Newton Ramalho
colunaclaquete@gmail.com – www.colunaclaquete.blogspot.com
- @colunaclaquete
O que está em cartaz
Fim de semana
preguiçoso, entre a ressaca do carnaval e a expectativa do Oscar. As estreias da
semana são o suspense “A Mulher de Preto”, com Daniel Radcliffe, o drama “Tão
Forte e Tão Perto”, a produção francesa “Deuses e Homens”, na Sessão Cine Cult,
e a ópera “Royal Opera House: Tosca”, ambos no Cinemark. Continuam em cartaz o
drama “A Invenção de Hugo Cabret” (vejam
na Sessão Filme da Semana), de Scorsese, a ação “Motoqueiro Fantasma – Espírito
de Vingança”, a aventura “Viagem 2: A Ilha Misteriosa”, e a comédia nacional
“Reis e Ratos”. Nas programações exclusivas, o Cinemark mantém “Star Wars:
Episódio I – A Ameaça Fantasma”, “Os Descendentes”, e “Millenium – Os Homens
Que Não Amavam as Mulheres”, enquanto o Moviecom exibe o drama “A Dama de
Ferro”, com Meryl Streep, e o infantil “Alvin e os Esquilos 3” .
Estreia 1: “A Mulher de Preto”
Arthur Kipps (Daniel Radcliffe) é um jovem
advogado contratado para cuidar dos negócios de um cliente e para isso teve que
se dirigir para um pequeno vilarejo com o intuito de regularizar documentos.
Hospedado em uma casa isolada, ele passa a ter visões sinistras e acaba se
envolvendo numa trama de vingança. No meio de sua investigação, Arthur descobre
segredos terríveis e recebe assustadoras visitas de uma mulher de preto, figura
fantasmagórica que toda a cidade se recusa a discutir. A direção é de James
Watkins. “A Mulher de Preto” estreia nesta sexta-feira, na sala 4 do Cinemark, e na Sala 1 do Moviecom. Classificação indicativa
14 anos.
Estreia 2: “Tão Forte e Tão Perto”
A narrativa de Tão Forte e Tão Perto gira em
torno do excepcional Oskar Schell, que aos 9 anos já é inventor amador,
admirador da cultura francesa e pacifista. Depois de encontrar uma misteriosa
chave que pertencia a seu pai, morto nos atentados de 11 de setembro, o garoto
embarca em uma incrível jornada – uma busca frenética por um segredo cruzando
as cinco regiões de Nova York. Ao percorrer a cidade, ele encontra pessoas de
todos os tipos, todos sobreviventes em seus próprios caminhos. Por fim, a
jornada de Oskar termina onde começou, mas com o consolo da experiência mais
humana de todas: o amor. A direção é de Stephen Daldry. “Tão Forte e Tão Perto”
estreia nesta sexta-feira, na sala 7 do Moviecom. Classificação indicativa dez
anos.
Sessão Cine Cult: “Homens e Deuses”
Década de 90. Um grupo de oito monges franceses
vive em um mosteiro localizado no alto de uma montanha na Argélia. Liderados
por Christian (Lambert Wilson), eles vivem em perfeita harmonia com a
comunidade muçulmana local. O exército oferece proteção contra as ameaças que
surgem, mas os monges a recusam. Preferem levar sua vida de forma simples,
dando continuidade à sua missão independente do que vier a acontecer com eles.
A direção é de Xavier Beauvois. “Homens e Deuses” estreia nesta sexta-feira, na
Sala 5 do Cinemark, na sessão de 14h. Classificação indicativa 14 anos.
Especial:
“Royal
Opera House: Tosca”
Tosca é um ópera de Giacomo Puccini com
libretto de Guiseppe Giacosa e Luigi Illica, segundo a peça dramática de
Victorien Sardou La Tosca de 1887. Uma das melhores óperas do compositor, Tosca
retrata uma história de amor, vingança, crueldade e morte passada em Roma em
Junho de 1800, tendo por fundo as guerras napoleônicas e o ambiente
revolucionário então vivido. O esplendor dos rituais eclesiásticos, a
tenebrosidade de uma sala de estudo com sua câmara de tortura escondida e o
falso otimismo de um radiante amanhecer em Roma são elementos que destacam o
amor da linda diva Tosca, o idealismo de seu amante, Cavaradossi, e a
destrutiva e mortífera obsessão do sinistro chefe de polícia, Scarpia. A
direção é de Johnatan Kent. “Royal Opera
House: Tosca” terá sessões no sábado (14h), domingo (18h) e terça-feira (19h),
na Sala 7 do Cinemark. Classificação indicativa dez anos.
Filme da Semana:
“A Invenção de Hugo Cabret”
Para quem detesta carnaval, como
eu, a programação dos cinemas mostrou-se uma excelente alternativa, graças a
uma diversidade de títulos interessantes para conferir. Um deles, em especial,
me tocou mais fundo, por tratar, indiretamente, da história de minha grande
paixão, o cinema. O filme em questão é “A Invenção de Hugo Cabret”, do diretor
Martin Scorsese.
A sinopse não informava muito, e
mesmo o trailer do filme parecia tratar mais de uma fantasia envolvendo um
menino órfão e um autômato, de modo que, para mim, foi certa surpresa descobrir
que o tema principal do filme é o homem que deu ao cinema a sua função de
entretenimento, tal como a conhecemos hoje.
A história do filme é mostrada
através da ótica de Hugo Cabret (Asa Butterfield), um jovem órfão filho de um
dedicado relojoeiro (Jude Law), morto em uma explosão em um museu. Hugo é
abrigado pelo tio, Claude (Ray Winstone), que vivia permanentemente bêbado, e
tinha como emprego cuidar de todos os relógios de uma estação ferroviária. Hugo
foi treinado pelo tio para substituí-lo em suas funções, e em suas bebedeiras,
ele simplesmente sumiu do mapa.
Hugo tinha um desejo secreto, que
era de colocar em funcionamento um velho e semidestruido autômato que o pai
recolhera do lixo de um museu. Os dois dedicavam-se horas a fio, estudando e
reconstruindo as peças necessárias, até que a morte do pai deixou o garoto
sozinho.
Enquanto roubava comida para
sobreviver, Hugo também furtava as peças de uma loja de truques e brinquedos
mantida pelo rabugento Georges (Ben Kingsley). Numa destas vezes, Hugo é pego
por Georges, que ameaça entregá-lo ao rigoroso Inspetor da Estação (Sacha Baron
Cohen).
Hugo conhece Isabelle (Chloë Grace
Moretz), que imagina ser a neta de Georges, mas, descobre que ele e a mulher
são os padrinhos da menina, que a adotaram quando os pais morreram em um
acidente.
Isabelle traz consigo a peça que
faltava para o autômato funcionar, uma chave em formato de coração. Mas, o
resultado deste retorno à vida parece ser algo mais estranho ainda, pois traz o
desenho de um projétil entrando no olho de uma lua estilizada.
Ao procurarem mais informações
sobre o assunto, terminam descobrindo que o misterioso padrinho de Isabelle era
ninguém menos do que o famoso Georges Méliès, um entusiasta do cinema em seus
primórdios, e que, aparentemente, morrera durante a Primeira Grande Guerra.
Não há menor dúvida de que foram os
irmãos Louis e Auguste Lumiére os inventores do cinema, em sua concepção de
fotografias contínuas, exibidas em uma velocidade que passa ao espectador a
ilusão de imagens em movimento. No ano de 1895 os irmãos projetaram “A Saída
dos Operários da Fábrica Lumiére” para a Societé d’Encouragement pour l’Industrie
Nationale, em março, e em 28 de dezembro, organizaram a primeira exibição de
filmes para um público pagante, em Paris.
Mas, nem mesmo os Lumiére
acreditavam que sua invenção seria mais do que uma curiosidade passageira.
Homens de negócio, mesmo quando viram o interesse público, dedicaram-se mais à
cobertura de fatos e lugares exóticos, numa linha que, num futuro rumaria ao
cinejornalismo.
Outras pessoas, porém, vindas do
teatro de variedades, perceberam um potencial para o entretenimento fabuloso. Um
destes foi Georges Méliès, que vinha de uma carreira bem sucedida nos palcos,
chegando mesmo a possuir um teatro próprio, Théatre Robert-Houdin em Paris, que
havia pertencido ao famoso Houdin, onde exibia inúmeros truques utilizando
frutos de sua prodigiosa habilidade.
Quando assistiu uma das exibições
dos irmãos Lumiére, Georges ficou fascinado com as possibilidades que aquilo
poderia trazer para o mundo do entretenimento. Ao tentar comprar uma das
câmeras dos Lumiére, teve a proposta rejeitada.
O cineasta ganhou um protótipo
criado pelo cinematógrafo inglês Robert William Paul e ficou tão entusiasmado
com o mesmo, que saía filmando pelas ruas de Paris. Um dia, a câmera engalhou,
voltando a funcionar pouco depois. Ao revelar o filme, o cineasta viu um carro
transformar-se num ônibus, o que entusiasmou Méliès. A esta trucagem ele deu o
nome de stop-action.
Georges era apaixonado pelo
ilusionismo, unindo o fantástico ao macabro. Um dos seus primeiros filmes, “O
Homem com a Cabeça de Borracha” (1901), traz o cineasta como um cientista que
decepa a própria cabeça para inflá-la como um fole. Em “Viagem à Lua”, (1902),
mostra uma espaçonave sendo enviada à Lua, e “alunissando” no olho do nosso
satélite, com direito a lutas com selenitas, e uma gloriosa viagem de retorno.
Os filmes de Méliès ficaram mais e
mais elaborados, com muitos efeitos especiais, sempre com transformações e
desaparecimentos. Os filmes da época, que eram mudos e em preto-e-branco,
ganharam cores nas produções dele, com os fotogramas pintados à mão, um por um.
Em função do seu perfeccionismo, e
com a aproximação da Guerra Mundial (ainda não se imaginava que haveria uma
segunda), George Méliès terminou falindo, e muitos dos seus filmes originais
terminaram sendo vendidos como sucata, para a extração da prata, detalhe que é
mostrado no filme.
Em 1923 ele foi declarado falido, e
seu amado teatro foi demolido. Méliès praticamente desapareceu na obscuridade
até o final dos anos 20, quando a sua valiosa contribuição para o cinema foi
reconhecida pela França, em 1931, recebeu a condecoração da Legião de Honra, e a
moradia no Château D’Orly, um retiro para artistas do cinema, do qual ele seria
o primeiro ocupante, e onde viveu os últimos anos de vida.
Georges Méliès morreu em 1938,
depois de fazer cerca de quinhentos filmes no total - financiando, dirigindo,
fotografando e estrelando quase todos eles.
Ao invés de optar por uma
cinebiografia de Méliès – que certamente ficaria fantástica – Scorsese optou
por uma visão lírica e fantasiosa, que trouxe ao espectador a essência da qual
o cinema é formado: da imaginação.
Não é para menos que o filme está
concorrendo em inúmeras categorias do Oscar, pois todos os detalhes estão muito
bem feitos e bem cuidados. O elenco também está perfeito, principalmente Ben
Kingsley, que já tem uma semelhança física com o verdadeiro Georges, e até
Sacha Baron-Cohen, que prova ser um bom ator, quando sai dos seus papéis
escatológicos, de “Borat” e “Bruno”.
Embora não seja um filme infantil,
a classificação indicativa livre permite que se assista com toda a família, o
que é uma boa oportunidade para compreender porque o slogan, durante muito
tempo dizia ser o Cinema a melhor diversão.
Uma diversão adicional são os
trechos dos filmes reais de Méliès, e de dois outros grandes humoristas pouco
conhecidos hoje, Harold Lloyd e Buster Keaton. Confiram.
Lançamentos em DVD/Blu-Ray
“Depois de Partir”
Nathan (Romain Duris) é um advogado
bem sucedido, que mora em Nova Iorque e possui uma carreira brilhante, bem
diferente de sua vida pessoal que desmoronou após o seu divórcio com Claire
(Evangeline Lilly), seu único amor. Um dia, ele conhece o doutor Kay (John
Malkovich), um médico misterioso que se apresenta como o "Mensageiro"
e alega pressentir quando alguém está próximo da morte. Nathan custa a
acreditar na profecia do médico, até que ele testemunha alguns acontecimentos
que confirmam as palavras do tal médico e mostram que seus dias na terra estão
se esgotando. Disco com formato de tela widescreen anamórfico e áudio Dolby
Digital 5.1.
“Santa Paciência”
Nesta elogiada comédia inglesa,
vemos Mahmud um sujeito normal como outro qualquer. Dentro de casa é um
adorável marido, um pai dedicado e assumidamente um muçulmano não-praticante.
Até que um dia, uma descoberta colocará Mahmud no centro de uma rivalidade
milenar, causando a maior crise de identidade, que já se viu. Ele descobre que
é adotado, e que na verdade, nasceu em uma família genuinamente judia. “Santa
Paciência” é uma hilária e inusitada comédia, sobre duas das religiões mais
tradicionais e antagonistas da história, onde o mais perigoso que pode
acontecer, é você morrer de rir! A direção é de Josh Appignanesi. O disco traz
o filme com formato de tela widescreen e áudio Dolby Digital 5.1.
“Arranca-me a Vida”
Adaptação do romance
"Arráncame la vida" da mexicana Ángeles Mastretta. A trama gira em
torno de Catalina, uma jovem que pouco sabe da vida quando é apresentada pelos
pais ao general Andrés Ascencio, candidato a governador do estado de Puebla.
Por imposição da família, os dois se casarão dali a semanas. Mas, Catalina,
apaixonada e imaginativa, descobre em pouco tempo que não concorda com aquele
modo de vida e não pode aceitar uma união sem amor. Disco com formato de tela
widescreen anamórfico e áudio Dolby Digital 5.1.
“A Montanha dos Canibais”
A bela Susan Stevenson (Ursula
Andress) organiza uma expedição a uma perigosa região selvagem da Nova Guiné
para encontrar o marido, um milionário desaparecido. Consegue convencer um
antropólogo que quase morreu no mesmo lugar, o prof. Foster (Stacy Keach), a
liderar a expedição. Porém, ao atravessarem a selva, os membros do grupo
começam a ser eliminados por uma tribo de selvagens que vive na região, e que
idolatra um misterioso deus canibal. O disco traz o filme com formato de tela widescreen
anamórfico e áudio em Dolby Digital 2.0, e, como extras, Galeria de Fotos e
Biografia.
Confira na TV
“Heroi”, na
Globo
Um coletor de lixo vira herói ao resgatar uma garotinha de um carro em
chamas. Os anos passam e ele é esquecido. Assim, ele busca consolo na bebida,
mas quando se vê no meio de um assalto, leva um tiro para proteger a caixa do
banco. No hospital, planeja vingar-se dos ladrões, mas está na mira de um
detetive que o considera o principal suspeito de vários assassinatos brutais. Sábado, às 22h50.
“Sorte no Amor”, na
Globo
Ashley
Albright é a pessoa mais sortuda de Nova York. Tudo o que ela quer, acontece:
tem um ótimo emprego e ainda recebe a chance de subir mais na carreira,
planejando um baile de máscaras para um grande nome da música. Só que lá ela
conhece Jake Hardin, a pessoa mais azarada da cidade. Eles se beijam e,
misteriosamente, a sorte deles é trocada. Domingo, às 13h50.
Oscar,
na Globo
Transmissão da premiação do Oscar. Domingo, às 23h55.
“Guerra ao Terror”, na
Globo
Faltando
apenas 38 dias para completar um ano de serviço e voltar para casa, um
esquadrão antibombas do exército americano em missão no Iraque sofre a baixa do
comandante da equipe, substituído por um especialista menos cuidadoso consigo
mesmo e com os outros. Domingo, às 01h50.
Film de la
semaine: "L'invention d'Hugo Cabret"
Pour ceux qui détestent le carnaval, comme moi, la programmation des
théâtres a prouvé une excellente alternative, grâce à une variété de titres
intéressants à vérifier. Un
en particulier m'a touché plus profondément, parce qu'il indirectement, il
avait tout a faire avec l'histoire de ma grande passion, le Cinéma. Le film en
question est "L'invention d'Hugo Cabret" du réalisateur Martin
Scorsese.
Le synopsis n'a pas signalé
beaucoup, et même la bande annonce semblait pour traiter plus d'une fantaisie
impliquant un garçon orphelin et un robot, de sorte que, pour moi, était un peu
surpris de découvrir que le thème principal du film etait l'homme qui a donné
au cinéma sa fonction de divertissement, tel que nous le connaissons
aujourd'hui.
L'histoire du film est montré à
travers la optique de Hugo Cabret (Asa Butterfield), un jeune orphelin, fils
d'un dédié horloger (Jude Law), tué dans une explosion dans un musée. Hugo est
à l'abri de son oncle, Claude (Ray Winstone), qui vivaient en permanence ivre,
et a eu la tâche de prendre soin de toutes les horloges de une gare. Hugo a été
formé par son oncle pour le remplacer dans ses fonctions, et dans son ivresse,
il a simplement disparu du monde.
Hugo avait un désir secret, qui a
été mis en service une demi-détruite vieil automate que son père ramassé la
poubelle d'un musée. Les deux ont été engagés pendant des heures, l'étude et la
reconstruction des pièces nécessaires, jusqu'à ce que la mort de son père a
quitté le garçon seul.
Alors que il vol de nourriture pour
survivre, Hugo ont également volé des pièces d'un magasin de trucs et de
jouets, maintenu pour l'étrange Georges (Ben Kingsley). En ces temps, Hugo est
capturé par Georges, qui menace de le remettre au rigoureux inspecteur station
(Sacha Baron Cohen).
Hugo connaît Isabelle (Chloë Grace
Moretz), qu'il imagine qu'il est la petite-fille de George, mais découvre que
lui et son épouse sont les parrains de la jeune fille, et qui ils ont la adopté
lors de leurs parents sont morts dans un accident.
Isabelle apporte une pièce manquante à l'automate à la fonction, une
clé en forme de coeur. Mais, le résultat de ce retour à la vie semble être
quelque chose d'encore inconnu, car il apporte le dessin d'une balle en
pénètrent dans l'œil d'une lune stylisée.
En cherchant plus d'informations sur le sujet, ils décpouvrent que le
mystérieux parrain de Isabelle n'était autre que le célèbre Georges Méliès, un
passionné de cinéma à ses débuts, et qui, apparemment, a été mort pendant la
Première Guerre Mondiale.
Il ne fait aucun doute que furent les frères Auguste et Louis Lumière
les inventeurs du cinéma, dans sa conception de photos en continu, projeté à
une vitesse qui donné au spectateur l'illusion d'images animées. En Mars de
1895, les frères exposent " La Sortie de l'usine Lumière à Lyon" à la
Société d'Encouragement pour l'Industrie Nationale, et Décembre 28, ils ont
organisé la première exposition de films à un public payant, à Paris.
Mais, même les fréres Lumière ne croyaient pas que son invention serait
plus qu'une curiosité passagère. Les hommes d'affaires, même quand ils ont vu
l'intérêt public, se sont consacrés plus de couvrir les événements et lieux
exotiques, une ligne qui, à l'avenir serait du cinejornalisme.
D'autres personnes, cependant, venant de vaudeville, réalisé le
potentiel fabuleux du cinéma pour le divertissement. L'un d'eux était Georges
Méliès, qui venait d'une carrière couronnée de succès sur la scène, et dispose
même d'un théâtre propre, Théâtre Robert-Houdin à Paris, qui avait appartenu à
la célèbre Houdin, où il faisait de nombreuses trucs en utilisant les fruits de
son talent prodigieux.
Quand il a vu l'un des projections des frères Lumière, Georges est
devenu fasciné par les possibilités qu'elle peut apporter à l'univers du
divertissement. Lorsque il a essayé d'acheter l'un des Luimére caméras, il
avait rejeté la proposition.
Le cinéaste a remporté un prototype créé par l'anglais cinéaste Robert
Paul William, et il était tellement excité à ce sujet, il a filmé dans les rues
de Paris. Un jour, le mécanisme de la caméra entravé, tournant a fonctionner
peu de temps après. En
révélant le film, le cinéaste a vu une voiture tournant dans un bus, ce que
enthousiasme Méliès. Ce truc qu'il a donné le nom de stop-action.
