Newton Ramalho
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Filme da Semana:
“Uma Agente Muito Louca”
Considerando o cinema de bom nível
de qualidade, a França hoje é o país europeu que mais produz filmes, depois de
Hollywood. São inúmeros os casos onde produções francesas foram refilmadas pela
indústria americana, tão bons eram estes filmes. Contudo, observa-se, de vez em
quando, uma inversão na balança, e surgem no mercado filmes como “Uma Agente
Muito Louca” (“Raid Dingue”, 2016), uma clara adaptação dos besteiróis
americanos.
O filme conta a história de Johanna
Pasquali (Alice Pol), uma jovem policial que sonha fazer parte de um corpo de
elite da polícia francesa, o grupo RAID. O problema é que a moça, apesar de ser
muito esforçada e idealista, é completamente desajeitada, o que lhe causa
grandes problemas.
Quando ela diz ao noivo (Patrick
Mille) que em função da recusa em ser aceita no RAID, ela vai alistar-se na
Legião Estrangeira, o pai (Michel Blanc), que é o Ministro da Justiça, força a
barra para que a moça seja aceita no programa de treinamento da RAID.
Johanna fica aos cuidados do
veterano Eugène Frossard (Dany Boon), que vive uma fase ruim depois que a
mulher o deixou para fugir com o irmão dele. Entre as confusões em que a moça
se envolve, e as constantes ações do grupo, começa a existir uma atração entre
os dois, contra a vontade de Frossard.
Enquanto Johanna permeia no meio de
uma rixa entre o comandante do RAID (François Levantal) e o pai da moça, tudo
caminha para um grande atentado terrorista que – acredite quem quiser – só ela
foi capaz de perceber.
Não gostei da parte cômica do
filme, que resume-se a situações inverossímeis e caretas de Alice Pol, mas o
gênero besteirol tem legiões de fãs que certamente irão se deliciar, como o
fizeram em “Se Beber Não Case”, “Um Parto de Viagem” e outras pérolas.
Os amantes de filmes de ação
poderão apreciar boas cenas, em especial o clímax, bem recheado de tiros e
explosões.
Faz pena ver grandes atores
desperdiçados, todos eles protagonistas de grandes filmes no passado, como Dany
Boon e François Levantal, mas, em especial Yvan Attal, um dos maiores nomes do
cinema francês contemporâneo, que vive aqui um vilão mais ridículo do que o de
Javier Bardem em “007 – Operação Skyfall”.
“Uma Agente Muito Louca” está na
programação do Festival Varilux de Cinema Francês 2017, que estreia esta semana
em várias cidades brasileiras.
Título Original: “RAID Dingue”
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