quinta-feira, 31 de maio de 2012

Coluna Claquete – 01 de junho de 2012




Newton Ramalho

 

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O que está em cartaz

Os adultos terão que esperar, pois os cinemas estão repletos de programação infanto-juvenil – e chegando mais! Neste final de semana, a única estreia é a aventura “Branca de Neve e o Caçador”, com Kristen Stewart. Continuam em cartaz a ficção “Homens de Preto 3” (vejam na Sessão Filme da Semana), com Will Smith e Tommy Lee Jones, o suspense “O Corvo”, com John Cusack, a ação “Vingadores”, e o divertido infantil “Piratas Pirados”. Nas programações exclusivas, o Cinemark exibe a comédia francesa “Faça-me Feliz”, na Sessão Cine Cult, enquanto o Moviecom mantém o drama nacional “Paraísos Artificiais”, e a ficção-científica “Battleship – A Batalha dos Mares”, com Liam Neeson. Na próxima quinta, acontece a pré-estreia da animação “Madagascar 3 – Os Procurados”.

 

 

Estreia 1: “Branca de Neve e o Caçador


O caçador Eric (Chris Hemsworth) foi contratado pela Rainha Má (Charlize Theron) para encontrar a Branca de Neve (Kristen Stewart), que escapou do castelo. Contudo, quando ele descobre que o objetivo de sua patroa não é só recapturar, mas também assassinar a jovem, ele passa a ajudá-la em sua fuga, dando início a uma perigosa aventura. Dirigido por Rupert Sanders, o filme é uma versão diferente da clássica história da Branca de Neve, dos irmãos Grimm, fugindo da trama original. Aqui, o caçador não está apaixonado pela heroína, mas, sim, é um homem honrado que passará a defendê-la da malvada rainha. O elenco conta ainda com Ian McShane, Eddie Izzard, Bob Hoskins, Toby Jones, Eddie Marsan, Ray Winstone e Nick Frost, que dão vida aos conhecidos sete anões. “Branca de Neve e o Caçador” estreia nesta sexta-feira, nas Salas 1 e 5 do Cinemark, e na Sala 4 do Moviecom. Classificação indicativa 12 anos. Cópias dubladas e legendadas.
(T. O.: “Snow White and the Huntsman”).

 

Pré-Estreia: “Madagascar 3 – Os Procurados


Os amigos Alex (Ben Stiller), Marty (Chris Rock), Melman (David Schwimmer), Gloria (Jada Pinkett Smith), rei Julien (Sacha Baron Cohen) e os pinguins deixam o continente africano rumo à Europa. Eles vão parar em Mônaco, onde passam a ser perseguidos por uma obcecada agente de controle animal (Frances McDormand). Em plena fuga, o grupo encontra abrigo em um circo em crise. Logo eles passam a ajudá-lo, iniciando um processo de revitalização que poderá levá-los a uma turnê nos Estados Unidos e, consequentemente, de volta para casa. A direção é de Eric Darnell, Tom McGrath, e Conrad Vernon. “Madagascar 3 – Os Procurados” terá pré-estreia na próxima quinta-feira, nas Salas 3 e 5 do Moviecom. Classificação indicativa livre. Cópias dubladas.
(T.O.: “Madagascar 3: Europe's Most Wanted”)




Filme da Semana: “Homens de Preto 3”

