Newton Ramalho
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O que está em cartaz
Help! As
salas dos cinemas foram invadidas por ETs! Calma, é só a estreia de “Homens de
Preto 3”, com Will Smith e Tommy Lee Jones. A outra estreia da semana é a ópera
“Royal Opera House: Macbeth”. Continuam em cartaz o suspense “O Corvo” (vejam na Sessão Filme da Semana), com
John Cusack, o policial “Plano de Fuga”, com Mel Gibson, a ação “Vingadores”, o
drama nacional “Paraísos Artificiais”, a ficção-científica “Battleship – A
Batalha dos Mares”, com Liam Neeson, e o divertido infantil “Piratas Pirados”.
Nas programações exclusivas, o Cinemark exibe a comédia francesa “Faça-me
Feliz”, na Sessão Cine Cult.
Estreia 1: “Homens de Preto 3”
O malvado Boris (Jemaine Clement)
deseja acabar com o mundo. Para isso, deverá viajar no tempo para assassinar o
agente K (Tommy Lee Jones). Sabendo disso, o agente J (Will Smith) viaja até o
ano de 1969 e encontra a versão mais jovem de K (Josh Brolin). Juntos, eles
recebem a ajuda da agente Oh (Alice Eve) para combater o vilão, uma ameaça
alienígena que coloca em risco a vida na Terra. Dirigido por Barry Sonnenfeld,
o longa é o terceiro da franquia Homens de Preto, iniciada em 1997. A série
passou dez anos longe das telonas, uma vez que MIB 2 é de 2002. Emma Thompson,
Bill Hader e a cantora Lady Gaga completam o elenco. “Homens de Preto 3”
estreia nesta sexta-feira, nas Salas 1, 2 e 6 do Cinemark, e nas Salas 4, 6 e 7
do Moviecom. Classificação indicativa dez
anos. Cópias dubladas e legendadas, em 2D e 3D. (T. O.: “Men In Black III”).
Estreia 2: “Royal Opera House:
Macbeth”
A paixão de uma vida de Verdi pela
obra de Shakespeare materializou-se inicialmente com Macbeth, em 1847. A
produção de Phyllida Lloyd, apresentada anteriormente pelo The Royal Opera em
2006, utiliza a revisão que Verdi fez em 1865, a qual se destaca pela grande
ária “La Luce Langue”, de Lady MacBeth, e pela magnífica abertura do coral no
Ato IV. Simon Keenlyside e Liudmyla Monastryrska interpretam o aristocrata
escocês e sua ambiciosa e malvada esposa, que incentiva o marido a cometer um
assassinato para impulsionar sua carreira. O baixo-barítono americano Raymond
Aceto assume o papel de Banquo, vítima de assassinato e símbolo da consciência.
“Royal Opera House: Macbeth” terá sessões sábado, às 14h, domingo, às 18h, e
Terça, às 19h, na Sala 7 do Cinemark. Classificação indicativa 14 anos.
Filme
da Semana: “O Corvo”
O escritor americano
Edgar Allan Poe é considerado, ao lado do francês Julio Verne, um dos
precursores da literatura fantástica mundial. Poe, que além de escritor e
romancista também exerceu as atividades de crítico literário e editor
jornalístico, lançaria os alicerces da literatura policial com criações como
“Os Crimes da Rua Morgue”. Muitas de suas obras foram temas de filme, e agora,
a própria vida e obra do escritor serviram de inspiração para “O Corvo”,
estreia recente em nossos cinemas.
A vida de Poe, por si só
já seria uma odisseia trágica. O pai abandonou a família quando Edgar tinha um
ano, e a mãe faleceria em seguida, após o nascimento da irmã mais nova. O jovem
órfão foi criado por um comerciante de tabaco que nunca o adotou legalmente,
embora tenha lhe dado o sobrenome.
Por seu comportamento
boêmio e aventureiro, e uma total aversão à autoridade, Poe foi expulso da universidade
da Virgínia e, mais tarde, da renomada academia militar de West Point. Após ser
banido pelo pai, Poe mudou-se para Baltimore, para a casa de uma tia viúva, que
vivia com uma filha, Virginia. Algum tempo depois os dois se casaram, ele com
vinte e cinco anos, e ela com treze.
O casal morou entre
Filadélfia e Nova York, onde Virginia viria a falecer de tuberculose, fato que
aumentaria mais a instabilidade emocional de Poe e a sua dependência do álcool.
