quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Coluna Claquete – 24 de fevereiro de 2012





Newton Ramalho

 

colunaclaquete@gmail.comwww.colunaclaquete.blogspot.com  - @colunaclaquete


 

 

O que está em cartaz

Fim de semana preguiçoso, entre a ressaca do carnaval e a expectativa do Oscar. As estreias da semana são o suspense “A Mulher de Preto”, com Daniel Radcliffe, o drama “Tão Forte e Tão Perto”, a produção francesa “Deuses e Homens”, na Sessão Cine Cult, e a ópera “Royal Opera House: Tosca”, ambos no Cinemark. Continuam em cartaz o drama “A Invenção de Hugo Cabret” (vejam na Sessão Filme da Semana), de Scorsese, a ação “Motoqueiro Fantasma – Espírito de Vingança”, a aventura “Viagem 2: A Ilha Misteriosa”, e a comédia nacional “Reis e Ratos”. Nas programações exclusivas, o Cinemark mantém “Star Wars: Episódio I – A Ameaça Fantasma”, “Os Descendentes”, e “Millenium – Os Homens Que Não Amavam as Mulheres”, enquanto o Moviecom exibe o drama “A Dama de Ferro”, com Meryl Streep, e o infantil “Alvin e os Esquilos 3”.

 

Estreia 1: “A Mulher de Preto


Arthur Kipps (Daniel Radcliffe) é um jovem advogado contratado para cuidar dos negócios de um cliente e para isso teve que se dirigir para um pequeno vilarejo com o intuito de regularizar documentos. Hospedado em uma casa isolada, ele passa a ter visões sinistras e acaba se envolvendo numa trama de vingança. No meio de sua investigação, Arthur descobre segredos terríveis e recebe assustadoras visitas de uma mulher de preto, figura fantasmagórica que toda a cidade se recusa a discutir. A direção é de James Watkins. “A Mulher de Preto” estreia nesta sexta-feira, na sala 4 do Cinemark, e na Sala 1 do Moviecom. Classificação indicativa 14 anos.

 

Estreia 2: “Tão Forte e Tão Perto


A narrativa de Tão Forte e Tão Perto gira em torno do excepcional Oskar Schell, que aos 9 anos já é inventor amador, admirador da cultura francesa e pacifista. Depois de encontrar uma misteriosa chave que pertencia a seu pai, morto nos atentados de 11 de setembro, o garoto embarca em uma incrível jornada – uma busca frenética por um segredo cruzando as cinco regiões de Nova York. Ao percorrer a cidade, ele encontra pessoas de todos os tipos, todos sobreviventes em seus próprios caminhos. Por fim, a jornada de Oskar termina onde começou, mas com o consolo da experiência mais humana de todas: o amor. A direção é de Stephen Daldry. “Tão Forte e Tão Perto” estreia nesta sexta-feira, na sala 7 do Moviecom. Classificação indicativa dez anos.

Sessão Cine Cult: “Homens e Deuses”


Década de 90. Um grupo de oito monges franceses vive em um mosteiro localizado no alto de uma montanha na Argélia. Liderados por Christian (Lambert Wilson), eles vivem em perfeita harmonia com a comunidade muçulmana local. O exército oferece proteção contra as ameaças que surgem, mas os monges a recusam. Preferem levar sua vida de forma simples, dando continuidade à sua missão independente do que vier a acontecer com eles. A direção é de Xavier Beauvois. “Homens e Deuses” estreia nesta sexta-feira, na Sala 5 do Cinemark, na sessão de 14h. Classificação indicativa 14 anos.

 

Especial: “Royal Opera House: Tosca”


Tosca é um ópera de Giacomo Puccini com libretto de Guiseppe Giacosa e Luigi Illica, segundo a peça dramática de Victorien Sardou La Tosca de 1887. Uma das melhores óperas do compositor, Tosca retrata uma história de amor, vingança, crueldade e morte passada em Roma em Junho de 1800, tendo por fundo as guerras napoleônicas e o ambiente revolucionário então vivido. O esplendor dos rituais eclesiásticos, a tenebrosidade de uma sala de estudo com sua câmara de tortura escondida e o falso otimismo de um radiante amanhecer em Roma são elementos que destacam o amor da linda diva Tosca, o idealismo de seu amante, Cavaradossi, e a destrutiva e mortífera obsessão do sinistro chefe de polícia, Scarpia. A direção é de Johnatan Kent. “Royal Opera House: Tosca” terá sessões no sábado (14h), domingo (18h) e terça-feira (19h), na Sala 7 do Cinemark. Classificação indicativa dez anos.


Filme da Semana: “A Invenção de Hugo Cabret”

A sinopse não informava muito, e mesmo o trailer do filme parecia tratar mais de uma fantasia envolvendo um menino órfão e um autômato, de modo que, para mim, foi certa surpresa descobrir que o tema principal do filme é o homem que deu ao cinema a sua função de entretenimento, tal como a conhecemos hoje.
A história do filme é mostrada através da ótica de Hugo Cabret (Asa Butterfield), um jovem órfão filho de um dedicado relojoeiro (Jude Law), morto em uma explosão em um museu. Hugo é abrigado pelo tio, Claude (Ray Winstone), que vivia permanentemente bêbado, e tinha como emprego cuidar de todos os relógios de uma estação ferroviária. Hugo foi treinado pelo tio para substituí-lo em suas funções, e em suas bebedeiras, ele simplesmente sumiu do mapa.
Hugo tinha um desejo secreto, que era de colocar em funcionamento um velho e semidestruido autômato que o pai recolhera do lixo de um museu. Os dois dedicavam-se horas a fio, estudando e reconstruindo as peças necessárias, até que a morte do pai deixou o garoto sozinho.
Enquanto roubava comida para sobreviver, Hugo também furtava as peças de uma loja de truques e brinquedos mantida pelo rabugento Georges (Ben Kingsley). Numa destas vezes, Hugo é pego por Georges, que ameaça entregá-lo ao rigoroso Inspetor da Estação (Sacha Baron Cohen).
Hugo conhece Isabelle (Chloë Grace Moretz), que imagina ser a neta de Georges, mas, descobre que ele e a mulher são os padrinhos da menina, que a adotaram quando os pais morreram em um acidente.
Isabelle traz consigo a peça que faltava para o autômato funcionar, uma chave em formato de coração. Mas, o resultado deste retorno à vida parece ser algo mais estranho ainda, pois traz o desenho de um projétil entrando no olho de uma lua estilizada.
Ao procurarem mais informações sobre o assunto, terminam descobrindo que o misterioso padrinho de Isabelle era ninguém menos do que o famoso Georges Méliès, um entusiasta do cinema em seus primórdios, e que, aparentemente, morrera durante a Primeira Grande Guerra.
Não há menor dúvida de que foram os irmãos Louis e Auguste Lumiére os inventores do cinema, em sua concepção de fotografias contínuas, exibidas em uma velocidade que passa ao espectador a ilusão de imagens em movimento. No ano de 1895 os irmãos projetaram “A Saída dos Operários da Fábrica Lumiére” para a Societé d’Encouragement pour l’Industrie Nationale, em março, e em 28 de dezembro, organizaram a primeira exibição de filmes para um público pagante, em Paris.
Mas, nem mesmo os Lumiére acreditavam que sua invenção seria mais do que uma curiosidade passageira. Homens de negócio, mesmo quando viram o interesse público, dedicaram-se mais à cobertura de fatos e lugares exóticos, numa linha que, num futuro rumaria ao cinejornalismo.
Outras pessoas, porém, vindas do teatro de variedades, perceberam um potencial para o entretenimento fabuloso. Um destes foi Georges Méliès, que vinha de uma carreira bem sucedida nos palcos, chegando mesmo a possuir um teatro próprio, Théatre Robert-Houdin em Paris, que havia pertencido ao famoso Houdin, onde exibia inúmeros truques utilizando frutos de sua prodigiosa habilidade.
Quando assistiu uma das exibições dos irmãos Lumiére, Georges ficou fascinado com as possibilidades que aquilo poderia trazer para o mundo do entretenimento. Ao tentar comprar uma das câmeras dos Lumiére, teve a proposta rejeitada.
O cineasta ganhou um protótipo criado pelo cinematógrafo inglês Robert William Paul e ficou tão entusiasmado com o mesmo, que saía filmando pelas ruas de Paris. Um dia, a câmera engalhou, voltando a funcionar pouco depois. Ao revelar o filme, o cineasta viu um carro transformar-se num ônibus, o que entusiasmou Méliès. A esta trucagem ele deu o nome de stop-action.
Georges era apaixonado pelo ilusionismo, unindo o fantástico ao macabro. Um dos seus primeiros filmes, “O Homem com a Cabeça de Borracha” (1901), traz o cineasta como um cientista que decepa a própria cabeça para inflá-la como um fole. Em “Viagem à Lua”, (1902), mostra uma espaçonave sendo enviada à Lua, e “alunissando” no olho do nosso satélite, com direito a lutas com selenitas, e uma gloriosa viagem de retorno.
Os filmes de Méliès ficaram mais e mais elaborados, com muitos efeitos especiais, sempre com transformações e desaparecimentos. Os filmes da época, que eram mudos e em preto-e-branco, ganharam cores nas produções dele, com os fotogramas pintados à mão, um por um.
Em função do seu perfeccionismo, e com a aproximação da Guerra Mundial (ainda não se imaginava que haveria uma segunda), George Méliès terminou falindo, e muitos dos seus filmes originais terminaram sendo vendidos como sucata, para a extração da prata, detalhe que é mostrado no filme.
Em 1923 ele foi declarado falido, e seu amado teatro foi demolido. Méliès praticamente desapareceu na obscuridade até o final dos anos 20, quando a sua valiosa contribuição para o cinema foi reconhecida pela França, em 1931, recebeu a condecoração da Legião de Honra, e a moradia no Château D’Orly, um retiro para artistas do cinema, do qual ele seria o primeiro ocupante, e onde viveu os últimos anos de vida.
Georges Méliès morreu em 1938, depois de fazer cerca de quinhentos filmes no total - financiando, dirigindo, fotografando e estrelando quase todos eles.
Ao invés de optar por uma cinebiografia de Méliès – que certamente ficaria fantástica – Scorsese optou por uma visão lírica e fantasiosa, que trouxe ao espectador a essência da qual o cinema é formado: da imaginação.
Não é para menos que o filme está concorrendo em inúmeras categorias do Oscar, pois todos os detalhes estão muito bem feitos e bem cuidados. O elenco também está perfeito, principalmente Ben Kingsley, que já tem uma semelhança física com o verdadeiro Georges, e até Sacha Baron-Cohen, que prova ser um bom ator, quando sai dos seus papéis escatológicos, de “Borat” e “Bruno”.
Embora não seja um filme infantil, a classificação indicativa livre permite que se assista com toda a família, o que é uma boa oportunidade para compreender porque o slogan, durante muito tempo dizia ser o Cinema a melhor diversão.
Uma diversão adicional são os trechos dos filmes reais de Méliès, e de dois outros grandes humoristas pouco conhecidos hoje, Harold Lloyd e Buster Keaton. Confiram.






Lançamentos em DVD/Blu-Ray


“Depois de Partir”

Nathan (Romain Duris) é um advogado bem sucedido, que mora em Nova Iorque e possui uma carreira brilhante, bem diferente de sua vida pessoal que desmoronou após o seu divórcio com Claire (Evangeline Lilly), seu único amor. Um dia, ele conhece o doutor Kay (John Malkovich), um médico misterioso que se apresenta como o "Mensageiro" e alega pressentir quando alguém está próximo da morte. Nathan custa a acreditar na profecia do médico, até que ele testemunha alguns acontecimentos que confirmam as palavras do tal médico e mostram que seus dias na terra estão se esgotando. Disco com formato de tela widescreen anamórfico e áudio Dolby Digital 5.1.

“Santa Paciência”
 
Nesta elogiada comédia inglesa, vemos Mahmud um sujeito normal como outro qualquer. Dentro de casa é um adorável marido, um pai dedicado e assumidamente um muçulmano não-praticante. Até que um dia, uma descoberta colocará Mahmud no centro de uma rivalidade milenar, causando a maior crise de identidade, que já se viu. Ele descobre que é adotado, e que na verdade, nasceu em uma família genuinamente judia. “Santa Paciência” é uma hilária e inusitada comédia, sobre duas das religiões mais tradicionais e antagonistas da história, onde o mais perigoso que pode acontecer, é você morrer de rir! A direção é de Josh Appignanesi. O disco traz o filme com formato de tela widescreen e áudio Dolby Digital 5.1.

“Arranca-me a Vida”

Adaptação do romance "Arráncame la vida" da mexicana Ángeles Mastretta. A trama gira em torno de Catalina, uma jovem que pouco sabe da vida quando é apresentada pelos pais ao general Andrés Ascencio, candidato a governador do estado de Puebla. Por imposição da família, os dois se casarão dali a semanas. Mas, Catalina, apaixonada e imaginativa, descobre em pouco tempo que não concorda com aquele modo de vida e não pode aceitar uma união sem amor. Disco com formato de tela widescreen anamórfico e áudio Dolby Digital 5.1.

“A Montanha dos Canibais”

A bela Susan Stevenson (Ursula Andress) organiza uma expedição a uma perigosa região selvagem da Nova Guiné para encontrar o marido, um milionário desaparecido. Consegue convencer um antropólogo que quase morreu no mesmo lugar, o prof. Foster (Stacy Keach), a liderar a expedição. Porém, ao atravessarem a selva, os membros do grupo começam a ser eliminados por uma tribo de selvagens que vive na região, e que idolatra um misterioso deus canibal. O disco traz o filme com formato de tela widescreen anamórfico e áudio em Dolby Digital 2.0, e, como extras, Galeria de Fotos e Biografia.


Confira na TV

Heroi”, na Globo

Um coletor de lixo vira herói ao resgatar uma garotinha de um carro em chamas. Os anos passam e ele é esquecido. Assim, ele busca consolo na bebida, mas quando se vê no meio de um assalto, leva um tiro para proteger a caixa do banco. No hospital, planeja vingar-se dos ladrões, mas está na mira de um detetive que o considera o principal suspeito de vários assassinatos brutais. Sábado, às 22h50.

Sorte no Amor”, na Globo

Ashley Albright é a pessoa mais sortuda de Nova York. Tudo o que ela quer, acontece: tem um ótimo emprego e ainda recebe a chance de subir mais na carreira, planejando um baile de máscaras para um grande nome da música. Só que lá ela conhece Jake Hardin, a pessoa mais azarada da cidade. Eles se beijam e, misteriosamente, a sorte deles é trocada. Domingo, às 13h50.

Oscar, na Globo

Transmissão da premiação do Oscar. Domingo, às 23h55.

Guerra ao Terror”, na Globo

Faltando apenas 38 dias para completar um ano de serviço e voltar para casa, um esquadrão antibombas do exército americano em missão no Iraque sofre a baixa do comandante da equipe, substituído por um especialista menos cuidadoso consigo mesmo e com os outros. Domingo, às 01h50.





Film de la semaine: "L'invention d'Hugo Cabret"

Pour ceux qui détestent le carnaval, comme moi, la programmation des théâtres a prouvé une excellente alternative, grâce à une variété de titres intéressants à vérifier. Un en particulier m'a touché plus profondément, parce qu'il indirectement, il avait tout a faire avec l'histoire de ma grande passion, le Cinéma. Le film en question est "L'invention d'Hugo Cabret" du réalisateur Martin Scorsese.
Le synopsis n'a pas signalé beaucoup, et même la bande annonce semblait pour traiter plus d'une fantaisie impliquant un garçon orphelin et un robot, de sorte que, pour moi, était un peu surpris de découvrir que le thème principal du film etait l'homme qui a donné au cinéma sa fonction de divertissement, tel que nous le connaissons aujourd'hui.
L'histoire du film est montré à travers la optique de Hugo Cabret (Asa Butterfield), un jeune orphelin, fils d'un dédié horloger (Jude Law), tué dans une explosion dans un musée. Hugo est à l'abri de son oncle, Claude (Ray Winstone), qui vivaient en permanence ivre, et a eu la tâche de prendre soin de toutes les horloges de une gare. Hugo a été formé par son oncle pour le remplacer dans ses fonctions, et dans son ivresse, il a simplement disparu du monde.
Hugo avait un désir secret, qui a été mis en service une demi-détruite vieil automate que son père ramassé la poubelle d'un musée. Les deux ont été engagés pendant des heures, l'étude et la reconstruction des pièces nécessaires, jusqu'à ce que la mort de son père a quitté le garçon seul.
Alors que il vol de nourriture pour survivre, Hugo ont également volé des pièces d'un magasin de trucs et de jouets, maintenu pour l'étrange Georges (Ben Kingsley). En ces temps, Hugo est capturé par Georges, qui menace de le remettre au rigoureux inspecteur station (Sacha Baron Cohen).
Hugo connaît Isabelle (Chloë Grace Moretz), qu'il imagine qu'il est la petite-fille de George, mais découvre que lui et son épouse sont les parrains de la jeune fille, et qui ils ont la adopté lors de leurs parents sont morts dans un accident.
Isabelle apporte une pièce manquante à l'automate à la fonction, une clé en forme de coeur. Mais, le résultat de ce retour à la vie semble être quelque chose d'encore inconnu, car il apporte le dessin d'une balle en pénètrent dans l'œil d'une lune stylisée.
En cherchant plus d'informations sur le sujet, ils décpouvrent que le mystérieux parrain de Isabelle n'était autre que le célèbre Georges Méliès, un passionné de cinéma à ses débuts, et qui, apparemment, a été mort pendant la Première Guerre Mondiale.
Il ne fait aucun doute que furent les frères Auguste et Louis Lumière les inventeurs du cinéma, dans sa conception de photos en continu, projeté à une vitesse qui donné au spectateur l'illusion d'images animées. En Mars de 1895, les frères exposent " La Sortie de l'usine Lumière à Lyon" à la Société d'Encouragement pour l'Industrie Nationale, et Décembre 28, ils ont organisé la première exposition de films à un public payant, à Paris.
Mais, même les fréres Lumière ne croyaient pas que son invention serait plus qu'une curiosité passagère. Les hommes d'affaires, même quand ils ont vu l'intérêt public, se sont consacrés plus de couvrir les événements et lieux exotiques, une ligne qui, à l'avenir serait du cinejornalisme.
D'autres personnes, cependant, venant de vaudeville, réalisé le potentiel fabuleux du cinéma pour le divertissement. L'un d'eux était Georges Méliès, qui venait d'une carrière couronnée de succès sur la scène, et dispose même d'un théâtre propre, Théâtre Robert-Houdin à Paris, qui avait appartenu à la célèbre Houdin, où il faisait de nombreuses trucs en utilisant les fruits de son talent prodigieux.
Quand il a vu l'un des projections des frères Lumière, Georges est devenu fasciné par les possibilités qu'elle peut apporter à l'univers du divertissement. Lorsque il a essayé d'acheter l'un des Luimére caméras, il avait rejeté la proposition.
Le cinéaste a remporté un prototype créé par l'anglais cinéaste Robert Paul William, et il était tellement excité à ce sujet, il a filmé dans les rues de Paris. Un jour, le mécanisme de la caméra entravé, tournant a fonctionner peu de temps après. En révélant le film, le cinéaste a vu une voiture tournant dans un bus, ce que enthousiasme Méliès. Ce truc qu'il a donné le nom de stop-action.
Georges était passionné par l'illusionnisme, unissant le fantastique pour le macabre. Un de ses premiers films, "L'Homme à la tête en caoutchouc" (1901), apporte le cinéaste comme un scientifique qui coupe la tête à gonfler comme un soufflet. Dans "Voyage dans la Lune" (1902), montre un vaisseau spatial envoyé à la lune, et «alunissant" dans l'oeil de notre satellite, avec les combats avec les Sélénites, et un voyage de retour glorieux.
Les films de Méliès sont devenu de plus en plus élaborées, avec de nombreux effets spéciaux, toujours avec les transformations et les disparitions. Les films de l'époque, qui étaient muettes et en noir et blanc, gagné des couleurs dans les productions de Méliès, peints à la main, des cadres, un par un.
En raison de son perfectionnisme, et avec l'approche de la Grande Guerre Mondiale (pas encore imaginé qu'il y aurait une seconde), Georges Méliès fini pour faillite, et beaucoup de ses films originaux ont fini par être vendu à la ferraille, pour l'extraction de l'argent, un détail qui est représentée dans le film.
En 1923, il a été déclaré en faillite, et son théâtre bien-aimée a été démoli. Méliès a pratiquement disparu dans l'obscurité jusqu'à fin des années 20, lorsque sa précieuse contribution au cinéma a été reconnue par la France en 1931, a reçu la décoration de la Légion d'Honneur, et le logement au Chateau D'Orly , une retraite pour les artistes du cinéma , dont il serait le premier occupant, et où il a vécu les dernières années de la vie.
Georges Méliès est décédé en 1938, après avoir fait cinq cents films en tout - financement, réalisation, tournage et joué dans presque tous d'entre eux.
Au lieu d'opter pour un biopic de Méliès - il serait certainement fantastique - Martin Scorsese a choisi un lyrique e onirique vision, qui a amené au spectateur dont l'essence du cinéma est formée: l'imagination.
Pas étonnant que le film est en cours de concurrence dans plusieurs catégories au Oscar, pour tous les détails sont très bien fait et bien entretenu. Le casting est aussi parfait, en particulier Ben Kingsley, qui a déjà une ressemblance physique avec le réel George, et même Sacha Baron-Cohen, qui se révèle être un bon acteur, quand il sort de leur rôles eschatologiques comme "Borat" et "Bruno" .
Bien que n'étant pas un film pour enfants, la classification indicative libre rend "L'Invention d'Hugo Cabret" un programme pour toute la famille, qui est une bonne occasion de comprendre pourquoi le slogan du cinéma être le plus grand des plaisirs.
Un plaisir supplémentaire sont les parties réelles des films de Méliès, et deux autres grands humoristes peu connus aujourd'hui, Harold Lloyd et Buster Keaton. Essayez, vous ne regretterez pas.


  
Movie of the Week: "Hugo"

For those who hate Carnival, like me, the programming of theaters proved to be an excellent alternative, thanks to a variety of interesting titles to check. One in particular touched me more deeply, because it talked about the history of my great passion, the movies. The film in question is "Hugo", directed by Martin Scorsese.
The synopsis did not report much about the movie, and even the trailer seemed to be just a fantasy involving an orphan boy and a robot, So, I was a little surprised to discover that the main theme of the film is the man who gave to the movies its entertainment function, as we know today.
The film's story is shown through the lens of Hugo Cabret (Asa Butterfield), a young orphan, son of a dedicated watchmaker (Jude Law), killed in an explosion in a museum. Hugo is sheltered by his uncle, Claude (Ray Winstone), who lived permanently drunk, and whose job was taking care of all the clocks in a train station. Hugo was trained by his uncle to replace him in his duties, and in his drunkenness, he simply disappeared from the map.
Hugo had a secret desire, which was put into operation a half-destroyed old automaton that his father picked up the trash of a museum. The two were engaged for countless hours, studying and rebuilding the parts, until the death of his father left the boy alone.
While stealing food to survive, Hugo also stole parts from a store of tricks and toys maintained by the grumpy Georges (Ben Kingsley). In one of these times, Hugo was caught by Georges, which threatened to deliver him to the rigorous Station Inspector (Sacha Baron Cohen).
Hugo met Isabelle (Chloë Grace Moretz), who he imagined to be the granddaughter of George, but discovers that he and his wife are the godfathers of the girl, who was adopted when their parents died in an accident.
Isabelle brings the missing piece to the automaton to function, a heart-shaped key. But the result of this return to life seems to be something even stranger, as it brings the design of a bullet entering the eye of a stylized moon.
In seeking more information on the subject, the young couple discovered that the mysterious godfather of Isabelle was none other than the famous Georges Méliès, a movird enthusiast in its start, and who apparently had died during the First World War.
There is no doubt that the brothers Auguste and Louis Lumière were the inventors of cinema, in its conception of continuous pictures, displayed at a speed that the viewer has the illusion of moving images. In 1895 the brothers exhibited the short movie "Workers Leaving the Lumière Factory" to the Societé d'Encouragement pour l'Industrie Nationale in March, and, in December 28, they organized the first exhibition of films to a paying audience in Paris .
But even the Lumière believed that his invention would be no more than a passing curiosity. Businessmen, even when they saw the public interest, devoted themselves more to cover events and exotic locales, a line that, in the future would led to the cinenews.
Other people, however, coming from vaudeville, realized the fabulous potential of cinema for entertainment. One of these was Georges Méliès, who came from a successful career on stage, and even has his own theater, Théâtre Robert-Houdin in Paris, which had belonged to the famous Houdin, where numerous tricks were displayed using the fruits of his prodigious skill.
When Méliès saw one of the Lumière's presentations, he became fascinated with the possibilities it could bring to the world of entertainment. But, when he tried to buy one of the cameras from the Lumiéres, had rejected his proposal.
The filmmaker won a prototype created by English cinematographer Robert William Paul, and was so excited with it, started out shooting the streets of Paris. One day, the mechanism of the camera locked, returning to work a few minutes after. By revealing the film, the filmmaker saw a car turn into a bus, which enthused Méliès. He gave the trickery the name of stop-action.
Georges was passionate about illusionism, uniting the fantastic to the macabre. One of his first films, "The Man with the Rubber Head" (1901), brings the filmmaker as a scientist who cuts off his head to inflate like a bellows. In "Journey to the Moon" (1902), he shows a spacecraft being sent to the moon, and "moonlanding" in the eye of our satellite, with the fights with Selenites, and a glorious return trip to Earth.
Méliès's films became more and more elaborate, with many special effects, always with transformations and disappearances. The films of that time were silent and black-and-white, but Méliès put colors in his productions, with hand-painted frames, one by one.
Due to his perfectionism, and with the approach of World War (none could imagine that there would be a second one), George Méliès ended in bankruptcy, and many of his original films ended up being sold as scrap, for the extraction of silver, a detail which is shown in "Hugo".
In 1923 he was declared bankrupt, and his beloved theater was demolished. Méliès has virtually disappeared into obscurity until the late '20s, when his valuable contribution to cinema was recognized by France in 1931, when he received the distinction of the Legion of Honor, and housing at the Chateau D'Orly, a retreat for artists of cinema , which he would be the first occupant, and where he lived the last years of life.
Georges Méliès died in 1938, after making five hundred films at all - financing, directing, shooting and starring in almost all of them.
Instead of opting for a biopic of Méliès - it certainly would be fantastic - Scorsese chose a lyrical, dreamlike vision that brought the viewer the essence of which the cinema is built: the imagination.
No wonder that the film is competing in several Oscar categories, for the care e perfectionism that was taken. The cast is also perfect, especially Ben Kingsley, who already has a physical resemblance to the real George Méliès, and even Sacha Baron-Cohen, who proves to be a good actor, when he get rid of eschatological roles as "Borat" and "Bruno" .
Although not a children's film, the indicative classification for all ages allows it for watching with the whole family, which is a good opportunity to understand why the slogan has long claimed the cinema as being the best fun.
An additional fun are the real parts of the films of Méliès, and two other great humorists little known today, Harold Lloyd and Buster Keaton. Check it out.





Nenhum comentário: