Newton Ramalho
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O que está em cartaz
Setembro se vai, após
uma boa temporada de títulos interessantes. Neste final de semana estreiam a
ficção “Looper: Assassinos do Futuro”, com Bruce Willis, e o drama japonês “O
Que Eu Mais Desejo”, na Sessão Cine Cult do Cinemark. Continuam em cartaz a
animação “Tinker Bell – O Segredo das Fadas”, a ficção “Residente Evil 5:
Retribuição”, “Abraham Lincoln:
Caçador de Vampiros”, o escrachado “Ted”, o drama nacional “Totalmente
Inocentes”, e a ação “Os Mercenários 2”. Nas programações exclusivas, o
Cinemark exibe a ação “Dredd”, “E a Vida Continua...”, e “As Aventuras de
Agamenon, o Repórter”, enquanto o Moviecom mantém o drama “Na Estrada” (vejam na Sessão Filme da Semana), de
Walter Salles, e os nacionais “Um Homem Qualquer”, “O Diário de Tati”, “E Aí,
Comeu?”, e “À Beira do Caminho”. No fim de semana, acontece, também, a
pré-estreia da animação “Hotel Transilvânia”.
Estreia 1: “Looper: Assassinos do Futuro”
2042. Viagens no tempo são uma realidade, mas
estão apenas disponíveis no mercado negro. Seu principal cliente é a Máfia, que
costuma trazer do futuro pessoas que deseja que sejam eliminadas. Os
responsáveis por estes assassinatos são os loopers, organização a qual Joe
(Joseph Gordon-Levitt) faz parte. Um dia, ao realizar mais um serviço
corriqueiro, ele descobre que seu alvo é a versão mais velha de si mesmo (Bruce
Willis), trazida em viagem no tempo por ter se tornado uma séria ameaça à Máfia,
no futuro. A direção é de Rian Johnson. “Looper:
Assassinos do Futuro” estreia nesta sexta-feira, na Sala 1 do Cinemark
(dublado), e na Sala 4 do Moviecom (legendado). Classificação
indicativa 16 anos. (T. O.: “Looper”)
Pré-estreia: “Hotel Transilvânia”
Bem-vindos ao Hotel Transilvânia, o pródigo resort
cinco estacas do Drácula, onde monstros e suas famílias podem viver livres para
ser os monstros que são, sem os seres humanos para incomodá-los. Em um fim de
semana especial, Drácula convidou alguns dos monstros mais famosos do mundo –
Frankenstein, a Múmia, o Homem Invisível, uma família de lobisomens, etc. -
para celebrar o aniversário de 118 anos de sua filha Mavis. Para Drác, a presença
de todos esses monstros lendários não é um problema – mas, o seu mundo pode
desabar quando um cara normal vai parar no Hotel e se encanta por Mavis. A
direção é de Genndy Tartakovsky. “Hotel Transilvânia” terá pré-estreia neste
sábado e domingo, na Sala 6 do Cinemark, na sessão de 20h00, e na Sala 6 do
Moviecom, na sessão de 14h05. Classificação indicativa livre. Cópias dubladas. Exibição
em 3D. (T. O.: “Hotel Transylvania”)
Sessão Cine Cult: “O Que Eu Mais Desejo”
Na ilha japonesa de Kyushu, dois irmãos são
separados após o divórcio dos pais. O mais velho, Koichi, foi morar com sua mãe,
perto de um vulcão adormecido. O irmão mais novo, Ryunosuke, manteve-se com o
pai, guitarrista, no norte da ilha, região moderna e industrializada. Koichi
descobre com os amigos que a chegada do Trem Bala à ilha poderá mudar o destino
dos habitantes locais, já que a crença popular diz que milagres acontecem
quando dois trens se cruzam. Assim, o garoto decide orquestrar um plano para
concretizar seu desejo mais profundo: ver o vulcão entrar em erupção e destruir
sua parte da ilha, para que sejam obrigados a morar com o pai - reunindo novamente
sua família. A direção é de Hirokazu Kore-Eda. “O
Que Eu Mais Desejo” será exibido terça-feira (02/10) e quinta-feira (04/10), na
Sala 4 do Cinemark, na sessão de 20h50. Classificação indicativa livre. (T. O.: “Kiseki”)
Filme da Semana:
“Na Estrada”
Um dos filmes de 2012 que mais
despertou expectativa antes da estreia foi “Na Estrada”, de Walter Salles – e
não foi só pelo brevíssimo topless de Kristen Stewart. O filme é baseado no
livro “On the Road – Pé na estrada”, de Jack Kerouac, publicado em 1957, e que
causou uma enorme repercussão no mundo.
Essa premissa já gera um problema
para nós, pobres críticos de cinema. Como falar de uma obra importantíssima,
mas que pertence a gerações passadas, pois mesmo eu, no apogeu dos meus 56
anos, tinha feito o primeiro aniversário quando o livro foi publicado? Bem,
como disse sabiamente o meu jovem amigo Breno, “livro é livro, filme é filme”.
Dito isto, olhemos o filme.
O filme inicia em 1947. O jovem Sal
Paradise (Sam Riley) tem a obsessão de tornar-se um escritor. Ainda perturbado
pela morte do pai, ele divide-se entre a velha máquina de escrever, onde não
consegue criar nada, e as noitadas com os amigos igualmente aspirantes a
intelectuais, como Carlo Marx (Tom Sturridge).
Numa destas noitadas ele é apresentado
a Dean Moriarty (Garret Hedlund), um jovem bonito e sedutor, recém-chegado da
Costa Oeste. Ele está acompanhado de Marylou (Kristen Stewart), uma garota de
17 anos, que largou tudo para ficar com Dean.
Sal fica fascinado com a imagem de
Dean. Como ele próprio narra, só o atraem os personagens loucos, e ninguém
parece ser mais louco que Dean. O jovem bebe como uma esponja, transa feito
coelho, e fuma feito uma caipora – cigarros normais e maconha, sem
preconceitos.
Dean volta para o Oeste com
Marylou, levando Marco junto. Ao receber o convite para unir-se a eles, Sal
inicia suas andanças pelas estradas, conhecendo tipos diversos, inclusive a
reservada Terry (Alice Braga), com quem tem um caso fugaz. Sal conhece a doce e
resignada Camille (Kirsten Dunst), por quem Dean jura amar, enquanto mantém
inúmeros casos com outras mulheres.
Mais tarde, já em Nova York,
resolvem viajar para a Califórnia, cruzando os Estados Unidos na lendária Rota
66. Mais uma vez reunidos, Sal, Dean e Marylou dividem o carro, a maconha, as
bebidas, os conceitos filosóficos, e as paisagens fascinantes do caminho.
Convivendo tão intimamente com
Dean, Sal percebe-se testemunha da desconstrução do herói que ele mesmo criara,
e que se revelava não um rebelde enfrentando o mundo, mas, um bad boy
inconsequente e imaturo, para quem nem mesmo a amizade e a família
representavam valores reais.
Não é possível analisar a
fidelidade ao livro, pois não o li, mas, percebi que faltou um pouco de
contextualização histórica para situar aqueles jovens – e a sua necessidade de
rebeldia. Em 1947 o mundo ainda se recuperava da Segunda Grande Guerra, a
Europa ainda estava em ruínas, e muitos jovens americanos tinham voltado há
pouco dos cenários de guerra, onde o mais importante era matar o inimigo.
Os Estados Unidos, apesar de terem
participado com homens e recursos, não havia sido invadido, como a França e a
Rússia, ou severamente bombardeado, como a Inglaterra e a própria Alemanha. A
sociedade mantinha a sua vida seguindo os mesmos padrões de sempre, notavelmente
conservadora e preconceituosa.
Para muitos jovens como Sal, uma
vida tradicional, emprego, casamento, filhos, morar no subúrbio, etc.,
mostrava-se uma opção vazia, ao mesmo tempo em que a sede de aventuras e de
crescimento intelectual ensejava algo que eles mesmos não sabiam o que era. No
filme, são mostradas cenas onde os jovens frequentavam bares e casas de negros,
curtiam suas músicas, e mantinham relações de amizade, o que era algo
inadmissível para os padrões da sociedade daquela época.
Essa sensação, de não saber para
onde ir, e do desafio aos costumes, foi magnificamente capturada no roteiro de
Jose Rivera. A atuação do elenco é impecável, sob a direção segura de Walter
Salles, até mesmo Kristen Stewart, que foge da sua insossa personagem de Crepúsculo.
O destaque, porém, é de Kirsten Dunst, que vive a sofrida Camille, e de Garret
Hedlund, que cria um Dean cafajeste e sedutor.
Um personagem à parte é a própria
Rota 66, rodovia que cruza diagonalmente os Estados Unidos, símbolo de uma
época onde os carros eram baratos e a gasolina custava centavos. São belíssimas
paisagens captadas pela competente fotografia de Eric Gautier.
“Na Estrada” é um filme fora do
padrão, não apenas pela obra em que se baseia, como pela temática apresentada
na tela, a de alguém procurando o seu lugar no mundo, nem sempre da maneira
mais convencional. Na dúvida, assista.
Lançamentos em DVD/Blu-Ray
“Flor da Neve e o Leque Secreto”
China, século XIX. Flor da Neve
(Gianna Jun) e Lily (Bingbing Li) são garotas que vivem isoladas de suas
famílias. Elas se comunicam através de uma linguagem secreta, com mensagens
sendo transmitidas através de leques de seda. Já nos dias atuais, Nina
(Bingbing Li) e Sophia (Gianna Jun) tentam manter a amizade de infância em meio
às dificuldades da vida adulta, incluindo complicadas histórias de amor e as
necessidades da carreira. Baseado no best seller homônimo de Lisa See. A
direção é de Wayne Wang. Disco com formato de tela widescreen anamórfico e
áudio em Dolby Digital 5.1. (T.
O.: “Snow Flower and the Secret Fan”)
“À Beira do Abismo”
Nick Cassidy (Sam Worthington) é um
ex-policial procurado pela justiça que decide se matar pulando do alto de um
prédio de Nova York. A polícia da cidade se mobiliza e convoca a psicóloga
Lydia Mercer (Elizabeth Banks) para impedir que o sujeito se suicide. À medida
que conversa com Nick vai avançando, percebe-se que a situação não passa de um
jogo de cena para acobertar um plano de vingança contra David Englander (Ed
Harris), o homem que acabou com a vida do ex-policial. O disco traz o filme com
formato de tela widescreen e áudio Dolby Digital 5.1. (T.O.: “Man On A Ledge”).
“Shame”
Brandon (Michael Fassbender) é um
cara bem sucedido e mora sozinho em Nova York. Seus problemas de
relacionamento, aparentemente, são resolvidos durante a prática do sexo, tendo
em vista que é um amante incontrolável. Contudo, sua rotina de viciado em sexo
acaba sendo profundamente abalada quando sua irmã Sissy (Carey Mulligan)
aparece de surpresa e pretende morar com ele. O disco traz o filme com formato
de tela widescreen e áudio em
Dolby Digital 5.1. (T.O.: “Shame”).
“O Buraco da Agulha”
Baseado no Best-seller de Ken Follett, este mistério é
uma montanha-russa de suspense, centrando-se na relação entre um espião e uma
mulher corajosa, com o destino do mundo pendurado na balança. Os Ingleses o
conhecem como Faber, mas para sua pátria ele é conhecido como
"Agulha". No caminho de volta à Alemanha, Faber naufraga em um posto
avançado localizado numa ilha. Lá ele faz amizade com Lucy, uma linda Inglesa
que mora na ilha com sua família. O disco traz o filme com formato de tela letterbox
e áudio Dolby Digital 5.1. (T.O.: “The Eye of the Needle”).
Film de la
semaine: "Sur la route"
L'un des films
de 2012 qui ont déclenché plus attendue avant la première était "Sur la
route" par Walter Salles - et pas seulement pour le bref topless de
Kristen Stewart.Le film est basé sur le livre "On the Road", de Jack
Kerouac, publié en 1957 et qui a causé un impact énorme dans le monde.
Cette
hypothèse génère déjà un problème pour nous, pauvres critiques de cinéma. Comme
parler d'une ouvre important, mais qui appartient aux générations passées,
parce que moi-même, à la hauteur de mes 56 ans, avait fait mon premier
anniversaire quand le livre a été publié? Eh bien, comme je l'ai dit sagement
mon jeune ami Breno, «le livre est le livre, le film est un film." Cela
dit, penchons-nous sur le film.
L'histoire du
film commence en 1947. Le jeune Sal Paradise (Sam Riley) a l'obsession de
devenir écrivain. Encore troublé par la mort de son père, il se partage entre
la vieille machine à écrire, ou il ne peut rien créer, et les nuits avec des
amis aussi intellectuels en herbe, comme Carlo Marx (Tom Sturridge).
Sur l'une de
ces soirées, il est présenté à Dean Moriarty (Garrett Hedlund), un jeune homme
beau et séduisant, fraîchement arrivé de la côte Ouest. Il est accompagné par
Marylou (Kristen Stewart), une jeune fille de 17 ans, qui a tout laissé tomber
pour être avec Dean.
Sal est
fasciné par l'image de Dean. Comme il même raconte, il aime seulement les
personnages fous, et personne ne semble être plus fou que Dean. Le jeune boit
comme une éponge, baise comme un lapin, et fume comme une cheminée - cigarettes
et de la marijuana, sans préjudices.
Dean retourne
à l'Ouest avec Marylou, en prenant Marco ensemble. Quand Sal est invité à se
joindre à eux, il commence ses pérégrinations à travers les routes, sachant
divers types de gens, y compris la réservé Terry (Alice Braga), avec qui il a
une aventure passagère. Sal connaît la douce et résignée Camille (Kirsten
Dunst), dont Dean vœux à l'amour, tout en conservant de nombreuses aventures
avec d'autres femmes.
Plus tard, à
New York, ils décident voyager à Californie, en traversant les Etats-Unis sur
la mythique Route 66. Encore une fois assemblée, Sal, Dean et Marylou divisent
la voiture, la marijuana, les boissons, les concepts philosophiques et les
paysages fascinants de la voie.
En vivant
profondément avec Dean, Sal réalise assisté à la déconstruction du héros qu'il
avait lui-même créé, et qui ne se révéle pas un rebelle face au monde, mais un
garçon insouciant et immature, pour qui même l'amitié et les valeurs familiales
ne représentent rien.
Il n'est pas
possible d'évaluer l'exactitude avec le livre, parece que je ne l'ai pas lu,
mais j'ai réalisé manquer un peu de contexte historique pour situer ces jeunes
- et leur besoin de rébellion. En 1947, le monde se rétablissait encore de la
Seconde Guerre mondiale, l'Europe était encore en ruine, et beaucoup de jeunes
Américains venait de rentrer de zones de guerre, où la chose la plus importante
était de tuer l'ennemi.
Les
Etats-Unis, bien qu'il ait participé avec les hommes et les ressources
n'avaient pas été envahi, comme la France et la Russie, ou lourdement
bombardée, comme l'Angleterre et l'Allemagne elle-même. La société a maintenu
la vie en suivant les mêmes normes, comme toujours, remarquablement
conservatrice et préjugés.
Pour de nombreux
jeunes, comme Sal, une vie traditionnelle, le travail, le mariage, les enfants,
vivre dans les banlieues, etc., etait une option vide, tandis que la soif
d'aventure et de croissance intellectuelle créait un mécontentement que
eux-mêmes ne savaient pas ce que c'était.Dans le film, sont représentés des
scènes où les jeunes fréquentent les bars et maisons de persones noirs, aiment
leur musique, et mainteneint des relations amicales, ce qui était quelque chose
d'inacceptable selon les normes de la société de l'époque.
Ce sentiment
de ne pas savoir où aller, et le défi des normes, a été magnifiquement capturés
dans le scénario de José Rivera.Le jeu des acteurs est impeccable fonte, sous
la direction de Walter Salles, même Kristen Stewart, qui tente échapper à son
caractère de Twilight. Il est à noter, cependant, la performance de Kirsten
Dunst, qui vit la pauvre Camille, et Garret Hedlund, qui crée un Dean rustre et
séduisante.
Un caractère
excepcionel est la propre Route 66, l'autoroute qui traverse en diagonale les
Etats-Unis, un symbole d'une époque où les voitures étaient pas cher et
l'essence a été quelques centimes. Ce sont des paysages magnifiques capturés
par le compétente photographie de Eric Gautier.
"Sur la
route" est un film hors du standard, non seulement pour le livre dont il
est basée, comme le thème présenté sur l'écran, de quelqu'un qui cherche sa
place dans le monde, pas toujours dans la forme plus conventionnel. En cas de
doute, faites attention.
Movie of the
Week: "On the Road"
One of the
most expected films of 2012 before the premiere was "On the Road" by
Walter Salles - and not just for the brief topless of Kristen Stewart.The film
is based on the book "On the Road" by Jack Kerouac, published in
1957, wich caused a huge impact in the world.
This premise
already generates a problem for us poor film critics. How can we talk about an
important work, but that belongs to past generations, because even me, at the
height of my 56 years, had only done my first birthday when the book was
published? Well, as said wisely my young friend Breno, "a book is a book,
a film is a film." Having said that, let's look at the movie.
The film
starts in 1947. The young Sal Paradise (Sam Riley) has the obsession of becoming
a writer. Still troubled by the death of his father, he spends his days in
front of the old typewriter, without creating anything, and nights out with
friends also aspiring intellectuals, as Carlo Marx (Tom Sturridge).
On one of
these evenings he is introduced to Dean Moriarty (Garrett Hedlund), a beautiful
and seductive young man, newly arrived from the West Coast. He is accompanied
by Marylou (Kristen Stewart), his 17 years old girlfriend, who dropped
everything to be with Dean.
Sal is
fascinated with the image of Dean. As he narrates himself, he is only attracted
to crazy characters, and nobody seems to be crazier than Dean. The young drink
like a sponge, make love like a rabbit, and smokes like a chimney - cigarettes
and marijuana, without prejudices.
Dean returns
to the West with Marylou, taking Marco together. Upon receiving the invitation
to join them, Sal begins his wanderings through the roads, knowing various
types, including the reserved and sweet Terry (Alice Braga), whom he has an
brief affair. Sal knows the gentle and resigned Camille (Kirsten Dunst), whom
Dean vows to love, while maintaining numerous affairs with other women.
Later, in New
York, they decide to travel to California, crossing the United States on the
legendary Route 66. Reunited once again, Sal, Dean and Marylou divide the car,
marijuana, drinks, philosophical concepts, and the fascinating landscapes of
the way.
Living so
closely with Dean, Sal realizes himself witnessing the deconstruction of the
friend's hero image that he had created, wich revealed clearly not a rebel
facing the world, but a bad boy, reckless and immature, for whom even
friendship and family values represented nothing at all.
It is not
possible to assess the fidelity to the book, as I have not read it, but, I
realized a lack of historical context to situate those young people - and their
need for rebellion. In 1947, the world was still recovering from World War II,
Europe was still in ruins, and many young Americans had just returned from war
zones, where the most important thing was to kill the enemy.
The United
States, despite having participated with men and resources, had not been
invaded, like France and Russia, or severely bombed, such as England and
Germany. The society maintained its life following the same standards as
always, remarkably conservative and prejudiced.
For many young
people like Sal, a traditional life, job, marriage, kids, living in the
suburbs, etc.., seemed to be an empty option, while the thirst for adventure
and intellectual growth impelled them to something they did not know what it
was.In the film, are shown scenes where young people frequented bars, enjoyed
the music, and maintained friendly relations with black people, which was
something unacceptable to society's standards of that time.
That feeling
of not knowing where to go, and the challenge to the customs, was beautifully
captured in the screenplay by Jose Rivera.The acting of cast is impeccable,
under the direction of Walter Salles, even Kristen Stewart, who tries hard to
escape from her dull character from Twilight. The highlight, however, is
Kirsten Dunst, who lives the suffering Camille, and Garret Hedlund, who creates
a boor and seductive Dean.
A character
itself is the Route 66, the highway that crosses diagonally the United States,
a symbol of an era where cars were cheap and gasoline costed pennies. They are
gorgeous landscapes captured by competent photography of Eric Gautier.
"On the Road" is a road movie out of the
standard, not only for the book on which is base, as by the theme presented on
the screen, of someone looking for his place in the world, not always by the
most conventional way. If in doubt, watch it.
Película de la
Semana: "En el Camino"
Una de las
películas de 2012 que provocaron más expectativas antes del estreno fue
"En el Camino", de Walter Salles - y no sólo por el breve topless de
Kristen Stewart.La película está basada en el libro "On the Road" de
Jack Kerouac, publicado en 1957 y que causó un gran impacto en el mundo.
Este supuesto
ya genera un problema para nosotros, los pobres críticos de cine. Como hablar
de un livro importante, pero que pertenece a las generaciones pasadas, porque
hasta yo, a la altura de mis 56 años, había hecho mi primer cumpleaños cuando
se publicó el libro? Bueno, como he dicho sabiamente mi joven amigo Breno,
"el libro es el libro, el cine es el cine." Dicho esto, vamos a ver
la película.
La película
comienza en 1947. El joven Paradise Sal (Sam Riley) tiene la obsesión de
convertirse en un escritor. Aún perturbado por la muerte de su padre, él pasa
los dias sin crear nada, y las noches con los amigos que también aspiram ser
intelectuales, como Carlo Marx (Tom Sturridge).
En una de esas
noches, él conoce a Dean Moriarty (Garrett Hedlund), un joven hermoso y
seductor, recién llegado de la costa oeste. Él está acompañado por Marylou
(Kristen Stewart), una chica de 17 años, que dejó todo para estar con Dean.
Sal está fascinado
con la imagen de Dean. Como él mismo narra, sólo lo atraen los personajes
locos, y nadie parece ser más loco que Dean. El jóvene bebe como una esponja,
hace el amor como un conejo, y fuma como una chimenea - cigarrillos y
marihuana, sin prejuicios.
Dean vuelve al
Oeste con Marylou, teniendo Marco juntos. Al recibir la invitación a unirse a
ellos, Sal comienza sus andanzas por las rutas, conociendo tipos diversos,
incluyendo la dulce y reservada Terry (Alice Braga), con quien tiene un romance
fugaz. Sal conoce la suave y resignada Camille (Kirsten Dunst), a quien Dean
jura amar, manteniendo numerosas aventuras con otras mujeres.
Más tarde, en
Nueva York, ellos deciden viajar a California, cruzando los Estados Unidos en
la legendaria Ruta 66. Nuevamente juntos, Sal, Dean y Marylou dividen el coche,
la marihuana, las bebidas, los conceptos filosóficos, y los fascinantes
paisajes del camino.
Viviendo tan
cerca de Dean, Sal es testigo de la deconstrucción del héroe que él mismo había
creado, y que claramente no es un rebelde que enfrenta el mundo, pero un mal
muchacho, inconsecuente e inmaduro, para quien nin mismo la amistad y la
familia representan valores reales.
No es posible
evaluar la exactitud con el libro, no lo he leído, pero me di cuenta que
faltaba un poco de contexto histórico en la pelicula, para situar a los jóvenes
- y su necesidad de rebelión. En 1947, el mundo se estaba recuperando de la
Segunda Guerra Mundial, Europa estaba en ruinas, y muchos jóvenes
norteamericanos acababan de regresar de zonas de guerra, donde lo más
importante era matar al enemigo.
Los Estados
Unidos, a pesar de haber participado con los hombres y los recursos, no había
sido invadido, como Francia y Rusia, o severamente bombardeada, como Inglaterra
y Alemania. La sociedade estadounidense mantuvo su vida, siguiendo las mismas
normas, como siempre, muy conservadora y prejuiciosa.
Para muchos
jóvenes, como Sal, una vida tradicional, el trabajo, el matrimonio, los niños,
viver en los suburbios, etc., era una opción vacía, mientras que la sed de
aventura y de crecimiento intelectual los impulsaba para algo que nin ellos
mismos no sabían lo que era.En la película, se muestran escenas en las que los
jóvenes frecuentan bares de negros, aman su música, y mantienen relaciones de
amistad, lo que era algo inaceptable para los estándares de la sociedad de la
época.
Esa sensación
de no saber a dónde ir, y el desafío a las costumbres, fue capturado
maravillosamente en el guión de José Rivera.La actuación de los actores es
impecable, bajo la dirección de Walter Salles, incluso Kristen Stewart, que
intenta escaparse de su carácter insípido en Twilight. Los más destacados, sin
embargo, son Kirsten Dunst, que vive la sufrida Camille, y Garret Hedlund, que
crea un Dean canalla y seductor.
Un otro personaje
es la Ruta 66, la carretera que atraviesa diagonalmente los Estados Unidos, un
símbolo de una época donde los coches eran baratos y la gasolina costaba
centavos. Son hermosos paisajes captados por la competente fotografía de Eric
Gautier.
"En el Camino" es una película no estándar,
no sólo por el libro en es basado, como por el tema presentado en la pantalla,
de alguien que busca su lugar en el mundo, nin siempre de la manera más
convencional. En caso de duda, vea.
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