Newton Ramalho
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O que está em cartaz
Os adultos terão que
esperar, pois os cinemas estão repletos de programação infanto-juvenil – e
chegando mais! Neste final de semana, a única estreia é a aventura “Branca de
Neve e o Caçador”, com Kristen Stewart. Continuam em cartaz a ficção “Homens de
Preto 3” (vejam na Sessão Filme da Semana), com
Will Smith e Tommy Lee Jones, o suspense “O Corvo”, com John Cusack, a ação
“Vingadores”, e o divertido infantil “Piratas Pirados”. Nas programações exclusivas,
o Cinemark exibe a comédia francesa “Faça-me Feliz”, na Sessão Cine Cult,
enquanto o Moviecom mantém o drama nacional “Paraísos Artificiais”, e a
ficção-científica “Battleship – A Batalha dos Mares”, com Liam Neeson. Na
próxima quinta, acontece a pré-estreia da animação “Madagascar 3 – Os
Procurados”.
Estreia 1: “Branca de Neve e o Caçador”
O caçador Eric (Chris Hemsworth) foi contratado
pela Rainha Má (Charlize Theron) para encontrar a Branca de Neve (Kristen
Stewart), que escapou do castelo. Contudo, quando ele descobre que o objetivo
de sua patroa não é só recapturar, mas também assassinar a jovem, ele passa a
ajudá-la em sua fuga, dando início a uma perigosa aventura. Dirigido por Rupert
Sanders, o filme é uma versão diferente da clássica história da Branca de Neve,
dos irmãos Grimm, fugindo da trama original. Aqui, o caçador não está
apaixonado pela heroína, mas, sim, é um homem honrado que passará a defendê-la
da malvada rainha. O elenco conta ainda com Ian McShane, Eddie Izzard, Bob Hoskins,
Toby Jones, Eddie Marsan, Ray Winstone e Nick Frost, que dão vida aos
conhecidos sete anões. “Branca de Neve e o Caçador” estreia nesta sexta-feira,
nas Salas 1 e 5 do Cinemark, e na Sala 4 do Moviecom. Classificação indicativa 12
anos. Cópias dubladas e legendadas.
(T. O.: “Snow
White and the Huntsman”).
Pré-Estreia: “Madagascar 3 – Os Procurados”
Os amigos Alex (Ben Stiller), Marty (Chris
Rock), Melman (David Schwimmer), Gloria (Jada Pinkett Smith), rei Julien (Sacha
Baron Cohen) e os pinguins deixam o continente africano rumo à Europa. Eles vão
parar em Mônaco, onde passam a ser perseguidos por uma obcecada agente de
controle animal (Frances McDormand). Em plena fuga, o grupo encontra abrigo em
um circo em crise. Logo
eles passam a ajudá-lo, iniciando um processo de revitalização que poderá
levá-los a uma turnê nos Estados Unidos e, consequentemente, de volta para
casa. A direção é de Eric Darnell, Tom McGrath, e Conrad Vernon. “Madagascar 3
– Os Procurados” terá pré-estreia na próxima quinta-feira, nas Salas 3 e 5 do
Moviecom. Classificação indicativa livre. Cópias dubladas.
(T.O.: “Madagascar 3: Europe 's
Most Wanted”)
Filme da Semana:
“Homens de Preto 3”
Um dos maiores problemas dos filmes
de entretenimento é quando os autores insistem em se levar a sério. Isso gera
problemas de verossimilhança, que é aquela coisa que se sabe que é inventado,
mas, que poderia acontecer de verdade. Bem, esse é um problema que não acontece
com “Homens de Preto 3” . O filme é uma farra só, do começo
ao fim, e sem dúvida é um dos mais divertidos do ano.
A série “Homens de Preto” foi
originada em 1997, com o primeiro filme, onde o policial James Edwards (Will
Smith) é recrutado pelo sisudo Agente K (Tommy Lee Jones) para fazer parte de
uma misteriosa organização que tinha como objetivo controlar o trânsito dos
extraterrestres em nosso planeta, e, quando era o caso, controlar os excessos.