Em 1849, Poe foi encontrado nas ruas de Baltimore, com roupas que não eram as
suas, em estado de delirium tremens, vindo a morrer quatro dias depois, sem que
se conseguisse estabelecer a causa de sua morte, ou mesmo a mensagem que ele tentava
transmitir.
Estes aspectos trágicos
da vida do escritor serviram de inspiração para a obra ficcional “O Corvo”,
onde o ator John Cusack interpreta o desafortunado escritor.
Na Baltimore de 1849,
Edgar Allan Poe vive aos trancos e barrancos, desentendendo-se com amigos e
inimigos, devido ao seu comportamento excêntrico e irascível, além de uma
penúria financeira absoluta, apesar de já ter diversos livros publicados.
Mas, mesmo enfrentando
todas estas dificuldades, Poe ainda consegue sonhar, pois a bela Emily (Alice
Eve) mantém um namoro escondido com o excêntrico escritor. O problema é que ela
é filha de um dos homens mais poderosos de Baltimore, Hamilton (Brendan
Gleeson), que, obviamente, detesta Poe e seus escritos.
Enquanto o escritor sofre com suas agruras
amorosas, a cidade é sacudida por um crime chocante. Três mulheres de uma mesma
família, incluindo uma menina, são brutalmente assassinadas dentro de casa.
Mas, não apenas ninguém é encontrado, como a casa estava totalmente fechada.
Quando o inspetor Fields (Luke Evans), ele não apenas descobre o truque utilizado
pelo assassino para fugir, como também a rigorosa semelhança do assassinato com
o conto “Os Crimes da Rua Morgue”, de Poe.
Pressionado pela
polícia, Poe não faz a menor ideia de por que alguém faria isso. Não há dúvida
que é um maníaco que está por trás disso, e um novo crime acontece, desta vez
com um homem cortado ao meio por uma lâmina acionada por um pêndulo, exatamente
como no conto “O Pêndulo e o Poço”, também de Poe.
A cada crime, o
assassino propositalmente deixa pistas sobre o próximo ato. Desta vez, ele
agirá na casa do pai de Emily, durante um baile de máscaras. A contragosto,
Hamilton deixa a polícia vigiar a festa, mas, mesmo assim, o impensável
acontece, e a jovem é sequestrada pelo bandido, em pleno baile.
A partir daí, começa um
jogo de gato e rato entre o assassino e a polícia, com a ajuda de um
desesperado Poe, que é obrigado a escrever e publicar um conto a cada dia, que
servirá de modelo para o bandido.
Em meio a tantas
banalidades repletas de explosões e efeitos especiais, é muito bom ver um
suspense à moda antiga, sem as deturpações que transformam filmes de época em
situações moderninhas.
Embora seja uma
narrativa bem linear, o mistério permanece até o final. O filme tem uma edição
ágil e bem feita, que mantém a atenção do espectador sempre presa, o que é
ajudado pela excelente trilha sonora.
O elenco está muito bem,
embora o grande mérito seja de Cusack, que nos traz toda a amargura e desespero
de Poe. Embora nunca tenha sido um astro de primeira grandeza, sempre atuou com
muito talento em todos os filmes que participou.
O filme foi rodado na
Sérvia e na Hungria, onde existem cidades que mantém as características de
séculos atrás. É notável a cena do cerco ao assassino na igreja, onde nos
sentimos realmente como se fosse outro mundo.
Embora não seja um filme
para todos os públicos, “O Corvo” nos dá a chance de redescobrir a obra de
Edgar Allan Poe, um escritor à frente de seu tempo, e que deixou um legado
memorável, sendo considerado um dos melhores escritores norte-americanos de
todos os tempos.
E para os caçadores de
erros em filmes, duas “pérolas”: a heroína toca uma peça no piano que Claude
Debussy só viria compor muitos anos após os eventos do filme, que se passa em
1849 (ele nasceu em 1862). A outra é o termo serial killer, que é usado no
filme, mas que só começou a ser utilizado pela imprensa nos anos 1960.
(Título original: “The
Raven”)
Eventos
“A Que Distância” no Ciclo America Latina
no Cinema
Na próxima semana, o
projeto América Latina no Cinema, realização da UFRN e UERN, promoverá mais uma
exibição, desta vez com a produção equatoriana “A Que Distância”, dirigida por Tania
Hermida. Na história, a estudante equatoriana Tristeza (Celilia Vallejo) e a
turista espanhola Esperanza (Tania Martinez) se encontram casualmente em um
ônibus que se dirige à cidade de Cuenca. Devido a uma rebelião da população
indígena, o transporte rodoviário é interrompido, e elas decidem pegar carona
na estrada, mesmo sendo difícil, para chegar ao destino final. A exibição será
no Auditório do NEPSA/CCSA da UFRN, na terça-feira, dia 29/5, às 18.30 h.
