quinta-feira, 26 de julho de 2012

Coluna Claquete – 27 de julho de 2012




Newton Ramalho

 

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O que está em cartaz

Enquanto boa parte de Natal se bandeou para a tradicional festa de Santana, em Currais Novos, a cidade se prepara para a invasão dos morcegos. Na verdade, de um só, com a estreia solitária de “Batman – O Cavaleiro das Trevas” – com tiros só na tela, espero! Continuam em cartaz a animação “Valente” (vejam na Sessão Filme da Semana), da Pixar, “O Espetacular Homem-Aranha”, com o reboot do herói, e a animação “A Era do Gelo 4”. Nas programações exclusivas, o Cinemark exibe a comédia nacional “E Aí, Comeu?”, e o drama “O Diário de um Jornalista Bêbado”, na Sessão Cine Cult, enquanto o Moviecom mantém o terror “Chernobyl”.

 

Estreia 1: “Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge


Oito anos após os eventos ocorridos em “Batman - O Cavaleiro das Trevas”, o terrorista Bane (Tom Hardy) retorna para Gotham City, provocando o pânico e o desespero. Sem forças para enfrentar o terrível criminoso, sedento de sangue, a polícia da cidade chega ao seu limite, fazendo com que Batman (Christian Bale) retorne de seu exílio por ter sido responsabilizado pelos crimes de Harvey Dent. A hora da vingança está chegando. Resta saber quem sairá vencedor? Bruce Wayne terá que lidar ainda com a presença da misteriosa Selina Kyle (Anne Hathaway), que em pouco tempo se transforma na Mulher-Gato. A direção é de Christopher Nolan, encerrando a trilogia iniciada com “Batman Begins”. “Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge” estreia nesta sexta-feira, nas Salas 2, 3 e 6 do Cinemark, e nas Salas 1, 4 e 7 do Moviecom. Classificação indicativa 12 anos. Cópia dubladas e legendadas. (T. O.: “The Dark Knight Rises”)

Sessão Cine Cult: “O Diário de um Jornalista Bêbado


Baseado no romance de Hunter S. Thompson, o filme conta a improvável história do jornalista itinerante Paul Kemp (Johnny Depp). Cansado da vida frenética de Nova Iorque e das convenções morais de uma América conservadora, ele viaja à bela ilha de Porto Rico, para trabalhar em um jornal local. Adotando o ritmo calmo do lugar, regado a muito rum, Paul começa a se apaixonar por Chenault (Amber Heard), noiva de Sanderson (Aaron Eckhart), um dos maiores empresários da cidade. Ganancioso, Sanderson planeja converter Porto Rico num paraíso do capitalismo. Quando Kemp é recrutado por Sanderson para escrever um artigo favorável a respeito de sua nova e corrupta empreitada, ele é confrontado com um dilema: deve ajudar o empresário, ou aceitar os riscos e aproveitar para denunciá-lo?  A direção é de Bruce Robinson. “O Diário de um Jornalista Bêbado” será exibido na terça-feira e na quinta-feira, na Sala 5 do Cinemark, na sessão de 19h00. Classificação indicativa 16 anos. (T. O.: “The Rum Diary”)


Filme da Semana: “Valente”

Nos últimos anos, já nos acostumamos a associar as produções da Pixar a um padrão de qualidade em nível de excelência, desde o lançamento do primeiro “Toy Story”, em 1995. Com um histórico invejável, tanto de bilheterias quanto de premiações técnicas, a Pixar traz o atual filme, “Valente”, trilhando por um caminho diferente, na forma de uma história de princesa, mas, sem cair na mesmice dos contos de fadas.
Curiosamente, os três principais estúdios de animação tem a sua origem, de alguma forma, ligada aos Estúdios Disney. A Dreamworks SKG surgiu de uma dissidência, quando o ex-diretor da Disney, Jeffrey Katzenberg, uniu-se a Steven Spielberg e David Geffen, para formar uma nova empresa. A Blue Sky Studios, de “A Era do Gelo”, foi fundada em 1987 por alguns artistas e técnicos que haviam trabalhado na Disney durante a produção do filme “Tron”.
Mas, a Pixar, que havia sido criada por George Lucas para desenvolver hardware e software de edição gráfica, posteriormente foi comprada por Steve Jobs, que havia deixado a Apple, se estabelecendo como uma companhia independente,com Catmull como presidente e Jobs como CEO.
Um dos principais compradores do hardware da Pixar era a Disney, e quando a empresa começou a fazer pequenos filmes e comerciais, o sucesso foi tamanho que foi feito um contrato com os Estúdios Disney para a produção dos três “Toy Story”. Um dos grandes responsáveis pelo sucesso da pequena companhia era John Lasseter, ele próprio oriundo dos quadros da Disney.
Recentemente, em 2006, a Pixar foi comprada pela Disney, mas, com a proposta de ser mantida como uma empresa independente. Neste novo cenário, foram produzidos “Ratatouille”, ”Wall-E”, “Up”, “Toy Story 3”, “Carros 2”, e o atual “Valente”.
 Sempre explorando temas fora do comum, como brinquedos vivos, carros falantes, robôs com emoção, etc., a Pixar voltou-se para um universo que nunca explorara, mas que é terreno bem conhecido na Disney, o universo dos contos de fadas.
Mas, o fato da heroína ser uma princesa não quer dizer que ela seja uma dondoca à la Bela Adormecida, ou Branca de Neve. O ambiente, também não é uma idílica era do não-sei-quando, mas à Idade Média, em algum rincão da Escócia.
Desde os tempos ancestrais, histórias de batalhas épicas e lendas míticas passaram de geração para geração nas montanhosas e misteriosas Terras Altas da Escócia. Merida (Kelly Macdonald / Fernanda Fernandes) é a impetuosa filha do Rei Fergus (Billy Connolly Luiz Carlos Persy) e da Rainha Elinor (Emma Thompson / Mabel Cezar).
Desde a mais tenra infância Merida adora arco e flecha, e protegida por entes sobrenaturais, livra-se da morte por um selvagem urso, que termina custando a perna de seu pai, fato que o enche de orgulho, e cuja história muda cada vez que ele conta.
Herdando do pai o ímpeto pela ação, Merida adora cavalgar, atirar com o arco, e fazer coisas desafiadoras, para desespero de sua mãe, que deseja, a todo custo, educá-la para ser uma fina princesa.
Determinada a trilhar o seu próprio destino, Merida desafia um costume ancestral, o de casar com o primogênito de um dos poderosos chefes dos clãs: o intenso Lord MacGuffin (Kevin McKidd / Luciano Szafir), o arrogante Lord Macintosh (Craig Ferguson / Rodrigo Lombardi) e o irritante Lord Dingwall (Robbie Coltrane / Murilo Rosa).
As ações de Merida lançam inadvertidamente o caos e a fúria no reino, e quando ela recorre a uma velha e excêntrica Bruxa (Julie Walters / Carmem Sheila) a ajuda vem em forma de maldição, e a sua mãe assume a forma de um urso feroz.
O perigo iminente força Merida a descobrir o significado do que realmente é importante, para que possa desfazer a terrível maldição antes que seja tarde demais.
Fugindo da abordagem tradicional, do romance da princesa, o filme trata de rebeldia adolescente, choque de gerações, questionamento do papel da mulher, mas, principalmente, de relacionamento familiar. O tom cômico é dado pelos endiabrados irmãos de Merida, e pelos arrogantes senhores feudais.
O preciosismo técnico da animação – marca registrada da Pixar – surpreende a cada filme. Neste, são impressionantes os efeitos de textura, como quando Merida anda a cavalo, e é um dos filmes onde pude perceber melhor os efeitos em 3D.
“Valente” é um produto para a família, na melhor tradição dos estúdios Disney, unindo a ação – sem sangue – com a exposição dos bons e velhos valores, do tempo em que não era careta ser bom e honesto.
(Título original: “Brave”)


Lançamentos em DVD/Blu-Ray

“Heleno”

Heleno de Freitas (Rodrigo Santoro) era o príncipe da era de ouro do Rio de Janeiro, os anos 40, quando a cidade era um cenário de sonho, cheio de glamour e promessas. Bonito, charmoso e refinado nos salões elegantes, era um gênio explosivo e apaixonado nos campos de futebol. Heleno tinha certeza de que seria o maior jogador brasileiro de todos os tempos. Mas a guerra, a sífilis e as desventuras de sua vida desviaram seu destino, numa jornada de glória e tragédia. Disco com formato de tela widescreen anamórfico e áudio em Dolby Digital 5.1.  (T. O.: “Heleno”)

“Café Com Amor”

No elegante Philly no West Side, Philly Grounds é o lugar para estar e se encontrar. Ali, a barista Claire, serve sabedoria junto com o café e os biscoitos. Os clientes vão até lá em busca de conselhos sobre amor, vida e carreira. Mas o local também tem seu lado negro, presenciado quando uma tragédia acontece. Inédito nos cinemas, o drama romântico traz a estrela de Ghost Whisperer, Jennifer Love Hewitt, no papel de uma espirituosa barista. O disco traz o filme com formato de tela widescreen e áudio em Dolby Digital 5.1, e, como Extras, Ficha Técnica e Trailers. (T.O.: “Café”).

“Dublê do Diabo”
 
O longa narra uma incrível história baseada em fatos reais. Nos anos 1990, um jovem militar sósia de Uday Hussein é escolhido para ser dublê do filho do ditador iraquiano Saddam em situações de risco. Latif Yahia é afastado de sua família e forçado a se tornar o dublê de Uday, filho lunático de Saddam Hussein. O filme mostra a profunda e depravada rede de carrões, dinheiro, mulheres fáceis, corrupção livre e violência na qual Yahia ficou preso por muitos anos. O disco traz o filme com formato de tela letterbox e áudio Dolby Digital 5.1, e, como extras, Ficha Técnica e Trailers. (T.O.: “The Devil's Double”).

“Anna Christie”

''Anna Christie'', escrito pelo dramaturgo Eugene O'Neill, foi levado às telas pela primeira vez em 1923, sob direção de Jacques Feyder. Mas esta versão de 1930, ganha uma importância peculiar na história do cinema por dois motivos correlatos: primeiro porque traz no elenco, no papel principal, a diva Greta Garbo; e porque a atriz sueca, que iniciou sua carreira na fase silenciosa, marca aqui seu primeiro trabalho sonoro. Nesse ano foi indicada para o Oscar por seu papel de uma prostituta que esconde até o fim o segredo do pai (Charles Bickford). Disco com formato de tela standard, e som Dolby Digital 2.0, e, como extras, Biografia, Filmografias, Trailer, Menus interativos, Galeria de pôsteres. (T.O.: “Anna Christie''”).

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