Newton Ramalho
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O que está em cartaz
Enquanto muitos vão se
dividir entre os Cão da Redinha e as Virgens de Pirangi, quem preferir o cinema
vai ter algumas opções. As estreias da semana são a fantasia “A Invenção de
Hugo Cabret”, de Scorsese, a ação “Motoqueiro Fantasma – Espírito de Vingança”,
com Nicolas Cage, o drama “A Dama de Ferro”, com Meryl Streep, e a comédia
nacional “Reis e Ratos”, com Selton Mello. Continuam em cartaz a comédia “Cada
Um Tem a Gêmea Que Merece”, a aventura “Viagem 2: A Ilha Misteriosa”, o terror
“A Filha do Mal”, o thriller “Millenium – Os Homens Que Não Amavam as Mulheres”,
e o infantil “Alvin e os Esquilos 3” .
Nas programações exclusivas, o Cinemark mantém “Star Wars: Episódio I – A
Ameaça Fantasma”, “Os Descendentes”, e “A Missão do Gerente de Recursos
Humanos”, na Sessão Cine Cult, enquanto o Moviecom exibe o o drama “À Beira do
Abismo”.
Estreia 1: “A Invenção de Hugo Cabret”
Paris, anos 30. Hugo Cabret (Asa Butterfield) é
um órfão que vive escondido nas paredes da estação de trem. Ele guarda consigo
um robô quebrado, deixado por seu pai (Jude Law). Um dia, ao fugir do inspetor
(Sacha Baron Cohen), ele conhece Isabelle (Chloe Moretz), uma jovem com quem
faz amizade. Logo Hugo descobre que ela tem uma chave com o fecho em forma de
coração, exatamente do mesmo tamanho da fechadura existente no robô. O robô
volta então a funcionar, levando a dupla a tentar resolver um mistério mágico. A
direção é de Martin Scorsese. “A Invenção de Hugo Cabret” estreia nesta
sexta-feira, na sala 6 do Cinemark, e na Sala 6 do Moviecom. Classificação indicativa livre. Cópias dubladas e
legendadas, exibição em 3D.
Estreia 2: “Motoqueiro Fantasma –
Espírito de Vingança”
Nove anos após se transformar no temido
Motoqueiro Fantasma, Johnny Blaze (Nicolas Cage) se refugia no leste europeu
para tentar controlar sua maldição ou, pelo menos, deixá-la escondida da
maioria das pessoas. Ele leva uma vida solitária, até ser obrigado a entrar em
ação ao ser chamado por um culto para salvar a vida de Danny (Fergus Riordan),
de apenas 10 anos. O garoto está ameaçado pelo Diabo (Ciaran Hinds), que deseja
encarnar em seu corpo. A direção é de Mark Neveldine e Brian Taylor. “Motoqueiro
Fantasma 2 – Espírito de Vingança” estreia nesta sexta-feira, nas Salas 2 e 5
do Cinemark, e Sala 4 do Moviecom. Classificação indicativa 12 anos. Cópias
dubladas e legendadas, exibição em 3D.
Estreia 3: “A Dama de Ferro”
Antes de se posicionar e adquirir o status de
verdadeira dama de ferro na mais alta esfera do poder britânico, Margaret
Thatcher (Meryl Streep) teve que enfrentar vários preconceitos na função de
primeiro-ministra do Reino Unido em um mundo até então dominado por homens.
Durante a recessão econôminica causada pela crise do petróleo no fim da década
de 70, a líder política tomou medidas impopulares, visando a recuperação do
país. Seu grande teste, entretanto, foi quando o Reino Unido entrou em conflito
com a Argentina na conhecida e polêmica Guerra das Malvinas. A direção é de
Phyllida Lloyd. “A Dama de Ferro” estreia nesta sexta-feira, na Sala 5 do Moviecom.
Classificação indicativa 12 anos.
