Newton Ramalho
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O que está em cartaz
São João,
pamonha, milho assado, canjica, milho cozido, quadrilha, rojão... Ufa! Entre
uma pulada de fogueira e outra, confira as estreias do final de semana,
“Sombras da Noite”, com Johnny Depp, a comédia nacional “E Aí, Comeu?”, e a
ópera “Madame Butterfly 3D”. Continuam em cartaz a ficção-científica
“Prometheus” (vejam na Sessão Filme da
Semana), de Ridley Scott, a animação “Madagascar 3 – Os Procurados”, e a
aventura “Branca de Neve e o Caçador”, com Kristen Stewart. Nas programações
exclusivas, o Cinemark exibe o drama “Precisamos Falar Sobre o Kevin”, na
Sessão Cine Cult, enquanto o Moviecom mantém “Homens de Preto 3” , e “Os Vingadores – The
Avengers”.
Estreia 1: “Sombras da Noite”
1752. Joshua (Ivan Kaye) e Naomi
Collins (Susanna Cappellaro) deixam a cidade inglesa de Liverpool juntamente
com o filho, Barnabas, rumo aos Estados Unidos. A intenção deles era escapar de
uma terrível maldição que atingiu a família. Vinte anos depois, Barnabas (Johnny
Depp) é um playboy inveterado que tem a cidade de Collinsport aos seus pés.
Após seduzir e partir o coração de Angelique Bouchard (Eva Green), sem saber
que era uma bruxa, ele é transformado em vampiro e preso numa tumba por dois
séculos. Quando enfim desperta, dois séculos depois, encontra sua propriedade
em ruínas e os poucos familiares ainda vivos escondem segredos uns dos outros.
A direção é de Tim Burton. “Sombras da Noite” estreia nesta sexta-feira, na
Sala 4 do Cinemark, e na Sala 7 do Moviecom. Classificação indicativa 14 anos.
(T.O.: “Dark
Shadows”)
Estreia 2: “E Aí, Comeu?”
Recém separado, Fernando (Bruno
Mazzeo) passa boa parte do seu tempo tentando compreender os motivos do
fracasso de seu casamento com Vitória (Tainá Muller), enquanto que Honório
(Marcos Palmeira) é um jornalista machão casado com Leila (Dira Paes). Já
Fonsinho (Emilio Orciollo Netto) é um escritor solteiro metido à intelectual.
Juntos, eles buscam entender o papel do homem neste mundo atual povoado por
mulheres de ideias modernas. A direção é de Felipe Joffily. “E Aí, Comeu?”
estreia nesta sexta-feira, nas Salas 1 e 2 do Cinemark, e nas Salas 3 e 4 do
Moviecom. Classificação indicativa 14 anos.
Estreia 3: “Madame Butterfly
3D”
Considerada uma das óperas mais
populares do repertório, ‘Madame Butterfly’ chega aos cinemas em tecnologia 3D,
por meio de uma parceria entre a Royal Opera House (ROH) de Londres e a
produtora RealD. A ópera conta a história de uma gueixa japonesa, Cio-Cio-San
(interpretada pela soprano chinesa Liping Zhang), que se casa com um oficial da
marinha americana, Pinkerton (papel do tenor americano James Valenti). Com
texto escrito pelos italianos Giuseppe Giacosa e Luigi Illica, ‘Madame
Butterfly’ estreou em fevereiro de 1904, no Teatro alla Scala, de Milão. “Madame
Butterfly 3D” será apresentada nos dias 23 (11h), 24 (21h), 26 (16h) e 28 (19h),
sempre na Sala 7 do Cinemark. Classificação
indicativa livre. Exibição em 3D.
Filme
da Semana: “Prometheus”
Se há um filme de 2012
que despertou uma imensa ansiedade entre os fãs, com certeza foi a
ficção-científica “Prometheus”, dirigida pelo mesmo Ridley Scott de “Alien - O
Oitavo Passageiro”, de 1979, e que os boatos davam conta de uma relação entre
eles. Prequel ou não, “Prometheus” ficou um pouco à deriva, como veremos a
seguir.