Mesclando as divertidas e
inusitadas situações com os alienígenas – cachorros falantes, baratas gigantes,
e até sugerindo que Michael Jackson e Sylvester Stalone seriam ETs – o filme
fez um tremendo sucesso mundo afora, principalmente devido à química perfeita
entre a fleugma do personagem de Tommy Lee Jones e a juventude e o arrojo do
Agente J de Smith.
O filme mereceu inúmeros prêmios
importantes, como o Oscar de Melhor Maquiagem, o Globo de Ouro de melhor filme
- comédia/musical, o Grammy de melhor trilha sonora de filme, além do BAFTA de
melhores efeitos especiais.
Em 2002 foi feita uma sequência,
“Homens de Preto 2” ,
onde o Agente K é trazido de volta à ativa, após ter a memória apagada nos
acontecimentos do primeiro filme, para ajudar o Agente J a combater uma
perigosa alienígena.
Quinze anos após o primeiro filme e
dez após o segundo, chega a terceira sequência, “Homens de Preto 3” , reunindo a mesma dupla de
atores, Tommy Lee Jones e Will Smith.
Desta vez o vilão é Boris, o Animal
(Jemaine Clement), um extraterrestre que Agente K (Tommy Lee Jones) havia
capturado em 16 de julho de 1969, após decepar-lhe o braço que lançava dardos venenosos.
K conseguira, também, configurar um dispositivo chamado escudo ArcNet, que
protegia a Terra de uma invasão da espécie de Boris.
Mais de 40 anos depois, Boris foge
da prisão Lunar Max na Lua e chega na Terra, com a intenção de vingar-se de K.
Ao investigar um acidente de nave espacial, em Nova York , K deduz que
Boris fugira da prisão, e se prepara para o confronto.
Mas, a vingança do ET bandido é muito mais
extensa. Ele não só quer vingar-se de K, como também alterar a História,
evitando que K instale o ArcNet. Para isso, ele viaja ao passado, para destruir
K.
No dia seguinte, o agente J (Will
Smith) percebe que K não está mais em seu apartamento, e chegando à sede da MIB,
descobre que K está morto há mais de 40 anos, a Terra está desprotegida, e uma
invasão alienígena está prestes a acontecer. A agente O (Emma Thompson), a nova
chefe da MIB, deduz que houve uma fratura no espaço-tempo continuum. J vai até
Obadias Prince (Lanny Flaherty), um negociante do mercado negro que vendera o
dispositivo de viagem no tempo para Boris, e adquire o seu próprio, para voltar
no tempo até 15 de julho de 1969 - um dia antes do incidente envolvendo Boris e
o Agente K.
Ao voltar no tempo, J encontra-se
com o jovem K (Josh Brolin), que suspeita das suas intenções e tenta apagar sua
memória. No último momento J consegue convencer K do que está para acontecer, e
este decide ajudá-lo. Seguindo a pista de Boris, eles chegam a Griffin (Michael
Stuhlbarg), o último sobrevivente de uma raça, que tem o poder de prever o
futuro, e que está com o ArcNet.
Todas as pistas levam ao Cabo
Canaveral, onde está para ser lançado o foguete Apollo 11, que levará os
primeiros homens à Lua. Correndo contra o tempo, os agentes deverão localizar
Boris, colocar o ArcNet no topo do foguete e ainda impedir qualquer ação do
malévolo alienígena. Conseguirão os nossos herois fazer tudo isso?
Nesta edição de MIB foi mantida o
equilíbrio perfeito entre a ação e o humor, embora Tommy Lee Jones, que é um
dos melhores atores do cinema, tenha tido uma participação pequena no filme.
Josh Brolin, por sua vez, embora não esteja no mesmo patamar, não comprometeu o
filme, e conseguiu reproduzir alguns trejeitos do Agente K criado por Tommy Lee
Jones, mantendo a fidelidade do personagem.
Will Smith mostra um notável
amadurecimento, fugindo bastante do padrão “humorista-careteiro”, que abunda
nas comédias americanas. Depois de papeis dramáticos como “À Procura da
Felicidade” e “Sete Vidas”, Smith encontrou o ponto certo entre o drama e a
comédia, passando muita credibilidade em sua atuação.
Como seria de se esperar, “Homens
de Preto 3”
é repleto de efeitos especiais, mas, sem exageros, tendo até diminuído em
relação aos filmes anteriores. Por outro lado, as cenas de ação ficaram mais
intensas, destacando-se o clímax na torre de lançamento de Cabo Canaveral.
“Homens de Preto 3” é um filme direcionado para
toda a família, unindo a diversão de uma história de ETs com a graça do choque
de culturas, e principalmente, valorizando a amizade como uma das qualidades
mais nobres do ser humano, seja ele de qual galáxia for.
(Título original: “MIB III”)
Especial: “Cais
do Sertão”
Oriundo que sou das plagas
paraibanas, até o final dos anos 70 não conhecia nada de Natal, a não ser o
título de “capital espacial do Brasil”, e, vejam só, a feira do Alecrim,
comparável às suas congêneres de Caruaru e Campina Grande. Três décadas depois,
radicado como papa-jerimum, tenho a honra de comentar o documentário “Cais do
Sertão”, sobre o bairro do Alecrim, que considero o mais interessante da
cidade.
O bairro do Alecrim sempre fez
parte da minha vida, embora eu nunca tenha morado lá. Mas, foi lá que me
hospedei, nos primeiros dias em que vim morar em definitivo, foi onde a
filharada estudou, no tradicional Colégio da Neves, o primeiro – e o único – jogo
de futebol que assisti no saudoso Machadão, foi América e Alecrim, e foi
naquele emaranhado de ruas e avenidas que sempre busquei a solução de muitos
problemas domésticos.
Acredito que, como eu, muitos
natalenses pensam no Alecrim como o primeiro lugar para encontrar o que não
existe ou é difícil em outros bairros da cidade. Peças de carro, oficinas,
acessórios eletrônicos, tecidos, móveis, discos e livros usados, quinquilharias
chinesas, calçados de todos os tipos, produtos e ferramentas agrícolas, camisas
da seleção, etc., etc..
Mas, o que talvez mais expresse o
amor pelo bairro seja o prazer de, simplesmente, passear erraticamente pelas
ruas, largas ou estreitas, retas ou tortuosas, olhando produtos que nunca se
vai usar, ou, fazer uma “feira” nas lojas de 1,99, comprando coisas que nunca
funcionarão ou que mal resistem à primeira utilização.
Esse espírito, do amor ao bairro,
foi magnificamente capturado pelo diretor e jornalista Paulo Laguardia em seu
documentário “Cais do Sertão”, onde conseguiu, em 52 minutos primorosos, montar
uma visão caleidoscópica do Alecrim, através de depoimentos de moradores,
artistas, pesquisadores, comerciantes, e muitos outros.
Com uma edição dinâmica, o que
poderia ser um desenrolar monótono de opiniões formou uma bela colcha de
retalhos explorando as origens do bairro, sua opulência cultural com cinemas,
teatros e bares boêmios tradicionais, os grupos carnavalescos, e a importância
para o comércio da cidade e do estado.
Mas, o documentário não se furtou a
discutir os problemas que persistem, como a progressiva eliminação das áreas
verdes, o embate entre o comércio tradicional e os camelôs, o trânsito cada vez
mais engarrafado e o reduzido espaço para circulação.
“Cais do Sertão” é um belo retrato
daquele que é talvez o lugar mais representativo de Natal, fora dos
estereótipos de praias e dunas, que apenas os verdadeiros natalenses – natos ou
adotados – conseguem reconhecer.
Eventos
“Cais do Sertão” estreia nesta sexta-feira no Alecrim
Dirigido pelo jornalista e
documentarista Paulo Laguardia, estreia hoje o aguardado documentário em vídeo “Cais
do Sertão”, sobre um dos bairros mais antigos e importantes de Natal. Com 52
minutos de duração, o documentário aborda a história, crescimento, comércio
popular, a antiga vida cultural e as figuras populares que fizeram história no
local. A relevância econômica para a cidade e os problemas também não foram
esquecidos, como o engarrafamento, o pouco espaço de circulação para as
pessoas, a falta de verde, e outras polêmicas, como sua data de fundação e o
conflito entre empresários e camelôs. A estreia do filme ocorre nesta
sexta-feira, 1º de junho, no Mercado da 6, às 18h30.
“A Cidade e os Cachorros” no Ciclo America Latina no
Cinema
Na próxima semana, o projeto
América Latina no Cinema, realização da UFRN e UERN, promoverá mais uma
exibição, desta vez com a produção peruana “A Cidade e os Cachorros”, dirigido
por Francisco J. Lombardi. No Leoncio Prado, de Lima, colégio militar da
capital do Peru, as condições de vida são tremendamente duras. O assassinato de
um aluno, uma das vítimas, tanto dos alunos como do sistema militar, origina um
conflito entre o honesto Tenente Gamboa e seus superiores, que pretendem evitar
qualquer investigação que possa pôr em dúvida o bom funcionamento do colégio. A
exibição será na Biblioteca Central Zila Mamede (UFRN), na terça-feira, dia
05/06, às 18.30 h. Depois do filme, como sempre, sorteio de brindes e debate.
Lançamentos em DVD/Blu-Ray
“Super 8”
Steven Spielberg e J.J. Abrams unem
forças nesta extraordinária história de juventude, mistério e aventura. Super 8
conta a história de seis amigos que testemunham a destruição de um trem,
enquanto fazem um filme em super 8, e acabam descobrindo que algo inimaginável
escapou durante o acidente. Agora, a coisa mais misteriosa do que saber o que
seria isso… é saber o que isso realmente quer. A direção é de J.J. Abrams. Disco
com formato de tela widescreen anamórfico e áudio Dolby Digital 5.1, e, como Extras,
Comentários de J.J. Abrams, Bryan Burk e Larry Fong, e os documentários “O
Sonho por Trás de Super 8” ,
e “O Visitante Está Vivo”. (T.O.: “Super 8” ).
“Sob o Domínio do Medo”
Um jovem casal (James Marsden e
Kate Bosworth) mudam-se para uma peculiar cidade do sul. Logo, esse esconderijo
perfeito transforma-se um inferno quando segredos obscuros e paixões letais se
descontrolam. Presos por um bando de residentes depravados liderados por um
cruel predador (Alexander Skarsgard), passam uma noite sangrenta em extrema
agonia. A única esperança de sobrevivência deles agora é tornarem-se mais
selvagens que seus torturadores cruéis. O disco traz o filme com formato de
tela widescreen anamórfico e áudio em Dolby Digital 5.1, e, como Extras, Controvérsia:
Um Clássico Refeito, A Dinâmica do Poder: A Montagem, Dentro do Sítio: O Último
Espetáculo, Criando a Casa: Design de Produção, e Comentário com o
Roteirista/Diretor Rod Lurie. (T.O.: “Straw Dogs”).
“Coco Antes de Chanel”
Em um retrato memorável realizado a
partir de um esforço conjunto, a adorável Audrey Tautou se transforma no
lendário ícone da moda mundial, Coco Chanel. Do seu começo humilde em um
orfanato na França até as extravagâncias da alta sociedade parisiense, o
espírito criativo indômito de Chanel foi expresso através da música, de sua
rebeldia social e, principalmente, através da moda. Benoît Poelvoorde e
Alessandro Nivola interpretam os elegantes e prósperos homens que se envolveram
com a multifacetada Coco Chanel, cuja visão e estilo - inspirados pela moda e
alimentados pela paixão - pavimentaram uma audaciosa nova passarela que exibia
o visual, os vestidos e as vidas das mulheres modernas. O disco traz o filme
com formato de tela widescreen e áudio Dolby Digital 5.1. (T.O.: “Coco Avant
Chanel”).
“Senhoritas em Uniforme”
Clássico do cinema. Manuela von
Meinhardis é órfã, criada pela tia, e enviada a um internato de moças. A grande
fragilidade de seu coração a apegar-se a professora Fräulein von Bernburg, que
mantém um laço estreito com as alunas, apesar do pulso firme da diretora, que a
desaprova. Ousado para sua época, o filme narra a amizade - e eventual atração
romântica - entre a personagem de Romy Schneider e sua professora, vivida por
Lili Palmer (O Falso Traidor) em um internato feminino. Lançado originalmente
em 1958, é uma refilmagem de clássico alemão de 1931. Disco com formato de tela
letterbox, e som Dolby Digital. (T.O.: “Mädchen in Uniform”).