Newton Ramalho
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O que está em cartaz
Depois de uma semana cheia de eventos, e a estreia arrasadora da
fenomenal ficção-científica “Interestelar”
(vejam na seção Filme da Semana), teremos a estreia da cinebiografia de uma
das maiores personalidades brasileiras, “Irmã Dulce”, além do besteirol “Debi
& Loide 2”. Neste final de semana teremos também a re-exibição do clássico
“Love Story – Uma História de Amor”, com Ryan O’Neal e Ali MacGraw, e na
próxima quarta-feira, a pré-estreia de “Jogos Vorazes: A Esperança – Parte 1”.
Continuam em cartaz além de “Interestelar”, o drama nacional “Made in China”, com
Regina Casé, a animação “A Mansão Mágica”, a cinebiografia “Tim Maia”, e “Drácula
– A História Nunca Contada”. Nas programações exclusivas o Moviecom exibe a
comédia nacional “O Candidato Honesto”.
Estreia 1: “Irmã Dulce”
Cinebiografia
de irmã Dulce (Bianca Comparato/Regina Braga), religiosa baiana que dedicou
grande parte de sua vida a ajudar os necessitados. Tendo o amor e a caridade
como prioridades, ela ignora preconceitos, desconfianças, dogmas e até mesmo
sua saúde frágil, sempre se colocando à disposição do outro. Conhecida como
"Anjo Bom da Bahia", ela pode se tornar a primeira santa brasileira. A
Irmã Dulce chegou a ser indicada ao Prêmio Nobel da Paz em 1988. Em 1991, ela
chegou a receber uma visita do papa João Paulo II durante uma fase em que
estava enferma. A direção é de Vicente Amorim. “Irmã Dulce” está em exibição nas Salas 4 e 5 do Moviecom,
Salas 1 e 7 do Cinemark, Salas 3 e 5
do Natal Shopping, e Sala 2 do Norte Shopping. Classificação
indicativa dez anos. (T. O.: “Irmã Dulce”) Trailer
Estreia 2: “Debi & Loide 2”
Mais nova
aventura dos inseparáveis Lloyd Christmas (Jim Carrey) e Harry Dunne (Jeff
Daniels). Desta vez, Harry descobre que teve uma filha ilegítima, que hoje
precisa dele para um transplante de rim. Vinte anos depois de separarem, ele
leva o amigo Lloyd para conhecer a garota, e os dois percebem que não têm a
responsabilidade necessária para serem pais. Sequência de “Debi & Lóide -
Dois Idiotas em Apuros”, para os aficionados do gênero. A direção é de Bobby
Farrelly e Peter Farrelly. “Debi & Loide 2” está em exibição na Salas 1, 6 e 7 do Moviecom, Salas 2 e 5 do Cinemark,
Salas 1 e 5 do Natal Shopping, e Salas 1 e 5 do Norte Shopping. Classificação indicativa 12 anos. Cópias dubladas
e legendadas. (T. O.: “Dumb and Dumber To”)
Pré-Estreia:
“Jogos Vorazes: A Esperança –
Parte 1”
Após
sobreviver por duas vezes aos Jogos Vorazes, Katniss Everdeen (Jennifer
Lawrence) servirá como símbolo de uma revolução iniciada no Distrito 13. Além
de ter que manter sua imagem de ícone, a jovem ainda precisa se preocupar em
defender sua mãe e sua irmã no meio da guerra. Philip Seymour Hoffman, que
interpreta Plutarch Heavensbee, morreu tragicamente uma semana antes do final
das filmagens. Levando em consideração, que a maioria de suas cenas para os
dois filmes finais estavam gravadas, o personagem não foi substituído, mas
finalizado com uma combinação de reescrituras, truques de câmera e efeitos
especiais digitais. A direção é de Francis Lawrence. “Jogos Vorazes: A
Esperança – Parte 1” terá pré-estreia na quarta-feira, nas Salas 4, 7 e 6 do
Moviecom, Salas 2 e 6 do Cinemark, Salas 5 e 6 do Natal Shopping. Classificação
indicativa 12 anos. Cópias dubladas e legendadas. (T. O.: “The Hunger Games -
Mockingjay : Part 1”) Trailer
Clássicos Cinemark: “Love Story – Uma História de Amor”
Oliver
Barrett IV (Ryan O'Neal), um estudante de Direito de Harvard, conhece Jenny
Cavilleri (Ali MacGraw), uma estudante de música de Radcliffe. Um rápido
envolvimento surge entre eles, sendo que logo decidem se casar. No entanto,
Oliver Barrett III (Ray Milland), o pai do jovem, que é um multimilionário, não
aceita tal união e deserda o filho. Algum tempo depois de casados ela não
consegue engravidar e, ao fazer alguns exames, se constata que Jenny está muito
doente. Grande sucesso de público na época do lançamento, o filme ficou meses
em cartaz no cinema. A direção é Arthur Hiller. “Love Story – Uma História de
Amor” será exibido na Sala 4 do Cinemark no sábado às
23h55 e no domingo às 12h30.
