Newton Ramalho
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O que está em cartaz
Chegamos a maio, mês do Trabalho ou do Trabalhador, nem sei mais, e das
noivas, ai de mim se esquecer delas... Enquanto isso, nos cinemas, as estreias
são o drama nacional “Somos Tão Jovens”, inspirado na vida do músico Renato
Russo, e da produção inglesa “A Parte dos Anjos” na Sessão Cine Cult do
Cinemark. Continuam em cartaz as ficções-científicas “Homem de Ferro 3” (vejam na Sessão Filme da Semana), com
Robert Downey Jr, e “Oblivion”, e a comédia nacional “Vai Que Dá Certo”. Nas
programações exclusivas, O Cinemark exibe “Meu Pé de Laranja Lima”, enquanto o
Moviecom mantém o romance “Um Porto Seguro”, e a animação “Os Croods”.
Estreia 1: “Somos Tão Jovens”
Brasília,
1973. Renato (Thiago Mendonça) acabou de se mudar com a família para a cidade,
vindo do Rio de Janeiro. Na época ele sofria de uma doença óssea rara, a
epifisiólise, que o deixou numa cadeira de rodas após passar por uma cirurgia.
Obrigado a permanecer em casa, aos poucos ele passou a se interessar por
música. Fã do punk rock, Renato começa a se envolver com o cenário musical de
Brasília após melhorar dos problemas de saúde. É quando ajuda a fundar a banda
Aborto Elétrico e, posteriormente, a Legião Urbana. A sugestão do título foi da
mãe de Renato, e veio de um trecho da música “Tempo Perdido”, sucesso do álbum
"Dois" do grupo Legião Urbana, lançado na década de 80, período áureo
do grupo. A direção é de Antonio Carlos da Fontoura. “Somos Tão Jovens” estreia
nesta sexta-feira, na Sala 5 do Cinemark, e na Sala 4 do Moviecom.
Classificação indicativa 14 anos. (T. O.: “Somos Tão Jovens”)
Sessão Cine Cult: “A Parte dos Anjos”
Robbie
(Paul Brannigan) escapa, por pouco, de uma sentença de prisão. Ele acaba de ter
um filho com a namorada Leonie (Siobhan Reilly) e promete que o futuro do
primogênito será diferente de tudo que viveu. Durante o serviço comunitário,
ele conhece pessoas que enfrentam a mesma dificuldade de encontrar emprego e
descobre um dom em degustação de uísque, que pode mudar suas vidas para sempre.
A direção é de Ken Loach. “A Parte dos Anjos” será exibido na terça-feira (07/05) e
quinta-feira (09/05), na sessão de 21h50, na Sala 4 do Cinemark. Classificação
indicativa 14 anos. (T. O.: “The Angel’s Share”)
Filme da Semana: “Homem de Ferro 3”
Sempre
que algum herói dos quadrinhos é levado às telas de cinema, os fãs da mídia
original reclamam da falta de fidelidade e outras coisas mais. A verdade é que
um filme é dirigido para as plateias atuais, e muitos dos espectadores de hoje
nem eram nascidos quando os quadrinhos eram a grande diversão da meninada. Esse
é o panorama em que se enquadra “Homem de Ferro 3”, estreia recente em nossos
cinemas.
Mantendo
o padrão das trilogias, o filme atual – pelo menos, em teoria – encerraria as
aventuras solo do Homem de Ferro. Por isso mesmo, há uma mudança na
personalidade de Tony Stark (Robert Downey Jr), que deixa um pouco de lado a
imagem de playboy irresponsável, para assumir um lado protetor e preocupado com
o seu bem mais precioso, a sua amada Pepper Pots (Gwyneth Paltrow).
Após
os eventos mostrados no filme “Os Vingadores”, em que seres alienígenas
Chitauri invadiram a Terra liderados por Loki, Stark não consegue dormir, tem
ataques de pânico, quando não consegue controlar-se, tudo isso motivado pelo
medo em relação à segurança de Pepper.
Esta,
por sua vez, não entende o porquê da obsessão dele em desenvolver novas
armaduras, deixando de lado o convívio e o relacionamento deles.
Para
piorar as coisas, o mundo vive sob a ameaça de um terrorista que se intitula
Mandarim (Ben Kingsley), e promove assassinatos em massa, tudo isso sob a
alegação que está dando lições aos americanos.
Quando
Happy Hogan (Jon Favreau) é gravemente ferido em um aparente atentado, Stark
faz uma declaração à imprensa desafiando o Mandarim a enfrentá-lo. O que
parecia ser uma simples bravata termina em um ataque real, e enquanto a mansão
é destruída, o Homem de Ferro fica preso no fundo do mar, e todos acreditam que
ele está morto.
A
nova armadura, dotada de inteligência artificial o leva até uma pequena cidade
do interior americano, onde uma pista aponta para estranhos experimentos do
governo, utilizando veteranos com algum tipo de deficiência. Este experimento
devolvia os membros às cobaias, além de uma extraordinária capacidade de
recuperação. Mas, havia um perigoso efeito colateral, pois a pessoa podia
explodir e destruir tudo à sua volta.
À
medida que vai explorando as pistas, Stark, com a ajuda de um inteligente
garotinho (Ty Simpkins), descobre que tudo está conectado, e que ele mesmo
esteve envolvido na origem dos fatos, ao cruzar com a botânica Maya Hansen
(Rebeca Hall) e o cientista maluco Aldrich Killian (Guy Pearce).
