Newton Ramalho
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O que está em cartaz
Dia do Índio, Tiradentes, Dia do Livro, do Chorinho, São Jorge, Ogum,
ufa! Ainda bem que a semana terminou, não aguentava mais tanto festejo. Enquanto
isso, nos cinemas, mais da metade das salas de Natal estarão exibindo “Homem de
Ferro 3”, com Robert Downey Jr. Continuam em cartaz o romance “Um Porto
Seguro”, a ficção-científica “Oblivion”, a animação “Os Croods”, e a comédia
nacional “Vai Que Dá Certo”. Nas programações exclusivas, O Cinemark exibe “Meu
Pé de Laranja Lima”, o terror “Mama”, e o drama chileno “No”, na Sessão Cine
Cult, enquanto o Moviecom mantém o policial “O Acordo”, com Dwayne Johnson. Na
sessão Especial, matéria sobre os Quadrinhos no Cinema.
Estreia 1: “Homem de Ferro 3”
Desde o
ataque dos chitauri a Nova York, Tony Stark (Robert Downey Jr.) vem enfrentando
dificuldades para dormir e, quando consegue, tem terríveis pesadelos. Ele teme
não conseguir proteger sua namorada Pepper Potts (Gwyneth Paltrow) dos vários
inimigos que passou a ter após vestir a armadura do Homem de Ferro. Um deles, o
Mandarim (Ben Kingsley), decide atacá-lo com força total, destruindo sua mansão
e capturando Pepper. Quando Stark vê seu mundo pessoal destruído pelas mãos de
seu inimigo, ele embarca em uma angustiante jornada para encontrar os
responsáveis. Uma jornada que a cada reviravolta seus brios serão testados.
Pressionado, Stark terá que sobreviver lançando mão de seus próprios
dispositivos, contando com sua engenhosidade e instintos para proteger aqueles
que lhe são mais próximos. A direção é de Shane Black. “Homem de Ferro 3” estreia nesta sexta-feira,
nas Salas 1, 2, 6 e 7 do Cinemark, e nas Salas 4, 6 e 7 do Moviecom.
Classificação indicativa 12 anos. Cópias dubladas e legendadas, exibição em 2D
e 3D. (T. O.: “Iron Man 3” )
Sessão Cine Cult: “No”
Chile,
1988. Pressionado pela comunidade internacional, o ditador Augusto Pinochet
aceita realizar um plebiscito nacional para definir sua continuidade ou não no
poder. Acreditando que esta seja uma oportunidade única de pôr fim à ditadura,
os líderes do governo resolvem contratar René Saavedra (Gael García Bernal)
para coordenar a campanha contra a manutenção de Pinochet. Com poucos recursos
e sob a constante observação dos agentes do governo, Saavedra consegue criar
uma campanha consistente que ajuda o país a se ver livre da opressão do
ditador. A direção é de Pablo Larraín. “No” será exibido na terça-feira (30/04)
e quinta-feira (02/05), na sessão de 20h40, na Sala 4 do Cinemark.
Classificação indicativa 14 anos. (T. O.: “No”)
Especial: Quadrinhos no cinema
A
iminente estreia de “Homem de Ferro 3” despertou lembranças adormecidas sobre
essa curiosa simbiose entre o mundo dos quadrinhos e da Sétima Arte. Afinal de
contas, eu fui da geração onde estes dois universos eram frequentes e
acessíveis para qualquer garoto, enquanto que a televisão, cara e de péssima
qualidade, era disponível apenas na casa de algum vizinho mais abastado.
Mas,
a semelhança entre estas duas artes vem praticamente do berço. Embora haja
semelhanças entre documentos históricos antigos como os hieróglifos egípcios,
pinturas japonesas ou tapeçarias europeias da Idade Média, as primeiras
histórias em quadrinhos seriam publicadas em 1896, com Yellow Kid, de Richard
Felton Outcoult. Coincidência, ou não, a primeira exibição de um filme tinha
acontecido em dezembro do ano anterior, pelos irmãos Lumière.
