Newton Ramalho
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O que está em cartaz
Em mais um feriadão, agora são as aranhas que invadem os cinemas, já que
“O Espetacular Homem-Aranha 2: A Ameaça de Electro” estará em cartaz em nada
menos que onze salas em Natal. A outra estreia, não menos importante, é
“Getúlio”, onde o papel-título é vivido por Tony Ramos. Continuam em cartaz a
aventura a ficção “Divergente” (vejam na seção Filme da Semana), “Capitão
América 2: O Soldado Invernal”, o drama nacional “Hoje Eu Quero Voltar Sozinho”,
a comédia “Copa de Elite”, o épico “Noé”, e a animação “Rio 2”. Nas
programações exclusivas, o Cinemark exibe a comédia nacional “S.O.S. – Mulheres
ao Mar”, e o Moviecom mantém o besteirol “Inatividade Paranormal 2”. Lembro que
a programação agora muda nas quintas-feiras.
Estreia 1: “O Espetacular Homem-Aranha 2: A Ameaça de Electro”
Todos
sabem que a batalha mais importante do Homem-Aranha é a que ele trava consigo
mesmo: o conflito entre as obrigações cotidianas de Peter Parker e as
responsabilidades extraordinárias do Homem-Aranha. Mas em “O Espetacular
Homem-Aranha 2: A Ameaça de Electro”, Peter Parker descobre que um conflito
ainda maior está à sua espera. Para Peter Parker (Andrew Garfield), não há nada
melhor do que se balançar entre arranha-céus, ser um herói e passar o tempo com
Gwen (Emma Stone). Mas, ser o Homem-Aranha tem um preço: apenas ele pode
proteger os nova-iorquinos dos inacreditáveis vilões que ameaçam a cidade. Com
o surgimento de Electro (Jamie Foxx), Peter precisa confrontar um inimigo muito
mais poderoso do que ele. E com o retorno de seu velho amigo Harry Osborn (Dane
DeHaan), Peter percebe que todos os seus inimigos têm uma coisa em comum: a
OsCorp. A direção é de Marc Webb. “O Espetacular Homem-Aranha 2: A Ameaça de
Electro” está em exibição nas Salas 4 e 6 do Moviecom, Salas 1, 2 e 6 do
Cinemark, Salas 1, 5 e 6 do Natal Shopping, e Salas 1, 2 e 3 do Norte Shopping. Classificação indicativa 12 anos. Cópias dubladas
e legendadas, exibição em 2D e 3D. (T. O.: “The Amazing Spider-Man 2”)
Estreia 2: “Getúlio”
Agosto de
1954. O jornalista de oposição e dono de jornal Carlos Lacerda (Alexandre
Borges), sofre um atentado na porta da sua casa em Copacabana. O pistoleiro
erra o tiro e mata o major da Aeronáutica Rubens Vaz, que fazia a segurança de
Lacerda. O presidente da República, Getúlio Vargas (Tony Ramos), é acusado de mandar
matar o maior adversário político do seu governo. Getúlio passa a ser pressionado
por lideranças militares e pela oposição para renunciar ao mandato. As investigações
mostram que a ordem para o atentado saiu de dentro do Palácio do Catete. Gregório
Fortunato (Thiago Justino), chefe da guarda pessoal do presidente e seu homem
de confiança há anos, é acusado. Ao lado da filha, Alzira Vargas (Drica Moraes),
seu braço direito na presidência, e colaboradores fiéis como Tancredo Neves e o
general Zenóbio da Costa (Adriano Garib), Getúlio tenta se manter no poder e
provar sua inocência. Diante das ameaças que pedem a deposição imediata, o presidente
comete o ato extremo. A direção é de João Jardim. “Getúlio” está em exibição na
Sala 5 do Cinemark, e Sala 4 do Natal Shopping. Classificação
indicativa 12 anos. (T. O.: “Getúlio”)
Filme da Semana: “Divergente”
Sempre
que alguém especula sobre o futuro, o faz sob uma ótica apocalíptica ou
utópica. A primeira prevê um mundo destruído, com sobreviventes se digladiando,
enquanto a outra imagina um mundo moderno e tranquilo. É provável que a
realidade seja uma mistura das duas coisas, mas, nada impede que os
ficcionistas façam sua escolha ao criar suas obras, como é o caso da recente
estreia “Divergente”.
O
filme é baseado no livro homônimo, de autoria de Veronica Roth. Cem anos após a
destruição da sociedade como a conhecemos, o mundo reconstrói-se aos poucos. Na
região onde existia a antiga cidade de Chicago, os habitantes organizaram uma
nova sociedade, baseada no conceito de Facções.
Estudando
os problemas que haviam destruído a Humanidade, eles acreditavam que só
conseguiriam reerguer-se se cultivassem as melhores qualidades,
complementando-se mutuamente. Para cada problema fundamental, seria criado um
grupo que combateria aquele problema, e todos os grupos se ajudariam
mutuamente, como um corpo único.
Assim,
foram criadas as Facções da Erudição, que se ocupava dos assuntos da ciência e
tecnologia, da Amizade, que cultivava os alimentos e Artes, da Sinceridade, que
cuidava dos assuntos legais, da Audácia, que provia a defesa e disciplina, e a
Abnegação, que cultivava o altruísmo, e por consequência era os responsáveis
pela administração. Quem, por algum motivo, não pertencesse a algum destes
grupos tornava-se uma espécie de pária, um sem-facção, vivendo fora dos limites
da cidade, e trabalhando nos piores empregos, os que ninguém mais queria.
Embora
as crianças nascessem e fossem educadas dentro das facções de suas famílias,
conviviam com outros garotos no colégio, até chegar à idade de 16 anos, quando
faziam um teste de aptidão, e escolhiam qual facção queriam pertencer, o que
era considerado uma passagem à fase adulta.
É
exatamente neste ponto em que se encontra a adolescente Beatrice (Shailene
Woodley). Nascida na facção da Abnegação, a jovem sente-se inquieta quanto ao
seu futuro, pois não se sente integrada no modo de vida de seus pais.
Essa
incerteza confirma-se no teste de aptidão, quando ela revela ser apta não
somente para um, mas, para três facções diferentes! Isso assusta a
selecionadora, Tori (Maggie Q), que explica que Beatrice é uma Divergente, e
que ela nunca deverá revelar isso para ninguém, sob risco da própria vida.
Se
a jovem já estava confusa, ela fica mais ainda. Mas, na cerimônia de escolha da
facção, ela decide-se pela mais improvável delas, a da Audácia, enquanto o
irmão, Caleb (Ansel Elgort) escolhe a Erudição, para decepção dos pais de
ambos.
Se
a escolha fora difícil para Beatrice, o que viria depois seria mais chocante
ainda. Ela descobre que terá que passar por um duro treinamento, ao final do
qual somente os dez mais bem classificados permanecerão como membros da
Audácia, enquanto que os demais serão banidos como sem-facção!
As
dificuldades são imensas, e os novatos devem aprender a lutar e atirar, bem
como enfrentar os seus piores inimigos: os seus próprios medos. Se, por um
lado, Beatrice faz amizade com Christina (Zoë Kravitz) e Will (Bem Lloyd-Hughes),
é de imediato hostilizada por Peter (Miles Teller) e Molly (Amy Newbold),
antigos membros da Sinceridade. Os instrutores não deixam por menos,
principalmente o sádico Eric (Jai Courtney) e o inflexível Quatro (Theo James).
Embora
frágil e pouco afeita a grandes esforços físicos, Beatrice ou Tris, que é o
apelido que adota, começa a destacar-se pela ousadia e determinação. Mas, é
quando chegam aos estágios de simulação que o seu desempenho é diferenciado.
Não demora a que Quatro perceba que ela é uma Divergente.
Mas,
preocupações muito maiores virão, pois uma conspiração subterrânea levará as
facções a lutar umas contra as outras, lideradas pela poderosa líder da
Erudição, Jeanine (Kate Winslet), e Tris deverá escolher de que lado ficará no
final.
Se
o leitor achou algo parecido com “Jogos Vorazes” e “Crepúsculo”, não está de
todo errado. Este filme é baseado no primeiro volume da trilogia Divergente,
Insurgente e Convergente, de Veronica Roth, direcionado ao público juvenil.
Isso fica bem marcado pelo ambiente casto, sem nenhuma ousadia sexual – o que
seria comum em um ambiente adolescente – mas, repleto de cenas de ação.
O
diretor Neil Burger conseguiu extrair o máximo da atriz Shailene Woodley,
estreante nos cinemas, mas veterana de seriados na TV. Kate Winslet faz seu
papel com facilidade, mas o inexpressivo Theo James não se sai muito bem como
protagonista.