Estreia 4: “Reis e Ratos”
Rio de Janeiro, 1964. O clima de conspiração
devido à presença de João Goulart como presidente afeta Troy (Selton Mello), um
agente da CIA radicado no Brasil que passa a duvidar de sua fidelidade ao país
natal. Com a ajuda do major Esdras (Otávio Müller), ele elabora uma armadilha
para o presidente que pode atrapalhar os planos do golpe militar, que estava
prestes a acontecer. O diretor Mauro Lima tinha escrito o roteiro de “Reis e
Ratos” há anos. Ao fazer uma visita aos sets de filmagens de “O Bem Amado”,
percebeu que a história do filme se passava no mesmo período do roteiro que
havia escrito. Lima conseguiu reaproveitar os cenários e figurinos, além da
mesma equipe técnica na realização de seu longa-metragem. “Reis e Ratos”
estreia nesta sexta-feira, na Sala 3 do Cinemark, e
na Sala 7 do Moviecom. Classificação
indicativa 14 anos.
Especial: Janelas
no cinema
Os meninos de hoje, que
praticamente nascem afogados na mídia, não tem ideia de que existiu um tempo
onde, para assistir a um filme, era necessário ir ao cinema. Essa transição
ocorreu nos últimos quarenta anos, e nem sempre aconteceu de uma forma
pacífica. Um indicador destas batalhas é o tempo que o filme demora entre o
lançamento no cinema e em outras mídias, comumente chamado de “janela”.
A Sétima Arte é a irmã caçula das
artes, e tem pouco mais de um século de existência, desde que os irmãos Lumiére
fizeram a apresentação pública de 28 de dezembro de 1895, considerado o
lançamento histórico oficial do cinema, no Grand Café em Paris.
A novidade transpôs o Atlântico e
encontrou nos Estados Unidos a combinação ideal entre a indústria e o mercado
consumidor, primeiro em Nova York, e posteriormente enraizando-se na Califórnia,
na mítica Hollywood.
Durante muito tempo a indústria
reinou em paz, produzindo, distribuindo e exibindo filmes mundo a fora. Aqui no
Brasil, até o início dos anos 70, quase todas as cidades tinham ao menos uma
sala de cinema, enquanto que nas capitais a contagem podia chegar às dezenas,
todos situados nas ruas e praças da cidade.
A característica mais comum destas
salas era ter muitos lugares, pouco luxo (apenas as principais tinham ar
condicionado, por exemplo), e, o mais importante, o ingresso muito barato. Essa
era a principal razão do slogan “cinema é a melhor diversão”.
A distribuição também era
tranquila. Um blockbuster levava anos para chegar, sendo exibido primeiramente
nas grandes cidades, como Rio, São Paulo, Recife, Belo Horizonte, e
progressivamente passando para as cidades menores.
Como as cópias eram físicas, e nem
sempre manuseadas adequadamente, quando um filme chegava a uma cidadezinha de
algum rincão isolado, já apresentava riscos na imagem, e constantes quebras
durante a exibição. Mesmo assim, os filmes levavam anos circulando por este
Brasilsão afora.
Até o final dos anos 60, a
televisão não apresentava nenhum risco ao cinema. Praticamente restrita às
grandes cidades, o que chegava mais longe era transmitido através das famosas
repetidoras, com imagem cheia de “chuviscos”, e de vez em sempre ficava “fora
do ar”.
Com a melhoria do sistema de
comunicação brasileiro, a televisão invadiu o país, com as famosas
“transmissões via Embratel, para todo o Brasil”. Mas, foi só a com a chegada da
transmissão a cores foi que a exibição de filmes começou a se tornar
importante.
A janela entre o lançamento nos
cinemas e a chegada na televisão ainda era absurdamente longa. Para se ter
ideia, um dos primeiros filmes exibidos nacionalmente em cores foi “A Volta ao
Mundo em 80 Dias”, estrelado por David Niven e Cantinflas, produzido em 1956.
A primeira grande mudança aconteceu
no início dos anos 80, com a popularização do videocassete. Pela primeira vez, o
espectador não precisava aguardar anos para rever algum filme exibido no
cinema, bastando para isso recorrer à videolocadora mais próxima.
Se a televisão já havia perturbado
muito o domínio do cinema, a chegada do videocassete foi uma verdadeira pá de
cal, provocando a queda vertiginosa dos frequentadores dos cinemas, e o
consequente fechamento de muitas salas tradicionais.
Para sobreviver, a indústria do
cinema precisou adaptar-se, e para isso uniu-se aos novos concorrentes,
exatamente a televisão e o vídeo. Um filme novo deveria seguir uma trajetória
de mídias, sendo exibido primeiramente nas salas de cinema, hoje menores e
concentradas nos shopping centers.
As etapas seguintes seriam o
lançamento em vídeo para aluguel (RENTAL), em canais por assinatura, e,
finalmente, na TV aberta. Com a chegada do DVD, uma nova etapa foi inserida, do
lançamento para venda direta ao consumidor (SELL THROUGH), geralmente em lojas
de departamento.
Era comum um filme ser lançado em
DVD nos Estados Unidos enquanto ainda chegava aos cinemas brasileiros, pois os
mercados eram estanques, e praticamente não havia interferência entre eles.
Com essas etapas de distribuição
escalonadas por janelas de tempo, era possível garantir uma boa renda para cada
público consumidor. Tudo estaria muito bem para a indústria, não fosse uma nova
ameaça, provocada pela chegada da internet mais veloz, e a digitalização das
mídias.
Se antes a indústria do cinema
podia dar-se ao luxo de lançar um filme em diferentes datas mundo a fora, essa
realidade foi bruscamente alterada. Com o aumento vertiginoso de trocas de
filmes pela internet, os exibidores viram, atônitos, o filme ser
disponibilizado na rede horas depois da estreia nos Estados Unidos.
Como ocorreu com a indústria
fonográfica, a primeira reação foi de tentar impedir a circulação na internet. Alguns
sucessos foram obtidos, como o recente fechamento do site Megaupload, contudo,
é praticamente impossível bloquear a troca de arquivos usando os programas de
torrent, ou P2P.
Isso levou a indústria a entender
que o cinema também está globalizado, e por isso as janelas entre os
lançamentos precisaram ser encurtadas, além de se promoverem estreias mundiais,
para os títulos mais importantes.
A ideia do pirata com uma câmera
dentro do cinema é coisa do passado. A maioria dos filmes que circulam na
internet é feita a partir de cópias digitais, muitas vezes até de DVDs
entregues pelos próprios estúdios para divulgação.
A duras penas, a indústria do
cinema está ficando mais dinâmica, com os cinemas transformados em outdoor,
onde um filme fica em cartaz apenas uma ou duas semanas, e a grande arrecadação
é feita com o merchandising embutido e com as cópias em DVD e Blu-Ray para o
mercado doméstico.
O futuro, curiosamente, talvez
dependa do aumento de velocidade da internet, que permitirá a eliminação da
mídia física, de modo que o espectador possa assistir ao lançamento de um filme
em sua casa, por streaming, sem precisar “baixar”, e pagando um valor
simbólico. Esse lançamento pode até ser simultâneo com o cinema, reduzindo a
zero a famosa “janela”.
Lançamentos em DVD/Blu-Ray
“Cowboys & Aliens”
Em 1873, no Arizona, um homem
chamado Jake Lonergan (Daniel Craig) acorda sem nenhuma memória de seu passado,
e com um misterioso bracelete em seu pulso. Ele entra na cidade de Absolution,
onde descobre que ele é um criminoso notório procurado por muitas pessoas,
incluindo o Coronel Woodrow Dolarhyde (Harrison Ford), que comanda a cidade com
punhos de ferro. Porém Absolution enfrenta uma ameaça maior quando uma força misteriosa
ataca a cidade do céu, matando todos no caminho. Enquanto o bracelete de
Lonergan guarda o segredo para derrotá-los, ele deve se aliar ao Coronel
Dolarhyde e antigos inimigos para combater a entidade misteriosa. Disco com
formato de tela widescreen anamórfico e áudio Dolby Digital 5.1.
“Os Três Mosqueteiros”
Quando os famosos mosqueteiros
Athos (Matthew Macfayden), Aramis (Luke Evans), e Porthos (Ray Stevenson)
roubam o mais cobiçado projeto de design de uma caixa forte, sentem o doce
gosto do sucesso por pouco tempo. Sua bela parceira de crimes, Milady (Milla
Jovovich), droga o trio e vende os desenhos para um importante nobre inglês, o
Duque de Buckingham (Orlando Bloom). O golpe abate os três espadachins. Quando,
três anos depois, o jovem D’Artagnan viaja para Paris para realizar seu sonho
de se tornar um mosqueteiro, ele encontra-os como uma sombra do que foram,
procurando uma causa que valha à pena servir. Filme baseado nos personagens do
famoso livro de Alexandre Dumas. A direção é de Paul W. S. Anderson. O disco
traz o filme com formato de tela widescreen e áudio Dolby Digital 5.1.
“Top Secret – Super Confidencial”
Nick Rivers (Val Kilmer) é um
cantor americano que vai até a antiga Alemanha para participar de um show que
unirá vários talentos mundiais. Só que, na verdade, esse show serve como pano
de fundo contra um ataque aos submarinos aliados. Durante a confusão, ele
conhece e se apaixona por Hillary Flammond (Lucy Gutteridge), uma das pessoas
que faz a Resistência Francesa. Comédia non sense no estilo de “Apertem os
Cintos, o Piloto Sumiu”, com paródias de muitos filmes famosos. Disco com
formato de tela widescreen anamórfico e áudio Dolby Digital 5.1.
“Uma Manhã Gloriosa”
Becky Fuller (Rachel McAdams) é uma
produtora de televisão que foi demitida de seu programa de notícias, mas
consegue uma vaga para tentar levantar a moral de outro uma nova emissora. O
único problema é que para conseguir isso terá que fazer muitas mudanças, entre
elas, convencer o premiado Mike Pomeroy (Harrison Ford) a apresentar matérias
de moda, amenidades, de conteúdo fraco e, para piorar, ao lado de uma ex miss
Arizona (Diane Keaton), seu desafeto. O
disco traz o filme com formato de tela widescreen anamórfico e áudio em Dolby
Digital 5.1, e, como extras, Comentários do Diretor e da Roteirista, e Cena
Inédita.
Confira na TV
“Mandando Bala”, no SBT
Ao salvar um recém-nascido, cuja mãe foi morta durante um tiroteio, o
enigmático Smith é envolvido em uma trama complexa na qual, com a ajuda da
prostituta Quintano, terá de descobrir porque querem tanto matar este bebê. Sexta-feira, às 22h00.
“Se Eu Fosse Você”, na
Globo
Casados
há anos, Cláudio (Tony Ramos) e Helena (Glória Pires) ainda não conseguem
entender a forma de pensar e os sentimentos do outro. Porém, na véspera do
aniversário de 50 anos de Cláudio, em meio a uma discussão em que ambos dizem
ao mesmo tempo “Se eu fosse você...”, tudo muda. Na manhã seguinte, para
surpresa e pânico do casal, Helena
acorda no corpo de Cláudio e vice-versa. Domingo, às 13h00.
Spécial: Fenêtres au cinéma
Les
enfants d'aujourd'hui, qui sont nées presque noyés dans les médias, n'ont
aucune idée qu'il y avait une époque où, pour regarder un film, il était
nécessaire d'aller au cinéma. Cette transition s'est produite dans
les quarante dernières années, et pas toujours arrivé d'une manière pacifique. Un
indicateur de ces batailles, c'est le délai entre le première du film au cinéma
et les autres médias, communément dénominé la «fenêtre».
Le
Septième Art est la soeur plus jeune des arts, et a un peu plus d'un siècle,
depuis que les frères Lumière ont fait la présentation publique le 28 Décembre
1895, considéré comme le lancement historique officiel du cinéma, au Grand Café
à Paris.
La
nouveauté a traversé l'Atlantique et a trouvé, aux États-Unis, la combinaison
idéale de l'industrie et marché de consommation, d'abord à New York, et par la
suite de s'installer en Californie, à la mythique Hollywood.
Pendant
longtemps, la paix régnait dans l'industrie, qui produisait, distribuait et
présentait des films à travers le monde. Ici au Brésil, jusqu'à ce début des
années 70, presque toutes les villes avaient au moins un cinéma, alors que le
nombre dans les capitales pouvaient venir à la douzaine, tous situés dans les
rues et les places.
La
caractéristique la plus commune de ces cinémas était d'avoir de nombreux
places, rien de luxe (seulement les principales avaient l'air conditionné, par
exemple), et, surtout, des billets vraiment pas cher. Telle était la principale raison pour laquelle slogan "Le cinéma
est le plus grand des plaisirs."
La distribution était également très calme. Un blockbuster a fallu des
années à venir, étant représenté premierement dans les grandes villes comme
Rio, Sao Paulo, Recife, Belo Horizonte, et, progressivement passer à des villes
plus petites.
Comme les copies étaient physiques, et pas toujours traités
correctement, quand un film est venu dans une ville de quelque coin isolé, il y
avaient des risques dans l'image, et des constants ruptures pendant la projection.
Quand même, les films passaient des années en circulant pour cette Brasilsão.
En fin des années 60, la télévision ne présentait aucun risque pour le
cinéma. Confiné aux grandes villes, les transmissions ont été transmis par les
répéteurs, l'image remplis de "bruine", et le plus part du temps
était "hors de l'air."
Avec l'amélioration du système de communication brésilienne, la
télévision envahissait le pays, avec le fameux "transmissions via
Embratel, pour tout le Brésil." Mais ce n'est qu'avec l'arrivée
de la transmission couleur, que l'exposition de films ont commencé à devenir
important.
La
fenêtre entre la sortie du film au cinéma et l'arrivée à la télévision était
encore absurdement longue. Pour donner un exemple, l'un des
premiers films en projetant nationale a été "Le tour du monde en 80
jours" avec David Niven et Cantinflas, produite en 1956.
Le premier grand changement est venu dans les années 80, avec la
popularisation du magnétoscope. Pour la première fois, le spectateur n'a pas eu
à attendre des années pour revoir un film, en suffisant recourir à la vidéo
magasin le plus proche.
Si la télévision avait fortement perturbé le domaine du cinéma,
l'arrivée du magnétoscope a été le coup final, ce qui a provoqué la reduction
vertigineuse des cinéphiles, et de la fermeture de nombreuses salles
traditionnelles.
Pour survivre, l'industrie du cinéma a dû s'adapter, et elle avait
besoin de s'allier à des nouveaux concurrents, justement la télévision et le
vidéo. Un nouveau film devrait suivre une trajectoire des médias, en projetent
premierement dans les cinémas, maintenant plus petitss et concentrés dans les
centres commerciaux.
Les
étapes suivantes seraient la libération pour vidéo à louer (RENTAL), sur les
chaînes câblées, et enfin, la télévision de diffusion. Avec l'arrivée du DVD, une nouvelle phase a été introduite, la mise en
vente directement aux consommateurs (SELL THROUGH), le plus souvent dans les
grands magasins.
Il n'était pas rare pour un film à sortir en DVD aux Etats-Unis, avant
d'arriver aux écrans du Brésil, parce que les marchés étaient serrés, et il n'y
avait pratiquement pas d'interférence entre eux.
Avec
ces quelques étapes de la distribution répartis sur des fenêtres de temps, il
était possible de garantir un bon revenu pour chaque publique consommateur.
Tout irait bien pour l'industrie, n'était pas une menace nouvelle, causée par
l'arrivée de l'Internet plus rapide, et la numérisation des médias.
Si
avant l'industrie du cinéma pouvait se permettre le luxe de sortir un film sur
des dates différentes à travers le monde, cette réalité a changé du jour au
lendemain. Avec la augmentation vertigineuse de l'échange de films sur
internet, les exposants ont vu, surpris, le film être disponible quelques
heures après le début aux États-Unis.
Comme
l'industrie musicale, la première réaction a été d'essayer de bloquer le trafic
sur l'Internet. Certains succès ont été obtenus, comme la fermeture récente du
site Megaupload, cependant, c'est pratiquement impossible de bloquer le partage
de fichiers en utilisant torrent ou P2P.
Cela a
conduit l'industrie à comprendre que le cinéma est aussi mondiale, de sorte que
les fenêtres entre les versions ont dû être écourtés, ainsi que promouvoir les
premières mondiales, pour les titres les plus importants.
L'idée
du pirate avec une caméra à l'intérieur du théâtre est une chose du passé. La
plupart des films qui circulent sur l'Internet est fabriqué à partir de copies
numériques, souvent obtenues des DVD livrés pour divulgation.
Avec
beaucoup de difficultés, l'industrie du cinéma est de plus en plus dynamique,
en transformant les salles de cinéma en panneaux, où un film est à seulement
une ou deux semaines, et les grandes profits sont fait avec le merchandising et
avec des copies en DVD et Blu-Ray pour le marché domestique.
L'avenir,
curieusement, peut-être dépende de l'augmentation de la vitesse d'Internet,
permettant l'élimination des medias physiques, de sorte que le spectateur
puisse regarder le lancement du film à son domicile, pour le streaming, sans
avoir à "télécharger", en payant une valeur symbolique. Ce lancement
peut même être simultanée avec le cinéma, en réduisant à zéro la célèbre
«fenêtre».
Special: Windows in the movies
The children of today, who are born
almost drowned in the media, has no idea that there was a time when, for
watching a movie, it was necessary to go to the theater. This transition
occurred in the last forty years, and not always happened in a peaceful way. An
indicator of these battles is the time delay between the release of film at the
cinema and other medias, commonly called "window".
The Seventh Art is the younger
sister of the arts, and has little more than a century, since the Lumière
brothers made the public presentation on December 28, 1895, considered the
official launch of cinema, at the Grand Café in Paris.
The news crossed the Atlantic, and
found, in the United States, the ideal combination of industry and consumer
market, first in New York, and subsequently settling in California, at the
mythical Hollywood.
For a long time the movies industry
reigned in peace, producing, distributing and exhibiting films around the
world. Here in Brazil, until the early '70s, almost every town had at least one
movie theater, while in the capitals, the count could come by dozens, all
situated in the streets and squares.
The most common feature of these
theaters was to have many places, a little luxury (only the main had air
conditioning, for example), and, most importantly, very cheap tickets. That was
the main reason for the slogan "Cinema is the best fun."
The distribution was also peaceful.
A blockbuster could take years to come, being shown primarily in big cities
like Rio, Sao Paulo, Recife, Belo Horizonte, and progressively moving to
smaller cities.
As copies were physical, and not
always handled properly, when a movie arrived to a small town, in some isolated
corner, already presented risks in the image, and constant breaks during
exhibition. Even so, the film would take years for circulating this country.
By the late '60s, television does
not present any risk to cinema. Confined to big cities, it was transmitted
through the famous repeaters, filled with the image of "drizzle", and
a lot of times it was "off the air."
With the improvement of Brazilian
communication system, television invaded the country, with the famous
"transmissions via Embratel, throughout Brazil." But, it was only
with the arrival of color broadcasting that the exhibition of films started to
become important.
The window between theatrical
release and arriving on television was still absurdly long. To get an idea, one
of the first color film shown nationally was "Around the World in 80
Days", starring David Niven and Cantinflas, produced in 1956.
The first big change came in the
early 80s, with the popularization of the VCR. For the first time, the viewer
did not have to wait years to review a movie shown in a theater, by simply
searching the nearest video store.
If television had greatly disturbed
the field of cinema, the arrival of the VCR was a real knockout, causing the
precipitous decline of the cinema spectators, and the resulting closure of many
traditional rooms.
To survive, the movie industry had
to adapt, and it joined its new competitors, TV and VCR. A new movie should
follow a trajectory of media, being shown first in theaters, now smaller and
concentrated in malls.
The following steps would be the
video release for rent (RENTAL), on cable channels, and finally on broadcast
TV. With the arrival of DVD, a new phase was entered, the release for sale
directly to consumers (SELL THROUGH), usually in department stores.
It was common for a movie to be
released on DVD in the United States while it was still in theaters in Brazil,
because markets were sealed, and there was practically no interference between
them.
With these steps of distribution
spread over time windows, it was possible to guarantee a good income for each
consumer share of public. All would be well for the industry, unless a new
threat, caused by the arrival of the Internet faster, and the digitalization of
media.
If, before, the movie industry could
afford the luxury of releasing a movie on different dates around the world,
this reality was changed overnight. With the skyrocketing trading movies
online, exhibitors saw, astonished, the film is available on the network hours
after the U.S. debut.
As with the music industry, the
first reaction was to try to block traffic on the Internet. Some successes were
achieved, as the recent closure of the site Megaupload, however, it is
virtually impossible to block the sharing of files using torrent programs, or
P2P.
This led the industry to understand
that cinema is also global, so the windows between the releases had to be
shortened, as well promoting world premieres, to the most important titles.
The idea of the pirate with a camera
inside the theater is a picture of the past. Most movies that circulate on the
Internet are made from digital copies, often extracted from promotional DVD.
With great difficulty, the movie
industry is becoming more dynamic, transforming theaters into movie outdoors,
with a film exhibition of only one or two weeks, and the big profits are done
with the built-in merchandising, and with DVD and Blu-ray copies to the
domestic market.
The future, curiously, may depend on
the increase in Internet speed, allowing the elimination of physical media, so
that the viewer can watch the film debut at his home, by streaming, without
having to "download", and paying a symbolic value. This release may
even be simultaneous with the film in the theaters, reducing to zero the famous
"window."
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