Georges était passionné par l'illusionnisme, unissant le fantastique
pour le macabre. Un de ses premiers films, "L'Homme à la tête en
caoutchouc" (1901), apporte le cinéaste comme un scientifique qui coupe la
tête à gonfler comme un soufflet. Dans "Voyage dans la Lune" (1902),
montre un vaisseau spatial envoyé à la lune, et «alunissant" dans l'oeil
de notre satellite, avec les combats avec les Sélénites, et un voyage de retour
glorieux.
Les films de Méliès sont devenu de plus en plus élaborées, avec de
nombreux effets spéciaux, toujours avec les transformations et les
disparitions. Les films de l'époque, qui étaient muettes et en noir et blanc,
gagné des couleurs dans les productions de Méliès, peints à la main, des
cadres, un par un.
En raison de son perfectionnisme, et avec l'approche de la Grande
Guerre Mondiale (pas encore imaginé qu'il y aurait une seconde), Georges Méliès
fini pour faillite, et beaucoup de ses films originaux ont fini par être vendu
à la ferraille, pour l'extraction de l'argent, un détail qui est représentée
dans le film.
En 1923, il a été déclaré en faillite, et son théâtre bien-aimée a été
démoli. Méliès a pratiquement disparu dans l'obscurité jusqu'à fin des années
20, lorsque sa précieuse contribution au cinéma a été reconnue par la France en
1931, a reçu la décoration de la Légion d'Honneur, et le logement au Chateau
D'Orly , une retraite pour les artistes du cinéma , dont il serait le premier
occupant, et où il a vécu les dernières années de la vie.
Georges Méliès est décédé en 1938,
après avoir fait cinq cents films en tout - financement, réalisation, tournage
et joué dans presque tous d'entre eux.
Au lieu d'opter pour un biopic de
Méliès - il serait certainement fantastique - Martin Scorsese a choisi un
lyrique e onirique vision, qui a amené au spectateur dont l'essence du cinéma
est formée: l'imagination.
Pas étonnant que le film est en
cours de concurrence dans plusieurs catégories au Oscar, pour tous les détails
sont très bien fait et bien entretenu. Le casting est aussi parfait, en
particulier Ben Kingsley, qui a déjà une ressemblance physique avec le réel
George, et même Sacha Baron-Cohen, qui se révèle être un bon acteur, quand il
sort de leur rôles eschatologiques comme "Borat" et "Bruno"
.
Bien que n'étant pas un film pour
enfants, la classification indicative libre rend "L'Invention d'Hugo
Cabret" un programme pour toute la famille, qui est une bonne occasion de
comprendre pourquoi le slogan du cinéma être le plus grand des plaisirs.
Un plaisir supplémentaire sont les
parties réelles des films de Méliès, et deux autres grands humoristes peu
connus aujourd'hui, Harold Lloyd et Buster Keaton. Essayez, vous ne regretterez
pas.
Movie of
the Week: "Hugo"
For
those who hate Carnival, like me, the programming of theaters proved to be an
excellent alternative, thanks to a variety of interesting titles to check. One
in particular touched me more deeply, because it talked about the history of my
great passion, the movies. The film in question is "Hugo", directed
by Martin Scorsese.
The
synopsis did not report much about the movie, and even the trailer seemed to be
just a fantasy involving an orphan boy and a robot, So, I was a little
surprised to discover that the main theme of the film is the man who gave to
the movies its entertainment function, as we know today.
The
film's story is shown through the lens of Hugo Cabret (Asa Butterfield), a
young orphan, son of a dedicated watchmaker (Jude Law), killed in an explosion
in a museum. Hugo is sheltered by his uncle, Claude (Ray Winstone), who lived
permanently drunk, and whose job was taking care of all the clocks in a train
station. Hugo was trained by his uncle to replace him in his duties, and in his
drunkenness, he simply disappeared from the map.
Hugo
had a secret desire, which was put into operation a half-destroyed old
automaton that his father picked up the trash of a museum. The two were engaged
for countless hours, studying and rebuilding the parts, until the death of his
father left the boy alone.
While
stealing food to survive, Hugo also stole parts from a store of tricks and toys
maintained by the grumpy Georges (Ben Kingsley). In one of these times, Hugo
was caught by Georges, which threatened to deliver him to the rigorous Station
Inspector (Sacha Baron Cohen).
Hugo
met Isabelle (Chloë Grace Moretz), who he imagined to be the granddaughter of
George, but discovers that he and his wife are the godfathers of the girl, who
was adopted when their parents died in an accident.
Isabelle
brings the missing piece to the automaton to function, a heart-shaped key. But
the result of this return to life seems to be something even stranger, as it
brings the design of a bullet entering the eye of a stylized moon.
In
seeking more information on the subject, the young couple discovered that the
mysterious godfather of Isabelle was none other than the famous Georges Méliès,
a movird enthusiast in its start, and who apparently had died during the First
World War.
There
is no doubt that the brothers Auguste and Louis Lumière were the inventors of
cinema, in its conception of continuous pictures, displayed at a speed that the
viewer has the illusion of moving images. In 1895 the brothers exhibited the
short movie "Workers Leaving the Lumière Factory" to the Societé
d'Encouragement pour l'Industrie Nationale in March, and, in December 28, they
organized the first exhibition of films to a paying audience in Paris .
But
even the Lumière believed that his invention would be no more than a passing
curiosity. Businessmen, even when they saw the public interest, devoted
themselves more to cover events and exotic locales, a line that, in the future
would led to the cinenews.
Other
people, however, coming from vaudeville, realized the fabulous potential of cinema
for entertainment. One of these was Georges Méliès, who came from a successful
career on stage, and even has his own theater, Théâtre Robert-Houdin in Paris,
which had belonged to the famous Houdin, where numerous tricks were displayed
using the fruits of his prodigious skill.
When
Méliès saw one of the Lumière's presentations, he became fascinated with the
possibilities it could bring to the world of entertainment. But, when he tried
to buy one of the cameras from the Lumiéres, had rejected his proposal.
The
filmmaker won a prototype created by English cinematographer Robert William
Paul, and was so excited with it, started out shooting the streets of Paris.
One day, the mechanism of the camera locked, returning to work a few minutes
after. By revealing the film, the filmmaker saw a car turn into a bus, which
enthused Méliès. He gave the trickery the name of stop-action.
Georges
was passionate about illusionism, uniting the fantastic to the macabre. One of
his first films, "The Man with the Rubber Head" (1901), brings the
filmmaker as a scientist who cuts off his head to inflate like a bellows. In
"Journey to the Moon" (1902), he shows a spacecraft being sent to the
moon, and "moonlanding" in the eye of our satellite, with the fights
with Selenites, and a glorious return trip to Earth.
Méliès's
films became more and more elaborate, with many special effects, always with
transformations and disappearances. The films of that time were silent and
black-and-white, but Méliès put colors in his productions, with hand-painted
frames, one by one.
Due
to his perfectionism, and with the approach of World War (none could imagine
that there would be a second one), George Méliès ended in bankruptcy, and many
of his original films ended up being sold as scrap, for the extraction of
silver, a detail which is shown in "Hugo".
In
1923 he was declared bankrupt, and his beloved theater was demolished. Méliès
has virtually disappeared into obscurity until the late '20s, when his valuable
contribution to cinema was recognized by France in 1931, when he received the
distinction of the Legion of Honor, and housing at the Chateau D'Orly, a
retreat for artists of cinema , which he would be the first occupant, and where
he lived the last years of life.
Georges
Méliès died in 1938, after making five hundred films at all - financing,
directing, shooting and starring in almost all of them.
Instead
of opting for a biopic of Méliès - it certainly would be fantastic - Scorsese
chose a lyrical, dreamlike vision that brought the viewer the essence of which
the cinema is built: the imagination.
No
wonder that the film is competing in several Oscar categories, for the care e
perfectionism that was taken. The cast is also perfect, especially Ben
Kingsley, who already has a physical resemblance to the real George Méliès, and
even Sacha Baron-Cohen, who proves to be a good actor, when he get rid of
eschatological roles as "Borat" and "Bruno" .
Although
not a children's film, the indicative classification for all ages allows it for
watching with the whole family, which is a good opportunity to understand why
the slogan has long claimed the cinema as being the best fun.
An
additional fun are the real parts of the films of Méliès, and two other great
humorists little known today, Harold Lloyd and Buster Keaton. Check it out.
Nenhum comentário:
Postar um comentário