Depois do filme, como sempre, sorteio de brindes e debate.
Lançamentos em DVD/Blu-Ray
“Sentidos do Amor”
Susan (Eva Green) é uma
cientista em busca de respostas a perguntas importantes. Tão importantes que
renunciou a outras cosas, incluindo o amor - até que conhece Michael (Ewan
McGregor), um talentoso chefe de cozinha. De repente, tudo começa a mudar.
Enquanto Susan e Michael estão experimentando o amor, em todo o mundo as
pessoas estão começando a se sentirem estranhas – uma terrível e estranha
epidemia está afetando os sentidos e as emoções das pessoas, e o mundo começa a
desmoronar. Filme inédito nos cinemas brasileiros. Disco com formato de tela
widescreen anamórfico e áudio Dolby Digital 5.1, e, como Extras, Ficha Técnica
e Trailers. (T.O.: “Perfect Sense”).
“Conan o Bárbaro”
O maior e mais lendário
bárbaro de todos os tempos está de volta. A busca feroz do guerreiro cimério
começa como uma vingança pessoal, mas logo se transforma em uma batalha épica
contra seus rivais hukking, monstros, e situações impossíveis, Conan é a única
opção para salvar as grandes nações da Hyboria de uma invasão sobrenatural.
Criado pelo escritor texano Robert E. Howard em 1932, o guerreiro imortalizado
por Arnold Schwarzenegger nos anos 1980 volta às telas com novo diretor, mais
nudez, violência explícita e um novo ator no lugar do ex-governador da
Califórnia. O disco traz o filme com formato de tela widescreen e áudio em Dolby Digital 2.0,
e, como Extras, Entrevistas, No Set de Conan, e Trailers. (T.O.: “Conan The
Barbarian”).
“As Melhores Intenções”
Na Suécia do início do
século, um pastor protestante se apaixona por uma moça de família rica. Apesar
da oposição de seus pais, ela acaba desposando-o, e os dois enfrentarão
alegrias e desentendimentos nos anos seguintes. Vencedor da Palma de Ouro e do
prêmio de melhor atriz (Pernilla August) no Festival de Cannes em 1992, o filme
de Bille August é baseado na história dos pais do mestre Ingmar Bergman, autor
do roteiro. No elenco, destaque para a participação do também bergmaniano Max
von Sydow. O disco traz o filme com formato de tela letterbox e áudio Dolby
Digital 2.0. (T.O.: “Den goda viljan”).
“Trio Infernal”
Marselha, 1919. Georges
Sarret é um advogado renomado e respeitado, recentemente homenageado pelos seus
serviços na Primeira Guerra Mundial. Ele toma como sua amante Philomène
Schmidt, uma jovem alemã, que acaba de perder seu trabalho e sua casa. Para
habilitar Philomène a permanecer na França, Georges encontra seu marido - que
morreu de causas naturais convenientemente um mês após o casamento. Com Michel
Piccoli, Romy Schneider, e Mascha Gonska, e direção de Francis Girod. Disco com
formato de tela widescreen, e som Dolby Digital, e, como Extras, Biografia, Filmografia
e Trailers. (T.O.: “Le Trio Infernal”).
Film
de la semaine: "L'ombre du mal"
L'écrivain américain Edgar Allan Poe est considéré, à-côté
du français Jules Verne, l'un des pionniers de la littérature fantastique
mondiale. Poe, écrivain et romancier, également occupait les activités de
critique littéraire et éditeur de journal, et il a lancé aussi les fondements
de la fiction policière avec des créations comme "Double Assassinat dans
la Rue Morgue". Beaucoup de
ses creations ont utilisés comme thèmes de films, et maintenant, la vie et les
œuvres de l'écrivain sont l'inspiration pour "L'ombre du mal", en
première dans nos théâtres.
La vie de Poe, par elle-même serait une odyssée tragique.
Son père a abandonné la famille quand Edgar avait un an et sa mère est décédée,
puis après la naissance de sa sœur cadette. Le jeune orphelin a été créé par un
marchand de tabac qui n'ont jamais adopté légalement, mais, étant le donné le
nom de famille.