Ao
localizar o Mandarim e enfrentar o gênio do crime por trás dele é que Stark vê
o seu pior pesadelo se concretizar, quando Pepper é sequestrada e submetida à
perigosa alteração genética que pode transformá-la em uma bomba ambulante.
Como
poderia se esperar, os efeitos especiais estão presentes em praticamente todas
as cenas, algumas lembrando até Transformers. Como se poderia esperar, também,
há uma grande quantidade de cenas de ação, talvez até mais do que nos filmes
anteriores.
Contudo,
é no personagem vivido por Robert Downey Jr que se verificam as maiores
mudanças. Ele está muito mais presente, fora da armadura, e pode exibir mais o
seu potencial cênico. O sarcasmo habitual continua presente, embora mais
contido.
O
elenco de apoio é muito bom, com destaque para a representação magnífica de Ben
Kingsley como o Mandarim, e Guy Pearce em um dos melhores papéis desde “Los
Angeles – Cidade Proibida”.
“Homem
de Ferro 3” é um produto inteiramente voltado para o público juvenil, que
consome efeitos especiais junto com a pipoca e o refrigerante, mas também vai
agradar os fãs das revistas em quadrinhos.
Como
já é tradição, o criador do personagem dos quadrinhos, Stan Lee, faz uma ponta
num concurso de misses, e tem também uma cena adicional após os créditos, que
sugere qual será a próxima continuação da Marvel.
Eventos
Festival Varilux
de Cinema Francês
Na
próxima semana acontecerá em Natal o já tradicional Festival Varilux de Cinema
Francês, com exibição na rede Moviecom, no Praia Shopping. O evento será de 10
a 16 de maio, exibindo quatro filmes diferentes todos os dias. Entre os títulos
confirmados, filmes que prestam homenagem à França e o que a faz famosa: o
teatro (“Pedalando com Molière”), a arte (“Renoir” e "Camille Claudel
1915"), a gastronomia (“Os Sabores do Palácio") e a literatura (“O
homem que Ri”). A mostra conta ainda com “O Menino da Floresta”, uma das mais
destacadas produções recente de animação francesa, “A Datilógrafa”, de Régis
Roinsard, e “Aconteceu em SaintTropez”, de Danièle Thompson.
Lançamentos em
DVD/Blu-Ray
“Dredd”
Na
cidade violenta e futurista de Mega City One, a 120 anos no futuro, a polícia
tem autoridade para agir como juiz, júri e carrasco. O juiz Dredd (Karl Urban),
o mais temível deles, recebe uma missão: fazer um teste com uma juíza novata, a
poderosa médium sensitiva Cassandra Anderson (Olivia Thirlby). No que seria apenas
um dia de treinamento, os juízes aparentemente seguem para uma cena rotineira
de crime, num cortiço conhecido como Peach Trees, administrada pelo clã da
Ma-Ma. Quando eles tentam prender um dos capangas da organização criminosa, ela
manda fechar o prédio de 200 andares e sai na captura dos juízes, que agora se
encontram encurralados, numa luta implacável pela sobrevivência. O disco traz o
filme com formato de tela widescreen anamórfico e áudio em DD 5.1. (T.O.: “Dredd”).
“4:44 – O Fim do
Mundo”
Num
enorme e muito alto apartamento de Nova Iorque vive o nosso casal. Estão
apaixonados. Ela é pintora, ele um ator de sucesso. Esta é apenas uma tarde
normal – exceto pelo fato de não ser uma tarde normal, nem para eles nem para
ninguém. Porque amanhã, às 4:44, mais segundo menos segundo, o mundo irá chegar
ao fim, muito mais rapidamente do que o pior profeta do apocalipse poderia
imaginar. A explosão definitiva chegará com aviso prévio, mas sem qualquer
hipótese de fuga. Não haverá sobreviventes. Disco com formato de tela widescreen e áudio DD
5.1. (T. O.: “4:44 Last Day on Earth”)
“Inimigos de
Sangue”
Depois
de seu envolvimento em diversas atividades criminosas, Jacob Sternwood (Mark
Strong) refugia-se na Islândia, para ficar longe dos policiais britânicos. Mas
quando seu filho se envolve em um sequestro malsucedido, ele é obrigado a
voltar a Londres para resolver a situação. Este retorno é a grande oportunidade
para o detetive Max Lewinsky (James McAvoy), que sempre perseguiu Jacob,
finalmente capturá-lo. O disco traz o filme com formato de tela widescreen e
áudio Dolby Digital 5.1, e, como extras, sinopse, ficha técnica e trailers. (T.O.: “Welcome to the Punch).
“Eu, Pierre Rivière, Que Degolei, Minha Mãe,
Minha Irmã e Meu Irmão”
Aunay,
interior da França, 1835. Pierre Rivière, um jovem camponês, assassina a golpes
de foice sua mãe grávida de sete meses, sua irmã de 18 anos e seu irmão de sete
anos. O violento crime choca a opinião pública, trazendo à tona a relação entre
os trabalhos jurídico e psiquiátrico. O que teria motivado Pierre Rivière a
cometer um ato de tamanha brutalidade? Dirigindo um elenco formado por
camponeses da mesma região em que aconteceu o crime, Allio realiza uma
impactante reconstrução histórica em um registro hiper-realista. Um filme
intenso, perturbador e essencial. (T.O.:
“Moi, Pierre Rivière, ayant égorgé ma mère, ma souer et mon frère…”).
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