, le jeu des acteurs du casting est parfait, à commencer par Ben Affleck lui-même, qui se déroule entre la direction et le protagonisme. En vedette également Arkin et Goodman, qui volent la scène à chaque fois qu'ils apparaissent à l'écran.

Que se distingue également dans le film est la reconstitution cinématographique de l'époque, les vêtements et les coupes de cheveux bien compatibles avec les fin des années 70, et aussi les scènes qui suivent fidèlement les événements en 1979. Les voitures, les meubles, les objets, tout a été minutieusement étudié.

C'est d'ailleurs, est une autre attraction du film. Ne quittez pas la salle immédiatement à la fin du film, car sont affichées des photos de personnages et d'événements réels qui sont dépeints dans le film.

Bien que l'opération de la CIA était brillante, elle n'aurait jamais pu réussir sans la collaboration étroite du gouvernement canadien. Plus important que la fuite, je considère que accueillir les otages pendant des mois, s'exposant ainsi à des risques énormes, montre que le grand héros de l'histoire était l'ambassadeur Taylor, un fait reconnu par les nombreux honneurs qu'il a reçu plus tard.

Comme toujours quand il s'agit de faits historiques, le film ne tient pas compte de l'aide apportée aux réfugiés par les diplomates Néo-Zélandais et britanniques, qui ont aidé aux jours de la clandestinité, au péril de leurs vies, une vue qui a été confirmé par Robert Anders, l'un des six otages dans le film.

 
Movie of the Week: "Argo"

The new generations have no idea, but Iran has provided events that had an impact as great or greater than September 11. For a long time the world's attention turned to that country, where the events could even trigger a new world war. An offshoot of these events is depicted in the movie "Argo", directed by Ben Affleck, recent debut in our cinemas.

As explained in the opening minutes of the film, the U.S. supported the coup given by Shah Reza Pahlavi, who overthrew a democratically elected government to deploy an almost absolutist regime, characterized by violent political repression and squandering of resources of the country.

Trapped between the human rights policy of the Carter administration, and the growing religious and popular pressure in Iran , Reza Pahlavi, now cancer-stricken, fled the country, taking refuge in Egypt, and later in the United States. The departure of the Shah opened the way for the return of religious leader Ayatollah Ruhollah Khomeini, which promoted a return to Islamic values, condemning everything that came from the West.

Disgusted with the acceptance of the Shah by the United States, protesters invaded the American embassy in Tehran and took 52 hostages, demanding that the Shah should be sent back for trial in Iran. In the following months, there was an explosion in the price of oil, and nobody understood why the greatest nation in the world, with lockers crammed with nuclear missiles, was at the mercy of Khomeini.

At that time, I had recently be admitted at Petrobras and followed - like everyone else - very carefully what was happening in the Middle East. Almost all the oil that went out of the region passed through the Strait of Hormuz, a strategic passage for oil tankers and it could easily be dominated by the Iranians.

To get an idea, Japan, Germany and Brazil depended almost entirely on oil that passed on that way. At this time, we importe 80% of our demand, very different of our current situation.

Moreover, the world was crossing the Cold War, and soon would happen the invasion of Afghanistan by the Soviet Union, turning the whole area into a veritable minefield.

The theme of the movie "Argo" is about the situation of the only six diplomats who managed to escape the embassy at the time of the invasion, and who managed to take refuge in the home of the Canadian ambassador Ken Taylor (Victor Garber), who kept them hidden for months.

As the tension between the two countries grew, the situation became more dangerous for everyone. Children were used for manipulate documents shredded like puzzles, in search of secret information and photos of the occupants of the embassy, ​​because it was suspected that not everyone had been captured.

When the U.S. government decided to withdraw the six refugees from Iran, is summoned CIA agent Tony Mendez (Ben Affleck), an exfiltration specialist, technical name for the withdrawal of people. All possible solutions were not applicable, either by situation in the country, or the culture itself. It was then that was chosen the most unlikely idea of all.

