sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Coluna Claquete – 24 de dezembro de 2010



Newton Ramalho

 

colunaclaquete@gmail.com – colunaclaquete.blogspot.com - @colunaclaquete



O que está em cartaz


Chegou o Natal, época em que devemos, com sinceridade, tornar reais os valores de união, harmonia e tolerância. Depois de abrir os presentes e curtir a ressaca da festa, confira as estreias do policial “72 Horas”, com Russell Crowe e Liam Neeson, e da comédia nacional “De Pernas Pro Ar”, com Ingrid Guimarães. Continuam em cartaz a ficção científica “Tron – O Legado” (vejam na Sessão Filme da Semana), com Jeff Bridges e Garret Hedlund, do drama nacional “Aparecida – O Milagre”, com Murilo Rosa, a aventura “As Crônicas de Nárnia 3: A Viagem do Peregrino da Alvorada”, terceiro episódio da série, e a animação “Megamente”. Nas programações exclusivas, o Moviecom exibe o romance “Você Vai Conhecer o Homem dos Seus Sonhos”, de Woody Allen, enquanto o Cinemark mantém a aventura juvenil “Harry Potter e as Relíquias da Morte – Parte 1”, a comédia nacional “Muita Calma Nessa Hora”, e o drama “The Runaways – Garotas do Rock”, na Sessão Cine Cult. Feliz Natal a todos!

 

Estreia 1: “72 Horas”


John Brennan (Russell Crowe) é um professor universitário que leva uma vida perfeita, até sua esposa Lara (Elizabeth Banks) ser acusada de ter cometido um crime brutal. Ela jura que não é a autora do crime. Após três anos de recursos judiciais sem sucesso, John percebe que o único meio de ter sua esposa de volta será tirando-a da prisão. Ele tem apenas 72 horas para elaborar o plano e executá-lo. Adaptação americana para o filme “Pour Elle” (2008), estrelado por Diane Kruger e Vincent Lindon. A direção é de Paul Haggis. “72 Horas” estreia nesta sexta-feira, na Sala 6 do Moviecom, e na Sala 1 do Cinemark. Classificação indicativa 14 anos.

Estreia 2: “De Pernas Pro Ar”


Alice (Ingrid Guimarães)  já passou dos trinta anos, é casada com João (Bruno Garcia), tem um filho e é uma executiva bem sucedida. Na verdade, ela é uma típica workaholic, que tenta se equilibrar entre a rotina de trabalho e a família, mas, perde o emprego e o marido no mesmo dia. É quando ela passa a contar com a ajuda da vizinha Marcela (Maria Paula) para mostrar que é possível ser uma profissional de sucesso sem deixar os prazeres da vida de lado. Para isso, Alice vira sócia da nova amiga em um sex shop falido, enquanto Marcela a ajuda a descobrir os prazeres dos sex toys. A direção é de Roberto Santucci. “De Pernas Pro Ar” estreia nesta sexta-feira, na Sala 4 do Moviecom, e na Sala 2 do Cinemark. Classificação indicativa 14 anos.

 

Sessão Cine Cult: “The Runaways – Garotas do Rock”


Los Angeles, 1975. Joan Jett (Kristen Stewart) tinha o sonho de montar uma banda de rock, formada apenas por mulheres. Ela encontra apoio em Cherrie Currie (Dakota Fanning), que integra a banda, e no empresário Kim Fowley (Michael Shannon). Com ele, as integrantes da banda The Runaways levam uma vida desajustada e, apesar de apresentarem um som cru, alcançam o sucesso graças ao talento de Joan e o visual sensual de Cherie. A direção é de Flora Sigismondi. “The Runaways – Garotas do Rock” está em cartaz na Sala 7 do Cinemark, na sessão de 19h05. Classificação indicativa 16 anos.





 

Confira na TV

 

“O Expresso Polar”, no SBT


Garotinho que não acredita em Papai Noel, vê na véspera de Natal, um grande trem mágico parar em frente à sua casa com destino ao Pólo Norte. Junto com outras crianças, ele embarcará numa emocionante viagem ao encontro do verdadeiro espírito de Natal. Sexta-feira, às 23h.

 

“Jesus, a História do Nascimento”, no SBT


O filme apresenta o dia a dia da jovem Maria e sua família; a forma como se deu seu casamento com o carpinteiro José e o anúncio de sua gravidez pelo anjo. Daí em diante se assiste à forma como o casal  aceitará, pela fé, a missão de serem os pais do messias. Sábado, às 23h.