A maioria das pessoas
sabe bem o que é uma sequência. O próprio “Alien – O Oitavo Passageiro” teve
três sequências, em 1986, 1992, e 1997, além de dois filmes “Alien Versus
Predador”. Mas, um prequel é quando se conta uma história que teria acontecido
antes do primeiro filme. De prequel, o que eu considero casos bem sucedidos são
“X-Men: Primeira Classe”, e “Anjos da Noite 3: A Rebelião”.
A saga Alien tem uma
verdadeira legião de fãs, muitos deles que não eram nem nascidos no lançamento
do filme original. Certamente, todos estes fãs – eu, inclusive – esperavam
reconhecer detalhes do filme de 1979, e os eventos que teriam levado a isso.
Embora não possa
explicar o quê sem estragar a surpresa dos espectadores, já adianto que essa
expectativa reduz-se a uma ínfima cena no final do filme. No mais, “Prometheus”
traz uma nova história, com grandes promessas e poucos resultados.
No início do filme,
deparamos com um gigante com forma humanoide, que é deixado por uma espaçonave
em nosso planeta, em uma missão de sacrifício. Ao ingerir uma substância, seu
corpo se desfaz, caindo em uma feérica catarata, onde o seu DNA se desfaz, para
se transformar na vida na Terra.
Milhões de anos depois,
encontramos uma expedição científica comandada por Elizabeth Shaw (Noomi
Rapace) e Charlie Holloway (Logan Marshall-Green), que faz uma descoberta
arqueológica em uma caverna da Escócia, onde encontram uma inscrição que
obedece a um padrão observado em outras partes do mundo.
Na fase seguinte, o
casal de cientistas e mais um grupo de pessoas está nas profundezas do espaço,
em uma gigantesca espaçonave comandada pelo capitão Janek (Idris Elba), mas,
sob o rígido controle de Meredith Vickers (Charlize Theron), uma alta executiva
da Weyland, a corporação que financia a expedição.
Quando a tripulação é
acordada da hibernação pelo androide David (Michael Fassbender), é informada do
objetivo da expedição. Baseado no padrão das inscrições arqueológicas, foi
localizado um sistema no espaço onde se acredita que tenham vindo os criadores
da vida na Terra. A missão é encontrá-los.
Embora Elizabeth esteja
altamente empolgada pelo que acredita ser a maior realização da Humanidade, seu
sentimento não é comum ao resto do grupo, principalmente por Vickers, que
parece ter os seus próprios objetivos ocultos.
Eles pousam no planeta
em um lugar onde há alguma evidência de ação artificial. Tudo leva a uma
estranha estrutura na forma de uma montanha, mas, que eles descobrem ser um
imenso artefato, que faz a mudança da atmosfera, tornando-a respirável.
O problema é que os
antigos criadores daquele lugar parecem estar todos mortos, por algum fator
desconhecido, milhares de anos antes da chegada dos terráqueos. Em uma sala
muito protegida, os cientistas recolhem a cabeça preservada de um dos antigos
seres, e para sua surpresa, descobrem não apenas uma notável semelhança com os
humanos, como também um DNA idêntico!
Mas, nem tudo é positivo
nessa jornada. Seres misteriosos atacam os viajantes, alguns microscópicos,
outros nem tanto. Tudo isso deixa os terráqueos preocupados e temerosos por
suas vidas, mas, nada parece demover Vickers e David de prosseguir a missão.
A descoberta de que um
dos antigos criadores ainda está vivo precipita tudo, e o verdadeiro objetivo
da missão é revelado. O problema é que nem sempre o que está planejado
realmente acontece.
Considerando a era pós
“Avatar”, “Prometheus” certamente é um dos filmes de ficção mais bem feitos,
tanto pelo aspecto dos efeitos especiais, como pela beleza das imagens do
filme. Somando-se a isso um elenco muito afinado e de excelente qualidade, era
de se esperar algo excepcional.
O problema maior de
“Prometheus” é exatamente a frustração da expectativa criada pelos fãs. Embora
o filme homenageie muito o “Alien” original, do qual o fã pode reconhecer
várias cenas clássicas, faltou um link mais consistente.
O outro problema noteiro,
que indicava uma história mais profunda, como “2001: Uma Odisséia no Espaço”,
ou “Contato”, que não se concretizou, procurando compensar com cenas de ação
impressionantes, repletas de efeitos digitais, à beira da perfeição.