With the help of makeup artist John Chambers (John Goodman) and producer Lester Siegel (Alan Arkin), Mendez rode one of the biggest farces ever made in the history of espionage. Creating a fictitious company, with all the legal facade, they promoted a science-fiction movie, "Argo", which would be a cheap version of "Star Wars."

Even a real script was purchased. The script of "Argo" (which would be used in the fictional film) was based on the story "Lord of Light" written by Roger Zelazny.

It was with this apparatus that Mendez arrived in Tehran with false identity and life for each of the six hostages, knowing that the odds were against them - including the United States, where the government has unauthorized the operation.

Even knowing that everything is based on real events, is amazing the tension that unfolds on the screen, proving that there is no need of a hero throwing punches and kicks to create a good thriller.

And there is no doubt that "Argo" it is good cinema. Besides the impeccable script, with an increasing level of tension, the acting of the cast is perfect, starting with Affleck himself, that unfolds between the direction and role. Highlights also to Arkin and Goodman, stealing the scene whenever they appear on screen.

What also stands out in the film is a recreation of the era, with clothes and haircuts very consistent with the late '70s, and the scenes faithfully following the events of 1979. The cars, furniture, objects, everything was meticulously researched.

This, incidentally, is another attraction of the movie. Do not leave the room immediately at the end, because along with the final credits are displayed photos of the real characters and events that are portrayed in the film.

Although the CIA operation was brilliant, it never would have succeeded without the close collaboration of the Canadian government. More important than the escape, I consider that shelter the hostages for months, exposing themselves to tremendous risk, shows that the great hero of the story was the Ambassador Taylor, a fact recognized by the numerous honors he received later.

As always happens when it comes to historical facts, the film ignores the assistance given to refugees by New Zealanders and British diplomats, who helped then in the days of hiding, at great personal risk, a view that was confirmed even by Robert Anders, one of the six pictured in the film.


Película de la Semana: "Argo"

Las nuevas generaciones no tienen ni idea, pero Irán ha proporcionado acontecimientos que tuvieron un impacto tan grande o mayor que el 11 de septiembre. Durante mucho tiempo la atención del mundo se dirigió a ese país, donde los acontecimientos podrían incluso desencadenar una nueva guerra mundial. Una consecuencia de estos eventos se muestra en la película "Argo", dirigida por Ben Affleck, reciente debut en nuestros cines.

Como se explica en los primeros minutos de la película, los EE.UU. apoyaron el golpe de Estado dado por el Shah Reza Pahlavi, quien derrocó a un gobierno democráticamente elegido, para implementar un régimen casi absolutista, que se caracterizaba por la represión política violenta y el despilfarro de los recursos del país.

Atrapado entre la política de derechos humanos de la administración Carter, y la creciente presión popular y religiosa del propio Irán, Reza Pahlavi, ahora enfermo de cáncer, huyó del país y se refugió en Egipto, y más tarde en los Estados Unidos. La salida del Sha abrió el camino para el regreso del líder religioso Ayatolá Ruhollah Khomeini, que ha promovido un retorno a los valores islámicos, condenando todo lo que venía del oeste.

Disgustado con la aceptación del Shah por los Estados Unidos, los manifestantes tomaron por asalto la embajada estadounidense en Teherán y tomaron como rehenes a 52 personas, exigiendo que el Shah fuese enviado a juicio en Irán. En los meses siguientes, aconteció una explosión en el precio de petróleo, y nadie entendía como la más grande nación del mundo, con armerías repletas de misiles nucleares, estaba a merced de Khomeini.

En ese momento, yo había entrado recientemente en la Petrobras y seguía - como todo el mundo - con mucho cuidado lo que estaba ocurriendo en el Oriente Medio. Casi todo el petróleo de la región pasaba por el Estrecho de Ormuz, un paso estratégico para los petroleros y que podría ser fácilmente dominado por los iraníes.

