Newton Ramalho
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O que está em cartaz
As cenas de barbárie que vemos nos noticiários levam a crer que mesmo o
mais grotesco cinema nunca será tão terrível quanto o mundo real. Enquanto
isso, nos cinemas, as estreias são a comédia “Mulheres ao Ataque”, com Cameron
Diaz, o nacional “A Grande Vitória”, com Caio Castro, e o drama “Instinto
Materno”, na Sessão Cine Cult. Continuam em cartaz “O Espetacular Homem-Aranha
2: A Ameaça de Electro” (vejam na seção Filme da Semana), “Getúlio”, com Tony
Ramos, “Divergente”, “Capitão América 2: O Soldado Invernal”, “Noé”, e a
animação “Rio 2”. Nas programações exclusivas, o Cinemark exibe a comédia
nacional “S.O.S. – Mulheres ao Mar”, e o Moviecom mantém “Inatividade
Paranormal 2” e “Copa de Elite”. Lembro que a programação agora muda nas
quintas-feiras.
Estreia 1: “Mulheres ao Ataque”
Quando
Carly Whitten (Cameron Diaz) descobre que Mark King (Nikolaj Coster-Waldau),
seu namorado, é casado com outra mulher, Kate (Leslie Mann), ela entra em
contato com a esposa dele e propõe que as duas se vinguem juntas. Uma estranha
amizade começa a nascer entre as duas, mas, a situação fica pior quando elas
descobrem que uma terceira mulher está envolvida. Logo, Amber (Kate Upton), a
terceira pretendente se une ao grupo, para dar uma lição no marido infiel. A
direção é de Nick Cassavetes. “Mulheres ao Ataque” está em exibição na Sala 5
do Moviecom, Sala 1 do Cinemark, Sala 4 do Natal Shopping, e Sala 5 do Norte
Shopping. Classificação indicativa 12 anos. Cópias dubladas e legendadas. (T.
O.: “The Other Woman”)
Estreia 2: “A Grande Vitória”
Max
Trombini (Caio Castro) teve uma infância humilde e conturbada. Abandonado pelo
pai ainda hoje, ele foi criado pela mãe e pelo avô, que morreu quando tinha 11
anos. Revoltado, passou a se envolver em diversas confusões em sua cidade
natal, Ubatuba, e depois em Bastos, onde passou a morar. Foi através do
aprendizado das artes marciais, em especial o judô, que ele conseguiu se
estabelecer emocionalmente e construir uma carreira que fez com que se tornasse
um dos principais técnicos do esporte no Brasil. Baseado no livro
"Aprendiz de Samurai", escrito pelo próprio Max Trombini. A direção é
de Stefano Capuzzi. “A Grande Vitória” está em exibição na Sala 6 do Norte
Shopping. Classificação indicativa dez anos. (T. O.: “A Grande Vitória”)
Estreia 3: “Instinto Materno” - Sessão Cine Cult
Barbu
(Bodgan Dumitrache) é um homem infeliz que, aos 34 anos, busca a independência
ao sair da casa da mãe, Cornelia (Luminita Gheorghiu). A situação não a agrada
nem um pouco, pois gosta de ter o filho sob seus cuidados. Para piorar a
situação, Barbu passa a namorar Olga (Natasa Raab), uma jovem que Cornelia
considera muito desagradável. Quando ele se envolve em um acidente trágico, que
o deixa em estado de choque, Cornelia coloca o instinto protetor de mãe em
primeiro lugar e faz de tudo para impedir que ele seja preso. A direção é de Calin
Peter Netzer. “Instinto Materno” será exibido segunda-feira (12/05) e
terça-feira (13/05), na Sala 5 do Cinemark, na sessão de 20h10. Classificação
indicativa 12 anos. (T. O.: “Pozitia Copilului”)
Filme da Semana: “O Espetacular Homem-Aranha 2: A Ameaça de Electro”
Durante
esta semana, mais da metade das salas de cinema de Natal foram destinadas à
exibição da mais recente aventura do Homem-Aranha, “O Espetacular Homem-Aranha
2: A Ameaça de Electro”. Essa invasão “aracnídea” não surpreende, pois ele é um
dos super-heróis de maior sucesso da Marvel Comics.
