Newton Ramalho - colunaclaquete@gmail.com – colunaclaquete.blogspot.com
O que está em cartaz
O mês de abril trouxe poucas estréias, mas, de filmes impactantes. No último final de semana do mês, a estreia é “Homem de Ferro
Estreia 1: “Homem de Ferro 2”
Após confessar ao mundo ser o Homem de Ferro, Tony Stark (Robert Downey Jr.) passa a ser alvo do governo dos Estados Unidos, que deseja que ele entregue seu poderoso traje. Com a negativa, o governo passa a desenvolver um novo traje com o maior rival de Stark, Justin Hammer (Sam Rockwell). Jim Rhodes (Don Cheadle), o braço direito de Tony, é colocado no centro deste conflito, o que faz com que assuma a identidade de Máquina de Combate. Paralelamente, Ivan Vanko (Mickey Rourke) cria o alter-ego de Whiplash para se vingar dos atos da família Stark no passado. Para combater Whiplash e a perseguição do governo, Stark conta com o apoio de sua nova assistente, Natasha Romanoff (Scarlett Johansson), e de Nick Fury (Samuel L. Jackson), o diretor da S.H.I.E.L.D. A direção é de Jon Favreau. “Homem de Ferro
Sessão Cult: “Nova York, Eu Te Amo”
Vários curtas e filmetes menores que compõem um caleidoscópio da metrópole que nunca dorme, misturando histórias de amor, humor, medo e todas as conexões de sentimentos pertinentes a uma cidade como Nova York. Em "Nova York, Eu Te Amo", onze diretores contam histórias de amor que se passam na cidade que nunca dorme. O filme, nos moldes de "Paris, Te Amo", é composto por nomes consagrados com: Fatih Akin, Yvan Attal, Allen Hughes, Shunji Iwai, Wen Jiang, Scarlett Johansson, Shekhar Kapur, Joshua Marston, Mira Nair, Natalie Portman, Brett Ratner e Andrei Zvyagintsev. A partir desta sexta-feira, na Sala 4 do Cinemark, na sessão de 14h. Classificação indicativa 14 anos.
Confira na TV
“Confusões Num Lava a Jato”, no SBT
Com dificuldades para pagar o aluguel desde que perdeu seu emprego, Sean precisa dar um jeito para arranjar dinheiro... e rápido. Por isso, ele aceita a sugestão de seu melhor amigo e companheiro de quarto, Dee Loc, e vai trabalhar no lava-rápido do Sr. Wash, que acaba sendo sequestrado. Sexta-feira, às 22h15.
“A Missão”, na Band
Um caçador de escravos, após matar o próprio irmão em um acesso de raiva, procura o perdão e se junta aos religiosos na América do Sul. Mas, os colonizadores não apóiam estas sociedades que os missionários estão criando e ameaçam destruí-las. Com Robert de Niro e Jeremy Irons. Sábado, às 22h.
“Ataque dos Tubarões”, no SBT
O poderoso investidor imobiliário, Lux, quer transformar o pequeno e pacato vilarejo de pescadores Full Moon Bay em um sofisticado condomínio. Só o pescador Daniel é contrário ao empreendimento. Para agilizar seus planos, Lux, secretamente, joga lixo tóxico na baía para eliminar os peixes; mas acaba transformando os até então dóceis tubarões da área, em sanguinários e famintos caçadores. Sábado, às 23h15.
“Justiça Urbana”, na Globo
Quando um policial exemplar é morto à queima roupa, o departamento de polícia comete o grande erro de registrar a ocorrência como um ato de violência comum. O pai (Steven Seagal) do jovem policial é um ex-soldado das forças especiais, com uma sede insaciável de justiça, e não vai desistir até encontrar o assassino de seu filho. Sábado, às 23h10.
“Duplex”, na Globo
Alex e sua esposa, Nancy, compram apartamento no Brooklyn, em Nova York. Na nova residência, eles têm como vizinha do andar superior uma senhora de idade, aparentemente dócil e simpática. Mas, a convivência com a tal velhinha reserva muitas surpresas terríveis para o casal. Com Ben Stiller e Drew Barrymore. Domingo, às 14h05.
“Wasabi”, na Globo
O detetive Hubert Fiorentini (Jean Reno) vai ao Japão desvendar um crime que envolve o grande amor de sua vida. Já em Tóquio, ele descobre que sua amada lhe deixou 200 milhões de dólares e a guarda de uma filha problemática. Desconfiado, ele procura seu antigo parceiro de polícia e, juntos, lutam para descobrir a verdade sobre a morte da mulher. Domingo, às 23h45.
Lançamentos em DVD
“Onde Vivem os Monstros”
Max (Max Records) é um garoto travesso mandado de castigo para seu quarto depois de desobedecer a mãe. Porém, a imaginação do menino está livre e o transporta para um reino desconhecido. Encantado, Max parte para a terra dos Monstros Selvagens, onde ele é o rei. O disco traz o filme com formato de tela cheia e áudio
“Vidas Cruzadas”
Para uma mulher , a estabilidade de vida, tanto pessoal quanto amorosa, era algo que tornava seus dias mais felizes. Anos bem vividos de casamento estão com os dias contados e todas as reações que ela sempre teve com ralação as coisas serão totalmente contrárias a partir de agora, surpreendendo a todos e a ela mesma. Sua família, sua vida e tudo o que ama está ameaçando ruir. Com Keanu Reeves, Monica Bellucci, Julianne Moore e Winona Ryder. O disco traz o filme com formato de tela cheia e áudio
“Uma Aventura na África”
O African Queen é o pequeno, mas estimado, barco de Charlie (Humphrey Bogart). Durante a Primeira Guerra, na selvagem África, ele assume a responsabilidade de levar a irmã do recém-falecido reverendo Samuel, Rose (Katharine Hepburn), para a civilização, através do rio, utilizando o barco. Mas existem dois problemas: Rose e Charlie não combinam em nada e as margens do rio estão cheias de alemães. A direção é de John Huston. O disco traz o filme com formato de tela widescreen, e, como extras, Making Of e Trailer.
“Anticristo”
Um casal (Willem Dafoe e Charlotte Gainsbourg), devastados pela morte de seu único filho, se mudam para uma cabana isolada na floresta Éden, onde coisas estranhas e obscuras começam a acontecer. A mulher é uma escritora que não consegue se livrar do sentimento de culpa pela morte do filho, e ele, um psicanalista, que tenta exerce seu meio de trabalho para ajudar a esposa. O disco traz o filme com formato de tela widescreen e áudio
Filme da Semana: Alice no País das Maravilhas
Um dos maiores desafios do mundo do entretenimento é contar uma história muito conhecida de uma forma qu
e atraia a atenção e agrade os espectadores. Este foi o desafio encarado por Tim Burton, ao dirigir a recente versão de “Alice no País das Maravilhas” para os estúdios Disney. A solução? Inventar uma nova história.
Ao contrário de todas as versões anteriores, o filme de Burton não apresenta a heroína adolescente. A história inicia quando a menina ainda está com seis anos, e seu pai, um homem de imaginação brilhante e inventiva, a conforta quando ela acorda, assustada com um pesadelo que se repete, com animais que falam e monstros estranhos.
Treze anos mais tarde, Alice Kingsleigh (Mia Wasikowska) já é uma mulher adulta, completamente avessa às convenções sociais de sua época, e com uma imaginação tão revolucionária quanto a de seu falecido pai.
Quando está em mais uma aborrecida festa na casa do antigo sócio do pai, descobre que será pedida em casamento pelo filho dele, um jovem arrogante e hipocondríaco, que representa tudo o que ela detesta na aristocracia vitoriana.
Ao fugir do inesperado noivo, Alice descobre um coelho branco, vestido de paletó e que consulta o relógio com freqüência. Intrigada, ela o segue até um buraco imenso, no qual cai, ao perder o equilíbrio.
A queda por um longo túnel a conduz a uma misteriosa sala com sete portas que estão todas trancadas. A porta pela qual o coelho branco saiu é muito pequena, e ela precisará da ajuda de um estranho líquido que a faz encolher e o bolo que faz crescer, para sair de lá.
Assim inicia a aventura de Alice em um mundo estra
nho e surpreendente, onde ela irá conhecer os gêmeos gorduchos Tweedle-Dee e Tweedle-Dum (vividos por Matt Lucas), o Coelho Branco (voz de Michael Sheen), a lagarta Absolem (voz de Alan Rickman) e vários outros animais falantes, que discutem se a recém-chegada é a verdadeira Alice.
A moça não tem a menor idéia do que eles estão falando, mas, é surpreendida com a revelação de que Alice é a pessoa predestinada a enfrentar o perigoso monstro Jaguadarte, um dragão a serviço da rainha Vermelha (Helena Boham-Carter).
A discussão é interrompida pela chegada dos soldados da rainha Vermelha, comandados pelo malévolo Valete de Copas (Crispin Glover). Alice foge em disparada, e sua fuga a leva ao encontro do estranho gato Cheshire (Stephen Fry) e do revelador Chapeleiro Maluco (Johnny Depp), que relata a história tenebrosa de quando a bondosa Rainha Branca (Anne Hathaway) foi deposta do trono pela irmã, com a ajuda do Jaguadarte.
Ao ser preso pelos homens da Rainha Vermelha, o Chapeleiro salva Alice, mas, é levado para o castelo. Alice decide salva-lo, embora esteja reduzida ao tamanho de um rato. Com a ajuda de todos os amigos e aliados, ela consegue infiltrar-se no castelo da Rainha Vermelha, que se diverte mandando cortar a cabeça de quem a contraria.
A batalha final acontecerá entre as forças leais à Rainha Branca e aos soldados-cartas da Rainha Vermelha. Mas, quem deverá fazer a diferença será Alice, caso a profecia se concretize. A derrota será o fim para todos, inclusive para a moça, que nunca retornará à sua vida anterior.
Quando a direção deste filme foi entregue a Tim Burton, já se poderia esperar um casamento perfeito entre uma história altamente fantasiosa e um diretor extremamente detalhista, cujo talento já fora comprovado em “A Noiva-Cadáver”, “Marte Ataca!”, “A Fantástica Fábrica de Chocolate” e tantos outros.
Mas, Burton foi mais além, e inovou em um aspecto que deve ter irritado profundamente os puristas: a história. Muitos dos personagens e situações originais do livro estão presentes no filme, outros foram simplesmente ignorados, mas, ao contrário da maioria das versões, herméticas e confusas, onde a menina simplesmente passeia e observa o estranho mundo, desta vez ela é parte atuante no mesmo, e dela dependerá o desfecho da história.
Alguns personagens foram alterados, como a Rainha Vermelha, que está no livro “Alice no País do Espelho”, mas, não tem nenhuma relação com a Rainha de Copas do livro original. A Rainha Branca foi um elemento novo, para criar o lado “do bem”, tão necessário às produções hollywoodianas.
A atuação de Anne Hathaway não está lá essas coisas, mas, Helena Boham-Carter está muito divertida com o seu cabeção. A jovem australiana Mia Wasikowska não deixa cair a peteca, mas, como sempre, o filme é mesmo de Johnny Depp, que sempre rouba a cena quando aparece.
Se deixarmos para lá a infidelidade ao livro, podemos considerar “Alice no País das Maravilhas” um filme bem adaptado ao gosto dos jovens atuais, com muita ação, efeitos especiais, no melhor estilo Burton. O único senão fica para o estilo sombrio, também uma característica do diretor, que pode não agradar as crianças menores, e por isso mesmo a indicação é para maiores de dez anos.
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