Classificação indicativa livre. (T. O.: “Love Story”) Trailer
Maravilhoso Mundo de Disney: “Valente”
A jovem
princesa Merida foi criada pela mãe para ser a sucessora perfeita ao cargo de
rainha, seguindo a etiqueta e os costumes do reino. Mas a garota dos cabelos
rebeldes não tem a menor vocação para esta vida traçada, preferindo cavalgar
pelas planícies selvagens da Escócia e praticar o seu esporte favorito, o tiro
ao arco. Quando uma competição é organizada contra a sua vontade, para escolher
seu futuro marido, Merida decide recorrer à ajuda de uma bruxa, a quem pede que
sua mãe mude. Mas quando o feitiço surte efeito, a transformação da rainha não
é exatamente o que Merida imaginava... “Valente” terá sessão única na Sala 5 do
Cinemark, no sábado às 11h00. Classificação indicativa livre. Cópias dubladas.
(T. O.: “Brave”) Trailer
Filme da semana: “Interestelar”
Há
algum tempo comecei a escutar rumores de que em comemoração aos 45 anos da estreia
de “2001: Uma Odisséia no Espaço” seria feita um remake do clássico de Stanley
Kubrick. Mas, embora o diretor Christopher Nolan se declare um fã incondicional
de Kubrick, o seu filme, “Interestelar” não é uma refilmagem, embora homenageie
outros filmes, livros e personagens reais e ficcionais, num belo exercício de
cinema.
Se
há algo que Nolan decididamente copiou de Stanley Kubrick foi a fidelidade ao
rigor científico, e uma complexidade no roteiro que deixou muitos espectadores
atordoados, principalmente aqueles acostumados ao mastigado fácil das produções
atuais.
Em
um futuro não muito distante, encontramos um mundo à beira do caos. Pragas
desconhecidas e arrasadoras destroem culturas inteiras, enquanto tempestades de
areia cada vez mais intensas varrem o mundo.
Por
conta desta situação onde a fome ameaça matar a Humanidade inteira, as guerras
foram deixadas de lado, a exploração espacial foi extinta, e tudo o que importa
agora é como conseguir mais alimento de uma terra cada vez mais inóspita e combalida.
É
neste ambiente que encontramos Cooper (Matthew McConaughey), um ex-piloto da
NASA que, como a maioria das pessoas agora viviam em fazendas, tentando extrair
da terra o que ainda era possível.
Entre
as dificuldades de sua época, Cooper se preocupava com Murphy (Mackenzie Foy),
sua filha adolescente, em cujo quarto aconteciam coisas estranhas, como livros
caídos da estante, e montinhos de areia formando códigos de barras. Ao
decodificar estes dados, ele descobre que são coordenadas geográficas, que ele
resolve encontrar.
Para
sua surpresa eles chegam a um secretíssimo laboratório da NASA, que julgavam
extinta, e que trabalhava em um projeto ambicioso para descobrir um novo lugar
para a Humanidade, em algum lugar entre as estrelas.
O
lugar era dirigido pelo professor Brand (Michael Caine), um antigo conhecido de
Cooper, e sua filha Brand (Anne Hathaway). Eles o informam que seres
desconhecidos de alguma forma sabiam do que se passava na Terra, e tentavam
comunicar-se com eles. Os tais seres, “Eles”, haviam criado um worm-hole
próximo a Saturno, abrindo uma passagem espaço-temporal para um sistema
planetário situado a milhões de anos-luz da Terra.
Neste
sistema, havia três planetas semelhantes à Terra, que poderiam servir de novo
lugar para a população da Terra. Eles estavam com uma expedição programada, e a
única peça que estava faltando era o piloto – ele, Cooper, seria a escolha
perfeita.
Preocupado
em deixar os filhos, em uma jornada que poderia não ter volta, Cooper fica
extremamente dividido, mas decide aceitar o desafio. E assim, entra em uma
vertiginosa odisseia no espaço, onde farão viagens interdimensionais, buracos
negros, planetas com ondas gigantescas, geleiras inóspitas, amizades,
sacrifícios e traições, e a certeza absoluta da maior energia do universo que é
o amor.
Mas,
se existe um personagem importante nesta história é o tempo. O tempo da Terra
parece se esgotar frente às calamidades. O tempo dos viajantes é diferente
daqueles que ficaram na Terra. O tempo em um dos planetas é muito maior por
conta da proximidade com um buraco negro. E que tal um lugar onde o tempo fosse
apenas mais uma variável em uma equação?
Estamos
sempre acostumados a ver o tempo como algo contínuo, constante e imutável,
embora Einstein já tenha provado há mais de um século que o tempo é relativo,
podendo ser diferente em função da velocidade a que um corpo está submetido.
Todas as propriedades físicas são distorcidas na proximidade de um buraco
negro. E se conseguíssemos uma máquina capaz de controlar a gravidade e o tempo?
Embora
cinema seja fantasia, Christopher Nolan, assim como Kubrick fez em “2001: Uma
Odisséia no Espaço”, procurou cercar-se de base científica, tendo como
consultor o físico Kip S. Thorne, que orientou a equipe e controlou exageros,
como quando evitou a introdução de uma viagem a velocidade maior que a da luz no
filme.
“Interestelar”
está cheio de referências e homenagens, como o robô com o nome KIPS ( de Kip S.
Thorne), a solução para fugir do planeta que lembra “2010: O Ano Que Faremos
Contato”, o próprio formato dos robôs, que lembra o monólito de “2001”, e até
uma imagem do genial escritor Arthur C. Clarke no final do filme.
Provavelmente,
muita gente não vai gostar de “Interestelar” por conta das situações vividas
pelos personagens, que irão causar estranheza, principalmente pelos fatos
científicos apresentados. Claro que é mais fácil um “Guerra nas Estrelas” como
barulho no espaço, espadas de laser sólidas, etc., mas, estamos vendo um filme
de Nolan, o criador de “Amnésia”, a trilogia do Cavaleiro das Trevas e “A
Origem”.
Como
“2001”, “Interestelar” é um filme para ser assistido mais de uma vez, dando
margem a animadas e intermináveis discussões de mesa de bar, onde as visões
serão as mais díspares possíveis – e talvez nenhuma delas seja a mais certa ou
mais errada. Tudo é relativo, já dizia Einstein.
(T.O.: “Interstellar”) Trailer
Livros de cinema:
A Fábula
Cinematográfica
Uma
menina e seu assassino diante de uma vitrine, uma silhueta negra descendo uma
escadaria, a saia rasgada de uma camponesa, uma mulher que se arrisca diante do
perigo: essas imagens - que têm a assinatura de Lang ou Murnau, Eisenstein ou
Rossellini - são ícones do cinema e camuflam seus paradoxos. Uma arte é sempre
também uma ideia e um sonho de arte. A filosofia já havia concebido a
identidade da vontade artística e do olhar impassível das coisas, e o romance e
o teatro o haviam tentado à sua maneira. Contudo, o cinema só corresponde a
essa expectativa ao preço de contradizê-la. Nos anos 1920, ele era visto como a
nova linguagem das ideias tornadas sensíveis, a qual revogava a velha arte das
histórias e dos personagens. Mas o cinema iria também restaurar as intrigas, os
tipos e os gêneros que a literatura e a pintura tinham estilhaçado. 199 p – Editora Papirus.
Lançamentos em DVD/Blu-Ray:
“O Doador de Memórias”
Uma pequena comunidade vive em um
mundo aparentemente ideal, sem doenças nem guerras, mas também sem sentimentos.
Uma pessoa é encarregada a armazenar estas memórias, de forma a poupar os
demais habitantes do sofrimento e também guiá-los com sua sabedoria. De tempos
em tempos esta tarefa muda de mãos e agora cabe ao jovem Jonas (Brenton
Thwaites), que precisa passar por um duro treinamento para provar que é digno
da responsabilidade. O disco traz o filme com tela widescreen anamórfico e
Áudio em Dolby Digital 5.1. (T. O.: “The Giver”) Trailer
“Paraíso”
Carmen (Daniela Rincón) e Alfredo
(Andrés Almeida) são dois gordinhos que formam um feliz casal. Juntos há
décadas, eles saem do pacato subúrbio em que vivem e vão morar na Cidade do
México, para onde ele, que trabalha em um banco, é transferido. Lá, eles
decidem emagrecer, em uma iniciativa de Carmen. O relacionamento é abalado, no
entanto, pela insegurança de um deles, que não consegue perder peso. Filme com
formato de tela widescreen anamórfico e áudio em Dolby Digital 5.1. (T. O.: “Paraiso”) Trailer
“O Médico Alemão”
Enquanto atravessa a região
desértica da Patagônia, em 1960, uma família argentina conhece um médico alemão
que aceita ajudá-los. Chegando a Bariloche, ela torna-se hóspede da hospedaria
familiar. Todos gostam dos bons modos e conhecimentos científicos deste homem,
que se mostra muito preocupado com Lilith, garotinha com um pequeno problema de
crescimento. Mas todos ignoram que este homem é Josef Mengele, cientista nazista
que realizou experimentos com humanos no campo de concentração de Auschwitz. O
disco traz o filme com formato de tela widescreen anamórfico e Áudio em Dolby
Digital 5.1. (T. O.: “Wakolda”) Trailer
“Duas ou Três Coisas Que Eu Sei Dela”
O filme foi inspirado por um artigo
sobre donas de casa de um conjunto habitacional no subúrbio de Paris, que se
prostituíam para alimentar o próprio consumismo supérfluo. O “Dela” no título
do filme se refere à Paris dos anos 60, um retrato da sociedade de consumo, em
meio à pobreza das massas e conflitos como a Guerra do Vietnã. Um dos exemplos
dessa atmosfera é Vlady, uma dona de casa que se divide entre cuidar da família
e a prostituição, o meio mais fácil que encontra para poder ganhar dinheiro e
satisfazer suas necessidades mais frívolas. De Jean-Luc Godard. Filme com formato
de tela standard e Áudio em Dolby Digital 2.0. (T. O.: “2 ou 3 Choses Que Je
Sais d'Elle”) Trailer
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