Criado
em 1962 pelo genial Stan Lee e seu parceiro Steve Ditko, o Homem-Aranha fez um
sucesso estrondoso mundo a fora, e além das revistas, já inspirou desenhos
animados, cinco filmes no cinema, videogames, e um número indefinido de
brinquedos e objetos de uso diverso.
Sempre
que falo do Homem-Aranha, gosto de lembrar que ele é o mais humano dos super-heróis:
é pobre, vive de “bicos” como fotógrafo freelancer, ajuda a tia que o criou,
tem desilusões amorosas, e sempre está às voltas com uma crise existencial,
principalmente pela campanha negativa que o seu patrão, o dono do jornal, vive
fazendo contra o Homem-Aranha.
É
curioso que o Batman, mesmo não tendo nenhum poder, não parece tão humanizado.
Mas, afinal de contas, o alter ego do Batman, Bruce Wayne, é milionário, o que
vale mais que muitos superpoderes.
O
filme atual inicia com o cientista Richard Parker (Campbell Scott) gravando uma
mensagem de vídeo para explicar o seu desaparecimento. Mais tarde, ele e sua
esposa, Mary (Embeth Davidtz), estão a bordo de um jato particular que é invadido
por um assassino, e após uma luta corporal, o avião cai.
Anos
mais tarde, o filho de Richard, Peter (Andrew Garfield) continua a lutar contra
o crime como o Homem-Aranha. Ele continua apaixonado por Gwen Stacy (Emma
Stone), mas sempre se lembra da promessa que fez ao pai de Gwen, para manter-se
longe dela, e preservá-la do perigo.
Amigo
de infância de Peter, Harry Osborn (Dane DeHaan) retorna para Nova York, onde
seu pai, Norman (Chris Cooper), o presidente da OsCorp, explica que está
morrendo, e que sua doença é hereditária. Norman dá a Harry um pequeno
dispositivo que ele afirma contém o trabalho de sua vida. No dia seguinte,
Norman morre e Harry é nomeado o novo presidente da empresa
Enquanto
isso, um obscuro funcionário da OsCorp, Max Dillon (Jamie Foxx), ao fazer uma manutenção
em um laboratório da empresa, perde o equilíbrio e cai em um tanque cheio de
enguias elétricas geneticamente modificadas. Elas o atacam, e ele se transforma
em um gerador elétrico vivo. Quando Max vagueia pela Times Square e
acidentalmente provoca um apagão, e o Homem-Aranha consegue detê-lo, e ele é
levado para um instituto de pesquisa.
Quando
os primeiros sintomas da doença de Harry aparecem, ele deduz que o sangue do
Homem-Aranha poderia ajudar a salvá-lo. Ele pede a Peter para ajudar a
encontrar o Homem-Aranha, mas aquele recusa, pois não sabe que efeitos a
transfusão acarretaria. Enquanto isso, a diretoria da OsCorp destitui Harry,
que se vê cada vez mais desesperado por uma saída. Ele resolve resgatar Max,
agora transformado no vilão Electro, e invade a OsCorp, descobrindo um
laboratório secreto do pai. Ele usa o veneno das aranhas cuja pesquisa o pai de
Peter destruíra, e ao invés de curá-lo, o veneno o transforma no hediondo
Duende Verde.
Peter
usa informações deixadas por seu pai para localizar a mensagem de vídeo no
laboratório secreto de uma estação de metrô abandonada. Richard explica que
teve que sair porque ele se recusou a cooperar com os planos do desdobramento
de armas biogenéticas de Norman Osborn.
Descobrindo
finalmente a verdadeira razão da fuga e morte dos pais, Peter deverá confrontar
os dois perigosos inimigos ao mesmo tempo, numa tentativa de salvar não apenas
a cidade de Nova York, mas, também a vida da sua amada Gwen.
Na
continuação do reboot do Homem-Aranha nos cinemas, o diretor Marc Webb trouxe certo
frescor para a série que a dupla anterior, Sam Raimi e Tobey Maguire deixaram a
desejar.
Andrew
Garfield, um rosto menos conhecido, deixa mais lugar para o personagem, e o
fato de Emma Stone ser sua namorada na vida real ajudou bastante a química de
seus personagens na tela.
Repleto
de cenas de ação e efeitos especiais, “O Espetacular Homem-Aranha 2: A Ameaça
de Electro” deverá chegar perto da inatingível meta de agradar os fãs dos
quadrinhos e do cinema. De qualquer forma, ainda teremos mais duas sequencias
com Webb e Garfield.
Como
sempre acontece com os filmes da Marvel, há uma cena pós-créditos, só que não
tem a ver com o Homem-Aranha, e sim com X-Men. Outra tradição é a rápida
aparição de Stan Lee, desta vez bem no início do filme.
Livros de cinema:
“World Cinema”
O
livro “World Cinema”, organizado por Stephanie Dennison, faz um recorte com
capítulos que procuram demonstrar os progressos obtidos na teorização do
conceito de world cinema em anos recentes, fazendo uso de abordagens
consagradas, a fim de expandir o cânone, revisitar e revisar a história
cinematográfica. Tanto autores brasileiros e estrangeiros baseados no Brasil
(como Esther Hamburger e Carolin Overhoff Ferreira) quanto pesquisadores
brasileiros e estrangeiros radicados no exterior (Lucia Nagib e Dudley Andrew,
entre outros) discutem ou ilustram tal intercâmbio - de ideias, de olhares etc.
- tão central a esse conceito. O próprio livro é fruto de um intercâmbio entre
a Socine, agora uma das maiores associações de estudos de cinema do mundo, e o
Centre for World Cinemas de Leeds, Inglaterra, o primeiro centro dedicado ao
estudo de cinema mundial. 240 p – Editora Papirus.
Lançamentos em DVD/Blu-Ray:
“12 Anos de Escravidão”
1841. Solomon Northup (Chiwetel
Ejiofor) é um escravo liberto, que vive em paz ao lado da esposa e filhos. Um
dia, após aceitar um trabalho que o leva a outra cidade, ele é sequestrado e
acorrentado. Vendido como se fosse um escravo, Solomon precisa superar
humilhações físicas e emocionais para sobreviver. Ao longo de doze anos ele
passa por dois senhores, Ford (Benedict Cumberbatch) e Edwin Epps (Michael
Fassbender), que, cada um à sua maneira, exploram seus serviços. O disco traz o
filme com tela widescreen anamórfico e Áudio em Dolby Digital 5.1. (T. O.: “12
Years a Slave”)
“3096 Dias de Cativeiro”
O filme é baseado na história real
de Natascha Kampusch (Antonia Campbell-Hughes), que foi raptada e mantida em
cativeiro entre os anos de 1998 e 2006. Capturada em uma rua de Viena aos dez
anos, o longa narra sua vida ainda em liberdade, passando pelo período de
isolamento completo do mundo exterior, onde sofreu abusos físicos e
psicológicos, até o momento de sua fuga e readaptação a vida em sociedade. Filme com formato de tela widescreen anamórfico
e áudio em Dolby Digital 5.1. (T. O.: “3096 Tage”)
“Memórias de Salinger”
Após escrever a obra-prima "O
Apanhador no Campo de Centeio", J. D. Salinger decidiu não publicar mais
livros. Este homem recluso sumiu dos holofotes, não deu notícias durante quarenta
anos. O autor teria ficado particularmente perturbado pelo fato de três
assassinos terem usado o seu livro como justificativa de seus crimes. O
documentário tenta investigar os motivos de seu comportamento, e quais obras
ele teria escrito durante o isolamento. O disco traz o filme com formato de tela
widescreen anamórfico e Áudio em Dolby Digital 5.1. (T. O.: “Salinger”)
“Eu, Anna”
Sem conseguir dormir direito há
semanas devido à recente separação, o detetive Bernie Reid (Gabriel Byrne)
ronda a cidade de madrugada. Ao atender uma chamada, ele parte para um
apartamento onde encontra um homem morto. Lá vê de relance uma mulher, Anna
Welles (Charlotte Rampling), que lhe chama a atenção. Eles apenas se conhecem
realmente em uma festa de solteiros e não demora muito para que engatem um
relacionamento. O que Bernie não imaginava era que Anna era a assassina que
estava procurando. Filme com tela widescreen anamórfico e Áudio em Dolby
Digital 5.1. (T. O.: “I, Anna”)
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