De resto, vale destacar
a espetacular atuação de Noomi Rapace, a sueca que viveu a Lisbeth Salander na
versão original, e do alemão Michael Fassbender, que deu um brilho todo
especial ao andróide David, praticamente um Pinóquio da era espacial. Destaque
também para a sul-africana Charlize Theron, e para o inglês Guy Pierce, que eu
só reconheci depois de olhar a lista dos créditos.
“Prometheus” é um filme
bem feito, com uma proposição interessante, e que deixará impressionado o
espectador, principalmente se assistir em uma sala 3D. Seus problemas maiores
ficam por conta da pretensa – ou desejada – ligação com “Alien – O Oitavo
Passageiro”, que talvez seja desvendada em uma sequência, por mais estranho que
isso possa parecer.
(Título original: “Prometheus”)
Lançamentos em DVD/Blu-Ray
“Capitães da Areia”
Pedro Bala (Jean Luís
Amorim), Professor (Robério Lima), Gato (Paulo Abade), Sem Pernas (Israel
Gouvêa) e Boa Vida (Jordan Mateus) são adolescentes abandonados por suas
famílias, que crescem nas ruas de Salvador e vivem em comunidade no Trapiche
junto com outros jovens de idade semelhante. Eles praticam uma série de
assaltos, o que faz com que sejam constantemente perseguidos pela polícia. Um
dia Professor conhece Dora (Ana Graciela) e seu irmão Zé Fuinha (Felipe
Duarte), que também vivem nas ruas. Ele os leva até o Trapiche, o que
desencadeia a excitação dos demais garotos, que não estão acostumados à
presença de uma mulher no local. Só que, aos poucos, nasce o afeto entre o
líder dos Capitães da Areia e a jovem que acabou de integrar o bando. A direção
é de Cecilia Amado, neta de Jorge Amado. Disco com formato de tela widescreen
anamórfico e áudio em DD 5.1.
“Carmen”
Antonio é o diretor de
uma companhia de dança que está trabalhando na montagem de um bailado baseado
na mais famosa de todas as óperas: Carmen, de Georgés Bizet. Insatisfeito com a
bailarina que faria o papel de Carmen, Antonio sai à procura de outra, com as
características que ele julga ideais para representar a protagonista. Ao
visitar uma escola de dança, ele encontra uma jovem e atraente aluna
convenientemente chamada Carmen. Durante os ensaios, Antonio e Carmen iniciam
uma conturbada relação amorosa, marcada por um ciúme obsessivo. A relação entre
o coreógrafo e a bailarina espelha aquela dos protagonistas da ópera,
confundindo vida e ficção. A direção é de Carlos Saura. O disco traz o filme
com formato de tela cheia e áudio em Dolby Digital 2.0. (T.O.: “Carmen”).
“Poesia”
Mija (Yun Jeong-hie)
vive com seu neto em uma cidade da Coréia do Sul perto do rio Han. Ela adora se
vestir de forma excêntrica, sendo também questionadora e inquieta. Seu novo
desejo é aprender a fazer poesia, o que a leva a um curso especializado em um
centro cultural perto de sua casa. O curso faz com que apure sua observação do
cotidiano, de forma a ter inspiração para seus versos. Paralelamente, ela
precisa lidar com uma confusão causada por seu neto, que faz com que tenha que
conseguir uma alta quantia em pouco tempo. O disco traz o filme com formato de
tela letterbox e áudio Dolby Digital 2.0. (T.O.: “Shi”).
“7 Faces do Dr Lao”
Um misterioso circo
chega numa pacata cidade do oeste americano para apresentar atrações exóticas,
que irá despertar curiosidade e constrangimento nos habitantes e problemas para
um rico fazendeiro local. Entre as criaturas do circo do Dr. Lao estão: Merlin
o mágico, Apollonius, Deus Pan, a serpente gigante, o abominável homem das
neves e a mitológica Medusa. Clássico do Cine Fantástico infanto-juvenil, que
com o passar do tempo deixa o filme mais sensacional de rever, tornando-o
atemporal pelos temas que ele aborda de forma lúdica. Disco com formato de tela
widescreen, e som Dolby Digital. (T.O.: “7 Faces of Dr Lao”).
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