Os
figurinos e a produção são bem mais pobres que os de “Jogos Vorazes”, acredito
que mais por problemas orçamentários que pela imaginação dos figurinistas e
decoradores.
Este
filme é direcionado ao público jovem, amante dos filmes de ação com alguma
história romântica, e terá mais três sequências, já que o último livro será
desdobrado em dois filmes.
Livros de cinema:
“...Ismos: Para
entender o cinema”
Existem
muitas formas de se estudar a chamada sétima arte. Aqui, ela é analisada sob o
prisma de seus variados "ismos", e não segundo a classificação mais
tradicional, por gêneros. Dentro dessa perspectiva mais ampla, o autor - o
jornalista Ronal Bergan - classificou alguns dos maiores filmes da história de
acordo com os principais movimentos que delinearam a trajetória do cinema,
desde as pioneiras experiências dos irmãos Lumière e de Georges Méliès. Sem
pretensão de ser um ranking do tipo "cem melhores filmes", o livro
busca abarcar a diversidade da produção cinematográfica internacional. Nomes
alinhados com o chamado "cinema de autor", como Federico Fellini,
Akira Kurosawa e Glauber Rocha, convivem aqui com produtos típicos do mainstream
de Hollywood, com a politização do cinema soviético, com o experimentalismo das
vanguardas europeias do início do século XX, com a vitalidade dos filmes
asiáticos do século XXI. 160 p – Editora
Globo.
Lançamentos em DVD/Blu-Ray:
“A Menina Que Roubava Livros”
Durante a Segunda Guerra Mundial,
uma jovem garota chamada Liesel Meminger (Sophie Nélisse) sobrevive fora de
Munique através dos livros que ela rouba. Ajudada por seu pai adotivo (Geoffrey
Rush), ela aprende a ler e partilhar livros com seus amigos, incluindo um homem
judeu (Ben Schnetzer) que vive na clandestinidade em sua casa. Enquanto não
está lendo ou estudando, ela realiza algumas tarefas para a mãe (Emily Watson)
e brinca com a amigo Rudy (Nico Liersch). O disco traz o filme com tela
widescreen anamórfico e Áudio em Dolby Digital 5.1. (T. O.: “The Book Thief”)
“Ragnarok”
O mundo antigo e o moderno se
colidem quando o arqueólogo Sigurd Svenden (Pål Sverre Hagen) encontra o
verdadeiro significado das runas secretas encontradas no navio Oseberg. Com a ajuda
do amigo Allan (Nicolai Cleve Broch) e da assistente Elisabeth (Sofia Helin),
ele emprende uma jornada até um lago escondido, na fronteira com a antiga União
Soviética, para descobrir um segredo monstruoso, que supera as lendas mais
estranhas dos antigos vikings. Filme com
formato de tela widescreen anamórfico e áudio em Dolby Digital 5.1. (T. O.: “Gåten
Ragnarok”)
“A Gaiola Dourada”
Maria e José Ribeiro são um casal
de imigrantes portugueses na França, morando em um bairro nobre de Paris. Há
mais de trinta anos ela trabalha como síndica, e ele como zelador, sendo
respeitados e admirados pelos moradores do local. Um dia, no entanto, uma
herança inesperada proporciona aos dois a oportunidade de sair da pequena casa
onde moram e voltar a Portugal, onde levariam uma vida luxuosa. Mas os
habitantes do prédio não estão prontos a abandonar os preciosos serviços de
Maria e José, e vão usar todas as armas necessárias para mantê-los no local. O
disco traz o filme com formato de tela widescreen anamórfico e Áudio em Dolby
Digital 5.1. (T. O.: “La Cage Dorée”)
“O Enigma de Kaspar Hauser”
Um homem jovem chamado Kaspar
Hauser (Bruno S.) aparece de repente na cidade de Nuremberg em 1828, e mal
consegue falar ou andar, além de portar um estranho bilhete. Logo é descoberto
que sua aparição misteriosa se deve ao fato de que ele ficou trancado toda sua
vida em um cativeiro, desconhecendo toda a existência exterior. Quando ele é
solto nas ruas sem motivo, muitas pessoas decidem ajudá-lo a se integrar na
sociedade, mas rapidamente Kaspar se transforma em uma atração popular. Filme
com tela widescreen anamórfico e Áudio em Dolby Digital 5.1. (T. O.: “Jeder für
sich und Gott gegen alle”)
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