Par leur comportement bohème et aventureuse, et une aversion
totale à l'autorité, Poe a été renvoyé de l'Université de Virginie et, plus
tard, de la renommée académie militaire de West Point. Après avoir été banni
par son père, Poe déménagé à Baltimore, à la maison d'un tante veuf, qui vivait
avec une jeune fille, Virginie. Quelque temps plus tard les deux se sont
mariés, quand il avait vingt-cinq ans, et elle avait treize ans.
Le couple a vécu entre Philadelphie et New York, oú
Virginie mourrait de la tuberculose, ce qui augmenterait en plus l'instabilité
émotionnelle de Poe et sa dépendance à l'alcool. En 1849, Poe a été trouvé dans
les rues de Baltimore, avec des vêtements qui n'étaient pas les sienes, dans un
état de delirium tremens, et mourrait quatre jours plus tard, sans que personne
pouvait établir la cause de sa mort, ou même le message qu'il tentait de
transmettre.
Ces aspects tragiques de la vie de l'écrivain a servi
d'inspiration pour le travail de fiction "L'ombre du mal", où
l'acteur John Cusack joue le malheureux écrivain .
À Baltimore, 1849, Edgar Allan Poe vécut à pas de géant, en
s'encrassent avec des amis et des ennemis à cause de son comportement
excentrique et irascible, et une misère financière considerable, malgré
plusieurs livres publiés.
Mais même face à toutes ces difficultés, Poe peut toujours
rêver, parce que la belle Emily (Alice Eve) a une liaison amoureuse secrète
avec l'excentrique écrivain. Le
problème, c'est qu'elle est la fille de l'un des hommes les plus puissants à
Baltimore, Hamilton (Brendan Gleeson), qui, évidemment, haïssait Poe et ses
écrits.
Alors que l'écrivain souffre avec leurs difficultés
amoureuses, la ville est secouée par un crime choquant. Trois femmes de la même
famille, dont une petite fille, est sauvagement assassinée dans sa maison. Mais
non seulement personne est trouvé, comme la maison a été complètement fermée.
Lorsque le inspecteur Fields (Luke Evans) arrive, il ne découvre pas seulement
l'astuce utilisée par le tuer pour s'échapper, mais aussi la similitude stricte
avec le conte "Double Assassinat dans la Rue Morgue", de Poe.
Pressé par la police, Poe n'a pas la moindre idée de
pourquoi quelqu'un ferait cela. Il est certainement un maniaque qui est
derrière tout cela, et un nouveau crime se produit, cette fois avec un homme
coupé en deux par une lame entraînée par un pendule, tout comme dans l'histoire
"Le Puits et le Pendule, de Poe aussi.
À chaque crime, le tueur laisse volontairement des indices
sur son prochain acte. Cette fois, il agira à la maison du père d'Emily, au
cours d'une mascarade. À contrecœur, Hamilton laisse la police pour surveiller
le parti, mais même alors, l'impensable se produit, et la jeune fille est
kidnappée par le méchant, juste dans la balle.
A partir de là commence un jeu du chat et de souris entre
le tueur et la police, avec l'aide du désespéré Poe, qui est obligé d'écrire et
de publier une histoire tous les jours pour servir de modèle pour le méchant.
Au milieu de toutes ces platitudes remplies avec des
explosions et des effets spéciaux, il est formidable de voir un thriller à
l'ancienne, sans les distorsions qui transforment un filme d'époque en
situations modernes.
Bien qu'il soit un récit très linéaire, le mystère
demeure jusqu'à la fin. Le film a un montage souple et bien fait, qui maintient
l'attention du spectateur toujours proie, ce que est aidé par l'excellente
bande sonore .
Le casting est super, même si c'est le grand mérite
de Cusack, qui nous apporte toute l'amertume et le désespoir de Poe. Bien qu'il
n'ait jamais une étoile de première grandeur, il a toujours agi avec beaucoup
de talent dans tous les films qui a participé.
Le film a été tourné en Serbie et en Hongrie, où il
ya des villes qui maintient les caractéristiques anciennes. Il est remarquable
de la scène du siège du tueur dans l'église, où nous avons vraiment l'impression
d'un autre monde.
Bien que n'étant pas un film pour tous les publics,
«L'ombre du mal» nous donne une chance de redécouvrir l'oeuvre d'Edgar Allan
Poe, un écrivain en avance sur son temps et qui a laissé un héritage
remarquable, étant l'un des meilleurs écrivains du Nord Américains de tous les
temps.
Et pour les chasseurs d'erreurs dans les films, il y
a deux «perles»: l'héroïne joue une musique au piano que Claude Debussy
composerait seulement beaucoup d'années après les événements du film, qui a lieu
en 1849 (il est né en 1862). L'autre est le
expression "serial killer', qui est utilisé dans le film, mais que
seulement commencé à être utilisé par la presse dans les années 1960.
(Titre original: "The Raven")
Movie of the Week: "The
Raven"
The American
writer Edgar Allan Poe is considered, alongside the frenchman Jules Verne, one
of the pioneers of world fantastic literature. Poe, in addition of being a
writer and novelist, also held the activities of literary critic and newspaper
editor, and launched the foundations of detective fiction with creations like
"The Murders in the Rue Morgue." Many of his works were movie themes,
and now, the life and work of the writer were the inspiration for "The
Raven", premier in our theaters.
The life of
Poe, by itself would be a tragic odyssey. His father abandoned the family when
Edgar was one year old and his mother passed away soon after the birth of his
younger sister. The young orphan was created by a tobacco merchant who never
legally adopted him, although had given his surname to the boy.
By his
bohemian and adventurous behavior, and a total aversion to authority, Poe was
expelled from the University of Virginia and, later, from the renowned military
academy of West Point. After being banished by his father, Poe moved to
Baltimore, to the house of a widowed aunt, who lived with her young daughter,
Virginia. Some time later the two were married, he was twenty-five years old,
and she was thirteen.
The couple
lived between Philadelphia and New York, Virginia where he died of
tuberculosis, a fact that would increase over the emotional instability of Poe
and his dependence on alcohol. In 1849, Poe was found on the streets of
Baltimore, with clothes that were not his, in a state of delirium tremens, and
died four days later, and no one could establish the cause of his death, or
even the message he was trying to transmit.
These
tragic aspects of the writer's life served as inspiration for the fictional
work "The Raven", where the actor John Cusack plays the hapless writer.
In
Baltimore, 1849, Edgar Allan Poe lived by leaps and bounds, fighting with
friends and enemies because of his eccentric and irascible behavior, besides an
absolute financial hardship, despite having several books published.
But even
facing all these difficulties, Poe can still dream, because the beautiful Emily
(Alice Eve) maintain a hidden relationship with the eccentric writer. The
problem is that she is the daughter of one of the most powerful men of
Baltimore, Hamilton (Brendan Gleeson), who obviously hates Poe and his
writings.
While the
writer suffers from romantic troubles, the city is rocked by a shocking crime.
Three women from the same family, including a girl, are brutally murdered in
their house. But no person alive is found, as the house was fully closed. When
the Inspector Fields (Luke Evans) arrives, he not only discovers the trick used
by the murderer to escape, but also the strict similarity with the crime tale
"The Murders in the Rue Morgue", written by Poe.
Pressed by
police, Poe has not the faintest idea why someone would do this. It certainly
is a maniac who is behind it, and a new crime happens, this time with a man cut
in half by a blade driven by a pendulum, just like in the story "The Pit
and the Pendulum", from Poe also.
On every
crime, the killer purposely leaves clues about his next act. This time, he will
act at the home of Emily's father, during a masked ball. Reluctantly, Hamilton
leaves the police to monitor the party, but even then, the unthinkable happens,
and the girl is kidnapped by the villain, right in the ball.
From there
begins a game of cat and mouse between the killer and the police, with the help
of a desperate Poe, who is obliged to write and publish a story every day to
serve as a model for the villain.
Amidst all
these platitudes filled with explosions and special effects, it is great to see
an old-fashioned thriller, without the distortions like modern situations in a
story that takes place in the last century, for example.
Although it
is a very linear narrative, the mystery remains until the end. The film has an
agile and well done edition, which keeps the viewer's attention all the time,
what is helped by the excellent soundtrack.
The cast is
good, although the great merit is for Cusack, who brings us all the bitterness
and despair of Poe. Even never being a star of first magnitude, he has always
acted with great talent in all the films that participated.
The film
was shot in Serbia and Hungary, where there are cities that maintains the
characteristics of centuries ago. It is remarkable the scene of the siege the
killer in the church, where we really feel like another world.
Although
not a film for all audiences, "The Raven" gives us a chance to
rediscover the work of Edgar Allan Poe, a writer ahead of his time, who has
left a remarkable legacy, being one of the best North Americans writers of all
time.
And for the
hunters of errors in films, two "pearls": the heroine plays a piece
on the piano that Claude Debussy would compose many years after the events of
the film, which takes place in 1849 (he was born in 1862). The other is the
term serial killer, which is used in the film, but that only began to be used
by the press in the 1960s.
(Original title:
"The Raven")
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