Mais
que tudo, o grande atrativo dessas duas linguagens era o apelo visual, expondo
explicitamente aquilo que a narrativa de um livro precisava da imaginação de
seu leitor para desenvolver.
Alguns
heróis retratados nas duas artes vieram da literatura tradicional, como Tarzan,
personagem criado pelo escritor americano Edgar Rice Burroughs em 1912, que
chegaria às páginas dos quadrinhos em 1929, graças aos desenhistas Hal Foster e
Burne Hogarth.
A
imortalização nas telas começaria em 1932, com “Tarzan, o Filho das Selvas”,
onde o homem-macaco foi vivido por Johnny Weissmuller, um ex-campeão olímpico
de natação, que atuaria em mais onze filmes com o personagem ao longo de sua
carreira.
Muitos
outros heróis emergiram das histórias em quadrinhos para o cinema,
principalmente advindos da Marvel, como Capitão América, Quarteto Fantástico,
Hulk, Homem-Aranha, Demolidor, Thor, Motoqueiro Fantasma, X-Men e Homem de
Ferro, muitos deles criados por Stan Lee, e da concorrente DC Comics, que nos
trouxe Superman, Batman, Lanterna Verde, Mulher-Maravilha, e Flash, entre
outros.
Quando
o cinema imperava, nas décadas de 30 e 40, eram comuns os seriados de heróis, e
semanalmente passava um capítulo de algum destes heróis, como Batman, Falcão
Azul, Jim das Selvas, etc.. Muitos desses seriados continuariam sendo exibidos
até a década de 60, quando tive o prazer de assistir muitos deles no velho e
saudoso Cine Avenida.
A
crise provocada pela criação da televisão nos anos 50, afetaria profundamente o
cinema, principalmente com o advento do videocassete, nos anos 80. Os
quadrinhos também enfrentariam um período de decadência na década de 90.
Curiosamente,
os maiores sucessos de bilheteria nos cinemas são devidos aos filmes com
personagens de quadrinhos, embora a maioria dos jovens espectadores nem conheça
as revistas onde eles apareceram.
O
primeiro e mais significativo personagem a chegar às telonas foi Superman, em 1978,
com Christopher Reeve, bastante elogiado e que ganhou o Oscar de Efeitos
Especiais. Foram feitas mais três sequencias, todas inferiores ao original.
No
final dos anos 80 foi a vez de Batman, que foi interpretado por Michael Keaton,
Val Kilmer e George Clooney, com resultados pífios. O herói só ganharia força
com a trilogia Cavaleiro das Trevas, dirigida por Christopher Nolan e com
Christian Bale no papel principal.
Mas,
foram os personagens da Marvel que foram os grandes sucessos de bilheteria, com
quatro edições do Homem-Aranha, seis de X-Men, três de Blade, duas de Hulk,
duas do Quarteto Fantástico, e outras de Thor, Lanterna Verde e Capitão
América.
Mas,
o herói que tem angariado mais sucesso é mesmo o Homem de Ferro. Igualmente
criado por Stan Lee, o herói é um milionário excêntrico, debochado, mulherengo
e chegado a uma birita, bem ao contrário do padrão bem comportado do careta
Superman, do discreto Bruce Wayne ou o complicado Homem-Aranha, sempre enrolado
na teia de alguma crise existencial.
Vivido
magistralmente por Robert Downey Jr, o Homem de Ferro tem um caráter
irreverente e desafiador, que contrasta fortemente com o padrão
patriótico-cristão-ariano tão benquisto na América. Tudo isso embalado por uma
trilha sonora de rock pesado, com efeitos especiais cada vez mais sofisticados,
e ação incessante, garantem total ansiedade do público pelas próximas
sequências, que garantirão a sobrevida do personagem.
Eventos
América Latina no
Cinema: “Contracorrente”
O
projeto América Latina no Cinema traz uma nova sessão, desta vez com a exibição
da produção peruano-colombiana “Contracorrente”, dirigido por Javier Fuentes-Léon.
Miguel (Cristian Mercado) é um pescador respeitado na vila onde mora e
trabalha. Casado com Mariela (Tatiana Astengo), os dois estão prestes a ganhar
o primeiro filho, mas ele vive um romance com Santiago (Manolo Cardona),
artista chamado pelos moradores de Príncipe Encantado. O tempo passa, a hora da
verdade está chegando e Mariela começa a questionar Miguel, que precisará
decidir sobre sua sexualidade. A exibição será no dia 30, próxima terça-feira,
às 18h30, no Auditório do NEPSA, no CCSA (Campus Central da UFRN). Entrada
gratuita.
Lançamentos em
DVD/Blu-Ray
“Resident Evil 5:
Retribuição”
O
mortal vírus T, da Umbrella Corporation, continua a devastar o planeta Terra,
transformando a população em mortos-vivos. A última esperança da raça humana,
Alice (Milla Jovovich), acorda no coração de um escritório clandestino da
Umbrella e revela mais de seu passado misterioso. Sem um refúgio seguro, Alice
continua sua busca pelos responsáveis pelo surto na Terra; uma busca que a leva
de Tóquio para Nova York, Washington e Moscou, culminando em uma revelação que
a forçará a repensar tudo aquilo que um dia achou que fosse verdade. Auxiliada
por novos aliados e velhos amigos, Alice precisa lutar para sobreviver e
escapar de um mundo hostil à beira do esquecimento. O disco
traz o filme com formato de tela widescreen anamórfico e áudio em DD 5.1.
(T.O.: “Resident Evil: Retribution”).
“O Resgate”
Sábado,
24 de dezembro, 1994. Quatro terroristas fazem reféns em um avião da Air
France, na capital da Argélia com destino a Paris. 227 pessoas a bordo. Ninguém
conhece as suas intenções: eles estão armados e parecem decididos. Os
terroristas exigem a libertação de seus parceiros e um novo avião. Mesmo após
longas negociações, o avião ,ainda com reféns, decola do aeroporto.
Segunda-feira, 26 de dezembro, 3h33. A aeronave chega a Paris. Um soldado, um
tecnocrata ambicioso e um muçulmano determinarão o destino dessas pessoas.
Frente a 21 milhões de telespectadores, a decisão desses três principais
personagens irá colocar um fim a essa ação terrorista sem precedentes na
história. Disco com formato de tela widescreen e áudio DD 5.1. (T. O.: “L’Assault”)
“O Reencontro”
O
famoso autor de romances Monte Wildhorn (Morgan Freeman) sofre com o alcoolismo
e resolve fazer uma mudança. Em busca do seu talento perdido, ele vai morar em
uma cidade rural, onde conhece a vizinha atraente Sra. O'Neil (Virginia Madsen),
uma mãe solteira, e suas três filhas. Esta família vai ajudar o autor a
encontrar inspiração e recuperar o seu amor pela literatura. O disco traz o
filme com formato de tela widescreen e áudio Dolby Digital 5.1. (T.O.: “The Magic of Belle Isle”).
“Tempos Modernos”
Um
operário de uma linha de montagem, que testou uma "máquina
revolucionária" para evitar a hora do almoço, é levado à loucura pela
"monotonia frenética" do seu trabalho. Após um longo período em um
sanatório ele fica curado de sua crise nervosa, mas desempregado. Ele deixa o
hospital para começar sua nova vida, mas encontra uma crise generalizada e
equivocadamente é preso como um agitador comunista, que liderava uma marcha de
operários em protesto. Simultaneamente uma jovem rouba comida para salvar suas
irmãs famintas, que ainda são bem garotas. Elas não têm mãe e o pai delas está
desempregado, mas o pior ainda está por vir, pois ele é morto em um conflito. A
lei vai cuidar das órfãs, mas enquanto as menores são levadas a jovem consegue
escapar. (T.O.: “Modern Times”).
Special: BD au Cinéma
Le lancement imminent de "Iron Man 3" a éveillé
souvenirs dormants au sujet de cette curieuse symbiose entre le monde de la BD
et du septième art.Après tout, je suis de la génération où ces deux univers
étaient fréquentes et accessible pour n'importe quel enfant, alors que la
télévision, chers et de mauvaise qualité, était disponible uniquement dans la
maison d'un voisin plus riche.
Mais la similitude entre ces deux arts vient presque dès le
berceau. Bien qu'il existe des similitudes entre les anciens documents
historiques tels que les hiéroglyphes égyptiens, peintures japonaises ou
tapisseries du Moyen Age européen, le premier comic book sera publié en 1896,
avec Yellow Kid par Richard Felton Outcoult. Coïncidence ou pas, la première
projection d'un film est arrivé en Décembre de l'année dernière, grace aux
frères Lumière.
Surtout, la grande attraction de ces deux langues était
l'attrait visuel, exposant explicitement ce que le livre avait besoin de
l'imagination du lecteur pour se développer.
Certains héros représentés dans les deux arts sont venus de
la littérature traditionnelle, comme Tarzan, un personnage créé par l'écrivain
américain Edgar Rice Burroughs en 1912, et faisait le debut dans les pages de
la bande dessinée en 1929, grâce à des designers Hal Foster et Burne Hogarth.
L'immortalisation au écran a commencé en 1932, avec
"Tarzan, le Fils de la jungle», où l'homme-singe a été joué par Johnny
Weissmuller, un ancien champion olympique de natation, qui jouerait dans onze
autres films avec le personnage tout au long de son carrière.
De nombreux autres héros étaint sortis de bandes dessinées
au cinéma, provenant principalement de Marvel, comme Captain America, Fantastic
Four, Hulk, Spider-Man, Daredevil, Thor, Ghost Rider, X-Men et Iron Man,
beaucoup d'entre eux créé par Stan Lee, et dans le concurrent DC Comics, qui
nous a fait Superman, Batman, Green Lantern, Wonder Woman et Flash, entre
autres.
Quand le cinéma régnait dans les décennies 30 et 40, étaient
communs les séries aux héros, et a était couru une session hebdomadaire de
certains de ces héros, comme Batman, Blue Hawk, Jungle Jim, etc .. Beaucoup de
ces séries continuent à être affichée jusqu'à ce que les années 60, quand j'ai
eu le plaisir d'assister à un grand nombre, dans le vieux Cine Avenida.
La crise provoquée par la création de la télévision dans les
années 50, affecterait profondément le cinéma, surtout avec l'avènement du
magnétoscope dans les années 80. La bande dessinée a été également confronté à
une période de déclin dans les années 90.
Fait intéressant, les plus gros blockbusters dans les
théâtres sont dues à des films avec des personnages de BD, bien que la plupart
des jeunes téléspectateurs ne connaissent pas les magazines dans lesquels ils
sont apparus.
Le premier et le plus important personnage de frapper le
grand écran était Superman, en 1978, avec Christopher Reeve, largement salué et
a remporté l'Oscar pour les effets spéciaux. Ont fait trois suites, toutes
inférieures à l'original.
À la fin des années 80, il était temps pour Batman, qui a
été joué par Michael Keaton, Val Kilmer et George Clooney, avec des résultats
médiocres. Le héros se renforcerait avec la trilogie The Dark Knight réalisé
par Christopher Nolan et avec Christian Bale dans le rôle principal.
Mais étaient les personnages de Marvel qui étaient succès du
box office, avec quatre éditions de Spider-Man, six de X-Men, trois de Blade,
deux Hulk, deux des Quatre Fantastiques, et autres Thor, Green Lantern et
Captain America.
Mais le héros qui a recueilli plus de succès est encore Iron
Man. Également créé par Stan Lee, le héros est un millionnaire excentrique,
débauché, coureur de jupons, et friands d'une bonne boisson, totalment au
contraire au bien comporté Superman, du discrète Bruce Wayne ou du compliqué
Spider-Man, toujours enveloppé dans la toile de certains crises existentielles.
Vécu de maître par Robert Downey Jr, Iron Man a un caractère
irrévérencieux et stimulant qui contraste fortement avec le modèle
patriotique-Crétien-Aryan ainsi aimé en Amérique. Toute cette action de plus en
plus sophistiqué et implacable emballé par une bande de rock lourd, avec des
effets spéciaux fantastiques, fourneint l'anxiété du public pour les prochaines
séquences, qui assurent la survie du personnage.
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