A série “Homens de Preto” foi originada em 1997, com o primeiro filme, onde o policial James Edwards (Will Smith) é recrutado pelo sisudo Agente K (Tommy Lee Jones) para fazer parte de uma misteriosa organização que tinha como objetivo controlar o trânsito dos extraterrestres em nosso planeta, e, quando era o caso, controlar os excessos.
Mesclando as divertidas e inusitadas situações com os alienígenas – cachorros falantes, baratas gigantes, e até sugerindo que Michael Jackson e Sylvester Stalone seriam ETs – o filme fez um tremendo sucesso mundo afora, principalmente devido à química perfeita entre a fleugma do personagem de Tommy Lee Jones e a juventude e o arrojo do Agente J de Smith.
O filme mereceu inúmeros prêmios importantes, como o Oscar de Melhor Maquiagem, o Globo de Ouro de melhor filme - comédia/musical, o Grammy de melhor trilha sonora de filme, além do BAFTA de melhores efeitos especiais.
Em 2002 foi feita uma sequência, “Homens de Preto 2”, onde o Agente K é trazido de volta à ativa, após ter a memória apagada nos acontecimentos do primeiro filme, para ajudar o Agente J a combater uma perigosa alienígena.
Quinze anos após o primeiro filme e dez após o segundo, chega a terceira sequência, “Homens de Preto 3”, reunindo a mesma dupla de atores, Tommy Lee Jones e Will Smith.
Desta vez o vilão é Boris, o Animal (Jemaine Clement), um extraterrestre que Agente K (Tommy Lee Jones) havia capturado em 16 de julho de 1969, após decepar-lhe o braço que lançava dardos venenosos. K conseguira, também, configurar um dispositivo chamado escudo ArcNet, que protegia a Terra de uma invasão da espécie de Boris.
Mais de 40 anos depois, Boris foge da prisão Lunar Max na Lua e chega na Terra, com a intenção de vingar-se de K. Ao investigar um acidente de nave espacial, em Nova York, K deduz que Boris fugira da prisão, e se prepara para o confronto.
 Mas, a vingança do ET bandido é muito mais extensa. Ele não só quer vingar-se de K, como também alterar a História, evitando que K instale o ArcNet. Para isso, ele viaja ao passado, para destruir K.
No dia seguinte, o agente J (Will Smith) percebe que K não está mais em seu apartamento, e chegando à sede da MIB, descobre que K está morto há mais de 40 anos, a Terra está desprotegida, e uma invasão alienígena está prestes a acontecer. A agente O (Emma Thompson), a nova chefe da MIB, deduz que houve uma fratura no espaço-tempo continuum. J vai até Obadias Prince (Lanny Flaherty), um negociante do mercado negro que vendera o dispositivo de viagem no tempo para Boris, e adquire o seu próprio, para voltar no tempo até 15 de julho de 1969 - um dia antes do incidente envolvendo Boris e o Agente K.
Ao voltar no tempo, J encontra-se com o jovem K (Josh Brolin), que suspeita das suas intenções e tenta apagar sua memória. No último momento J consegue convencer K do que está para acontecer, e este decide ajudá-lo. Seguindo a pista de Boris, eles chegam a Griffin (Michael Stuhlbarg), o último sobrevivente de uma raça, que tem o poder de prever o futuro, e que está com o ArcNet.
Todas as pistas levam ao Cabo Canaveral, onde está para ser lançado o foguete Apollo 11, que levará os primeiros homens à Lua. Correndo contra o tempo, os agentes deverão localizar Boris, colocar o ArcNet no topo do foguete e ainda impedir qualquer ação do malévolo alienígena. Conseguirão os nossos herois fazer tudo isso?
Nesta edição de MIB foi mantida o equilíbrio perfeito entre a ação e o humor, embora Tommy Lee Jones, que é um dos melhores atores do cinema, tenha tido uma participação pequena no filme. Josh Brolin, por sua vez, embora não esteja no mesmo patamar, não comprometeu o filme, e conseguiu reproduzir alguns trejeitos do Agente K criado por Tommy Lee Jones, mantendo a fidelidade do personagem.
Will Smith mostra um notável amadurecimento, fugindo bastante do padrão “humorista-careteiro”, que abunda nas comédias americanas. Depois de papeis dramáticos como “À Procura da Felicidade” e “Sete Vidas”, Smith encontrou o ponto certo entre o drama e a comédia, passando muita credibilidade em sua atuação.
Como seria de se esperar, “Homens de Preto 3” é repleto de efeitos especiais, mas, sem exageros, tendo até diminuído em relação aos filmes anteriores. Por outro lado, as cenas de ação ficaram mais intensas, destacando-se o clímax na torre de lançamento de Cabo Canaveral.
“Homens de Preto 3” é um filme direcionado para toda a família, unindo a diversão de uma história de ETs com a graça do choque de culturas, e principalmente, valorizando a amizade como uma das qualidades mais nobres do ser humano, seja ele de qual galáxia for.
 (Título original: “MIB III”)

Especial: “Cais do Sertão”

Oriundo que sou das plagas paraibanas, até o final dos anos 70 não conhecia nada de Natal, a não ser o título de “capital espacial do Brasil”, e, vejam só, a feira do Alecrim, comparável às suas congêneres de Caruaru e Campina Grande. Três décadas depois, radicado como papa-jerimum, tenho a honra de comentar o documentário “Cais do Sertão”, sobre o bairro do Alecrim, que considero o mais interessante da cidade.
O bairro do Alecrim sempre fez parte da minha vida, embora eu nunca tenha morado lá. Mas, foi lá que me hospedei, nos primeiros dias em que vim morar em definitivo, foi onde a filharada estudou, no tradicional Colégio da Neves, o primeiro – e o único – jogo de futebol que assisti no saudoso Machadão, foi América e Alecrim, e foi naquele emaranhado de ruas e avenidas que sempre busquei a solução de muitos problemas domésticos.
Acredito que, como eu, muitos natalenses pensam no Alecrim como o primeiro lugar para encontrar o que não existe ou é difícil em outros bairros da cidade. Peças de carro, oficinas, acessórios eletrônicos, tecidos, móveis, discos e livros usados, quinquilharias chinesas, calçados de todos os tipos, produtos e ferramentas agrícolas, camisas da seleção, etc., etc..
Mas, o que talvez mais expresse o amor pelo bairro seja o prazer de, simplesmente, passear erraticamente pelas ruas, largas ou estreitas, retas ou tortuosas, olhando produtos que nunca se vai usar, ou, fazer uma “feira” nas lojas de 1,99, comprando coisas que nunca funcionarão ou que mal resistem à primeira utilização.
Esse espírito, do amor ao bairro, foi magnificamente capturado pelo diretor e jornalista Paulo Laguardia em seu documentário “Cais do Sertão”, onde conseguiu, em 52 minutos primorosos, montar uma visão caleidoscópica do Alecrim, através de depoimentos de moradores, artistas, pesquisadores, comerciantes, e muitos outros.
Com uma edição dinâmica, o que poderia ser um desenrolar monótono de opiniões formou uma bela colcha de retalhos explorando as origens do bairro, sua opulência cultural com cinemas, teatros e bares boêmios tradicionais, os grupos carnavalescos, e a importância para o comércio da cidade e do estado.
Mas, o documentário não se furtou a discutir os problemas que persistem, como a progressiva eliminação das áreas verdes, o embate entre o comércio tradicional e os camelôs, o trânsito cada vez mais engarrafado e o reduzido espaço para circulação.
“Cais do Sertão” é um belo retrato daquele que é talvez o lugar mais representativo de Natal, fora dos estereótipos de praias e dunas, que apenas os verdadeiros natalenses – natos ou adotados – conseguem reconhecer.


Eventos

“Cais do Sertão” estreia nesta sexta-feira no Alecrim

Dirigido pelo jornalista e documentarista Paulo Laguardia, estreia hoje o aguardado documentário em vídeo “Cais do Sertão”, sobre um dos bairros mais antigos e importantes de Natal. Com 52 minutos de duração, o documentário aborda a história, crescimento, comércio popular, a antiga vida cultural e as figuras populares que fizeram história no local. A relevância econômica para a cidade e os problemas também não foram esquecidos, como o engarrafamento, o pouco espaço de circulação para as pessoas, a falta de verde, e outras polêmicas, como sua data de fundação e o conflito entre empresários e camelôs. A estreia do filme ocorre nesta sexta-feira, 1º de junho, no Mercado da 6, às 18h30.


“A Cidade e os Cachorros” no Ciclo America Latina no Cinema

Na próxima semana, o projeto América Latina no Cinema, realização da UFRN e UERN, promoverá mais uma exibição, desta vez com a produção peruana “A Cidade e os Cachorros”, dirigido por Francisco J. Lombardi. No Leoncio Prado, de Lima, colégio militar da capital do Peru, as condições de vida são tremendamente duras. O assassinato de um aluno, uma das vítimas, tanto dos alunos como do sistema militar, origina um conflito entre o honesto Tenente Gamboa e seus superiores, que pretendem evitar qualquer investigação que possa pôr em dúvida o bom funcionamento do colégio. A exibição será na Biblioteca Central Zila Mamede (UFRN), na terça-feira, dia 05/06, às 18.30 h. Depois do filme, como sempre, sorteio de brindes e debate.

Lançamentos em DVD/Blu-Ray

“Super 8”

Steven Spielberg e J.J. Abrams unem forças nesta extraordinária história de juventude, mistério e aventura. Super 8 conta a história de seis amigos que testemunham a destruição de um trem, enquanto fazem um filme em super 8, e acabam descobrindo que algo inimaginável escapou durante o acidente. Agora, a coisa mais misteriosa do que saber o que seria isso… é saber o que isso realmente quer. A direção é de J.J. Abrams. Disco com formato de tela widescreen anamórfico e áudio Dolby Digital 5.1, e, como Extras, Comentários de J.J. Abrams, Bryan Burk e Larry Fong, e os documentários “O Sonho por Trás de Super 8”, e “O Visitante Está Vivo”. (T.O.: “Super 8”).

“Sob o Domínio do Medo”

Um jovem casal (James Marsden e Kate Bosworth) mudam-se para uma peculiar cidade do sul. Logo, esse esconderijo perfeito transforma-se um inferno quando segredos obscuros e paixões letais se descontrolam. Presos por um bando de residentes depravados liderados por um cruel predador (Alexander Skarsgard), passam uma noite sangrenta em extrema agonia. A única esperança de sobrevivência deles agora é tornarem-se mais selvagens que seus torturadores cruéis. O disco traz o filme com formato de tela widescreen anamórfico e áudio em Dolby Digital 5.1, e, como Extras, Controvérsia: Um Clássico Refeito, A Dinâmica do Poder: A Montagem, Dentro do Sítio: O Último Espetáculo, Criando a Casa: Design de Produção, e Comentário com o Roteirista/Diretor Rod Lurie. (T.O.: “Straw Dogs”).

“Coco Antes de Chanel”
 
Em um retrato memorável realizado a partir de um esforço conjunto, a adorável Audrey Tautou se transforma no lendário ícone da moda mundial, Coco Chanel. Do seu começo humilde em um orfanato na França até as extravagâncias da alta sociedade parisiense, o espírito criativo indômito de Chanel foi expresso através da música, de sua rebeldia social e, principalmente, através da moda. Benoît Poelvoorde e Alessandro Nivola interpretam os elegantes e prósperos homens que se envolveram com a multifacetada Coco Chanel, cuja visão e estilo - inspirados pela moda e alimentados pela paixão - pavimentaram uma audaciosa nova passarela que exibia o visual, os vestidos e as vidas das mulheres modernas. O disco traz o filme com formato de tela widescreen e áudio Dolby Digital 5.1. (T.O.: “Coco Avant Chanel”).

“Senhoritas em Uniforme”

Clássico do cinema. Manuela von Meinhardis é órfã, criada pela tia, e enviada a um internato de moças. A grande fragilidade de seu coração a apegar-se a professora Fräulein von Bernburg, que mantém um laço estreito com as alunas, apesar do pulso firme da diretora, que a desaprova. Ousado para sua época, o filme narra a amizade - e eventual atração romântica - entre a personagem de Romy Schneider e sua professora, vivida por Lili Palmer (O Falso Traidor) em um internato feminino. Lançado originalmente em 1958, é uma refilmagem de clássico alemão de 1931. Disco com formato de tela letterbox, e som Dolby Digital. (T.O.: “Mädchen in Uniform”).

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