Para hacerse una idea, Japón, Alemania y Brasil dependían casi totalmente del petróleo que pasaba por allí. En este momento, nos importabamos 80% de nuestra demanda, situación muy diferente de hoy en día.

Por otra parte, el mundo vivía la Guerra Fría, y poco después ocurría la invasión de Afganistán por la Unión Soviética, convirtiendo toda la zona en un auténtico campo minado.

El tema de la película "Argo" se refiere a la situación de los seis diplomáticos que lograron escapar de la embajada en el momento de la invasión, y que refugiaranse en la casa del embajador canadiense Ken Taylor (Victor Garber), que los mantuvo escondidos durante meses.

A medida que la tensión entre los dos países creció, la situación se volvió más peligrosa para todos. Los niños fueron utilizados para trabajar los documentos desmenuzados en busca de informaciónes secretas y fotos de los ocupantes de la embajada, pués se sospechaba que ni todo el mundo ha sido arrestado.

Cuando el gobierno de EE.UU. decidió retirar los seis refugiados de Irán, se convocó el agente de la CIA Tony Mendez (Ben Affleck), especialista en exfiltración, el nombre técnico para el retiro de las personas. Todas las soluciones posibles no eran aplicables, ya sea la situación en el país o la cultura misma. Fue entonces cuando la idea más improbable de todos ha sido elegida.

Con la ayuda del maquillador John Chambers (John Goodman) y del productor Lester Siegel (Alan Arkin), Méndez montó una de las mayores farsas que se han hecho en la historia del espionaje. Creaando una empresa ficticia, con toda la fachada legal, ellos promovieron una película de ciencia-ficción, "Argo", que sería una imitación barata de "Star Wars".

Incluso un verdadero guión fue comprado. El guión de "Argo" (que se utilizaría en la película ficticia) se basó en la historia de "El Señor de la Luz", escrita por Roger Zelazny.

Fue con este aparato que Méndez llegó a Teherán con una identidad y una vida falsa por cada uno de los seis rehenes, sabiendo que las probabilidades estaban en contra ellos - incluso los Estados Unidos, donde el gobierno había prohibido la operación.

A pesar de que todo está basado en hechos reales, es increíble la tensión que se despliega en la pantalla, lo que demuestra que no es necesario existir un héroe lanzando golpes y patadas para se crear un buen thriller.

Y no hay duda de que "Argo" es buen cine. Además del guión impecable, con un creciente nivel de tensión, la actuación del elenco es perfecta, empezando por el propio Affleck, que se desarrolla entre la dirección y el papel. Destacanse también Arkin y Goodman, robando la escena cada vez que aparecen en la pantalla.

Lo que también llama la atención en la película es una recreación de época, la ropa y los cortes de pelo en consonancia con el final de los años 70, y las escenas que siguen fielmente los acontecimientos de 1979. Los autos, muebles, objetos, todo fue meticulosamente investigado.

Esto, por cierto, es otro de los atractivos de la película. No deje el cine inmediatamente, porque junto con los créditos finales se muestran fotos de los personajes y acontecimientos reales que se retratan en la película.

Aunque la operación de la CIA haya sido brillante, ella nunca habría tenido éxito sin la estrecha colaboración del gobierno de Canadá. Más importante que la fuga, creo que acoger los rehenes durante meses, exponiéndose a un riesgo tremendo, muestra que el gran héroe de la historia ha sido el embajador de Taylor, un hecho reconocido por los numerosos premios que recibió más tarde.

Como siempre ocurre cuando se trata de hechos históricos, la película igonora la asistencia prestada a los refugiados por los diplomáticos neozelandeses y británicos, que ayudaron los rehenes en los días de clandestinidad, con gran riesgo personal, una visión que fue confirmada incluso por Robert Anders, uno de los seis personajes de la historia.




Nenhum comentário: