Newton Ramalho
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O que está em cartaz
Mais uma
semana onde os passageiros do avião torcem para ele cair - com todo mundo
dentro! Enquanto isso, nos cinemas, as estreias da semana são a animação
"O Pequeno Príncipe", a comédia nacional "Linda de Morrer",
o terror "Exorcistas do Vaticano", e a ópera “La Fille Mal Gardée”.
Nesta semana teremos a reexibição do clássico "Drácula de Bram
Stoker" e a animação "Mulan". Continuam em cartaz a ação “Missão
Impossível – Nação Secreta”, a ficção “Quarteto Fantástico”, e “Carrossel – O
Filme”. Nas programações exclusivas, o Moviecom exibe “A Escolha Perfeita 2”,
“Pixels”, e “Meu Passado Me Condena 2”, enquanto o Natal Shopping mantém o
drama francês “Sobre Amigos, Amor e Vinho”. Na seção Especial, análise do
mercado de filmes dublados no Brasil.
Estreia 1: “O Pequeno Príncipe”
Uma garota acaba de se mudar com a mãe, uma
controladora obsessiva que deseja definir antecipadamente todos os passos da
filha para que ela seja aprovada em uma escola conceituada. Entretanto, um
acidente provocado por seu vizinho faz com que a hélice de um avião abra um
enorme buraco em sua casa. Curiosa em saber como o objeto parou ali, ela decide
investigar. Logo conhece e se torna amiga de seu novo vizinho, um senhor que
lhe conta a história de um pequeno príncipe que vive em um asteroide com sua
rosa e, um dia, encontrou um aviador perdido no deserto em plena Terra. A
direção é de Mark Osborne. “O Pequeno Príncipe” está em exibição na Sala 6 do
Moviecom, Sala 7 do Cinemark, Salas 2 e 5 do Natal Shopping, e Sala 2 do
Partage Norte Shopping. Classificação indicativa livre. Cópias dubladas,
exibição em 3D. (T. O.: “The Little Prince”)
Estreia 2: “Linda de Morrer”
Médica muito famosa, Paula (Gloria Pires)
descobre como resolver o drama das mulheres modernas: a celulite. Com o
recém-criado Milagra, ela espera salvá-las deste “mal”. Porém, Paula toma o
remédio e morre de um inesperado efeito colateral. Agora, seu espírito preso à
Terra precisa denunciar o próprio remédio e salvar as futuras vítimas de seu
inescrupuloso sócio, Dr. Francis (Angelo Paes Leme). Para isso ela conta apenas
com duas pessoas: o estabanado Dr. Daniel (Emilio Dantas), que acaba de herdar
o dom da mediunidade da avó (Susana Vieira), e Alice (Antonia Morais), sua
filha, com quem vivia às turras quando era viva. A direção é de Cris D'Amato. “Linda
de Morrer” será exibido na Sala 5 do Moviecom, Salas 1 e 3 do Cinemark, Salas 4
e 6 do Natal Shopping, e Salas 3 e 6 do Partage Norte Shopping. Classificação
indicativa 12 anos. Nacional. (T. O.: “Linda de Morrer”)
Estreia 3: “Exorcistas do Vaticano”
Após cortar o dedo acidentalmente, a jovem
Angela Holmes (Dudley) começa a ter um efeito devastador sobre as pessoas,
provocando graves ferimentos e até mortes. O vigário da comunidade, Padre
Lozano (Michael Peña), examina Angela e acredita que ela está possuída. Mas
quando o padre Imani (Djimon Hounsou) e o cardeal Bruun (Peter Andersson)
chegam do Vaticano para exorcizar a garota, eles descobrem uma força satânica mais
ancestral e poderosa do que poderiam imaginar. A direção é de Mark Neveldine. “Exorcistas
do Vaticano” será exibido na Sala 3 do Moviecom, e na Sala 6 do Partage Norte
Shopping. Classificação indicativa 14 anos. Cópias dubladas. (T. O.: “The
Vatican Tapes”)
Royal Opera House: “La Fille Mal Gardée”
"La Fille Mal Gardée", comédia
romântica de Frederick Ashton com galinhas dançantes e um pônei Shetland, é um
dos espetáculos favoritos do público há mais de 50 anos. Esta alegre história
de amor entre jovens tem uma combinação contagiante de dança, cores vibrantes e
música expressiva. Engraçado e comovente, "La Fille Mal Gardée" é o
balé perfeito para todas as idades. A hitória se passa em um antigo vilarejo e
conta os amores juvenis de Lise e Colas bem debaixo do nariz da Viúva Simone,
mãe de Lise. Este último balé de Frederick Ashton é repleto de folk britânico e
tradições musicais, como a famosa e engraçada dança da Viúva Simone. “La Fille
Mal Gardée” será exibida na Sala 4 do Cinemark na sexta-feira às 18h30, sábado
às 12h30, e domingo às 15h30. Classificação indicativa livre. (T. O.: “La Fille
Mal Gardée”)
Clássicos Cinemark: “Drácula de Bram Stoker”
No século XV, Vlad (Gary Oldman), um líder
guerreiro da Europa Central, renega a Igreja quando esta se recusa a enterrar
em solo sagrado a mulher que amava (Winona Ryder), pois ela se matou
acreditando que ele estava morto. Assim, ele perambula através dos séculos como
um morto-vivo e, ao contratar um advogado (Keanu Reeves), descobre que a noiva
deste é a reencarnação da sua amada. Deste modo, ele o deixa preso com suas
"noivas" e vai para a Londres da Inglaterra vitoriana, no intuito de
encontrar a mulher que sempre amou através dos séculos. A direção é de Francis
Ford Coppola. “Drácula de Bram Stoker” será exibido no Cinemark no sábado às 0h00
(Sala 7), e na quarta-feira às 22h00 (Sala 4). Classificação indicativa 14
anos. (T. O.: “Bram Stoker's Dracula”)
O Maravilhoso Mundo da Disney: “Mulan”
Quando os mongóis invadem a China, o imperador
decreta que cada família ceda um homem para o exército imperial. Com isso, uma
jovem fica angustiada ao ver seu velho e doente pai ser convocado, por ser o
único homem da família. Ele precisa ir, mesmo sabendo que certamente morrerá,
para manter a honra da família. Assim, sua filha rouba sua armadura e espada,
se disfarça de homem e se apresenta no lugar do pai, mas os espíritos dos
ancestrais decidem protegê-la e ordenam a um dragão, que havia caído em
desgraça, que convença a jovem a abandonar seu plano. Ele concorda, mas quando
conhece a jovem descobre que ela não pode ter dissuadida e, assim, decide
ajudá-la a cumprir sua perigosa missão de ir para a guerra e voltar viva. “Mulan”
será exibido no Cinemark no sábado e domingo
às 12h00 na Sala 3.
Classificação indicativa livre. Cópia dublada. (T. O.: “Mulan”)
Especial: Detesto filme dublado... só eu?
Nos anos 1960 a Sétima Arte
dominava e fazia valer o seu lema "o cinema é a melhor diversão". O
curioso é que, vivendo em uma situação de analfabetismo muito pior que hoje, quase
todos os filmes eram legendados, o que não deixa de ser um paradoxo o resultado
da pesquisa realizada pelo site Filmeb (www.filmeb.com.br), que mostra a
estrondosa preferência dos brasileiros pelo filme dublado.
Naqueles saudosos dias da minha
infância, morando em Santa Rita, na Paraíba, a televisão ainda resumia-se a um
monte de chuviscos, e somente na década de 1970 teríamos as transmissões
"via Embratel para todo o Brasil". Cada cidadezinha tinha o seu
cinema (nós tínhamos três!) e nas capitais abundavam as salas, tanto no centro
quanto nos bairros.
O curioso é que, naquela época, os
filmes dublados eram raros, limitando-se aos raros desenhos animados da Disney
ou algum blockbuster de grande apelo religioso, como "Os Dez
Mandamentos" ou "Rei dos Reis". Mais curioso ainda era que nós,
garotos, íamos para as matinês do final de semana assistir faroestes legendados
antes mesmo de estarmos alfabetizados. Mas, o poder da imagem era tão forte que
meus parentes divertiam-se quando eu contava toda a história do filme - mesmo
sem saber ler.
Acho que isso criou em mim, e em
boa parte da minha geração uma certa ojeriza aos filmes dublados, embora
tivéssemos magníficos dubladores no Brasil (lembram da Herbert Richers?). Até
hoje sempre prefiro assistir um filme com o áudio original, seja inglês,
francês, russo, sueco, japonês, ou qualquer outra língua exótica. O porquê?
Talvez por ser muito exigente quanto ao "lip sync", a sincronia
labial entre o som da palavra e a expressão do ator.
Bem, isso parece ser coisa ultrapassada,
pois nos últimos anos a demanda e a oferta de filmes dublados tem crescido
bastante no Brasil. A citada pesquisa do Filmeb mostra que a fatia de mercado
das versões dubladas chegou a 59% em público e 57% em renda no ano de 2014. Títulos
como "Rio 2", "Como Treinar o Seu Dragão 2" e "Frozen
- Uma Aventura Congelante" praticamente só tiveram versões dubladas.
E, se levarmos em conta que os
títulos nacionais conquistaram 13% do público e 11% da renda, vemos que a fatia
de filmes legendados nos cinemas torna-se cada vez mais exígua.
Esse fenômeno não se restringe a
uma região específica, embora capitais como Manaus e Cuiabá tenham ficado em
torno dos 70% de dublados. Mas, cidades como Osasco, em São Paulo, ou
Taguatinga, em Brasília, tiveram índices ainda maiores, acima de 85%. No
extremo oposto, Florianópolis e Brasília ainda ficaram acima de 50% de filmes
legendados.
Nossa cidade não ficou diferente do
resto do Brasil. Em 2014, 47,9% do público optou pelos filmes dublados.
Considerando também os nacionais, a fatia de público dos filmes legendados
ficou em 33,4%.
E, a que se deve essa preferência
do público pelos filmes dublados, quando a alfabetização da população hoje é
muito superior à dos anos 1960, por exemplo? Um dos fatores mais importantes é
a própria melhoria de vida da população nos últimos anos, com uma forte
ascensão das classes C e D, habitualmente usuários da TV aberta, e agora
chegando a influenciar a TV paga, onde a maioria dos canais oferece as opções
de dublado ou som original - sem legendas.
Parte desta preferência deve-se
também aos jovens, independente da classe social, que não gostam de legendas.
Conheço gente de nível superior, que fala mais de uma língua estrangeira, que
prefere filme dublado "por preguiça de pensar". Essa "batalha"
estende-se também aos campos virtuais. Enquanto existe no Facebook o grupo
"Filme Dublado, Não" (do qual eu sou seguidor), existem inúmeros
outros a favor dos filmes dublados.
Mas, embora eu tenha certa
antipatia pela dublagem, é preciso reconhecer que é uma preferência que não se
restringe ao Brasil. Antes que o "complexo de vira-lata" que Nelson
Rodrigues tão bem definiu comece a atuar, é bom dar uma olhada em outros
países.
Na França, a maioria dos filmes são
dublados em francês por força de lei, sendo os poucos em V.O. (Version
Originale) exibidos em alguns cinemas específicos. Nos Estados Unidos a maioria
dos filmes estrangeiros termina ganhando uma refilmagem pois o público lá não
gosta de legendas. Mais curioso ainda é na Alemanha, que quando um ator de
Hollywood ganha um prêmio, o seu dublador alemão também é premiado!
O lado bom de vivermos na época de
hoje é saber que, se por um lado os exibidores privilegiam cada vez mais o
filme dublado, o acesso à versão original está cada vez mais facilitado graças
aos recursos da internet, não apenas nos downloads P2P como também nos serviços
legais de streaming e locação virtual.
Afinal de contas, gosto é gosto, e
todos tem o seu. Como diz minha mãe, tem doido pra tudo no mundo - e ainda
sobra um pra tocar gaita...
Livros de
cinema:
Fascinado Pela Beleza
O último e explosivo livro da
trilogia Hitchcock, do grande biógrafo Donald Spoto, examina a vida, a carreira
e os filmes do cineasta por meio das relações complexas e frequentemente
chocantes com suas lendárias atrizes, entre elas Ingrid Bergman, Grace Kelly,
Kim Novak e Tippi Hedren. "Fascinado pela Beleza" examina a ascensão
de Hitchcock até atingir o poder e a fama internacional, seu gênio
extraordinário, seu casamento não convencional e suas obsessões. Este livro
profundo é repleto de novas revelações baseadas em fitas que não haviam chegado
ao conhecimento público e em novas entrevistas, correspondências e documentos
privados fornecidos especialmente para Donald Spoto. O mestre do suspense finalmente
é revelado pelo autor que melhor conhecia Hitchcock e seus atores. 336 p.
Editora Larousse.
Lançamentos
em DVD/Blu-Ray:
“A Série
Divergente: Insurgente”
Em "A Série Divergente: Insurgente", os riscos
para Tris (Shailene Woodley) aumentam quando ela sai à procura de aliados e
respostas nas ruínas de uma Chicago futurista. Tris e Quatro (Theo James) são
agora fugitivos, caçados por Jeanine (Kate Winslet), a líder da elite Erudição,
faminta pelo poder. Correndo contra o tempo, eles precisam descobrir a causa
pela qual a família de Tris sacrificou suas vidas e por que os líderes da
Erudição farão tudo para impedi-los. Assombrada pelas escolhas do passado, mas
desesperada para proteger quem ama, Tris, com Quatro a seu lado, encara um
desafio impossível atrás de outro, ao desvendar a verdade sobre o passado e
também o futuro de seu mundo. Desafie a realidade, busque a verdade. O disco
traz o filme com tela widescreen anamórfico e Áudio em Dolby Digital. (T. O.: “Insurgent”)
“McFarland,
USA”
Inspirado na história real de 1987, "McFarland,
USA" conta a história do professor de educação física Jim White (Kevin
Costner), que vai trabalhar na McFarland High School, de predominância latina,
localizada em uma comunidade rural na rica região de Central Valley, na
Califórnia. Jim sabe que essa escola precisa ser sua última parada ele não tem
mais opção, tanto com relação à carreira como com relação à família e se vê em
uma comunidade diferente e economicamente desafiante que nada lembra as cidades
em que trabalhou anteriormente. Com certeza, a família White e os alunos têm
muito que aprender sobre eles mesmos, mas quando o treinador White nota a
habilidade excepcional dos rapazes para correr, as coisas começam a mudar. O
disco traz o filme com tela widescreen anamórfico e Áudio em Dolby Digital. (T.
O.: “McFarland, USA”)
“Minha
Querida Dama”
O solitário Mathias Gold (Kevin Kline) herda dos pais
milionários uma grande casa em Paris. Quando ele viaja à capital francesa para
tomar posse do imóvel, descobre que o local é habitado por Mathilde (Maggie
Smith), uma senhora de 90 anos de idade, sem pretensões de se mudar. Apesar do
estranhamento inicial, os dois tornam-se amigos, e aos poucos Mathias começa a
se apaixonar por Chloé (Kristin Scott Thomas), filha de Mathilde. Filme com
formato de tela widescreen anamórfico e áudio em Dolby Digital. (T. O.: “My Old
Lady”)
“Viva a
França!”
Muzafar e Feruz são dois gentis pastores do Tabulistão...
um pequeno país da Ásia Central que ninguém sabe que existe. Para colocar o seu
país na cena internacional, o filho do presidente decide embarcar no terrorismo
"publicitário" e confiar nos dois pastores mais ingênuos a missão das
suas vidas: destruir a Torre Eiffel! Para atingir o objetivo, vão atravessar o
ambiente mais hostil que existe: França! Uma França longe do Ocidente que
pensavam conhecer: entre nacionalistas da Córsega, polícias zelosos, adeptos
violentos, taxistas desonestos, funcionários mal-humorados e erros médicos… não
serão poupados a nada. Felizmente para eles, vão encontrar Marianne, uma jovem
e bela jornalista que decide ajudá-los por pensar que estão ilegais. Vão assim
conhecer uma outra face de França… acolhedora, bonita e generosa, onde é tão
bom viver. Viva a França! Filme com formato de tela widescreen anamórfico e
áudio em Dolby Digital. (T. O.: “Vive La France”)
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