 

“Ela É a Poderosa”, na Globo


Rachel é uma adolescente problemática, que vive dando trabalho para sua mãe, Lilly. Sem saber o que fazer com a filha, Lilly decide ir para a casa de sua mãe, Georgia, uma mulher inflexível, que segue regras rígidas de moral, bons costumes e trabalho duro. Juntas, Georgia, Lilly e Rachel descobrem antigos segredos de família e reatam os laços que foram um dia quebrados. Sábado, às 0h05.

 

“Os Incríveis”, na Globo


Beto Pera já foi um dos maiores super-heróis do mundo. 15 anos depois, ele e a mulher - outra super-heroina aposentada- tentam levar uma vida normal com os três filhos. Ele trabalha para uma seguradora e luta contra o tédio. Doido para voltar à ativa, Beto vê sua chance em um misterioso comunicado que o convoca a uma ilha remota para uma missão secreta. Domingo, às 14h45.

 

“Quem Sou Eu?”, na Globo


Soldado perito em artes marciais (Jackie Chan) é traído por agente da CIA (Tom Pompet). Perde a memória, mas ainda se lembra que tem uma importante missão a concluir: impedir que espiões roubem uma importante fonte de energia. Domingo, às 0h05.

 

“Dreamgirls – Em Busca de um Sonho”, na Globo


Baseado num musical da Broadway, a história fala de um trio de cantoras negras - Effie White, Deena Jones e Lorrell Robinson, três amigas de Detroit - que, nos anos de 1960, criam o grupo The Dreamettes e tornam-se as mais populares artistas do soul. Domingo, às 01h55.

 

“Quem Quer Ser Um Milionário?”, na Globo


Jamil Malik trabalha em uma empresa de telemarketing. Teve infância difícil, fugindo da miséria e violência para chegar ao emprego atual. Um dia, ele se inscreve no popular programa de TV. "Quem Quer Ser Um Milionário?". Desacreditado, ele encontra em fatos de sua vida as respostas das perguntas feitas. Segunda-feira, às 22h10.

 





 Lançamentos em DVD/Blu-Ray



“O Pior Trabalho do Mundo”

Aaron Green (Jonah Hill) faz as coisas acontecerem. O ambicioso jovem de 24 anos de idade precisa tomar um rumo em sua carreira e recebe uma oportunidade: ser segurança de um astro do rock durante sua viagem de Londres para Los Angeles. Aldous Snow (Russell Brand) é um músico brilhante, mas seu temperamento forte e o alcoolismo o levam a se tornar uma pessoa insuportável e a grande chance da vida de Aaron se transforma em um pesadelo. O disco traz o filme com formato de tela widescreen e áudio em Dolby Digital 5.1.

“Meu Malvado Favorito”

Cercado por um pequeno exército de minions, encontramos Gru (Steve Carell), planejando o maior roubo de toda a história mundial, nada menos que a Lua. Armado com seu arsenal de raios encolhedores, raios congelantes e veículos prontos para batalha tanto em terra quanto em ar, ele derrota todos que encontra pela frente. Até o dia em que ele se depara com a imensa determinação de três garotinhas órfãs, que olham para ele e vêem algo que ninguém jamais viu: um pai em potencial. O disco traz o filme com formato de tela widescreen e áudio em Dolby Digital 5.1.

“Amar e Morrer”

Em 1944, uma companhia do Exército Alemão combatendo no front russo está completamente aterrorizada e paralisada pelos confrontos da II Guerra Mundial: É nesse cenário que o soldado Ernst Graeber (John Gavin) é finalmente chamado de volta para casa. Ao chegar à Alemanha, ele encontra seu lar em destroços devido aos bombardeios na região, e enquanto procura sem esperança por seus pais desaparecidos, ele conhece a jovem e bela Elizabeth Kruse (Lilo Pulver), filha do médico local que se tornou um preso político. Cercados por todos os lados pelo ódio e o desespero, o casal irá lutar por suas vidas e para realizar esse belo amor que está nascendo das cinzas e dos horrores da Guerra. O disco traz o filme com formato de tela letterbox.

“A Casa das Sete Mulheres”
 

Um dos episódios mais turbulentos e emocionantes que o país já conheceu é magistralmente retratado nesta minissérie, com direção de Jayme Monjardim. Neste épico sobre a Revolução Farroupilha, as mulheres da família de Bento Gonçalves, o líder dos farrapos, são testemunhas e protagonistas de uma guerra que deixará marcas profundas em suas vidas. Em meio a batalhas vigorosas e personagens históricos, como Guiseppe e Anita Garibaldi, elas alternam situações dramáticas e momentos de pura magia.  O disco traz o filme com formato de tela cheia e áudio em Dolby Digital, e, como Extras, Depoimento e Clipe das Batalhas.



Filme da Semana: “Tron – O Legado”

É muito comum a indústria do cinema realizar sequências e remakes de filmes famosos, para garantir mais bilheteria a partir de personagens ou histórias que o público gostou. O curioso é quando o filme é sequência e remake ao mesmo tempo, como é o caso da recente estreia “Tron – O Legado”.
Há muitos ciclos atrás, quando os computadores ainda ocupavam salas inteiras, e os micros ainda engatinhavam nas pranchetas dos projetistas, os Estúdios Disney lançaram, em 1982, um filme revolucionário com o ambicioso título “Tron – Uma Odisséia Eletrônica”.
O filme, estrelado por Jeff Bridges, falava de Kevin Flynn, um engenheiro de software que invade sua antiga empresa em busca de provas de que os jogos que ele inventara haviam sido roubados por um colega. Nessa busca, ele é desmaterializado e levado para o mundo virtual, onde contará com a ajuda de Tron, um programa desenvolvido por um colega, para combater o poderoso CPM, o sistema operacional que criou vida própria.
 No filme atual, encontramos Flynn (Jeff Bridges) alguns anos após os eventos do primeiro filme. Ele casou e enviuvou, e tem um filho, Sam. Quando este estava com sete anos, Flynn saiu para trabalhar, e nunca mais voltou, desaparecendo totalmente da face da Terra.
Vinte anos mais tarde, iremos encontrar Sam (Garret Hedlund), um jovem rebelde e ousado, que pratica esportes radicais, mas, que se recusa a dirigir a empresa do pai, ao mesmo tempo em que expõe os produtos da mesma na internet.
Um dia, o melhor amigo de Kevin Flynn, e criador do antigo programa Tron, Alan (Bruce Boxleitner), recebe um chamado de um bipe (alguém com menos de vinte anos sabe o que é um bipe?), vindo da antiga casa de jogos de Flynn.
Curioso, o rapaz vai até lá, e descobre um laboratório escondido no porão da casa. Ao ligar um antigo computador, Sam é desmaterializado e transportado para um estranho universo virtual, onde todos os habitantes são programas de computadores.
Este universo é comandado pelo poderoso Clu (Jeff Bridges), que Sam julga ser o seu pai. Mas, logo ele descobre que Clu fora criado à imagem de Flynn, mas, criara um mundo onde apenas os que obedeciam às suas regras sobreviviam.
Sam é ajudado a fugir pela bela Quorra (Olivia Wilde), que o conduz para fora da Grade, onde ele irá encontrar o verdadeiro Kevin Flynn (Jeff Bridges), que está todo este tempo aprisionado neste universo virtual criado por ele mesmo.
Flynn explica para o filho que ele criara este mundo por que sonhara com um universo perfeito. Para isso, ele pedira a ajuda de Tron (Bruce Boxleitner) e de Clu. Mas, quando surgiram os ISOs, programas criados espontaneamente, Clu se rebelara, pois acreditava que Flynn estava fugindo dos seus próprios ideais.
Enquanto Flynn se refugiara fora da cidade, sem pode voltar ao portal que dava acesso ao mundo exterior, Clu executava a Purgação, o extermínio de todos os ISOs e de todos os outros programas que se rebelassem quanto ao ideal do mundo perfeito que o líder acreditava.
A chegada de Sam mudou o delicado equilíbrio em que vivia o universo virtual. Para salvar o filho e Quorra, a última ISO sobrevivente, Flynn teria que retornar à Grade, pois era o único que tinha a chave para abrir o portal. Por sua vez, Clu preparava um exército para sair do mundo virtual e invadir o mundo real, implantando a sua imagem do universo perfeito. Quem conseguirá alcançar o intento?
Durante a jornada de Sam, o espectador vivenciará as batalhas nas quadras, as corridas com as motos de luz, e várias outras experiências que já tinham sido mostradas no primeiro filme de Tron, mas, com uma perfeição gráfica que está a anos-luz dos efeitos (hoje) rudimentares da produção original. Junte-se a isso uma trilha sonora envolvente e impactante, e teremos uma experiência de som e imagem fantástica, principalmente se for assistida no ambiente 3D.
Quanto ao enredo, embora o espectador possa encontrar semelhanças visíveis com “Matrix” e “A Origem”, não podemos esquecer que tudo isso já tinha sido escrito no longínquo 1982. Contudo, é mais fácil perceber uma influência do modelo de dominação nazista pré-Segunda Guerra, com um líder carismático, o ideal da nação perfeita, o expurgo das sub-raças, como judeus e outros, e a utilização da força de um poderoso exército.
Elucubrações à parte, “Tron – O Legado” é um filme divertido e empolgante, que deve agradar as novas gerações, acostumadas com um ritmo frenético e com a onipresença da tecnologia. Veja e confira.


Tomada 3 - Coluna de audiovisual (Marcelo Barreto) - 24 de dezembro de 2010

NA TELONA – Tron, o legado (Tron: Legacy, EUA 2010) mostra Sam Flynn à procura do pai desaparecido há 15 anos.  Na busca, ele acaba dentro de um computador no mundo de programas e jogos em que seu pai tem vivido. Antes de comentar sobre o atual, vamos ao antigo. Tron - uma odisséia eletrônica (1982) não deu tempo de ver na telona, mas vi diversas vezes na telinha.  O roteiro nunca foi o principal, mas o visual sim. A primeira visualização do conceito de realidade virtual foi nele, assim como o uso de computação gráfica de forma abrangente.  Aliás, o conceito de “cyber” espaço foi invenção de tron. Não levou Oscar de efeitos especiais, pois foi visto o uso de computação gráfica como “trapaça”. Como consolação, 1996 levou mais um Oscar por “avanços técnicos”.
28 anos depois, fazem a sequência com o mesmo ator principal. Jeff Bridges, aos 61 anos, passou por um processo de rejuvenescimento digital para interpretar o personagem Clu, que não envelhece e mantém a aparência de 35 anos, mesma idade que o ator tinha no primeiro filme. Para os cinéfilos de plantão temos alguns personagens inspirados no Matrix. Estão lá o francês, Perséfone e Trinity. Como o original, a estória não é essas coisas, mas, bem melhor que a safra recente de filmes para todas as idades.  Detalhe: em 1983 foram usados 330 megas de HD em um computador, com 2 megas de RAM, e isso sem direito a ver o que se fazia, já que não existia interface gráfica.  Isso significa duas semanas de espera para renderizar alguns segundos e ver no que dava.



NA TV – Continuação. Battlestar Galáctica ou BSG (Battlestar Galactica, EUA, 1978-presente) é uma franquia.  Em fase de produção existem os seguintes:
Blood & Chrome (EUA, 2011) é uma série sendo também “spin-off” de BSG.  Já em produção a pre-sequencia se dará no período entre as duas guerras. O piloto deve estrear no começo de 2011 e, segundo os produtores, pode ser o primeiro piloto 3D já feito.
BSG o filme (EUA, 2011?) é um filme para cinema baseado não no “remake”, mas no original de 1978.  Ainda em planejamento.
Apesar da complexidade, BSG pode e deve ser vista como tendo múltiplas camadas.  Uma série de tv que já foi tema nas nações unidas e análise acadêmica, também pode apenas divertir.  Se deseja apenas entreter faz isso bem, se quer algo mais profundo, também serve. Tendo uma qualidade incomum, devido à complexidade, é possível ver um capítulo aleatório e entender. Desde 2003, a franquia BSG tem recebido tantos prêmios que quando são nomeados todos já sabem o ganhador. A trilha sonora é fantástica, repercutindo nas vendas. Como quase tudo em BSG, até isso tem uma qualidade incomum. A trilha não pode ser classificada em nenhuma categoria. Conseguindo a difícil tarefa de unir entretenimento (popularidade) com qualidade (crítica), BSG tem como legado o tratamento dado ao público.  Como em toda boa estória, quem guia a franquia é um bom roteiro, muito bem traduzido e interpretado de forma correta para a tela, tratando o espectador da forma certa: um ser pensante, que não deve ser subestimado.  So say We all!


Nenhum comentário: